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XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016
1. Introdução
Uma cultura de melhoria contínua pode ser definida como aquela em que "todos os
membros da organização trabalham em conjunto em uma base contínua de melhoria de processos
e redução de erros para melhorar o desempenho geral para o cliente" (FRYER et al., 2007).
Deste modo, pode-se entender a Melhoria Continua como um esforço geral da
organização em mantê-la sempre em um nível incremental de excelência, onde se busca galgar
degraus mais altos em cada melhoria e ação. A melhoria continua, nos dias de hoje, é utilizada
em diversas empresas, organizadas em times que, por meio de ferramentas atuais e eficientes,
investigam, implementam e controlam projetos e processos com base nas estruturas da melhoria
continua.
Esse esforço por uma cultura da qualidade é visível na grande maioria das organizações.
Gerentes e lideres entendem-nas como essenciais para o pleno desenvolvimento e efetividade dos
procedimentos das empresas. Muito mais que simples ferramenta, a melhoria continua é uma
filosofia: envolve pessoas, forma times, integra as lideranças, cria canais de comunicação,
interfere positivamente na organização e controle, mostra caminhos, indica os erros e suas
soluções e principalmente, contribui para o crescimento de forma consciente de toda a instituição
e sua cadeia de valor.
Muitas dessas organizações já buscam a institucionalização de modelos de maturidade,
que são formas eficazes de estruturar e identificar os processos de desenvolvimento de forma
estável, visando sempre à melhoria e sustentação do negócio. Existem diversos modelos, cada um
com sua especificidade e características. Este trabalho tem como objetivo propor a revisão e
análise de como a utilização dos modelos de maturidade podem influenciar na gestão da
qualidade, mais especificamente, na melhoria continua dos processos das organizações.
Através da revisão sistemática de literatura, abordando as palavras-chave “melhoria
contínua” e “modelo de maturidade”, da base de dados Web of Knowledge, compreendendo 25
artigos analisados, num período de referência de 16 anos, pretende-se identificar como essas
organizações se adaptam às metodologias e como elas lidam com a melhoria contínua.
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2. Fundamentação Teórica
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Pullen (2007) definiu modelo de maturidade como "uma coleção estruturada de elementos
que descreve as características dos processos eficazes em diferentes fases de desenvolvimento,
além de sugerir pontos de demarcação entre as etapas e métodos de transição de um estágio para
outro. O modelo de maturidade é uma etapa inicial quando se considera um possível crescimento
futuro, identificando eventos necessários e prevendo os desafios.
Nível de maturidade do processo é crítico para a estabilidade, melhoria e sustentabilidade
do negócio. Modelos de maturidade são ferramentas que ajudam a organização a lidar com os
pontos fortes e fracos de seus processos de negócios. O modelo fornece um roteiro para
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O modelo de grade foi desenvolvido por Philip Crosby em 1979, e foi um dos primeiros
modelos de maturidade para a avaliação da maturidade dos processos de gestão da qualidade. O
modelo de Crosby contém cinco fases de maturidade e seis categorias de medição que ajudam a
usuário para identificar sua própria situação com relação à maturidade. Este modelo reconhece a
importância de fatores humanos como a liderança, atitude e trabalho colaborativo (CROSBY,
1979).
Este modelo foi desenvolvido em 1987 pelo Instituto de Engenharia de Software (SEI) da
Universidade Carnegie Mellon e foi patrocinado pelo Departamento de Defesa dos EUA (DoD),
tendo como objetivo atender às necessidades e características das organizações governamentais
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Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais
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(HÖGGERL; SEHORZ, 2006). O CMM pode ser definido como "um modelo de referência de
práticas maduras em uma disciplina especificada, utilizado para melhorar e avaliar a capacidade
de um grupo para realizar tal disciplina (The CMMI Overview by SEI). O SEI indicou que CMM
baseia-se nos elementos e conceitos do modelo de maturidade de Philip Crosby (1979), mas o
modelo foi modificado em 1991 usando modelos anteriores criados por Deming (1986), Juran
(1988), e Humphrey (1989). O modelo atual contém cinco níveis de maturidade e baseia-se no
fato de que uma organização somente pode atingir um nível de maturidade alvo após a
implementação de várias medidas divididas em fases. Embora este modelo tenha sido
inicialmente desenvolvido para a indústria de software, é também aplicável a outras organizações
em diferentes setores de atividade, uma vez que abrange áreas como a gestão de riscos, gestão de
projetos, gestão e desenvolvimento da força de trabalho e outras.
O BPMM foi desenvolvido em 2002 pelo Object Management Group, Inc. (OMG). De
acordo com a especificação do OMG, "O BPMM pode ser utilizado como um modelo de
processo, por si só ou pode ser usado como um framework para os esforços de melhoria com base
em outros modelos". O BPMM é destinado a qualquer pessoa interessada ou envolvida na
melhoria de processos de negócios de uma organização relacionada aos seus produtos e serviços,
sejam eles para uso interno ou externo. Este modelo é também baseado no CMM e é composto de
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A classificação das habilidades pode ajudar as empresas a entender onde eles estão em
relação a outras empresas e como eles podem desenvolver um plano para expandir suas próprias
capacidades de melhoria contínua. O modelo identifica diferentes estágios de desenvolvimento da
melhoria contínua, associado a um determinado nível de desenvolvimento de rotinas-chave e
habilidades, conforme mostra a Tabela 1. Vale destacar que os estágios de melhoria contínua
apresentados constituem-se em arquétipos genéricos, ou seja, não traduzem exatamente a
realidade vivida pelas empresas, pois cada organização tem sua própria experiência em relação à
melhoria contínua. O valor do modelo está no fornecimento de um roadmap básico para as
empresas identificarem em que nível de melhoria contínua elas estão e uma orientação de como
elas podem melhorar sua capacidade e suas habilidades em melhoria contínua (BESSANT et al.,
2001).
TABELA 1: Estágios de Evolução da Melhoria Contínua
NÍVEL DE MELHORIA CONTÍNUA CARACTERÍSTICAS
Nível 1 – Pré interesse na melhoria contínua Não existe uma estrutura formal para a melhoria na
organização, sendo os problemas solucionados ao acaso,
O interesse em mel oria cont nua desencadeado or sempre visando um benefício apenas de curto prazo.
uma crise semin rio ou isita a outra organi a o Além disso, não existem estratégias de impacto nos
mas a sua im lanta o ocorre de modo ad oc. recursos humanos, como treinamento, desenvolvimento e
reconhecimento.
Nível 2 – Melhoria contínua estruturada Existe um comitê formal para construir um sistema que
desenvolverá a melhoria contínua na empresa, contando
Existe um comprometimento formal na constru o de com a participação dos funcionários nas atividades,
um sistema ue ir desen ol er a mel oria cont nua mesmo essas não sendo integradas às operações do dia-
atra s da organi a o a-dia. Os funcionários são treinados nas ferramentas
básicas de melhoria e o sistema de reconhecimento é
introduzido.
Nível 3 – Melhoria contínua orientada a metas Melhoria contínua dirigida para meta - existe uma
utilização formal dos objetivos estratégicos, sendo as
Existe o comprometimento em ligar os atividades de melhoria continua parte das atividades
comportamentos locais em mel oria cont nua com gerais de administração.
uma estrat gia mais am la de toda organi a o
Nível 4 – Melhoria contínua pró-ativa Melhoria contínua proativa - existe uma tendência para
se desenvolver autonomamente e os indivíduos
iste uma tentati a de desen ol er autonomia e dar e grupos gerenciam e direcionam seus próprios
mais autonomia aos indi duos e gru os ara processos. Neste nível, as responsabilidades da melhoria
gerenciar e dirigir seus r rios rocessos contínua são devolvidas para a unidade de solução de
problemas.
Nível 5 – Capacidade total de melhoria contínua Capacidade completa de melhoria contínua -
aproximação do modelo de aprendizagem
A organização se aproxima de um modelo de organizacional, existindo a identificação e solução
Organi a o ue a rende sistemática de problemas e compartilhamento do
aprendizado.
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3. Metodologia
Uma revisão sistemática, assim como outros tipos de estudo de revisão, é uma forma de
pesquisa que utiliza como fonte de dados a literatura sobre determinado tema. Esse tipo de
investigação disponibiliza um resumo das evidências relacionadas a uma estratégia de
intervenção específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca,
apreciação crítica e síntese da informação selecionada. As revisões sistemáticas são
particularmente úteis para integrar as informações de um conjunto de estudos realizados
separadamente sobre determinada terapêutica/intervenção, que podem apresentar resultados
conflitantes e/ou coincidentes, bem como identificar temas que necessitam de evidência,
auxiliando na orientação para investigações futuras (SAMPAIO; MANCINI, 2007).
4. Críticas e Resultados
Desde a sua origem, modelos de maturidade têm sido alvo de críticas. Eles são muitas
vezes caracterizados como "receitas passo-a- passo" que simplificam a realidade e não têm
fundamento empírico. A maioria dos modelos de maturidade concentra-se na sequência de níveis
em direção a um "estado final" pré-definido em vez dos fatores que realmente influenciam a
evolução e mudança. Outra crítica refere-se à multiplicidade de modelos de maturidade
semelhantes, documentação insatisfatória e falta fundamentação econômica (RÖGLINGER et al.,
2012).
A maioria dos modelos fornece orientação limitada sobre as medidas específicas que
devem ser tomadas a fim de melhorar os níveis de maturidade (RÖGLINGER et al., 2012). Há
também uma necessidade de determinar critérios que ajudarão os usuários a determinar seu
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trabalho em toda a organização e é visível em todos os locais. Assim, o modelo de três estágios
aborda as lacunas no modelo de cinco estágios proposto por Bessant, onde certas características
de melhoria contínua não foram descritas para cada nível de acordo com o seu carácter evolutivo,
particularmente a noção de que, uma vez que os fundamentos são sólidos, apenas algumas ações
complementares são necessárias para alcançar a plena maturidade em melhoria contínua (FRYER
et al. 2013).
5. Conclusões
Referências bibliográficas
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