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IX ENANPEGE

Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia


Goiânia
8 a 12 de outubro
2011

A FORMAÇÃO DA REDE DE CIDADES NA AMÉRICA DO SUL


Cláudio Antonio Gonçalves Egler

Resumo: A rede urbana tem uma importância decisiva para a dinâmica espacial e para Introdução
o desenvolvimento regional, principalmente quando considerado em sua dimensão
territorial. No presente estudo, analisou-se a formação rede urbana na América do Sul entre A rede urbana tem importância decisiva para a dinâmica espacial e, por-
1950 e 2000, estabelecendo comparações entre os processos de urbanização nas distintas tanto, para o desenvolvimento regional, considerado em sua dimensão territorial. A
economias nacionaise mostrando que existe uma tendência manifesta de estruturação da manifestação mais concreta dos níveis de integração territorial em uma determinada
rede de cidades em escala sul-americana. região é a estruturação de seu sistema urbano. Pode-se afirmar que, o estágio de de-
Palavras-chave: América do Sul, rede urbana, desenvolvimento regional senvolvimento da rede urbana revela os níveis de integração produtiva e financeira
entre as regiões em âmbito nacional e internacional.
Abstract: The urban network is of decisive importance for the spatial dynamics and, therefore, A recente publicação das Regiões de Influência das Cidades (REGIC) – 2007
to regional development, especially when considered in their territorial dimension. In the
present study, we analyzed the urban network formationin South America between 1950
(IBGE, 2008), cuja metodologia possui avanços importantes no que diz respeito aos
and 2000, establishing comparisons between the processes of urbanization in the distinct estudos realizados anteriormente (IBGE, 1972, 1987 e 2000), principalmente no que
national economies and showing that there is a clear trend of structuring the network of diz respeito à consideração das estruturas urbanas formadas pela gestão pública, o
cities at South American scale. que expressa, em linhas gerais, o princípio administrativo e pelas empresas, de acordo
Keywords: South America, urban network, regional development com o princípio do mercado, na construção de Christaller (1933) sobre as localidades
centrais.
A metodologia adotada pelo estudo reforça o papel dos centros de gestão do
território (Correa, 1995; Oliveira, 2005 e 2007), reafirmando a importância da territo-
rialidade, como um aspecto fundamental para a compreensão dos processos espaciais
no mundo atual (Haesbaert, 2004) e que assume papel decisivo no estabelecimento
das relações entre as economias nacionais que se integram em escala supranacional,
no que Sassen denomina de “conjuntos globais” (Sassen, 2006).
A importância das relações entre cidades em escala supranacional foi origi-
nalmente apontada por Hall (1966), que em trabalho pioneiro destacou o papel das
“world cities” na configuração de um sistema de fluxos que se propagam além das
fronteiras nacionais. Foi Friedmann (1986) quem traçou o contorno de uma agenda
de pesquisas sobre as cidades mundiais, baseando-se nas formulações de Wallers-
tein (1985) que partilham o mundo em centro, semi-periferia e periferia, Friedmann

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afirmava que as cidades mundiais constituem a espinha dorsal do sistema-mundo na do aproximando-se da metodologia proposta por Abbott (1991 e 1997) que chama
atual fase de desenvolvimento do capitalismo e que sua formação ocorria no centro atenção para a importância das relações da cidade com sua região, lembrando que a
e na semi-periferia, excluindo os países periféricos de um papel relevante no circuito inserção de uma determinada cidade nos circuitos globais não explicam totalmente o
mundial. seu processo de desenvolvimento, nem a sua efetiva posição, tanto no contexto nacio-
No início da década de 90, o debate se ampliou com a publicação do livro de nal, como internacional. Também merece destaque a concepção de Veltz (1996) que
Sassen (1991) sobre as cidades globais nominando explicitamente Nova Iorque, Lon- ressalta a dimensão territorial – expressa na proximidade geográfica, na estruturação
dres e Tóquio enquanto sedes da “tríade global” que emerge após o final da Guerra do sistema de cidades em escala global.
Fria. Taylor (1997) procura diferenciar a noção de cidade mundial de cidade global Os estudos geográficos brasileiros já possuem uma tradição consolidada na
reforçando a importância da concentração dos serviços especializados nas cidades análise das redes de cidades. Desde os trabalhos de Santos (1959) e Geiger (1963) até
globais, o que intensificaria os fluxos intangíveis entre os mega-centros da economia a publicação atual da REGIC-2007 há um longo percurso em que se destacam os estu-
mundial. dos realizados conjuntamente pelo IBGE, IPEA e NESUR-UNICAMP (2000, 2001a,
A emergência de uma ‘nova’ divisão internacional do trabalho, baseada em 2001b, 2001c, 2001d) que envolveram diversas instituições de pesquisa configurando
um sistema global de circulação de informações em tempo real configuraria a essên- um vasto painel da rede urbana no Brasil, com especial destaque para sua dimensão
cia da sociedade informacional (Castells, 1999a, 1999b e 1999c) ou, segundo Santos, regional, que também está expressa nas contribuições de Meirelles da Motta e Ajara
a consolidação do meio técnico-científico-informacional (Santos, 1994 e 1996) onde (2001), Moura e Kleinke (1999) e Moura e Werneck (2001). Essa dimensão está tam-
as metrópoles desempenham o papel central enquanto ‘loci’ de inovação e destruição bém presente nos textos da coletânea organizada por Gonçalves, Brandão e Galvão.
criativa. É a partir do papel das metrópoles que se abre o painel de debate sobre a (2003) que traça um abrangente painel da questão urbana e regional no Brasil.
territorialidade do processo de emergência das cidades globais. Em trabalhos recentes destacamos a importância das pesquisas sobre rede
Scott (2000 e 2001) amplia as dimensões das cidades globais ao defini-las de cidades para as políticas públicas de gestão do território (Egler, 2006a e 2008a)
e Corrêa (2004) destaca a importância do tema, embora como mostre o autor seja
como cidades-regiões, isto é incluindo a estrutura territorial que as confere poder
muitas vezes negligenciado pelos geógrafos. Por outro lado, trabalhos de economistas
geoeconômico e geopolítico para projetar sua influência para além das fronteiras na-
regionais como Guerra, Lemos e Diniz (1999) e Diniz (2002) tenham avançado na
cionais. Para Scott, tanto Nova Iorque, como a Terceira Itália conformam cidades-
direção de novas propostas de regionalização, utilizando como critério básico a área
regiões globais. Sassen( 2001: 78), explica a diferença entre os conceitos definindo as 
de influência dos centros urbanos.
cidades-regiões globais como “uma escala territorial e como um construto analítico
No que diz respeito à América do Sul e o Mercosul, são poucos os estudos
que envolve a cidade global naquilo que usualmente está contido pela região.”
que buscam compreender o processo de conformação da rede de cidades em esca-
É justamente essa a dimensão territorial, que está presente na relação entre
la supranacional e sua influência no processo de integração regional. Em trabalhos
cidade e região, que forma o substrato da concepção de rede de cidades formada pela
anteriores (EGLER, 2001 e 2006b) procurou-se destacar o papel das redes logísticas
escola francesa de geografia, cujo principal expoente sobre essa temática é Michel
no processo de integração regional, destacando-se a conectividade entre os sistemas
Rochefort, cuja produção científica marcou toda uma geração de geógrafos brasilei-
técnicos de transportes, energia e telecomunicações. Estudos pioneiros, como o de
ros. Rochefort (1998 e 2007) jamais separou a noção de rede urbana de sua dimensão Meneghetti Neto (2005) destaca o papel de coesão supranacional e as limitações ins-
territorial, isto é, da região por ela definida. Na sua concepção, redes e sistemas urba- titucionais da Rede Mercocidades na América do Sul.
nos são escalas de análise que se interpenetram, considerando a dimensão regional e
nacional.
Estrutura, Rede e sistemas urbanos
No que diz respeito a análise das redes de cidades em escala supranacional,
a principal contribuição da geografia francesa está nos trabalhos de Denise Pumain A coletânea organizada por Castells (1973) foi um marco importante na aná-
(2006 e 2007) onde procura definir uma tipologia dos sistemas urbanos no mun- lise das cidades latino-americanas e uma avaliação sumária da situação nos dias atuais

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pode ser encontrada em Montoya (2005). Estudos sobre as redes de cidades nacionais manifestam decisões de investimento de médio prazo. Por final, os sistemas urbanos
dos países sul-americanos também foram realizados por pesquisadores, alguns deles expressam o comportamento dos fluxos materiais e imateriais a curto prazo, isto é os
aplicando a metodologia da escola francesa de geografia, como é o caso de Goueset, seus aspectos dinâmicos atuais.
Mesclier e Deler (2007) sobre a evolução da rede de cidades na Colômbia. A estrutura urbana, considerada em sua formulação mais geral revela, atra-
A unidade institucional da América do Sul é uma construção que está sendo vés da distribuição espacial das cidades, as características do desenvolvimento econô-
iniciada (Egler, 2008b) que se caracteriza não só pelas suas dimensões continentais, mico e social de uma determinada porção do território. A lógica de sua configuração
mas principalmente pelas acentuadas transformações econômicas e sociais, pela forte responde a ação de forças que não se restringem às fronteiras nacionais e regionais e
dinâmica migratória e pela existência de amplas fronteiras de recursos em fase de de certa maneira respondem à dinâmica global da urbanização, vista como um pro-
ocupação. No Brasil, observa-se, o rápido crescimento das regiões Norte e Centro- cesso histórico de longa duração, ao mesmo tempo em que sintetizam contradições
Oeste, em função da ocupação de novas fronteiras agrícolas e da criação e expansão que são específicas do lugar. Sítio e posição, tais como definidos pela geografia urba-
de cidades. Esse fenômeno aproxima países vizinhos a essas regiões do país, modifi- na, são atributos fundamentais da cidade e expressam – de um lado o que é particular
cando o caráter da fronteira e contribuindo por redefinir a rede de cidades em escala ao ‘locus’, de outro a tessitura geral da ‘retis’.
continental. Camagni (2006: 19-20) sintetiza os princípios básicos da organização territo-
Estudo recente realizado pelo ILPES/CEPAL (2009) discute o papel das ci- rial que ajudam a responder questões fundamentais sobre “a natureza, a estrutura e as
dades latino-americanas na distribuição territorial de renda e na reprodução das de- leis de movimento da cidade”. Tais princípios são:
sigualdades em escala continental e um importante esforço de sistematização de in- • aglomeração, ou da sinergia que explica a concentração de pessoas e equi-
formações sobre as cidades latino-americanas foi realizado por Gonzalez e Rodriguez pamentos em lugares determinados, contrapõe-se a noção de dispersão e
(2005) que lançou as bases da base de dados DEPUALC. diferencia cidade de campo;
A pesquisa bibliográfica a propósito dos avanços metodológicos sobre as in-
• acessibilidade, ou da concorrência espacial, que contribui para definir as
terações espaciais entre cidades, tanto na escala nacional, como supranacional, apon-
formas que localizam as diversas atividades, residenciais e produtivas, no
tam para a definição de três categorias analíticas básicas, que embora sejam muitas
espaço intra e inter urbano;
vezes utilizadas como sinônimos, possuem status conceituais distintos. Tais categorias
são: estrutura, rede e sistema urbanos. • interação espacial, ou da demanda por mobilidade e conexões, que in-
Neste trabalho, seguindo os procedimentos já utilizados no estudo Confi- terpreta os fluxos entre fixos situados em distintas localizações em uma
guração e Tendências da Rede Urbana no Brasil (IPEA/IBGE/NESUR-UNICAMP, cidade ou em cidades diferentes;
2001a e 2001c) adotaram-se definições específicas para cada uma dessas categorias, • hierarquia, ou da ordem das cidades, que descreve as leis da organização
fortemente encadeadas, possuem dimensões analíticas específicas capazes de explicar no mais espaço urbano ampliado, isto é no conjunto de cidades que se
particularidades das inter-relações complexas que se estabelecem entre as cidades. articulam nas mais distintas escalas: regional, nacional, supranacional e
De certa maneira, essas categorias representam níveis de abstração conceitu- global
al distintos, com dimensões espaço-temporais diferentes. No nível mais geral, têm-se • competitividade, ou da base de exportação, que responde pelo dinamismo
a estrutura urbana – ou armadura urbana, tal como utilizada por Rochefort (1967) de um centro em relação aos demais, explicando as razões do crescimento
e por Becker e Egler (1994) para descrever e interpretar a distribuição espacial das urbano diferenciado.
cidades moldada por processos gerais, provenientes das tendências de longo prazo da
economia e sociedade. A noção de rede urbana situa-se em um nível intermediário Além dos princípios expostos por Camagni, poder-se-ia incluir o princípio
de abstração e manifesta características históricas e geográficas de um determinado da sustentabilidade, ou da capacidade urbana de suporte, isto é a oferta de alimen-
território, como as conexões das redes técnicas de transportes e telecomunicações, tação, água, abrigo e combustíveis a custos aceitáveis e suportáveis, garantindo qua-

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lidade de vida a seus habitantes. Porem essa dimensão do desenvolvimento urbano Os indicadores constantes na Tabela 1 calculados a partir de uma série histó-
e regional ainda está no plano das conquistas futuras para a maioria das cidades rica definida pelas aglomerações urbana que possuíam mais de 20.000 habitantes em
sul-americanas1. 2000 ou data vizinha (Circa 2000) mostram que a população urbana que era 44 % em
1950 atingiu 81 % em 2000 e que houve uma redistribuição importante do contin-
Tendências de estruturação urbana na América do Sul genteurbano, com a o peso da maior cidade – em 1950 Buenos Aires – caindo de 10
% para 6 % do total da população urbana e das cinco maiores cidades, que me 1950
A interpretação da estrutura urbana da América do Sul foi realizada utilizan- concentravam 26 % do total, caindo para 20 %, que ainda é um número alto conside-
do procedimentos metodológicos bastante difundidos na literatura sobre o tema: a rando que 1 entre cada cinco habitantes reside em uma metrópole sul-americana (São
curva ordem tamanho (rank-size), o índice de primazia urbana, o modelo gravitacio- Paulo, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Lima e Bogotá). O índice de primazia (n-3) caiu
nal e interpolação das áreas de influência através de Polígonos de Thissen ou Voronoi. de 0,70 para 0,54 indicando uma redução na primazia em nível continental, embora
Diversos autores realizaram estudos para as cidades latino-americanas utilizando as tenha se mantido estável entre 1990 e 2000.
noções de ordem-tamanho e primazia urbana, por exemplo, Browning (1972), Vap-
O coeficiente de Pareto elevou-se de 0,69 para 0,97 entre 1950 e 2000 indi-
narsky, C. A. (1969 e 1975), Chase-Dunn, (1985) Cuervo (2004) e Schaffar (2009)
cando que a estrutura urbanada América do Sul evolui no sentido da correção de
dentre outros. No que diz respeito à aplicação do modelo gravitacional na análise das
assimetrias históricas, embora ao nível nacional ainda estejam presentes grandes dis-
estruturas urbanas desde o trabalho pioneiro de Isard (1960) existem vários estudos
paridades na configuração da estrutura urbana, com o indicador variando entre 1,02
como o de Pumain (1994) e da equipe do Centro de Desenvolvimento e Planejamento
para o Brasil e 0,62 para o Paraguai, que ainda apresenta uma forte assimetria na
Regional de Minas Gerais (CEDEPLAR), como os textos de Lemos, Diniz e Guerra
configuração de sua estrutura urbana. O indicador nacional médio do coeficiente de
(1999a, 1999b e 1999c) e também sua aplicação mais recente na modelização da rede
Pareto era 0,61 em 1950 e atingiu 0,91nas vizinhanças de 2000, indicando que o con-
urbana brasileira para fins de regionalização (BRASIL, 2008: 124-133).
junto de países evoluiu na mesma direção no período considerado.
Tabela 1 - América do Sul - Indicadores de Urbanização No intuito de testar – ainda de modo puramente abstrato, a hipótese do ajuste
Ano Circa 1950 Circa 1970 Circa 1990 Circa 2000 da estrutura urbana em escala continental, aplicou-se modelo gravitacional simplifi-
População Total 106.652,06 188.903,66 289.488,00 341.859,14
cado, calculado considerando como variável ‘proxi’ da massa de atração: a população
dos aglomerados urbanos com 100.000 ou mais habitantes em 2000 e a distância aérea
População Urbana 46.523,60 114.505,29 218.848,39 275.518,40
entre eles. O modelo foi executado utilizando o software livre Flowmap, desenvolvido
Nº de cidades da amostra 1.202 1.311 1.341 1.382
pela Universidade de Utrecht, que permite a modelagem de dados espaciais de redes
Taxa de crescimento da População Total 2,90 2,16 1,68
e fluxos.
Taxa de Crescimento da População Urbana 4,61 3,29 2,33
O mapa 1 apresenta o esboço da estrutura urbana na escala sul-americana
Índice de Urbanização 0,44 0,61 0,76 0,81 sem considerar os limites nacionais. Alguns aspectos em sua organização espacial são
Relação População Maior cidade/ dignos de nota. Primeiro a existência de dois grandes conjuntos espaciais diferencia-
0,10 0,07 0,07 0,06
População Urbana
Relação População 5 maiores cidades/
dos, conforme foi apontado no Relatório 1: : o Cone Sul, estruturado principalmente
0,26 0,25 0,22 0,20 pelas interações entre Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires e Santiago e o Arco An-
População Urbana
Índice de Primazia (n=3) 0,70 0,47 0,54 0,54 dino e Caribe, que se articula através de Lima, Guayaquil, Bogotá e Caracas. Tais con-
Coeficiente Beta (β) 0,69 0,77 0,94 0,97 juntos possuem densidade de interações distintas e manifestam arranjos espaciais que
Fonte dos dados básicos: DEPUALC resultam de aspectos históricos e geográficos específicos à cada realidade nacional.
É importante insistir que se trata de um modelo extremamente abstrato e
com sérias limitações para sua validação enquanto instrumento de análise espacial,

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Mapa 1 entretanto – apesar de todas as suas conhecidas limitações, o modelo pode fornecer
algumas pistas de como se configura a estrutura espacial. Nesse sentido, o destaque
também é para os aglomerados urbanos que ocupam posição de “relês” ou de conec-
tores. No caso da América do Sul, aparentemente é a posição que estão desempenhan-
do centros como Manaus e Cuiabá, no Brasil, San Miguel de Tucumán e Mendoza, na
Argentina; Asunción, no Paraguai e Santa Cruz de laSierra, na Bolívia; Bucaramanga
na Colômbia e Iquitos no Peru.
Com a finalidade de interpretar a extensão espacial da área de influência dos
aglomerados urbanos de mais de 100.000 habitantes e compreender abstratamente
suas projeções no contexto sul-americano, construiu-se – utilizando o programa Flo-
wmap, a rede de polígonos de Thiessen, Segundo Burrough (1987), considerando re-
presentações pontuais – no caso em questão os aglomerados urbanos tomados apenas
por sua posição no espaço bidimensional, o algoritmo de interpolação em polígonos
de Thiessen divide a área de estudo em regiões tendo como centro cada um dos pon-
tos amostrais considerados. O que caracteriza uma região de Thiessen é que a distân-
cia de qualquer ponto no interior da região ao centro que a define é menor do que a
distância deste mesmo ponto a qualquer outrocentro fora da região.
Há uma rarefação visível da malha urbana em uma larga faixa interior par-
tindo do Chaco Setentrional, no Paraguai, e acompanhando a fronteira amazônica
entre o Brasil, a Bolívia, o Peru, a Colômbia, a Venezuela, a Guiana, o Suriname e a
Guiana Francesa. Ao longo dessa faixa, é visível a presença de cidades brasileiras que
demarcam sua zona de influência nos territórios limítrofes com cidades situadas em
condições semelhantes nos países vizinhos como Cuiabá, Porto Velho, Rio Branco e
Boa Vista, com as cidades de Santa Cruz (Bolívia); Pucalpa e Iquitos (Peru); Ciudad
Guayana e CiudadBolivar (Venezuela). Não existe nenhum centro urbano desse porte
que ocupe tal posição no que diz respeito à fronteira com a Colômbia, resultando em
um corredor relativamente vazio nessa área;
O Sul brasileiro e as regiões argentinas ao norte de Buenos Aires apresentam
um padrão espacial bastante semelhante na distribuição dos polígonos, indicando
certa semelhança na organização do espaço, que é totalmente distinto da área de in-
fluência de Montevidéu. Na porção meridional do Chile e Argentina, as condições
patagônicas de ocupação do território são reveladas pelo espaçamento maior dos
polígonos;
É necessário esclarecer de antemão que os polígonos são uma construção
abstrata que representam apenas um campo analítico, em nada afetando os limites
internacionais que foram mantidos intencionalmente na representação cartográfica.

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Mapa 2 Tendo essa ressalva em mente, é interessante constatar que a distribuição espacial dos
aglomerados urbanos faria com que um pretenso consumidor que buscasse o centro
de oferta de serviços mais próximo em diversas partes doterritório sul-americano
teria que atravessar limites internacionais para satisfazer suas demandas de bens e
serviços.

Considerações Finais
A construção de um marco teórico de referência para o estudo da formação
da rede urbana da América do Sul parte da caracterização de estrutura, rede e sistema
de cidades como três categorias espaciais distintas e entrelaçadas, com diferentes tem-
poralidades. Tal marco teórico permitiu traçar os contornos preliminares da estrutura
urbana na América do Sul, que está em processo de construção em escala continental,
apesar das disparidades existentes entre as distintas estruturas nacionais. O ritmo do
processo de integração regional certamente será influenciado por essa dimensão ter-
ritorial fundamental, que ainda está por merecer estudos mais detalhados.

nota
1. Estudos recentes estão sendo realizados sobre a dimensão da sustentabilidade das cidades
latino-americanas, como por exemplo Jordan, Rehner e Samaniego (2010)

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IX ENANPEGE
Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia
Goiânia
8 a 12 de outubro
2011

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