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Suplementação protéico-energética para bovinos

criados em pastagens: Aspectos teóricos e principais


resultados publicados no Brasil
Pedro Malafaia, Luciano da Silva Cabral*, Ricardo Augusto
Mendonça Vieira**, Rogério Magnoli Costa*** e Carlos Augusto
Brandão de Carvalho****

UFRRJ, Inst. Zootecnia, DNAP, Seropédica, RJ, 23851-970. malafaia1@ig.com.br


*UFMT, DZER, FAMEV, Av. Fernando Corrêa da Costa, s/n, Coxipó, Cuiabá, MT,
78060-900. cabralls@cpd.ufmt.br
**
UENF, CCTA, LZNA, Av. Alberto Lamego, 2000, Campos dos Goytacases, RJ, 28013-
600.
***Êxito Rural , Av. Conde Francisco Matarazzo, s/n, Araçatuba, SP, 16010-570.
exitorural@exitorural.com.br
****UFRRJ, PPCS, Seropédica, RJ, 23851-970.

Resumo
No Brasil, desde a década de 40, publicações em periódicos científicos vem descrevendo que as pastagens
são a fonte de alimento mais econômica para a alimentação dos bovinos. Durante a época chuvosa,
verifica-se um crescimento contínuo dos animais criados nos pastos tropicais e, na estiagem, com a
acentuada redução da produção e do valor nutritivo das pastagens, os animais perdem peso. Durante a
estação seca, o rebanho bovino alimenta-se das sobras de forragens oriundas das estações da primavera e
verão, caracterizadas por elevados teores de fibra indigerível e quantidade de PB inferior ao nível crítico
de 60 a 70 g kg-1 de MS; nessa situação, a ingestão de forragem é reduzida pela deficiência de nitrogênio
(N).

Quando a disponibilidade do pasto for limitante, o que pode ocorrer durante períodos de seca prolongada,
ou quando se pratica um super pastejo por animais em crescimento, alguma forma de suplementação
energética torna-se necessária, pois nestas condições, apenas a suplementação protéica pode não ser
adequada. As vantagens do uso da uréia são a disponibilidade mercadológica, a concentração e o baixo
custo unitário do N, além de ser fonte de N-NH3 para os microrganismos fibrolíticos ruminais. Um
aspecto pouco abordado, nas pesquisas sobre suplementação de bovinos no Brasil, é a sua viabilidade
econômica durante o período chuvoso. Verifica-se que animais consumindo suplementos contendo
elevados níveis de NaCl (150 - 300 g kg-1), ingerem nutrientes essenciais sob forma mais constante para
atender ao crescimento microbiano ruminal, aumentam a freqüência de ida ao bebedouro e bebem mais
água do que os animais não suplementados. Embora muita ênfase seja dada aos impactos benéficos da
suplementação sobre o ganho de peso ou sobre os parâmetros reprodutivos do rebanho, pouca ou
nenhuma atenção tem sido dada à possibilidade da redução na suplementação fosfórica e também de
outros minerais.

Finalmente, deve-se ter em mente que o ganho de peso de animais recebendo suplementos protéico-
energéticos sempre atenderá à lei de Mitscherlich; isto é, respostas não lineares com ganhos decrescentes
à medida que se aumenta o consumo de suplemento.

Termos de indexação: Bovinos, pastagens tropicais, suplementação


Protein-energy supplementation for cattle raised on
tropical pastures: Theoretical aspects and main results
published in Brazil
Abstract
Since 1940, the papers published in scientific journals reported that grazing is the most economic way to
feed cattle in Brazil. During the wet season continuous growth of animals is observed, but in the dry
season there is almost no weight gain or the weight gain obtained in the wet season is lost. During the dry
season the high indigestible fibre content of tropical pastures and the very low crude protein intake are the
main factors for the weight loss. When forage availability is too low, an energetic supplement must be
given, because protein supplements alone do not overcome the energetic demands. Urea is a nitrogen
feedstuff of the lowest cost available in Brazil and is source of N-NH3 for rumen fibrolytic
microorganisms which use ammonia for growth.

The economic aspects of supplementation during the wet season have so far not been investigated in
Brazil. When cattle receive supplements containing large amounts of NaCl (150 - 300 g kg-1), the animals
exhibit a constant pattern of nutrient intake from the supplement, go frequently to the trough and consume
more water than non-supplemented animals. Although much research has been done, and positive effects
for animal growth and improvement of herd reproductive parameters were confirmed, there has been no
investigation on the reduction of phosphorus supplementation when cattle are fed with protein-energetic
supplements.

Finally, farmers and extension workers should know that the response of animals to protein-energetic
supplementation is established by Mitscherlich's law; e.g. non-linear growth and decreasing performance
as supplement intake increases.

Key words: Cattle, supplementation, tropical pastures

Introdução
No Brasil, as pastagens são consideradas a fonte de alimento mais econômica para a
alimentação dos bovinos (Kok et al 1943). Durante a época chuvosa, observa-se um
crescimento contínuo dos animais criados em pastagens tropicais. No entanto, na época
da estiagem ocorre acentuada redução da produção e do valor nutritivo das pastagens, o
que acarreta perda de peso nos animais. No Brasil, essas relações têm sido, há tempos,
conhecidas, descritas e quantificadas (Kok et al 1941 1943; Quinn et al 1966;
Bisschoff et al 1967).

A alimentação é o componente mais importante dentre os fatores ambientais que afetam


o desempenho dos animais e, em nossas condições, é amplamente estruturada no uso de
pastagens implantadas em solos de baixa fertilidade e sujeitas aos efeitos da
sazonalidade. Estas pastagens geralmente são manejadas de forma inadequada e sem o
uso de fertilizantes, o que resulta na baixa qualidade, na menor produção e na sua
progressiva degradação. A baixa produtividade e qualidade das pastagens implicam em
pequena capacidade de suporte (0,3 - 0,6 UA ha-1), elevada idade ao primeiro parto (40 -
48 meses) e ao abate (40 - 48 meses) e menor peso à desmama (140 até 150 kg).

A conservação do excesso de forragem produzida durante o período chuvoso, sob a


forma de feno ou silagem, embora viável tecnicamente, pode ser dificultada devido à
falta de recursos e problemas operacionais na fazenda. A vedação ou o diferimento
(reserva de pasto), ou mesmo uma pressão de pastejo moderada durante a estação das
águas, são opções para amenizar a redução da produção de forragem durante os meses
de seca. Porém, este manejo leva ao acúmulo de caules e de tecidos mortos ou
senescentes, bem como no decréscimo na qualidade das folhas remanescentes que
possuirão mais lignina e fibra indigerível e menos proteína bruta. A interação desses
fatores propicia a redução do consumo e do aproveitamento do pasto, causando a
manutenção ou a perda de peso dos animais durante a época seca. Para amenizar os
efeitos das restrições quantitativas e qualitativas das pastagens durante o período seco,
faz-se necessária a utilização de diferentes estratégias de suplementação protéico-
energética.

Nesta revisão, foram disponibilizados, em ordem cronológica da condução do


experimento, alguns resultados publicados no Brasil relativos à suplementação protéico-
energética de bovinos criados exclusivamente a pasto. Desses dados, calculou-se a
unidade de ganho em peso por unidade de suplemento consumido ("conversão") e fez-se
uma breve recensão destas pesquisas. Também foram divulgados resultados sobre o
comportamento animal e algumas variáveis ruminais de bovinos consumindo
suplementos com elevados níveis de cloreto de sódio (NaCl).

Terminologias utilizadas

Em função da crescente utilização de diferentes esquemas de suplementação de bovinos


criados em pastagens, faz-se necessário conceituar as terminologias rotineiramente
utilizadas:

- SUPLEMENTO: aquilo que se dá a mais; aquilo que serve para suprir a deficiência
de...; parte que se adiciona a um todo visando aperfeiçoá-lo. Da interpretação deste
conceito, suplementa-se a dieta (o pasto) e não os animais.

- COMPLEMENTO: parte que se junta à outra; o que falta para ficar completo. Neste
caso, ao suplementar a dieta (o pasto), complementa-se a alimentação dos animais.

- SUPLEMENTO PROTÉICO: mistura de uréia e/ou alimento(s) protéico(s) acrescida


de NaCl e sal mineral.

- SUPLEMENTO ENERGÉTICO: referente à mistura NaCl acrescida de sal mineral e


alimento(s) energético(s).

- MISTURA MÚLTIPLA ou SUPLEMENTO MÚLTIPLO: refere-se à mistura uréia


acrescida de NaCl, de sal mineral, de alimento(s) energético(s) e de alimento(s)
protéico(s). Nada mais é do que a associação "suplemento protéico + suplemento
energético". Trata-se, também, de uma ração concentrada contendo um regulador do
consumo voluntário.

Suplementação com alimentos protéicos e/ou protéico-energéticos


O teor de proteína bruta do pasto (PB) é um dos fatores que mais limitam o crescimento
dos animais mantidos em pastagens tropicais. Segundo Milford e Minson (1966),
sempre que o teor de PB for inferior a 60 ou 70 g kg -1 de MS, a ingestão de forragem
será reduzida pela deficiência de nitrogênio (N).

É fato conhecido que, durante a estação seca, o rebanho bovino alimenta-se das sobras
de forragens oriundas das estações da primavera e verão, caracterizadas por um elevado
teor de fibra indigerível e teores de PB inferiores ao nível crítico. O fornecimento
adicional de N para animais consumindo forragens de baixa qualidade favorece o
crescimento das bactérias fibrolíticas, aumenta a taxa de digestão e a síntese de proteína
microbiana e, desse modo, permite incrementar o consumo voluntário da forragem e
melhorar o balanço energético do animal em pastejo. De acordo com Russell et al
(1992), se fornecido uma fonte de proteina degradável no rúmen (PDR) ou uma fonte de
nitrogênio não protéico (NNP) que atenda às necessidades das bactérias fibrolíticas nas
situações onde há limitação de N, a atividade dessa população aumenta
significativamente, pois essa microbiota requer como principal fonte de nitrogênio o íon
amônio (N-NH3), liberado a partir da degradação ruminal da PDR e do NNP.

O aumento no consumo do pasto, em conseqüência da suplementação, proporciona um


acréscimo no consumo de energia pelo animal. O incremento no desempenho animal em
função da suplementação protéica pode não ser devido apenas ao maior consumo de
forragem, mas devido à mudanças na digestibilidade ou na eficiência de utilização dos
nutrientes.

A intensidade da resposta de um suplemento protéico dependerá da qualidade e da


disponibilidade da pastagem. Os suplementos protéicos promovem o aumento do
consumo de forragem, devido ao fornecimento de N-NH3 para os microrganismos
ruminais.

A medida que o desempenho animal aumenta, maiores serão as exigências em


nutrientes. Sendo assim, a microbiota ruminal, mesmo em atividade máxima, não
consegue suprir as necessidades protéicas do animal de alta produção. A proteína
microbiana pode permitir ganhos de 200 a 600 g d-1 em animais jovens e, fontes de
proteína não degradável no rúmen (PNDR) são requeridas para se obter ganhos
superiores. Na Tabela 1, são disponibilizadas as informações sobre experimentos
realizados com suplementação protéica ou protéica e energética durante as distintas
estações do ano. Nestes estudos, os suplementos não continham uréia.

Tabela 1. Principais informações extraídas de pesquisas com suplementação protéica e/ou protéico-energética no Brasil
Pasto e PB (g kg-1) Animais e Ganho Ganho / Autor (es) e
data do e peso inicial Tratamentos experimentais1 Consumode pesoConsumo referência Comentários adicionais
expto. MS (kg ha- (kg) (g/g)
1
)
Estação seca – suplementação protéica
PM ND Garrotes em Controle ND ND -- Kok E A Provavelmente, trata-se da
07/1940 terminação FA 1 kg 14 kg a 0,35 1941 primeira publicação em
(40 dias) ND mais periódico contendo
informação sobre
suplementação de bovinos
criados em pastagens no
Brasil.
PN ND 92 vacas Controle (pasto nativo + 1CS + 3FO ) ND ND -- Santiago e A suplementação protéica
Charolesas Hoffmann aumentou a taxa de
1967 à ND 5CS+15FO+80TL ND ND -- 1974 fertilidade das vacas com
1970 cria ao pé. Nas vacas sem
cria, a suplementação não
propiciou resultados
positivos.
GE 46 70 vacas Controle (pasto + SM) ND ND -- Pacola et al Os autores consideraram
15/6 à zebu 1983 que a disponibilidade de
31/10/78 ND primíparas FA 0,513 kg ND -- pasto não foi suficiente
para os animais.e, por
isso, a suplementação
protéica não melhorou a
taxa de fertilidade das
vacas.
BD ND 32 novilhas Controle (pasto + SM) nd 0,102 -- Valvasori et A utilização do farelo de
b
23/4 à 5/8 c/ 164 FS 0,25 kg 0,48 al 1986 soja (0,5 kg/cab/dia) foi
6/11/80 ND kg FS 0,50 kg 0,120b 0,46 efetiva em melhorar o
0,232a desempenho dos animais
na seca.
PM ND Novilhas 1SM+1C+25FS+73MDPS 2,3 kg 0,485a 0,21 Paulino M O desempenho dos
20/8 à mestiças c/ 1SM+1C+5FCO+30FA+24M+39MDPS 2,3 kg 0,500a 0,22 F 1991 animais não foi alterado
11/12/90 ND 173 kg devido ao consumo de
diferentes fontes protéicas.
47-66 84 bezerras Controle (pasto + SM) ND ND -- Manzano A idade com que as
ND Canchim c/ FS 0,70 kg ND -- et al 1993 novilhas atingiram o peso
Jun. - 159 kg de 300 kg foi
Set.82, sensivelmente menor
83 e 84 (aproximadamente 100
dias) do que a observada
no grupo controle.
Estação chuvosa – suplementação protéica
J 85 51 vacas Controle (pasto + SM) ND 0,353b -- Ruas et al A suplementação protéica
Out. 96 Nelore 60FS + 40 FA 1 kg 0,532ab 0,53 2000 resultou em maior ganho
à ND recém 60FS + 40 FA 2 kg 0,618ab 0,31 de peso e em melhor
Abril 97 paridas escore de condição
corporal das vacas. Não
houve redução na ingestão
do pasto devido à
suplementação.
Estação seca – suplementação protéico-energética
PM ND 36 machos Controle (pasto + SM) ND 0,828 -- Mattos et al A suplementação, com
12/8 à Nelore c/ FA 0,5 kg 0,820 1,64 1967 fontes de proteína ou
2/12/65 ND 245 kg 0,5FA+2MEL 2,5 kg 0,750 0,30 proteína+energia, não
surtiu nenhum benefício
na melhoria do
desempenho dos animais
durante a transição seca-
água.
PM 102 36 novilhas Controle (pasto + SM) ND 0,266 -- A suplementação
Jun. à Zebu c/ RM 1,5 kg 0,376 0,25 Biondi et al protéica/energética
Out.74 ND 200 kg FA 1,0 kg 0,376 0,37 1985 durante a época seca não
0,5FA+0,75RM 1,25 kg 0,434 0,35 foi capaz de antecipar a
idade ao primeiro parto
das novilhas.
BD 49 24 novilhas Controle (pasto + SM) ND 0,20b -- Guaragna et A suplementação permitiu
10/5 à leiteiras c/ 72 MDPS+26FS+2SM 2 kg 0,60a 0,30 al 1986 obter ganhos de peso
27/9 ND 135 kg próximos aos
recomendados para
novilhas leiteiras.
Estação chuvosa – suplementação protéico-energética
BD ND novilhos Controle (pasto + SM ) 0,103 kg 0,73 -- Zervoudakis A suplementação aumentou
Época nestiços c/ 57,7M + 42,3 GM 0,5 kg 0,91 1,8 et al 1999 o desempenho dos animais
chuvosa ND 265 kg 40,5M + 59,5 FS 0,5 kg 0,89 1,7 durante a estação chuvosa.
BD ND 48 novilhos Controle (pasto + SM ) ND 0,50c -- Marcondes A suplementação com
Guzerá c/ M 0,5%PV 0,62bc -- et al 2001 alimentos protéicos
11/1 à 2600 238 kg PDR (p/ fornecer 390 g/d) 0,5%PV 0,73ab -- promoveu os maiores
3/5/99 PNDR (p/ fornecer 390 g/d) 0,5%PV 0,76ab -- ganhos de peso. Não houve
diferença entre PDR e
PNDR.
BD 49 64 bezerras Controle (pasto + SM) 0,085 kg 0,41b -- Cavaguti et A adição do farelo de
9/12/99 mestiças c/ al 2002 algodão, que é fonte de
27/4/00 ND 269 kg 70FA+30SM (25% PB) 0,36 kg 0,48a 1,33 PNDR, resultou em
melhor desempenho (17%
de acréscimo).
BB 67 30 novilhos Controle (pasto + SM) ND 0,725b -- Alcade et al A adição da fonte
Jan. – mestiços Suplemento protéico-mineral comercial 2002 protéica, embora não
Abr.95 1974 com 41%PB ND 1,064a -- descrita, aumentou o
ganho de peso em 339 g/d.
CC Controle (pasto + SM) 0,050 kg 0,796a -- Embora não observada
11/ 01 à ND 36 novilhos Aveia preta 0,6% PV 0,929a -- Prohmann diferença estatística entre
15/2/02 F1 c/ 345 Casca de soja 0,6% PV 0,932a -- et al 2002 os tratamentos, a
ND kg Aveia preta (0,3%) +Casca de soja 0,6% PV 0,926a -- suplementação aumentou
(0,3%) o ganho de peso em cerca
de 130 g/d.
BD ND 28 bezerras Controle (pasto + SM ) 0,081 kg 0,498a -- Filho et al A suplementação
Época St. 2002 aumentou o ganho de peso
das ND Gertrudis c/ 20M+45PC+13FS+4SM+18CS 1,02 kg 0,588a 0,57 durante a época das águas
águas 167 kg em cerca de 90 g/d.
Estação seca e chuvosa – suplementação protéica
PM 70 machos Controle (pasto + SM) ND 0,323a -- Alleoni et Não houve diferenças
10/8/78 HPB-Z, n/ FS (agosto – outubro) 0,5 kg 0,427a 0,85 al 1980 entre os tratamentos
à 2000 à 3000 castrados, c/ FS (outubro – abril) 0,5 kg 0,418a 0,84 devido ao efeito da
30/4/79 225 kg consorciação com
leguminosas.
Estação seca e chuvosa – suplementação protéico-energética
PM ND 10 bezerros Controle (pasto + SM) ND 184,4 -- Os autores investigaram
Nelore c/ 2005g M+ 240g FAM kg ano- Quinn et os efeitos da
1
13/4/62 ND 6 - 7 meses, 1769g M+ 480g FAM al 1966 suplementação com ou
à inteiros e 2,24 kg 0,34 sem “creep feeding”; nas
18/4/63 sem 233,9 águas x nas secas; com
implante de kg ano- alta proteína x com baixa.
1
DES 2,25 kg 0,33 Já em 1962, concluíram
que o suplemento com alta
232,0 PB era melhor para o
kg ano- pasto seco.
1
1
BD: Brachiaria decumbens; C: calcário calcítico; CC: Coast cross; CS: cloreto de sódio; FA: farelo de algodão; FAM: farelo de
amendoim; FCO: farinha de carne e ossos; FS: farelo de soja; FO: farinha de ossos; GE: grama estrela; GM: glútem de milho; HPB-Z:
mestiço holandês/zebu; J: capim jaraguá; M: fubá de milho; MDPS: milho desintegrado com palha e sabugo; MEL: melaço em pó; ND:
não descrito; PC: polpa de citros; PDR: proteína degradável no rúmen; PNDR: proteína não degradável no rúmen; PM: Panicum
maximum; PN: pastagem nativa; %PV: porcentagem do peso vivo; RM: rolão de milho; SM: suplemento mineral comercial; TL: Torta de
linhaça

Suplementação com alimentos energéticos

Quando a disponibilidade de energia da pastagem for muito baixa em relação às


exigências dos animais, alguma forma de suplementação energética torna-se necessária.
Isso geralmente ocorre durante períodos de seca prolongada ou quando se pratica um
super pastejo por animais em crescimento (Canton e Dhuyvetter 1997). O consumo de
forrageiras com elevados teores de N solúvel é outra situação que favorece a utilização
de suplementos energéticos. Nestas condições, apenas a suplementação protéica pode
não ser adequada para auxiliar o balanço energético a partir do seu efeito benéfico sobre
o consumo e a digestibilidade da forragem. Dessa forma, em situações de baixa
disponibilidade de forragem, a suplementação energética obviamente resultará em maior
resposta animal.

No caso de gramíneas tropicais, a produção da proteína microbiana é limitada também


pelo suprimento de substratos prontamente fermentescíveis. Em animais pós-
desmamados, o desempenho é melhorado com o consumo de pequenas quantidades de
alimentos energéticos, devido ao aumento da quantidade de proteína microbiana, que
flui para o intestino delgado. A suplementação energética pode não afetar ou reduzir o
consumo e a digestibilidade da forragem, dependendo da quantidade de suplemento
consumido e da oferta de pasto (Canton e Dhuyvetter 1997). Geralmente, quando a
quantidade de suplemento energético consumido é inferior a 2 g kg -1 de peso vivo, o
consumo de forragem não é afetado.

O consumo de energia e proteína deve ser adequado para otimizar a fermentação


ruminal e a produção de proteína microbiana. Um excessivo consumo de proteína, sem
adequação energética, pode proporcionar significativa perda de nitrogênio pela urina
(Russell et al 1992).

O efeito da suplementação energética sobre a digestibilidade pode ser dependente do


nível de proteína do pasto. Em situações em que a PB é limitante, a suplementação
energética apenas, pode agravar a deficiência de PB e resultar na redução do consumo e
da digestibilidade do pasto e, conseqüentemente, na do desempenho dos animais.

Em pastagens de baixo valor nutritivo, a proteína torna-se o "primeiro" fator limitante e


deve ser inicialmente suplementada. Sendo assim, a prática de fornecer suplementos
protéicos ou energéticos para animais em pastejo dependerá da disponibilidade e da
qualidade do pasto. Quando o valor nutritivo da forragem é baixo, a suplementação
protéica tende a aumentar o consumo e a digestibilidade da forragem e incrementar a
produção animal. Ao contrário, quando a disponibilidade de forragem é limitada, a
suplementação energética tende a ser benéfica.

Após o atendimento da exigência em proteína, a adição deste nutriente torna-se menos


eficiente do que a adição da energia (Haddad e Castro 1998). Na Tabela 2, são
disponibilizadas as informações relativas aos experimentos realizados com
suplementação energética, durante as épocas de seca e de chuvas.

Tabela 2. Principais informações extraídas de pesquisas com suplementação energética no Brasil


Pasto e PB (g Ganho Ganho /
Data do kg-1) Animais Tratamentos Consumo de Peso Consumo Autor (es) Comentários adicionais
expto. e Peso experimentais1 (kg d-1) (g g-1)
MS inicial
(kg ha-
1
)
Estação seca – suplementação energética
PM 50 – 60 72 Controle (pasto + SM ND - 0,067 -- Mott et al A suplementação
14/7 à novilhos ) 1,296 kg 0,171 0,13 1967 aumentou o ganho de
3/11/60 ND Nelore c/ 1,296MEL peso durante a época da
365 kg seca.
PM 71,6 10 Controle (pasto + ND 0,127b -- Benitendi et al A suplementação
17/7 à novilhas SM) 1974 praticamente dobrou o
9/10/73 ND Gir e 10 Suplemento a base de 1,5 kg 0,268a 0,18 ganho de peso das
Sindi espiga de milho novilhas.
moída integralmente
T+A 20 40 vacas SR 0 %PV 1,48ª -- Restle et al A suplementação
18/6 à de SR 0,3 %PV 1,44ª 1,22 2000 energética não
19/8/97 1276 descarte SR 0,6 %PV 1,47ª 0,64 proporcionou aumentos
c/ 335 kg SR 0,9 %PV 1,51a 0,43 significativos no ganho
de peso; porém,
melhorou o escore da
condição corporal.
PN ND 42 Controle (pasto + ND 0,467b -- Patiño et al Não houve diferenças
11/8 à 1000 - bezerros SM) 0,75%PV 0,595ª 0,35 2001 entre os níveis de sorgo
15/11/00 2000 mestiços SR 1,5%PV 0,559ª 0,17 ingerido. Entretanto, os
c/ 160 kg SR animais suplementados
ganharam mais peso.
Estação chuvosa – suplementação energética
CG 50 – 60 36 Controle (pasto + ND 0,562ª -- A diferença de 74 g não
novilhos SM ) Villaça et al compensou os custos da
8/11 à HPB-Z 2,5 kg 0,636ª 0,25 1976 suplementação durante a
c/ 265 kg M estação chuvosa.
27/5/75 ND
PN 54 90 Controle (pasto + ND 0,146c -- A suplementação
novilhos SM ) 0,5 0,335b 0,22 energética aumentou o
11/2 à 2454 Charolês M %PV 0,292b 0,19 Filho et al ganho de peso dos
06/5/97 x Nelore SR 0,5 0,417ab 0,28 2000 animais. O farelo de arroz
c/ 268 kg FARR %PV 0,505a 0,34 foi o que resultou no maior
Ração comercial 0,5 ganho.
%PV
0,5
%PV
1
CG: capim gordura; FARR: farelo de arroz; HPB-Z: mestiço Holandês/Zebu; M: fubá de milho; MEL: melaço
em pó; ND: não descrito; PM: Panicum maximum; PN: pastagem nativa; %PV: porcentagem do peso vivo;
SM: suplemento mineral comercial; SR: sorgo grão moído; T+A: triticale e azevém

Utilização da uréia em suplementos


No Brasil, a uréia tem sido uma importante alternativa de se elevar a porcentagem de
nitrogênio em dietas com baixas concentrações deste nutriente. Ela possui vantagens
tais como a sua disponibilidade mercadológica, a elevada concentração em N e o baixo
custo unitário deste. Adicionalmente, a uréia é fonte de N-NH3 para os microrganismos
fibrolíticos e, devido à sua baixa palatabilidade, tem potencial para ser utilizada como
um agente controlador do consumo do suplemento pelo animal. Para maior eficiência, a
uréia deve ser oferecida juntamente com alimentos energéticos ricos em carboidratos
não fibrosos (amido ou melaço), proteína verdadeira e enxofre.

Quando suplementos que não possuem uréia, mas que contêm os demais alimentos
(milho, farelo de soja, farelo de algodão) são comparados com aqueles que possuem
maiores níveis de uréia, observa-se que os primeiros promovem maiores ganhos de
peso, possivelmente devido ao maior consumo de alimento mais palatável e digestível.
Porém, constata-se que, mesmo consumindo pouca quantidade de suplemento, os
animais que receberam tratamentos contendo apenas uréia como fonte de N,
apresentaram ganho de peso pouco inferior na época seca do ano. A resposta em ganho
de peso se deve à maior atividade dos microrganismos fibrolíticos do rúmen e do
provável aumento no consumo e aproveitamento do pasto (Paulino et al 1983).

A intoxicação pelo consumo de uréia pode ser evitada quando se faz uma correta
mistura dela com os outros ingredientes protéico-energéticos, quando se utiliza um
agente eficaz para controlar a ingestão voluntária do suplemento ou quando se ajusta o
consumo dela para 0,1 - 0,2 g kgPV-1 (na fase de "adaptação") e para 0,3 - 0,4 g kgPV-1
(na fase de "pós-adaptação").

Na Tabela 3, são disponibilizadas as informações sobre experimentos realizados com


suplementos contendo uréia, durante as distintas estações do ano.

Tabela 3. Principais informações extraídas de pesquisas com suplementos contendo uréia no Brasil
Pasto e PB (g Animais Consumo Ganho Ganho /
data do kg-1) de Consumo Autor (es)
expto. e e peso Tratamentos experimentais1 peso (g/g) Comentários adi
MS (kg inicial (kg)
ha-1)
Estação seca – suplementos contendo uréia
PM 50 – 60 72 Controle (pasto + SM ) ND - 0,067 -- Mott et al A suplementação aum
novilhos 1,296MEL+0,081U 1,377 kg 0,205 0,15 1967 ganho de peso durant
14/7 à ND Nelore c/ 0,945EMM+0,069U 1,014 kg 0,241 0,24 da seca. A inclusão d
3/11/60 365 kg benéfica para melhor
desempenho.
PM 40 – 50 64 Controle (pasto + SM ) ND -0,058 -- A suplementação aum
novilhos 26FA+26FAM+20M+10MEL+5U+5FO+7,9 0,5 kg 0,116 0,23 Bisschoff et bastante o ganho de p
27/6 à ND Nelore c/ CS (supl. A) al 1967 inverno. Nos meses d
7/10/61 290 kg 20FA+54RM+10MEL+3U+5FO+7,9CS 0,5 kg 0,172 0,34 nenhum tipo de suple
(supl B) aumentou o ritmo de
peso. Já em 1961, os
descrevem a possibili
efeito substitutivo.
PM Supl. A + SM ad libitum 0,50 kg -0,028 -- Provavelmente o prim
40 95Supl A + 5CS 0,499 kg 0,121 0,24 Bisschoff et experimento que obje
7/7 à 40 – 50 novilhos 90 Supl. A + 10 CS 0,496 kg 0,152 0,31 al 1967 incorporação de NaC
7/10/61 Nelore c/ 80 Supl. A + 20CS 0,492 kg 0,150 0,30 suplemento para prom
(exp.4) 290 kg 60 Supl. A + 40CS 0,484 kg 0,051 0,11 auto regulação no con
ND alimentos energéticos
protéicos (Quadro 7,
PM 60,8 60 Controle (pasto + SM ND - -- Vilela et al A suplementação resu
novilhos 90MEL + 10U 2,3 kg 0,038b 0,09 1976 acréscimo consideráv
Jul. 75 ND azebuados 0,217a ganho de peso dos an
(112 d) c/ 410 kg durante a seca.
BD 63-105 60 Controle (pasto + SM ) 0,060 kg 0,210b -- Vilela et al Apenas no pasto sem
novilhos Pasto + (50SM + 50U) 0,055 kg 0,400ª -- 1983 consorciação com leg
Maio à ND mestiços Pasto consorc. c/ Legumin. + SM 0,062 kg 0,390ª -- a suplementação resu
Set. 82 c/ 280 kg Pasto consorc. c/ Legumin.+ (50SM + 50U) 0,058 kg 0,410ª -- ganho de peso.
PM ND 56 10SM+5FB+85MDPS 1,66 kg 0,214a 0,13 Paulino et al Níveis crescentes de
23/6 à Novilhas 10SM+5FB+5U+0,15S+79,85MDPS 0,63 kg 0,177b 0,28 1983 suplemento resultaram
10/11/81 ND aneloradas10SM+5FB+10U+0,3S+70MDPS 0,49 kg 0,193ab 0,39 maior eficiência de g
c/ 244 kg 10SM+5FB+15U+0,45S+69,55MDPS 0,25 kg 0,132c 0,53 unidade de suplemen
ingerido.
PM ND Novilhas Controle (pasto + SM ) 0,013kg - -- Paulino et al A suplementação resu
5/7 à azebuadas7SM+0,15S+4U+15FA+73,85MDPS 1,57 kg 0,014b 0,11 1985 acréscimo no ganho d
25/9/84 ND c/ 240 kg 7SM+0,15S+4U+30FARR+58,85MDPS 1,46 kg 0,172a 0,07 durante a seca. Entret
0,099a suplemento contendo
arroz não surtiu efeito
comparação ao suple
contendo farelo de al
J ND Novilhas Controle (pasto + SM ) 0,09 kg - -- Paulino et al A suplementação resu
19/6 à mestiças 10SM+15FA+2,5U+0,1S+72,4MDPS 2,62 kg 0,022d 0,14 1985 acréscimo no ganho d
10/11/84 c/ 197 kg 10SM+15FA+5U+0,2S+69,8MDPS 1,73kg 0,362a 0,14 durante a seca. Entret
10SM+15FA+7,5U+0,3S+67,2MDPS 1,07 kg 0,249b 0,12 houve melhoria na co
0,132c alimentar.
ND
BD ND 35 Controle (pasto + SM) 0,046 kg 0,090b -- Gomes et al A suplementação resu
novilhos 65FT+15FS+10U+4CS+6SM 1,48 kg 0,39a 0,26 2001 significante aumento
8/6 à mestiços 50FT+30FA+10U+4CS+6SM 1,49 kg 0,54a 0,36 de peso. Entretanto, a
14/10/98 HPB-Z c/ 70FT+10GM+10U+4CS+6SM 1,50 kg 0,50a 0,33 de farelo de trigo red
248 kg 82FT+8U+4CS+6SM 1,48 kg 0,43a 0,29 da suplementação.
6454
BD ND 64 Controle (pasto + SM ) 0,056 kg 0,148b -- Cavaguti et A suplementação co
novilhas 70SM + 30U 0,064 kg 0,177b -- al 2002 oriunda do farelo
mestiças 42SM+8U+50FS 0,199 kg 0,242a 1,21 resultou em maior c
c/ 222 kg 63SM+12U+25FS 0,141 kg 0,268a 1,90 em maiores ganhos
estação da seca.
Jul.Nov. ND

1999
BB 62,6 20 92,9FT+3,6SO+2U+1,5SM 2 kg 0,589a 0,29 Moraes et al Suplementos com 20
mestiços 84,5FARR+12SO+2U+1,5SM 2 kg 0,530a 0,26 2002 podem ter farelo de t
HPB-Z c/ 85,8FT+10,7CA+2U+1,5SM 2 kg 0,620a 0,31 arroz como fontes en
280 kg 66,1FARR+30,5CA+2U+1,5SM 2 kg 0,606a 0,30 caroço de algodão ou
como fontes protéica
6/6 à 14000
5/10/01
BB 53-62 150 27M+15FS+16SFT+10U+1,3S+30CS 0,25 kg 0,095 0,38 Lopes et al A substituição do fare
novilhas 34,5M+7,5FS+16SFT+12,5U+1,3S+27,5CS 0,23 kg 0,028 0,12 2002 pela uréia não foi van
Nelore c/ 42M+16SFT+15U+1,3S+25CS 0,22 kg -0,009 -0,04
250 kg
16/6 à

7/10/01 7973
BD ND 200 Controle (pasto + SM) 0,087 kg -0,099 -- Lopes et al Provavelmente devid
bezerras 27M+15FS+20SFT+10U+1,6S+25CS 0,211 kg 0,0 -- 2002 consumo, não foram
23/6 à aneloradas33,4M+7,5FS+20SFT+11,1U+1,6S+25CS 0,205 kg - 0,078 0,38 diferenças no ganho d
20/10/99 (7-12 m) 39,7M+20SFT+12,3U+1,6S+25CS 0,169 kg - 0,063 0,37 Entretanto, o tratame
mais farelo de soja m
ND ganho dos animais.
BB + BR ND 208 Controle (pasto + SM) 0,081 kg 0,175b -- A suplementação foi
Ago-Out. bezerros 45M+15FS+10U+14,4SM+15,6CS 0,358 kg 0,308a 0,86 para aumentar o ganh
1998 Nelores 50M+7,5FS+12,5U+14,4SM+15,6CS 0,349 kg 0,313a 0,89 Lopes et al durante a seca. A sub
(56d) (15 m) 55M+15U+14,4SM+15,6CS 0,300 kg 0,283a 0,94 2002 do farelo de soja pela
afetou o desempenho
> 4500 animais.
BD 46 20 58,5M+40,3FA+1,2SM 4 kg 0,84ª 0,21 Moraes et al Suplementos para ani
mestiços 67,5M+30,1FA+1,2U+1,2SM 4 kg 0,78ª 0,19 2002 terminação durante a estação s
HPB-Z c/ 76,5M+19,9FA+2,4U+1,2SM 4 kg 0,97ª 0,24 podem conter 20% de PB e at
329 kg 85,5M+9,7FA+3,6U+1,2SM 4 kg 0,72ª 0,18 desta pode advir da uréia.
23/6 à 6500
18/9/01
Estação chuvosa – suplementos contendo uréia
PM 80 – 72 Controle (pasto + SM ) ND 0,673 -- Os autores formularam
110 novilhos 1,296MEL 1,29 kg 0,723 0,56 hipótese que no verão
3/11/60 Nelore c/ 1,296MEL.+0,081U 1,38 kg 0,705 0,51 Mott et al necessidade de aumen
à 385 kg 0,945EMM+0,069U 1,01 kg 0,643 0,63 1967 consumo de energia. A
18/5/61 testarem tal hipótese,
verificaram resposta p
ND com a suplementação
melaço.
BD 117 16 Controle (pasto + 0,079kg 1,16ª -- Paulino et Embora não tenham s
mestiços SM)75M+12,5U+12,5SM 0,49 kg 1,29ª 2,63 al 2002 verificadas diferenças
Set./01 HPB-Z c/ 75MDPS+12,5U+12,5SM 0,52 kg 1,38ª 2,65 tratamentos, a suplem
265 kg 75SR+12,5U+12,5SM 0,57 kg 1,16ª 2,03 durante o período das
promoveu ganhos de
à 4000 g/d.

Jan./02
BD 108 24 Controle (pasto + SM) 0,055kg 0,820a -- Zervoudakis Mesmo não sendo
mestiços 30M+50FS+10U+10SM 0,69 kg 0,950a 1,37 et al 2002 estatisticamente difer
Dez./00 HPB-Z c/ 50M+30FS+10U+10SM 0,69 kg 1,020a 1,48 relação aos animais c
172 kg 40FT+40FS+10U+10SM 0,66 kg 0,970a 1,47 os ganhos de peso do
suplementados foram
9220 superiores.
à

Fev./ 01
BD 81,3 28 Controle (pasto + SM) 0,054kg 0,385b -- Zervoudakis O fornecimento do su
mestiços 70M+15CS+15SM 0,44 kg 0,380b 0,86 et al 2002 energético não resulto
Mar./01 HPB-Z c/ 70M+15U+15SM 0,48 kg 0,45ab 0,93 melhor desempenho.
258 kg 35M+35FS+15U+15SM 0,48 kg 0,538a 1,11 evidente a necessidad
para aumentar os gan
à 11000 peso.
Maio/01
BD 40 Controle (pasto + SM) ND 0,751 -- Marin et al A suplementação ene
Novilhos 49,4FA+21,1U+29,6SM 0,25 kg 0,747 2,98 2002 melhorou o desempen
Jan. /01 61 Guzerá c/ 56,3PC+26,2FA+7,3U+10,2SM 0,75 kg 0,882 1,17 animais. Entretanto, o
232kg 72,2PC+18,2FA+4,4U+5,2SM 1,25 kg 0,863 0,69 consumos foram bast
84,32PC+7,9FA+3,32U+4,4SM 1,75 kg 0,953 0,54 díspares, criando um
à confundimento.

Mai./01 4198
BB +BR ND 260 Controle (pasto + SM ) 0,079kg 0,599ª -- Tomich et A suplementação não
bezerros 50M+5U+45SM 0,168 kg 0,628ª 3,74 al 2002 eficiente para aument
Nov. 97 Nelore de peso durante a épo
Mai./98 (15 m) águas.
> 3000
(168 d)
PM 80 – 72 Controle (pasto + SM ) ND 0,673 -- Os autores formularam
110 novilhos 1,296MEL 1,29 kg 0,723 0,56 hipótese que no verão
3/11/60 Nelore c/ 1,296MEL.+0,081U 1,38 kg 0,705 0,51 Mott et al necessidade de aumen
à 385 kg 0,945EMM+0,069U 1,01 kg 0,643 0,63 1967 consumo de energia. A
18/5/61 testarem tal hipótese,
verificaram resposta p
ND com a suplementação
melaço.
BD 117 16 Controle (pasto + SM) 0,079kg 1,16ª -- Paulino et Embora não tenham s
mestiços 75M+12,5U+12,5SM 0,49 kg 1,29ª 2,63 al 2002 verificadas diferenças
Set./01 HPB-Z c/ 75MDPS+12,5U+12,5SM 0,52 kg 1,38ª 2,65 tratamentos, a suplem
265 kg 75SR+12,5U+12,5SM 0,57 kg 1,16ª 2,03 durante o período das
promoveu ganhos de
à 4000 g/d.

Jan./02
BD 108 24 Controle (pasto + SM) 0,055kg 0,820a -- Zervoudakis Mesmo não sendo
mestiços 30M+50FS+10U+10SM 0,69 kg 0,950a 1,37 et al 2002 estatisticamente difer
Dez./00 HPB-Z c/ 50M+30FS+10U+10SM 0,69 kg 1,020a 1,48 relação aos animais c
172 kg 40FT+40FS+10U+10SM 0,66 kg 0,970a 1,47 os ganhos de peso do
suplementados foram
à 9220 superiores.

Fev./ 01
BD 81,3 28 Controle (pasto + SM) 0,054kg 0,385b -- Zervoudakis O fornecimento do su
mestiços 70M+15CS+15SM 0,44 kg 0,380b 0,86 et al 2002 energético não resulto
Mar./01 HPB-Z c/ 70M+15U+15SM 0,48 kg 0,45ab 0,93 melhor desempenho.
258 kg 35M+35FS+15U+15SM 0,48 kg 0,538a 1,11 evidente a necessidad
para aumentar os gan
à 11000 peso.
Maio/01
BD 40 Controle (pasto + ND 0,751 -- Marin et al A suplementação ene
Novilhos SM)49,4FA+21,1U+29,6SM 0,25 kg 0,747 2,98 2002 melhorou o desempen
Jan. /01 61 Guzerá c/ 56,3PC+26,2FA+7,3U+10,2SM 0,75 kg 0,882 1,17 animais. Entretanto, o
232kg 72,2PC+18,2FA+4,4U+5,2SM 1,25 kg 0,863 0,69 consumos foram bast
84,32PC+7,9FA+3,32U+4,4SM 1,75 kg 0,953 0,54 díspares, criando um
à confundimento.

Mai./01 4198
BB +BR ND 260 Controle (pasto + SM ) 0,079kg 0,599ª -- Tomich et A suplementação não
bezerros 0,168 3,74 al 2002 eficiente para aument
Nov. 97 Nelore 50M+5U+45SM kg 0,628ª de peso durante a épo
Mai./98 (15 m) águas.
> 3000
(168 d)
Estação seca e chuvosa – suplementos contendo uréia
PM 50 – 72 Controle (pasto + SM ) ND 0,405 -- Houve um aumento
110 novilhos 1,296MEL 1,29 kg 0,523 0,40 29 % no ganho de
14/7/60à Nelore c/ 1,296MEL+0,081U 1,38 kg 0,523 0,38 Mott et al animais suplement
18/5/61 ND 365 kg 0,945EMM+0,069U 1,01 kg 0,497 0,49 1967 pastagens, durante
(secas+águas).
BD ND 28 Controle (pasto + SM ) – secas 0,066 kg 0,299 -- Filho et al Devido as pequenas
Seca/00 bezerras Controle (pasto + SM ) - águas 0,087 kg 0,560 -- 2001 nos ganhos de peso
Água/01 ND St. 47,8M+16,2FB+15,6U+2S+15CS 0,203 kg 0,365 1,79 economicamente va
Gertrudis (supl.Seca) 0,298 kg 0,623 2,09 suplementação duran
c/ 195 kg 57M+16FB+0,5U+1,35S+24,3CS (supl. as águas.
Águas)
1
BB: Brachiaria brizantha; BD: Brachiaria decumbens; BR: Braquiaria ruziziensis; CA: caroço de algodão; C: calcário calcítico; CF: cam
frango; CS: cloreto de sódio; EMM: espiga de milho moída; FA: farelo de algodão; FAM: farelo de amendoim; FARR: farelo de arroz
fosfato bicálcico; FCO: farinha de carne e ossos; FO: farinha de ossos; FP: farinha de penas; FS: farelo de soja; FT: farelo de trigo;
grama estrela; GM: glútem de milho; HPB-Z: mestiço holandês/zebu; J: capim jaraguá; M: fubá de milho; MDPS: milho desintegrado
palha e sabugo; MEL: melaço em pó; ND: não descrito; PC: polpa de citros; PM: Panicum maximum; %PV: porcentagem do peso vi
rolão de milho; S: fonte de enxofre; SFT: super fosfato triplo; SM: suplemento mineral comercial; SO: soja grão; SR: sorgo grão moíd
uréia

Suplementação na estação seca

O objetivo básico da suplementação é estimular o consumo e a digestão da forragem,


permitindo que os animais possam melhorar o seu desempenho. Para que o programa de
suplementação seja eficaz, a disponibilidade de forragem é fundamental, e deverá estar
entre 2500 a 3000 kgMS ha-1 ou mínimo de 30 gMS kg-1 de peso vivo (Andrade e
Alcade 1995) no início do período seco. Se a disponibilidade de forragem for pequena, a
suplementação pode se tornar ineficiente. Portanto, é necessário o diferimento ou a
vedação das pastagens para que a técnica efetivamente funcione.

Com a adoção do sistema de pastejo diferido durante o período seco, haverá grande
quantidade de forragem de menor valor nutritivo, suficiente para sobrevivência do
animal, que provavelmente se manterá ou perderá peso (Reis et al 1997). Nesta
situação, suplementos protéicos de baixo custo, que maximizem o consumo da forragem
disponível, são os mais recomendáveis.

Euclides et al (1990) desenvolveram um estudo com várias forrageiras manejadas na


forma de "feno em pé" e observaram que a Braquiaria decumbens, a Braquiaria
humidicola e o Cynodon dactylon (capim-estrela) destacaram-se como os mais
promissores para utilização neste sistema de manejo. Janeiro foi a melhor época de
vedação das pastagens de braquiárias, enquanto que as de capim estrela podem ser
vedadas em janeiro ou fevereiro. Um esquema de manejo recomendado seria o
diferimento em fevereiro para uso em junho e julho; e em março, para pastejo em agosto
e setembro. Tal manejo pode garantir quantidade de matéria seca de folhas superior a
2000 kg ha-1 e com teores de PB satisfatórios para manutenção, e até mesmo pequenos
ganhos de peso nos animais durante a estação seca.

O consumo de suplemento deve sempre estimular o consumo da forragem seca e evitar


um possível efeito substitutivo. Dessa forma, os animais podem satisfazer parcialmente
suas exigências por meio do consumo de nutrientes limitantes contidos em alimentos,
ou em fontes de nitrogênio não protéico. Com os resultados médios obtidos, pode-se
concluir que, além de não perder peso na época desfavorável, obtém-se um ganho diário
de 0,10 a 0,35 kg para um consumo de suplemento variando de 1 a 3 g kg -1 de peso
vivo, podendo-se obter um retorno sobre a despesa da ordem de 100 % (Tabelas 1, 2 e
3).

Suplementação na estação chuvosa

Durante a estação das chuvas, as forrageiras tropicais possuem um adequado teor de


proteína bruta. Nessa época, este nutriente possui alta degradabilidade no rúmen,
fazendo com que a maior parte da proteína metabolizável seja proveniente da
microbiota ruminal. Animais em crescimento necessitam absorver, em maior
quantidade, uma mistura de aminoácidos denominada de co-limitantes (Metionina +
Lisina + Treonina). Apesar de a proteína microbiana possuir alto valor biológico, a
quantidade sintetizada diariamente não é suficiente para atender à demanda dos
aminoácidos co-limitantes. Dessa forma, os animais criados em pastagens tropicais, na
época chuvosa, não conseguem ter sua taxa de crescimento otimizada (Poppi e
McLennan 1995).

Na época das chuvas, seria conveniente suplementar com fontes protéicas de menor
degradabilidade ruminal, mesmo para animais pastejando forragens com altos níveis de
proteína. Nesse tipo de suplementação, os animais podem ganhar ao redor de 0,9 kg d -1
(Zervoudakis et al 1999, Marin et al 2002, Prohmann et al 2002). Uma discussão
importante relacionada à suplementação, durante a estação chuvosa, diz respeito à
suplementação energética, a qual poderia melhorar a utilização da proteína do pasto,
especialmente, quando esta apresentasse elevada degradação ruminal, aumentando,
dessa forma, o crescimento microbiano e o suprimento de proteína microbiana para o
intestino delgado.

Um aspecto pouco abordado é a viabilidade econômica da suplementação durante o


período chuvoso. Em um estudo onde bezerras mestiças leiteiras receberam 600 g d-1 de
suplementos contendo farelo de soja ou farinha de peixe, o ganho de peso dos animais
não suplementados foi de 412 g d-1, enquanto que os suplementados ganharam,
respectivamente, 538 e 544 g d-1 (Teixeira et. al 2003). Neste estudo, onde as bezerras
foram manejadas em pastagem de capim tanzânia, por 105 dias do período chuvoso, o
acréscimo no ganho de peso não foi economicamente justificável quando foram
descontados os gastos com o suplemento ingerido. Entretanto, durante a época das
chuvas, com o ganho de peso adicional pode-se antecipar a idade ao primeiro parto das
novilhas.

A efetividade da suplementação no período das chuvas depende da oferta e da qualidade


da pastagem. Geralmente, não tem sido observado efeito positivo da suplementação nas
águas em condições de elevada oferta de pastagem e quando esta apresenta bom valor
nutritivo.

Deve-se ter em mente que o ganho de peso de animais suplementados sempre atenderá à
lei de Mitscherlich; isto é, respostas não lineares com ganhos decrescentes, à medida
que o consumo de matéria seca ou proteína dos suplementos aumentar (Tabela 4 e
Figura 1).

Tabela 4. Consumo de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) do suplemento e ganho médio diário
(GMD) de animais recebendo diferentes tipos de suplementos

Suplemento1 Volumos Consum Consum


Autor o o MS o PB GMD
Carvalho filho (2001) 67M+30FS+2CS+1SM CE 1,47 0,213 0,605
Carvalho filho (2001) -- CE 0 0,000 0,234
Carvalho filho (2001) 21CS+11SM+3U+3MEL+32M+30FCO CE 0,202 0,034 0,299
Carvalho filho (2001) 21CS+11SM+3U+3MEL+32M+20FCO+10 CE
FS 0,295 0,057 0,386
Carvalho filho (2001) 21CS+11SM+3U+3MEL+32M+10FCO+20 CE
FS 0,375 0,067 0,414
Carvalho filho (2001) 21CS+11SM+3U+3MEL+32M+30FS CE 0,57 0,087 0,461
Carvalho filho (2001) 67M+30FS+2CS+1SM CA 1,47 0,213 0,447
Carvalho filho (2001) -- CA 0 0,000 0,106
Carvalho filho (2001) 21CS+11SM+3U+3MEL+32M+30FCO CA 0,174 0,029 0,160
Carvalho filho (2001) 21CS+11SM+3U+3MEL+32M+20FCO+10 CA
FS 0,188 0,036 0,185
Carvalho filho (2001) 21CS+11SM+3U+3MEL+32M+10FCO+20 CA
FS 0,189 0,033 0,184
Carvalho filho (2001) 21CS+11SM+3U+3MEL+32M+30FS CA 0,586 0,089 0,307
Ronchi et al (2002) 80RC+20CS PM 0,742 0,163 0,495
Ronchi et al (2002) 100RC PM 1,18 0,260 0,542
Chambela Neto (2003) 40FT+25U+35SM BB
(DNP) 0,108 0,077 0,095
Chambela Neto (2003) 35SM+15U BB
(DNP) 0,074 0,031 0,045
Malafaia et al (2003) 40FT+25U+35SM PN
(DNP) 0,166 0,116 0,189
Malafaia et al (2003) 40FT+25U+35S PN
(DNP) 0,196 0,127 0,212
Teixeira (2003) -- PM 0 0 0,412
Teixeira (2003) 20M+42FT+15FS+13CS+10AÇ PM 0,578 0,109 0,444
Teixeira (2003) 20M+42FT+15FS+13CS PM 0,541 0,111 0,538
Teixeira (2003) 20M+42FT+18FP+10CS+10AÇ PM 0,582 0,125 0,476
Teixeira (2003) 20M+42FT+18FP+10CS PM 0,544 0,126 0,544
1
AÇ: açúcar cristal; BB: braquiária brizanta; CA: cana-de-açúcar associada com 1% de uréia; CE: capim elefante picado; CS:
cloreto de sódio; DNP: dados não publicados;
FCO: farinha de carne e ossos; FP: farinha de peixe; FS: farelo de soja; FT: farelo de trigo; M: milho; MEL: melaço em pó;
PM: Panicum maximum; PN: pastagem natural; S: serragem fina de madeira; SM: sal mineral; U: uréia.
Figura 1. Relação entre o consumo de matéria seca (MS) do suplemento e o ganho médio diário (GMD)
de animais recebendo diferentes tipos de suplementos

Figura 2. Relação entre o consumo de proteína bruta (PB) do suplemento e o ganho médio diário (GMD)
de animais recebendo diferentes tipos de suplementos

Efeitos da suplementação sobre o consumo de pasto


O consumo das forrageiras tropicais é influenciado pela concentração de energia, teor
de PB, de fibra indigerível e pela disponibilidade de matéria seca. Quando o consumo é
baixo, as taxas de degradação e passagem diminuem. Esses fatores reduzem a taxa de
crescimento e a síntese de proteína microbiana (Bergen 1979), possibilitando, ainda, o
desperdício de energia devido à fermentação secundária de ácidos graxos voláteis
(AGV) para metano e dióxido de carbono (Rowe et al 1979). Isto resulta em baixo
desempenho animal, causado por um baixo consumo voluntário e menor eficiência de
conversão alimentar (Van Soest 1994).

A relação entre a quantidade de MS da forragem, que deixou de ser consumida pela


quantidade de suplemento ingerido, é denominada de taxa de substituição (Reis et al
1997). Se a diminuição no consumo de forragem for igual à quantidade de concentrado
consumida, o coeficiente de substituição será 1 e o suplemento terá pouco efeito na
produção. Ao contrário, se o suplemento não tem efeito no consumo de forragem, o
coeficiente de substituição será igual a zero e se observará benefício integral de seu uso.

Em sistemas de pastejo, cabe ao pasto suprir a maior parte dos nutrientes necessários
para satisfazer às exigências nutricionais dos animais. Com uma adequada
disponibilidade de pasto, o desempenho animal será o resultado da complexa interação
entre a composição química, a digestibilidade da matéria orgânica e o consumo do pasto
pelo animal.

Quando a suplementação é destinada a fornecer energia, a ingestão de forragem é


reduzida resultando no "efeito de substituição". Nos experimentos conduzidos por
Paterson et al (1994), podem ser constatados os "efeitos de substituição" ao se fornecer
alimentos energéticos, porém, quando avaliaram os efeitos da suplementação protéica
sobre o consumo de forragem observaram-se "efeitos de adição" sobre este.

Uma grande deficiência nos trabalhos de pesquisa conduzidos no Brasil, avaliando o


uso da suplementação, diz respeito à pouca atenção dada à quantificação do consumo de
MS dos pastos onde são mantidos os animais. Normalmente, os resultados somente são
avaliados quanto ao desempenho animal em resposta ao uso dos suplementos. Porém,
com base exclusivamente nestes resultados, não se pode explicar se os melhores ou
piores desempenhos são devidos ao suplemento ("efeito de substituição") ou ao
aumento no consumo de forragem ("efeito de adição"). Portanto, fica evidente a
necessidade de avaliação deste parâmetro nos futuros experimentos. É também
importante que sejam relatados dados a respeito da disponibilidade e valor nutritivo do
pasto, pois estes fatores, juntamente com a quantidade de suplemento consumida
determinam o grau de substituição. Conforme já comentado, a substituição é maior na
época das águas, onde há elevada oferta e bom valor nutritivo do pasto.

Uso do NaCl no controle do consumo de suplemento

No Brasil, em 1961, surgiu a idéia de se controlar o consumo diário de suplemento


pelos animais, através do uso de elevados níveis de NaCl na mistura. A proposta era
evitar o fornecimento diário de suplemento ao rebanho e diminuir os custos requeridos
com transporte e mão-de-obra para a distribuição destes nos cochos (Bisschoff et al
1967).
Apesar das vantagens apresentadas, o uso do sal como controlador de consumo não é
um método preciso. Além de diferenças individuais quanto à tolerância ao sal, com o
passar do tempo, os animais podem "adaptar-se" a altos níveis de sal e alterar o
consumo da mistura, ou requererem ajustes nos níveis de inclusão de sal. Outro fato é
que um mesmo nível de sal pode determinar respostas variadas no consumo de
diferentes suplementos. Mudanças na disponibilidade de forragem e a "adaptação" do
animal a altos níveis de sal, requerem que um grau de flexibilidade exista no manejo da
formulação de suplementos, para alcançar o consumo desejado.

Geralmente utiliza-se 150 até 350 g NaCl kg -1 de suplemento. Nessas situações, há


necessidade de uma excelente disponibilidade de água, devido aos elevados níveis de
sal ofertados aos animais.

O consumo excessivo pode ser evitado começando com altos níveis de sal (50:50 ou até
60:40 de sal:concentrado) e, depois, reduzindo este nível para se obter o consumo
desejado (Haddad e Castro 1998). Os grãos precisam ser moídos e misturados com sal
de granulometria semelhante, pois isto melhora a homogeneização e, conseqüentemente,
previne o consumo excessivo.

A quantidade de sal para se misturar ao concentrado dependerá do consumo desejado do


suplemento. Para se incrementar o consumo de suplemento, diminui-se a quantidade de
sal na mistura; para diminuir o consumo, aumenta-se o sal (Haddad e Castro 1998).

Baixos níveis de sal como controlador de consumo são extremamente dependentes da


palatabilidade de outros componentes da dieta como uréia, farinha de peixe, e outros.
Em geral, suplementos com altos níveis de sal (entre 200 e 300 g NaCl kg -1) propiciam
consumos de 0,40 a 0,75 kg d-1 (Carvalho Filho, 2001; Ronchi et al 2002).

Efeitos da suplementação sobre o comportamento animal e algumas


variáveis ruminais

Para melhorar o entendimento dos efeitos da suplementação sobre os animais,


etogramas foram desenvolvidos para discriminar possíveis modificações
comportamentais nos animais, recebendo suplementos contendo diferentes quantidades
de NaCl (Ronchi et al 2002). Neste estudo, verificou-se um aumento na porcentagem de
animais que consumiam suplemento protéico-energético ao longo do dia (Figura 3). O
lote que recebeu o suplemento contendo mais NaCl, ao ir ao cocho mais vezes por dia,
ingeriu nutrientes sob forma mais constante para atender ao crescimento microbiano
ruminal. Esse consumo mais pausado e uniforme pode otimizar a digestão da forragem
e melhorar os padrões da fermentação ruminal.

Em relação ao consumo de água, também foi verificado um aumento na freqüência de


ida ao bebedouro (Figura 4), e um maior consumo de água pelos animais que receberam
suplemento contendo elevados níveis de NaCl (Tabela 5). Outro aspecto que deve ser
estudado é um possível aumento no fluxo de protozoários para o intestino delgado,
quando os animais bebem mais água ao longo do dia. O aumento da ingestão de água
faz uma diluição maior do conteúdo ruminal, o que dificulta a migração dos
protozoários de volta ao rúmen. Dessa forma, nas situações dietéticas, onde a taxa de
passagem de sólidos não é grande o suficiente para arrastá-los em direção ao abomaso,
eles migram para o rúmen e, esse retorno, causa uma retenção ruminal maior da proteina
microbiana de origem protozoa. Por outro lado, a morte dos protozoários no rúmen pode
causar efluxo de NH3 do rúmen, o que contribui para as perdas de N urinário (Van
Soest, 1994). Carvalho Filho (2001) observou que o número de protozoários no líquido
ruminal dos animais, que ingeriram o suplemento, foi menor do que o observado nos
animais do lote controle. A semelhança do verificado no estudo de Carvalho Filho
(2001), a redução do número de protozoários ruminais devido ao aumento da ingestão
de água, também foi quantificada por Purser e Moir (1966). Entretanto, como o número
total de protozoários no rúmen não traz informações detalhadas sobre a dinâmica dessa
população, faz-se necessário avaliar o número desses microrganismos no omaso e a
quantificação da proteina desses microrganismos, que flui para o intestino delgado dos
animais ingerindo suplementos contendo grandes quantidades de NaCl; fato não
realizado nos estudos de Carvalho Filho (2001) e de Ronchi et al. (2002).

Figura 3. Etogramas de bezerras mestiças leiteiras ingerindo um suplemento protéico-energético


contendo diferentes quantidades de NaCl (Ronchi et al 2002)
Figura 4. Etogramas de bezerras mestiças leiteiras bebendo água (Ronchi et al 2002)

Tabela 5. Consumo diário de água pelas bezerras mestiças leiteiras ingerindo 15 ou 75 g d-1 de
NaCl contidas em 1 kg de suplemento protéico-energético, fornecido 3 vezes ao dia
Consumo de água (litrod-1)
Consumo 17/3/02 5/4/02 20/4/02 médi Erro % %
de NaCl a padrão dia noite
T1 = 37,2 T = 34,5 T = 35,2
o o o
C C C
-1
15 g d 18,8 9,7 19,2 15,9 5,4 80,1 19,9
75 g d-1 26,0 23,8 25,2 25,1 1,2 77,7 22,3
Fonte: Ronchi et al 2002
1–
Temperatura ambiente às 15 horas

Existem evidências de que alguns sais na dieta podem aumentar a osmolaridade do


rúmen, elevando a taxa de diluição neste órgão e melhorando a eficiência da digestão
ruminal (Harrison et al 1975). Numericamente, a osmolaridade do líquido ruminal dos
animais suplementados foi sempre maior do que a verificada para os animais controle
(Tabela 6).

A redução no pH ruminal é freqüentemente citada como a principal causa do


decréscimo na digestão ruminal da fibra da forragem. Porém, esse fato nem sempre
explica as reduções no consumo e na digestibilidade da forragem associadas à
suplementação energética (Canton e Dhuyvetter 1997). Quando a quantidade de
suplemento consumido for inferior a 2 g kg-1 de peso, o pH ruminal não é alterado para
valores considerados críticos à atividade fibrolítica (Carvalho filho, 2001; Ronchi et al
2002; Tabela 6).

Tabela 6. Osmolaridade, pH, número de protozoários e concentração de N-NH3 no líquido


ruminal de animais recebendo ou não um suplemento protéico-energético
Hora da coleta Lote Lote Lote Lote
do líquido controle1 suplementado1 controle2 suplementado2
ruminal (n=3 animais) (n=3 animais) (n=3 animais) (n=3 animais)
Osmolaridade (mMol litro-1)
8 -- -- 228 a 235 a
a a a
10 194 235 235 268 b
a a a
15 220 246 225 234 a
a a a
18 239 250 216 225 a
pH
8 -- -- 7,30 a 7,24 a
10 6,86 a 6,71 a 7,21 a 6,99 a
a a a
15 6,93 6,73 6,68 6,90 a
a a a
18 7,06 6,76 6,93 7,11 a
-1
Protozoários (Células ml )
8 -- -- 265000 b 165000 a
a a a
10 18400 19200 117500 157500 a
a a b
15 26400 21600 235000 180000 a
b a a
8 62800 22000 185000 212000 a
N-NH3 (mg dl-1)
8 -- -- 6,13 a 8,58 a
a a a
10 15,4 16,3 5,60 14,88 b
a a a
15 15,9 18,2 9,80 8,05 a
a a a
18 19,1 20,1 13,65 12,43 a
1
– Ronchi et al 2002
2
– Carvalho Filho 2001

Consumo de minerais por animais recebendo suplementação protéico-


energética

O consumo de suplementos contendo grãos ou subprodutos da agroindústria permite


que os animais venham a receber diariamente macro e microminerais contidos nos
ingredientes protéico-energéticos desses suplementos. A composição mineral dos
principais ingredientes utilizados para a formulação de suplementos no Brasil encontra-
se na Tabela 7.

Tabela 7. Composição mineral média dos ingredientes utilizados para a


formulação de suplementos protéico-energéticos
P Cu Co Zn
(g kgMS-1) (mg kgMS-1) (mg kgMS-1) (mg kg-1)
Farelo de trigo 10 12 0,11 105
Farelo de arroz 15 12 1,4 33
Fubá de Milho 2,5 3 0,3 24
Farelo de soja 7 14 0,12 50
Farinha de peixe 42 7 1,0 171
Farelo de algodão 9 15 0,4 70
Uréia 0 0 0 0
NaCl 0 0 0 0
Melaço 0,3 50 0,5 18
Malafaia, 2003 (Dados não publicados)

Assumindo que os principais elementos minerais carentes nas pastagens brasileiras são
o P, Na, Cu, Co e Zn, as seguintes simulações de consumo de minerais podem ser feitas
a partir dos dados de pesquisa já publicados no Brasil (Tabela 8). Os consumos foram
calculados sem considerar a ingestão de minerais advindos do sal mineral comercial
contido nesses suplementos; ou seja, apenas a ingestão de macro e microminerais
contidos nos ingredientes protéico-energéticos, considerando os valores médios da
Tabela 7.

Embora muita ênfase seja dada aos impactos benéficos da suplementação protéico-
energética sobre o ganho de peso ou os aspectos reprodutivos do rebanho, pouca ou
nenhuma atenção vem sendo dada à possibilidade da redução do custo da
suplementação fosfórica e também de outros minerais.

Quando os consumos dos minerais são descritos em função das exigências desses
elementos, fica evidente que o requerimento de P é o mais atendido pela ingestão dos
ingredientes protéico-energéticos (Tabela 8). Quando os suplementos contêm farelo de
trigo, há uma porcentagem maior do requerimento de P atendida pela suplementação
(Tabela 8). Isso implica que a composição do sal mineral a ser incorporado nos
suplementos poderá conter menos P do que a usualmente verificada no mercado (60 -
120 g P kg-1).

Se a ingestão de MS for de 2,3 % do peso vivo, um animal com 230 kg comerá 5,3
kgMS d-1. Assumindo um valor de 0,11 % de P na MS do pasto (valor considerado
crítico), esse animal consumirá 5,8 gP d-1 que, juntamente com o P ingerido apenas dos
ingredientes protéico-energéticos utilizados nos estudos de Ronchi et al (2002),
Zevourdakis et al (2002) e Teixeira, (2003), totalizará, respectivamente, 9,8, 10,3 e
14,0 gP d-1 (Tabela 8). Tais valores praticamente suprem a exigência de fósforo deste
animal. Nestes casos e em outros similares, a suplementação fosfórica advinda de um
suplemento mineral comercial seria desnecessária. Em situações onde a ingestão de
suplementos contendo farelo de trigo, farelo de arroz, farinha de peixe ou farelo de
algodão, for superior a 500 g d-1, os suplementos não precisariam conter uma mistura
mineral comercial possuindo P; apenas deveriam conter NaCl (como controlador do
consumo voluntário) associado a algum outro elemento mineral julgado necessário,
após ter-se informações sobre o histórico de deficiências minerais na fazenda, realizar-
se o exame clínico do rebanho e interpretar análises de forragens. É importante lembrar
que os resultados de análises de pastagens servem apenas como informação
complementar junto ao processo de tomada de decisão sobre a suplementação, ou não,
de um dado elemento mineral (Tokarnia et al 2000).
Tabela 8. Consumo diário de P, Cu, Co e Zn contidos apenas nos ingredientes protéico-energéticos e % da exigência
atendida pelo consumo desses elementos
Consumo Consumo Consumo Consumo Consumo de Zn
Autor Suplemento do de P de Cu de Co (mg d-1)
Suplemento (g d-1) (mg d-1) (mg d-1)
(g d-1)
Carvalho Filho 32M+30FS+3U+21CS+3MEL 720 2,1 4,79 0,106 16,7
2001
Ronchi et al 25FT+20M+15F 742 4,0 5,88 0,123 36,4
2002 S+15FA+20CS+5SM
Zevourdakis et 40FT+40FS+10U+10SM 660 4,5 6,86 0,061 40,9
al 2002
Teixeira 2003 20M+42FT+18FP+10CS 600 8,2 4,59 0,191 53,1
Exigências de um animal c/ 230 kg ganhando 450 g d-1

P (g d-1) Cu (mg d- Co (mg d- Zn (mg d-1)


1 1
) )
10,06 50,60 0,530 158,0
% da exigência atendida pela ingestão do suplemento
20,8 9,5 20,0 10,6
39,8 11,6 23,2 23,0
44,7 13,5 11,5 25,9
81,2 9,1 35,6 33,6
CS: cloreto de sódio; FA: farelo de algodão; FP: farinha de peixe; FS: farelo de soja; FT: farelo de trigo; M: fubá de
milho; MEL: melaço em pó; SM: suplemento mineral comercial; U: uréia

Considerações finais

 A suplementação em pastagens deve ser utilizada como forma de suprir


as deficiências qualitativas e quantitativas da forragem disponível, e
deve sempre evitar ou minimizar a substituição do consumo da forragem
pelo consumo do suplemento.
 A suplementação permite que os animais ganhem peso durante todo
ciclo de crescimento, possibilitando retornos econômicos ao produtor
em menor espaço de tempo.
 É importante ajustar o nível de NaCl, para atingir o consumo desejado
de suplemento, considerando a qualidade e a disponibilidade de
forragem, os ingredientes, o espaço em cocho e a oferta de suplemento
para os animais.
 É essencial que se tenha adequada disponibilidade de biomassa de pasto
para se obter os resultados esperados com a suplementação. Em casos de
oferta limitada de forragem, o fornecimento de suplementos energéticos
é mais indicado.
 A suplementação, durante a estação das chuvas, também pode trazer
resultados positivos em ganho de peso e uma melhora dos outros índices
zootécnicos, especialmente os relacionados com a reprodução. Atenção
especial deve ser dada à viabilidade econômica da suplementação nesta
época do ano.
 Na formulação de suplementos para a época seca devem-se usar fontes
de proteína de alta degradabilidade ruminal ou uréia. Os alimentos
disponíveis na região e aqueles de menor custo unitário por quilo de N,
devem sempre ser priorizados para formulação destes suplementos.
 Com a adoção da técnica de suplementação, as maiores mudanças no
manejo da fazenda são aquelas relativas ao manejo das pastagens quanto
à reserva de pasto para a época seca. O diferimento torna-se a opção
mais viável. Para tal, devem ser utilizadas espécies de plantas, que
apresentem maior relação folha/caule, garantindo maior disponibilidade
de MS durante o período seco.
 O consumo de minerais contidos nos ingredientes protéico-energéticos
permite reduzir os custos com a suplementação mineral do rebanho,
especialmente a fosfórica, que é a mais cara, além de ser um recurso
mineral não renovável.
 No Brasil, a pesquisa direcionada para esta estratégia deveria quantificar
o consumo de forragem e as possíveis alterações comportamentais e
ruminais, como forma de explicar os desempenhos e mecanismos de
interações nutricionais, que ocorrem com animais consumindo
suplementos contendo elevados níveis de NaCl.

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