Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Timeo
J O S É M A R ÍA ZA M O RA C A LV O a
edición bilingüe
JO SÉ Ma. ZAMORA CALVO
O
O
Q
CU
O
A B A D A EDITORES
L E C T U R A S DE F I L O S O F Í A
TIMEO
PLATÓN
LECTURAS
Serie Filosofía
DIRECTOR Félix DUQUE
© J o s é M a r í a Z a m o r a C a l v o , 5 0 10
de la in tro d u c c ió n , trad u cció n y notas
© L u c B r is s o n , 2 0 1 0
de las n otas y anexos
© A b a d a E d i t o r e s , s . l ., 2 0 1 0
Calle del Gobernador, l8
28014 Madrid
Te¿: 914 296 882
Fax: 914297507
www.abadaeditores.com
d is e ñ o Sa b á t i c a
p r o d u c c ió n G U A D A LU PE G lS B E R T
im p re s ió n L avEL
A Cathy
AGRADECIMIENTOS
J o s é M a. Z a m o r a
E s c rito al fin a l de la v id a d e P la tó n , e n tr e 3 5 8 - 3 5 6 a . C . , el
Timeo relata u n a d iscu sió n qu e h a b ría te n id o lu g a r e n tre 4 3 ° y
4 2 5 a .C . , y d eb iera fo r m a r parte, ju n t o c o n el Critiasy el Hermó
crates, de u n a tr ilo g ía q u e d e scrib e e l o r ig e n d e l u n iv e rs o , d e l
h o m b re y d e la so cied a d . Esta trilo g ía h a b ría p e r m itid o a P la -
tó n r e e m p re n d e r el p ro y e cto d e sus p red eceso res q u e, a p a rtir
d el s. V I a .C ., re co g ie ro n el testim o n io d e poetas co m o H esío d o
e x p o n ie n d o lo q u e fu e r o n la a p a r ic ió n y e v o lu c ió n d e to d a la
rea lid a d . E stos p en sa d o res, a lo s q u e la tr a d ic ió n d io el n o m -
b r e d e « f i l ó s o f o s » , e n sus o b ra s , q u e m ás ta rd e lle v a r o n el
títu lo g e n é ric o d e Sobre la naturaleza (περί φύσεως), tra ta ro n de d es-
c rib ir el o rig e n d el u n iverso (m a cro co sm o s), d el h o m b re , c o n -
sid erad o c o m o u n u n iverso e n m in ia tu ra (m ic r o c o sm o s ), y d e
la s o c ie d a d , c o n s id e r a d a c o m o el p a ra d ig m a al q u e d e b e r ía
c o n fo rm a rse la ciu d a d real.
E l Timeo co m ie n za c o n u n r e su m e n d e la c o n s titu c ió n ideal
d escrita e n la República, u n d iá lo g o al q u e la tra d ic ió n su b titu ló
Sobre lajusticia, y a c o n tin u a c ió n a lu d e a la g u e rra victo rio sa q u e
m an tu vo la an tigu a A te n a s co n tra la A tlá n tid a . P la tó n trata d e
fu n d a r « e n la n a tu ra le z a » la c o n s titu c ió n id e a l d e scrita e n la
República, m o s tr a n d o c ó m o la a n tig u a A te n a s se c o n fo r m a b a
IO JOSÉ M». ZAMORA CALVO
I. LOS PRELUDIOS
1. El resu m en d e S ó c r a te s
S ó c r a te s r e su m e u n a c o n v e r s a c ió n q u e tu v o lu g a r la vísp era
e n tr e S ó cra te s, T im e o , C r itia s , H e r m ó c r a te s y u n q u in to
i n t e r lo c u t o r a u se n te ese d ía . L a c o n v e r s a c ió n r e c a p itu la tiv a
s in te tiz a las ca ra cte rística s d e la c o n s tit u c ió n id e a l y d e lo s
h o m b re s q u e re q u ie re . ¿ E n q u é c o n d ic io n e s es p o sib le la re a -
liz a c ió n sensible d é la ciu d a d id e a l? L a c o n c e p c ió n d e la ciu d a d
INTRODUCCIÓN II
caso d e l Timeo, lo q u e se d ic e a h o ra es la p r o lo n g a c ió n d e la
c o n v e r s a c ió n m a n te n id a e n la República. P re c isa m e n te , a p e t i -
ció n de T im e o , Sócrates recu erd a lo p r in c ip a l d e su e x p o sició n
de la víspera so b re la c o n s titu c ió n m e jo r y q u é h o m b res r e q u e -
r ir ía ( 1 7 c - 1 9 b ) , y te r m in a p r e g u n tá n d o le si n o h a o lv id a d o
n a d a . T im e o c o n s id e r a q u e n o fa lta n a d á . S in e m b a rg o , el
r e s u m e n d e l Timeo se a d e c ú a fie lm e n te a lo s c in c o p r im e r o s
lib ro s de la República, p e r o n o se o cu p a de u n a cu e s tió n p r in c i-
p al, la qu e trata de que lo s filó so fo s g o b ie r n e n e n lo s estados, o
q u e « lo s q u e a h ora so n llam ad o s reyes y g o b e rn an te s filo s o fe n
de m o d o g en u in o y a d ecu a d o » (V 4 7 3 ^)· P ° r tan to, en el relato
falta la p resen cia de los filó so fo s-rey es4 . Q u izá s p o d a m o s p o n e r
e n c o n e x ió n esta o m is ió n c o n la a u s e n c ia d e l c u a rto « i n v i -
ta d o » de Sócrates, c o n el q u e co m ie n za e l d iá lo g o . E n p a ralelo
a rq u ite ctó n ico c o n el Sofista, el n u ev o in v ita d o filó s o fo , ausen te
la víspera, p o see u n a ex celen te m e m o ria .
L a República co m ie n za e n el P ire o , m ien tra s tie n e n lu g a r las
B e n d id ia s, fiesta de u n a d iv in id a d ex tra n jera , p e r o tra n scu rre
durante el ascenso a Atenas. P or el contrario, parece que el Timeo se
situaría d u ran te las Panateneas5, la fiesta n a cio n a l p o r excelencia
d el p u e b lo ateniense (2 6 e). M ien tra s qu e e l relato de la República
m e n c io n a de m an era expresa las B e n d id ia s ( 3 5 4 a) >el d e l Timeo
so lo alu d e a la fiesta de la d iosa, sin esta b lecer m ás p re cisio n e s
(2Ia y 2 6 e ). D e este m o d o , la re d a c c ió n d el Timeo n o lo ca liza n i
data la conversación. A h o ra b ien , tras las B en did ias se celebraban
2. L a p a rte d e l a u se n te
está s o m e t id o a las ú n ic a s t r a n s fo r m a c io n e s d e lo s c u a tr o
p o lie d r o s . E n e l re la to d e S ó c ra te s so b re la m e jo r c o n s t it u -
c ió n y q u é clase d e h o m b r e s p r e c is a r ía fa lta e l p r i n c i p i o d e
u n if ic a c ió n d e las c iu d a d e s, ya q u e u n a c iu d a d s in f iló s o f o -
re y es s e m e ja n te a u n a c u e r p o s in c a b e z a , u n a lm a s in su
p r in c ip io h e g e m ó n ic o , la p a rte r a c io n a l (νους). E n a u se n cia
d e lo s f iló s o f o s , la c iu d a d q u e d e s c r ib e S ó c r a te s e n e l Timeo
está g o b e rn a d a p o r sus g u a rd ia n e s7 ( l8 a ) . L a e n fe r m e d a d d e l
q u in to in v ita d o , p re se n te ayer y a u sen te h o y , se c o r r e s p o n d e
c o n el o lv id o d e u n a te o r ía p r in c ip a l d e l re la to d e la República,
y c o n e l s ile n c io so b re el d o d e c a e d ro .
A s í p u e s , la a u s e n c ia c o n la q u e c o m ie n z a e l Timeo se
c o r r e s p o n d e c o n la p re se n c ia e n e l Soßsta d e u n q u in to in t e r -
lo c u t o r e x tr a n je r o , a n ó n im o ta m b ié n , c o n s id e r a d o d iv in o .
Só crates, T e o d o r o y T e e te to c o n v e rsa ro n la vísp era e n p r e s e n -
cia d e u n n u t r id o y a te n to a u d ito r io ( Teeteto, 1 4 3 d ), e n e l q u e
p r e su m ib le m e n te se h allab a el jo v e n S ó cra tes, a q u ie n e n t o n -
ces n o se m e n c io n a . P o r ta n to , si e s ta b le c e m o s este v ín c u lo
en tre la a rq u itectu ra de am b os d iá lo g o s, sería p o sib le c o n s id e -
ra r al E x tra n je ro d e l Sofista, el q u in to p re se n te , u n a fig u ra d el
o tr o y el q u in t o g é n e r o d e l se r, u n c o r r e la to d e l q u in t o
au sen te p o r e n fe r m e d a d d e l Timeo, la fig u ra d el q u in to p o li e -
d r o , e l d o d e c a e d r o , r e la c io n a d o c o n la c o n f o r m a c ió n d e la
to ta lid a d . D e este m o d o , la p r e s e n c ia d e u n o c o n e c ta c o n la
a u sen cia d e l o tr o .
3. La p e tic ió n d e S ó c r a t e s
la c o n s tit u c ió n id e a l e q u iv a le a p r e g u n ta r s e c ó m o o r g a n iz a r
se g ú n el p r in c ip io ra c io n a l d e lo m e jo r u n a so cied a d h u m a n a
in s c r ita e n e l tie m p o y e n e l e s p a c io , c u e s tió n q u e p la n te a el
p r o b le m a d e la p a rtic ip a c ió n d e las cosas sensibles c o n las f o r -
m as in te lig ib le s. E l Timeo in te rp re ta la r e la c ió n e n té r m in o s de
im it a c ió n : u n m o d e lo in t e lig ib le h a c e p o s ib le la a p a r ic ió n
d e u n a im a g e n q u e ca p ta m o s p o r lo s s e n tid o s . T e n ie n d o e n
c u e n ta la h e te r o g e n e id a d e n tr e la fo r m a in t e lig ib le y su m a -
n if e s t a c ió n s e n s ib le , la p e t i c i ó n d e S ó c r a te s im p lic a q u e se
in t e r r o g u e so b re las c o n d ic io n e s d e p o s ib ilid a d d e la re a liza -
c ió n e n este m u n d o d e la m e jo r c o n s tit u c ió n . L a p u e s ta e n
m o v im ie n to d e la c o n s titu c ió n su p o n e q u e el u n ive rso sensible
está h e c h o a im a g e n d e l in t e lig ib le se g ú n el p r in c ip io d e lo
m e jo r , si n o , el p r o y e c to m ism o n o t e n d r ía n in g ú n s e n tid o .
E ste p r o p ó s ito c o m p o rta d os aspectos: p o r u n a p a rte, p e rm ite
c o m p r o b a r la e fic a c ia d e la d e f in ic ió n d e la c o n s tit u c ió n , y,
p o r o tra, m u estra c ó m o h a c e r p r o p ic ia s las p r o p ie d a d e s d e lo
sen sib le para el esta b lecim ien to d el estado ju s to .
4. El r e la to de C r itia s
10 C f . L . B r is s o n : « L a in v e n c ió n d e la A t lá n t id a » , Méthexis 8, 1 9 9 5 » P· 1 6 7 - 1 7 4 ·
11 L o s d ilu v io s y lo s d esastres p ro v o c a d o s p o r el fu e g o s o n las ca tá stro fe s m ás im p o r -
tan tes (μέγισται, 2 2 c ). L a a n tig u a A te n a s , q u e e ra la polis « m e jo r e n la g u e rra y a
to d as lu c e s la m e jo r le g isla d a » (2 3 c ), s u frió u n g ra n d ilu v io .
INTRODUCCIÓN 19
5. Los D O S D IS C U R S O S P A N E G ÍR IC O S
D e sd e e l p r o e m io d e su d is c u r so T im e o d a m u e stra d e
m o d e ra c ió n (σωφροσύνη), p o rq u e , antes d e h ab lar sobre el u n i -
v e rs o , in v o c a a lo s d io ses y d io sas, s u p lic á n d o le s q u e to d o lo
q u e d ig a n sea a n te to d o « c o n fo r m e a su p e n s a m ie n to » (Tim.
2 7 c)· E n la República P la tó n d e fin e la m o d e r a c ió n c o m o « u n
tip o d e o rd e n a m ie n to y d e c o n t r o l d e lo s p lacere s y a p e tito s»
(Resp. I V 4 3 0 e ) , y la co n e c ta c o n las n o c io n e s d e co n c o rd a n c ia
y a rm o n ía . P re c isa m e n te , al fin a l d e su d is cu rso , T im e o p r e -
senta el m ism o tip o d e m o d e r a c ió n , ya q u e, tras a firm a r qu e el
u n iv e rso es u n « d io s sen sib le, im a g en d e u n d io s in te lig ib le »
(Tim. 9 2 c ), p id e al d io s -u n iv e rs o « q u e p reserve lo exp u esto de
m a n e ra c o r r e c ta » (Crit., Io 6 a). P o r ta n to , e l u n iv e rs o c o n s ti-
tuye u n a to ta lid a d a rm ó n ica , d o n d e la « in te r p r e ta c ió n m e ló -
d ic a » d el d iscu rso está co n stru id a a im a g en d e l co sm o s vivien te
y a r m ó n ic o . T im e o reg resa al c o m ie n z o y p r o p o n e v o lv e r d e
u n a m a n e r a r á p id a a l m ism o p u n t o d e d o n d e h a b ía p a r tid o ,
in te n ta n d o d ar al d iscu rso u n fin y u n a cabeza qu e q u e d e a ju s-
tada a lo d ic h o a n te r io r m e n te (Tim. 6 9 a - b ) 12. P recisa m e n te, el
d is c u r s o d e b e estar c o n s titu id o c o m o u n ser v iv o , c o n u n
c u e r p o p r o p io , d e m o d o q u e n o carezca d e cabeza n i de p ies,
y p o se a u n a p a rte c e n tr a l y e x tre m id a d e s , e n tr e te jid a s d e tal
m a n e r a q u e se c o r r e s p o n d a n u n a s c o n o tra s y c o n e l to d o
(Phdr. 2 6 4 c ) ; e n e fe c to , este d is c u rso es u n a esp e cie d e u n i -
verso (Phdr. 2 7 7 b - c ) . L a « in te r p r e ta c ió n m e ló d ic a » d el a stró -
n o m o p o e ta e x p o n e c o n co n c o r d a n c ia y a rm o n ía , es d e c ir, de
u n m o d o m o d e r a d o , la g e n e r a c ió n d e l u n iv e rs o p o r e l in t e -
le cto d iv in o , a la m an era de u n cu erp o vivien te y a n im ad o (Tim.
3 0 b , 3 4 h; cf. Phdr. 2 7 6 a ).
E l j o v e n C r it ia s , q u e S ó c r a te s c o n t r a p o n e a lo s p o e ta s y
so fis ta s (Tim. i g d - e ) , p r o n u n c ia e n p r o s a u n « h i m n o » a
A t e n e a 13 q u e , a u n q u e sea u n v ie jo re la to (2 1a) q u e c e le b r a la
A ten as de h ace nueve m il años (2 3 d - e ) , n o es u n « m ito in v e n -
t a d o » (πλασθέντα μύθον), sin o u n « d is c u r s o v e r d a d e r o » (άλη-
θινόν λόγον, 2 6 e ).
6. L a e x p o s ic ió n d e T im e o . E l d is c u r s o d e l a fís ic a
13 N . L o r a u x d esta ca la o p o s ic ió n e n tr e P e ricle s , q u e d e d ic a e] h im n o a la c iu d a d ,
y C r it ia s , q u e lo b r in d a a la d iv in id a d , r e p itie n d o e l acto d e l s a c e rd o te e g ip c io
q u e co n s a g ra el re la to a A te n e a (Tim. 2 3 d ) . C f . N . L o ra u x : L'invention d ’A thènes,
n u e v a e d ., P a ris , P a y o t, 1 9 9 3 » P* 3 1 1 ·
14 C f . L . C o u lo u b a rits is * A ux origines de la philosophie européenne. D e Îq pensée archaïque au néo
platonisme, B ru se las, D e B o e c k -W e sm a e l, 1 9 9 2 , p . 2 9 I - ^ 9 4 *
INTRODUCCIÓN 23
15 ^ L a fu n c ió n d e l d e m iu rg o es a p o rta r u n e le m e n to de o r d e n al d e v e n ir, p o r q u e u n
m u n d o o r d e n a d o será m ás 'se m eja n te a é l·, es d e c ir, m e jo r , q u e u n o d e s o r d e n a -
d o » , F .M . C o r n fo r d : Plato’s Cosmology. The Timaeus o f Plato translated with a running commen
tary, L o n d re s , R o u tle d g e & K e g a n P aul, 1 9 3 7 » p* 3 7 ·
16 C f . Q,. R a c io n e ro : « L o g o s , m ito y d iscu rso p ro b a b le . E n to r n o a la e s critu ra d el
Timeo d e P la to n » , Cuadernos de Filosofa Clásica 7 . 1 9 9 7 » Ρ· 137 ·
24 JOSÉ Ma. ZAMORA CALVO
18 V é a n s e n . 4 7 6 y 4 7 7 d e L . B r is so n a esta tr a d u c c ió n .
26 JOSÉ Ma. ZAMORA CALVO
II. E l m o d e l o c o s m o l ó g ic o
1. Las fo r m a s in t e l i g i b l e s y la s c o s a s s e n s ib le s
A h o r a b ie n , e l d e v e n ir, lo q u e se g e n e ra sie m p re , se d if e -
re n cia d e l m u n d o p o r c u a tr o r a z o n e s : i) c u a n d o T im e o n o s
o fre ce u n resu m en d e la in tr o d u c c ió n d e u n « te r c e r g é n e r o » ,
a firm a q u e ex iste n « e l ser (öv), el m e d io esp acia l (χώρα) y el
d e v e n ir (γένεσις), tres cosas d ife r e n c ia d a s , y d esd e a n tes qu e
n aciera el c ie lo » (5 2 d ). 2 ) A l c o m ie n zo de su d iscu rso c o sm o -
g ó n ic o , e l d e v e n ir es p o s tu la d o c o m o u n m o d e lo h ip o té t ic o
para la g e n e ra ció n d el m u n d o , a u n q u e se trate de u n a h ip ó tesis
30 JOSÉ Μ ·. ZAMORA CALVO
d escartad a ( 2 7 d - 2 8 a ) . 3 ) E l d e v e n ir es « v isib le y ta n g ib le , ya
q u e tie n e c u e r p o » (2 8 b , cf. S 1!3) ’ m ie n tra s q u e e l m u n d o n o
so lo es c o r p ó r e o , sin o q u e es u n vivien te q u e co n sta d e c u e rp o
y ta m b ié n d e a lm a . 4 ) E l d e m iu r g o « t o m ó e n to n c e s to d o
cu a n to era visib le , q u e n o estaba e n re p o so , sin o q u e se m ovía
s in o r d e n n i c o n c ie r t o , y lo c o n d u jo d e l d e s o r d e n al o r d e n ,
p o r c o n s id e ra r a este a b so lu ta m e n te m e jo r q u e a q u e l» (3 0 a ).
P o r co n sig u ie n te , e n v irtu d de estas cu a tro razon es, e l d even ir,
q u e p o r sí so lo im p lica d e so rd e n , se d ife r e n c ia d el m u n d o .
Para llegar a ser o b jeto de co n o cim ie n to y o b jeto d e discurso,
el m u n d o se n sib le d eb e p re se n ta r, e n su p r o p io d e v e n ir, algo
q u e n o cam bia, es d ecir, qu e posea u n a v erd adera p erm a n e n cia
y, p o r ta n to , sea siem p re id é n tic o . Las fo rm a s in te lig ib le s so n
estas re a lid a d es in m u ta b le s y u n iversales, o b je to s d e c o n o c i-
m ie n to y de discursos verdaderos. Las cosas sensibles so n solo las
copias de estas form as in teligib les, ya qu e p a rticip a n d e ellas.
P o r ta n to , las cosas sensibles p a rticip a n de las fo rm a s in t e -
ligibles, y estas co n stitu yen sus m o d elo s, lo qu e explica la sem e-
ja n z a e n tre las co p ia s (las cosas se n sib les) y sus m o d e lo s (las
fo rm a s in telig ib les) (2 9 b , 4 8 e y 4 9 a)· S in em b a rg o , la n o c ió n
de sem ejan za p resen ta u n a d o b le cara: p o r u n a p a rté, im p lica
id e n tid a d , y, p o r otra, d ife re n cia . D e ah í qu e p recise in t r o d u -
c ir la h ip ó tesis de u n « m e d io esp acia l» (χώρα), a q u e llo « d e lo
q u e » están co n stitu id a s las cosas sen sib les y a q u ello « e n d o n -
d e » a p a re c e n c o m o m ú ltip le s y d istin tas y d e d o n d e d esa p a -
r e c e n , q u e p o se e ta m b ié n el ra n g o de p r in c ip io ( 5 2 c - d ) . N o
o b sta n te , a u n q u e las fo r m a s in te lig ib le s y e l m e d io esp acia l
sean p r in c ip io s , am b os d ifie re n rad ica lm en te: las fo rm a s in t e -
lig ib les, q u e so n siem p re id én ticas y n o d evien en , n o se h a lla n
em plazadas e n el m e d io espacial, m ien tra s q u e las cosas se n si-
b les existen e n tan to im ágen es distin tas y m ú ltip le s en el m e d io
espacial. P ara las cosas sensibles « n a c e r » sig n ifica e n tra r e n la
χώρα, y « m o r i r » , áalir d e ella (5 0 c ).
INTRODUCCIÓN
SI
a lg o q u e n o ca m b ia, q u e p o se a u n a v e rd a d e ra p e r m a n e n c ia y
sea siem p re id é n tic o . P la tó n d ife r e n c ia las fo rm a s in te lig ib le s
d e las cosas sensibles. S i e n el ser h u m a n o re c o n o c e dos fa c u l-
tades cogn itivas d istin tas, es p reciso a d m itir la existen cia de sus
o b je to s resp ectiv o s, q u e p e r te n e c e n a d os n iv eles d is tin to s de
realidades: el sensible y el in teligib le, el p rim e ro o b je to d e o p i-
n ió n , y el segu n d o d e in te lig e n cia ( 5 ld - e ) .
Las cosas sensibles p o se e n u n estatuto o n to ló g ic o y g n o se o -
ló g ic o d ife re n te a las fo rm a s in telig ib les, a saber, so n im ágen es
q u e están so m etid a s al ca m b io y a la tra n s ito r ie d a d . Para P la -
t ó n , lo q u e ca m b ia y p e r e c e es u n a im a g e n , fr e n te a la fo r m a
in te lig ib le , qu e n o cam bia n i p erece.
P o r o tr a p a rte , e n e l m u n d o d e las fo r m a s in te lig ib le s , la
fo r m a su p re m a es e l B ie n . Se trata d e u n a fo r m a e n tr e otras,
co m o la Ju sticia, la U n id a d , el H o m b re , el A n im a l..., p e ro que
d e s e m p e ñ a u n a fu n c ió n m u y p a r tic u la r e n e l sistem a p la t ó -
n ic o , e s p e c ia lm e n te e n el Timeo, ya q u e c o n f ie r e a las o tra s
fo rm a s in te lig ib le s lo s sig u ie n te s asp ecto s d istin tiv o s: b elle za ,
a r m o n ía , o r d e n , s im p lic id a d , q u e , a su vez, c o m u n ic a a las
cosas se n sib les.
2. C a u s a s P R IM E R A S Y C A U S A S S E G U N D A S
« T o d o lo q u e se g e n e ra se g en era n e c e sa ria m e n te p o r a lg u n a
causa, ya q u e es im p o s ib le q u e a lg o se g e n e r e sin u n a ca u sa »
(Tím. 2 8 a ). A s im is m o , e n o tr o pasaje d e l Timeo ( 4 6 c - e ) P la tó n
d is t in g u e las « c a u s a s a c c e s o r ia s » o « c o n c a u s a s » (συναίτια)
« d e las q u e u n d io s se sirve c o m o a u x ilia res p a ra llev a r a cabo
la fo r m a d e lo m e jo r e n la m e d id a d e lo p o s ib le » (4 6 c ) —q u e
e n fr ía n y c a lie n ta n , c o n tr a e n y d ila ta n , y p r o d u c e n to d o s los
e fe c to s se m e ja n te s a esto s, « p e r o q u e c a r e c e n p o r c o m p le to
d e r a z ó n e in te lig e n c ia » ( 4 6 d ) —, d e las « cau sas d e n a tu ra le za
in te lig e n te (τάς τής εμφρονος φύσεως αιτίας) » ( 4 6 d 8 ) . Estas ú lt i -
INTRODUCCIÓN
33
m e d id a d e e lla s » (6 9 a ). D e este m o d o , la ca p ta c ió n d e lo n e -
c e s a r io c o n s titu y e u n p a so im p r e s c in d ib le p a r a a lc a n z a r la
c o m p r e n s ió n d e lo d iv in o . P o r ta n to , las causas n e cesa rias n o
d e b e n b u sca rse p o r sí m ism as, sin o so lo en vista de las d iv in a s,
q u e so n las q u e les a p o r ta n u n s e n tid o 23.
3 . E l d e m iu r g o
E l d io s , ta m b ié n d e n o m in a d o « p a d r e » , « a r t í f i c e » y so b re
t o d o « d e m i u r g o » , es p o s tu la d o a s im is m o c o m o u n a d e las
causas d e l o r d e n d e l m u n d o s e n s ib le ( Tim. 2 8 c ). E l tra b a jo
q u e lle v a a c a b o e l d e m iu r g o 24 se r e la c io n a , p o r u n a p a r te ,
c o n las tarea s p r o p ia s d e la te r c e r a clase d e la c iu d a d p l a t ó -
n ic a , la d e lo s a rtesan o s, y así e l d e m iu r g o p o se e las h a b ilid a -
des d e la m e ta lu rg ia , la c o n s tr u c c ió n , la a lfa re ría , la p in tu ra ,
la τέχνη d e l m o d e la d o d e la c e ra , d e l tr e n z a d o , in c lu s o d e la
a g ric u ltu ra ; y, p o r o tra , la a ctiv id a d d e m iú r g ic a se e x tie n d e a
las fu n c io n e s p r o p ia s d e la p r im e r a clase d e la c iu d a d p la t ó -
n ic a , d e a h í q u e ta m b ié n se e m p le e este t é r m in o p a ra d e s ig -
n a r a u n m a g istr a d o im p o r t a n te , así el d e m iu r g o es ad em ás
u n c o lo n iz a d o r y u n m ae stro d e la p e r s u a s ió n . Estas d os ú lt i -
m as fu n c io n e s p r e s e n ta n m ás a fin id a d c o n la p r im e r a clase
d e la ciu d a d p la tó n ic a .
E l d e m iu r g o p la tó n ic o p u e d e d e fin ir s e c o m o a lg u ie n q u e
tra b a ja p a ra o tr o , fa b r ic a n d o a lg o —o p r o p o r c io n á n d o le u n
s e rv ic io — p o r m e d io d e u n a τέχνη: -ουργός c a ra c te riz a a q u ie n
L o s « d e m iu r g o s » s o n lo s p r o d u c to r e s d e o r d e n (cf. Gorg.
5 0 3 e - 5 0 4 a ) 26· E l d e m iu r g o d e l Timeo es u n d e m iu r g o q u e
o r d e n a (διακόσμων, 3 7 ^ ), q u e se p o n e a o r d e n a r e l u n iv e rs o
(κοσμείσθαι τάπαν, 5 3 ^ ). P recisa m e n te, p o r la in t r o d u c c ió n de
la d em iu rg ia e n el Timeo P la tó n establece en tre el m o d e lo q u e el
p r o d u c t o r u tiliz a , al q u e m ira , y e l o r d e n q u e re a liza e n las
cosas se gú n ese m o d e lo . L as fo rm a s in te lig ib le s no entran e n el
m aterial-esp acial (χώρα), ya que la fo rm a in telig ib le « n i adm ite
e n sí n a d a p r o v e n ie n t e d e o tr a p a rte n i m a rch a e lla m ism a
h acia n in g u n a o tr a » (5 2 a ).
E l d e m iu rg o co n stru ye el m u n d o p o rq u e es a b so lu tam en te
b u e n o ; y su b o n d a d n o solo es o n to ló g ica , ya q u e es « e l m e jo r
de los seres in teligib les y q u e siem p re e x isten » (3 7a ), sin o ta m -
b ié n ética, ya q u e q u iso q u e todas las cosas se g en era ra n lo más
sem ejante p o sib le a él. E n su actividad co n stru cto ra c o n flu y e n
la h a b ilid a d de u n m a g istra d o -a rte s a n o (δημιουργός), la a tra c-
c ió n de u n a rtífic e -p o e ta (ποιητής) h acia la b elleza, y la g e n e r o -
sidad d e u n p a d re (πατήρ) q u e q u ie re q u e su h ijo se le p arezca.
A s im is m o , P la tó n c o n s id e r a al d e m iu r g o ca ren te d e to d o
tip o d e e n v id ia , p o r lo q u e se d ife r e n c ia r a d ic a lm e n te d e lo s
d io s e s t r a d ic io n a le s g r ie g o s , q u ie n e s se e n v id ia b a n u n o s a
o tr o s p o r sus p r iv ile g io s (τιμαί) y n o p e r m itía n q u e lo s h o m -
b re s a s c e n d ie r a n a su e x c lu s iv o n iv e l d e p o d e r , g lo r ia o
belleza. A s í, S o ló n señala a C resc* « la d iv in id ad , lo sé, es to d a
JOSÉ M '. ZAMORA CALVO
e n v id ia » ( H e r o d . I l l , 4 0 ) . P o r el c o n t r a r io , el d e m iu r g o se
asegura de q u e lo s seres q u e p r o d u c e r e fle je n lo m ás p o sib le su
p r o p ia p e r fe c c ió n .
P e ro la c u e s tió n de la b o n d a d y, p o r ta n to , d e la a u sen cia
total de en vid ia e n el d e m iu rg o es a ú n m ás rad ical. N o se trata
so lo d e c o m p r e n d e r p o r q u é el m u n d o es el m e jo r y e l m ás
b e llo de lo s m u n d o s p o sibles, sin o ta m b ién de advertir qu e, sin
esta b o n d a d d el d e m iu rg o , el m u n d o sim p lem en te n o existiría.
E l m u n d o y to d o s los seres vivos qu e lo c o m p o n e n se c o n s titu -
y e n p o r q u e el a r tífic e , m a g is tr a d o -a rte s a n o y p a d r e , lo s h a
p e n sa d o , q u e r id o y g e n e r a d o . P re c is a m e n te , lo p r o p io de la
b o n d a d d el d e m iu rg o consiste e n q u e re r d ifu n d ir su b o n d a d .
E n el co n tex to d el d iscu rso sobre la n a tu raleza (περί φύσεως)
e n q u e se en treteje el Timeo, referirse al « p r in c ip io m ás im p o r -
ta n te (άρχήν κυριωτάτην) » ( í g e - ß O a ) im p lic a a lu d ir ex p re sa -
m e n te a lo q u e fu e , d u r a n te d o s sig lo s, e l o b je to ú lt im o de
e s tu d io a l q u e se c o n s a g r a r o n lo s e s tu d io s o s d e la n a tu ra le za
(φυσικοί)- A h o r a b ie n , P la tó n tra n sm u ta la c o s m o lo g ía t r a d i-
c io n a l, p a r tic u la r m e n te e n lo q u e c o n c ie r n e a las r e la c io n e s
q u é establece c o n la te o lo g ía y la ética, n o ta n to p o r la id e a de
u n a in te lig e n c ia d iv in a q u e esta ría e n el o r ig e n d e l m u n d o ,
sin o so b re to d o p o r la a firm a c ió n d e u n a b o n d a d trascen d en te
d ivin a q u e lo h a q u e r id o y lo ha h e c h o existir sem ejante a él.
P la tó n h a ce s u r g ir d e la χώρα u n m u n d o v iv ie n te y a r m ó -
n ic o p o r el acto lib r e d e u n a in te lig e n te y tra sc e n d e n te B o n -
d ad . S o b re este p u n to , es co n scien te d e la ru p tu ra y de la in n o -
v a c ió n q u e in flin g e a las c o n c e p c io n e s d e sus a n te ceso res, lo s
físico s jo n io s , hasta el p u n to d e lle g a r a a d m itir q u e « e l p r i n -
c ip io m ás im p o r ta n te d e l d e v e n ir y d e l m u n d o » (2 9 e ) lo h a
re c ib id o d e h o m b re s sensatos.
C o n fre c u e n c ia lo s in té rp re te s c o m p a r a n la física d e l Timeo
c o n el a to m ism o d e D e m ó c r ito , lle g a n d o in c lu so a esta b le cer
u n p a ra le lo e n tr e d e te r m in a d o s pasajes d e l te x to p la t ó n ic o y
INTRODUCCIÓN 39
4. El m a te r ia l- e s p a c ia l ( χώρα)
P ara las cosas sen sib les « n a c e r » sig n ifica e n tra r e n la χώρα
y « m o r i r » , salir d e ella: « lo q u e en tra y sale d e ella so n im itâ t
c io n e s (μιμήματα) d e re a lid a d e s e te r n a s » ( 5 0 c ) . E s p r e c is o
s e ñ a la r q u e se trata d e las co p ia s d e las fo r m a s in te lig ib le s , a
sab er, lo s c u e rp o s, lo s q u e e n tr a n o sa len d e la χώρα, p e r o n o
d e las fo r m a s in t e lig ib le s 30. S i e m b a rg o , la χώρα, e n ta n to
« r e c e p t á c u lo » d e to d a s las cosas, « r e c ib e sie m p r e t o d o , y
n u n c a e n n in g u n a p a rte a d o p ta u n a fo r m a (μορφήν ούδεμίαν)31
sem ejan te a nad a d e lo q u e en tra e n e lla » ( 5 o b - c ) . P o r tan to ,
la χώρα es a m o rfa .
E l p r o p io P la tó n d ific u lta la c o m p r e n s ió n d e esta n u ev a
e n tid a d c u a n d o n o s in d ic a q u e esta es m ás p r im a r ia q u e lo s
cu a tro « e le m e n to s » —fu e g o , aire, agua y tie rra — q u e se tra n s-
fo r m a n sin cesar lo s u n o s e n lo s o tr o s . C o m p a r a la χώρα c o n
e l o r o q u e el o r fe b r e m o d e la e n fig u ra s y r e m o d e la c o n s ta n -
te m e n te d e u n a s fig u ra s a o tra s. S i a lg u ie n le p r e g u n ta « q u é
es e s to » , su resp u esta m ás p r o b a b le n o es q u e sea « e s t o » o
« a q u e llo » , s in o m ás b ie n q u e es « o r o » . P la tó n a p lic a la
m ism a s o lu c ió n re sp e cto a la r e la c ió n d e l r e c e p tá c u lo c o n las
cosas se n sib le s ( 5 1 - b ) . E l « r e c e p tá c u lo d e l d e v e n ir » , q u e el
d e m iu r g o o rg a n iza , resu lta ser u n « c ie r t o είδος»: si n o fu e ra
así, c u a lq u ie r tip o d e c o n o c im ie n t o su yo se ría im p o s ib le , ya
que solo p u ed e ser c o n o c id o lo qu e se rela cio n a d e alg ú n m o d o
c o n las fo rm a s in telig ib les. A h o r a b ie n , el em p le o d e l té rm in o
είδος p a ra r e fe r ir s e al r e c e p tá c u lo c a ó tic o d e l d e v e n ir resu lta
a m b ig u o . « A p lic a d o al re c e p tá c u lo —señ ala G ó m e z P in — eídos
h a d e to m a rs e sie m p re e n su s ig n ific a c ió n m ás im p r e c is a » 32.
E l re ce p tá cu lo n o es u n a fo r m a in te lig ib le , n i p a rticip a d e
n in g u n a d e ella s e n p a r t ic u la r ; p e r o ta m p o c o es u n o b je to
se n s ib le q u e p u e d a ca p tarse p o r la s e n s a c ió n . S itu a d o e n u n
te rre n o in te rm e d io , se n o s im p o n e co m o n ecesa rio para p o d e r
ex p lica r lo s o b je to s sensibles; ya q u e si u n o b je to sen sib le es la
im a g e n de u n a fo r m a in t e lig ib le , es n e c e sa r io p o s tu la r q u e
haya « a q u e llo e n lo q u e » aparece reflejad a.
P ara r e fe r irs e al re c e p tá c u lo P la tó n r e c u rr e a u n a serie de
m etáfo ra s qu e p o d e m o s a g ru p a r, sig u ie n d o a B riss o n , e n tres
g ru p o s: i) las q u e g ir a n e n t o r n o a las « r e la c io n e s sexu a les»
y « f a m i l i a r e s » , c o m o « m a d r e » (μήτηρ, 5 6 d ) , « n o d r i z a »
(τιθήνη, 4 9 a J 5 2 d ) ; 2 ) las q u e se r e fie r e n al « r e c e p t á c u lo »
(υποδοχή, πανδεχής, 4 9 a) 36, « lu g a r » (χώρα, τόπος, έδρα, 5 2 b , 5 7 e
y 5 9 a) 37; Y 3) u n g r u p o d e m e tá fo ra s « a r te s a n a le s » c o m o el
« o r o » (χρυσός) qu e e l o r fe b r e m o ld e a e n fo rm a s d ife r e n te s
( 5 0 a -b ) 38, la « c e r a » qu e es capaz de re c ib ir im p resio n es, ca m -
biada y co n fo rm a d a p o r lo qu e en tra e n ella, lo s « a c e ite s » que
se u tiliza n para la fa b r ic a c ió n d e p e r fu m e s y q u e h a n d e ser lo
más in o d o r o s p o sib le (5 0 e ).
E n tre estos tres g ru p o s de m etáforas p o d e m o s d escu b rir u n a
cierta tensión entre, p o r u n a parte, el m aterial del que se co n stru -
yen los objetos (m etáforas artesanales) y el lugar e n que se generan
(m etáforas m aternales y espaciales). D e este m o d o , el receptáculo
constituye u n tercer gén ero necesario para que existan los objetos
a) L a i d e n t i f i c a c i ó n d e l a χώρα c o n l a « m a te r ia » (νλη )
40 T r a d , e sp a ñ o la d e G .R . d e E c h a n d ía : Aristóteles. Física, in tr o d u c c ió n , tr a d u c c ió n y
n o ta s, M a d rid , G re d o s , 1 9 9 5 » P· 2 2 7 - 2 2 8 . U n an álisis d e este pasaje p u e d e verse
e n H . C h e rn is s : Aristotle’s criticism o f Plato and the Academy, B a ltim o re , J o h n H o p k in s
U n iv e rsity Press, 1 9 4 4 * P· H 2 - I 2 4 * y L . B r is so n : « A ris tó te le s , Física I V 2 » , Méthexis
8. 1 9 9 5 . P* 8 1 - 9 2 .
41 C o r n f o r d señ ala la im p o s ib ilid a d d e q u e e l « r e c e p tá c u lo » se id e n tifiq u e c o n la
m ate ria (c f. F .M . C o r n fo r d : Plato’s Cosmology, p . 1 8 2 , n . i) .
42 C f . P. P e lle g rin : Aristote. Physique, tr a d u c tio n , p r é s e n ta tio n , n o te s, b ib lio g r a p h ie e
in d e x , Paris, F la m m a rio n , 2 0 0 0 , p . 2 0 8 , n . 2 ; y L . B ris so n : art. cit., p . 8 6 , y n .
5 8 8 d e esta tr a d u c c ió n .
48 JO SÉ M«. ZAMORA CALVO
in tr o d u c e la h ip ó te s is d e la χώρα in d u c id o p o r e l m ism o p r o -
ceso te ó r ic o q u e le h a b ía llev a d o a p r o p o n e r la h ip ó te s is d e la
« m a te r ia p r im e r a » . S im p lic io señ ala q u e A r is tó te le s , al r e a -
liz a r esta a s im ila c ió n , se q u e d a e n su « s e n t id o a p a r e n te »
( S im p lic io : In Aristotelis Physicorum libros quattuor Commentaria [ed .
H . D iels] 5 0 4 , 4 )· M ie n tra s q u e la χώρα so lo es co m p re n sib le
al f in a l d e u n « r a z o n a m ie n t o b a s ta rd o c r e íb le c o n d i f i c u l -
ta d » ( 5 2 b ) , la m a te r ia p r im e r a d e A r is t ó t e le s s o lo es c o m -
p r e n s ib le p o r a n a lo g ía . L a c r ític a d e A r is tó te le s se c e n tra e n
la n o - d is t in c ió n p la tó n ic a d e l su stra to y la p r iv a c ió n , lo q u e
le lleva a id e n t ific a r la m a te ria , e n ta n to n o - s e r , c o n lo falso
(Metaph. N I, I 0 8 9 a 2 0 - 2 l) y, e n p a r t ic u la r , c o n el m a l (c f.
Metaph. N I, I 0 9 la 3 l - I 0 9 5 a 5 >.
A r is tó te le s d is tin g u e la m a te r ia d e la p r iv a c ió n : m ie n tra s
q u e la m ateria es u n n o - s e r p o r accid en te —lo q u e h ace de ella,
en cierto m o d o , u n a sustancia—, la p riv a ció n es u n n o - s e r en sí
—lo q u e n o es n u n c a es u n a su sta n cia —. E n la in t e r p r e ta c ió n
a risto télica la m ateria c o rre s p o n d e a la D ia d a in d e fin id a d e lo
G r a n d e y lo P eq u eñ o (Phys. I V 2, 2 0 g a 3 3 )> 1° q u e n o da cu en ta
de 1W p r iv a c ió n , sin o q u e s u p o n e u n a ú n ic a n a tu ra le za c o m o
sustrato, id e n tifica d o c o n la p riv a ció n .
E n el tratad o Acerca de lageneraciónj la corrupción, A ristó te les c r i-
tica la id e n t ific a c ió n d e la χώρα c o n el su stra to (υποκείμενον) :
« P o r o tra p a rte , lo q u e está e scrito e n el Timeo ca rece d e to d a
p r e c is ió n , visto q u e P la tó n n o d ijo c o n cla rid a d si el 're c e p tá -
cu lo u n ive rsa l’ está separado d e lo s elem en to s, n i h ace n in g ú n
u so d e é l, lim it á n d o s e a d e c ir q u e es u n su stra to a n t e r io r a
lo s llam ad os elem en to s, tal co m o lo es el o ro c o n respecto a los
o b je to s d e o r o » (G C . II I, 3 2 9 al 3 _I 7 ) 43· A r is tó te le s c r itic a la
c o m p a r a c ió n d e l υποκείμενον c o n la « n o d r i z a » y la m a te r ia
p r im e r a (c f. GG. II I, 3 2 9 a2 3 )· N o o b sta n te , e n e l Timeo P la -
tó n d is tin g u e c o n c la r id a d la χώρα d e las cosas se n sib le s q u e
« e n t r a n » e n e lla . P la t ó n n o e m p le a n u n c a lo s t é r m in o s
« m a t e r ia » o « s u s t r a t o » p a ra r e fe r ir s e a la χώρα (Tim. S i ) 44·
Ύλη e υποκείμενον s o n t é r m in o s té c n ic o s c o n s tr u id o s p o r e l
p r o p io A r is tó te le s .
4.4 Véase J . A . Black: The fou r elements in Plato’s Timaeus, Lewiston [N Y ], Edwin M ellen
Press, 2 0 0 0 .
45 S o b re lo s p ro b le m a s in te rp re ta tiv o s d e esta fra se, véase n . 3 6 3 .
46 C f . L . B risso n : art. cit., p . 8 7 .
50 JOSÉ M*. ZAMORA CALVO
c) La id e n tific a c ió n c o n e l « l u g a s » (τόπος}
c o n c e d id o , d e la q u e o fre c e m o s u n re su m e n : el ser, el m e d io
esp acial y e l d e v e n ir, tres cosas d ife re n cia d a s, y d esd e an tes d e
q u e n a ciera el c ie lo » ( 5 2 d; cf. 5 Td ).
P ara d esig n a r la χώρα P la tó n em p lea las m ism as ex p resio n es
q u e para las fo rm as in teligib les, « e s to » y « a q u e llo » (5 0 a ). D e
h e c h o , la χώρα « p a rtic ip a de lo in te lig ib le de u n a m an e ra qu e
p r o d u c e la m ay o r p e r p le jid a d » ( 5 la - b ) . C o m o la fo rm a in t e -
lig ib le , p recisa m en te la en tid a d q u e está m ás alejada de ella, la
χώρα, escapa a to d o tip o de p e r c e p c ió n sen sib le, ya qu e se halla
d esp ro v ista d e cu a lid a d e s se n sib le s. U n a im a g e n se p a re ce
n ecesariam en te a su m o d e lo , p e r o co m o solo es u n a im agen , es
p reciso q u e adem ás se d ife re n cie de su m o d e lo . P o r ello P la tó n
p r o p o n e la h ip ó tesis de u n tercer tip o de en tid ad , la χώρα, para
d ar cu en ta de la d ife r e n c ia existen te e n tre las fo rm a s in t e lig i-
bles y las cosas sensibles. P aralelam en te, la χώρα tam p o co p u ed e
captarse p o r la in te lig e n cia , ya q u e n o es u n a fo rm a in te lig ib le .
P o r ta n to , n o s h a lla m o s a n te u n a e n tid a d o scu ra y d e d if íc il
a p re h en sió n . S in em b a rg o , su existencia se n o s im p o n e . D e ahí
q u e P la tó n r e c u rr a a u tiliz a r c o m p a r a c io n e s y m e tá fo ra s p a ra
p o d e r, d e scrib irla : el e x cip ie n te d e u n p e r fu m e , u n p ed a zo de
cera o u n a m asa d e o r o .
E n e fe c to , la a u s e n c ia e n e l Timeo d e u n n o m b r e p r o p io ,
p a ra r e fe r ir s e a esta « te r c e r a e s p e cie d if íc il y c o n f u s a » , se
p re sta a la t r a d u c c ió n d e fin id a y p re c isa d e u n a n o c ió n tan
flu id a co m o la χώρα, lo q u e n o s e n fre n ta a u n a tra n sm u ta ció n
te rm in o ló g ica .
L a id e n t ific a c ió n de la χώρα c o n la « m a t e r ia » (ΰλη) y el
« lu g a r » (τόπος) llev a a A r is tó te le s a a sim ila r ig u a lm e n te el
« lu g a r » c o n e l « v a c ío » (κενόν). « E n o tr o se n tid o se lla m a
v a cío ’ a q u ello e n lo cual n o hay u n 'e sto ’ n i u n a sustancia c o r -
p ó re a . P o r esto, a lg u n o s a firm a n qu e el vacío es la m ateria d el
c u e r p o (τό κενόν τήν τοΰ σώματος ϋλην), lo q u e ta m b ié n h a b ía n
d ic h o d e l lu g a r , id e n t ific a n d o am b as co sa s. P e ro al d e c ir eso
INTRODUCCIÓN 55
h a b la n d e m a n e r a p o c o a fo r tu n a d a , p o r q u e la m a te r ia n o es
se p a ra b le d e las cosas, m ie n tra s q u e e llo s in v e stig a n e l vacío
c o m o a lg o s e p a r a b le » ( Phys. I V 7 , 2 l 4 a II_ I 5 ) 54· C o n « a lg u -
n o s » (τινες) A ristó te le s se re fie re a lo s filó s o fo s d e la A c a d e m ia
y al p r o p io P la tó n . L a m a te ria p r im e r a es in d e te r m in a d a , n o
es n i u n a cosa p a rtic u la r n i u n a e n tid a d c o rp ó r e a . A r istó te le s
señala q u e se trata de la m ateria e n el se n tid o d e lo in d e te r m i-
n a d o ( I V 2 , S O g b g ), ya qu e cu a n d o se h a s u p rim id o el lím ite y
to d a s las p r o p ie d a d e s , c o m o el v a cío es el lu g a r p r iv a d o d e
m ate ria ( I V 4 , 2 I I a I I - l 4 ), se sigu e q u e la m a teria y el va cío se
id e n t ific a n . P e ro P la tó n e n e l Timeo n ie g a e x p líc ita m e n te la
existen cia d e l va cío (Ti'm. 6 0 c , 7 9 ^, 8 o c ) .
A l a p rim e ra tra n sm u ta ció n te rm in o ló g ica d e la χώρα p la tó -
n ica e n A r is tó te le s : la d e χώρα c o m o m a te r ia (ί3λη, Phys. I V 2,
2 0 9 b l I - I 2 ) , es p r e c is o a ñ a d ir la d e χώρα c o m o p a r tic ip a b le
(μεταληππκόν, I V 2 , 2 0 9 b ll - I 3 ) y la de χώρα co m o lu g a r (τόυιος,
I V 2 , 2 0 g b l 5 - l 6 ) . P o r ta n to , esta b lece la c o r r e s p o n d e n c ia :
χώρα- m a t e r ia - p a r t ic ip a b le - lu g a r . D e este m o d o , el estagirita
u tiliza el té rm in o ϋλη, p e ro n o co n el sen tid o fig u ra d o de m ate-
rial, co m o e n el Timeo de P la tó n (6 9 a ), sin o c o n la sig n ifica ció n
p recisa d e m ateria; o b ie n , in tr o d u c e el té r m in o μεταληταικόν,
ausen te e n lo s d iálog o s de su m aestro .
L a t r ip le d is t in c ió n a ris to té lic a r e d u c e la χώρα b ie n a su
aspecto co n stitu tivo, realizan d o la id e n tific a c ió n χώρα-ΰλη, b ie n
a su a sp e c to esp acia l, e n la c o r r e s p o n d e n c ia χώρα-τόπος. S in
e m b a rg o , c o m o h e m o s señ a la d o , la χώρα n o d e te rm in a lo qu e
se h a lla e n el esta d o d e p a r t ic ip a c ió n , s in o lo q u e p e r m ite la
p a rtic ip a c ió n . N o es el estado, sin o la causa p o r la q u e las f o r -
m as in telig ib les d ifie re n d e las cosas sensib les. P o r el in te r m e -
d ia rio de la χώρα P la tó n establece la d is o c ia c ió n de las fo rm a s
5 . L a N E C E S ID A D , « E S P E C IE DE C A U S A E R R A N T E »
P e r o c o m o la in t e lig e n c ia p o r sí m ism a , so la y a is la d a , n o
p u e d e g e n e r a r u n c o s m o s , c o la b o r a c o n la n e c e s id a d : « la
g e n e r a c ió n d e este u n iv e r s o se p r o d u jo d e u n a m e zc la q u e
c o m b in ó n e c e s id a d e in t e lig e n c ia (έξ ανάγκης τε κα'ι νοΰ συστά-
σεως έγεννήθη). N o o b sta n te , c o m o la in te lig e n c ia g o b ie r n a la
n e c e s id a d , ya q u e la p e r s u a d e (τφ πείθειν) d e lle v a r h a c ia lo
m e jo r (έπι τό βέλτιστον) la m a y o ría d e las cosas q u e se g e n e r a n
(τών γιγνομένων τά πλείστα), d e esta m a n e r a y s e g ú n e s to , este
u n iv e rs o se c o n stitu y ó al p r in c ip io p o r m e d io d e u n a n e c e s i-
d ad so m etid a a u n a p e rsu a sió n sensata (ύπό πειθους εμφρονος) »
(4 8 a ). A s í p u e s, c o n tin ú a T im e o , p a ra e x p lic a r c ó m o se g e -
n e r ó el u n iv e rso , es p re ciso te n e r en cu en ta ta m b ié n la in t e r -
v e n c ió n d e « la esp ecie d e la causa e r r a n te » (τότήςπλανωμένης
είδος αιτίας, 4 8 a ) .
L a n e cesid a d es u n a especie de causa q u e se caracteriza p r e -
cisam en te p o r q u e y erra , sin d ir e c c ió n n i o b je tiv o esta b lecid o .
T im e o p re c isa q u e la n e c e s id a d n o o p e r a c o m o u n a causa
m ecá n ica , sin o co m o causa e rra n te, co n ca u sa n te e n el d e v en ir
d e l co sm o s, ya qu e sin su in te rv e n c ió n el co sm o s n o se h u b iera
g e n e ra d o . P ero p ara q u e se co n stitu ya este u n iv e rso , la n e c e si-
d a d n o es a lg o q u e se t r a n s fo r m e d e u n m o d o e s p o n tá n e o ,
sin o q u e d eb e ser d o m in a d a p o r u n a p e rsu a sió n sensata (πειθώ
εμφρων). A h o r a b ie n , n o to d a s las cosas, sin o so lo la m a y o ría
(τά πλειστα) se d e jó p e r s u a d ir . E l lím ite q u e la n e c e sid a d
im p o n e a la r a z ó n v ie n e ex p re sa d o c o n esta r e s tr ic c ió n : la
m ayoría de las cosas. L a p o te n cia d e la in telig en cia, qu e trata de
d o m in a r co m p le ta m en te la totalid ad , q u ed a restrin gid a p o r los
lím ite s d e la n e cesid a d , esp ecie d e causa e rra n te. L a n ecesid a d
establece la resisten cia al p la n p ro p u e sto p o r la in te lig e n cia . E l
d e m iu rg o , p recisa m en te p o r la n ecesid ad , n o p u e d e r e p r o d u -
c ir c o m p le ta m e n te el m o d e lo e n el co sm o s, d e b id o a q u e la
n e ce sid a d n o se d eja d o m in a r to ta lm e n te p o r la in te lig e n c ia .
L a causa e r r a n te re p re se n ta u n fa c to r lim it a d o r ta n to e n la
INTRODUCCIÓN 6l
g e n e r a c ió n d e l m a c ro c o s m o s c o m o e n la g e n e r a c ió n d e l
m ic ro c o s m o s . P o r la p r e s e n c ia d e la n e c e s id a d , e l co rn o s n o
p u e d e lle g a r a ser u n a im a g e n (είκών) c o m p le ta y p e r fe c ta d el
p a ra d ig m a , y lo s h o m b r e s d e b e n v iv ir u n a v id a b reve y fin it a
( 7 5 a sq .).
P o r ta n to , la n e c e s id a d es c o n c a u sa e n la g e n e r a c ió n d e l
cosm os, ya qu e p r o p o r c io n a los m ateriales p a ra su co rp o re id a d
y visib ilid ad , y, asim ism o, es u n fa cto r de resisten cia y lim ita d o r
en la c o n s titu c ió n d el u n iv e rso , ya q u e n o se d eja p e rsu a d ir d el
to d o y p o n e b arreras in fra n q u ea b les a la actividad d e lim ita d o ra
y c o n fo r m a d o ra d e l d e m iu rg o .
G racias a la p ersu a sió n sensata se co m b in a n la in te lig e n cia y
la n ecesid ad e n el cornos. L a causa erra n te, qu e carece de razó n
p ráctica (φρόνησις), p u e d e d ejarse p e rsu a d ir para c o la b o ra r e n
la r e a liz a c ió n d e l p r o y e c to d e m iú r g ic o , y c o a c tu a r así c o n la
in te lig e n c ia . D e este m o d o , la n e c e sid a d fu e r e tir a d a d e su
errá tico m o v im ie n to y lle g ó a estar, e n la m ed id a d e lo p o sib le ,
go b ern ad a p o r la ra zó n . L a naturaleza d e la n ecesid ad se so m e -
tió d e b u e n g ra d o y, d e já n d o s e p e r s u a d ir p o r la in te lig e n c ia
( 5 6 c ) , se d ejó d ir ig ir p o r la razó n , en cam in á n d o se a la c o n f o r -
m a c ió n de u n u n ive rso o rd e n a d o .
6. E l V I V I E N T E , M U N D O S E N S IB L E
a) La a u t a r q u ía del m u n d o
se m e ja n te p o s ib le a su m o d e lo in t e lig ib le , q u e es ú n ic o , se
d ed u ce q u e es u n viviente ú n ic o (3 Ia -b , 33a): Si realm en te este
m u n d o b a d e ser fa b rica d o se gú n el m o d e lo in te lig ib le , h a de
ser ú n ic o , p o r q u e n o n ecesita n ad a, n o p u e d e g en era rse o tro
se m e ja n te . P re c is a m e n te , la fo r m a e s fé r ic a d e l m u n d o es la
im ag e n d e su a u to su ficie n cia , ya q u e la esfera es la fig u ra c o n -
ve n ie n te y a fín .
L a p e r fe c c ió n , e n el s e n tid o d e lo q u e es a ca b ad o y c o m -
p le to , co n stitu ye el c r ite rio d istin tiv o d e l m o d e lo a sem ejanza
d el cu al fa b ricó el m u n d o . S i lo h u b ie ra fa b ricad o a sem ejanza
de alg u n o « d e lo s qu e p o r n atu raleza co rre s p o n d e a u n a esp e-
cie p a r tic u la r » (3 0 c ), el m u n d o n o sería b e llo , ya qu e se ase-
m eja ría a u n ser im p e rfe c to (άτελεΐ, 3 0 c ). C o m o el m u n d o es
b e llo (2 9 a , 9 2 c ) y p e r fe c to (τέλεος, 3 2 d , 3 3 a, 3 4 b , 4 1 c , 6 8 e ,
9 2 c ), e n el se n tid o d e « c o m p le t o » 62, su m o d e lo d e b e p o se e r
las m ism as características. A h o r a b ie n , e l m o d e lo q u e p o see e n
m a y o r g ra d o este ca rá c te r d e p e r fe c c ió n y d e c o m p le tu d es el
m o d e lo in te lig ib le .
P ara se r « c o m p l e t o » , es d e c ir , p e r fe c to , el m u n d o d eb e
im ita r y r e p r o d u c ir to d o s lo s e le m e n to s c o n te n id o s e n su
m o d e lo in t e lig ib le ( 3 9 e > 4 l c )· E l m u n d o es a u tá r q u ic o , es
d e c ir, está fa b rica d o a im ag en d el m o d e lo in te lig ib le q u e c o n -
tie n e e n sí m ism o todas las especies, p o r lo qu e el m u n d o c o n -
tie n e ta m b ié n todas las especies. C o m o n o le falta n in g u n o de
lo s seres vivos, fa b rica d o s a sem ejanza d e sus m o d e lo s in te lig i-
b les, el m u n d o se basta a sí m ism o . L a c o n s titu c ió n d el m u n d o
ab so rb e la to ta lid ad d e lo s cu a tro e lem en to s —tie rra , agua, aire
63 E n P a rm é n id e s , eso q u e n o ca rece d e n a d a , « c a re c e p o r lo m is m o d e to d a ra zó n
s u fic e n te p a ra c a m b ia r, m o d ific a rs e , altera rse o p a d e c e r » . (J. P é re z d e T u d e la ,
Parménides. Poema. Fragmentosj tradición textual, e d ic ió n y tr a d u c c ió n d e A . B e r n a b é ,
in tr o d u c c ió n , n o tas y co m e n ta rio s d e J . P é re z d e T u d e la , e p ílo g o d e N .- L .
C o r d e r o , M a d rid , Istm o ,' 2 0 0 7 . p · 1 8 7 - 1 8 8 ).
INTRODUCCIÓN 65
E l a lm a d e l m u n d o es a n t e r io r al c u e r p o , o n to ló g ic a m e n te
d e p e n d ie n te d e las fo rm a s in te lig ib le s 66, p o see u n a estru ctu ra
64 V é a se L . - A . D o r io n : « P la t o n , P r o c lu s et l'a u ta r c h ie d u m o n d e ( Timée 3 3 d ) » ,
Etudes platoniciennes 2,, 2 0 0 6 , p . 2 3 7 - 2 6 0 .
65 Esta c u e stió n , n o resu elta e n e l Timeo, la re to m a P ro c lo e n la Teología platónica ( 1 19 ,
p . 9 0 .1 4 - 1 9 y 1 1 9 , p . 9 0 .2 2 - 9 1 .2 1 ) , así co m o e n e l Comentario al Timeo (II, p . 8 9 .3 1 -
9 0 .1 7 y II, p . 1 0 9 .3 1 - I I O .1 6 [D ie h l]). Para el d iá d o c o d e A te n a s la a u ta rq u ía d el
m u n d o d e riv a d e la a u ta r q u ía d iv in a y , p o r ta n to , le es in f e r io r , lo q u e p la n te a
el p r o b le m a d e la c o m p a tib ilid a d c o n la n o c ió n m ism a d e au ta rq u ía : ¿ c ó m o el
m u n d o p o d r ía se r, e n el s e n tid o estricto d e l té r m in o , a u to su fic ie n te , si n ecesita d e
lo s d io ses n o s o lo p ara e x istir, s in o ta m b ié n p a ra satisfacerse a sí m is m o ?
66 E n las Leyes, c u a n d o se re fie r e a la e d u c a c ió n d e l C o n s e jo N o c t u r n o , P la tó n d e c la -
ra q u e u n a c o n d ic ió n p a ra se r p ia d o s o es c o m p r e n d e r q u e e l alm a es « la m ás a n t i-
g u a y la m ás d iv in a d e to d as las cosas, cu yo m o v im ie n to , tras r e c ib ir su o r ig e n de
o tr o , c re ó e l se r q u e siem p re flu y e » (Leg. X II 9 6 6 d - e ; cf. Epin. 9 9 ld ) . D e to d o lo
g e n e ra d o , e l alm a es lo m ás a n tig u o , es in m o r ta l, g o b ie r n a a to d o s lo s c u e rp o s,
capta e l in te le cto u n iversal q u e se e n c u e n tiÿ e n lo s astros y las d iscip lin as n ecesarias
66 JO SÉ Ma. ZAMORA CALVO
71 E l alm a d e l m u n d o n o s o lo c u e n ta c o n el m o v im ie n to u n ifo r m e d e lo M is m o , s in o
ta m b ié n c o n el d e lo O t r o , q u e co n lleva m o v im ie n to s n o - u n ifo r m e s (Tim. 3 6 c - d ) ,
p o r lo q u e e l alm a d e l m u n d o p r o d u c e n o s o lo νους y επιστήμη, s in o ta m b ié n δόξα
(co n c re ta m e n te δόξα αληθής, 3 7 b - c ) .
68 JOSÉ Ma. ZAMORA CALVO
E l a lm a d e l m u n d o m a n tie n e e n el u n iv e r s o e l o r d e n m a te -
m á tic o in s ta u r a d o p o r e l d e m iu r g o ( 3 4 c )» e je r c ie n d o u n
p o d e r a b so lu to e n to d o d o n d e lle g a . Se trata d e u n a re a lid a d
in te r m e d ia e n tr e lo se n s ib le y lo in t e lig ib le , q u e p r e s e n ta el
a s p e c to d e u n e n c a b e s t r a m ie n t o d e c ír c u lo s q u e g u a r d a n
e n tre e llo s r e la c io n e s m atem áticas y q u e e n el u n iv e rso e x p li-
ca n to d o s l o s m o v im ie n to s ta n to fís ic o s c o m o p s íq u ic o s . E l
alm a d e l m u n d o co n stitu y e e l o r ig e n d e to d o s lo s m o v im ie n -
to s o r d e n a d o s p r e s e n te s e n el m u n d o s e n s ib le : lo s m o v i-
m ie n to s c ir c u la r e s d e lo s c u e r p o s celeste s y lo s m o v im ie n to s
r e c t ilín e o s d e las r e a lid a d e s s u b lu n a r e s . P o r e llo , T im e o
e x p o n e la c o n s titu c ió n d e l alm a d e l m u n d o c o m o si se tratara
d e la fa b r ic a c ió n d e u n a e sfera a r m ila r , es d e c ir , u n in s t r u -
m e n to a s tro n ó m ic o , co m p u e sto d e aro s, g ra d u a d o s o n o , qu e
rep resen tan las p o sicio n e s d e lo s círcu lo s m ás im p o rtan tes de la
e sfera celeste y e n cu yo c e n tr o su ele c o lo c a r s e u n p e q u e ñ o
g lo b o qu e rep resen ta la T ie r ra .
L a se rie I, 2 , 3 > 4 , 9 > 8 , 2 7 c o n s titu y e u n a e s p e c ie de
a r m a z ó n c o m p u e sta d e in te r v a lo s la r g o s , d o b le s o tr ip le s
(se g ú n se trate d e p o te n c ia s d e 2 ó d e 3) q u e se r e lle n a n , de
m an e ra q u e e n cada in terv a lo haya d os té r m in o s m e d io s. Para
h a c e r lo , el d e m iu r g o r e c o r ta lo re sta n te se g ú n d o s m ed ia s:
a rm ó n ic a y a ritm ética . D e ah í su rg e n lo s in terva lo s se sq u ip a r-
ciales d e I+1/2, I+1/3 y I+1/8, d e fo rm a 1+ l/n , in terva lo s e n lo s
q u e r e c o n o c e m o s la q u in ta (3 / 2 ) , la cu a rta (4 / 3 ) y e l t o n o
p it a g ó r ic o (9 /8 ). C o n e l in te r v a lo d e I+1/8 se c o lm a n to d o s
lo s in terva lo s d e I+1/3, p e r o d eja su b sistir d e cada u n o d e ello s
u n a fr a c c ió n tal q u e e l in te rv a lo resta n te q u e d e d e fin id o p o r
la fr a c c ió n 2 5 6 / 2 4 3 ·
L a o p e r a c ió n p u e d e d e s c r ib ir s e d e l sig u ie n te m o d o : el
in te r v a lo d e c u a tro es c o lm a d o p o r d os to n o s (p ita g ó r ic o s ),
c o n u n in te r v a lo re sta n te q u e es m ás p e q u e ñ o q u e u n s e m i-
t o n o , a u n q u e se le a sig n e ta m b ié n ese n o m b r e , p o r q u e lo s
70 JOSÉ Ma. ZAHORA CALVO
76 N o s o t r o s d e n o m in a m o s la o cta v a y la q u in t a p o r u n r e c u e n t o d e in te r v a lo s .
P e ro lo q u e d e n o m in a m o s o ctav a - o c ta v o g r a d o - se d ic e e n g r ie g o διαπασών, « a
través d e to d a s » (las n o ta s ), y la q u in t a , q u in t o g r a d o , διά πέντε, « a través d e
c i n c o » (n o ta s ).
INTRODUCCIÓN
20 = I
21= 2
22 = 4
23= 8
30 = I
31= 3
3a = 9
3 3 = 27
E n tr e lo s n ú m e r o s d e la p r im e r a s e r ie e l in t e r v a lo es
d o b le , y e n tr e lo s d e la se g u n d a , tr ip le (c f. A n e x o 2 ) . A m b a s
a p o r t a n tres n ú m e r o s p r o p io s ( 2 , 4 , 8 ) y (3 , 9 , 2 7 ) y c o m -
p a rte n e l I. U n a o p c ió n d ife r e n te , m ás se n cilla , es co n s id e r a r
el I co m o p u n t o d e p a rtid a c o m ú n y c o m e n z a r las se ries e le -
v a n d o e l 2 y e l 3 d ir e c t a m e n t e a I ( 2 , 3 ) y n o a O *)· S i
te n e m o s e n c u e n ta q u e e l I n o e ra c o n c e b id o c o m o u n
n ú m e r o , s in o c o m o la u n id a d a p a r t ir d e la cu a l s u r g e n lo s
n ú m e r o s , e l 2 y e l 3 re su lta n ser lo s p r im e r o s n ú m e r o s ; y 2 y
3 so n las ra íce s p r e s e n te s e n lo s d o s tip o s d e tr iá n g u lo s p r i -
m a rio s , q u e s o n elevad os a I, a 2 y a 3, p o r q u e el c u b o , n o e n
e l s e n t id o d e l h e x a e d r o , s in o e n el d e la te r c e r a p o t e n c ia ,
re p re se n ta las tres d im e n s io n e s .
a b A r m ó n ic a A r itm é tic a
I 2 4 /3 3/2
2 4 8 /3 3
4 8 16/3 6
3 /2 8 /3 6 8
CO
I
M
4 /3 2 3 4
4/3 9/8 4 /3 4 /3 9 /8 4 /3 4 /3 9/8 4 /3
a b A r m ó n ic a A r itm é tic a
I 3 3 /2 2
3 9 9 /2 6
9 27 27/2 18
I 3/2 2 3 9 /2 6 9 27/2 18 27
3/2 4/3 3/2 3/2 4/3 3/2 3/2 4/3 3/2
1 mi
2 mi 3 la
4 mi 9 re
8 mi 2 7 S°1
I % 3 4- 8 9 27
mi mi la mi mi re sol
74 JOSÉ Ma. ZAMORA CALVO
m a te m á tica , p o r lo q u e ta n to lo s m o v im ie n to s d e lo s astro s
co m o e l p la n su p re m o d e l u n iv e rso p u e d e n ser exp resad os e n
fó rm u la s m atem áticas.
T im e o p r e s e n ta la c o n s tit u c ió n m a te m á tic a d e l a lm a d e l
m u n d o (3 5 a ~ 3 6 d ) a n tes d e la g e n e r a c ió n d e l tie m p o a s t r o -
n ó m ic o , y, p o r ta n to , c o n a n t e r io r id a d a la p r o d u c c i ó n de
lo s a stro s y su p u e s ta e n m o v im ie n to ( 3 7 d ~ 4 0 d ) . L a a c c ió n
b ie n h e c h o r a d e l d e m iu r g o in t r o d u c e e n e l c o s m o s u n a e s -
t r u c t u r a m u s ic a l. P o r e lla , e l c o s m o s , a tra vé s d e l a lm a d e l
m u n d o , p r in c ip io d e lo s m o v im ie n to s celestes, « p a r tic ip a d e
la r a z ó n y d e la a r m o n ía » ( 3 6 e - 3 7 a ) . P e ro p a ra q u e esta p a r -
tic ip a c ió n se d é e n el h o m b r e , e l d e m iu r g o : i) « e n c a r n a r á »
esta e s tru ctu ra m atem á tica , p r o d u c ie n d o e l tie m p o , es d e c ir,
lo s astros e n m o v im ie n to , d iv in id a d e s v isib le s, y S>) d o ta a lo s
h o m b re s de u n alm a, q u e p o see la m ism a e stru ctu ra —a u n q u e
a lterad a p o r su in s e r c ió n e n el c u e r p o —, y ó rg a n o s s e n s o r ia -
les, sie n d o lo s o jo s lo s m ás im p o r ta n te s . L a vista es el se n tid o
m ás im p o r t a n t e , ya q u e p e r m it e la c o n t e m p la c ió n d e lo s
astros y, a p a r tir d e e llo , ca p tar in te le c tu a lm e n te la e stru ctu ra
m ate m á tica q u e d ir ig e el co sm o s y así cu ltiv a r la c ie n c ia d e lo s
n ú m e r o s ( 4 7 a ).
C o m o n i e l m a teria l-esp a cia l (χώρα) n i las fo rm a s in te lig i-
b les, e n tan to tales, están d otad o s de m o v im ie n to (cf. A r is tó te -
les, Metaph. A IO, 1 0 7 5 b 1 7 - 2 0 ) , y c o m o e l d e m iu r g o , tras su
in te rv e n ció n , se retira (4 2 e ), T im e o precisa la in tr o d u c c ió n de
u n alm a q u e asegure la p e rm a n e n c ia de u n m o v im ie n to o r d e -
n a d o y de las actividades cogn itivas, tan to e n el u n ive rso co m o
e n el h o m b re .
U n m u n d o q u e n o h u b ie r a c o n o c id o la in t e r v e n c ió n d e l
d e m iu r g o se p r e s e n ta r ía c o m o u n m u n d o e n m o v im ie n to ,
p e r o so m etid o a u n a a gitació n estrictam en te m ecán ica, carente
d e to d o o r d e n , p r o p o r c ió n y m e d id a . P ara d o ta r a las cosas
se n sib le s d e u n m o v im ie n to o r d e n a d o r , el d e m iu r g o fa b r ic a
76 JOSÉ M «. ZAMORA CALVO
c) E l CU ERPO D EL M U N D O
T im e o a firm a q u e el m u n d o p o see u n c u e rp o q u e se c o m p o n e
d e c u a tr o e le m e n to s: fu e g o , a ire, agua y tie rr a . E l fu e g o p e r -
m ite al m u n d o ser v isib le , m ie n tra s q u e la tie r r a le p o s ib ilita
q u e sea tan g ib le. P o r su p arte, el a ire y el agua sirven d e in t e r -
m e d ia rio s a lo s d os o tro s elem en to s, c o n el fin d e p r o d u c ir u n
c u e r p o t r id im e n s io n a l q u e o b tie n e su c o h e s ió n d e u n a p r o -
p o r c ió n g eo m étrica .
E l u n ive rso c o n tie n e la to ta lid a d de lo s ele m e n to s, sin q u e
n in g ú n o tro u n iverso p u ed a p ro d u c irs e c o n lo s elem e n to s q u e
q u e d a ji, n i nad a p u e d a in v a d irlo d esd e el e x te r io r . P osee u n a
fig u r a esférica q u e g ira so b re sí m ism a, p e r m a n e c ie n d o s ie m -
p r e e n e l m ism o lu g a r. L a tie r r a rep o sa e n e l c e n tro d e l u n i -
v e rso y lo s siete p la n eta s se d is trib u y e n e n siete c ír c u lo s c o n -
cé n tric o s qu e tie n e n a la tie rra co m o c e n tro . Las estrellas fijas
o c u p a n la esfera más ex terio r, más allá de los siete astros e r r a n -
tes. L o s astro s se c o m p o n e n so b re to d o d e fu e g o , p e r o lo s
o tro s elem en to s e n tra n ta m b ién e n su c o n s titu c ió n . L o s c u e r -
p o s celestes g ir a n a lr e d e d o r de la tie rra y r o ta n ta m b ié n so b re
ello s m ism os.
A u n q u e e l a lm a p o s e a p r i o r i d a d o n t o ló g ic a r e s p e c to al
c u e r p o d e l m u n d o , e n su re la to T im e o se o c u p a d e este c o n
a n t e r io r id a d . E l c u e r p o d e l m u n d o es g e n e r a d o , s e n s ib le ,
v is ib le y ta n g ib le ( 2 8 b ) . E l m u n d o y e l t ie m p o s o n g e n e r a -
INTRODUCCIÓN 77
d o s , t ie n e n u n c o m ie n z o ( 3 7 c , 3 8 b , 3 9 e , 4 9 a ) ; p e r o n o
n e c e s a r ia m e n te u n f i n a l ( 2 7 <L 3 l b , 3 3 a , 3 8 c , 4 0 b ) . E l
d e m iu r g o c o n s tr u y e u n c u e r p o e s fé r ic o ( 3 3 b ) , b e llo y p e r -
fe c to , ya q u e b e lla y p e r fe c ta es la e s fe ra , la fig u r a id é n tic a a
sí m ism a y a q u e lla e n la q u e se p u e d e n i n s c r ib ir t o d o s lo s
c u e r p o s reg u la res.
E l c u e r p o d e l m u n d o está c o m p u e s to d e lo s c u a tr o e l e -
m e n to s n a tu ra le s . « E n p r im e r lu g a r , p a ra c u a lq u ie r a es sin
d u d a e v id e n t e q u e f u e g o , t ie r r a , a g u a y a ir e s o n c u e r p o s
(σώματα). A h o r a b ie n , to d a esp e cie d e c u e r p o (σώματος είδος)
p o se e ta m b ié n p r o f u n d id a d (βάθος). Y , ad em á s, es a b s o lu ta -
m e n te n e c e s a r io q u e la s u p e r f ic ie r o d e e la p r o f u n d id a d »
(5 3 c ).
L o s d o s c o m p o n e n t e s a p a r t ir d e lo s cu a le s e l d e m iu r g o
c o m e n z ó a d a r fo r m a al c u e r p o d e l m u n d o fu e r o n el fu e g o y
la tie rr a , ya q u e n o es p o s ib le qu e haya n a d a v isib le sin fu e g o
n i a lg o ta n g ib le y s ó lid o sin tie r r a . P ara se r se n s ib le , el u n i -
verso d eb e ser p e r c e p tib le p o r la vista, q u e im p lic a el fu e g o , y
e l ta c to , q u e im p lic a la t ie r r a . A p a r t ir d e a q u í T i m e o va a
in te n ta r p r o b a r m a te m á tica m e n te la n e c e sid a d d e la e x is te n -
cia d e lo s d os o tr o s e le m e n to s, e l a ire y e l a gu a85, p o r lo cu al
a firm a q u e d os e le m e n to s n o p u e d e n se r u n id o s s in u n t e r -
ce ro q u e h aga d e m e d io q u e fa c ilite la u n id a d ( 3 lb - c ) , lo q u e
so lo se alcan za gracias a la p r o p o r c ió n . L o s v ín cu lo s q u e u n e n
lo s c u a tr o e le m e n to s s o n n ú m e r o s , p r o p o r c i ó n g e o m é tr ic a
(αναλογία). E sta p r o p o r c i ó n n u m é r ic a p o s ib ilit a la a m is ta d
(φιλία) c o m o p r in c ip io (άρχή)86.
C o m o e l u n iv e r s o es u n a s u p e r f i c i e c o n p r o f u n d id a d ,
es d e c i r , u n s ó l i d o , y lo s s ó lid o s r e q u i e r e n n o u n o , s in o
d o s e le m e n t o s q u e lo s c o n e c t e n , e n tr e la t ie r r a y e l fu e g o
e l d e m iu r g o c o lo c ó e l a g u a y e l a ir e . Q u e d o s e le m e n t o s
r e q u ie r e n d e o tr o p a ra a lc a n z a r la u n id a d y q u e d o s s ó lid o s
n o p u e d e n lig a r s in o t r o s d o s es u n a j u s t i f i c a c i ó n ad hoc
q u e P la t ó n se s ie n te o b lig a d o a d a r u n a vez q u e es i n n e g a -
b le la e x is te n c ia d e lo s c u a tr o e le m e n to s . S in e m b a r g o , e n
e l Teeteto ( l 4 7 c )> é l m is m o p r o p o n e e l s ig u ie n t e e je m p lo :
« e l b a r r o es t i e r r a m e z c la d a c o n a g u a » , d o n d e n o b a y
n in g u n a n e c e s id a d d e u n t e r c e r n i d e u n c u a r to e le m e n t o .
E sta a fir m a c ió n n o d e b e s e r e n t e n d id a e n t é r m in o s fís ic o s
n i q u ím ic o s , s in o q u e se tr a ta d e u n a r e f e r e n c ia m a te m á -
t ic a a lo s n ú m e r o s s ó lid o s d e lo s p i t a g ó r i c o s * 7, d e f i n i d o s
d e l s ig u ie n t e m o d o p o r E u c lid e s e n lo s Elementos: « c u a n d o
tr e s n ú m e r o s , a l m u lt i p li c a r s e e n tre s í, h a c e n a lg ú n
n ú m e r o , e l r e s u lta d o es u n n ú m e r o s ó lid o y su s la d o s s o n
lo s n ú m e r o s q u e se h a n m u lt i p li c a d o e n t r e s í » ( Elementa
V I I , p r o p . 1 8 ).
T r a s a d m it ir la c o r p o r e id a d d e lo s c o m p o n e n t e s d e lo s
e le m e n to s ( 5 7 c )> P la tó n a seg u ra q u e s o n ta n p e q u e ñ o s q u e
n o p u e d e n ser visto s a sim p le vista , p o r lo q u e so n lla m a d o s
« c o r p ú s c u lo s » (σώματα) tre s v e c e s s e g u id a s e n e l m is m o
p á r r a fo ( 5 6 e ) . U n a v e z f a b r ic a d o e l c u e r p o d e l m u n d o , e l
d e m iu r g o le im p r im e e l m o v im ie n to d e r o t a c ió n , p r o p io d e
la s e s fe r a s ( 3 4 a ) , y c o m o la r e p ú b lic a id e a l, t a m b ié n e l
c u e r p o d e l m u n d o es a u tá r q u ic o (αΰταρκες).
d ) M a t e m á t ic a
E l Timeo n o es u n a o b r a c o n s a g r a d a a la m a te m á tic a , a u n -
q u e e l s e n t id o g r ie g o d e l t é r m i n o sea m u c h o m ás a m p lio
q u e e l n u e s t r o . P a ra P la t ó n a b a rc a las c u a tr o c ie n c ia s q u e
p o s t e r io r m e n t e c o n s t it u ir á n e l quadrivium: a r it m é tic a , g e o -
m e t r ía , a s t r o n o m ía , a r m ó n ic a . D e e s te m o d o , a u n q u e n o
se a n in d e p e n d ie n t e s , a s t r o n o m ía y c o s m o lo g ía n o se c o n -
fu n d e n .
E l Timeo n o es u n escrito té c n ic o de a stro n o m ía . E l p r o p io
P la tó n a lu d e a la c o m p le jid a d de d e te rm in a d o s fe n ó m e n o s
(c o n ju n c io n e s y o p o sicio n e s de los astros, o cu lta cio n es y e c lip -
ses, d e te rm in a c io n e s d e lo s p e r ío d o s ...) , y d eclara q u e e x p li-
ca rlo s sin u n a m a q u e ta celeste re su lta u n a tarea d e m a sia d o
ardua ( 4 0 c - d ) .
E l c o n ju n to d el m u n d o sen sib le p u e d e red u cirse a c o m p o -
n e n te s e lem en ta le s d iscretos: dos triá n g u lo s rectá n g u lo s, u n o
isó sc e le s (d e lo s cu a les c u a tr o sirv e n p a ra c o n s t r u ir e l c u a -
d ra d o , su p e rfic ie elem e n ta l d e l c u b o ), y o tr o escalen o (d e los
c u a les seis sirv e n p a ra c o n s t r u ir el t r iá n g u lo e q u ilá t e r o ,
s u p e rfic ie e le m e n ta l d e l te tra e d ro , d e l o c ta e d r o y d e l ic o s a e -
d r o ) . E sto s c o m p o n e n t e s e le m e n ta le s s o n in f in ita m e n t e
p e q u e ñ o s ( « in v is ib le s » ), p o c o n u m e ro so s, sim p les, in d is c e r -
n ib le s e in d estru ctib les, so lo en tid ad es m atem áticas. T o d o s lo s
o b je to s d e l m u n d o s e n s ib le s o n fa b r ic a d o s a p a r t ir d e estas
e n tid a d e s m a te m á tic a s, q u e c o n s titu y e n , e n d e fin itiv a , lo s
c o m p o n e n te s ú ltim o s d e tod as las cosas. A s im is m o , to d o s lo s
fe n ó m e n o s —d e sd e lo s o b je to s m ic r o s c ó p ic o s h a sta lo s q u e
p e r t e n e c e n al á m b ito d e la a s tr o n o m ía — p u e d e n e x p lica rse a
p a rtir d e las in te ra c cio n e s e n tre estos c o m p o n e n te s e le m e n ta -
les, las cu ales, a su vez, so n descritas exclu sivam en te e n t é r m i-
n o s m atem á tico s.
Las m ism as leyes m atem á tica s y lo s m ism o s c o m p o n e n te s
elem en tales co n stitu yen el ú n ic o substrato al q u e p u e d e n r e d u -
cirse in c lu so lo s fe n ó m e n o s h ip e rc o m p le jo s , d e l g é n e r o d e lo s
q u e s o n d é te cta b le s a escala h u m a n a . A c e p ta d o e s to , e l c o n -
j u n t o d e lo s fe n ó m e n o s d escrito s jjo r la b io lo g ía , la fis io lo g ía ,
8ο JOSÉ Μ». ZAMORA CALVO
Pbliedro
Hexaedro Tetraedro Octaedro Icosaedro Dodecaedro
regular
4 8 20 12
6
Caras triángulos triángulos triángulos pentágonos
cuadrados
rectángulos equiláteros equiláteros regulares
Vértices 8 4 6 12 20
Aristas 12 6 12 30 30
Aristas por
vértice 3 3 4 5 3
Seno del
I 2/3 2/3 2/3 2/3
ángulo diedro
Area/superficie
exterior 3^25 +
6a2 a V 3 a2 ^3 5a2 ^3 10 /5 a2
A = arista
4 6 6 6 30
Triángulos triángulos triángulos triángulos triángulos triángulos
por cara rectángulos rectángulos rectángulos rectángulos rectángulos
isósceles escalenos escalenos isósceles escalenos
e) T ie m p o y e t e r n id a d
E l tie m p o re a liz a u n p r o y e c to d e l d e m iu r g o , q u ie n « se
p r o p o n e h a c e r u n a im a g e n m ó v il de la e te r n id a d » ( Tim. 3 7 d ),
p ara q u e el u n iverso se asem eje al m o d e lo . E l tie m p o n a ció « a
la v e z » (άμα) q u e el d e m iu r g o o r d e n a el c ie lo , es d e c ir , so lo
c u a n d o la « c a u s a e r r a n te » h a b ía s id o o r d e n a d a , c u a n d o
em p ezó a m overse circ u la rm e n te , T im e o p u e d e d e sa rro lla r su
d is c u rso s o b re la g e n e r a c ió n d e l c ie lo y d e l tie m p o . S o lo hay
tie m p o , c u a n d o lo s m o v im ie n to s d e l a lm a p o n e n e n o r d e n a
lo s d e la n e cesid a d (άνάγκη). Se trata d e u n tie m p o q u e p u ed e
se r c o n ta d o y m e d id o . A n t e s d e la g e n e r a c ió n d e l u n iv e rs o
« h a b ía t ie m p o » , p e r o u n tie m p o q u e n o p o d ía m e d ir s e , ya
q u e n o h a b ía m o v im ie n to s o rd e n a d o s90. E l tie m p o , q u e n o es
u n ita r io , so lo p u ed e rep resen ta r c o n fo r m e al n ú m e r o la n a tu -
raleza u n ita ria y la d u r a c ió n p e rm a n e n te d e la ete rn id a d . E n el
tie m p o se m an ifiesta la « p le n itu d v ita l» d e l co sm o s, u n ita ria y
p r o d u c to r a de o rd e n .
P o r o tr a p a r te , el t é r m in o αιών s ig n ific a « fu e r z a v it a l» ,
« d u r a c ió n de u n a v id a » , « tie m p o de v id a » , « p le n itu d v ita l» 91.
L a « p le n itu d » o « fu e r z a v ita l» d el co sm o s lo h ace in e x tin g u i-
b le, a u tá rq u ico y vivien te « p o r la to ta lid ad d el tie m p o » (3 6 e ).
P ero co m o el co sm o s es u n vivien te to d o el tie m p o , n o está en
el tie m p o , sin o q u e p o see u n tie m p o d e vid a ilim ita d o (αιών).
Y e l tie m p o es so lo u n a im a g e n d e la e te r n id a d , es d e c ir , de
esta « p le n itu d v ita l» ilim ita d a d el cosm os.
S e g ú n T i m e o , la u n id a d p r o p o r c i o n a l d e in t e lig e n c ia y
n e ce sid a d q u e co n stitu y e la n a tu ra leza d e l co sm o s se n o s p r e -
sen ta p o r m e d io d e las p a rte s (μέρη) y las fo rm a s (ε’ίδη) d e l
tie m p o . L as p a rte s so n d ía y n o c h e , m es y a ñ o ( 3 9 c ) ; y, en
cu an to partes, so n partes de u n to d o . S in em b a rg o , el n ú m e r o
p e r fe c to d e l tie m p o , q u e c u lm in a el añ o p e r fe c to , tie n e lu g a r
cu a n d o las velo cid ad es relativas de cada u n a de las o ch o ó rb itas
se c o m p le ta n c o n ju n ta m e n te ( 3 9 d ). A l fin a l d e l « g r a n a ñ o »
to d o s lo s c u e r p o s celestes reg resa n a sus p o s ic io n e s in ic ia le s .
S o lo el círcu lo de lo M ism o se m ueve c o n u n ifo r m id a d y re g u -
la r id a d p e rfe c ta , p o r lo q u e es el p a tr ó n d e m e d id a te m p o r a l
p r io r it a r io . C o m o el tie m p o se r e la c io n a c o n el c a m b io , n o
existe p a ra lo in te lig ib le . C a d a c u e rp o celeste se re la c io n a co n
u n tie m p o especial (3 9 d ), p e r o lo s diversos tiem p o s de los p la -
n etas so n « m e d id o s » p o r lo s tie m p o s u n id a d e s de lo s m o v i-
m ie n to s d el S o l y de la L u n a 92.
L a su ce sió n d el d ía y de la n o c h e sería im p e rc e p tib le si n o
existiera la luz d el S o l (3 8 b ), lo qu e n os aporta u n a m ed id a clara
a p a rtir de la cu al o b te n e m o s el n ú m e ro y c o n la cual p o d e m o s
tam b ién m e d ir o tro s p e río d o s. E n esta su cesió n se represen ta la
fu erza de la n ecesid ad o rd en ad a p o r la in teligen cia: después del
d ía v ie n e n e c e sa ria m e n te la n o c h e y, d e sp u és d e esta, vu elve
n ecesariam en te el día, sig u ie n d o u n etern o r e to rn o d el d ía y de
la n o ch e e n que se m an ifiestan las m ed id as (μέτρα)93 necesarias,
d e a c u e rd o c o n las cu ales se m u eve la n a tu ra le za . S e g ú n esto ,
p o d e m o s m e d ir la naturaleza c o n el n ú m e ro , p o rq u e la n a tu ra -
leza tie n e su p r o p ia m e d id a . L a c o n te m p la c ió n d e esta e te rn a
r e p e tic ió n d e lo M is m o , d e l d ía y la n o c h e , d e lo s m eses y lo s
p e r ío d o s an u a les, d e lo s e q u in o c c io s y lo s so lsticio s, n o s p r o -
p o rc io n a el n ú m e ro , el c o n o c im ie n to d el tie m p o y la investiga-
c ió n d e la n a tu ra le za d e l u n iv e rs o ( 4 7 a)· T o d o e llo n o s e n c a -
m in a al filo s o fa r , « b ie n m ás g ra n d e q u e este n o h a lleg a d o n i
llegará n u n ca a la raza m o rtal co m o d o n de los d io ses» (4 7 b ).
f) L o s cu a tr o « elem en tos»
s e g u n d o y te r c e r lu g a r d esp u és d e l fu e g o . D e este m o d o , el
p eso d e las p a rtícu la s ele m e n ta le s q u e se h a lla n e n u n a esfera
e n g e n d r a u n a p r e s ió n (πίλησις), lo q u e p r o v o c a u n a r e u n ió n ,
u n e n c u e n tr o (σύνοδος) d e las p a rtícu las elem en ta les q u e, a su
vez, expulsa a las p eq u eñ as e n lo s in te rsticio s d ejad os en tre las
otras.
N o o b sta n te, las p a rtícu la s e lem en ta le s n o p u e d e n e x p a n -
d irse al e x te r io r ad infinitum, ya q u e está n en vu elta s p o r u n a
e sfera fu e r a d e la cu a l n o h ay n a d a , y e n el in t e r io r d e esta
esfera, d o n d e n o hay vacío (κενότης, 5 8 b y 7 9 b -c ), solo p u e d e n
circu la r e n los in tersticios (διάκενα) siem p re llen o s, o b te n ie n d o
su o rig e n de la ausen cia de u n ifo r m id a d y de igu ald ad en tre los
elem en to s. P od em os co n sid era r que los in tersticios están siem -
p r e lle n a d o s p o r p a rtíc u la s e le m e n ta le s q u e se in f ilt r a n e n
ellos, b ie n e n c o n ju n to o en partes. M ien tra s tan to , estas p a r -
tícu la s ele m e n ta le s están so m etid a s a u n d o b le p r o c e s o : i) de
d is o lu c ió n o d is o c ia c ió n (διάκρισις), y 2 ) d e a s o c ia c ió n o
r e c o n s titu c ió n (αύγκρισις), q u e so lo c o n c ie r n e a las caras d e lo s
p o lie d r o s . D e este m o d o , el p r o c e s o es d ife r e n te c u a n d o se
trata de la tie rra (ya q u e e l cu b o está fo r m a d o a p a r tir d e c u a -
d ra d o s ) o d e lo s o tr o s tre s e le m e n to s , fo r m a d o s a p a r t ir d e
triá n g u lo s eq u ilátero s.
D e la d is o lu c ió n d e u n a p a rtícu la e le m e n ta l d e tie rr a p r o -
c e d e n lo s cu a d ra d o s q u e p o s ib ilita n la r e c o m p o s ic ió n d e o tra
p a rtíc u la d e tie r r a , c u a n d o se r e e n c u e n t r a n d e n u e v o e n u n
cu b o (5 6 d ). P o r el co n tra rio , cu a n d o se d isu elven las otras p a r -
tículas elem en tales, al reen co n tra rse sus triá n g u lo s elem entales,
p u e d e n r e c o n s tru ir o tro tip o d e p a rtícu la elem en ta l. Las reglas
d e tra n s fo rm a c ió n m u tu a d e las cu a tro p a rtícu la s ele m e n ta le s
c o n c ie r n e n e x clu siv a m e n te a las s u p e r fic ie s d e las caras q u e
c o n fo r m a n lo s p o lie d r o s , p e r o n o a lo s v o lú m en es.
L o s cu atro p o lie d ro s regulares están co n stitu id o s a p a rtir de
dos tip o s d e su p e rficies, q u e, a su v.ez, están co m p u estas d e dos
90 JOSÉ M1. ZAMORA CALVO
fo r m id a d » . ( Tim . 5 7 e)
q u e ñ o . A h o r a b ie n , la co m p resió n provocada p o r la c o n
7. B i o l o g í a : e l s e r h u m a n o , u n u n iv e r s o e n m in ia tu r a
P a ra P la t ó n u n se r vivo es u n se r p r o v is to d e a lm a , a la cu a l
d e fin e c o m o e l p r i n c i p i o a u t o m o t o r d e to d o m o v im ie n to
e s p o n tá n e o , ta n to fís ic o c o m o p s íq u ic o . T o d a s las alm as, e n
ta n to in m o r ta le s , s o n su ce d á n e a s d e l a lm a d e l m u n d o , cuya
c o n s titu c ió n P la tó n d escrib e e n Timeo 3 5 a ~b. S in e m b a rg o , lo s
seres p ro v isto s d e alm a a p a re ce n cla sifica d o s d e m a n e ra j e r á r -
q u ic a . E n la c im a se s itú a n lo s d io ses y lo s d é m o n e s , d esp u é s
v ie n e n lo s seres h u m a n o s , h o m b re s y m u je re s , y lo s a n im a le s
q u e h a b ita n e n e l aire, la tie rra y el agua; y abajo d e l to d o , d is -
p o n e las p la n ta s. D e este m o d o , lo s seres h u m a n o s y lo s a n i-
m ales se sitú a n a p arte, ya q u e se d is tin g u e n tan to d e las p la n -
tas, q u e s o lo p o s e e n u n a lm a d e s e a n te , c o m o d e lo s d io s e s,
in c lu y e n d o e l m u n d o y lo s c u e r p o s c e le ste s, y lo s d é m o n e s ,
cu y o c u e r p o es i n c o r r u p t ib le . E l a lm a h u m a n a p r e s e n ta la
m ism a e stru ctu ra q u e la d e lo s d io ses y lo s d é m o n e s, a n im a el
cu e rp o d el h o m b re , de la m u je r y d e to d o s lo s an im ales q u e se
h a lla n e n el a ir e , e n la tie r r a y e n el agu a . P o r ta n to , P la tó n
r e in t e r p r e ta la d is t in c ió n e n tr e ser h u m a n o y a n im a l e n el
m arco d e la m eten so m a to sis: to d o s so n seres h u m a n o s , e n su
o rig e n va ro n es, p e r o so m etid o s a u n p ro c e so de d e g e n e ra c ió n
e n fu n c ió n d el u so qu e h ayan h e c h o de su ra zó n e n su ex isten -
cia a n te r io r .
E l se r h u m a n o , c o m o lo s d em á s se res v iv o s, está c o n s t i-
t u id o a p a r t ir d e l m ism o m o d e lo q u e el u n iv e r s o . P o d e m o s
d e c ir d e é l q u e es u n m ic r o c o s m o s , u n u n iv e r s o e n m i n i a -
tu r a : p o s e e u n a lm a , cu y a p a r te r a c io n a l p r e s e n ta lo s d o s
m is m o s c ír c u lo s d e lo s q u e está c o n s tit u id a e l a lm a d e l
m u n d o , q u e a s im is m o s ig u e n la s m ism a s p r o p o s ic io n e s
m a tem á tica s q u e ella ; y ta m b ié n p o se e u n c u e r p o , fa b r ic a d o
s o la m e n te a p a r t ir d e lo s c u a tr o e le m e n t o s , d e lo s q u e está
c o n s titu id o e l c u e r p o d e l m u n d o . A h o r a b ie n , el ser h u m a n o
94· JOSÉ M». ZAMORA CALVO
( m ic r o c o s m o s ) se d is tin g u e d e l m u n d o (m a c r o c o s m o s ) p o r
d o s p r o p ie d a d e s : i) e l c u e r p o d e l ser h u m a n o está so m e tid o
a la d e s t r u c c ió n , a d if e r e n c ia d e l c u e r p o d e l m u n d o q u e es
in c o r r u p t ib le ; y 2) el alm a d e l ser h u m a n o pasa p o r d if e r e n -
tes c u e rp o s e n fu n c ió n de la c o n te m p la c ió n qu e h a alcan za d o
d e lo i n t e lig ib le e n su v id a a n t e r io r , t a n to c u a n d o se h a lla
se p a ra d a d e l c u e r p o c o m o c u a n d o h a b ita e n u n c u e r p o
( g o b - 9 2 c ) . D e este m o d o , p o d e m o s c o n s id e r a r d e m a n e r a
g e n e r a l al se r h u m a n o c o m o u n co m p u e sto q u e v in c u la p r o -
v is io n a lm e n te u n alm a h u m a n a y u n c u e r p o h u m a n o , d e sexo
m a s c u lin o o fe m e n in o .
a ) El alm a h u m an a
E l a lm a h u m a n a p r o c e d e d e la m e z c la q u e h a p e r m it id o la
fa b r ic a c ió n d e l a lm a d e l m u n d o y, al m ism o t ie m p o , c o n sta
d e u n a d o b le « p a r t e » m o r ta l: la ira s c ib le -a g r e s iv a (θυμός) y
la d e se a n te -a p e titiv a (έπιθυμία). L a p r im a c ía d e l alm a so b re el
c u e r p o es ló g ic a y o n to ló g ic a . E l d e m iu r g o c o n fía a sus asis-
te n te s d iv in o s la e s p e c ie in m o r t a l d e l a lm a h u m a n a ( 4 1 c ) .
A n t e r io r m e n t e , el d e m iu r g o s e m b r ó y p r o d u jo e l a lm a i n -
m o r ta l, es d e c ir, d iv in a , qu e le p e r m ite a n im a r el m u n d o e n
su c o n ju n t o (3 4 a ~ 4 0 d ), y ta m b ié n lo s astros ( 4 ld ) . L o s d io -
ses se sirv e n m ás ta rd e d e este m a te ria l in m o r ta l, p r o c e d e n te
de u n a m ezcla alterad a, cu a n d o d is p o n e n e l alm a « t r ip le » en
el c u e r p o h u m a n o ( 6 g d - 7 2 e ) .
E l alm a p o see u n a d o b le n atu raleza, al m ism o tie m p o m o r -
ta l e in m o r t a l ( 4 2 a ) , lo q u e p e r m ite al h o m b r e a c c e d e r, p o r
m ed io d el alm a, a lo sen sib le y a lo in te lig ib le , in g re d ie n te s de
la m e zc la co n s titu tiv a de la n a tu ra le za p s íq u ic a . P e ro el alm a
in m o rta l d e l h o m b re es u n a m ezcla de lo s « re sto s » (ύπόλουκχ,
4 ld ) d e l a lm a d e l m u n d o . S i b ie n , a d ife r e n c ia d el alm a d e l
m u n d o ( 3 4 c) > alm a d el h o m b re n o a n teced e al c u e r p o e n su
n a c im ie n to ( 6 g d - 7 2 e ) .
INTRODUCCIÓN 95
q u e es e l o r ig e n d e lo s m o v im ie n to s d e s o r d e n a d o s d e l a lm a.
S e g ú n sea la m ezc la h a b rá d ife r e n te s tip o s de alm as, m e jo re s
96
o peo res .
E l alm a h u m a n a es ca lific a d a d e tr ip a r tita , h a c ie n d o u n a
re fe r e n c ia clara a la m ism a a n a lo g ía p o lític a esta b lecid a e n la
República. A s im is m o , las tres p a rte s d e l a lm a se lo c a liz a n r e s -
p e ctiv a m e n te e n la cabeza, e n el p e c h o y e n el v ie n tre . A h o r a
b ie n , e n tre la República y el Timeo se a p re cia n ciertas d ife re n cia s
relevan tes : so lo la r a z ó n es la p a rte d el alm a qu e sobrevive y es
in m o r ta l; y la c o n s titu c ió n de esta p a rte d e l alm a, ya se trate
d e la r a z ó n q u e c o n s titu y e la t o ta lid a d d e l a lm a d e l m u n d o
o d e la p a rte r a c io n a l d e l a lm a h u m a n a , es d e s c r ita c o m o
s ie n d o , e n c ie r ta m e d id a , material. P o r ta n to , e n c ie r ta m a -
n e r a , d esd e la p e r s p e c tiv a d e l d iá lo g o fís ic o se p r o d u c e u n
ca m b io de p u n to de vista resp ecto a escrito s a n terio res: la vida
in m o r t a l d e l a lm a r a c io n a l n o se c o n c ib e ta n to c o m o u n a
ex isten cia in m a te ria l e te rn a q u e tra n s c u r rir ía e n tre las fo rm a s
in t e lig ib le s , s in o c o m o u n a e x is te n c ia m a te r ia l d e c o n t in u a
a n im a c ió n d e las estrella s y d e lo s p la n e ta s e n el e sp a cio y e n
e l tie m p o .
A s í, e n el Timeo P la tó n in te rc o n e c ta d os c o n c e p c io n e s d if e -
r e n te s d e l a lm a , p e r o ig u a lm e n te p la u s ib le s —u n a m a te r ia l y
o tr a in m a te r ia l— p re se n ta d a s p o r p r im e r a vez e n el Fedón. E l
d e m iu r g o m o d e la in te n c io n a lm e n te el alm a, d e tal m o d o qu e
p o sea : i) u n tip o d e r e a lid a d « in t e r m e d ia » e n tre la re a lid a d
a b so lu ta d e las fo r m a s in t e lig ib le s tra n s c e n d e n te s y la s e m i-
r e a lid a d d e las cosas se n sib le s e m p lazad a s e n e l e s p a c io y el
tie m p o ; y 2) co n fig u ra c io n e s « in te r m e d ia s » d e las ca racterís-
ticas d e lo M ism o y de lo O tr o q u e n o s p e r m ita n fo r m u la r j u i -
cio s ep istém ico s. D e este m o d o , el estatuto d e l alm a ra c io n a l es
« a n f i b i o » , ya q u e p re se n ta u n a a fin id a d c o n lo s d o s á m b ito s
p la tó n ic o s , e l in t e lig ib le y e l se n s ib le , al m ism o tie m p o q u e
p o se e la ca p a cid a d d e lle g a r a c o m p r e n d e r a m b o s: e n el caso
d e l m u n d o d e las fo r m a s in te lig ib le s , esta c o m p r e n s ió n se
m u estra e n el n ivel d el co n o c im ie n to (έπιοτήμη), y e n el caso del
m u n d o se n s ib le e s p a c io - te m p o r a l, e n el n iv e l d e la o p in ió n
verd ad era (δόξα άληθής).
A l c o m ie n z o , el d e m iu r g o m o d e ló to d a s las a lm a s d e la
m ism a m a n e ra (4 1 e ). N o o b sta n te , la d ife r e n c ia c ió n e n tre el
h o m b r e y la m u je r fu e in s titu id a ta m b ié n d esd e el in ic io p o r
e l d e m iu r g o ( g o e - g ia - , c f. 4 Ie _4 2 a ). L a p r im e r a g e n e r a c ió n
d e h o m b re s , p r o d u c id a p o r el d e m iu r g o y sus ayu d an tes d iv i-
n o s, fu e u n a g e n e r a c ió n exclu sivam en te m ascu lin a. A m e d id a
q u e eso s h o m b r e s m o r ía n y se r e e n c a r n a b a n , a q u e llo s q u e
lle v a r o n u n a v id a m o r a lm e n te in ju s t a se r e e n c a r n a r o n e n
m u jere s, y a q u ello s q u e lle v a ro n u n a v id a c o n m a y o r o m e n o r
ig n o ra n c ia se r e e n c a r n a r o n e n d iferen tes especies d e p á jaros o
de a n im ales.
Las m u jeres so n físicam en te m en o s vigorosas qu e los h o m -
b re s, « c o m o la n a tu ra le za h u m a n a es d o b le , el g é n e r o m ás
fu e rte (κρείττον)97 sería el q u e m ás tarde re cib iría el n o m b re de
v a ró n ’ (άνήρ)» (4 2 a). E l alm a de las m u jeres las in c lin a a llevar
u n a v id a in ju sta , c o n c r e ta m e n te a la c o b a rd ía . « D e lo s q u e
h a b ía n n a c id o v a ro n es (τών γενομενων άνδρών)98, to d o s lo s q u e
fu e r o n co b a rd es y lle v a ro n u n a vid a in ju sta , se gú n el d iscu rso
v e ro sím il, se tra n s fo rm a ro n e n m u jeres (γυναίκες) e n el se g u n -
d o n a c im ie n t o » ( 9 0 e ~ 9 la ; c f. 4 2 b ) . P o r ta n to , p a ra T im e o
hay u n a d ife r e n c ia « n a t u r a l» e n tre las alm as h u m a n a s d e las
m u je re s y las d e lo s v a ro n e s p r o p o r c io n a l a la d ife r e n c ia d e
v ig o r físico q u e las caracteriza, lo q u e co n lleva u n a s u p e r io r i-
dad m o ra l n a tu ra l p o r p a rte de los va ro n es. P la tó n c o n sid e ra a
las m u jeres co m o criaturas de u n a d eg ra d a ció n m o ra l dispuesta
a se rv ir d e p r is ió n p a ra lo s h o m b re s q u e , p o r su c o b a rd ía ,
m e re c e n u n castigo (cf. Leg. V I , 7 8 o e - 7 8 l d ; X II 9 4 ,4 (l - e )· -Así
p u e s, e l castigo a p r o p ia d o al a lm a d e u n h o m b r e q u e se h a
m o s tra d o m o r a lm e n te c u lp a b le es s u f r ir u n a d e g r a d a c ió n
m o ra l a ú n p e o r : la r e e n c a r n a c ió n e n el c u e r p o d e u n a m u je r,
es d e c ir , e n u n a c r ia tu ra d e u n v a lo r m o r a l in tr ín s e c a m e n te
in fe r io r al suyo.
b) La c o n s t it u c ió n d el cu erpo h u m an o
p a rte s d e l c u e r p o y c o n s t it u ir e l v e h íc u lo d e la s e n s a c ió n
( 7 7 e ~7 8 b ; cf. A n e x o 8 ) " .
E l c o ra z ó n o cu p a u n a fu n c ió n ce n tra l, estab lecid o e n « u n
p u e sto d e g u a r d ia » ( 7 0 b ), co n stitu y e u n « n u d o d e venas y
fu e n te d e la san gre q u e c irc u la im p e tu o sa m e n te p o r to d o s los
m ie m b r o s » ( 7 0 b ) . A u n q u e e n el fu n c io n a m ie n to d e l m e c a -
n ism o fisio ló g ico el co ra zó n o cu p e la segu n d a p o sic ió n , ya qu e
para h a cerlo o p e ra cio n a l se p recisa n lo s a lim en to s y la re sp ira -
ció n , es u n p u n to cen tral y vital d el o rg a n ism o . Este « p u e sto de
g u a rd ia » constituye el p u n to de p artid a tan to de la sen sib ilidad
co m o de la m o tric id a d . E n efecto , es el in te r m e d ia rio en tre el
cereb ro , d o n d e se aloja la p arte s u p e rio r d el alm a, y el resto del
cu erp o , ya se trate de u n a parte o de su c o n ju n to . E n el co ra zó n
reside la parte su p e rio r d el alm a m o rtal, la parte ira scib le -a g re-
siva (θυμός), que p resenta u n a fu n c ió n regu lad ora: se en carga de
h acer a p licar las ó rd en es d e la ra zó n y m a n te n e r e n b u e n o rd e n
el fu n cio n a m ie n to d el c u e rp o y, p o r co n sig u ien te, de la tercera
parte d el alm a, la parte desean te-apetitiva (έπιθυμία), q u e co rres-
p o n d e a la segunda parte d e la especie m o rtal d el alm a. P o r ello ,
es el p u n to de p a rtid a de las venas, lo s vasos q u e están a su d is-
p o s ic ió n p a ra tra n sm itir lo s m ensajes y, asim ism o, e l p u n to de
lleg a d a d e la san gre q u e v ie n e a él p a ra d ifu n d ir s e p o r el c o n -
ju n t o d el cu erp o hasta alcanzar sus extrem idades.
E l sistem a san gu ín eo d ebe d iferen cia rse d el sistem a circu la -
t o r io , r e la c io n a d o c o n el fu e g o , m o t o r d e la tr a n s fo r m a c ió n
y d e l tra y ecto d e las p a rtíc u la s q u e su b e n d e a b a jo a rr ib a ,
sig u ie n d o al fu eg o .
2) Sistema respiratorio: P la tó n p o n e e n c o n e x ió n e l m e c a -
n ism o de la re sp ira ció n c o n el sistem a re sp ira to rio . E l co ra z ó n
y el p u lm ó n (n o h a y r e fe r e n c ia a la e x iste n cia d e d os p u lm o -
n es), u b ica d o s e n el tórax, lu g a r e n qu e se sitúa la p a rte ira sci-
b le (θυμός), están tan in d iso lu b le m e n te u n id o s co m o sus siste-
m as. N o p u e d e n fu n c io n a r u n o s in o tr o , ya q u e el p u lm ó n
d e se m p e ñ a la fu n c ió n d e « b o m b a d e s e g u r id a d » r e sp e c to al
co ra zó n ; sus estados so n in te rd e p e n d ie n te s .
E l p u lm ó n d e s e m p e ñ a u n a d o b le f u n c ió n , q u e se h a ce
ex p lícita n a tu ra lm e n te : a) co n s titu y e u n a m u ra lla d e p r o t e c -
c ió n que fren a la h in c h a zó n d el co ra z ó n e im p id e q u e co n tin ú e
la taqu icardia; y b ) m o d era los fe n ó m e n o s q u e a lteran el tejid o
cardiaco y p ro p o rc io n a a lien to y descanso e n la qu em ad u ra o ca -
sionad a p o r el fu e g o (^ O c -d ). S i el m o v im ien to d e lo s triá n g u -
los agudos ígn eos p rovoca u n acalo ram ien to y, e n co n secu en cia,
u n a in fla m a c ió n d e l c o ra z ó n , p a ra p re se rv a r su in te g r id a d se
p re cisa la in te r v e n c ió n d e l p u lm ó n q u e así lo g ra e n fr ia r lo . L a
figu ra d el te jid o p u lm o n a r es a la vez vacía, b la n d a y sin sangre,
y , al m ism o tie m p o , esp on jo sa, apta p a ra d ejar circu la r « e l aire
y la b e b id a » ( y o c ) . E l p u lm ó n rod ea el co ra zó n co m o u n jo y e ro
o, sig u ie n d o la m ism a im ag en de T im e o , « c o m o u n a a lm o h a -
d a » .(7 Oc0 ’ a fin de m an ifestar el carácter p recio so y cen tral del
co ra zó n en la co n stitu ció n d el cu erp o h u m a n o .
Para la d escrip ció n d el sistem a resp ira to rio , P la tó n u tiliza la
m e tá fo r a d e la nasa ( 7 8 a - 8 o d ) , q u e co n sta de d os p a rtes: a)
u n a cavidad cen tra l, h ech a de fu e g o y situada e n el in te r io r d el
tro n c o , y b) dos co d o s, h ech o s de aire, q u e pasan p o r la n a riz y
p o r la b o c a ( 7 8 a - d ; cf. A n e x o 9 )· E sta e s tru c tu ra sig u e u n
m o v im ie n to d e a lte r n a n c ia q u e h a ce elevarse y h u n d ir s e el
tórax, y q u e d u ra tan to tie m p o co m o la vid a. E l aire qu e sigue
e l fu e g o 100 m a n tie n e u n m o v im ie n to circu la r : in s p ira d o p o r la
p e q u e ñ o (7 8 a ). A s í, el a ire y e l fu e g o , d o ta d o s d e lo s c o rp ú s c u lo s m ás fin o s , n o
so n re te n id o s e n el c u e r p o q u e atraviesan , a d ife re n c ia d e lo q u e su ce d e c o n lo q u e
está h e c h o d e agua y d e tie rra , es d e c ir , d e los a lim e n to s líq u id o s y s ó lid o s, q u e so n
re te n id o s .
1 02 JOSÉ Ma. ZAMORA CALVO
c) La s e n s a c ió n
E n Timeo 6 l c - 6 9 a P la t ó n e x p o n e el m e c a n is m o d e la s e n s a -
c ió n 101. D e l e x te r io r lle g a n p a rtícu la s q u e p re se n ta n d e te r m i-
nadas características: fo r m a g e o m é tr ic a —te tra e d ro , o cta e d ro ,
ic o s a e d r o , c u b o —, ta m a ñ o , ya q u e lo s p o lie d r o s re g u la r e s
p o se e n tam a ñ o s d ife re n te s, y n ú m e r o . Estas p a rtícu las e n tra n
e n c o lis ió n c o n u n ó rg a n o sen sitivo o u n a p a rte d e u n c u e r p o
v iv o , p o n ié n d o s e a lg u n a s d e e lla s m ism a s e n m o v im ie n to .
P o r m e d io d e la s a n g re , esto s m o v im ie n to s se t r a n s m it e n a
través de to d o el c u e r p o y lle g a n a in fo r m a r al alm a, p r im e r o
a la p a rte d e s e a n te - a p e titiv a (επιθυμία) y a la p a r te ir a s c ib le -
agresiva (θυμός), d espu és a la p a rte r a c io n a l, la « in te lig e n c ia »
(νοϋς). P r e c is a m e n te , so lo e n este ú lt im o n iv e l in te r v ie n e el
« r e c o r d a t o r io » (άνάμνησις), q u e p e r m ite al alm a r e c o r d a r la
v is ió n q u e tu v o d e la fo r m a in t e lig ib le c o r r e s p o n d ie n t e e n
u n a e x is te n c ia a n t e r io r , e n este m o m e n to el se r h u m a n o
p u e d e sa b e r q u e t ie n e u n a s e n s a c ió n , y, a s im is m o , p u e d e
d) E n ferm ed ad es d el a lm a y d el cu erpo
L as e n fe r m e d a d e s m u e s tra n c ó m o la n a tu ra le za d e l h o m b r e
p u e d e v e rs e a lte r a d a . S i el s e r v iv o d e b e se r b u e n o y b e llo ,
d eb e estar b ie n e q u ilib r a d o (Tim. 8 4 c ), es d e c ir, el alm a d e b e
e sta r e n e q u i lib r i o c o n s ig o m ism a y c o n el c u e r p o , lo q u e
p e r m ite a lcan zar la b o n d a d d e l ser vivo en su c o n ju n to (8 7 d ).
P o r e llo , la cau sa d e la sa lu d y d e l e q u ilib r o r a d ic a e n el
m o v im ie n to . P ara e l h o m b r e , im ita r el u n iv e rs o co n s iste e n
co n se rva r la salu d resp ectiva d e l c u e r p o y d e l alm a, e q u ilib ra r
su v ín c u lo , p e r m it ie n d o q u e e l a lm a e je r z a su g o b ie r n o , es
d e c ir, c u m p lie n d o su f u n c ió n m o tr iz y co g n itiv a , c o n lo que
im ita « la a r m o n ía d iv in a » d e lo s m o v im ie n to s d e l m u n d o
(8 0 b ). D e este m o d o , e l h o m b re d eb e e sco g er actividades q u e
n o ex clu ya n el alm a n i e l c u e r p o , sin o q u e se e je r z a n c o n ju n -
ta m e n te , p a ra q u e el p r in c ip io d e l m o v im ie n to p u e d a d ir ig ir
las o tra s fo r m a s d e m o v im ie n t o . E l g o b ie r n o d e la m e jo r
esp ecie d e l a lm a p e r m ite al h o m b r e c o n o c e r el o b je to q u e es
p r o p io d e su in te lig e n c ia , las fo r m a s in te lig ib le s , y p r a c tic a r
la filo s o fía (8 8 c ).
E l h o m b r e es u n a p la n ta celeste (9 0 a ) y, a se m e já n d o s e al
o b je to de su in te le c c ió n d e a cu erd o c o n la n atu raleza o r ig in a -
ria, alcanza « la m eta de la vida qu e lo s dioses p r o p u s ie r o n a los
104 JOSÉ Μ ·. ZAMORA CALVO
h o m b re s c o m o la m e jo r ta n to p a ra e l p r e s e n te c o m o p a ra el
fu t u r o » ( g o d ) . L a fe lic id a d está al alcan ce d el h o m b re , s ie m -
p re q u e sepa a rm o n iz a r lo s m o v im ie n to s d e su c u e r p o y d e su
alm a im ita n d o la fo rm a d el u n iverso (8 8 c ; cf. 4 7 e) >cu id e de su
p arte d ivin a y m an ten ga e n b u e n o rd e n al d e m o n qu e habita en
él (9 0 c), p o r m e d io d e l esfu erzo e n el a m o r al c o n o c im ie n to y
a los p e n sa m ie n to s ve rd a d ero s ( 9 0 b ) .
E n el caso d e l h o m b r e , la p e r f e c c ió n d iv in a y ce le s te se
m an ifie sta d e u n a m a n e ra q u e n o es n e cesa ria n i o b lig a to r ia .
E l h o m b r e es r e s p o n s a b le d e sus e le c c io n e s y s o lo p u e d e
a lc a n za r la fe lic id a d si lo g r a d e sp r e n d e r s e d e lo s la zo s q u e lo
v in c u la n c o n la χώρα, d o n d e se u b ic a el m a l y lo a m o r fo . L a
a s im ila c ió n d e l h o m b r e a lo d iv in o so lo es p a r c ia l y v ir tu a l;
p a ra a lc a n z a rla , es p r e c is o q u e se a se m e je a lo in t e lig ib le de
m o d o v o lu n ta r io .
E l Timeo n o e s ta b le c e u n a d e f i n i c i ó n u n ív o c a d e l c u e r p o ,
p e r o a fir m a e l c a r á c te r n e fa s to q u e p u e d e a p o r t a r al a lm a ,
n o s o lo e n lo q u e r e s p e c ta a sus fu n c i o n e s p r o p ia s , s in o
ta m b ié n e n la r e la c ió n q u e p u e d e m a n te n e r c o n esta ú ltim a
e n tid a d . L a e x p lic a c ió n d e las d iversa s e n fe r m e d a d e s P la tó n
la e la b o r a a p a r t i r d e l p r o c e s o d e la g e n e r a c ió n y d e la
c o r r u p c ió n . L as e n fe r m e d a d e s p u e d e n p o s e e r u n a m a y o r o
m e n o r g ra v e d a d y a fe c ta r al c u e r p o d e m ú lt ip le s m a n e r a s .
A h o r a b ie n , la causa p r in c ip a l de la e n fe r m e d a d r a d ica e n la
a p a r ic ió n d e l d e s o r d e n (8 2 b ) . E l o rg a n is m o está c o n s titu id o
p o r u n a p r o p o r c i ó n e n tr e lo s c u a tr o e le m e n t o s —t ie r r a ,
fu e g o , agu a y a ir e — y u n r e p a r to a r m ó n ic o e n tr e lo s c o n g lo -
m e r a d o s c o n s titu id o s a p a r t ir d e e llo s . P o r ta n to , e l d e s o r -
d e n p r o c e d e d e u n d e t e r i o r o d e l e q u i l ib r i o e n tr e lo s e l e -
m e n to s . L as causas p r im e r a s d e las e n fe r m e d a d e s s o n c u a tr o
(8 2 a -8 3 b ):
INTRODUCCIÓN 105
1) E l exceso o e l d e fe c to c o n tr a la n a tu ra le za d e esto s e le -
m e n to s, lo q u e p r o d u c e u n a p é r d id a d e l e q u ilib r io , d e b id o a
u n a m o d ific a c ió n d e l estado d el o rg a n ism o .
2 ) E l ca m b io d e sitio , cu a n d o u n o d e lo s e le m e n to s a b a n -
d o n a su lu g a r p r o p io p o r o tr o a je n o , lo q u e im p lic a u n a
m o d ific a c ió n c o n tr a la n a tu ra le za e n la o r d e n a c ió n d e cada
u n o , ya q u e to d o ca m b io qu e afecte a u n ele m e n to co n lleva u n
n u evo ca m b io para e l resto d e elem en to s.
3 ) E l c a m b io d e estad o d e u n o o d e o tr o , ya q u e cada e le -
m e n to p o se e diversas v a ried a d es p o sib le s, lo q u e im p lic a p é r -
d id a d e su id e n tid a d p r o p ia .
4 ) L as tu r b a c io n e s q u e p r o c e d e n d e la a s im ila c ió n o d e la
n o - a s im ila c ió n . Esta causa se r e la c io n a c o n lo s ciclo s fis io p a -
to ló g ic o s o rig in a d o s p o r el m o v im ie n to o rg a n iza d o d e lo s e le -
m e n to s.
L a m o d ific a c ió n e n la o rd e n a c ió n d e la c o n s titu c ió n b io ló -
gica y an ató m ica p rim e ra se p resen ta co m o u n a m o d ific a c ió n o
tra n s fo rm a c ió n física. E n tan to tal, esta m o d ific a c ió n g en e ra
im p ortan tes m o d ifica cio n es de las cualidades de cada co rp ú scu lo
tra n sp o rtad o qu e p u ed e in clu so tran sfo rm arse en su co n tra rio .
E n to n ce s, cu a n d o cada u n o de los elem en to s surge o cam bia de
lu g a r co n tra la natu raleza, lo qu e estaba fr ío se calien ta, lo qu e
era seco se vu elve h ú m e d o , lo q u e era lig e r o , p esad o , y a la
inversa. P o r tan to , a d m iten « to d o tip o d e cam bios e n to d o s los
s e n tid o s » (8 2 b ). L a e n fe r m e d a d se o p o n e a la salud, c o m o el
d eso rd e n al o rd e n natural, ya qu e cu an d o a u n m ism o elem en to
se le a ñ ad e o su p rim e el m ism o e le m e n to e n las m ism as c o n -
d ic io n e s , d e la m ism a m a n e r a y se g ú n la m ism a p r o p o r c ió n ,
p e rm a n e c e rá ín te g ro y sa n o , m ie n tra s qu e si se p r o d u c e a lg ú n
d e so rd e n e n la en tra d a o salida, se g e n e ra rá to d o tip o d e alte-
raciones y, p o r ta n to , en ferm ed ad es y d estruccion es in fin itas.
N o o b sta n te , hay ta m b ié n u n a se g u n d a clase d e causas es-
p ecíficas qu e exp lican las en ferm ed ad es hu m an as qu e d ep e n d e n
ιο6 JOSÉ M*. ZAMORA CALVO
d e las c o m b in a c io n e s se g u n d a s d e lo s e le m e n to s , o r ig e n d e l
o r g a n is m o y d e sus c o n s titu y e n te s —m é d u la , h u e so s, c a r n e y
san gre—.
P la t ó n c la s ific a las e n fe r m e d a d e s q u e d e s tr u y e n e l c u e r p o
h u m a n o en tres clases: i) H a y e n fe rm e d a d e s p r o d u c id a s p o r
u n exceso, p o r u n d e fe c to o p o r u n m al r e p a rto d e lo s c o m -
p o n e n te s e le m e n ta le s, es d e c ir, d e lo s c u a tr o e le m e n to s q u e
c o n s tit u y e n e l c u e r p o h u m a n o ( 8 l e - 8 2 b ) . 2 ) U n a se g u n d a
clase d e e n fe r m e d a d e s p r o v ie n e d e u n a d e s c o m p o s ic ió n d e
lo s te jid o s —la ca rn e y lo s te n d o n e s — q u e , al lic u a r s e , c o n t a -
m in a n la san gre ( 8 2 b - 8 4 d ) . 3) U n te r c e r g r u p o d e e n fe r m e -
d ades afecta a cada u n o d e lo s e le m e n to s d e lo s q u e está c o n s -
titu id o el c u e r p o h u m a n o . P la tó n d is tin g u e c u a tro causas: el
a ire ( 8 4 d - 8 5 a ) , la fle m a ( 8 5 a - b ) , la b ilis ( 8 5 b - 8 a ) y las f i e -
b re s (8 6 a ).
L a sa n gre co n s titu y e e l a g e n te d e tr a n s m is ió n d e lo s a li-
m e n to s a través d e l c u e r p o —f u n c ió n n u tr itiv a —, así c o m o la
en ca rg a d a d e tra sla d a r la in f o r m a c ió n se n s ib le h asta el alm a
—f u n c ió n tra n sm iso ra — (4 2 e ~ 4 3 c ). Esta a so c ia c ió n de la f u n -
c ió n n u tritiva y de la fu n c ió n tran sm iso ra e n la sangre o b ed e ce
a tres características presen tes e n la sangre: i) d ad o q u e consta
de lo s cu a tro e le m e n to s q u e se h a lla n e n las p lan tas, la san gre
p u e d e a lim en ta r cada ó rg a n o co m p u e sto de ellos y tra n s m itir-
les u n a in fo r m a c ió n p r o v e n ie n te d e o tro o b je to d el u n iv e rso ,
co n stitu id o de los m ism os elem en to s; 2) co m o el fu eg o p r e d o -
m in a e n ella, lo q u e explica co m o h em o s visto su c o lo r r o jo , la
san gre p u e d e d e s c o m p o n e r lo s a lim e n to s p a ra h a ce r d e e lla el
a lim e n to d e o tr o te jid o , y, al p o s e e r g ra n m o v ilid a d , p u e d e
tra n s m itir las a fe cc io n e s (παθήματα) q u e co n s titu y e n la c o n d i-
c ió n n e cesa ria d e la se n sa ció n ; y 3) p o r ú ltim o , la san gre c i r -
cu la to d o el tie m p o y e n cad a p a rte d e l c u e r p o , d e m o d o qu e
INTRODUCCIÓN IO 7
a ) T u r b a c io n e s y e n f e r m e d a d e s h is t o l ó g ic a s
1) Las e n fe rm e d a d e s p r o c e d e n te s d e tu r b a c io n e s h is t o ló -
gicas a fe cta n a lo s d o s sistem as y al p r o d u c t o d e su m e zc la , es
d e c ir , al e sq u e le to y a la ca rn e ( 8 2 e - 8 4 c ) . P la tó n d e sc rib e la
a u t o d e s t r u c c ió n d e la ca r n e m e d ia n te la b ilis y la fle m a q u e
p r o d u c e p o r su d is o lu c ió n . A s im is m o , la a p a r ic ió n d e la
e n fe r m e d a d c o r r e s p o n d e al d o m i n i o i n a p r o p ia d o d e u n o
d e lo s h u m o r e s c o n s e cu tiv o s a u n p r im e r tra s to rn o in t e r n o ,
es d e c ir , a u n a r u p tu r a d e l e q u ilib r io . L a se g u n d a p o s i b i l i -
d a d d e l s e g u n d o esta d o r e m ite al s u m e r g im ie n to d e l a m a r -
g o r e n la san gre, in te n sificá n d o s e e n to n c es el c o lo r r o jo . S i se
m e zc la c o n el n e g r o , se v u elv e d e u n c o lo r b ilio s o (8 3 b ; cf.
H ip ó cra te s: V M 14 )·
2) L o s h u m o r e s e n ta n to tales n o s o n causa d e las e n f e r -
m e d a d e s, s in o su m o d a lid a d d e fu n c io n a m ie n t o : a c tú a n , al
c ir c u la r e n u n o r g a n is m o ya d e sa ju s ta d o , d e s o r d e n a d o . L as
tu rb a c ip n e s h isto ló g ica s se p r o d u c e n .p o r e l n o - c u id a d o d e la
sa n gre y p o r u n a m ala h ig ie n e d e v id a (c f. Resp. II, 3 7 2 a s q .) .
L a fa lta d e t ie r r a , lo q u e es u n a cau sa d e la lic u e fa c c ió n ,
c o n s titu y e la c a r a c te r ís tic a c o m ú n d e las e n fe r m e d a d e s . L o
q u e u n e la ca r n e a lo s h u e so s es u n a e s p e c ie d e a d h eren te.· si
la p a r te n u tr itiv a d e la sa n g re n o la a lim e n ta m ás, se e s t r o -
p ea , p o r q u e ya n o q u e d a a seg u ra d a la a d h e r e n c ia e n tre ca rn e
y h u e so s, y n o p e r m ite la c ir c u la c ió n d e l a lim e n to . L a lic u e -
fa c c ió n t r a n s fo r m a e l a d h e r e n te i m p id i é n d o le q u e c o n s t i -
tuya el r e v e s tim ie n to y el v ín c u lo , y se d is u e lv e e n la c a r n e y
lo s t e n d o n e s , t e r m in a n d o p o r d e s p e g a rs e d e la s u p e r f ic ie
d e lo s h u eso s. A co n se cu e n cia de e llo , lo s te n d o n e s , lle n o s de
sal, ya n o u n e n y se s u e lt a n , las c a r n e s se d e s p e g a n y c a e n
e n la sa n gre, p u d r ié n d o s e . D e este m o d o , las e n fe r m e d a d e s
INTRODUCCIÓN 109
e m p e o r a n , al m ism o tie m p o q u e a u m e n ta la c o r r u p c ió n y la
g a n g re n a .
c) E n f e r m e d a d e s q u e a f e c t a n a l s is t e m a r e s p ir a t o r io
L o s tra s to rn o s r e s p ir a to r io s s o n o c a s io n a d o s p o r la fa lta d e
a ire, y p re se n ta n d os m eca n ism o s d iferen cia d o s:
i) E l p u lm ó n 103, « q u e es e l a d m in is tr a d o r d e l a ir e e n el
c u e r p o » ( 8 4 d ) , c u a n d o n o tie n e vías lib r e s y está o b s tr u id o
d ) Las f ie b r e s
P ro c e d e n d e u n exceso (8 6a) :
1) E l exceso d e fu e g o d esen cad en a co n tin u a s in fla m a cio n e s
y fieb res.
2 ) E l exceso d e a ire p r o d u c e fieb res co tid ian as.
3) E l exceso d e agua p ro v o c a fieb res terciarias.
4 ) E l exceso d e tie rra o ca sio n a fieb res cuartanas.
A s im ism o , las dos ú ltim as clases d e fie b re se re la cio n a n c o n
el p a lu d is m o .
112 JOSÉ Μ ·. ZAMORA CALVO
e) M e d ic in a
III. E str u c tu r a d e l d iá l o g o
I n t r o d u c c ió n ( l 7 a - 2 7 b )
El d isc u r so de T im eo ( 2 7 c - 9 2 c)
P r e l u d io
P leg aria ( 2 7 c -d )
O b serv a cio n es p re lim in a re s ( 2 7 d - 2 g d )
INTRODUCCIÓN US
P rin c ip io s
S e p a ra ció n o n to ló g ic a (2 7 d -2 8 a )
P rin c ip io de causalidad (28a)
A p lic a c ió n de d ich o s p r in c ip io s
A l m u n d o sensible (2 8 a - 2 9b)
A l c o n o c im ie n to (2 9 b - d )
La ra z ó n ( 2 9 d - 4 7 e)
Prem isas
E l d e m iu rg o ( 2 9 <i-3 0 c)
E l vivien te e n sí ( 3 0 c - d )
C o n se cu e n c ia s
E l u n iv e rso es u n vivien te ( 3 0 c - 3 la )
E l u n iv e rso es ú n ic o ( 3 la -b )
El macrocosmos (3 ib ~ 4 0 d )
E l c u e rp o d el m u n d o (3 1b -3 4 a )
C o n te n id o ( 3 lb - 3 3 k )
Fue fabricad o a p a rtir d e cu atro elem en to s ( 3 lb - 3 2 c )
C o n tie n e la totalidad de los cuatro elem entos (32c~33k)
A sp e cto y m o v im ie n to (3 3 b -3 4 a )
Es u n a esfera, sin ó rg a n o s y sin m ie m b ro s, qu e
gira sobre su eje ( 3 3 b - 3 4 a)
E l alm a d el m u n d o ( 3 4 a - 4 Oc0
R e c a p itu la ció n y tra n s ició n (3 4 a -b )
E l alm a es a n te r io r al c u e rp o ( 3 4 b -c )
La fa b ric a c ió n d el alm a d el m u n d o (3 5 a -b )
L a d iv isió n d el alm a d el m u n d o e n fu n c ió n de intervalos
a rm ó n ico s (3 5 b -3 6 b )
La fa b ric a c ió n d el círcu lo de lo M ism o y de lo O tr o , a su
vez, él m ism o d iv id id o para c o n s titu ir lo s círcu lo s e n lo s
cuales se m u even los plan etas ( 3 6 b -d )
A d a p t a c ió n d e l c u e r p o d e l m u n d o al in t e r io r d e l alm a
d e l m u n d o (3 6 d - e )
ιι6 JO SÉ Μ ·. ZAMORA CALVO
2. L a n e c e s id a d (4 7 e -6 g a )
L a n e cesid ad , la causa erra n te y el m aterial ( 4 7 e - 5 3 b)
L a causa erra n te ( 4 7 e “ 4 8 d )
E l m aterial (4 8 e -4 9 a )
« F u e g o » , « a ir e » , « a g u a » , « t ie r r a » , etc. so n los
n o m b re s de p ro p ie d a d e s ( 4 9 a - 5 ° a)
INTRODUCCIÓN
D e s c r ip c ió n d e l m aterial (5 0 a -c )
E l m a te r ia l n o p o se e n in g u n a c u a lid a d p r o p ia
( 5 0 c - 5 lb )
Las fo rm a s in te lig ib le s d el fu e g o , d el aire, d e l agua
y de la tie rra ( 5 lb - e )
R e c a p itu la c ió n d e esto s tres fa c to re s : la fo r m a , la
co p ia y el m aterial (5 le~ 5 2 c)
D e s c r ip c ió n d el caos ( 5 2 d~ 5 3 k)
L o s cu a tro elem en to s y sus varied ad es (53t> -6lc)
L o s t r iá n g u lo s p r im it iv o s y las s u p e r fic ie s d e b a se
( 5 3 b - 5 4 d>
C o n s t r u c c ió n d e las fig u r a s d e lo s c u a tr o c u e r p o s
co m p o n e n te s elem en tales ( 5 4 c ~55c)
¿ P o d ría h a b er c in c o m u n d o s ? ( 5 5 c - d)
C o r r e s p o n d e n c ia d e lo s s ó lid o s re g u la re s c o n lo s
cu a tro c o m p o n e n te s elem en tales ( 5 5 d - 5 6 c)
T r a n s m u t a c ió n d e lo s c o m p o n e n t e s e le m e n ta le s
(5 6 c-5 7 c)
C a m b io de aspecto ( 5 6 c~ 5 7 c)
C a m b io d e lu g a r ( 5 7 c)
V a ried a d es de cu erp o s
V aried ad es de lo s co m p o n e n te s elem en tales ( 5 7 c - c0
E l m o v im ie n to y el r e p o s o c o n re sp e cto a lo s cu a tro
elem en to s (5 7d ~ 5 8 c):
V a ried a d es de lo s cu erp o s q u e de ello s resu ltan:
fu eg o ( 5 8 c -d )
aire (5 8 d )
a g u a (5 8 d -6 o b )
tie rra (6 o b -6 lc )
Sen sacio n es e im p resio n es ( 6 lc - 6 g a )
E l tacto ( 6 lc - 6 4 a )
E l p la cer y el d o lo r (64-a-65b)
ιι8 JOSÉ Μ ·. ZAMORA CALVO
L o s sabores ( 6 5 b - 6 6 c )
L o s o lo re s (6 6 c - 6 7 a )
L o s s o n id o s ( 6 7 a - c )
L o s co lo re s ( 6 7 c -6 8 d )
C o n c lu s ió n ( 6 8 e - 6 9 a)
3. L a c o o p e r a c ió n d e l a r a z ó n c o n l a n e c e s id a d ( 6 9 a - 8 le )
R e ca p itu la ció n de la a c c ió n d el d em iu rg o ( 6 g a - c )
E l trabajo de sus ayudantes ( 6 g c -d )
Las partes m o rtales d el alm a h u m a n a (6 9 d ~ 7 3 b )
E l s itio d e las p a r te s m o r ta le s d e l a lm a e n e l c u e r p o
(6 g d -7 2 d )
E l alm a m o rta l está situada e n el tó ra x ( 6 g d - 7 o b )
L a p arte irascib le-agresiva está situada e n el co ra z ó n
D e s c r ip c ió n de la estru ctu ra y d e la fu n c ió n
d e l co ra z ó n (70 c)
d e lo s p u lm o n e s ( 7 0 c -d )
L a p a rte d e sea n te-a p etitiva d e l alm a está situ ad a e n
el v ie n tre (70 d ~ 7 Ia )
D e s c r ip c ió n d e la estru ctu ra y fu n c ió n
d e l h íg a d o (7la~ 72 c)
d e l bazo ( 7 2 c - d )
d e lo s in te stin o s ( 7 2 e -7 3 a )
Las otras p artes d e l cu e rp o h u m a n o (73 b ~ 7 6 e)
L a m éd u la , el esp erm a y el ce re b ro (7 3 b - d )
L o s h u eso s, la ca rn e y lo s te n d o n e s ( 7 3 e_ 7 4 a)
L a r e p a rtic ió n d e la ca rn e ( 7 4 a_ 7 5 e)
L a p ie l, el p e lo y las u ñ as ( 7 5 e - 7 6 e)
A n e x o : las p lan tas ( 7 6 e~ 7 7 c)
L o s aparatos fu n c io n a le s d el cu e rp o h u m a n o ( 7 7 c -8 ie )
L a ir r ig a c ió n q u e a p o r ta el a lim e n to a l c u e r p o ( 7 7 c ~
78 b )
INTRODUCCIÓN
A p a ra to re sp ira to rio ( 7 8 b - 7 9 a)
M eca n ism o ( 7 9 a -e)
D ig r e s ió n . O t r o s fe n ó m e n o s e x p lica d o s p o r el
m ism o m eca n ism o ( 7 9 e - 8 o c )
C ó m o la san gre se fo r m a c o n ayuda de la re sp ira c ió n y
es tra n sp o rta d a a través d e las venas ( 8 o d - 8 le )
Las en fe rm e d a d e s ( 8 le - 9 2 c )
Las en ferm e d a d es d e l c u e r p o (8 le - 8 6 a )
Las en ferm e d a d es d ebid as a u n exceso, a u n d efecto
o a u n m al rep a rto d e lo s c o m p o n e n te s elem en tales
( 8 le - 8 2 b )
Las en ferm ed a d es de lo s tejid o s (secundarias) (8 2 b -
84-d)
Las en ferm e d a d es debidas
a la re sp ira c ió n (8 4 d -8 5 a )
a la fle m a (8 5 a -b )
a la b ilis (8 5 b -8 6 a )
a las fieb res (86a)
Las en ferm e d a d es d el alm a (8 6 b ~ 9 2 c)
O r ig e n de las en ferm e d a d es (8 6 b -8 7 b )
L a salu d se h a lla e n el e q u ilib rio (8 7 c -8 9 d )
E l cu id a d o d e l alm a ( 8 9 d - g o d )
L a r e t r ib u c ió n : d ife r e n c ia c ió n d e lo s sexo s y
a p a ric ió n d e lo s an im ales ( g o e - 9 2 c )
C o n c lu s ió n ( 92 c )
IV . D a t a c i ó n
1 0 7 C f . W . L u to siaw sk i! The origin and growth o f Plato’s logic, with an account o f Plato’s style and
chronology o f his writings [1897J * H ild e s h e im , G e o r g O lm s V e rla g , 1 9 8 3 . P a rtid a rio s de
esta d a ta c ió n , c o in c id e n te c o n el o r d e n de le c tu ra d e lo s d iá lo g o s d esd e la A n -
tig ü e d a d , fu e r o n C . R itte r: « T im a io s » , Philologus 6 2 , 1 9 0 3 , p . 4 1 0 - 4 1 8 ; U . W ila -
m o w itz - M ö lle n d o r f: Platon. Sein Lehen und seine Werke, B e r lin , W e id m a n n , 19 2 9 ; W .D .
R oss: Teoría de las Ideas de Platon [ l 9 5 *]> trad . d e J .L . D ie z A ria s , M a d rid , C á te d ra ,
1 9 9 7 4, p · I 4 5 - I ^ 5 î F .M . C o r n fo r d : Plato’s Cosmology, p . 1 -8 ; y W .K .C . G u th rie :
Historia de la Filosofía Griega, vol. V. Platón. Segunda épocay la Academia [1 9 7 8 ], trad , d e A .
M e d in a , M a d rid , G re d o s , 1 9 9 2 , p . 2 5 8 - 2 5 9 .
1 0 8 E u d o x o d e C n i d o (ca. 3 9 V 9 ^ " 3 3 9 /,8 a . C .) se in s ta la e n A te n a s c o n e l m é d ic o
T e o m e d o n t e , a tra íd o p o r la fa m a d e lo s s o c rá tic o s ( D .L . V I I I 8 6 ) , c o n t a n d o
a lr e d e d o r d e 2 3 a ñ o s , e n to r n o a 3 6 8 / 7 · S ig u ie n d o e l te s t im o n io d e S o c ió n ,
p o d e m o s s u p o n e r q u e fu e e n to n c e s c u a n d o e n c u e n t r a a P la tó n ( c f . F. W e h rli:
Sotion. Die Schule des Aristoteles, S u p p le m e n t b a n d II, B a s ile a - S tu t tg a r t, S c h w a b e ,
1 9 7 8 . p . 4 8 - 4 9 ; y F. L a s s e rre ( e d .) : Die Fragmente desEudoxos von Knidos, h e r a u s g e -
g e b e n , ü b e rs e tz t u n d k o m e n tie r t v o n F .L ., B e r lin , W . d e G r u y t e r , 1 9 6 6 , p .
1 3 8 , q u ie n m in im iz a la in f lu e n c ia d e E u d o x o s o b re P la tó n y sitú a e l v ia je e n
3 6 6 ) . E sta p r im e r a e s ta n c ia e n A te n a s d e E u d o x o d u r a so la d o s m eses ( D .L .
V I I I 8 7 ) , d e sd e d o n d e re g re sa a C n i d o , y p a rte a E g ip t o , e n c o m p a ñ ía d e l
INTRODUCCIÓN 121
d if ic u lt a d e s tr ib a e n el e s ta b le c im ie n to d e u n a c r o n o lo g ía
e s p e c ífic a d e este g r u p o : p a ra L e d g e , el Timeo se e m p la z a al
fin a l, p r e c e d ie n d o a las Leyes, a d ife r e n c ia d e B r a n d w o o d y
T h e s le f f q u e , e n b a se a d ife r e n te s a r g u m e n to s , lo u b ic a n al
c o m ie n z o , antes q u e el Político y el Sofista.
P o r n u e s tra p a rte , c o n s id e r a m o s e l Timeo u n a o b ra ta rd ía ,
a p oyá n d on o s e n crite rio s estilo m étrico s y d e crítica y a rg u m e n -
ta c ió n filo s ó fic a . L a in tr o d u c c ió n d el te rce r g é n e r o “ 3 esp a c io -
te m p o ra l, la χώρα, so lu cio n a las ap orías d irigid a s c o n tra la te o -
ría d e las fo rm a s in telig ib les e n el Timeo. D e a h í q u e este d iá lo g o
sea u n a o b ra d e vejez —y n o de ju v e n tu d o m ad u rez, co m o p r o -
p o n e n lo s se g u id o re s d e O w e n —, n e ce sa ria m e n te p o s te r io r al
Parménides.
V. I n f l u e n c i a s e n l a A n t i g ü e d a d y e l M e d i e v o
E n tre lo s p la tó n ic o s m e d io s, el m é d ic o g rie g o G a le n o a b o rd a
c o n r ig o r este d iá lo g o e n De placitis Hippocratis et Platonis116y Quod
animi mores"7. E n la c o n s t r u c c ió n d e u n c o r p u s d o c t r in a l,
e s p e c ia lm e n te e n lo r e fe r e n te a la t e o r ía d e lo s e le m e n to s o
d e l a lm a , e l m é d ic o p la t ó n ic o in te r p r e ta e l Timeo c o n m a y o r
lib e r ta d q u e sus a n te c e s o r e s , d e b id o a su le c tu r a d ir e c ta d e l
texto p la tó n ic o y a su a le ja m ie n to d e in te r p r e ta c io n e s e n m a r -
cadas e n u n c o n te x to e sco la r. E l De animae procreatione in Timaeo118
d e P lu ta r c o in te g ra r ía , j u n t o a o tr o tra ta d o p e r d id o , u n tr a -
b a jo ex eg ético d e l d iá lo g o p la tó n ic o . P o r su p a rte, P ío tin o n o
e la b o r a u n « c o m e n t a r i o » , e n s e n t id o e s tr ic t o , d e l Timeo,
p e r o e n lo s tra ta d o s d e las Enéadas in c lu y e u n a h e r m e n é u t ic a
c o n sta n te d e este d iá lo g o . E l fu n d a d o r d e l n e o p la to n is m o n o
i d e n t ific a a l d e m iu r g o c o n e l a lm a d e l m u n d o , s in o c o n e l
« v iv ie n te in t e lig ib le » (ζφον νοητόν). D e este m o d o , se ap arta
d e la i n t e n c i ó n c o s m o ló g ic a q u e e n P la t o n d o m in a b a la
i n t r o d u c c ió n d e l v iv ie n te in t e lig ib le y d e la e t e r n id a d , p a ra
c o n c e n t r a r sus a n á lis is e n u n a a r q u it e c t u r a h e n o l ó g i c o -
p r o c e s i o n a l “ 9. J á m b lic o c o m p u s o u n a m o n o g r a f ía d e este
1 2 3 La v in c u la c ió n c o n el p la to n ism o m e d io p ro c e d e fu n d a m e n ta lm e n te d e la te o ría
d e lo s p r in c ip io s q u e C a lc id io extrae d e su le c tu ra d e l Timeo : D io s (deus), m ate ria
(silva) γ m o d e lo o fo r m a (exemplum). P o r lo q u e c o n c ie r n e a la v in c u la c ió n c o n el
n e o p la to n is m o lo s in té r p re te s p a rte n d e u n a p o s ib le in flu e n c ia d e P o r f ir io , c o n -
cre ta m e n te e n lo r e fe re n te a la tr a n s m ig ra c ió n d e l alm a h u m a y su r e e n c a rn a c ió n .
1 2 4 S o b r e la im p o r t a n c ia d e l Timeo e n E u s e b io de G esare a, véase E . d es P laces: Eusébe
de Cesarée commentateur. Platonisme et Ecriture sainte, P a rís, B e a u ch e sn e , 1 9 8 2 , p . 2 5 ·
I2b JOSÉ M*. ZAMORA CALVO
V I. T r a d i c i ó n m a n u s c r i t a
12 7 C f . M . Schanz,·. Über den Platocodex der Markusbibliothek m Venedig: Append. Class.£ JVr.l den
Archetypus der/freiten Handschrißenfamile mit einer vollständigen Collation seiner Scholien, L e ip zig ,
[ s .n .] , 1877» P» 6 ° y 8 9 sq.
1 2 8 C f . J . B u r n e t: Platonis Opera, t. I V , O x fo r d , C la r e n d o n Press, 1 9 0 2 , p . i v y x i i .
1 2 9 C f . A . R ivau d : Platon. Œuvres complètes, t. X , P a ris, L es B e lle s L ettre s, 1 9 2 5 ’ p · 121 .
1 3 0 C f . J . B u r n e t: ed. cit., p . v ii.
131 C f . H . A llin e : Histoire du texte de Platon, P a ris, C h a m p io n , 1915« p* 2 3 9 *"2 4 3 y 3 ^ 3 *
JO SÉ Μ ·. ZAMORA CALVO
p a ra la e d ic ió n d e H e n r i E s tie n n e . A u n q u e p re se n te o m is io -
nes, a lteracio n es y glosas m argin ales añadid as al texto, dadas las
m ú ltip le s re v is io n e s a las q u e se h a v isto s o m e tid o , e n e l
m a n u s c r ito l 8 l 2 h a lla m o s lo s v e stig io s d e u n a a n tig u a t r a d i-
ció n , d ife re n te a las p rio rita ria s d e A y d e Y .
Ig u a lm e n te , h e m o s te n id o e n c u e n ta las r e fe r e n c ia s q u e
ap arece n e n lo s co m e n ta rio s d e P ro c lo y d e C a lc id io , así co m o
e n las citas d e l Timeo, in clu id a s e n las o b ras d e C ic e r ó n , E u se -
b io , G a le n o , F iló p o n o , P lu ta rco , Sexto E m p íric o y E sto b eo ; y
h em o s p restado a te n c ió n a las e d icio n e s, ín d ice s y co m en ta rio s
m o d e rn o s d e B ekker, C o r n fo r d , H e rm a n n , Sachs, S c h n e id e r,
S tallbau m y T aylo r.
BIBLIOGRAFÍA*
E d ic io n e s , t r a d u c c io n e s y c o m e n t a r io s
B e k k e r , Immanuel: P la to n is e t q u a e ve l P la to n is esse f e r u n t u r ve l P la to n ic a so le n t c o m i -
t a r i s e rip ta graece o m n ia a d codices m a n u s c rip to s re ce n su it va ria sq u e in d e lectiones, vol.
VII, Londres, excud. A.J. Valpy, sumpt. R. Priestley, 1826.
b) Ediciones bilingües
FrONTEROTTA, F ra n c e sc o : T im e o , in tr o d u z io n e , tr a d u z io n e e n o t e , M ilá n ,
B ib lio te c a U n iv e rs a le R o z z o li, 2 0 0 3 -
c) Traducciones
E s t u d io s g e n e r a l e s
A sh b a U G H , A n n e Freire: P la t o ’s th e o ry o f e x p la n a tio n . A S tu d y o f th e c o s m o lo g ic a l
a c c o u n t in th e T im a e u s , Nueva York, State University o f New York Press,
19 8 8 .
B e n i, Paolo: I n P la to n is T im a e u m siue in n a tu ra le m o m ne m a tq u e d iu in a m P la to n is e t A r is
to te lis p h ilo s o p h ia m decades tres, Roma, ex Typographia Gabiana, 1594 ·
BeTEGH, Gábor: «Cosm ological ethics in the T im a e u s and early Stoicism »,
O x fo r d studies in a n c ie n t p h ilo s o p h y 24, 2 0 0 3 , p p . 2 7 3 " 3 ®3 .
BLACK, Jo h n A .: Th e f o u r e lem en ts in P la t o ’s T im a e u s , Lewiston [N .Y .], Edwin
Mellen Press, 2 0 0 0 . ,
BIBLIOGRAFÍA I33
1937 ·
COUISSIN, Paul: L 'A tla n tid e de P la to n e t les o rig ie n e s de la c iv ilis a tio n , A ix -e n -P r o
vence, Ed. du Feu, 1928.
ΡΡ· 57 - 7 0 .
ShaRPLES, Robert W. & SHEPPARD, A n n e (eds.): A n c ie n t a p p ro a c h e s to P la t o ’s
T im a e u s , Londres, Institute o f Classical Studies [University o f L o n
don}, 2003.
ΡΡ· 35 - 67 -
S la V E V A - G r iffin , Svetla: « A feast o f sp e e ch e s’ . F o rm a n d c o n te n t in P la -
t o ’ s T im a e u s » , H e rm e s 133. 2005, p p . 3 I 2 ~327 ·
SOLMSEN, Friedrich; P la to ’s The ology, Nueva York, Corn ell University Press,
1967·
S t r a n g e , S teven K . : « T h e d o u b le e x p la n a tio n i n th e T im a e u s » , A n c ie n t P h i
losophy 5, 1985, pp. 2 5 -3 9 ·
T e m a s y p r o b le m a s e s p e c íf ic o s
D em iu rg o
MANSFELD, Jaap: «Bad world and demiuge. A 'gnostic’ m otif from Parmeni
des and Empedocles to Lucretius and P h ilo », en R. van den Broek &
M.J. Vermaseren (eds.): S tudies in G no sticism a n d H e lle n is tic re lig io n s pre se n te d to
G illes Q u isp e l o n the occasion o f his 6 fjth b irth d a y , Leiden, Brill, 1981, pp. 261-314·
PERL, E r ic D .: « T h e d e m iu r g e a n d th e F o rm s . A r e t u r n to th e a n c ie n t
in te rp re ta tio n o f P la to ’s T im aeus » , A n c ie n t P h iloso phy l8 , 1 9 9 8 . pp- 8 1 -9 2 .
M a tem á tica
2 0 0 8 ,p p . 2 3 -2 5 6 .
LLOYD, Geoffrey E .R .: «Plato and the mathematics and nature, myth and
science» [1968, 1983], e n M e th o d s a n d P ro b le m s in G re e k S cie n ce , C a m
bridge, Cambridge Univ. Press, 1991, pp. 333 ' 35 J·
MONTSERRAT, Josep: « L a racionalidad matemática del universo en el
T im e o » , en ¡ I Q u in c e n a de F ilo s o fia de la C ié n c ia , Universität Au tónom a de
Barcelona, 1988, pp. 15- 27 ·
MUELLER, Ia n : « L o s tr iá n g u lo s e n e l T im e o d e P la t ó n » , M a th e s is 1 2 , 199 ^,
pp. 2 8 6 -3 3 3 .
E l a lm a, e l cuerp o y e l p ro b le m a d el m al
FrONTEROTTA, F ra n c e s c o : « A n im a e c o r p o : im m o r t a lit é , o r g a n ic is m o e
p s ic o -fis io lo g ia n e l T im e o » , e n Etudes P latonicien nes 2, 2006, p p . 141-154.
1997 ·
PraDEAU, Jean-F ra n ç o is: « L ’âme et la m o e lle : le s c o n d itio n s p sych iq u es et
p h y s io lo g iq u e s d e l ’ a n t h r o p o lo g ie d a n s le Tim é e d e P la t o n » , e n L a
c o m m n u n a u té des a ffe ctio n s. E tu d e s s u r la pensée é th iq u e e t p o litiq u e de P la to n , Paris,
V r i n , 2008, p p . 4 9 -78 .
RlST, John M. : «Plato says that we have tripartite souls: if he is right, what can
we do about it ? » , en Marie-Odile Goulet-Gazé, Goulven Madec & Denis
O ’Brien (eds.): ΣΟΦΙΗΣ Μ Α ΙΗ Τ Ο Ρ Ε Σ . «C h e rc h e u rs de sagesse». H om m age à
J e a n P é p in , Paris, Institut d’Etudes Augustiniennes, 1992, pp. 103 - 124 ·
ROBINSON, Thom as M . ·. P la to ’s P sycho lo gy, Toronto, University o f Toronto
Press, 1 9 7 ° ·
A stro n o m ía
CavaGNARO, E le n a : « T h e T im a e u s o f P la to a n d th e e r r a tic m o t io n o f th e
p la n e t s » , e n S ym p o siu m P la to n ic u m 4 > 1997 ’ P P- 35I_362.
L a n ecesid ad
B io lo g ía y m edicin a
OSTENFELD, E r ik : « P l a t o ’ s d e v e lo p m e n t a n d th e d a te o f th e T im a e u s » ,
C la ss ic a l & M e d ia e v a lia 37, 1986, p p . 6 3 -8 7.
G én ero literario
B r u n i C e l l i , B la s: « C o n s id e r a c io n e s g e n e ra le s so b r e el T im e o : M ito o his
t o r i a » , A p u n te s filo s ó fic o s 2 0 , 2 0 0 2 , p p . 3 9 - 5 3 -
MARGOS d e PinO TTI, Graciela E.: «Sobre la naturaleza dialéctica del relato
verosímil del T im e o » , R evista V enezolana de F d o so fia 35, I 997 >P P · 73 9 1-
M e y e r -A b iC H , Klaus M .: « E ik ö s logos, Platons T h eorie der Naturwissens
chaft», en Erhard Scheibe & Georg Sussmann (eds.): E in h e it u n d V ie lh e it.
F e ts c h rifi f ü r C a r l F r ie d ric h v o n W eizsä cker, G otinga, Vandenhoeck und
Ruprecht, 1973 , PP· 2 0 - 4 4 ·
RACIONERO, Q u in tín : « L o g o s, m ito y discurso probable. En torn o a
la escritura del T im e o de P la tó n » , C u a d e rn o s de F ilo lo g ía c lá s ic a 7 , I9 9 7 >
pp· 1 3 5 -15 5 -
So lÈ R E -Q u E V A L , Sylvie: «T im ée le glorieux», en L e d u r e s d u T im ée de P la to n ,
L ille, Publication du groupe Philosophie de la M A F P E N de Lille,
1994. pp· 3 0 -3 7 ·
STEINTHAL, H erm an: «Gew issheit und Ungewissheit, είκός bei Platon,
besonders im Timaios», Gymnasium 108, 2001, pp. 4 0 7 "4 I8 ·
TARAN, Leonardo: « T h e creation myth in Plato’s Tim aeus » , en John P. A nton
& George L. Kustas (eds.): Essays in A n c ie n t G re e k P h ilo so p h y , Albany [NY],
State University o f New York Press, 197I· pp· 372 - 4 ° 7 -
TORDO-RoM BA U T, Karine: « L e prologue du T im é e : un dialogue placé sous
le signe d ’une am biguité», en L e ctu re s d u Tim ée de P la to n , Lille, Publica
tion du groupe Philosophie de la M AFPEN de Lille, 1994, pp· I - I - 3
V a t i n , C .: «Espace terrestre e t dim ension tem porelle. A p r o p o s des
mythes platoniciens du Tim ée et du C ritia s » , e n M élanges E d o u a rd D elebecque,
Aix-en-Provence, Université d’Aix-en-Provence, 1983· PP· 44 I ~4 4 9 -
VlaSTOS, Gregory: «C reation in the T im a e u s : is it a fictio n ?» , en Reginald
E. Allen (ed.): S tudies in P la to ’s M e ta p h ysics , Londres, Routledge & Kegan
Paul, 1965, pp. 4 0 1 -4 19 [reimpresión en D aniel W. Graham (ed.):
S tudies in G reek P h ilo s o p h y , Vol. II: Socrates, P la to , a n d th e ir tr a d itio n , Princeton
[NJ], Princeton University Press, 1995 · PP· 2 6 5 -2 7 9 ]·
W ITTE, Bernd: « D er είκώς λόγος in Platos T im a io s , Beitrag zu Wissenschafts
methode und Erkenntnistheorie des späten Plato», A r c h iv f ü r G eschichte
d e r P h ilo so p h ie 46, 1964, ρρ· I-16.
E stu d io s p o r p a sa je s
I7 a -2 7 c
BRISSO N , L u c : « L a in ven ción de la A tlá n tid a » , M é th e x is 8, 1995 ' Ρ Ρ ·
ι 6 7 - ι 74·
9 6 29 d 2
I c -
CaSERTANO, Giovanni: «L a ricostruzione dei ricordi, funzionalità e verità
del discorso che interpreta la realtà. Plato. T im . ig c 6 -2 9 d 2 » , M é th e x is
9, 1996, pp. 19 -3 0 .
3 o d -26e
F re y d b E R G , Bernard D . : « M y th o s a n d logos i n platonic p o l i t e i a i » , H is to ry o f
E u ro p e a n Idea s 16, 1993, pp. 6 0 7-6 12 .
2 o d -2 5 e
V e l á s q u e z G a l l a r d o , Oscar: «L a historia y la geografía como represen
taciones simbólicas de la realidad (o el relato de Solón, T im e o 2 0 d -
2 5 e)» , R evista de F ilo s o fía 4f I - 4?2 , ! 9 93 ’ PP· 27 ~38 -
BIBLIOGRAFIA
2 Ia -2 6 d
M a cE v O Y , James: «P lato n et la sagesse de l’E gypte», K e m o s 6, 1993, pp.
245 - 275 ·
a ie
ARRIGHETTI, Graziano: «Platone fra mito, poesía e storia», S tu d i C lassici e
O r ie n ta li 4 r. I99 1· PP- I 3 _3 4 ·
23d-24e
ROWE, Christopher J. : «W hy is the ideal Athens o f the T im a e u s -C r itia s not
ruled by philosophers?, M é th e x is IO, 1997 » ΡΡ· 5 I - 57 ·
?7d-28a
FeRBER, Rafael: «Perché Platone nel T im e o torna a sostenere la dottrina
delle Id ee» , E lenchos 18, 1997 · PP· 5 ~27 ·
FERBER, Rafael: « 'A u f diese Weise nun gebe ich selbst meine Stimme ab’ .
Einige Bemerkungen zu Platons später Ideenlehre unter besonderer
Berücksichtigung des T im a io s » , G ym n a siu m 105. 1998, pp. 2O I-234 .
29d
EBERT, Theodor: « V o n der Weltursache zum Weltbaumeiste. Bemerkun
gen zu einem Argum entationsfehler im platonischen T im a io s » , A n tik e
u n d A b e n d la n d 37, 1991, ρρ· 4 3 _5 4 ·
M uGLER, Charles: «D ém o crite et les postulats cosmologiques du
dém iurge», R evue des E tude s A n c ie n n e s 69, 1967, pp. ζ Ο - ζ 8 .
30a
MOHR, Richard D .: «Remarks on the stereometric nature and status o f the
primary bodies in the T im a e u s » , en T he P la to n ic co sm o lo g y, Leiden, Brill,
1985, pp. 108-115.
2 85 - 2 9 9 ·
30a-b
C LE G G , Jerry S.: « P la to ’s vision o f ch aos», C la s s ic a l Q u a r t e r ly 26, 1976,
pp. 5 2 -61.
3 0 c -3 ib
KAHN, Charles H .: « F lu x and forms in the T im a e u s » , en Monique C an to-
Sperber & Pierre Pellegrin (eds.) : L e style de la pensée. R ecueil de textes en h o m
m age à Ja cq u e sB ru n s ch œ ig , Paris, Les Belles Lettres, 2 0 0 2 , pp. I I 3 - 1 3 1 .
KRÄMER, Hans J. : « D ie Idee der Einheit in Platons T im a io s » , P erspektiven d e r
P h ilo so p h ie 22, 1996, pp. 2 8 7 -3 0 4 .
3IC sq .
BROWN, Malcolm: «Pappus, P la to and th e h a r m o n ic m e a n » , P hrone sis 2 0 ,
1975, pp. 173-184·.
37 c- 3 9 e
EGGERS L a n , Con rad o: L a s n o c io n e s de t ie m p o y e te r n id a d de H o m e r o a P la tó n ,
México, U N A M , 1984-.
4 0 b -c
BriG N O LI, Fernando M .: « L a dinamica immobilità della terra nella con -
cezione platónica d ell’universo » , Giortiaie I ta lia n o d i F ilo lo g ía I I , 1958,
p p . 2 4 6 -2 6 0 .
4 o d -4 4 c
REYNOLDS, John M. : H u m a n ψυχή in th e T im a e u s . T he key to u n lo c k in g th e P la to n ic
psycholog)/, Diss., Rochester ΪΝ Υ ], University o f Rochester, 1995 ·
BIBLIOGRAFÍA 155
4 od
STARK, R udolf: «B em erku ngen zum P laton text», Philologus 106, 1962,
p p . 2 8 3 -2 9 0 .
4-!a 7 sq.
P a rte N IE , Catalin : «Su r le Timée 4 la 7 - 8 » , Stuàii Chsice 27 . 1991. pp- 7 7 _8 E.
4 I c -4 2 e
ARMLEDER, PaulJ.: « S o m e o b serv atio n s o n Plato’s Tim aeus», Classical Bulletin
3 9 ,1 9 6 2 , pp. 9 -10 ·
4 3 a sq·
MUGLER, Charles: « L e corps des dieux et l ’organisme des hom m es»,
Annales de la Faculté des Lettres et Sciences humaines de N ice 2 , 1967, pp. 7 _I3 ·
45b
R om eY ER , Dherbey Gilbert: «L es 'yeux porteurs de lumière’ (Timée 45 b ) .
L ’enjeu ontologique de la théorie platonicienne de la vision», Philoso
45 b - 4 6 c
O ’BRIEN, D e n is : « T h e effect o f a simile. Empedocles’ theories o f seeing
and breathing», Journal ofH ellenic Studies 90, 1970 »PP· I4 0 _I79 ·
47-68
CLEARY, John J.: «Tim aeus 4 7 -6 8 : filling the Democritean vo id » , Irish Phi
and the later doctrine o f form s», Archiv f u r Geschichte der Philosophie 50,
1968, pp. 12-28 .
4 8 e -5 ? d
PRIOR, William James: « Timaeus 4 8 e - J ¡ 2 d and the third man argum ent»,
en N ew Essays on Plato, G u elph [O n tario], T h e University o f Calgary
Press, 1983, pp. 123-14 7-
4 9 c7 - 5 ot>5
A l t , Karin: « D ie Ü berredung der Ananke zur Erklärung der sichtbaren
Welt in Platons Timaios» , Hermes 106, 1978, pp· 4 2 6 -4 6 6 .
50 b5)» [1954]. e n Selected Papers, Leiden, Brill, 1977 · PP· 346 - 363 ·
156 JOSÉ M*. ZAMORA CALVO
SILVERMAN, A lla n : « T i m a e a n p a r t i c u l a r s » , C la s s ic a l Q u a r t e r ly 4 2 , 1 9 9 2 ,
pp. 87-113.
49e
O 'B R IE N , Denis: « A metaphor in Plato: 'running away’ and 'staying behind’
in the P haedo and the T im aeus » , C lassical Q u a rte rly 27 . 1977 »PP· 297 - 299 -
5 0 a -b
L e e , Edward N .: « O n the gold example’ in Plato’s T im a e u s ( 5 0 a 5 -b 5 )» ,
en Essays in A n c ie n t G reek P h ilo s o p h y , Albany [N Y ], State University o f New
York, 1971, pp. 2 19 -2 35·
5 lb
A R C H E R -H IN D , Richard D .: « T im a e u s 5 1b » , J o u r n a l o f P h ilo lo g y 2 4 . 1896,
PP- 4 9 - 53 ·
5 i d 3-7
JORDAN, RobertW.·. P la to 's A rg u m e n ts f o r F o rm s, Cambridge, Cam bridge P h i
lological Society, 1983.
52al
BERTI, Enrico: «P lato. T im a e u s 5 2 a l » , R iv is ta d i F ilo lo g ía e d i Is tru z io n e C lassica
ι ο ί , 1973, p - 194·
BIBLIOGRAFÍA
157
52 C2-5
C h e r n iS S , H arold F.: « T im a e u s 52 c 2 ~5 >:> [1956], e n . S elected Papers, Leiden,
Brill, 1977, pp. 364 - 375 ·
P e n d r i k , G erardJ.: « P la t o , T im a e u s 52 c 2 ~5 » , C la s s ic a l Q u a rte rly 48, 1998,
YOUNG, Julian: «Howchaotic is Plato’s chaos?», P ru d e n tia IO, 1978, pp. 77-83.
53*7
V e rd e n IU S , Willem J.: «Plato, T im aeus 53 a7 » , M n e m o s yn e 35, 1982, p . 333.
53H
C h a m b e r s , Mortimer: «A n d rotion F6, to te p r o t o n » , J o u r n a l o fH e lle n ic S tu d ie s
9 9 . 1979. PP· I 5 I - I 52 ·
53 c sq.
M ORTLEY, Raoul J.: «Primary particles and secondary qualities in Plato’s
54»
ARTMANN, Benno & S ch äF F E R , Lothar: « O n Plato’s ’fairest triangles’
(T im a e u s 54 a) >;>. H is to ria m a th e m a tic a 20, 1993, pp. 2 5 5 -2 6 4 .
54e-55*
ISNARDE PARENTE, Margherita: «Platone e i metodi matematici. A p r o p o -
54 e - 55 a>>. C u ltu ra 5, 1967, pp. 19-3 9.
sito di T im e o
POPPER, Karl R.: «Plato. Tim aeus 54 e_55 a>>. Classical R eview 20, 1970, pp. 4 -5 .
55c-d
L i b e s , J .G .: « L o s cinco mundos en el T im e o de P la tó n » [en hebreo con
55e-56b
M a c é , Arnaud: «Activité démiurgique et corrélation des propriétés maté
rielles, Tim ée 55 e - 56 b » , É tude s P la to n icie n n e s 2, 2006, pp. 9 7-12 8 .
158 JO SÉ M». ZAMORA CALVO
56a6 sq.
BESNIER, B e r n a r d : « G e n è s e s relatives e t g en èse o r ig in e lle » , e n Etudes P la to
n icien nes 2, 2006, pp. 129 -14 0 .
57a?-b 7
O ’ BRIEN, Denis; « A metaphor in P la t o : 'ru n ning away’ and 'staying
b e h in d ’ in the P h a e d o and the T im a e u s » , C la s s ic a l Q u a r t e r ly 27 > ! 977 >
pp. 297 - 299 ·
57 d - 58 c
OSTENFELD, Erik: «Disorderly motion in the T im a e u s » , C lassical & M e d ia e v a lia
29, 1968 [1972], pp. 2 2 -2 6 .
6 o b 3 -4
BATTEGAZZORE, A n to n io M .: «II fluido che brucia (Plat. T im . 6ob3 - 4 ;
Theophr. D e ig n e 7,2 C oû tan t)», S a n d a lio n 15, 1992, pp. 5 -ï8 .
6ic-69a
BRISSON, Luc: «Perception sensible et raison dans le T im é e » , en S ym p o siu m
P la to n ic u m 4, 1997 «PP· 3 ° 7 " 3 I 6 .
BRISSON, Luc: «P lato ’s theory o f sense perception in the T im a e u s . How it
works and what it means», Proceedings o f th e B o sto n A re a C o llo q u iu m in A n c ie n t
P h ilo s o p h y ^ , 1999, pp. 14 7-176 .
62c3- 63e8
O ’B r i e n , Denis: T h e o rie s o f w e ig h t in a n c ie n t w o r ld . II: P la to . W e ig h t a n d se n s a tio n ,
Paris-Leiden, Les Belles Lettres-Brill, 1984·
AGUIRRE, Jorge F.: « E l Timeo o del placer como el por(ven)ir del drvrnir»,
Revista de Filosofía [México] 28, 1995 · PP· 4 I9 ' 4-23 ·
67 a -c
O ’BRIEN, Denis : « L a définition du son dans le Timée de Platon», en S tu
6 g a -7 2 c
STEEL, Carlos: « T h e moral purpose o f the human body. A reading o f
Timaeus 6 9 -7 2 » , Phronesis 46, 2001, pp. IO 5-128.
69c SI.
Ferm eGU A , Francesca: « L ’anima thymoeidés como symmachos tôi logoi (Tim. 6905*
70 a7) » , en Linda M. Napolitano Valditara (ed.): La sapienza di Timeo. Rifies-
sioni in margine al Timeo di Platone, Milán, Vita e Pensiero, 2007, pp. S ^ 'S S O .
77 e - 79 c
CASTRO F a u n e , Carolina A . : La afección del alma en la cosmología de Platon, TEA,
Madrid, Universidad Autónom a de Madrid, 2OO9.
ι6ο JOSÉ Ma. ZAMORA CALVO
8ie-86a
MILLER, Harold w .: « T h e aetiology o f disease in Plato’s T im aeus » , Transactions
a n d Proceedings o f the A m e ric a n P h ilo lo g ic a l A ss o cia tio n 93, 1962 , p p. I 7 5 _I8 7 ·
90a
MANOS, Andreas: «M an as a celestial plant in Plato’s T im a e u s » , D io tim a 24.
1996, pp. 130-133·
90e
KRELL, David F.: «Female parts in the T im aeus » , A r i o n i , I 975 >ΡΡ· 4OO-421.
SAUNDERS, Trevor j . : «P enology and eschatology in Plato’s T im a e u s and
L a w s » , C lassical Q u a rte rly 23 . 1973 ’ PP· 232 - 2 44 ·
SCRIVANI, Francesca: «Spunti e riflessioni in margine alla concezione plató
nica della riproduzione umana: per un commento a T im . 9 0 e 6 -g id 5 » ,
en Linda M. Napolitano Valditara (ed.): L a s a p ie n z a d i T im e o . R ifle s s io n i in
m a rg in e ¿I T im eo d i P la to n e , Milán, Vita e Pensiero, 2007, pp. 379~402.
9 I a -d
TURBAYNE, C o lin Murray: «P lato’s 'fantastic’ appendix: the procreation
model o f the T im a e u s » , P a id e ia 5, 1976. pp. 12 5 “ 1 4 ° .
9 id
RANKIN, H .D .: « O n αδιάπλαστα ζώα (Plato, T im a e u s 9 ld 3 ) » , P h ilo lo g u s 107,
1963, pp. 138-145.
sentido. H em os traducido cada térm ino con la mayor hom ogen eidad
posible, especialmente en lo concerniente al vocabulario cosm ológico y
metafísico.
JOSÉ M*. ZAMORA CALVO
edición bilingüe.
NOTA PRELIMINAR 163
E l t e x t o
tes, tom o X, París, Les Belles Lettres, 1925 · Nos separamos del texto de
Burnet en los siguientes casos:
Ed ic ió n d e Bu r n et Lectura adoptad a
F W Y P r.)
(Α Ρ Υ ι8 ΐ2 Rivaud)
seclusit Burnet
Stob.) Philop.)
Rivaud)
4 o b8 ίλ λ ο μ έ ν η ν (F Y ι8 ΐ2 ε ίλ λ ο μ έ ν η ν (AP Rivaud)
(Hermann) Rivaud)
4 9 e3 τ ή ν τω δε τ ή ν τ ο υ δ εν (Sachs, Rivaud)
53 ai ά ν ίκ μ ώ μ εν α ά ν α λικ νώ μ ενα (A -c o r r . ex
(Bekker)
S ig l a s
I. C ó d ice s
Y = Vindobonensis 21
W = Vindobonensis 54
F = Vindobonensis 55
P = Palatinus Vaticanus 173
II. T r a d u c c io n e s y c o m e n ta r io s a n t ig u o s
III. E d ic io n e s , ín d ic e s y c o m e n ta r io s m o d e rn o s
Τ ΙΜ Ε Ο 1
h a n d e a d m in is tr a r ju s t ic ia a sus [18 a ] s u b o r d in a d o s c o n
d elicad eza, p u es so n sus am ig os p o r n atu raleza; e n ca m b io ,
h a n de m ostrarse inclem en tes c o n lo s en em igo s q u e e n cu e n -
tre n e n el co m b a te".
T lM .— S in d ud a.
SÓ C.— D e cía m o s, creo , q u e el alm a d e lo s gu a rd ia n es h a d e ser
a n te to d o e n parte fo g o sa y e n p a rte am an te d e la sabid u ría,
p a ra q u e ju s ta m e n te p u e d a n m ostrarse d elica d o s c o n u n o s
e in cle m e n te s c o n o tro s12.
T lM .— Sí.
S Ó C .— ¿ Y e n lo q u e c o n c ie r n e a su e d u c a c ió n ? ¿ N o d e b e r ía n
ser e d u c a d o s e n g im n a s ia , m ú sic a y e n to d a s las c ie n cia s
co n v en ien te s para ello s13?
T lM .— E fe ctiv a m e n te . [18b]
SÓ C .—Y p r o b a b le m e n te ta m b ié n se d ijo q u e lo s q u e se ed u ca -
ran de este m o d o n o d e b e ría n co n s id e r a r c o m o su p r o p ie -
d ad n i o ro n i plata n i n in g ú n o tr o b ie n . S in e m b a rg o , c o -
m o d efe n so re s, r e c ib e n de lo s p r o te g id o s , p o r la v ig ila n cia
q u e les p r o p o r c io n a n , u n su eld o , m o d esto , c o m o co n v ien e
a h o m b r e s m o d e r a d o s , q u e h a b r á n d e g asta r e n c o m ú n ,
p u esto qu e vivirán ju n to s u n o s c o n o tro s, c u id a n d o c o n t i-
n u a m e n te d e la p r á c tic a d e la e x c e le n c ia , e x e n to s d e las
dem ás o cu p a c io n e s14.
T lM .— D e este m ism o m o d o fu e ta m b ié n co m o se d ijo . [ l8 c ]
SÓ C .—Y asim ism o, e n lo r e fe r id o a las m u jeres, m e n c io n a m o s
q u e d e b e n a ju sta rse a lo s h o m b r e s cuyas n a tu ra le za s sean
se m e ja n te s, y q u e d e b e n se r c o m u n e s a a m b o s to d a s las
o cu p a c io n e s, tan to e n la g u e rra c o m o e n las o tras c ir c u n s -
tan cias d e la vid a15.
T lM .— Se d ijo ta m b ié n así.
S Ó C .— ¿ Y e n lo q u e re sp e cta a la p r o c r e a c ió n d e lo s h ijo s ?
¿A caso n o es fá c il r e c o rd a r lo q u e d ijim o s p o r lo in s ó lito ?
E stab lecim os q u e fu e ra n co m u n e s a to d o s lo s m a trim o n io s
172 PLATÓN
y lo s h ijo s, y lo p ro c u ra m o s d e tal m o d o 16 q u e n a d ie p u ed a
algu n a vez re c o n o c e r a su vástago co m o p r o p io , [ l8 d ] y p ara
q u e to d o s c o n s id e r a r a n a to d o s c o m o m ie m b r o s d e la
m ism a fa m ilia : re c o n o c e r ía n co m o h erm an as y h e rm a n o s a
lo s q u e se h a lla n d e n tro de u n a ed ad sim ilar, co m o padres y
ab u elo s a lo s q u e h a n n a cid o antes, c o m o p ad res y n ie to s a
lo s q u e h a n n a cid o d espu és17.
T lM .— S í, es fá c il r e c o r d a r , c o m o d ic e s .
SÓ C.—Y p a ra q u e, e n la m ed id a d e lo p o sib le , lo s n iñ o s n azcan
ya c o n las m e jo r e s n a tu ra leza s, ¿aca so n o r e c o rd a m o s q u e
lo s g o b e rn a n te s, d ijim o s , h o m b re s y m u je re s18, d e b e n m a -
n ip u la r e n secreto las alianzas m atrim o n ia le s [l8 e ] p o r m e -
d io d e c ie rto s so rte o s, p a ra q u e p o r sep ara d o lo s m alo s de
lo s b u e n o s se u n a n cada u n o p o r su p a rte a su p a reja se m e -
ja n te , s in q u e p o r esto su rja n in g ú n r e n c o r e n tr e e llo s , al
c re e r q u e el azar era la causa d e las u n io n e s ? 19.
T lM .— N o s a co rd am o s. [19 a]
S Ó C .—Y t a m b ié n d ijim o s q u e d e b ía n se r e d u c a d o s s o lo lo s
h ijo s d e lo s b u e n o s , y lo s d e lo s m a lo s d is tr ib u id o s s e c re -
ta m e n te e n o tr o lu g a r d e l e s ta d o 20. S in e m b a r g o , h a b ría
q u e o b se rv a rlo s c o n s ta n te m e n te m ie n tra s c r e c ie r a n , p a ra
p r o m o c io n a r de n u e v o a lo s m ás d ig n o s y c a m b ia r a lo s
in d ig n o s al lu g a r q u e a q u ello s d e ja r o n 21.
T lM .—A s í fu e .
SÓ C .— P u es b ie n , lo q u e h a b íam o s ex p u esto ayer22, ¿ lo h em o s
re su m id o a h o ra e n sus p u n to s p r in c ip a le s , o a ú n ech am os
d e m e n o s a lg o , q u e r id o T im e o , c o m o si lo h u b ié r a m o s
pasado p o r a lto ? [19 b ]
T lM . — D e n in g ú n m o d o ; eso m ism o fu e lo q u e se d ijo , Sócrates.
S Ó C .— P o d r ía m o s e scu ch a r a h o ra lo q u e v ie n e d esp u é s acerca
d e la c o n s tit u c ió n q u e h e m o s d e s c r ito , cu á l es a este r e s -
p ecto el se n tim ien to q u e h e e x p erim e n ta d o . L o qu e sen tí es
sem ejante, m e p arece, a a q u el q u e ex p erim e n ta a lg u ie n que
174 PLATÓN
T l.—Δοκεΐ μην.
KP.—’Ά κουε δή, ώ Σώκρατε?, λόγου μάλα μέν άτοπου, παντάπασί
γε μήν αληθούς·, ώ? ό τών έπ τά σοφ ώ τατος [ 2 O e] Σόλων
π ο τ ’ εφη. ήν μεν ουν ο ικ είο ? καί σφόδρα φ ίλο? ή μ ίν
Δρωπίδου του προπάππου, καθάπερ λέγει πολλαχοΰ καί αύτό?
έν τή ποιήσει- πρός δέ Κριτίαν τόν ήμέτερον πάππον €ΐπεν,
ώ ς άπεμνημόνευεν αΰ πρός ή μα? ό γέρων, ό τι μεγάλα καί
θαυμαστά τή σ δ ’ εϊη παλαιά έργα τή ? πόλεω? ύπό χρόνου καί
φθορά? άνθρώπων ήφανισμένα, πάντων δε ëv μέγιστον, [ 2 la ]
ου νυν έπ ιμνησθεΐσ ιν πρέπον αν ή μ ΐν ε’ίη σοί τε άποδοϋναι
χά ριν καί τή ν θεόν άμα έν τή πανηγύρει δικαίω ? τε καί
άληθώ? οιόνπερ ύμνοΰντα? έγκω μιάζειν.
Σ Ω —Εΰ λέγει?, άλλα δή ποιον έργον τούτο Κριτία? ού λεγόμενον
μέν, ώ ς δέ πραχθέν οντω? ύπό τήσδε τ ή ? πόλεω? άρχαΐον
διη γείτο κατά τήν Σόλωνο? άκοήν;
K P —’Εγώ φράσω, παλαιόν άκηκοώ? λόγον ού νέου άνδρό?. ήν μέν
γάρ δή τότε Κ ρ ιτία ?, ώ ς έφη, σχεδόν έγ γ ύ ? [ 2 l b ] ήδη τών
έ veνήκοντά έτώ ν, έγώ δέ πη μά λισ τα δεκέτη?- ή δέ
Κ ουρεώ τι? ή μ ΐν οΰσα έ τύ γ χ α ν ε ν Ά π α το υ ρ ίω ν . τό δή τ ή ?
έορτή? σννηθε? έκάστοτε καί τότε συνέβη τ ο ΐ? π α ισ ίν αθλα
γάρ ή μ ΐν οί π α τέρ ε? εθεσαν ραψωδία?, πολλών μέν οΰν δή
καί πολλά έλέχθη ποιητών ποιήματα, άτε δέ νέα κα τ’ έκεΐνον
τόν χρόνον όντα τά Σόλωνο? πολλοί τώ ν παίδων ήσαμεν.
εΐπ εν οΰν τ ι? τών φρατέρων, ε’ί τε δή δοκοΰν αύτφ τότε ε’ί τε
καί χάριν τινά τψ Κριτία φέρων, δοκεΐν οί τά τε [ 2 ic ] άλλα
σοφώτατον γεγονένα ι Σόλωνα καί κατά τήν ποίησιν αΰ τών
ποιητώ ν πάντων έλευθεριώ τατον. ό δή γέρων —σφόδρα γάρ
οΰν μέμνημαι— μάλα τε ήσθη καί διαμειδιάσα? έ ίπ ε ν «Ε’ί γε,
TIM EO 179
T iM .— P o r su p u esto q u e m e lo p arece.
Cr it .— E scucha en to n ces, Sócrates, u n relato m u y extraño, p e ro
abso lutam en te verd ad ero , [2 0 e] q u e co n tó u n a vez S o ló n 37,
el más sabio de los siete. E ra de la fa m ilia y m u y am igo de m i
b isabu elo D r ó p id o , co m o él m ism o señala repetidas veces en
sus p oem as. Y este co n tó a m i a b u elo C ritia s — co m o a su vez
le gustaba r e c o rd a r an te n o s o tr o s e n su v e jez38— q u e h u b o
antiguas hazañas d e n u estra ciu d a d , gran d es y ad m irables39,
b o rra d a s p o r el tie m p o y la m u e rte de lo s h o m b re s40. P ero
u n a es la más im p o rta n te de todas, [ 2 la ] y acaso co n ven d ría
reco rd a rla ahora, p ara d arte las gracias y, al m ism o tie m p o ,
p r o n u n c ia r u n m erecid o y verd ad ero elo g io a la d iosa e n su
fiesta41, co m o si le cantáram os u n h im n o .
SÓ C .— B ie n d ic h o . P ero , ¿c u á l es esa h azaña de la q u e ya n o se
h abla42, p e r o q u e C ritia s d e scrib ió co m o realm en te llevada
a cab o e n la a n tig ü e d a d p o r n u e s tra c iu d a d , se g ú n lo q u e
h abía o íd o d e cir a S o ló n ?
C r i t .— O s la c o n ta ré c o n f o r m e al re la to q u e h a ce tie m p o h e
o íd o a u n h o m b r e q u e p r e c is a m e n te n o era j o v e n . P u e s
C ritia s ten ía en to n ces, segú n d ecía, cerca d e [2 1b ] n o ve n ta
a ñ o s, y y o p o c o m ás o m e n o s d ie z. N o s o c u r r ió e l d ía d e
C u r io t is , d u ra n te las A p a tu r ia s 43. E l p ro g ra m a d e la fiesta
t r a n s c u r r ía p a ra lo s n iñ o s cada vez c o m o d e c o s tu m b r e .
L o s p ad res n o s o rg a n iza b a n certám en es de re cita d o . N a tu -
r a lm en te se d ecla m a ro n m u ch o s p o em as d e m u ch o s poetas,
p e r o , co m o e n aq u el tie m p o era n n o ve d o so s lo s d e S o ló n ,
m u c h o s n iñ o s ca n ta m o s sus p o e m a s . Y u n o d e lo s d e m i
g r u p o d e c la r ó , b ie n p o r q u e este fu e r a p r e c is a m e n te su
p a re cer, o b ie n p o rq u e c o n ello p re te n d ía m o stra r su agra-
d e c im ie n to a C r itia s , q u e, e n su o p in ió n , [2 1c] S o ló n n o
solo había sid o el más sabio e n las otras cosas, sin o qu e ta m -
b ié n e n su p o esía h ab ía sid o el m ás lib re 44 d e to d o s lo s p o e -
tas. E n to n ce s, el a n cia n o —lo re cu e rd o m u y b ie n — se alegró
ι8ο PLATÓN
t r a n s c u r r id o , n o lo r e c o rd a b a m u y b ie n . P en sé e n to n c e s
q u e , p a ra h a b la r d e este m o d o , era p re c iso p r im e r o r e p e -
tirlo to d o a m í m ism o co n v en ien te m e n te. P o r lo q u e p r o n -
to a c e p té las p r e s c r ip c io n e s q u e a ye r m e a sig n a ste, p o r
c r e e r q u e la ta rea p r in c ip a l e n to d o s esto s caso s es la d e
su p o n e r u n d iscu rso ad ecu a d o a n u estro s p ro p ó s ito s, y q u e
esto n o s saldrá b ie n e n cierta m ed id a . D e este m o d o , co m o
d ijo H e rm ó c r a te s , ayer, n a d a m ás sa lir d e a q u í les expu se
[ 26 b ] a H e r m ó c r a te s y T im e o lo q u e ib a r e c o r d a n d o y,
d e sp u é s d e h a b e r lo s d e ja d o , e x a m in é ca si t o d o , r e fle x io -
n a n d o so b re e llo d u ra n te la n o c h e . C ie r ta m e n te , se g ú n se
d ic e , lo q u e se a p re n d e e n la in fa n c ia p e r d u r a d e m o d o
a d m ira b le e n la m e m o r ia . P ues n o sé si p o d r ía a co rd a rm e
d e to d o lo qu e escuché ayer; sin em b a rg o , de lo qu e h e o íd o
h a ce ta n tís im o tie m p o m e s o r p r e n d e r ía m u c h o si se m e
h u b ie r a esca p ad o a lg o . E n to n c e s lo e scu ch é c o n e n o r m e
p la c e r y [2 6 c ] c o m o u n j u e g o 86, y e l a n c ia n o m e in fo r m ó
de b u e n g ra d o , c u a n d o re p e tid a s veces le p r e g u n ta b a , d e
m o d o q u e m e q u ed ó grab ad o co m o u n a p in tu ra en cáu stica
in d e le b le 87. A s í es co m o d esd e m u y te m p ra n o les h e c o n -
ta d o a H e r m ó c r a te s y T im e o el m ism o r e la to , p a ra q u e
p u e d a n e n ta b la r c o n m ig o la c o n v e r s a c ió n . A h o r a b ie n ,
p r e c is a m e n te a q u e llo p o r lo q u e se d ijo to d o esto , esto y
p rep a ra d o , Sócrates, para d ecírte lo , n o solo de m o d o re su -
m id o , sin o c o m o lo h e e scu ch a d o p u n t o p o r p u n t o . L o s
ciu d a d an o s y la ciu d a d qu e ayer n o s d escribías co m o e n u n
m ito , trasladém oslos a h o ra [ 2 6 d l a la re alid ad 88, su p o n g a -
m os qu e aqu ella ciu d a d fu era la A ten a s actual y d ire m o s que
lo s c iu d a d a n o s q u e im a g in a ste s o n n u e s tro s v e rd a d e r o s
a n tep a sa d o s d e lo s q u e h a b la b a el sa c e rd o te . E sta rem o s
co m p letam en te de acu erd o y n o d esen to n arem o s si d ecim os
q u e eran los qu e vivían e n el tie m p o de en to n ces. A l re p a r-
tir la tarea e n c o m ú n , in ten ta rem o s en tre to d o s devolverte,
194 PLATÓN
en la m e d id a d e lo p o sib le , lo a d e c u a d o a tus p r e s c r ip c io -
n e s. P o r ta n to , es p r e c is o e x a m in a r, S ó cra te s, si este d is -
c u rso es de n u e s tro a g ra d o , [2 6 e ] o si es n e ce sa rio b u scar
o tr o e n su lu g a r.
SÓ C.— ¿ Y q u é o tro p o d ría m o s ad o p tar, C ritia s, q u e p o r su a fi-
n id a d c o n la p re se n te fe stiv id a d de la d io s a 89 fu e r a el m ás
c o n v e n ie n te 90? Y , sobre to d o , el qu e n o se trate de u n m ito
in v e n ta d o , sin o de u n d iscu rso v erd a d ero es p ro b ab le m e n te
lo m ás im p o r ta n te . P u es, ¿ c ó m o y d ó n d e e n c o n tra r e m o s
otro s, si n o a b a n d o n am o s estos? N o es p o sib le . P ero d e b e -
ré is h a b la r a c o m p a ñ a d o s d e b u e n a fo r tu n a , y y o , p o r m i
p a rte , e n lu g a r de lo s d iscu rso s d e ayer, [ 2 7 a ! m e c o r r e s -
p o n d e a h ora escu charos tra n q u ila m e n te .
C R IT. — C o n s id e r a , p u es, S ó cra tes, la d is p o s ic ió n d e lo s o b se -
qu ios que h em o s establecido para ti. N o s p areció qu e T im e o ,
p o r ser el qu e más astron om ía co n o ce d e n o sotros y el qu e ha
h e ch o u n m ay o r e sfu erzo p o r p e n e tra r e n la n a tu ra leza d el
u n ive rso , d eb ía h a b la r p r im e r o , co m e n za n d o c o n el o rig e n
del m u n d o y term in a n d o c o n la naturaleza de los h o m b res. Y
después de él, yo, co m o si recib iera d e él a los h o m b res n a ci-
dos e n su discu rso, y d e ti a algu n o s d e ellos ed u cad os [2 7b ]
de d iferen te m anera, h a cién d o lo s co m p arecer ante no sotros
co m o fre n te a ju e c e s, segú n la p a la b ra y la ley d e S o ló n , los
h aré ciu d ad an os de esta ciu dad , co m o si fu era n los a te n ie n -
ses de en tonces, de lo s que la tra d ic ió n de los textos sagrados
revela q u e d esa p a re ciero n y, p o r lo dem ás, h a b la ré de ellos
co m o si ya fu era n ciu dad an os y atenienses91.
SÓ C.— S erá p e rfe c to y e sp lé n d id o , p o r lo q u e veo, el b a n q u ete
d e d iscu rso s q u e r e c ib ir é c o m o r e c o m p e n s a . E n to n c e s te
to c a ría h a b la r a ti a p a rtir de a h o ra , T im e o , se gú n p a re ce,
después de in v o car a los d ioses co m o es co stu m b re 92. [ 2 7 C1
T lM .— P e ro , S ó cra te s, to d o el q u e p a r tic ip a de la p r u d e n c ia ,
in c lu s o e n p e q u e ñ a s d o sis, an tes d e e m p r e n d e r cu a lq u ie r
ig6 PLATÓN
δή κατά λόγον τόν είκότα δει λεγειν τόνδε τόν κόσμον £φον
έμψυχον εννουν τε τή άληθείςι διά τήν του θεοϋ [ 30 c]
γενεσθαι πρόνοιαν.
Τούτου δ’ ύπάρχοντο? αΰ τά τούτοι? εφεξής ήμΐν λεκτέον,
τίνι τών ίψων αύτόν εί? ομοιότητα ό συνιστά? συνεστησεν.
τών μεν οΰν έν μέρου? εϊδει πεφυκότων μηδενί καταξιώσωμεν
—άτελεΐ γάρ έοικό? ούδέν π οτ’ αν γένοιτο καλόν— οΰ δ’
εστιν ταλλα £ψα καθ’ εν και κατά γένη μόρια, τούτω πάντων
όμοιότατον αύτόν είναι τιθώμεν. τά γάρ δή νοητά £ψα πάντα
εκείνο έν εαυτοί) περιλαβόν έχει, καθάπερ οδε ό [ 3 ° d ]
κόσμο? ήμά? οσα τε άλλα θρέμματα συνέστηκεν όρατά. τφ
γάρ τών νοουμένων καλλιστω κα'ι κατά πάντα τελέψ μάλιστα
αύτόν ό θεό? όμοιώσαι βουληθεί? ζώον έν ορατόν, πάνθ’ οσα
[31a] αύτού κατά φύσιν συγγενή ζώ α έντό? εχον εαυτού,
συνέστησε, πότερον οΰν όρθώ? ένα ούρανόν προσειρήκαμεν, ή
πολλού? καί άπειρου? λέγειν ήν όρθότερον ένα, ε’ίπερ κατά
τό παράδειγμα δεδημιουργημένο? έσται. τό γάρ περιέχον
πάντα όπόσα νοητά ζώα μεθ’ ετέρου δεύτερον; ούκ άν π οτ’
εϊη· πάλιν γάρ άν έτερον είναι τό περί έκείνω δέοι ζώον, ού
μέρο? άν εϊτην έκείνω, καί ούκ άν έτι έκείνοιν άλλ’ έκείνω
τω περιέχοντι τόδ’ άν άφωμοιωμένον λέγοιτο όρθότερον. ινα
[3 ib ] οΰν τόδε κατά τήν μόνωσιν δμοιον ή τώ παντελεΐ Cüjüj,
διά ταΰτα ούτε δύο ούτ’ άπειρου? έποίησεν ό ποιών κόσμου?,
άλλ’ εΐ? οδε μονογενή? ούρανό? γεγονώ? έστιν καί έ τ ’ έσται.
Σωματοειδέ? δέ δή καί ορατόν άπτόν τε δει τό γενόμενον
είναι, χωρισθέν δε πυρό? ούδέν άν ποτε ορατόν γένοιτο, ούδέ
TIM EO 203
c o n f o r m e a u n r a z o n a m ie n to v e r o s ím il, h e m o s d e d e c ir
q u e este m u n d o , q u e es v e rd a d e r a m e n te u n v iv ie n te p r o -
visto d e a lm a e in te lig e n c ia , [ 3 0 c ] se g e n e r ó p o r la p r e v i-
sió n ra c io n a l125 d el d ios.
E stablecid o esto126, d eb em o s h ab lar ah ora d e lo q u e le sigue:
¿a se m eja n za d e cu á l d e lo s viv ie n tes el c o n s tr u c to r d e l
m u n d o lo fa b r ic ó ? E stim em o s q u e n o h a sid o a sem ejanza
d e n in g u n o d e lo s q u e p o r n a tu ra le za c o r r e s p o n d e a u n a
especie p a rticu la r127 — pu es nada sem ejante a algo in c o m p le -
to lle g a ría n u n ca a ser b e llo — , sin o q u e su p o n g a m o s q u e a
a q u e l d e lo q u e lo s o tr o s v iv ie n te s s o n p a rte s — ta n to d e
m a n e ra in d iv id u a l c o m o g e n é ric a — es a lo q u e m ás se ase-
m eja el m u n d o . E n efecto, aqu el co m p re n d e e n sí m ism o 128
a to d o s lo s viv ie n tes in te lig ib le s , c o m o este [ 3 0 d l m u n d o
n o s co n tien e a n o so tro s y a todas las dem ás criaturas visibles.
C o m o el d ios ha q u e rid o asem ejarlo a la m ás b ella y p erfecta
en to d o de las cosas in teligib les, [3 1a] co n stru yó u n viviente
ú n ic o y v isib le , q u e c o n tu v ie ra e n su in t e r io r a to d o s lo s
vivien tes qu e p o r n atu raleza le so n a fin es. P o r lo ta n to , ¿es
c o r r e c to a fir m a r q u e hay u n ú n ic o u n iv e rs o , o se ría m ás
exacto d e c ir q u e hay m u ch o s e in c lu so in fin ito s ? U n ic o , si
realm en te h a de estar fa b ricad o segú n e l m o d e lo . E n efe cto,
lo q u e c o n tie n e a to d o s lo s v iv ie n tes in te lig ib le s n u n c a
p o d r ía ser se cu n d a rio d espu és d e o tr o , pu es en to n c e s sería
n ecesario o tro viviente qu e en glob ara a lo s dos, d el q u e ellos
se ría n p arte ; y e n to n ces sería m ás co rre c to a firm a r q u e este
m u n d o n o se a sem eja ya a esos d o s , s in o a a q u e l q u e lo s
c o n t ie n e 129. P o r eso , p a ra q u e [ 3 rt>] este m u n d o fu e r a se-
m e ja n te en su u n ic id a d al v iv ie n te p e r fe c to , e l h a c e d o r n o
h iz o n i d os n i in fin ito s m u n d o s , sin o q u e este u n iv e rs o es
g e n e ra d o so lo , ú n ic o e n su g é n e r o , y segu irá sié n d o lo .
S in d u d a, lo g e n e ra d o d ebe ser c o rp ó r e o , visib le y tan gib le;
p e r o , sin fu e g o nad a p o d r ía n u n ca lle g a r a ser v isib le 130, n i
204 PLATÓN
tan gib le sin algo s ó lid o 131, n i só lid o sin tie rra . P o r lo q u e el
dios, cu a n d o co m en zó a c o n s tru ir el cu e rp o d el u n iv e rso 132,
lo h iz o d e fu e g o y tie rr a . P ero n o es p o s ib le u n i r b ie n d os
e le m e n to s a isla d o s, sin q u e in te r v e n g a u n t e r c e r o ; [ 3 1 c !
p u es es n e c e sa rio e n m e d io a lg ú n v ín c u lo q u e p o n g a a lo s
dos e n c o n e x ió n . N o ob stan te, el m ás b e llo de lo s v ín cu lo s
es a q u e l q u e h a ce d e sí m is m o y d e lo s e le m e n to s q u e c o -
n ecta la u n id a d m ás p e rfe c ta , y esto p o r n a tu raleza la p r o -
p o r c ió n 133 lo r e a liz a d e l m e jo r m o d o p o s ib le . E n e fe c to ,
sie m p re q u e d e tres n ú m e r o s cu a le s q u ie ra , sean e n te r o s
[3 2 a] o cu ad rad o s134, el té r m in o m e d io es tal q u e lo q u e es
el p r im e r o c o n r e sp e c to a é l, lo es é l m ism o r e sp e c to al
ú ltim o y, a la inversa, lo qu e es el ú ltim o resp ecto al m e d io ,
lo es el m e d io re sp e c to al p r im e r o , e n to n c e s e l t é r m in o
m e d io se co n v ierte e n p r im e r o y ú ltim o , y am b os, a su vez,
e l ú ltim o y e l p r im e r o se c o n v ie r te n e n m e d io s , su ce d e rá
n e ce sa ria m e n te q u e d e este m o d o to d o s so n id é n tic o s y, al
h a c e rse m u tu a m e n te id é n t ic o s , to d o s se rá n u n o . A h o r a
b ie n , si el c u e r p o d e l u n iv e rso h u b ie ra te n id o q u e ser u n a
su p e rficie , sin p r o fu n d id a d algu n a, u n ú n ic o té r m in o m e -
d io h a b ría bastado [3 2 b ] para u n ir co n sig o m ism o lo s t é r -
m in o s q u e lo a c o m p a ñ a n 135. P e r o , e n r e a lid a d , c o n v e n ía
qu e este m u n d o fu e ra u n s ó lid o y, p a ra a rm o n iza r lo s s ó li-
d o s, n u n c a basta u n ú n ic o t é r m in o m e d io , s in o sie m p re
d o s. D e este m o d o , el d io s p u so el agua y e l a ire e n m e d io
d el fu e g o y d e la tie rr a , y lo h iz o , e n la m e d id a d e lo p o s i-
b le , sig u ie n d o la m ism a re la c ió n p r o p o r c io n a l m u tu a 136, así
lo qu e es el fu e g o re sp e cto al a ire, lo sea el a ire re sp e cto al
agua, y lo q u e es e l a ire resp e cto al agua, lo sea el agua r e s-
p ecto a la tie rra , y, d e esta fo rm a , u n ió y co n stitu yó el u n i -
verso v isib le y ta n g ib le . P o r estas ra zo n es y a p a r tir d e tales
ele m e n to s, [3 2 c ] e n n ú m e r o d e cu a tro , fu e e n g e n d ra d o el
cu e r p o d e l m u n d o , p u esto e n c o n c o r d a n c ia p o r m e d io d e
2 o6 PLATÓN
h a b ría p e r m itid o qu e lo m ás v ie jo fu e ra g o b e rn a d o p o r lo
162 · ·
m as jo v e n — , p e r o c o m o n o s o tr o s p a rtic ip a m o s e n g ra n
m ed id a de la cau salid ad , ta m b ié n de a lg ú n m o d o h ablam o s
al aza r. A h o r a b ie n , ta n to e n n a c im ie n t o c o m o e n e x c e -
le n c ia , e l d io s c o n s titu y ó al alm a a n t e r io r y m ás a n tig u a
q u e e l c u e r p o , p a ra q u e fu e r a su d u e ñ a y g o b e r n a n te ,
c o m e n z a n d o a p a r t ir d e lo s s ig u ie n te s [ 3 5 ®] e le m e n to s y
d e esta m an era: e n m e d io d e l ser in d iv isib le y q u e se m a n -
tie n e sie m p re d e l m ism o m o d o y d e l d iv isib le q u e d evien e
e n lo s cu e rp o s, al m ezcla rlo s, fo r m ó d e lo s d os u n a tercera
clase d e ser. A d e m á s163, e n lo q u e c o n c ie r n e a las n a tu ra le -
zas d e lo m ism o y d e lo o tr o , ta m b ié n fo r m ó d e la m ism a
m a n e ra u n a tercera clase in te r m e d ia e n tre la esp ecie i n d i -
visib le y la d ivisible e n lo s cu e rp o s d e u n a y o tra 164; y a c o n -
tin u a c ió n , to m ó estos tres e lem en to s y lo s c o m b in ó a to d o s
e n u n a ú n ic a esp ecie, p a ra a rm o n iz a r p o r la fu e r z a la n a -
tu ra le za de lo o tr o , qu e era d ifíc il d e m ezcla r, c o n la de lo
m ism o, y las [3 5b ] m ezcló c o n el ser. T ras hacer de estos tres
e le m e n to s u n o 165, d iv id ió d e n u e v o e l c o n ju n t o en tan tas
partes co m o era co n v en ien te , cada u n a m ezclada de lo m is-
m o , d e lo o tro y d el ser. C o m e n z ó a d iv id ir 166 d e l sig u ien te
m o d o : p r im e r o , ex tra jo 167 u n a p o r c ió n d e l todo-, lu e g o su -
p r im ió o tra q u e era el d o b le d e esta; de n u ev o u n a tercera,
qu e era u n a vez y m ed ia la segu n d a y el trip le d e la p r im e -
ra; u n a cu arta, el d o b le de la segu n d a; y u n a q u in ta , el t r i -
p le de la [3 5 c ] tercera; u n a sexta, eq u iva len te a o c h o veces
la p rim e ra ; y, fin a lm e n te , u n a sé p tim a eq u iva len te a v e in -
tis ie te veces la p r im e r a . D e sp u é s d e esto , [ 3 6 a ] lle n ó lo s
in te r v a lo s 168 d o b le s y trip le s , se p a ra n d o a ú n p o r c io n e s d e
la m ezcla o rig in a ria e in te rc a lá n d o lo s e n tre estos, d e m o d o
qu e e n cada in terva lo h u b ie ra d os té r m in o s m ed io s: el p r i -
m e r o , q u e su p e ra y es s u p e r a d o p o r lo s e x tre m o s e n la
m ism a fr a c c ió n d e ca d a u n o d e e llo s ; y e l s e g u n d o , q u e
212 PLATÓN
su p e ra y es ig u a lm e n te su p e ra d o p o r u n a c a n tid a d ig u a l.
D e estas re la cio n e s n a ce n , e n lo s in terva lo s a n te r io r m e n te
m e n c io n a d o s , in te rv a lo s d e tres m e d io s, d e cu a tro te rcio s
y d e n u e v e o ctav o s; [ 3 6 b ] y c o n u n in te r v a lo d e n u ev e
octavos lle n ó to d o s lo s d e cu a tro tercio s, d eja n d o u n a fr a c -
c ió n d e ca d a u n o d e e llo s , ta l q u e el in te r v a lo re sta n te
tu v ie r a lo s té r m in o s e n la r e la c ió n n u m é r ic a e n tr e d o s -
c ie n to s c in c u e n ta y seis y d o s c ie n to s cu a re n ta y tre s169. D e
este m o d o , c o n s u m ió d e l to d o la m e zc la d e la q u e h a b ía
co rta d o estas p o r c io n e s 170. E n to n c e s, d iv id ió e n dos lo n g i-
tu d in a lm e n te to d o este c o m p u e sto , y cru zó las d os m itad es
p o r sus cen tro s co m o u n a X [/1]171; d espu és las cu rvó [3 6 c]
p a ra fo r m a r d e cada u n a u n c ír c u lo , y u n ió sus e x tre m o s
u n o c o n o tr o e n el p u n t o o p u e s to a su in t e r s e c c ió n 17*. A
c o n tin u a c ió n les asig n ó u n m o v im ie n to c ir c u la r u n ifo r m e
qu e gira e n to r n o al m ism o lu g a r, e h izo a u n o d e lo s c ír c u -
lo s e x te rio r y al o tr o in te r io r . A h o r a b ie n , a trib u yó al m o -
v im ie n to e x te r io r la n a tu ra leza d e lo m ism o y al in t e r io r la
d e lo o t r o 173. H iz o g ir a r el m o v im ie n to d e lo m is m o e n
h o r iz o n ta l174 h a cia la d ere ch a, y el d e lo o tr o e n d ia g o n a l'75
h a cia la iz q u ie r d a ; y o to r g ó la p r im a c ía a la r e v o lu c ió n de
[ 3 6 d l lo m ism o y d e lo sem ejan te, ya q u e so lo a ella la d ejó
sin d iv isió n . E n ca m b io , a la r e v o lu c ió n in t e r io r la d iv id ió
e n seis p a rte s , p a ra fo r m a r así siete c ír c u lo s d e sig u a le s,
c o r r e s p o n d ie n t e s ca d a u n o a u n in te r v a lo d o b le o a u n o
t r ip le , d e lo s cu a les h a b ía tre s d e cada cla se. D is p u s o q u e
lo s c ír c u lo s se m o v ie r a n e n s e n tid o c o n t r a r io u n o s d e
o tr o s , tres c o n v e lo c id a d e s se m e ja n te s y lo s o tr o s c u a tr o
c o n v e lo c id a d e s d ife r e n te s e n tr e sí y c o n r e s p e c to a lo s
o tro s tres, p e r o sig u ie n d o u n a p r o p o r c ió n 176.
U n a vez q u e la c o n s tit u c ió n d e l a lm a fu e c o m p le ta m e n te
realizad a se g ú n la id e a d e l q u e la c o n s titu y ó , este, a c o n t i-
n u a c ió n , e n sa m b ló to d o lo c o r p ó r e o d e n tr o d e e lla y,
214 PLATÓN
[ 3 6 e ] h a c ie n d o c o in c id ir e l c e n tr o d e l c u e r p o c o n e l d e l
a lm a , lo s a ju s tó 177. Y el a lm a, e n tr e te jid a p o r c o m p le to ,
d esde el cen tro hasta los extrem os d el cie lo , qu e ella e n v o l-
vía circ u la rm e n te d esde el e x te rio r, se p u so a g ira r so b re sí
m ism a, y co m e n z ó c o n u n p o d e r d iv in o d e u n a vid a in e x -
tin g u ib le e in te lig e n te 178 p o r la to ta lid ad d el tie m p o .
A s í se h a n g e n e r a d o , p o r u n a p a rte , el c u e r p o v is ib le d el
c ie lo y, p o r o tra , el alm a, q u e es in v is ib le y p a rtic ip a de la
ra z ó n y [3 7a ] de la a rm o n ía , en g en d ra d a co m o la m e jo r de
las c ria tu ra s p o r el m e jo r d e lo s seres in te lig ib le s y q u e
• · I 7<3
siem p re existen .
P u e sto q u e e l a lm a c o n s titu y e u n a m ezcla de tres p o r c i o -
nes, p ro c e d e n te s de la n atu raleza de lo m ism o , de lo o tro y
d el ser, d iv id id a y u n id a p r o p o r c io n a lm e n te , y qu e adem ás
g ira so b re sí m ism a, c u a n d o to m a c o n ta c to c o n algo cu yo
ser es d iv isib le o c o n a lg o cu y o ser es in d iv is ib le , d e cla ra
en to n ces, m o v ién d o se ín teg ra m en te, a q u é algo así se id e n -
t ific a y d e q u é [ 3 7 b ] d ifie r e , y c o n r e la c ió n a q u é o , m ás
p re c isa m e n te , d e q u é m a n era , c ó m o y c u á n d o su ce d e q u e
cada o b je to p a rticu la r es o p ad ece c o n resp ecto a o tr o tan to
e n r e la c ió n c o n lo s seres e n d e v e n ir co m o e n r e la c ió n c o n
lo s seres q u e s o n sie m p re lo s m ism o s180. A h o r a b ie n , este
d is c u rso re su lta v e rd a d e r o ta n to e n lo q u e c o n c ie r n e a lo
q u e es d ife r e n te c o m o a lo q u e es id é n tic o , y se traslada sin
v o z n i r u i d o 181 d e n t r o d e lo q u e se m u e v e p o r sí m is m o .
C u a n d o trata d e lo se n sib le, y e l c ír c u lo d e lo o tr o , q u e es
r e g u la r , tra n s m ite e l m e n sa je a to d a su a lm a , se o r ig in a n
o p in io n e s y c re e n c ia s fir m e s y v e rd a d e ra s; [ 3 7 c l a su v e z >
c u a n d o tra ta d e lo r a c io n a l'82, y e l c ír c u lo d e lo m is m o ,
q u e g ira su a vem en te, lo m u estra , r e su lta n n e ce sa ria m e n te
el in t e le c t o y la c ie n c ia . S i a lg u ie n a lg u n a vez d ije r a q u e
a q u e llo en q u e a m b o s se g e n e ra n es algo d ife r e n te al alm a,
d irá c u a lq u ie r cosa m e n o s la v e rd a d '83.
2i6 PLATÓN
G u a n d o e l p a d re q u e lo h a b ía e n g e n d r a d o o b se rv ó q u e el
m u n d o , im a g en 184 g en era d a d e lo s d io ses etern o s, estaba e n
m o v im ie n to y v iv o , se a le g r ó y , c o n t e n t o 185, se p r o p u s o
h a c e r lo tod avía m ás se m e ja n te al m o d e lo . [ 3 7 ^] G o m o e n
e fe cto este es u n viv ie n te e te r n o , in te n tó q u e este u n iv e rso
fu e r a d e ese m o d o e n la m e d id a d e lo p o s ib le . P e ro d ad o
q u e la natu raleza d e l vivien te era etern a , n o p o d ía adaptarla
co m p leta m en te a lo g en era d o . E n to n ce s se p r o p o n e 186 h a cer
u n a im a g en m ó v il d e la e te rn id a d , y, a la vez q u e o rd e n a el
c ie lo , h a ce d e la e te r n id a d q u e p e r m a n e c e e n u n id a d u n a
im a g e n etern a q u e avanza segú n e l n ú m e r o , a la q u e p r e c i-
sam ente d e n o m in a m o s « t ie m p o » 187. [ 3 7 e l
E n efe cto , lo s días, las n o ch es, lo s m eses y lo s añ o s n o exis-
tía n antes d e q u e se g en era ra e l cie lo ; d e a h í q u e, al m ism o
tie m p o q u e la c o n s titu c ió n d e este, p la n e ó la g e n e ra c ió n d e
a q u e llo s. T o d a s estas so n partes d e l tie m p o , y el « e r a » y el
« s e r á » so n especies gen era d a s d el tie m p o , q u e d e m an era
in c o rre c ta ap licam os sin r e fle x ió n al ser e te rn o . E n efe cto,
d e c im o s q u e « e r a » , « e s » y « s e r á » , p e r o so lo le c o r r e s -
p o n d e , se g ú n el r a z o n a m ie n to v e rd a d e r o , el « e s » ; [3 8 a ]
en ca m b io , el « e r a » y el « s e r á » so n ex p resio n es qu e c o n -
v ie n e a p lic a r a la g e n e r a c ió n q u e p r o g r e s a en el tie m p o
—p u e s a m b o s d e sig n a n m o v im ie n to s , p e r o lo q u e es s ie m -
p r e id é n t ic o e in m u ta b le n o c o n v ie n e q u e e n v e je z c a n i
reju v en ezca c o n el tie m p o , n i q u e se haya g e n e ra d o a lgu n a
ve z, n i q u e esté g e n e r a d o a h o r a , n i sea g e n e r a d o e n el
fu t u r o —. Y , e n g e n e ra l, n o le p e r te n e c e nad a d e c u a n to la
g e n e r a c ió n a d h iere a las cosas qu e se tra n sm ite n e n la se n -
s a c ió n , sin o q u e s u r g e n c o m o esp e cie s d e l tie m p o q u e
im ita la e te r n id a d y g ir a s e g ú n el n ú m e r o . Y , a d em á s d e
esto, em p lea m o s ta m b ié n las sig u ien tes ex p resio n es: [3 8 b ]
lo q u e h a pasado « e s » pasad o, lo qu e pasa « e stá » p asan d o
y, ta m b ié n , lo q u e pasará « e s » lo q u e pasará y lo q u e n o es
2i8 PLATÓN
c u e r p o s c o m o re sp e cto al a lm a , p o r q u é causas y c o n q u é
p ro p ó s ito s lo s d ioses las e n g e n d r a r o n 285, si n o s [ 4 4 d] t e -
n e m o s a lo m ás v e r o s ím il286, h e m o s d e in v e stig a rlo p r o s i-
g u ie n d o d e este m o d o y segú n estos p rin c ip io s.
/ P a r a im ita r la fig u ra d el u n iverso q u e era re d o n d a , lo s d io -
ses a ta ro n las d os revo lu cio n e s divinas a u n cu erp o d e fo rm a
esférica, al qu e a h o ra d e n o m in a m o s « c a b e z a » 2*7, qu e es lo
m ás d iv in o y d u e ñ o 288 de to d o lo q u e hay e n n o so tro s; a la
cabeza ju n t a r o n c o n to d o el c u e rp o y se lo d ie r o n e n servi-
cio , p o rq u e h a b ían d ecid id o que particip aría de to d o s c u a n -
tos m o v im ien to s h u b ie ra 289. A sí, p a ra q u e n o ro d a ra p o r la
tie rr a , q u e p rese n ta to d a clase d e a ltu ra s y p r o fu n d id a d e s ,
[44^ ] sin q u e ca reciera d e m ed io s p a ra fra n q u e a r las u n as y
sa lir d e las otras, le d ie r o n el c u e r p o co m o v e h íc u lo y p ara
te n e r m ed io s. P o r lo q u e el cu e rp o fu e a la rg a d o , y le n a c ie -
r o n c u a tr o m ie m b ro s ex ten sib le s y p leg a b les, c o n s tr u id o s
p o r u n d ios 290 para trasladarse. A g a rra d o y apoyado e n ellos,
el c u e rp o llega a ser capaz de ca m in a r p o r to d o s lo s lugares,
[4 5 a ] tra n sp o rta n d o en cim a d e n o s o tro s291 la m o ra d a d e lo
m ás d iv in o y sagrad o. D e este m o d o , e n to n c e s, y p o r estas
razo n es, n o s b r o ta r o n a to d o s292 p ie rn a s y b razo s; y, co m o
estim aban q u e la p a rte de d elan te es m ás n o b le y m ás capaz
de g o b e rn a r qu e la de detrás, los dioses n os d ie r o n la fa c u l-
tad de ca m in a r p refe re n te m e n te e n esta d ire cc ió n . E ra p r e -
ciso , p o r ta n to , q u e la p a rte d e la n te ra d el c u e rp o h u m a n o
se d ife r e n c ia ra y d is tin g u ie ra d e la trasera. P o r lo q u e p r i -
m e r o , e n la cavid ad d e la cabeza, a llí m ism o , c o lo c a r o n el
r o s tr o , d esp u és le a ta r o n lo s in s tr u m e n to s [4 5 ^ 1 c o r r e s -
p o n d ie n te s a tod as las p re v is io n e s d e l alm a, y d is p u s ie r o n
q u e esta, q u e p o r n a tu raleza está d ela n te, fu e ra la q u e p a r -
tic ip a ra e n la d ir e c c ió n 293.
L o s p r im e r o s in s tru m e n to s q u e fa b r ic a r o n fu e r o n lo s o jo s
p o rta d o res d e luz294, y lo s ata ro n allí p o r lo siguiente: aquella
238 PLATÓN
las fig u ra s se o r ig in a n e n e l o r o c o m o lo q u e so n , p u e s to
q u e c a m b ia n e n el m ism o m o m e n to e n q u e se h a ce d ich a
afirm a ció n , y n os co n ten ta rem o s si aceptan c o n alguna c e r -
teza la d e sig n a c ió n d e « lo q u e p o se e tal c a r a c te r ís tic a » 349.
P re c isa m e n te el m is m o a r g u m e n to va le ta m b ié n p a ra la
n atu raleza q u e recib e to d o s lo s cu e rp o s350. D e b em o s d e n o -
m in a r la sie m p re d e l m ism o m o d o , ya q u e n o p ie r d e e n
m an era algu n a n in g u n a de sus p ro p ie d a d e s. E n e fe cto , r e -
cib e siem p re to d o , y [5 0 c ] n u n c a e n n in g u n a p a rte ado pta
u n a fo r m a 35' sem ejan te a n a d a d e lo q u e en tra e n ella, pues
p o r n a tu ra leza yace a to d o co m o u n so p o rte d e in s c r ip c io -
n e s352. A l ser m o v id a 353 y c o n fig u r a d a p o r lo q u e e n tra en
ella, p a rece p o r esto diversa e n d istin tas o ca sio n es. P e ro lo
q u e en tra y sale de ella so n im ita c io n e s d e realid ad es e te r -
nas, im presas p o r estas d e u n a m a n era d ifíc il d e d e sc rib ir y
ad m ira b le, d e la qu e tratarem os m ás adelante354. P o r el m o -
m e n to , c o n certeza, d eb em o s c o n c e b ir tres g én ero s: lo q u e
[ 5 o d ] d evien e, a q u ello e n lo q u e d evien e, y a q u ello d e cuya
sem ejan za n ace lo q u e d evien e. Y p a rtic u la r m e n te adem ás
c o n v ie n e c o m p a r a r el re c e p tá c u lo a u n a m a d re 355, a q u e llo
q u e se im ita , a u n p a d re , y la n a tu ra le za in te r m e d ia e n tre
lo s d os, a u n h ijo , y p en sa r asim ism o qu e si la im p ro n ta h a
de ser diversa y p resen tar a la vista to d a la p o lic ro m ía , a q u e -
llo e n qu e se va a co lo ca r la im p ro n ta estaría b ie n p rep arad o
so lo si fu era absolutam en te a m o rfo de todas aquellas form as
Í50 e] que h u biera d e recib ir d e o tro lugar. E n efecto, si g u ar-
dara sem ejanza c o n algu n a d e las cosas qu e se in tr o d u c e n en
él, al r e c ib ir cosas de n atu raleza co n tra ria o co m p le ta m en te
d ife r e n te a la suya, las im ita r ía m a l, p o r q u e m a n ife s ta r ía
a sim ism o su p r o p io a sp e c to . P o r lo ta n to , es p r e c is o q u e
carezca d e tod as las fo rm a s a q u ello q u e r e c ib irá e n sí to d o s
lo s g é n e ro s356, lo m ism o q u e sucede e n la e la b o ra ció n d e los
u n g ü e n to s p e r fu m a d o s a r tific ia lm e n te , d o n d e p r im e r o se
254 PLATÓN
se m u e stra a n te n u e s tro s o jo s c o n u n a a p a r ie n c ia m u y
variad a. N o o b sta n te, c o m o está lle n a d e fu erza s qu e n o se
a sem eja n n i m a n tie n e n u n e q u ilib r io , se h a lla to d a ella e n
d e s e q u ilib r io , se b a la n cea d e m a n e ra ir r e g u la r p o r tod as
p artes3*4, es sacu d ida p o r esas fu erzas y, a su vez, e n su m o -
v im ie n to , es sacudida ta m b ién p o r la n o d riza d el d even ir. Y
así, lo s d iferen tes o b je to s, al m overse y ser llevados siem p re
d e u n la d o a o tr o , se se p a ra n , c o m o lo q u e es s a c u d id o y
[ 5 3 a ] p asad o p o r las crib a s3*5 y o tr o s in s tr u m e n to s q u e se
u tiliz a n e n la lim p ie z a d e l tr ig o , e n q u e las p a rtes densas y
pesadas se d irig e n a u n lad o y las raras y ligeras so n llevadas a
o tro y e n él se sedim en tan . D e este m o d o , en to n ces, lo s cu a-
tro g én ero s, sacu d idos p o r esa realid ad q u e les h a re c ib id o ,
la cual al m overse co m o u n a crib a les o casion a u n a sacudida,
se p aró e n tre sí lo s m ás d e sem eja n tes y c o n c e n tr ó lo m ás
p o sib le e n u n m ism o g ru p o a los m ás sem ejantes, p o r lo qu e
u n o s o c u p a r o n u n esp acio y o tr o s , o tr o , an tes in c lu s o de
q u e e l u n iv e rs o se h u b ie r a g e n e r a d o d isp u e sto e n o r d e n a
p a r tir d e e llo s . A n te s d e la g e n e r a c ió n d e l u n iv e rs o , p o r
cierto , to d o s estos elem en to s carecían de p r o p o r c ió n y m e -
dida. [ 5 3 b] Y cu an d o se puso a o rd e n a r el u n iverso, al p r in -
c ip io , a u n q u e fu e g o , agua, tie rr a y a ire p o se ía n ya algu n as
h u ella s d e sus p r o p ie d a d e s , sin e m b a rg o se h a lla b a n e n el
estado e n qu e p ro b a b lem en te se h a lle to d o cu a n d o d io s está
ausen te de algo. D e este m o d o , así e ra n n a tu ra lm e n te e n el
m o m e n to e n q u e p o r p rim e ra vez les d io u n a co n fig u ra ció n
c o n fo rm a s y n ú m e r o s 3*6. E l d io s lo s c o m p u s o ta n b e llo s y
excelentes co m o era p o sib le a p a rtir d e cosas qu e n o eran así.
Q u e a n te to d o , esto sea p a ra n o s o tr o s , c o m o sie m p re lo
h em o s d ic h o , u n p r in c ip io establecido d efin itiva m e n te3*7.
A s í q u e a h o ra d e b o in te n ta r m o stra ro s la o rd e n a c ió n 3** y la
g e n e r a c ió n d e cada u n o d e lo s e le m e n to s [ 5 3 c l m e d ia n te
u n a rg u m e n to in s ó lito . P e ro , ya q u e sois p a rtícip e s, p o r la
PLATÓN
e d u c a c ió n 3*9, d e lo s m é to d o s q u e h ay q u e se g u ir p a ra
d em o stra r lo qu e h e d ic h o , m e segu iréis390.
E n p r im e r lu g a r, p a ra cu a lq u ie ra es sift d u d a ev id en te q u e
fu e g o , tie rra , agua y aire so n cu erp o s. A h o r a b ie n , to d a es-
p ecie de c u e rp o p o see tam b ién p r o fu n d id a d . Y , adem ás, es
a b so lu tam en te n ecesario qu e la su p e rficie r o d e e la p r o f u n -
d id a d . L a su p e rficie re ctilín e a 391 se c o m p o n e de triá n g u lo s.
P ero tod o s los trián gu lo s p ro c e d e n de dos [ 5 3 <U trián gu los,
cada u n o c o n u n án gu lo recto y lo s o tro s agudos. U n o tie n e
d e u n o y o tr o la d o u n a p a rte d e á n g u lo re cto d iv id id o e n
lad o s iguales, el o tro partes desiguales d e á n g u lo recto d iv i-
d id o e n lad o s d esiguales392. S u p o n e m o s q u e este es el p r i n -
c ip io d e l fu e g o y d e lo s o tr o s c u e r p o s , a v a n za n d o e n u n a
ex p lica c ió n ve ro sím il aco m p a ñ a d a d e n ecesid a d 393. P e ro los
p rin cip io s anteriores a estos los co n o ce d ios y en tre los h o m -
b res aqu el q u e sea am ad o p o r él394. H ay q u e d e c ir e n to n ces
cu áles [ 5 3 e ] se ría n lo s c u a tr o 395 c u e r p o s m ás b e llo s , d e s i-
guales e n tre sí, p e r o capaces, al m e n o s a lg u n o s d e e llo s, de
g en era rse u n o s d e o tro s cu a n d o se d isu elv en 396. E n e fe cto ,
si lo co n segu im os, ten d rem o s la verd ad sobre el o rig e n d e la
tie rra y el fu eg o y de lo s elem en to s q u e se h a lla n p r o p o r c io -
n a lm e n te e n tre e llo s 397. P u es n o a d m itir e m o s a n a d ie q u e
haya c u e r p o s v isib le s m ás b e llo s q u e estos, fo r m a n d o cada
u n o d e e llo s u n g é n e r o p a r tic u la r 39*. P o r ta n to , d e b e m o s
esfo rza rn o s p o r a rm o n iza r399 estos cu a tro g é n ero s d e c u e r -
p o s q u e se d is tin g u e n p o r su b e lle z a y d e c ir q u e h e m o s
c o m p re n d id o su fic ie n te m e n te 400 su natu raleza. [ 5 4 a]
D e lo s d o s tr iá n g u lo s , al isó sc e le s le t o c ó e n su e r te u n a
ú n ic a n a tu ra le z a , m ie n tra s q u e al e sc a le n o in fin ita s . H ay
q u e e s c o g e r , e n to n c e s , e n tr e las in f in it a s la m ás b e lla , si
te n e m o s la i n t e n c i ó n d e c o m e n z a r c o m o c o n v ie n e . P o r
ta n to , si a lg u ie n p u e d e d e c ir q u e e l triá n g u lo p o r él e s c o -
g id o es el m ás b e llo p a ra la c o m p o s ic ió n d e lo s ele m e n to s,
264 PLATÓN
p re va lece, ya q u e n o es u n e n e m ig o s in o u n a m ig o 401. P o r
lo q u e n o s atañe, a d m itim o s qu e e n tre lo s m ú ltip le s t r iá n -
g u lo s [escalen os] u n o es el m ás b e llo , aq u el d e cu yo p a r se
c o n s titu y e u n t e r c e r o , el tr iá n g u lo e q u ilá te r o , y d e ja m o s
d e la d o lo s d em ás. [ 5 4 b ] E l p o r q u é e x ig ir ía u n a e x p lic a -
c ió n m ay o r, p e r o , a q u ie n p o n g a a p ru e b a y d escu b ra q u e
e sto es así v e r d a d e r a m e n te 402, le c o r r e s p o n d e a m is to s a -
m e n te e l p r e m io . E lija m o s , p o r ta n to , d o s t r iá n g u lo s d e
lo s cu a les se c o n s tr u y e n el c u e r p o d e l fu e g o y e l d e lo s
o tr o s ele m e n to s: u n o d e ello s es el isósceles, el o tr o e l q u e
tie n e u n lad o m ayo r, cu yo cu a d ra d o es siem p re tres veces el
cu a d ra d o d e l m e n o r 403.
Y a h o r a p r e c is e m o s m ás lo q u e d ijim o s a n tes d e m a n e ra
p o c o clara. E n efe cto , [ 5 4 ° ] l ° s cu a tro g é n e ro s d e cu e rp o s
p a re c ía n t e n e r su o r ig e n u n o s d e o tr o s , p e r o esto e ra u n a
a p arien cia in c o rre c ta 404, ya q u e lo s cu a tro g é n e ro s se g e n e -
r a n d e lo s triá n g u lo s q u e h e m o s e le g id o : tres p r o c e d e n d e
u n o so lo , el qu e tie n e lo s lad o s desiguales, y el cu a rto es el
ú n ic o q u e se c o m p o n e d e l tr iá n g u lo isó sceles. P o r c o n s i-
g u ie n te , n o es p o sib le qu e to d o s se d isuelvan u n o s e n o tro s,
d e m o d o q u e m u c h o s p e q u e ñ o s d e n o r ig e n a u n o s p o c o s
gran d es y viceversa405. P ero tres lo p u e d e n . E n efecto , si t o -
d os p r o v in ie r a n p o r n a tu ra leza d e u n ú n ic o triá n g u lo , y si
lo s m ayores se d iso lv ie ra n , h a b ría m u ltip lic id a d de p e q u e -
ñ o s fo r m a d o s d e lo s m ism o s triá n g u lo s , lo s cu ales r e c ib i-
r ía n la fig u ra qu e a cada u n o le co n v ien e; y, a su vez, si m u -
ch o s cu erp o s p e q u e ñ o s [ 5 4 d] se d isp ersaran e n triá n g u lo s,
a l g e n e ra rs e u n a m asa n u m é r ic a m e n te u n ita r ia 406, se f o r -
m a ría o tr a e s p e cie ú n ic a d e g r a n m a g n itu d 407. Y s o b r e la
g e n e ra c ió n re cíp ro ca ya h em o s d ic h o bastante.
A c o n tin u a c ió n h a b rá q u e d e c ir d e q u é m a n e ra se o r ig in ó
e l a sp ec to d e ca d a u n o d e e llo s y p o r la c o m p o s ic ió n de
cu án tos n ú m e ro s.
266 PLATÓN
ΐ4 ών π€ρι (F W Y A 2 C o rn fo rd ) : ώνττερ (Α ΐ 8 ΐ 2 )
TIM EO 27I
fá c il d e m o v e r, es e m p u ja d a p o r el a ire c ir c u n d a n te y se
e x tie n d e so b re la tie rr a . C a d a u n a d e estas m o d ific a c io n e s
re cib e u n a d e n o m in a c ió n : fu n d irse , cu a n d o d ism in u y e su
m asa470, y flu jo , c u a n d o se ex p a n d e so b re la tie r r a . [ 5 9 a !
P e ro e n el m o m e n to e n q u e e l fu e g o se escapa n u evam en te
de ella, c o m o n o sale al v a cío 4,71, e l a ire c ir c u n d a n te , al ser
expu lsado p o r él, em p u ja la masa líq u id a qu e es todavía fácil
d e m o v e r h a cia lo s sitio s q u e o c u p a b a e l fu e g o y la m ezcla
co n s ig o m ism o . P e ro e l líq u id o así c o m p r im id o re c u p e r a
d e n u ev o la u n ifo r m id a d , co m o el fu e g o , a rtífice d e la falta
de u n ifo r m id a d , ha salido de él, se restablece en su id e n ti-
dad co n sigo m ism o . E l a leja m ie n to d el fu eg o se h a llam ad o
e n fr ia m ie n t o , y la c o n d e n s a c ió n q u e sig u e a la sa lid a d e l
fu e g o se la h a lla m a d o c o n g e la c ió n . A h o r a b ie n , d e tod as
[5 9 b ] las clases d e agua q u e h e m o s d e n o m in a d o fu sib les, la
m ás densa d e ellas, q u e se o rig in a d e las partículas m ás tenues
y h o m o g én ea s, ú n ica e n su g é n e ro , c o n u n c o lo r b r illa n te y
a m a r illo 4"72, es la p o s e s ió n m ás p r e c io s a , el o r o , q u e , tras
filtra rse a través de las p ied ras, se so lid ifica . Y el r e to ñ o del
o r o , q u e es m u y d u ro p o r su d en sid ad y de c o lo r n e g ro , fu e
lla m ad o ad am an te4"73. E l g é n e ro q u e tie n e p artícu las p r ó x i-
m as al o r o , p e r o qu e p o see m ás de u n a especie y, e n cu an to
a su d e n sid a d , es m ás d en so q u e el o r o , al p a rtic ip a r d e la
tie rra e n u n a p o r c ió n p eq u eñ a y su til, resulta ser más d u ro .
[5 9 c] P ero es m ás lig e r o , p o r te n e r e n su in t e r io r g ran d es
in te rsticio s. Y este ú n ic o g é n e r o , co m p u e sto de aguas b r i -
lla n te s y co n d e n sa d a s, h a d ad o lu g a r al co b r e . L a p o r c ió n
de tie rra qu e está m ezclada c o n él, cuandt> lo s dos se h a cen
v ie jo s y d e n u e v o se se p a ra n u n o d e l o tr o , se h a ce v is ib le
p o r sí y se d e n o m in a h e rru m b re . E n cu an to al resto de tales
g én ero s474, n o es e n absoluto co m p lica d o d iscu rrir si se p e r -
sig u e la fo r m a d e lo s m ito s v e ro sím ile s475; y c u a n d o , p ara
descan sar, u n o d eja lo s d iscu rsos referen tes a las realid ad es
28 ο PLATÓN
15 πυρ dépa (F W Y 18 12 Rivaud) : πυρ [αέρα] (S ch n eid er, B u rn e t) : [πϋρ] dépa Stephanus
: τουθ’ υδωρ A rc h e r-H in d : πυρ υδωρ C oo k-W ilso n
TIM EO 285
λεγομ ένοι? ά εί, σαρκό? δε καί τών περί σάρκα γένεσ ιν,
ψυχή? τε δσον θνητόν, οΰπω διεληλύθαμεν τυγχά νει δέ ούτε
τα ύτα χω ρί? [ 6 id ] τών περί τά παθήματα δσα αισθητικά
οϋτ’ εκείνα ανευ τούτων δυνατά ίκανώ? λεχθήναι, τό δε άμα
σ χεδόν ου δυνατόν, ύποθετέον δή πρότερον θάτερα, τά δ ’
ύποτεθέντα έπ ά νιμ εν αΰθι?. ϊν α ουν ε ξή ? τα παθήματα
λέγηται τ ο ι? γένεσιν, εστω πρότερα ήμιν τά περί σώμα καί
ψυχήν όντα. πρώτον μεν ουν ή πυρ θερμόν λεγομεν, ’ίδωμεν
ώδε σκοποΰντε?, τή ν διάκρισιν καί τομ ή ν α ύ το ΰ περί τό
σώμα ήμών γιγνο μ ένην [ S ie ] έννοηθέντε?. ό τι μέν γάρ οξύ
τ ι τό πάθο?, πάντε? σχεδόν αίσθανόμεθα- τήν δε λεπτότητα
τών πλευρών καί γωνιών οξύτητα τών τε μορίων σμικρότητα
καί τ ή ? φορά? τό τ ά χο ?, ο ι? πάσι σφοδρόν ον καί τομόν
ό ξέ ω ς τό προστυχόν αεί [6 2 a] τ έ μ ν ε ι, λο γίσ τέον
άναμ ιμ νησκομένοι? τή ν του σ χή μ α το ? αύτοΰ γ έ ν ε σ ιν , δ τι
μάλιστα εκείνη καί ούκ άλλη φύσι? διακρίνουσα ήμών κατά
σμικρά τε τά σώματα κερματί£ουσα τούτο δ νυν θερμόν
λεγομ εν εΐκό τω ? τό πάθημα καί τουνομα πα ρέσχεν. τό δ ’
εναντίον τούτω16 κατάδηλον μέν, δμω? δε μηδέν έπιδεέ? έστω
λόγου. τά γάρ δή τών περί τό σώμα ύγρών μεγαλομερέστερα
ε ίσ ιό ν τα , τα σμικρότερα έξωθουντα, ε ΐ? τ ά ? εκείνω ν ού
δυνάμενα εδρα? ένδύναι, συνωθούντα ήμών [6 2 b ] τό νοτερόν,
έξ άνωμάλου κεκινημένου τε ακίνητον δ ι’ όμαλότητα καί τήν
ΐ6 τούτψ (W Y) : τούτων»
TIM EO 287
P e ro lo q u e está c o n tr a íd o c o n tr a n a tu ra p o r n a tu ra le za
lu ch a y trata d e desviarse a sí m ism o h a cia el estado c o n tr a -
r io . A esta lu c h a y c o n m o c ió n se le d a el n o m b r e d e te m -
b l o r y e s c a lo fr ío , y to d a esta a fe c c ió n , así c o m o lo q u e la
p r o d u c e , re cib e el n o m b r e d e fr ío .
D u r o es to d o a q u e llo a lo q u e ce d e n u e s tra ca r n e , y b la n -
d o to d o lo q u e ced e a n u e stra c a r n e . D e l m ism o m o d o se
d a n las r e la c io n e s m u tu a s516. C e d e lo q u e se a sien ta so b re
u n a base p e q u e ñ a , p e r o lo co m p u e sto d e [6 2 c ] bases cu a -
d rilá te ra s, al estar fir m e m e n te a p o y a d o , es la e sp e cie m ás
r e sis te n te , y la q u e p u e d e a lc a n za r la m a y o r re sis te n c ia al
estar c o m p rim id a al m áxim o.
L o p esad o y lo lig e r o p o d r ía n ser ex p licad o s d e l m o d o m ás
claro si se lo s exam inara co n ju n tam en te c o n la llam ada n a tu -
raleza d e lo d e a b ajo y d e lo d e a rrib a . E n e fe c to , sería d el
to d o in c o r r e c to c o n s id e r a r q u e e x isten p o r n a tu ra le za dos
re g io n e s co n tra ria s q u e d iv id e n el u n iv e rso e n d o s, la d e
abajo, hacia la que se d irige to d o lo que posee u n a masa c o r -
p o ra l, y la d e a rrib a , h a cia la q u e to d o va fo r z o sa m e n te 517.
E fe ctiv a m en te , [ 6 s d ] al ser el c ie lo e n te r o e s fé r ic o , están
to d o s lo s p u n to s qu e so n extrem os a la m ism a d istan cia d el
c e n tro , p o r lo qu e p o r n a tu ra leza d e b e n ser extrem o s e n
igu al m ed id a, y el cen tro , co m o se en cu en tra a la m ism a d is-
tan cia de lo s ex trem o s, h a d e c o n sid e ra rse exactam en te e n
fr e n te d e to d o s ello s. A h o r a b ie n , si el m u n d o es así p o r
naturaleza, ¿a cuál de los lugares m en cio n ad os u n o le asigna-
ría el n o m b re de a rrib a o abajo sin q u e parezca, c o n razón ,
qu e u tiliza u n té r m in o qu e n o le co rre s p o n d e e n a b so lu to ?
E n efe cto , n o es ju sto d e cir qu e e n él el lu g a r d el ce n tro está
p o r natu raleza abajo o arrib a, sin o qu e sim p lem en te está en
el cen tro , m ientras qu e lo que se halla e n d e rre d o r n i es c e n -
tro n i tam p o co posee u n a parte q u e se d istin ga m ás q u e o tra
respecto del cen tro o de alguno de lo s p u n to s opuestos518.
290 PLATÓN
s e g ú n las im p r e s io n e s q u e r e c ib e y lo s o b je to s q u e to c a
cu a n d o em ite sus rayos532. N o hay d e n in g u n a m an era v io -
le n c ia e n su se p a ra ció n o c o n c e n tra c ió n 533. E n ca m b io , lo s
ó rg a n o s co m p u estos d e partes m ayores ce d e n c o n d ificu ltad
al a gen te y tra n s m ite n a to d o e l v iv ie n te sus m o v im ie n to s y
t ie n e n p la c e re s y d o lo r e s : c u a n d o e stá n a lte r a d o s , [6 5 a ]
d o lo re s, y cu a n d o vu elven a su estado a n te r io r , p lacere s534.
T o d o s lo s ó rg a n o s q u e se r e tir a n y v a cía n p a u la tin a m e n te ,
p e r o q u e se lle n a n rep en tin a m en te y e n gran d es cantidades,
co m o n o se p e r c ib e e l v a c ia m ie n to , p e r o se p e r c ib e e l l l e -
nad o, n o ocasion an d olores a la parte m ortal d el alm a533, sino
gra n d ísim o s placeres536. Esto es evid en te e n lo s b u e n o s o lo -
res537. E n cam bio, cu a n d o lo s ó rg a n o s están alterados r e p e n -
tin a m e n te y vu elven p o c o a p o c o y c o n d ificu lta d d e n u evo a
su estado p r o p io , [6 5 b ] lo s efe cto s q u e p r o d u c e n so n to d o
lo c o n tr a r io d e lo p r e c e d e n te . Y , a su vez, esto es ev id en te
cu a n d o se da e n las q u em ad u ras y cortes d el c u e rp o .
A s í h a n q u e d a d o a p ro x im a d a m e n te ex p licad a s las im p r e -
sio n e s c o m u n e s a to d o el c u e r p o y lo s n o m b re s q u e se h a n
dad o a lo s agentes q u e las p r o d u c e n . P ero d eb em o s in te n ta r
exp licar, si es q u e p o d e m o s53*, las im p resio n es q u e se o r ig i-
n a n e n n u estro s ó rg a n o s p a rticu lares, así co m o sus p r o p ie -
dades y las causas d e sus agen tes. [6 5 c] E n efe cto , d eb em o s
p r im e r o m o stra r, e n la m ed id a d e lo p o sib le, lo q u e o m it i-
m o s a n t e r io r m e n t e a l h a b la r d e lo s ju g o s 539, es d e c ir , las
im p re s io n e s p a rtic u la re s d e la le n g u a . A h o r a b ie n , p a re ce
ser q u e ta m b ié n estas, c o m o c ie r ta m e n te m u ch as otras, se
g e n e ra n p o r ciertas c o n c e n tra cio n e s y sep aracion es540, p e ro
q u e , adem ás d e esto , h a c e n in te r v e n ir m ás q u e c u a lq u ie ra
de las o tras la aspereza y la su avid ad 541. E n e fe c to , tod as las
im p resio n es q u e 542 en tra n e n lo s p e q u e ñ o s vasos, q u e co m o
m e d io s d e p r u e b a d e la le n g u a [6*)d] se e x tie n d e n hasta el
c o r a z ó n 543, c a e n e n las p o r c io n e s h ú m e d a s y tie r n a s d e la
298 PLATÓN
c o r r e s p o n d e n . E n g e n e r a l, a d m ita m o s q u e el s o n id o es el
ch o q u e tra n sm itid o a través de los o íd o s p o r el aire, el ce re -
b r o y la san gre hasta el alm a, y q u e el m o v im ie n to in ic ia d o
p o r ese ch o q u e , q u e co m ie n za e n la cabeza y te r m in a e n la
r e g ió n d e l h íg a d o 560, es la a u d ic ió n . S i el m o v im ie n to es
rá p id o , el so n id o es agu d o; si es m ás le n to , m ás grave. S i es
u n ifo r m e , e l so n id o es h o m o g é n e o y suave; el c o n tr a r io es
áspero. [6 7c] Si es grand e, el so n id o es fu erte; y el co n trario
es d é b il. E n lo r e fe r e n te a la a r m o n ía d e lo s so n id o s , será
p reciso h ab lar d e ella e n lo q u e tratem os más ad elan te561.
N o s queda aú n u n a cuarta especie sensitiva que debem os d ivi-
d ir, ya q u e p o see e n sí n u m erosas variedades q u e, todas j u n -
tas, llam am os colores. D e cada u n o d e los cu erpos em ana u n a
llam a qu e posee partículas p ro p o rcio n a les a la vista p ara p r o -
d u cir la p e rce p c ió n 562. E n nuestras exposiciones an teriores563
se h abló de las causas d el o rig en de la visió n . [6 7 d l P o r c o n -
sig u ie n te , acerca de lo s c o lo re s, lo m ás v e ro s ím il y c o n v e -
n ie n te p a ra u n d iscu rso a p ro p ia d o sería r e fe r irn o s a h ora a
lo s ig u ie n te 564. L as p a rtíc u la s q u e p r o c e d e n d e lo s o tr o s
cu e rp o s y q u e caen so b re la visió n , unas so n m ás p eq u eñ as,
otras m ás g ran d es y otras iguales a las p artícu las de la v isió n
m ism a. Las iguales so n im perceptib les, las qu e llam am os j u s -
ta m en te tra n sp a ren tes. Las q u e so n m ayores y m e n o re s, las
u nas co n tra en la visió n y las otras la dilatan , so n h erm an as565
de las calien tes y frías e n la ca rn e y d e [6 7 e ] las astrin gen tes
e n la len g u a, así co m o d e todas las p artícu las q u e llam am o s
agrias566 p o r p r o d u c ir calor. Las blancas y las negras, aun qu e
so n las m ism as afecciones qu e ellas, se gen eran e n u n gén ero
distin to, p ero parecen d iferentes567 p o r las razones qu e vam os
a dar. H ay qu e designarlas, p o r tan to, de este m o d o : a lo que
dilata la visió n , b la n co , y a su co n tra rio , n egro.
E l m ovim ien to más agudo de otra especie de fu eg o 568, cu an d o
cae sobre la visió n y lo dilata hasta lo s ojos, abre c o n vio len cia
PLATÓN
304
lo s c o n d u c to s m ism o s d e lo s o jo s y [6 8 a ] lo s d is u e lv e 569,
h a cien d o derram arse desde allí u n a masa de fu eg o y agua qu e
llam am os lágrim a. Este m o v im ien to , que es el m ism o fu e g o ,
se e n cu e n tra c o n el fu eg o q u e avanza e n se n tid o c o n tr a r io .
C u a n d o este ú ltim o fu e g o sale h acia fu e ra co m o u n r e lá m -
p a g o , m ie n tra s q u e e l o tr o e n tra e n el o jo y se apaga e n la
h u m e d a d y, e n esta a gitació n , n a ce n m ú ltip le s co lo res, lla -
m am o s a esta im p r e s ió n d e ste llo , y a lo q u e la p r o d u jo le
dam os e l n o m b re de b rilla n te y resp la n d ecien te570. [68l>]
P o r o tra p arte, cu a n d o el g é n e ro de fu e g o in te rm e d io en tre
e llo s lle g a a la h u m e d a d d e lo s o jo s y se m e zc la c o n ella ,
a u n q u e n o resplan d ezca571, p ro d u c e , e n v irtu d d el b r illo del
fu e g o m ezcla d o c o n la h u m e d a d , u n c o lo r co m o la sangre,
al q u e d a m o s e l n o m b r e d e r o j o 572. E l b r illa n t e m e zc la d o
c o n el r o jo y el b la n c o da lu g a r al a m a r illo . E n cu a n to a la
p r o p o r c i ó n d e c o lo r e s e n esta m e zc la , a u n si a lg u ie n lo
su p iera, n o sería sensato d ecirla , ya q u e n a d ie sería m e d ia -
n a m en te capaz de m o stra r a lgu n a n ecesid a d d e ella n i ta m -
p o c o de o fr e c e r u n a ex p lica c ió n v e ro sím il573.
E l ro jo , [68c] co m b in ad o c o n el negro y el blan co , da el p ú r -
p u r a 574. P e ro el g ris p a rd o se p r o d u c e c u a n d o a estos, q u e
h a n sid o m ezclad o s y q u em ad o s, se les añ ad e m ás n e g r o . E l
r o jiz o n a ce d e la m ezcla d e l a m a r illo y el gris; el g ris d e la
m ezcla d e l b la n co y e l negro·, y e l o cre claro d el b la n co m e z-
clado c o n el a m a r illo . E l b la n c o , cu a n d o se u n e al b rilla n te
y se su m e rg e 575 e n u n n e g r o in te n so , p r o d u c e e l c o lo r azu l
o sc u r o . D e l azu l o scu ro m ezcla d o c o n el b la n c o se o b tie n e
el v e r d e m a r , y d e l r o jiz o c o n e l n e g r o e l v e r d e c la r o 576.
[6 8 d ] Es casi e v id e n te a p a r t ir d e esto s e je m p lo s c o n qu é
m ezclas577 h a b ría qu e a sim ilarlo s para salvar el m ito v e ro s í-
m il. S in em b a rg o , si a lg u ie n p re te n d ie ra o b te n e r u n a p r u e -
b a 578 p a ra o bservar e n lo s h ech o s estos asu ntos, ig n o ra ría la
d iferen cia entre la naturaleza h u m an a y la divina, p o rq u e solo
3θ 6 PLATÓN
αξιόλογοι* ήν ούδέν, οιον πυρ και ϋδωρ και ε’ί τ ι τών άλλων
άλλα πάντα ταύτα [ 6 g c ] πρώτον διεκόσμησεν, έ π ε ιτ’ εκ
τούτων παν τόδε συνεστήσατο, £ώον εν ζώα έχον τα πάντα
έ ν έαυτφ θνητά άθάνατά τε. καί τών μεν θείων αυτός
γίγνεται δημιουργός, τών δε θνητών τήν γένεσιν τοΐς έαυτοΰ
γεννήμασίν δημιουργείν προσέταξεν. οί δε μιμούμενοι,
παραλαβόντες άρχήν ψυχής αθάνατον, τό μετά τούτο θνητόν
σώμα αύτή περιετόρνευσαν όχημά τε παν τό σώμα έδοσαν
άλλο τε είδος έν αύτω ψυχής προσωκοδόμουν τό θνητόν,
δεινά καί αναγκαία έν έαυτω [69d] παθήματα έχον, πρώτον
μεν ήδονήν, μέγιστον κακοί) δέλεαρ, έπειτα λύπας, αγαθών
φυγάς, έτι δ’ αΰ θάρρος καί φόβον, άφρονε συμβούλω, θυμόν
δε δυσπαραμύθητον, έλπίδα δ’ εύπαράγωγον αίσθήσει δέ
άλογοι καί έπιχειρητή παντός ερωτι συγκερασάμενοι ταΰτα,
άναγκαίως τό θνητόν γένος συνέθεσαν, καί διά ταΰτα δή
σεβόμενοι μιαίνειν τό θειον, οτι μή πάσα ήν ανάγκη, χωρίς
εκείνου κατοικίζουσιν είς Í6 9 e ] άλλην τοΰ σώματος ο’ίκησιν
τό θνητόν, ισθμόν καί δρον διοικοδομήσαντες τή ς τε κεφαλής
καί τοΰ στήθους, α υ χ έ ν α μεταξύ τιθέντες, ϊ ν ’ εϊη χωρίς, εν
δή το ΐς στήθεσιν καί tco καλουμένψ θώρακι τό τή ς ψυχής
θνητόν γένος ένέδουν. καί έπειδή τό μεν άμεινον αύτής, τό
δε χείρον έπεφύκει, διοικοδομοΰσι τοΰ θώρακος αΰ τό κύτος,
διορίζοντες οΐον [ 7 0 a ] γυναικών, τήν δέ άνδρών χωρίς
οϊκησιν, τ ά ς φρένας διάφραγμα ε ίς τό μέσον αυτών τιθέντες.
τό μετέχον οΰν τή ς ψυχής ανδρείας καί θυμοΰ, φιλόνικον δν,
TIM EO 3 O9
όσων ένδειαν διά τήν τοΰ σώματος ίσχει φύσιν, τούτο Í7 ®e]
e is τό μεταξύ τών τε φρενών και τοΰ πρός τόν όμφαλόν δρου
κατοίκισαν, οιον φάτνην έν απαντι τούτω τφ τοπίο τή τοΰ
σώματος τροφή τεκτηνάμενοι· ic o l κατέδησαν δή τό τοιοΰτον
ενταΰθα ώς θρέμμα άγριον, τρέφειν δε συνημμένον
άναγκαίον, εί'περ t l μελλοι ποτε θνητόν εσεσθαι γένος, ϊ ν ’
ουν dei νεμόμενον πρός φάτνη καί δτι πορρωτάτω τοΰ
βουλευομένου κατοικοΰν, θόρυβον καί βοήν ώς έλαχίστην
παρεχον, [71a] τό κράτιστον καθ’ ησυχίαν περί τοΰ πάσι
κοινή καί ίδίςι συμφέροντος έώ βουλεύεσθαι, διά ταΰτα
ένταΰθ’ έδοσαν αύτω τήν τάξιν. είδότες δε αύτό ώς λόγου
μεν οϋτε συνήσειν έμελλεν, εϊ τε πη καί μεταλαμβάνοι τινός
αύτών αίσθήσεως, ούκ έμφυτον αύτω τό μέλειν τινών εσοιτο
λόγων, υπό δε ειδώλων καί φαντασμάτων νυκτός τε καί μεθ’
ήμεραν μάλιστα φυχαγωγήσοιτο, τούτω δή θεός έπίβουλεύσας
αύτφ τήν ήπατος [ 7 ib ] ιδέαν συνέστησε καί εθηκεν είς τήν
εκείνου κατοίκησιν, πυκνόν καί λεΐον καί λαμπρόν καί γλυκύ
καί πικρότητα έ'χον μηχανησάμένος, ϊνα έν αύτω τών
διανοημάτων ή έκ τοΰ νοΰ φερομένη δύναμις, οιον έ ν
κατόπτρω δεχομενω τύπους καί κατιδειν εϊδωλα παρεχοντι,
φοβοΐ μεν αύτό, οπότε μέρει τή ς πικρότητος χρωμενη
συγγενεΐ, χαλεπή προσενεχθεισα άπειλή, κατά παν
ύπομειγνΰσα όξεως τό ήπαρ, χολώδη χρώματα έμφαίνοι,
συνάγουσά τε παν ρυσόν καί τραχύ ποιοι, Í 7 ic ] λοβόν δε καί
δοχάς πύλας τε τό μεν έ ξ όρθοΰ κατακάμπτουσα καί
συσπώσα, τά δε έμφράττουσα συγκλείουσά τε, λύπας καί
άσας παρέχοι, καί ό τ’ αυ τάναντία φαντάσματα άπο£ωγραφοΐ
πρ<?ότητός τ ις έκ διανοίας έπίπνοια, τ ή ς μεν πικρότητος
ήσυχίαν παρεχουσα τώ μήτε κινεΐν μήτε προσάπτεσθαι τή ς
TIM EO S IS
n u ev o e n la c ir c u la c ió n sa n g u ín ea , agravan las e n fe r m e d a -
des an tes m e n c io n a d a s753.
A u n q u e estas a fe cc io n e s c o rp o ra le s so n graves, p e o re s aú n
so n las q u e t ie n e n u n o r ig e n m ás p r o f u n d o 754: c u a n d o el
h u eso , al n o resp ira r su fic ie n tem en te a causa d e la d en sidad
d e la c a r n e , c a le n ta d o p o r el m o h o , se g a n g r e n a y ya n o
r e c ib e e l a lim e n to , [ 8 4 c ] s in o q u e , al c o n t r a r io , reg resa
c o n s u m id o e n d ir e c c ió n o p u esta h a cia él, y este a su vez se
dirige a la carne y, al caer la carne e n la sangre, p rod u ce e n fe r-
m ed ad es tod as ellas m ás p e rju d ic ia le s q u e las a n te rio re s755.
E l caso m ás ex trem o d e to d o s su cede cu a n d o la sustancia de
la m éd u la e n fe rm a p o r algu n a caren cia o a lg ú n exceso756, lo
qu e p r o d u c e las más graves e im p o rtan te s en ferm e d a d es qu e
c o n d u c e n a la m u e rte , ya q u e to d a la su stan cia d e l c u e r p o
flu ye n e cesa riam en te e n se n tid o in verso .
A d em ás hay u n a tercera especie d e en ferm e d a d qu e d ebem os
co n ce b ir que se gen era de tres m aneras: [8 4 d l ptfr el aire757,
la fle m a y la b ilis . E n e fe c to , c u a n d o el p u lm ó n 758, q u e es
el a d m in is tr a d o r d e l aire e n el c u e r p o , está o b s tr u id o p o r
se cre cio n e s y n o tie n e sus salidas lim p ia s, e n to n c e s el aire,
u n as veces n o pasa y otras en tra m ás d e lo co n v e n ie n te . E n
u n ca so , p u d r e las p a rtes q u e n o a lc a n za n a re fre sc a rse y,
e n el o tr o , v io le n ta las venas y las re tu e rc e c o n él, d isu elve
e l c u e r p o y es c o n f in a d o e n el c e n t r o d e este, d o n d e se
en cu e n tra el diafragm a. [8 4 e] D e estas cosas n a cen in n u m e -
rab les e n ferm e d a d es d o lo ro sa s, a m e n u d o aco m p añ ad as de
abu n d an te su d o r759. C o n frecu en cia, cu a n d o la carne se des-
co m p o n e 760, el aire g en era d o e n el c u e rp o , al n o p o d e r salir
al e x te rio r, p ro v o c a lo s m ism os d o lo re s q u e o casion a e l aire
p roven ien te d el exterior; y los más intensos, cu an d o el aire, al
ro d e a r e h in ch a r los ten d o n es y las venillas de esta zon a, estira
e n to n c e s c o n e llo s h a cia atrás lo s m ú scu lo s ex ten sores y lo s
te n d o n e s c o n tig u o s. Estas e n fe rm e d a d e s so n lla m ad a s, a
352 PLATÓN
Κα! περί. μεν τού κοινού £ψου κα'ι του κατά τό σώμα αύτοΰ
μέρους, ή τ ις άν καί διαπαιδαγωγών κα! διαπαιδαγωγούμενος
ύφ’ αύτοΰ μάλιστ’ άν κατά λόγον ίψη, ταύτη λελέχθω· τό δε
δή παιδαγωγήσον αύτό μάλλον που και πρότερον
παρασκευαστέον ε ις δύναμιν ö t l κάλλιστον καί άριστον ε ίς
την παιδαγωγίαν είναι, δ ι’ ακρίβειας μεν οΰν περί τούτων
[8 9 e ] διελθεΐν ικανόν αν γένοιτο αύτό καθ’ αύτό μόνον
εργον τό δ’ έν παρέργω κατά τα πρόσθεν επόμενος αν τ ις
ούκ άπο τρόπου τήδε σκοπών ώδε τώ λόγψ διαπεράναιτ’ αν.
καθάπερ ε’ίπομεν πολλάκις, δτι τρία τριχή ψυχής έν ήμίν
ε’ιδη κατφκισταί, τυγχάνει δε έκαστον κινήσεις εχον, ούτω
κατά ταύτά καί νυν ώς διά βραχύτατων ρητέον ö t l τό μεν
αύτών έν αργία διάγον καί τών εαυτού κινήσεων ήσυχίαν
άγον άσθενέστατον ανάγκη γίγνεσθαι, τό δ’ έν γυμνασίοις
έρρωμενέστατον [gO a] διό φυλακτέον οπως αν έχωσιν τά ς
κινήσεις πρός αλληλα συμμέτρους, τό δε δή περί τού
κυριωτάτου παρ’ ήμίν ψυχής είδους δίανοείσθαι δει τήδε, ώς
άρα αύτό δαίμονα θεός έκάστφ δέδωκεν, τούτο 5 δή φαμεν
οίκεΐν μεν ήμών έπ’ άκρω τώ σώματά πρός δε τήν έν ούρανφ
συγγένειαν από γής ήμάς αιρειν ώς όντας φυτόν ούκ έγγειον
άλλα ούράνιον, ορθότατα λέγοντες· έκεΐθεν γάρ, οθεν ή
πρώτη τή ς ψυχής γένεσις εφυ, τό θειον τήν κεφαλήν καί
ρί£αν ήμών [9 0 b ] άνακρεμαννύν όρθοΐ παν τό σώμα. τφ μεν
οΰν περί τά ς έπιθυμίας ή περί φιλονικίας τετευτακότι καί
ταυτα διαπονούντί σφόδρα πάντα τά δόγματα ανάγκη θνητά
έγγεγονέναι, καί παντάπασιν καθ’ όσον μάλιστα δυνατόν
TIM EO 367
Q u e d e así d ic h o lo q u e c o n c ie r n e al vivien te e n g en e ra l y a
sus p artes co rp o ra les, de q u é m an era a lg u ie n viviría p r in c i-
p a lm e n te d e a c u e rd o c o n la r a z ó n , m ie n tra s g u ía y sea
g u ia d o p o r sí m ism o . E n p r im e r lu g a r, p recisa m e n te, d e -
b e m o s p r o c u r a r q u e lo q u e ha d e g u ia r 801 sea e n lo p o sib le
lo m ás b e llo y m e jo r p a ra tal p ed a go gía . A h o r a b ie n , a b o r -
d a r esto c o n ex a ctitu d [8 9 e ] sería p o r sí m ism o tem a s u fi-
cien te para u n a sola o b ra . P ero si, según lo a n te rio r, sig u ié-
ra m o s este d is cu rso d e u n m o d o a c c e s o r io 802, p o d r ía m o s
e x p o n e r lo de m an era n o d esacertad a e x a m in á n d o lo d esde
esta p e r s p e c tiv a . A s í c o m o d ijim o s a m e n u d o 803 q u e e n
n o s o tro s h a b ita n tres especies de alm a e n tres lugares, cada
u n a d o ta d a c o n m o v im ie n to s p r o p io s , d e l m ism o m o d o
ta m b ié n a h o r a d e b e m o s d e c ir lo m ás b r e v e m e n te p o s ib le
q u e si u n a d e ellas p e r m a n e c e e n r e p o so y descan sa d e sus
m o v im ie n to s p r o p io s , se vu elve n e ce sa ria m e n te m ás d é b il,
m ie n tr a s q u e si se m a n tie n e e n e je r c ic io , se v u elv e m ás
fu e r te . [9 0 a ] P o r e llo h ay q u e v ig ila rla s, p a ra q u e d e este
m o d o ten g a n m o v im ien to s p r o p o r c io n a d o s e n tre sí. E n lo
q u e c o n c ie r n e a la e s p e c ie d e a lm a m ás im p o r t a n te q u e
p o s e e m o s , d e b e m o s c o n s id e r a r lo s ig u ie n te : u n d io s h a
o to rg a d o a cada u n o d e n o so tro s co m o u n d e m o n 804. E sto,
p re cisa m en te, es lo q u e d ecim o s, ex p resá n d o n o s c o n a b so -
lu ta c o r r e c c ió n , q u e h a b ita e n la p a rte s u p e rio r d e n u estro
c u e r p o 805 y q u e n o s eleva d esd e la tie rr a h a cia a q u e llo qu e
e n e l c ie lo le es a f ín 806, c o m o si fu é r a m o s u n a p la n ta n o
terre stre , sin o celeste. P ues d e a llí, de d o n d e n a ció la p r i -
m era g e n e ra c ió n d el alm a807, lo d iv in o 808 cuelga nu estra ca-
b eza y raíz, [9 0 b ] y m a n tie n e to d o n u e s tro c u e r p o e r g u i-
d o 809. P o r c o n s ig u ie n t e , e l q u e se e n tr e g a a lo s d e se o s y
a m b ic io n e s810 y se esfu erza im p e tu o sa m e n te p o r satisfacer-
los, e n g e n d ra n e cesariam en te todas las d o ctrin a s m ortales y
se vuelve e n te ra m e n te m o rta l, tan to cu a n to es p o sib le , casi
368 PLATÓN
ye νέσει- και κατ’ εκείνον δή τόν χρόνον διά ταύτα θεοί τόν
τή ς συνουσίας έρωτα έτεκτήναντο, ζώ ο ν τό μεν έν ήμίν, τό
δ’ έν τά ίς γυναιξίν συστήσαντες έμψυχον, τοιφδε τρόπω
ποιήσαντες έκάτερον. τήν του ποτού διέξοδον, ή διά του
πλεύμονος τό πώμα ύπό τούς νεφρούς εις τήν κύστιν έλθόν
και τφ πνεύματι θλίφθεν συνεκπέμπει δεχόμενη, συνέτρησαν
εις τόν έκ τής κεφαλής κατά τόν αύχένα καί διά τής ράχεως
μυελόν συμπεπηγότα, ον δή σπέρμα έν το ΐς πρόσθεν
λόγοις εϊπ ομ εν ό δέ, ά τ ’ έμψυχος ών καί λαβών αναπνοήν,
τούθ’ ήπερ άνέπνευσεν, τή ς έκροής ζ ω τ ι κ ή ν ¿πιθυμίαν
έμποιήσας αύτώ, του γεννάν έρωτα άπετέλεσεν. διό δή τών
μεν άνδρών τό περί τήν τών αιδοίων φύσιν απειθές τε καί
αύτοκρατές γεγονός, οιον £ψον άνυπήκοον του λόγου, πάντων
δ ι’ έπιθυμίας οΐστρώδεις έπιχειρεΐ κρ α τεΐν αί δ’ έν [ g ic ]
τα ΐς γυναιξίν αν μήτραί τε καί ύστεροί λεγόμενοι διά τα
αύτά ταύτα, £ώον επιθυμητικόν ένόν τή ς παιδοποιίας, όταν
άκαρπον παρά τήν ώραν χρόνον πολύν γίγνη τα ι, χαλεπώς
αγανακτούν φέρει, καί πλανώμενον πάντη κατά τό σώμα, τάς
του πνεύματος διεξόδους άποφράττον, άναπνεΐν ούκ έών είς
απορίας τά ς έσχάτας έμβάλλει καί νόσους παντοδαπάς
άλλας παρέχει, μέχριπερ άν έκατέρων ή έπιθυμία καί ό
[ g i d l e ρως συναγαγόντες, οιον άπό δένδρων καρπόν
καταδρέψαντες, ώς ε ίς άρουραν τήν μήτραν αόρατα ύπό
σμικρότητος καί αδιάπλαστα ζώ α κατασπείράντες καί πάλιν
διακρίναντες μεγάλα εντός έκθρέψωνται καί μετά τούτο εις
φως άγαγόντες ίψων άποτελέσωσι γένεσιν. γυναίκες μεν οΰν
καί τό θήλυ παν οϋτω γέγο νεν τό δε τών όρνέων φύλον
TIM EO 371
C u a n d o lle v ó a c a b o u n a e d ic ió n a n o ta d a d e P la t ó n , q u e r e m o z a b a la e d ic ió n
h e ch a e n A le ja n d r ía e n e l s ig lo III a . C . , T . P o iç ip o n io A t ic o , u n a m ig o d e C i c e -
r ó n , a d o p tó la c la s ific a c ió n te t r a ló g ic a d e lo s d iá lo g o s (e n g r u p o s d e c u a tr o ,
b a sad o e n e l m o d e lo d e c la s ific a c ió n a d o p ta d o p a ra las tra g e d ia s) p r o p u e s to p o r
D e rc ílid e s , c la s ific a c ió n q u e a sim ism o se e n c u e n tra en el ca tá lo go d e T r a s ilo y q u e
c o m p r e n d e n u ev e g r u p o s d e c u a tr o d iá lo g o s . T a n to e n este c a tá lo g o c o m o e n lo s
m a n u s c r ito s m e d ie v a le s , d e lo s cu a le s lo s m ás a n tig u o s se r e m o n ta n a fin a le s d e l
s ig lo IX d . C . , h a lla m o s , p a ra ca d a d iá lo g o , u n t í t u lo y d o s s u b t ítu lo s . E l títu lo
c o r r e s p o n d e e n g e n e ra l al n o m b r e d e l in te r lo c u t o r p r in c ip a l. E l p r im e r s u b títu lo
in d ic a e l te m a (skopós) y el s e g u n d o el c a rá c te r (la o r ie n ta c ió n filo s ó fic a g e n e r a l)
d e l d iá lo g o ; o m it e n e l p r im e r s u b t ít u lo , Peñphyseos e n g r ie g o a n t ig u o (s o b r e e l
s e n tid o d e esta e x p re s ió n , c f. la « I n t r o d u c t io n » , e n L u c B r is s o n , Platon. Timée/Cri-
tias, tr a d , fra n cesa (c o n la c o la b o r a c ió n d e M ic h e l P a tillo n ), in t r o d u c c ió n y n o tas
d e L . B ., P a rís, F la m m a r io n , 1 9 9 2 , 2 0 0 I 5, p . 9 - I O [d e a h o r a e n a d e la n te , c o n
« I n t r o d u c t i o n » se h a rá r e fe r e n c ia a este e s t u d io ] ) , y e l s e g u n d o , physikós. Este
se g u n d o s u b títu lo n o p la n te a p ro b le m a s : c u a n d o a lu d e al c a tá lo g o d e T r a s ilo (III,
6 0 ) , D ió g e n e s L a e r c io c la s ific a el Timeo d e n t r o d e esta r ú b r ic a , lo m is m o q u e
h ab ía h e c h o al h a b la r d e lo s « c a ra c te re s » d e lo s d iá lo g o s (III, 5 ° ) · S in e m b a rg o ,
s e ñ a la r e m o s q u e e l Timeo es e l ú n ic o d iá lo g o a l q u e la t r a d ic ió n a tr ib u y e ese
« c a r á c te r » .
T im e o , H e r m ó c r a te s y C r it ia s . S o b re estos p e rs o n a je s , c f. la « I n t r o d u c t io n » al
Critias, en L u c B ris so n , Platon. Timée/Critias, 1 9 9 2 » 2 0 0 I 5, p . 3 1 2 - 3 4 9 ·
N o n o s es p o s ib le id e n tific a r a este p e rs o n a je a u sen te.
L a c o m p a ra c ió n d e l d iscu rso c o n u n a lim e n to es fre c u e n te e n P la tó n (cf. p a r tic u -
la rm e n te Protagoras 3 1 3 0 - 3 1 4 ^ Rep. V I I I 5 1 7 <i» Feàro 2 2 7 b , 2 3 ^e y 2 4 3 ^)*
S o b r e lo s p r o b le m a s q u e p la n te a la s itu a c ió n d e la e s c e n a e n e l t ie m p o , c f. la
« I n t r o d u c t io n » al Critias.
E n la G r e c ia a n tig u a la h o sp ita lid a d im p lica b a d e re c h o s y d eb eres m u c h o m ás e x i-
g en tes qu e e n la actu a lid a d . E ra el m ism o Z e u s, u n Z e u s d e la H o s p ita lid a d , e l q u e
ga ran tizab a e l resp eto a estos d erec h o s y d eb eres.
E n g rie g o , h a lla m o s politeía. S o b re la p o lise m ia d e este té r m in o , c f. J a c q u e lin e B o r -
des, Politeia dans la pensée grecquejusqu’à Alistóte, París, L es B e lle s L ettres, 1 9 8 2 .
República II
N o ta s tr a d u c id a s d e l fra n c é s p o r J o s é M a ría Z a m o ra .
37» TIMEO
9 La conform idad con la naturaleza desem peña una fu n ció n muy im portan te, en la
m edida en que requ iere una exposición sobre la naturaleza que prop ond rá T im e o.
De h echo, com o veremos unas líneas más abajo, esta naturaleza corresponde en el
hom bre a su alma.
10 R em in iscen cia d e la d e fin ic ió n d e la « ju stic ia » e n la República II 3 6 9 e - 3 7 ° c ; I V 4 2 3 d ·
11 República II 3 7 5 c ¡ ^ 4 I 4*k; 4 I 5 d - e .
12 República II 374e “ 376c.
13 República II 3 7 6 e sq. 5 I I I 4 ° 3 C sq- · 4 l ° c sq.
14 R ep ublicaU l 4 i 6 d - 4 i 7k ; V 4 í> 4 b - c .
15 República V4 5 lc S(l·» 4 ^ 6 c -d . Puede establecerse una relación entre esta p rescrip
ción y el m ecanism o del sistema de retrib u ció n descrito al final del Timeo.
¡6 República'V 4 6 o c - d .
17 República V 4 6 1 d - e .
18 C o m o e n c o n tr a m o s e n g rie g o a n tig u o , tous árkhonías ko i tás arkhoúsas, es p re c is o c o n -
c l u ir q u e lo s d ir ig e n t e s p u e d e n s e r d e se x o m a s c u lin o o d e se xo f e m e n in o ; c f.
República V 4 6 0 b , fcoinm fern arfehoigynaixíte tai andrásin. S in e m b a r g o , e sto n o lo d ic e
e x p lícita m e n te .
19 República V 4 5 ^e sq·
20 E n griego antiguo, leem os: etí ten alienpólin « e n el resto de la ciu d ad », es d ecir, en
el ún ico otro grupo fu n cio n al de la ciudad, el de los productores. Según esta tra
ducción, no se trata, com o algunos lo han creído, de una alusión a la exposición de
los niños, sino de una recom endación de desclasam iento.
21 República III 4 l5 k - c ; I V 4 2 3 C "d ; V 4 6 0 c . P o r lo ta n to , h ay u n a c ie rta m o v ilid a d en
la ciu d a d d escrita p o r S ó c ra te s.
22 S ob re los problem as que plantea la id en tifica ció n de esta exp osición co n la de la
República, cf. la « In tro d u c tio n » al Critias.
23 S o b re la m od estia de S ó c ra te s qu e p re ten d e n o saber nada, cf. esp ecialm en te
Apología 2 3 b .
24 P la tó n c ritic a a lo s p o etas e n Apología 2 2 a - c y, so b re to d o , e n República III y X .
25 E n su c rític a d e la p o e s ía e n República III y X , P la tó n v u elve in c a n s a b le m e n te a esta
a c u s a c ió n : la p o e s ía es s o lo im it a c ió n . S o b r e el te m a , c f . L u c B r is s o n , Platón, las
palabrasy los mitos. ¿C óm o y por qué Platón dio nombre al m ito? [ 1 9 8 2 ], e d ic ió n c o r r e g id a y
actu a lizad a, trad . d e j . M a . Z a m o ra , M a d rid , A b a d a , 2 0 0 5 , p . 8 1 - 9 2 .
26 E n griego antiguo, éstokhon, térm ino que solo aparece en este lugar del corpus plató
n ico. Según C orn ford , este térm ino alude a la crítica de la retórica en el Gorgias.
27 P arece q u e L o n g in o (segú n e l te s tim o n io d e P r o c lo , in Tim. I 6 8 .2 - 1 4 D ie h l) h ab ía
c o m p r e n d id o b ie n la c o n s tr u c c ió n d e esta fra se q u e in c lu s o lo s a n tig u o s c o n s id e -
ra b a n p a r t ic u la r m e n te d ifíc il; d e a h í q u e la h aya s e g u id o . P a ra u n p a r a le lo , cf.
Timeo 8 8 a .
28 S o b re la eunomía tr a d ic io n a l de L o c r o , e n Italia d e l S u r , cf. Pindaro, OhmpicasX. 13. E n
Leyes I 6 3 8 b , e l E x tr a n je r o d e A te n a s d e c la r a q u e lo s ló c r id e s e r a n c o n s id e r a d o s
c o m o lo s q u e te n ía n las m e jo r e s leyes e n O c c id e n t e . S e g ú n A r is tó te le s , Política II
12, 1274 a 2 2 , L o c r o re c ib ía sus leyes de Z a le u c o .
29 N o sab em o s d e sg ra cia d a m en te n ad a m ás d e este p e rs o n a je , cf. la « I n t r o d u c t io n »
al Critias, p . 3 3 4 .
30 S o b re lo s tr e m e n d o s p ro b le m a s q u e p la n te a la id e n tific a c ió n d e este p e rs o n a je , cf.
la « I n t r o d u c t io n » a l Critias, p . 3 3 0 - 3 3 4 .
31 P ro b a b lem e n te el célebre gen era l siracusan o, cf. la « I n tr o d u c tio n » al Critias, p . 3 3 4 .
32 Para e l tem a d e l b a n q u e te d e d iscu rso s, cf. Gorgias 4 4 7 a , República II 3 5 2 b , 3 5 4 a - b y
supra, 17a y la n o ta 4 .
NOTAS A LA TRADUCCIÓN 379
33 C f . supra, i7 a - b .
34 Así pues, T im e o y H erm ócrates se alojan en la casa de C ritias, en Atenas.
35 E n g r ie g o a n t ig u o , le e m o s akoé. S o b r e e l s e n tid o d e e ste t é r m in o e n e l m is m o
c o n t e x t o , c f . L u c B r is s o n , Platón , la sp a la b ra sj los mitos [ 1 9 8 2 ] , 2 0 0 5 » p · 3 ^ " 4 3 ; y
s o b re to d o 4 1 - 4 2 .
36 G f . 5ujt>ra, 2 0 b .
37 S ob re las relaciones de este « s a b io » con la fam ilia de Platón, y sobre la fecha de su
viaje a Egipto, cf. la « In tro d u c tio n » al Cutios, p. 3 2 8 - 3 2 9 ·
38 Para una d e scrip c ió n p o rm en o riz a d a de las etapas de la d o b le tra n sm isió n de
este relato , o ra l en G r e c ia y e scrita en E g ip to , cf. la « I n tr o d u c tio n » al Crrt»aj, p.
327- 334·
39 La expresión megála ka'i thaumastá érga recuerda el com ienzo de la obra de H eród oto;
alude tam bién a Tucídides 1 1.
40 D e s tr u c c ió n d e la h u m a n id a d p o r el fu e g o y p o r el agua, co m o v e re m o s m ás ab ajo ;
cf. ta m b ié n Político 2 7 0 c - d , Leyes II 6 7 7 a SH·· Cñtias i o g d , I l l a sq.
41 L a c o n v e r s a c ió n a q u í a lu d id a se s u p o n e q u e tu v o lu g a r d u r a n t e las P a n a te n e a s
(c f . 2 6 e ) , fie s ta e n h o n o r de A te n e a c e le b ra d a a m e d ia d o s d e j u l i o . L a s P a n a te -
n e a s c o n m e m o r a b a n e l n a c im ie n t o d e E r i c t o n i o . A t e n e a h a b ía id o a v is ita r a
H e fe s to , cu y o p a d re e ra ta m b ié n ú n ic a m e n te Z e u s (sin la in te r v e n c ió n de H e ra ),
p a ra e n c a rg a rle u n as a rm a s. H e fe s to tr a tó d e v io la r a A te n e a . L a d io s a q u is o h u ir ,
p e r o H e fe s to la a lc a n z ó ; e n e l tra s cu rso d e la lu c h a , d e l e s p e r m a q u e se d e rra m ó
u n a p a r te cayó a la tie r r a . A s í, fe c u n d a d a , G e a (la T ie r r a ) p r o d u jo u n h ijo , E r ic -
t o n io , e l a n te p a sa d o c o m ú n d e lo s ate n ie n s e s (c f. 2 3 d - e ) , a u té n tic o g a ra n te d e
su a u t o c t o n ía . P o r lo q u e la s P a n a te n e a s p u e d e n c o n s id e r a r s e c o m o la « f ie s ta
n a c io n a l» d e l p u e b lo a te n ie n s e , e n la q u e p a r t ic ip a n ta m b ié n las c o lo n ia s y lo s
t r ib u t a r io s d e A te n a s . D e a h í e l u s o d e l t é r m in o « p a n e g i r i a » . E n e f e c t o , u n a
p a n e g iria es u n a « c o n c e n t r a c ió n » q u e se in s c r ib e e n e l m arco d e u n cu lto r e g io -
n a l o p a n h e lé n ic o .
42 La ex p resió n ou legómenon mén, hos d è prakhthén óníosha sido e n te n d id a de m an era
d ife re n te p o r lo s in té r p re te s . L o s c o m e n ta rio s y las tra d u cc io n e s en que se
basan se d istrib u y en en dos g ru p o s. U n o (Rivaud y M o reau ) o p o n e legómenon a
prakhthén, com o la ficció n a la realidad; y o tro (P ro clo , C o rn fo r d ), que consid era
legómenon a p arte, da a este verbo su sen tid o h a b itu a l: « c o n ta r , h ab lar de, re la
ta r » . M e sitú o d e n tro de este segundo gru p o , ju stific a n d o del sigu ien te m odo
m i p o s ic ió n . E l hos q ue p re ce d e a prakhthén h ace d ifíc il una o p o sic ió n d irecta
en tre legómenon y prakhthén, a p esar de la p re sen cia del p ar m én... dé. D esd e esta
perspectiva, la o p o sició n directa se da en tre ou legómenon y diegeíto, Hqs prakhthén que
viene a d eterm in a r diegeíto. A esta p rim era o p o sició n viene a sum arse otra, in d i
recta de aquella: la a cció n en cu estió n ya no es contada, aunque haya sido cu m
plida realm en te.
43 La Apaturias, fiestas atenienses y jo n ia s, se celebraban durante el m es de Pj>ane£sion
(o ctu b re) y du raban tres días. A l te rc e r día, llam ado C u rio tis, se cortaba el pelo
p o r prim era vez a los m uchachos jóv en es (de tres o cuatro años), y eran adm itidos
en las fratrías (p ara una ocurren cia de este térm in o , cf. 2 lb ).
4.4 Este adjetivo puede indicar que, a diferencia de m uchos otros poetas fam osos (P in
daro, Sim ó nid es, B aq u ílid es), S o ló n n o escribía para que le gustara a u n p atrón
que le pagara.
45 P e rso n a je, p o r o tra p a rte , d e s c o n o c id o .
46 Esta frase debe aludir a los disturbios que p reced iero n al arcontado de S o ló n (e n
594/593 a. C .). Si esta hipótesis es justa, la prim era etapa de la transm isión oral del
38 ο TIMEO
117 D a n d o a ka't u n s e n tid o e x p lica tiv o , resu lta p o s ib le id e n tific a r he génesis (el d e v e n ir)
c o n topan (e l u n iv e rs o ).
118 E l d e m iu r g o es u n d io s y, segú n la República (II 3 7 9 b ), u n d io s d e b e ser b u e n o . P o r
lo cu al, n o p u e d e ser en v id io so (Fedro 2 4 7 a). S o b re este s e n tim ie n to , cf. L u c B r is -
s o n , « L a ja lo u s ie so u s to u s ses visages. L a n o t io n p h ilo s o p h iq u e d e phthonos ch ez
P la to n » , Actesdu Colloque de Cerisy sur lajalousie, agosto d e I 9 & 9 ·
119 V o lv e m o s a e n c o n tr a r la a s im ila c ió n de genesis (el d e v e n ir) a fcósmos (e l m u n d o ) , p o r
m e d io d e u n kai e x p lica tiv o .
120 Esta re s tr ic c ió n se re p ite co m o leitmotiv e n to d o el Timeo. P u e d e n verse lo s sigu ien tes
e je m p lo s: 3 2 b , 3 7 d , 3 8 c, 4 2 e , 5 3 b , 6 5 c , 7ld> 8 g d .
121 R e c o r d a to r io d e lo q u e h ab ía d ic h o en 26 a.
122 Para u n a d e s c rip c ió n más p o rm e n o riz a d a d e l estado d e l m u n d o a n te rio r a la in te r -
v e n c ió n d el d e m iu rg o , cf. infra, 5 2 d - 5 3 b .
123 S o b re este p o stu la d o , cf. Sofista 2 4 9 a , y la « I n t r o d u c t io n » , p . 3 5 .
124 C o m o señ alam o s m ás a r rib a (c f. n o ta 1 0 7 ), synetektaíneto h ace r e fe r e n c ia al trab a jo
e n m ad e ra .
125 Para evitar r e c u r r ir al té r m in o « p r o v id e n c ia » , así es co m o h e tr a d u c id o prónoia : cf.
supra, 4 4 c , 4 5 t>·
126 Es d e c ir, qu e el m u n d o es u n v ivie n te d o ta d o d e u n alm a p rov ista d e in te lig e n c ia .
127 E n la e x p r e s ió n en mérouseídei, el té r m in o meros, p r o p ia m e n t e h a b la n d o , « p a r t e » ,
« p o r c ió n » , d e b e ser to m a d o en el se n tid o de « e s p e c ie » .
128 D e sd e u n p u n to d e vista m atem á tico , el v e rb o periékhein es eq u iv alen te a perilambánein ;
so b re este tem a , cf. la n o ta 14 2 .
129 E n c o n tra m o s a q u í u n a r g u m e n to q u e se asem eja al a r g u m e n to d e l te r c e r h o m b r e ,
ex p u esto en la p r im e r a p a rte d e l Parménides ( l 3 I e - I 3 2 b ).
130 S o b re la re la c ió n e n tre fu e g o y v is ió n , cf. la e x p lica ció n d e l p ro c e s o d e la v is ió n , cf.
infra, 4 5 k “ 4 6a.
131 Para u n a e x p lica ció n d el ta cto , cf. infra, 6 lc - 6 4 a .
132 Para ser sen sib le, el ú n iv erso d eb e ser p e rc e p tib le p o r lo s d o s se n tid o s m ás u tiliz a -
d o s p o r el s e r h u m a n o ? la v ista , q u e im p lic a e l f u e g o , y e l ta c to , q u e im p lic a la
tie r r a . A p a r tir d e ah í, T im e o va a trata r d e p r o b a r m a tem á tic a m e n te la n e ce sid a d
d e la e x is te n c ia d e lo s d o s o tr o s e le m e n to s , e l a ir e y e l ag u a ; s o b re esta p r u e b a
m a te m á tic a , c f. L u c B r is s o n , Le Même et l ’A utre... [1974 ]» p · 2 6 7 - 3 8 8 . A l d e s a r r o -
lla r esta p ru e b a , P la tó n ap o rta o tra d im e n s ió n al p réstam o q u e to m a d e la tr a d ic ió n
d el « a x io m a » d e lo s cu a tro e le m e n to s.
133 E n g r ie g o a n t ig u o , analogía (q u e tie n e c o m o e q u iv a le n te ána lógon), d e s ig n a u n a
id e n tid a d e n tre d o s re lacio n es, d el g é n e ro a/x = x/b (o x/a = b/x, p a ra m a n te n e r n o s
m ás ce rca d e l te x to ), si so lo se to m a e n c o n s id e r a c ió n tres n ú m e r o s , o d e l g é n e ro
a/b = c/d, si se to m a e n c o n s id e ra c ió n cu a tro n ú m e ro s .
134 E n g rie g o a n tig u o , le e m o s arithmon eñe ógkon eñe dynámeon. O p o n i e n d o c o m o n ú m e -
ro s, ógk(¿n y dynámeQn, P la tó n s u p o n e q u e el té r m in o dynamis d esig n a u n n ú m e r o , al
m e n o s « e n p o t e n c ia » , lo q u e le o b lig a b a a e n c o n tr a r u n té r m in o q u e p re cis e la
n o c i ó n d e e n t e r o , q u e h a b itu a lm e n te e n g r ie g o e l t é r m in o arithmós b a sta p a ra
e x p re s a r. A p o y á n d o n o s e n Teeíefo I 4 8 a - b , p o d e m o s d e c i r q u e dynamis d e s ig n a lo
q u e es capaz d e g e n e ra r u n n ú m e r o m e d ia n te la o p e r a c ió n p o r la cu a l se c o m p o n e
e lla m ism a . E n o tra s p ala b ra s, se trata d e la ra íz cu a d ra d a , e n ta n to q u e d e b e c o n -
v e r tir s e e n n ú m e r o : lo q u e s ig n ific a q u e la c o n s t it u c ió n d e l n ú m e r o se basa n o
ta n to e n la a d ic io n a b ilid a d , s in o e n la c o n m e n s u r a b ilid a d . P o r o tra p a rte , ógkos es
u n té r m in o ra ro y sin d u d a a n tic u a d o e n la é p o c a d e P la tó n , u n té r m in o to m a d o
p re sta d o p ro b a b le m e n te d e la tr a d ic ió n p ita g ó r ic a p a ra d e s ig n a r u n a c o le c c ió n de
386 TIMEO
d e l alm a d e l m u n d o , c f. G .M . G r u b e , « T h e c o m p o s it io n o f th e w o r l d - s o u l in
Timaeus 3 5 A - B » , Classical philology 2 7 , 1 9 3 2 , p . 8 0 - 8 2 ] .
164. C o n s id e r o el autôn, q u e p re s e n ta n to d o s los m a n u s crito s , c o m o u n g e n itiv o p a r t i-
tivo q u e se re fie r e a en rnésai y re p rese n ta ta n to la n atu raleza d e lo M ism o co m o la d e
lo O t r o .
165 Para un esquema de la com p osición de estas mezclas, cf. el A nexo I.
166 E n griego antiguo, diaireín designa una operación que consiste en dividir una figura
geom étrica, de una o varias dim ensiones, en dos o varias partes, según ciertas p ro
porciones.
167 E n g rie g o a n tig u o , aphairetn d e sig n a la o p e r a c ió n q u e co n s is te e n s u p r im ir de u n a
m a g n itu d g e o m é tric a u n a m a g n itu d d e l m ism o o r d e n , es d e c ir, u n a lín e a d e u n a
lín e a , etc.
168 E n P la tó n , diástema p u e d e to m a r el sen tid o m u y g e n e ra l de d ista n cia , d e d ife re n c ia
e n tre d o s m a g n itu d es m en su rab les. P u e d e d esig n a r ta m b ié n la d ista n cia e n tre d o s
s o n id o s , es d e cir, el in terv a lo m u sica l (República V I I I 5 3 1a ), ex p resa d o m a te m á tic a -
m e n te (Filebo 17c).
169 Para los porm enores de esta estructura m atem ática, cf. el A nexo 2 .
170 Las operaciones matem áticas que acaban de describirse son efectuadas sobre p o r
ciones de m ateria, com o a continu ación lo muestra claram ente, lo que, en m i o p i
n ió n , d escribe la c o n stru cció n de una esfera a rm ilar p o r u n h e rre ro (c f. supra,
4-Od). A su vez, esta esfera arm ilar sirve para representar la diversidad de los movi
m ientos astronóm icos.
171 L a le tra g rieg a \ .
172 Para u n a d e s c rip c ió n p o rm e n o riz a d a d e las o p e ra c io n e s téc n ica s q u e van a d e s c r i-
b irse , cf. el A n e x o 3.
173 Señalaremos que los círculos que siguen estos movimientos están constituidos los dos
de lo M ismo y de lo O tro , en virtud de la mezcla de la que provienen ( Timeo 3 5 a -b ).
174 E n griego antiguo, leem os katá pleurán. Ahora bien, pleura designa los segmentos que,
en el plano, constituyen los lím ites de las figuras rectilíneas, p or lo tanto el lado (cf.
Menón 8 2 c , Teeteto I 4 7 e)· Aquí he parafraseado con « p a ra lelo g ra m o », para dejar las
cosas* más claras, cf. los dibu jos del A nexo 3. [E n el c en tro del círcu lo co n que
representa el universo esférico, T im eo inscribe un paralelogram o, cuyos lados h o ri
zontales se correponderían con los trópicos, y la paralela en el centro de los mismos
co n el ecuad or celeste, que constituye una p ro lo n g a ció n im aginaria del ecuador
terretre, situado en el cen tro del universo. Siguiendo el círculo exterior, el m ovi
m iento de lo m ismo gira « e n h o rizo n tal» hacia la derecha].
175 E n g r ie g o a n tig u o , le e m o s katá diametron. Diámetros d e sig n a la lín e a q u e u n e lo s d o s
vé rtice s o p u esto s d e u n c u a d rilá te r o (cf. Menón 8 2 c, República V I 5 I 0 d ; V I I I 5 4 6 c ) .
E x p re sán d o se así, T im e o q u ie re d a r cu en ta de la in c lin a c ió n d e l p la n o d e la e c líp -
tica, cf. lo s d ib u jo s d e l A n e x o 3 · [E l c írc u lo in te r io r se m ueve e n to r n o a la d ia g o -
n a l d e l p a r a le lo g r a m o . S e trata d e la e c líp tic a , d e n o m in a d a así p o r q u e c u a n d o el
so l y la lu n a c o in c id e n e n e lla se p r o d u c e n lo s ec lip ses. L a e c líp tic a m arca e l t r a -
y e c to a n u a l d e l so l a lr e d e d o r d e la tie r r a y, lo m is m o q u e la d ia g o n a l re sp e cto d el
la d o , es in c lin a d a re sp e cto d e la lín e a d e l e c u a d o r, fo r m a n d o lo q u e se ca lifica de
« o b lic u id a d d e la e c líp tic a » , d escu b ierta p r o b a b le m e n te p o r E n ó p id e s d e Q u ío s ,
a m e d ia d o s d e l s. V a . C .] .
176 P o stu lad o fu n d a m e n ta l, q u e co n stitu ye la base d e to d a e x p lic a c ió n e n a s tro n o m ía .
177 C f . 3 4 b , d o n d e la o p e r a c ió n d e scrita p arece d e sarro llarse e n o rd e n in v erso .
178 Las alusiones a la razón de la que el alma del m undo está dotada llevan a la c o n ti
n u ación que describe las fu hcion es cognitivas que ejerce. D icho esto, aunque sea
NOTAS A LA TRADUCCIÓN 389
235 T ra to d e co n serv a r así e l ju e g o d e palabras d e l g rie g o a n tig u o : tó te pan tóde óntos hápan
¿i. [L ite ra lm e n te , « p a ra q u e este to d o sea re a lm e n te u n t o d o » ] .
236 Q u iz á s u n a r e m in is c e n c ia d e l m ito c e n t r a l d e l Fedro: « ( e l a lm a ) q u e es la m e jo r ,
p o r q u e sigu e al d io s (the¿ikepom éne) y trata d e asem ejarse a é l . . . » (2 4 8 a ) . T o d o este
d iscu rso a n u n c ia el fin a l d e l Timeo.
237 C f . infra, 4 ld - e .
238 C f . el m ito c e n tra l d e l Fedro ( 2 4 6 a - 2 5 0 c ) , d o n d e se h allan d escritas las p e re g rin a -
c io n e s d e l alm a h u m a n a .
239 E n g r ie g o krat¿r d e s ig n a b a u n g r a n vaso e n e l q u e se m e z c la b a e l v in o c o n e l agu a
(Critias I 2 0 a ; leyes V I 7 7 3 c - d ) . E n e l Fedón ( m d ) , p o r e x te n s ió n , d e s ig n a « e s ta n -
q u e s » d e agua. D e ah í q u e p o d a m o s p e n sa r e n u n cris o l.
240 E n e l co n tex to , fcûtelcheîto p a re c e re m itir a la id ea d e fu s ió n d e lo s m etales. L o q u e n o
te n d ría n ad a d e s o rp re n d e n te d a d o q u e el trab a jo d e l d e m iu rg o es co m p a ra d o c o n
e l d e u n h e r r e r o q u e co n stru y e u n a esfera a r m ila r.
241 C f . e l m ito ce n tra l d e l Fedro ( 2 4 6 a - 2 5 0 c)» d o n d e lo s d io ses, lo s d é m o n e s y las alm as
h u m an as están subidas en ca rro s. E n este caso los astros so n co m p a ra d o s c o n carro s.
242 C f . Fedro 2 4 8 c y leyes X 9 ° 4 C*
243 C f . infra, Q O e.
244 P ara e l s e g u n d o n a c im ie n to d e l alm a, cf. g o e - g i a . S o la m e n te e n to n c e s ap arece la
d ife r e n c ia e n tre los sexos ( g ia - d ) .
245 E n g rie g o a n tig u o , exanágkes. C f . el Fedro 2 4 8 c . S e ñ a la re m o s la re c u rre n cia d e la id ea
d e n e ce sid a d e n este pasaje (c f. 6 8 c , d ).
246 C f . infra, 6 lc , p ara u n a d e s c r ip c ió n d e la sen sa c ió n b a jo to d as sus fo rm as.
247 E n g rie g o a n tig u o , e n c o n tr a m o s ér¿$, té r m in o al q u e h e tra ta d o d e d a r el v a lo r m ás
g e n e ra l p o s ib le , te n ie n d o e n c u e n ta el co n te x to . P o r ta n to , n o d e b e m o s re d u c ir ese
se n tid o a lo q u e se h alla infra, 9 I a _d.
248 S o b re e l ca rá cte r in d is o cia b le d e l p la c e r y d e l d o lo r físic o s, cf. infra, 6 4 a - 6 5 b , Fedro
2 5 8 e y Fedón 6 o b ~ c.
249 C f. injra, 6 9 c -d .
250 C o n c lu s ió n d e l Timeo ( g o b - d ) .
251 E l a d je t iv o synéthe n o se e n c u e n t r a e n t o d o s lo s m a n u s c r ito s . S u t r a d u c c ió n es
d ifíc il; a q u í p o d r ía d a r a e n te n d e r u n a a lu s ió n al m ito c e n tra l d e l Fedro, q u e d e s -
c r ib e el g é n e r o d e v id a d e l a lm a s e p a ra d a d e l c u e r p o , g é n e r o d e v id a q u e le es
c o n n a tu r a l.
252 C f . Fedón 8 le - 8 2 b , e l fin a l d e l Timeo y e l lib r o X d e la República. Esta frase es p a r tic u -
la r m e n te d if íc il d e c o n s t r u ir y d e tr a d u c ir ; a n te to d o h e p r o c u r a d o se r c la r o ,
s ig u ie n d o e l te x to lo m ás ce rc a p o s ib le [ « u n a s e m e ja n za c o n el o r ig e n d e ese
g é n e ro d e fa lta » ].
253 Se trata d e l c írc u lo d e lo M is m o q u e in c lu y e la p arte ra c io n a l d e l alm a h u m a n a ; cf.
infra, 4 3 c - 4 4 d , p a ra la m ism a ex p re sió n .
254 C f . Fedro 2 5 6 d - e . E n re s u m e n , el m ic r o c o s m o s q u e es e l h o m b r e d e b e to m a r su
m o d e lo d e l m a c ro co sm o s, e l m u n d o sen sib le: a q u í la ética se u n e a la c o sm o lo g ía ,
co m o ta m b ié n su ce d e al fin a l d e l d iá lo g o ( g o b - d ) .
255 L a s p a rte s m o r ta le s d e l alm a h u m a n a , es d e c ir , la p a r te a g resiva , el « c o r a z ó n »
(thymós), y la p a rte d esean te, e l « a p e tit o » (epithymía).
256 P a ra e l d e m iu r g o se tra ta d e lib e r a r to d a r e s p o n s a b ilid a d d e l m a l q u e p o d r ía n
c o m e te r lo s m o rtales, cf. supra, 4 2 d .
257 U n a le c tu ra in g e n u a d e ménein + lo cativo lleva a c o m p r e n d e r ithos e n su p r im e r s e n -
tid o « lu g a r a c o stu m b ra d o d e e s ta n c ia » . Es im p o s ib le situ a r ese lu g a r d e estan cia, y
c o n c re ta m e n te si se h a lla e n e l u n iv e rs o o e n e l e x te rio r.
394 TIMEO
alm a d e l m u n d o y, p o r ta n to , ta m b ié n a la p a rte ra c io n a l d e l a lm a d e l h o m b r e ,
c f . e l A n e x o 3.
2*75 Esta tr a d u c c ió n re q u ie re u n a e x p lic a c ió n . N o se trata d e n o m b r a r las cosas, s in o de
r e c o n o c e r e n tre ellas id e n tid a d y alte rid a d . E n el Sofista ( 2 6 2 d - 2 6 4 b ) , la v erd ad es
d e fin id a c o m o a d e c u a c ió n d e l ju ic io c o n resp ecto a la re a lid a d (sea cu al fu e re esta
re a lid a d ) y el e r r o r c o m o la in a d e c u a c ió n . P o r co n s ig u ie n te , d e c ir d e d o s cosas q u e
s o n id é n tica s, a u n q u e sean d ife re n te s, co n stitu y e c o n to tal ev id e n cia u n e rro r.
276 E s d if íc il sa b e r lo q u e T im e o p u d o e n te n d e r c o n to tés psykhgs hápan kytos. B u e n
n ú m e r o d e c o m e n ta ris ta s m o d e r n o s h a n s e g u id o a P r o c lo , q u ie n e s tim a q u e se
trata d e l alm a e n su to ta lid a d . P ero T a y lo r y C o r n f o r d to m a n e l té r m in o hytos e n u n
s e n tid o m ás fís ic o y p ie n sa n e n e l cu e rp o h u m a n o q u e c o n tie n e e l alm a e n su c o n -
ju n t o . E n otras p artes d e este d iá lo g o kÿtos d esign a d e m a n era g e n e ra l u n a e n vo ltu ra
h u e c a : e l c r á n e o ( 4 5 a)» Y ^a ca v id a d d e l tó ra x , e n tr e la ca b e za y e l o m b lig o ( 6 7 a ,
6 9 e , 7 9 c - d ) , es d e c ir , las e n v o ltu ra s resp ectiva s d e la p a rte r a c io n a l y d e la p a rte
ir r a c io n a l d e l alm a.
277 L a lo c u r a se id e n tific a c o n la in sen satez, c o m o acab am o s de v e r (c f. ta m b ié n infra,
8 6 b ) , y p a rtic u la rm e n te c o n la ig n o ra n c ia (c f. infra, 8 8 b ). A h o r a b ie n , la in s e n s a -
tez d e riv a d e las d e fo rm a c io n e s q u e afe cta n a las trayecto ria s d e las re v o lu cio n e s d e
la p a rte r a c io n a l d e l a lm a h u m a n a . D e a h í q u e la r e v o lu c ió n d e l c ír c u lo d e lo
M is m o ya n o lle g u e a d o m in a r , co m o d e b e ría ser e l caso (8 8 b ).
278 E sto s e fe c to s p r o d u c id o s p o r la p r im e r a e n c a r n a c ió n d e l alm a s o n d e s crito s ta m -
b ié n e n el Fedón ( 8 lc , 8 3 d ) y m ás a b a jo e n e l Timeo ( g o c - d ) . E l alm a d e l m u n d o
c o m ie n za u n a v id a in te lig e n te (3 6 e ), ya q u e está u n id a al cu e rp o d e l m u n d o . E n lo
q u e se re fie r e a l a lm a , la e n c a r n a c ió n s o lo p u e d e se r m ú ltip le : d e a h í la c o n s tr u c -
c ió n hótan + su b ju n tiv o .
279 Esta d e s c rip c ió n se ap lica al alm a d e to d o recié n n a c id o y n o a la p rim e ra g e n e ra ció n
d e u n alm a e n el trascurso de u n ciclo d e d iez m il añ o s. E n el lib r o V I I d e las Leyes, el
E x tr a n je ro d e A te n a s h ace la s ig u ie n te o b s e rv a ció n : « ¿ Y q u é ? ¿ A ca so n o sab em o s
q u e e l m á x im o c r e cim ie n to d e to d o a n im a l y e l m ás in te n s o tie n e lu g a r al p r in c ip io ,
d e m o d o q u e a m u ch o s les da u n a o ca sió n de d isputa el h ech o de qu e, d espués d e los
c in c o a ñ o s, la esta tu ra d e l ser h u m a n o n o lle g u e a c r e c e r e l d o b le e n lo s restan tes
v e in te a ñ o s ? » (7 8 8 d , tra d , d e F. L isi). ¡ Q u é d ife re n c ia c o n e l alm a d e l m u n d o q u e
co m ie n za u n a « v id a in te lig e n te » (3 6 e ) e n cu a n to se u n e a su cu e rp o !
280 Por lo que respecta a la traducción e interpretación de este pasaje, m e alineo con la
o p in ió n de C o rn fo rd que alude a Timeo 9 0 d y sobre todo a 8 7b : dià trophes kai di’ epiter.
deumáton mathemáton. Si siguiéram os estrictam ente la gramática, tendríam os que tra
d u cir: « e l alim ento de una buena ed u ca ció n » . S o b re la im portancia de la educa
c ión para alcanzar la virtud (cf. infra, 8 8 b ).
281 Es d ecir, la ignorancia, cf. supra, 4 4 a » 8 6 b y 8 8 b .
282 T é r m in o a té r m in o sería algo así: « tra s h a b e r r e c o r r id o ra n q u e a n te e l c a m in o de
la v id a » .
283 Para un uso del vocabulario de los m isterios en un contexto sim ilar, cf. el Banquete
(2IO a sq .), el Fedro ( 2 5 ° c ) y la Carta V I I ( 3 4 4 b - c ) . T am bién es preciso recordar la
fam osa expresión del Gorgias ( 4 9 3 b ) que asimila « lo s seres privados de razó n » (tous
anogtousj a «gentes que n o han sido iniciadas» (amuétous). La « in ic ia c ió n » de la que
se trata aquí es evidentem ente aquella en la que consiste la filosofía, com o lo expli
can los textos que acaban de citarse.
284 Timeo 8 7 b , 8 9 d .
285 Las consid eraciones de o rd en teleológico desem peñan una fu n ció n esencial en lo
siguiente, cf. la « In tro d u c tio n » , p. 57 ·
TIMEO
337 C om o T im e o lo dirá más tarde ( 54a -b ), « la explicación vero sím il» que prop one
no es la única, n i forzosam ente la m ejo r. Estos lím ites n o le im piden recon ocerle
un cierto valor.
338 S o b re la necesidad de d irig ir a los dioses una plegaria antes de em p rend er sea lo
que sea (cf. supra, 27c -d , cf. tam bién Filebo 2 5 b , Leyes X 8 8 7 c , Epínomis 9 8 0 c ). Señ a
larem os la reiteración ap’arkh¿s... ep’arkhéi.
339 E n contram os este género de expresión en otras partes del corpus platónico (Repú
blica X 6 s i b - c , Teeteto l6 4 d , Filebo 14a, Leyes I 6 4 5 k ) · Para un in te n to de exp lica
ción , cf. Luc Brisson, Platón, las palabrasj los mitos [1982], 2 0 0 5 * ρ· 7 3 " 7 5 ·
340 Para com p ren der esta tradu cción, es preciso rem itirse a los usos de próton diairetéon
de 27d y de arkhé en 4 8 d .
341 C f. Timeo 2 7 d - 2 9 a , donde se establece una clara d istin ció n en tre lo sensible y lo
in telig ib le. Y , sobre los problem as que plantea esta d istin ció n , cf. la « In tr o d u c
tio n » , p. 7 4 -7 5 .
342 S o b re esta im a g e n y so b re las o tras q u e c o m p a ra n la khóra c o n u n a n o d r iz a (8 8 d ) y
c o n u n a m a d re (5 Ia ), d e ja n d o e n te n d e r c o n e llo q u e la khára es « a q u e llo d e lo
q u e » está h e c h o e l m u n d o se n s ib le , c f. L u c B r is s o n , Le Même et l ’A utre..., 1974 » Ρ·
2 I4 - 2I5-
343 Quizás haya que p o n er en relación este proaporithênai y el diaporethéntes que se halla un
poco más abajo co n lo que dice A ristóteles al com ienzo de Metafísica B I: « C o n vis
tas a la ciencia que andamos buscando es necesario que vayamos, p rim eram ente, a
aquellas cuestiones en cuyo carácter aporético conviene situarse en p rim er lugar»
(trad, de T . Calvo, B iblioteca Clásica Gredos 2 0 0 , M adrid, 1 9 9 4)·
344 C f. infra, 5 0 b ~ 5 lb . Para que haya un lenguaje entend ido p o r la mayoría, es necesa
ria una cierta estabilidad en el m undo sensible; una realidad que n o cesara de cam
b iar de todas las m aneras posibles n o podría llegar a ser n i o b jeto de pensam iento
n i tema de discurso, com o lo explica el Teeteto.
345 T odo esto es solo una apariencia (dokoúmen), véase unas líneas más abajo, hosphaínetai.
346 E n griego antiguo, rhé<¿ puede tener este sentido; se trata entonces de la lluvia.
347 Este p asaje, en que todos lo s elem en to s se tra n sfo rm a n unos en o tro s c irc u la r
m e n te , c o n tra d ic e fo rm a lm e n te o tr o pasaje ( 5 6 c~ 57 b ). d o n d e T im e o exp lica
que, d ebid o al tip o de triángulos que in terv ien en en la su p erficie, el cuadrado,
que co m p o n e las caras del cubo al que se asocia la tie rra , n o puede transform arse
en n in gu n o de los tres o tro s elem en tos, los cuales, en cam bio, p u eden tra n s fo r
m arse u n o s en o tro s, ya que la su p erficie elem en tal, el trián g u lo eq u ilá tero , se
form a a p a rtir de triángulos rectángulos escalenos cuyos tres lados m an tien en las
m ismas relacion es. C o m o T im e o se sitúa aq u í e n el te rre n o de las apariencias (cf.
la n ota 3 4 5 )» p recisa que n o tie n e en cu en ta las te o ría s qu e d e sa rro lla ro n sus
predecesores.
348 E l paso intem pestivo del singular al plural es prácticam ente im posible de ju stificar:
para una revisión de las soluciones propuestas, cf. Luc Brisson, LeM êm eetV A utre....
1974, p. 18 4 -18 5.
349 Para u n análisis porm enorizad o de este pasaje, cf· Luc B risso n , Le Même et ¡A utre...,
19 7 4 . p - 178-193*
350 E n el texto griego, leem os t£$ tà pa'nta dekhoménessgmatapkyseos. C o m o sucede muy a
m en u d o , aq u í el té rm in o physis es un vez más u n té rm in o vacío; p ero conviene
señalar que son los cuerpos los que recibe la khgra, es decir, las im ágenes, las copias
de las form as inteligibles, n o las form as mismas.
351 E n el texto griego en contram os morphg que, concretam en te en P latón, designa los
co n to rn o s exteriores de una cosa.
400 TIMEO
las d e t i e r r a q u e lo c o m p o n e n tr a n s p o r t a d a s e n e l fu e g o p o r el h u m o ( a ir e ) o
p o r el v a p o r (a g u a ), p e r o q u e c o n t in ú a n s ie n d o d e tie r r a , c o m o p u e d e c o n s ta -
tarse d e s p u é s de la c o m b u s tió n .
436 A q u í d o y a méros el sen tid o de « p a r tíc u la » (cf. ta m b ié n 6 o e , 6 lb ) , a u n q u e este té r -
m in o p u e d a p re s e n ta r o tro s sen tid o s (cf. supra, e n 5 6 d d o n d e d esig n a lo s tr iá n g u -
lo s e le m e n ta le s). [H e m o s p r e fe r id o el sen tid o d e « c o r p ú s c u lo » ] .
437 P o r e je m p lo , d e l fu ego q u e q u ed a d e l fu e g o n o p u e d e n i tra n sfo rm a rse d e fu e g o e n
o tra co sa n i ser tr a n s fo rm a d o e n o tra cosa p o r e l fu e g o .
438 E n c o n tra m o s la m ism a id ea supra, en 5 6 e .
439 P o d e m o s d u d a r en tre d os lectu ras: eàn d'eistautà o eisautà; h em o s acep tad o la p rim e ra ,
co m o R ivau d . La id ea expresada c o n el eis p arece ser la sigu ien te: las p artícu las están
a s o c iá n d o se p a ra fo r m a r u n n u e v o c o r p ú s c u lo ; p a ra u n u so d e eis c o n re s p e cto a
este tip o d e tr a n s fo rm a c ió n , cf. infra, 5 6 d , 5 7 a »Y so bre to d o , infra, 6 6 e . [P re fe rim o s
ta m b ié n la p r im e r a le c tu ra tautá, q u e m a n tie n e n B u r n e t y R iv a u d , s ig u ie n d o a F Y
18 12 , e n vez d e autá, q u e ap arece e n A ] .
440 P a ra u n a p r e s e n t a c ió n e s q u e m á tic a d e la e x p lic a c ió n m a te m á tic a d e to d o s esto s
ca m b io s cu a lita tiv o s, cf. el cu a d ro 2 d e l A n e x o 6 . D ic h o e sto , T im e o está in te r e -
sad o e n d e s c r ib ir el p ro c e s o de tr a n s fo r m a c ió n h a c ia a b a jo , s ie n d o d e sin te g rad as
las p artícu las m ás p eq u eñ a s p o r las m ás gra n d e s. Se c o n s id e ra n e n to n c e s d o s p o s i-
b ilid a d e s. (i) O b ie n lo s tr iá n g u lo s de las p artícu las d e fu e g o se v u e lv e n a c o m b in a r
ín te g ra m e n te p ara fo r m a r p artícu la s d e a ire , lu e g o p a rtícu la s d e agua; e n to n c e s el
p r o c e s o se p a ra , p o r la r a z ó n q u e h a s id o fo r m u la d a m ás a r r ib a : lo m is m o n o
p u e d e a c tu a r so b re lo m is m o . (2 ) O b ie n las p artícu la s d e fu e g o , q u e están tra n s -
fo rm á n d o s e e n a ire an tes d e tr a n s fo rm a rs e e n ag u a, s o n asaltadas p o r p artícu la s d e
o tro g é n e r o . E l p ro c e s o d e d e s in te g ra ció n va a p r o s e g u ir y n o se d e te n d rá hasta qu e
to d o e l fu e g o se haya c o n v e r tid o e n a ir e . D o s p o s ib ilid a d e s s a ld rá n e n to n c e s a la
lu z. (a) O b ie n lo s tr iá n g u lo s q u e acab an d e fo r m a r las nuevas p a rtícu la s d e a ire se
d is o c ia n d e n u e v o p ara v o lve r a fo r m a r p artícu las d e a ire , su e le m e n to p r o p io , (b)
O b ie n te rm in a n p o r asociarse e n p artícu las d e agua, « e l ele m e n to v ic to r io s o » . E n
ese caso , e l p ro c e s o se d e tie n e e n e l n iv el d e l agua.
441 C f . supra, 5 2 d - 5 3 a .
442 A q u í T i m e o e x p lic a q u e t o d o c a m b io c u a lit a t iv o q u e a fe c te a lo s e le m e n to s es
in d is o c ia b le d e u n c a m b io lo c a l. L o q u e es u n a n e c e s id a d , ya q u e lo s e le m e n to s
d e b e r ía n e n c o n tr a r s e r e p a r t id o s e n c u a tr o cap as c o n c é n t r ic a s ( c f . supra, 5 7 c - <0
e n e l i n t e r i o r d e esta e s fe r a d e s p r o v is ta d e v id a , e n q u e c o n s is te e l c u e r p o d e l
u n iv e r s o .
443 S o b re el a x io m a d e la ca u salid ad , cf. la « I n t r o d u c t io n » , p . 1 5 - 1 6 . A q u í se trata d e
las causas q u e c o n c ie r n e n a la n e ce sid a d , es d e c ir , las causas n ecesa ria s.
444 P o stu lad o q u e p e r m ite a p lic a r la e x p lica ció n m a tem á tica fo r m u la d a m ás a r rib a a la
d iv e rs id a d d e lo s c u e r p o s se n sib le s. G o m o F. M . C o r n f o r d , to m o systasis n o e n e l
s e n tid o p a siv o d e « e s t r u c t u r a » , s in o e n e l s e n tid o a c tiv o d e « r e u n i ó n » , d e
« c o n s tit u c ió n » , s e n tid o q u e c o rr e s p o n d e a la a c c ió n a lu d id a p o r e l v e rb o synistánai
(8 9 c , 54-e, 5 5 a » 8 lc ; cf. ta m b ié n Leyes V I 7 8 2 a ).
445 C o n to ta l ev id e n cia , el tr iá n g u lo re c tá n g u lo e sca le n o o isó sceles, re sp e ctiva m e n te .
446 D e h e c h o , lo s tr iá n g u lo s re c tá n g u lo s isó sceles y esca len o s tie n e n c o m o h ip o te n u s a
u n a lo n g it u d a , q u e , segú n lo q u e acab a d e d e cirs e , p u e d e ser d e d im e n s ió n v a ria -
b le . E sta e x p lic a c ió n d a c u e n ta d e la e x is te n c ia d e v a rie d a d e s d e e le m e n to s , p e ro
p a re c e c o n t r a d ic to r ia c o n lo q u e se h a d ic h o m ás a r r ib a (5 6 b ) s o b re e l p e so r e la -
tivo d e ca d a e le m e n to ; p u e sto q u e , si lo s tr iá n g u lo s e le m e n ta le s q u e fo r m a n este
e le m e n to s o n d e d im e n s io n e s d ife re n te s , su n ú m e r o n o p u e d e b a star p a ra evalu ar
4o 6 TIMEO
el p e so d e u n e le m e n to . T a m b ié n es p r e c is o t e n e r e n c u e n ta la d im e n s ió n d e la
h ip o te n u s a d e l tr iá n g u lo r e c tá n g u lo is ó s ce le s o e s c a le n o q u e sirv e de b a se . P ara
s alir d e esta d ific u lta d , F. M . C o r n f o r d h a p r o p u e s to u n a e x p lic a c ió n m u y in g e -
n io s a ( Plato’s Cosmology, 1 9 3 7 ’ Ρ· 2 3 0 - 2 3 9 )» q u e n o p u e d o a c e p ta r (c f. m is a r g u -
m e n to s , al fin a l d e l A n e x o 6 ).
44.7 C o m o v erem o s infra, 5 8 c - 6 o b .
448 R a tific a c ió n d e lo s lím ite s d e la e x p lic a c ió n p r o p u e s ta p o r T im e o , cf. la « I n t r o -
d u c t io n » , y la n o ta II3 .
449 C f . supra, 5 2 d “ 5 3 a * 57 a * c.
450 S e tra ta d e e x p lic a r el m o v im ie n to e n el m u n d o s u b lu n a r . A s í p u e s, m o to r e s y
m ó v iles so n c u e rp o s q u e , p ara p o d e r h allarse e n in te r a c c ió n , d e b e n ser d e s p o s e í-
d o s d e u n ifo r m id a d , es d e cir, n o ser iguales.
451 C f . supra, 5 7 c - d .
452 L a e x p r e s ió n tis d i’ allglan kinéseos h a c e r e fe r e n c ia n o s o lo a l m o v im ie n to lo c a l q u e
acaba d e d e s c rib irs e , s in o ta m b ié n a la tr a n s m u ta c ió n r e c íp r o c a d e lo s e le m e n to s
(cf. suprQ, 4 9 c ), de lo q u e, segú n p a rec e , se está tra ta n d o aq u í.
453 A q u í T im e o a lu d e a u n m o v im ie n to m e c á n ic o q u e a n im a a lo s e le m e n to s . E n el
m u n d o q u e es el n u e s tr o este m o v im ie n to m e c á n ic o es o r d e n a d o , p o r q u e h a lla
ú ltim a m e n te su o r ig e n e n el m o v im ie n to q u e e l a lm a d e l m u n d o im p r im e a la
esfe ra e n q u e co n siste el c u e rp o d e l m u n d o . L o cu a l n o s u ced ía an tes d e la in t e r -
v e n c ió n d e l d e m iu r g o , ya q u e e n to n c e s to d o s lo s e le m e n to s e ra n a rra s tra d o s sin
o r d e n n i m e d id a (cf. supra, 5 2 d - 5 3 b ) .
454 E n g r ie g o a n t ig u o , períodos, té r m in o q u e s ig n ific a a la v ez « c ir c u n f e r e n c ia » y
« r e v o lu c ió n » .
455 Para u n a r a tific a c ió n d e este p r in c ip io (fo rm u la d o m ás a r rib a , 5 6 a ), c f. ιη/τα, 7 8 a.
456 E n e l te x to g r ie g o , diákena. N o se tr a ta d e l v a c ío p r o p ia m e n t e d ic h o , d e l q u e se
acab a d e e x c lu ir la p o s ib ilid a d , s in o de in te r s tic io s e n tr e d o s p o lie d r o s re g u la re s
q u e n o p u e d e n c o n s titu ir u n a m asa p e r fe c ta m e n te c o m p a c ta . D e m a n e r a i n t u i -
tiva p u e d e re p re s e n ta rs e e l u n iv e r s o c o m o u n a e s fe r a r e lle n a d e u n f lu i d o d e s -
p r o v is to e n sí d e to d a s las c a r a c te r ís tic a s , p e r o e n q u e la m a y o r p a r t e está d is -
p u e s ta s e g ú n lo s c u a tr o p o l ie d r o s r e g u la r e s d e s c r it o s m á s a r r ib a . E n t r e e sto s
p o lie d r o s re g u la re s se e n c u e n tr a n u n o s in te r s tic io s r e lle n o s , p o d e m o s im a g in a r -
lo s así, c o n u n a p a rte d e ese f lu i d o q u e n o r o d e a n a ú n tr iá n g u lo s e q u ilá t e r o s o
c u a d r a d o s . E n e s o s in t e r s t ic io s se c u e la n la s p e q u e ñ a s p a r t íc u la s . E l r e c u r s o a
u n a r e p r e s e n t a c ió n ta n p o c o s a t is fa c to r ia p o n e d e m a n ifie s t o lo s lím it e s d e l
m o d e lo p r o p u e s to e n e l Timeo, lím ite s q u e d e riv a n e s e n c ia lm e n te d e l e sta d o d e la
m a te m á tic a d e su é p o c a .
457 E n tre los ic o sa e d ro s q u e c o m p o n e n u n a m asa d e agua se d e b e n e n c o n tr a r in te r s ti-
cio s m ás g ra n d e s q u e e n tre lo s o c ta e d ro s q u e c o m p o n e n u n a m asa d e a ire , p r o b a -
b le m e n te p o r q u e su v o lu m e n es m ás c o n s id e ra b le .
458 P ara fra se s s im ila r e s a hg tes píleseos synodos, d e s d e u n p u n t o d e v ista g r a m a tic a l, c f.
Fedón 9 7 a y Timeo 7 6 c .
459 L a o p o s ic ió n diakrinónton/jgknnónton p u e d e d esig n a r d o s p ro c e s o s c o m p le m e n ta rio s :
la « d is o c ia c ió n » o la « a s o c ia c ió n » d e lo s tr iá n g u lo s q u e co n s titu y e n lo s e le m e n -
to s , p r o c e s o s q u e p r o v o c a n , b ie n la « d i s o l u c i ó n » o la « r e c o n s t it u c i ó n » d e las
p a rtícu las d e fu e g o , d e a ire , d e agua y d e tie r r a , o b ie n la « d ila ta c ió n » o la « c o n -
tr a c c ió n » d e m asas fo rm a d a s a p a r t ir d e esas p artícu las.
460 S o b re e l s e n tid o d e άης> katQ, cf. la Carta V I I 3 4 3 e y la n o ta d e m i tr a d u c c ió n d e este
pasaje. [ C f. Platon, Lettres, tr a d u c c ió n [fra n cesa ], in tr o d u c c ió n , reseñ as y n o tas d e L .
B r is so n , G F F la m m a rio n 4 6 6 , P a rís, 1987» p* ! 9 7 » 2 2 7 - 2 2 8 ],
NOTAS A LA TRADUCCIÓN 407
tr a ta r ía d e l d ia m a n te ; d e a h í la d e f in ic ió n d e P ó lu x ( u n le x ic ó g r a f o d e l s ig lo II
d .G . ) : adamas toû khîysoû tá ánthos. S e g ú n R o b e r t H a lle u x (L e Problème des métaux dans
la science antique, P a ris , L e s B e lle s L e ttr e s , 1 9 7 4 » P* 9 0 - 9 l)> se tr a ta r ía d e h e m a -
tite s .
474 T e n ie n d o e n c u e n ta e sto , n o ex iste n in g ú n lím ite a la tr a n s m u ta c ió n d e lo s m e ta -
les, d e u n o s e n o tro s , ya q u e to d o s s o n varied ad es d e agua.
475 E n e l te x to g r ie g o , le e m o s ten ton eikóton mÿthon idéan; s o b r e esta e x p r e s ió n , c f . L u c
B r is so n , Platón, laspalabrasj los mitos [1 9 8 2 ], 2 0 0 5 , p . 1 7 3 - 1 7 6 .
476 Es d e c ir, las fo rm as in te lig ib le s . V o lv e m o s a e n c o n tr a r a q u í la d is tin c ió n h e ch a m ás
a r rib a , 27<i~28a.
477 S o b re la re la c ió n e n tre m ito y ju e g o q u e p ro d u c e p la c e r, c f. L u c B r is so n , Platón, las
palabrasj ¡os mitos [1 9 8 2 ], 2 0 0 5 , p . 1 0 4 - 1 0 6 , I I 4 - I I 6 .
478 Paráfrasis q u e trata d e d a r s e n tid o a u n a ex p re s ió n m u y e líp tic a leptón hygrón te.
479 M u y p ro b a b le m e n te u n a a lu s ió n a la fó r m u la h o m é r ic a tà hygrà kéieutha, « lo s c a m i-
n o s líq u id o s » (Odisea III 71)·
480 C o n s tr u y o esta fra se to m a n d o c o m o p o lo s el men y e l dé.
481 Esta c u a lific a c ió n r e q u ie r e u n a e x p lic a c ió n . S i T im e o p r e te n d e q u e cie rta s v a r ie -
d a d e s d e a g u a e n e s ta d o líq u id o c o n t e n g a n fu e g o , p a ra é l e ste f u e g o t ie n e u n a
a c c ió n e x te rn a q u e se asem eja a la d e l fu e g o : el a lc o h o l e n e l v in o « h a c e e n tr a r e n
c a lo r » , e l a c eite , e n las lá m p a ras, se q u e m a p ara a lu m b ra r , e l fe r m e n to q u e m a la
ca rn e , etc.
482 Esta tr a d u c c ió n de diaphanés se basa e n la p o s ib ilid a d d e esta b le c e r u n a re la c ió n c o n
6 7a , d o n d e la ú n ic a d is tin c ió n fá c ilm e n te d is c e r n ib le es aq u ella e n tre lo ag rad able
y lo d e s a g r a d a b le . A q u í diaphanés n o p u e d e t e n e r e l s e n tid o d e « t r a n s p a r e n t e » ,
co m o su ced e e n 6 7 e.
483 C f . supra, 6 7 e -6 8 a , donde el co lo r blanco dilata el rayo visual.
484 S o b re el significado de lamprón y stilbón, cf. infra, 68a-b.
485 E n griego antiguo, leem os kíki, térm ino que designa u n aceite im portado de Egipto
(H eródoto II 9 4 )·
486 L a p r b p ie d a d (dynamis) d e u n o b je t o ra d ic a e n su c a p a c id a d d e a c tu a r s o b re u n
ó rg a n o d e lo s sen tid o s. E l « d u lz o r » d e l v in o , p o r e je m p lo , es u n a p r o p ie d a d q u e
se m an ifie sta so lam en te c u a n d o in te r v ie n e u n a se n s a c ió n (Teeteto I 5 9 d ) .
487 E n el texto g rie g o , diakhytikón. P u e d e ser in te re sa n te re c o r d a r e l sig u ie n te p asaje d e l
Crátilo: « Khará (a le g ría ) p a re c e q u e ha s id o lla m a d a así p o r la 'e fu s ió n (diákhysis) y
fa c ilid a d d e l 'f lu jo ’ (rhoé) d e l a lm a » (4 1 9 c , tr a d , d e J o sé L . C a lv o , B ib lio te c a C lá -
sica G re d o s 6 l, M a d rid , 19 8 3 ).
488 Sobre este sabor, cf. infra, 66b -c .
489 C o m o h a s e ñ a la d o C o r n f o r d , es p r e c is o c o m p r e n d e r q u e el té r m in o méli n o
d e sign a la su stan cia p r o d u c id a p o r la ab ejas, s in o lo s d iv erso s flu jo s ex u d a d o s p o r
las p lan tas y las diversas go m as, exud ad as p o r lo s árb o les ( p o r el o liv o , p o r e je m p lo ,
cf. elaiómeli).
490 Pasaje m u y d ifíc il d e e n te n d e r, e n la m e d id a e n q u e n o es fácil o to r g a r u n s e n tid o
d e sp ro v isto d e to d a a m b ig ü e d a d a aphoristhén y a opós. S e h a p e n sa d o q u e opós d e s ig -
n ab a la resin a q u e flu ye de u n a escisió n rea liza d a e n to d a esp ecie d e á r b o l o e n u n a
esp ecie p a rticu la r: ta m b ié n se h a p e n sa d o q u e se trataba d e l ju g o d e h ig o u tiliza d o
p ara h a c e r cu ajar la le c h e , co m o el cu a jo (A ristó te le s, Meteorológicos I V 4 , 7 7 lb 2 5 - 2 6
y 7 7 2 a 2 4 " 2 5 ) · P o r o tra p a rte , aphoristhén p u e d e q u e r e r d e c ir « s e p a r a d o » o « d is -
t i n t o » . D e h e c h o , p e rfe c ta m e n te p o d r ía tratarse d e l p r o d u c to d e la fe r m e n ta c ió n
d e cu a lq u ie r v a rie d a d d e ju g o s , cf. D . O ’B r ie n , Theories o f Weight in the Ancient World, II:
Plato. Weight and Sensation, 1 9 8 4 ,^ . 118 .
NOTAS A U TRADUCCIÓN 4O9
571 G é n e r o d e fu e g o in te r m e d io e n tr e el q u e p r o d u c e e l « b la n c o » ( 6 7 d - e ) y e l q u e
p ro d u c e el « b r illa n t e » (6 7 e - 6 8 a ).
572 En los Meteorológicos (III 4* 347a3 sq-) - Aristóteles dice que el co lo r blanco percibido
a través de una pantalla negra parece ro jo . P o r ejem p lo, el sol parece ro jo a través
de la niebla o a través del h um o.
573 R ecord atorio de los lím ites de la exposición de T im e o .
574 Para lo s se n tid o s d e l té r m in o halourgón e n g r ie g o a n tig u o , c f. A ris tó te le s, Meteoroló
gicos III 2 , 3 7 2 a l sq.
575 E n griego antiguo, empeson, com o « su m e rg ir» en español, hace pensar en el trabajo
del tin to rero .
576 E n e l te x to g rie g o prosion, q u e es p re cis o a p ro x im a r a l su stan tivo práson ( p u e r r o ) .
S o b re estos té r m in o s , T e o fra sto , Historia de lasplantas V I 2 , 5 ·
577 La idea de « m ez cla » se repite continu am ente en esta exposición sobre los colores,
quizá para subrayar la referencia a la práctica de los tin to rero s (cf. n . 575)·
578 En griego antiguo básanon, que designa tam bién el in terro gato rio al que se sometía
a los esclavos, durante un proceso.
579 Frase que recuerda al Filebo ( l 5c -d ).
580 S o b re las ra zo n es q u e p o d r ía n e x p lic a r este re c h a zo d e la v e r ific a c ió n e x p e r im e n -
ta l, c f. la « I n t r o d u c t io n » , p . 6 3 - 6 5 .
581 R ecord atorio del axioma form ulado en 2 9 e - 3 0 a .
58 2 R elaciono ex anágkes co n pephykóta. Sobre la n o ció n de anágk¿, cf. la « Introd u ction » ,
P - 33-34·
583 R e p e tic ió n casi p ala b ra p o r p a la b ra d e 3 3 d , c f. 3 4 a - b .
584 S o b r e la o p o s ic ió n e n tr e las causas v e rd a d e ra s y las causas a c c e s o ria s o c o n c o m i-
ta n te s, cf. la « I n t r o d u c t io n » , p . I 5 - I 7 · Las causas n e ce sa ria s n o s o n re ch aza d as,
in c lu s o a q u í s o n c o n s id e r a d a s c o m o in d is p e n s a b le s p a r a e l d e s c u b r im ie n t o d e
las causas v e rd a d e ra s; p e r o a q u ella s d e b e n esta r s u b o rd in a d a s a estas ú ltim a s , c f.
n. 308.
585 Sobre esta d istinción, cf. supra, 4 6 c -e .
58 6 A tenu ación que recuerda los lím ites de la co n d ició n hum ana.
587 L a causa fin a l de la e x p o s ic ió n de T im e o es la c o n te m p la c ió n d e l B ie n , la e s p e c u -
la c ió n so b re lo s fin e s d e l h o m b r e , cf. supra, 4 7 a - e > p a ra u n a a p lic a c ió n a la v ista y
al o íd o .
588 Leo diulasména, q u e , r e la c io n a d o c o n hÿle, m e p a re c e p r o p o r c io n a r el s e n tid o m ás
s a t is fa c to r io . [A d o p ta m o s ta m b ié n esta le c tu r a , a p o y a d a e n W Y l 8 l 2 , en vez d e
diulisména F ; B u r n e t y R iv a u d , c o n el s e n tid o d e « f ilt r a r » , y d e diuphisména A ] .
589 Es p re ciso p o n e r este pasaje en re la c ió n co n o tro s dos, q u e alud en a la m ism a
im agen : Gorgias 505 c "d y Leyes V I 7 5 2 a . S o b re el sen tid o de la exp resió n « d a r
una cabeza al m i t o » , cf. Luc B risso n , Platón, laspalabrasj los mitos [1 9 8 2 L 2 0 0 5 , p·
78- 8 2 .
590 C f . supra, 3 0 a , 5 3 a - b , 5 6 c .
591 E n el te x to g r ie g o , le e m o s análoga kai symmetra. S o b r e analogía, c f . la n o ta 1 3 3 · P ° r
o tr a p a r t e , e l a d je t iv o symmetron c a r a c t e r iz a a las m a g n it u d e s g e o m é tr ic a s q u e
a d m ite n u n a m e d id a c o m ú n ; d e a h í, e n u n s e n tid o d e riv a d o , « lo q u e c o n c u e r d a
c o n » , « lo q u e es a d e c u a d o » , « b ie n p r o p o r c io n a d o » , « e q u ili b r a d o » . E n r e s u -
m e n , an tes d e la in te r v e n c ió n d e l d e m iu r g o , n o es p o s ib le n i m e d ir lo s c o m p o -
n e n te s e le m e n ta le s n i, m u y e v id e n te m e n te , e s ta b le c e r e n tr e e llo s r e la c io n e s
re g u la re s.
59 <1 M ás a r rib a , e n 4 9 a ~ 5 0 c , h e m o s v isto p o r q u é . E s in te r e s a n te señ a la r a q u í la r e la -
c ió n esta b lecid a e n tre m e d id a y d e n o m in a c ió n .
414 TIMEO
616 Tektaíno es u n té rm in o que, en griego, describe el trab ajo del carp in tero. E l ú n ico
lugar diferen te en que el té rm in o phátne, « p e s e b re » , se utiliza en el corpus plató
nico es el Fedro 2 4 7 e ; en ton ces se aplica a los caballos, com o en la Ufada (V 271 ; V I
5 0 6 ; X 5 6 8 ; X X I V 2 8 0 ).
617 C f . República IX , 5 8 8 sq.
618 Porque debe m andar.
619 Texto con jetu ral, que revela probablem ente una laguna.
620 E n g r ie g o a n t ig u o , psykhogoggsoito. E l v e r b o s ig n ific a lit e r a lm e n te « t e n e r u n a
in flu e n c ia so b re e l a lm a » .
621 Aquí encontram os el singular, aunque la frase com ienza con un plural.
622 Sobre leîon, cf. supra, 6 3 e -6 4 a .
623 S o b re lamprón, cf. supra, 6 8 a - b .
624 S o b re g/yfry, cf. supra, 6 6 c.
625 S o b re oxy, cf. 6 6 b - c .
626 S o b re la b ilis , cf. infi-a, 8 2 e -8 3 c .
627 Para u n an álisis detallado de todo este pasaje ( 7 la - 7 2 c ) , c f. L u c B r is so n , « D u b o n
usage d u d é r è g le m e n t» , e n Divination et Rationalité, 1 9 7 4 » P· 2 2 0 - 2 4 8 .
628 E n g rie g o a n tig u o , leem o s semeîon. Para u n uso s im ila r de este té r m in o , c f.
supra, 4 0 d .
629 C f. Fedro 2 2 4 a sq., Ion 5 3 3 d -5 3 4 b .
630 E n c o n tra m o s a q u í tanto la d e fin ic ió n d e la ju s tic ia , tal co m o ap arece fo rm u la d a e n
la República ( I V 4 4 3 a -b ) , com o el p re c e p to d é lfic o (Cármides l 6 l b y l6 4 d ) .
631 A s í p u e s , e l « p r o f e t a » es u n in té r p r e t e d e lo s d io s e s, e l q u e « h a b la p o r e ll o s » ,
e x p lica n d o el s e n tid o d e las rev e la cio n es y d e las a p a ricio n e s q u e e n v ía n a lo s h o m -
b res. Para otras o cu rre n c ia s d e este té r m in o : Cármides I 7 3 c? República II 3 3 6 b , X 6 19 c
y Fedro 2 6 2 d . P o r o tra p arte, p o d e m o s p re g u n ta rn o s si el c o le g io d e lo s exégetas q u e
el E x tra n je ro d e A ten a s p revé su co n s titu c ió n e n las Leyes (X II 9 4 5 e - 9 4 ^c ) n o c u m -
p lir ía c o n la m ism a fu n c ió n .
632 Seguram ente F. M . C o rn fo rd tie n e razón , cuando señala que, c o n la exp resión
hekástou tô toioúton, T im eo quiere-daf'-cijenta de todos los anim ales a los que se exam i
naba el hígado, y n o solam ente del ser hum ano, en qu ien la adivinación no im p li
caba la matanza.
633 C rítica de la adivinación que invierte la práctica h abitual en la antigua G recia, p o r
que otorga el segundo puesto a la adivinación p o r los signos exteriores en favor de
la adivinación p o r in sp ira ció n . Sobre el c o n ju n to del problem a, c f. W alter B u r -
kert, Greek Religion [1 9 7 7 ], 1 9 8 5 , p. i n - 1 1 8 .
634 Es decir, el bazo.
635 E n el texto griego, leem o s hyphanthéntos, m etá fo ra qu e hace re fe re n c ia al trab ajo
del te jid o .
636 Tam bién los pulm ones son calificados de exangües (cf. supra, 7 0 c ) .
637 E l uso del im p erfecto señala p ro b a b lem en te una re feren cia a lo que se ha d icho
más arriba, en 6 lc .
638 A l co m ien z o del Timeo (2 3 a , cf. Critias I 0 9 d ) , las d estru ccio n es p eriód icas del
género hum ano prod ucen este efecto. A quí sería la necesidad de alim entarse p er
petuam ente.
639 E n el texto griego, leem os arkhé. S in em bargo, esto n o significa que la m édula sea el
p rin cip io de todo el cuerpo, com o veremos más abajo.
640 Es preciso recordar que cada elem ento es puesto en relación con u n poliedro regu
lar. A h ora b ien , en el m un do m aterial, nin gu n a co n stru cció n geom étrica puede
n unca alcanzar la p erfecció n .
4 i6 TIMEO
p a r te d iv in a d e l a lm a se c o m p o r t a r ía así. T a m b ié n p o d e m o s p e n s a r q u e tö theîon
h a c e r e f e r e n c ia a u n d e m iu r g o o in c lu s o a v a r io s ; m ás a b a jo , e n c, le e m o s ten
kephalèn ho poián.
663 E n g rie g o a n tig u o , í/cmás, ú n ic a o c u rr e n c ia de este té r m in o e n to d o el c o rp u s p la tó -
n ic o .
664 C f . supra, 58 c sq. so b re las varied ad es d e fu e g o .
665 S o b re lo s e le m e n to s q u e e n tra n e n la c o m p o s ic ió n d e la ca rn e , cf. infra, 7 4 c - d·
666 Para u n a a lu s ió n al m ism o p ro c e s o , cf. supra, 5 8 b .
667 R e c o r d a to r io de la regla fo rm u la d a m ás a rrib a , e n 7 5 a " k .
668 A lu s ió n a la d o c trin a de la m e ten so m a to sis, cf. 4 2 b - c y , so b re to d o , 9 0 e sq.
669 D e m a n e ra m u y ev id en te, e n e l m arco de la m eten so m a to sis.
670 R e su m en qu e re c u e rd a la o rie n ta c ió n te le o ló g ica p e rm a n e n te d e la e x p lica ció n que
p r o p o n e T im e o e n este la rg o pasaje ( 6 9 c - 7 6 e ) .
671 A s í p u e s , las p la n ta s e stá n e m p a re n ta d a s c o n e l s e r h u m a n o , p o r q u e s u c u e r p o
está h e c h o d e lo s c u a tr o e le m e n to s y p o r q u e su alm a c o r r e s p o n d e a la p a r te m ás
b a ja d e l alm a h u m a n a : so b re e l s e n tid o d e syggeni, c f . apd syggenôn ( 8 o d ) y tásyggenés
( 8 la , b ).
672 S o b re las plan tas, cf. la « I n t r o d u c t io n » , p . 6 3 .
673 L o q u e es d e l to d o n o r m a l, e n la m e d id a e n q u e este p asaje p a re c e in d ic a r q u e e l
alm a d e las p lan tas es u n a su ced á n ea d e la te r c e ra p a rte d e l alm a h u m a n a .
674 L o q u e r e m ite a la d e f in ic ió n d e l alm a c o m o m o v im ie n to a u t o m o to r , c f . Fedro
( 2 4 5 c - d ) . L a p o s e s ió n d e u n alm a n o im p id e q u e las p lan tas e sté n p riva d as d e u n
m o v im ie n to lo c a l.
675 E s d e c i r , lo s d io s e s . P a ra o t r o s u s o s d e esta l o c u c i ó n , c f . Eutidemo 2 9 1 a » Sofista
2 l6 b . ^_____
676 ¿ N o p o d ría m o s v e r e n e llo u n a ju s tific a c ió n d e l v e g e ta ria n is m o ? A s í se c o r r o b o r a -
ría la h ip ó te sis p la n te a d a e n la n o ta a 8 o d - e . D a d a la d o c trin a de la m e te n s o m a to -
sis e x p u esta al fin a l d e l Timeo, c o m e r c a rn e a n im a l c o n s titu ir ía p a ra e l h o m b r e u n
acto de h o m o fa g ia , d e ca n ib a lis m o .
677 L a a rte ria ao rta y la ven a cava, según p arece, ya q u e la d is tin c ió n e n tre v e n a y arteria
n o se c o n o c ía a ú n . C f . el A n e x o 8.
678 L a m é d u la esp in a l, cf. supra, 7 4 a ·
679 Los d o s co n d u c to s a lu d id o s e n este tex to (a o rta y v e n a cava in fe r io r y s u p e r io r ) so n
ig u a lm e n te lo s q u e d is tin g u e A r is tó te le s (Partes de los animales I I I 4* 6 6 6 b 2 5 t 5 >
6 6 7 b l5 , 6 6 8 a l) . A ris tó te le s re c u rre a la m ism a c o m p a ra c ió n c o n u n a re d d e c a n a -
les p ara irrig a r lo s ja r d in e s (cf. Partesde los animales, III 5 > 6 8 a lo ) .
680 C f . supra 7 5 d . C f . el A n e x o 8, p a ra u n a ilu stra c ió n .
681 T im e o a trib u y e a la sa n g re la fu n c i ó n q u e n o s o t r o s a t r ib u im o s a lo s n e r v io s , la
d e tr a n s m itir las s e n s a c io n e s . E n su Historia de los animales (III 2 , 5 IIb _5 I 2 a ), A r i s -
tó t e le s a t r ib u y e u n a c o n c e p c ió n s im ila r a D io g e n e s d e A p o l o n i a . P a ra u n
c o m e n ta r io , cf. A n d r é L aks, Diogène d ’A pollonie, L ille (Presses U n iv . d e L ille ) 19 ^ 3 ’
P- 5 7 - 7 0 .
682 C f . supra, 5 8 a -b .
683 C f . supra, 56 a.
684 A q u í e l té r m in o koilía d esign a p ro b a b le m e n te a to d a la cavidad d e l tr o n c o , qu e es el
lu g a r de la re s p ira c ió n y q u e c o m p r e n d e co n c re ta m e n te el tu b o d igestivo , d o n d e el
fu e g o tr a n s fo rm a a lim e n to y b e b id a e n san gre. D e h e c h o , se trata d e e x p lica r có m o
f u n c io n a n d e c o m ú n a c u e rd o re s p ira c ió n e ir r ig a c ió n san gu ín ea , p a ra a lim e n ta r al
c u e r p o tr a n s fo r m a n d o el a lim e n to e n san gre tra n s p o rta d a e n to d as las p arte s d el
c u e r p o . Esta e x p lic a c ió n está b ie n traíd a , a u n q u e sea ard u a, p a rtic u la rm e n te e n la
4i8 TIMEO
705 R eco rd a to rio del p ro ceso d escrito m ás a rrib a , en 6 0 e - 6 l c . Por lo que, para
T im e o , el fenóm en o de la atracción n o se explica p o r un m ovim iento a distancia.
706 T od os estos fe n ó m en o s se exp lican de la m ism a m an era. I. E l agua es em pujada
hacia d ela n te p o r el re m o lin o del a ire en la su p e rfic ie . 2 . La caída del rayo se
debe a que el fuego es proyectado hacia abajo p o r el choqu e de las nubes y em pu
ja d o en la m ism a d ire c ció n p o r la re a cc ió n in cesa n te del a ire que su rca. 3 ) El
ám bar y el im á n n o atraen , hablando c o n pro p ied ad , sino que los efluvios esca
pados de sus po ro s efectúan u n circu ito y em p u jan hacia ellos los cuerpos p ró x i
m os. Previam ente hay que fro ta r el ám bar para a b rir los p o ro s; el h ie rro solo es
atraído p o r el im án, ya que solo él posee la densidad requerida para que los eflu
vios del im án n o puedan n i resbalar sobre él n i atravesarlo. (N ota de J . M oreau
ad locum).
707 E n definitica, lo que parece asom broso se explica p o r una co m b in ación de causas
com pletam ente naturales.
708 C f. supra, 79 a -e .
709 C f. supra, 78 e~ 79 a·
710 C f . supra, 7 7 a - c . P o d ría m o s v e r e n esta ad v e rte n c ia u n alegato a fa v o r d e l v e g e ta ria-
n is m o .
711 E n el texto griego leem os exómorxis. E l fuego que co ntien e explica el c o lo r de la san
gre, supra, 6 8 b .
712 E l té rm in o básis se consid era que aquí designa la sede de un órgano, de una parte
del cuerpo.
713 C f . supra, 5 8 a -c .
714, P re cisam e n te p o rq u e escapa a estas ag re sio n es e l m undp^&eftsible n o está s o m e tid o
n i a la m u e rte n i a la e n fe rm e d a d . C f . supra, 3 3 a - b . E l e x te r io r es p u e sto e n r e la -
c ió n c o n la d is m in u c ió n , y el in te r io r c o n e l a u m e n to .
715 R e a firm a c ió n de la a n a lo gía m icro c o s m o s/ m a cro c o s m o s , esta vez, e n e l n iv e l d e lo s
cu e rp o s
716 P o rq u e, de h ech o , n o p u ed e h ab er vacío e n él, co m o acabam os d e ver (supra, 79 a sq .).
717 A s í es co m o tr a d u z c o ekdruókhon. C o m o h a señ a la d o F. M . C o r n f o r d , la m e tá fo ra
n o es fo rz o s a m e n te m a rítim a . [C o n se rv a m o s este s e n tid o c o n e l té r m in o « e s c o -
r a s » , es d e c ir, lo s p u n tale s q u e s o stie n e n lo s co stad o s d e l b u q u e e n c o n s tr u c c ió n o
e n v a ra d e ro ].
718 L a id e a segú n la cu a l cada sustancia se alim e n ta d e u n a sustan cia a fín p ro v ie n e p r o -
b a b le m e n te d e A n a xá g o ras, y qu izás el Fedón (9 6 d ) h ace a lu s ió n a ella. C f . ta m b ié n
A ris tó te le s, Degener, etcorrup. 333^1 sq.
719 E n la e x p r e s ió n h i rhízfl ton trigánon, p a re c e q u e h aya q u e le e r u n g e n it iv o s u je to .
E n tie n d o « e l fu n d a m e n to (= te x tu a lm e n te , la raíz) d e sus tr iá n g u lo s » , co m o « e l
fu n d a m e n to q u e c o n s titu y e n sus t r iá n g u lo s » , d e l m is m o m o d o q u e es p r e c is o
e n te n d e r « e l fre n te d e lo s s in d ica to s » co m o « e l fr e n te q u e co n s titu y e n lo s s in d i-
c a to s » . C o n esta e x p re s ió n , P la tó n p a rec e c o n c e b ir q u e e l v ivie n te co m o ta l c o n -
serva u n e le m e n to p e rm a n e n te , d el p r in c ip io al fin de su vid a.
720 C o m o h e m o s visto m ás a r r ib a ( 3 3 a - b ) , las cosas q u e s o b re v ie n e n a él d esd e fu e ra
so n las q u e d e s c o m p o n e n u n cu e rp o .
721 C f . supra, 73 ^» d.
722 Es d e c ir, u n a m u e rte q u e n o es la c o n s e cu e n c ia d e u n s u ic id io , de u n a h e rid a o de
u n a e n fe rm e d a d .
723 C f. supra, 64-d.
724- P ro b a b le m e n te p o r a lu s ió n a la d e s c r ip c ió n q u e acab a d e h ace rse d e lo s p ro c e s o s
fis io ló g ic o s ( 8 o d - 8 le ) .
420 TIMEO
c ió n d e s c r ib ir ía d e este m o d o la p r o g r e s ió n d e la e n fe r m e d a d d e l e x te r io r h a c ia
e l in t e r io r .
752 E n e l te x to g r ie g o , le e m o s hálmes. L a sal es u n a v a r ie d a d d e la m e zc la a g u a - tie r r a
( 6 o d - e ) . E n tr a e n la c o m p o s ic ió n d e la c a rn e ( 7 4 e - *!)· D e a h í su f u n c i ó n e n las
e n fe rm e d a d e s (8 2 e , 8 4a, 8 5 b ) q u e resu lta n de u n a d e s c o m p o s ic ió n de las carn es.
753 G f. supra, 8 2 e -8 3 a .
754 A s í tra d u zc o e l tà pro toúton, s ig u ie n d o u n a vez m ás a F . M . C o r n fo r d , lo q u e es c o n -
s e c u e n te c o n su t r a d u c c ió n d e hypó ( c f . n o ta 7 5 1) · [M a n te n e m o s e ste s e n tid o ,
s ig u ie n d o la c o n c a te n a c ió n q u e p r o p o n e V elá sq u e z e n tre péri tà somata paihemátQn (las
a fe c c io n e s c o r p o r a le s « d e la p e r ife r ia » ) y tàprd toútQn (las « d e l in t e r io r » ) , cf. O .
V elásqu ez G a lla rd o , op. cit., p . 215 » n · 5 2 6 ; y la re fe re n c ia a j . V ives, Diálegs. Timeu, Cri
tias, te x t rev isa t, tr a d u c c ió i n o te s d e J . V . , B a r c e lo n a , F u n d a c ió B e r n a t M e tg e ,
2 0 0 0 , p . 1 4 8 , n . 5 8 ].
755 Tónprósthen n o es g o b e r n a d o p o r tà nosémata, sin o p o r trakhytera. G f. 8 4 b .
756 E n e fe c to , la m é d u la re su lta d e u n a m ezcla d e to d o s lo s e le m e n to s e n estad o p u r o ,
q u e se h a lla n e n s u ju s ta p r o p o r c ió n , c f. supra, 7 3 b - c -
757 E n e l tex to g rie g o e n c o n tr a m o s pneüma, q u e ta m b ié n tra d u zc o p o r « a ir e » .
758 E l p u lm ó n n o p a re c e d e s e m p e ñ a r esta fu n c ió n , c u a n d o T im e o d e s crib e su e s tru c -
tu ra (c f. supra, 7 o d ) ; in c lu s o n o trata d e l p u lm ó n , c u a n d o d e s crib e e l p ro c e s o d e la
r e s p ira c ió n (c f. supra, 7 8 e ~ 7 9 e) ·
759 P ro b a b le m e n te u n a a lu s ió n a las e n fe rm e d a d e s p u lm o n a re s , co m o la tisis, la p le u -
resía o in c lu s o e l p u n to d e co sta d o . S o b re lo c o n c e r n ie n te a l s u d o r , cf. supra, 7 4 e e
infra, 8 3 d .
760 Para o tro s e je m p lo s d e este p ro c e s o , cf. supra 8 3 e , 8 2 e , 8 3 c, d .
761 V a r ie d a d d e té ta n o ca ra cteriza d a p o r q u e e l c u e r p o se ec h a h a c ia atrás.
762 A lu s ió n a lo s círc u lo s e n el alm a h u m a n a , cf. supra, 4 3 a sq.
763 Es d e c ir, la ep ile p sia d e la q u e se o cu p a u n trata d o h ip o c rá tic o .
764 P la t o n h a c e d e r iv a r e l t é r m in o v e r t id o p o r « i n f l a m a c i ó n » (phlegm ainein) d e
in fla m a r s e (phlégesthai), p r o b a b le m e n t e p a ra d e s c a rta r la e tim o lo g ía q u e r e la c io -
n a r ía las e n fe r m e d a d e s i n f la m a t o r ia s p r o d u c id a s p o r la b il is c o n la fle m a
(phlégma).
765 S e ñ a la re m o s q u e se trata de u n « e x p e r im e n t o » , e n el s e n tid o m o d e r n o d e l t é r -
m in o . H a lla m o s alg u n o s e je m p lo s d e este p r o c e d im ie n to e n A ris tó te le s.
766 L a e b u llic ió n es p ro v o ca d a p o r el ác id o (cf. supra, 6 6 b ). C f . ta m b ié n la fo r m a c ió n
d e a b sceso s p u r u le n to s (c f. infra, 8 5 b ) . S o b r e el e n fr ia m ie n t o y e l e s c a lo fr ío , cf.
supra, 6 2 b . Y so b re el o r ig e n d e la b ilis , cf. supra, 8 3 a -c .
767 M e tá fo ra esbo zad a e n 7 3 ^·
768 L a m e tá fo ra d e la c iu d a d e n estad o d e revu elta (stasiasásepolis) es d e n o m in a d a así p o r
la c o m p a r a c ió n d e la e n fe r m e d a d c o n u n a stásis (c f. 8 2 a ), t é r m in o q u e s ig n ific a
co n c re ta m e n te « d is tu r b io , re v u e lta » .
769 L o s ig u ie n te es u n r e c o r d a to r io y u n a ilu s t r a c ió n d e l p r in c ip io q u e g u ía to d a la
p a to lo g ía , cf. supra, 8 2 a - b .
770 P o stu lad o fo rm u la d o m ás a rrib a , e n 5 6 a - b .
771 S e g ú n p arece, T im e o vuelve a q u í a la p rim e ra clase d e e n fe rm e d a d e s , las d eb id a s a
u n exceso o a u n d e fe cto (8 2 a ), cf. n . 7 2 8 .
F u ego Agua A ir e T ie r r a
Anexo 1
L a s m e z c l a s d e l a s q u e r e s u l t a e l a l m a d e l m u n d o
ser in d iv isib le
ser d ivisib le
m ism o in d iv isib le ^ τ V i i i i
> m ism o in te r m e d io f alm a d e l m u n d o
m ism o d iv isib le )
o tro in d iv isib le
o tr o in te r m e d io
o tr o d iv isib le
A nexo 2
La e s tr u c tu r a m a te m á tic a d e l a lm a d e l m u n d o
E l a lm a d e l m u n d o está c o n s titu id a a la m a n e r a d e u n a
e sfe ra a r m ila r , p o r q u e , a u n q u e d e b a ser e l p r in c ip io d e lo s
m o v im ien to s y d e lo s cam b ios e n to d o el u n iv e rso , tie n e co m o
fu n c ió n p r im o r d ia l d ar cu en ta de los m o v im ien to s de los c u e r -
p o s celestes, es d e cir, p e r m itir u n a d e sc rip c ió n m atem ática del
ca m b io e n el á m b ito a stro n ó m ico .
T ras h a b er co n stitu id o la m ezcla fu n d a m en ta l q u e sirve p ara
fa b ricar el alm a d el m u n d o (cf. el A n e x o i) , e l d e m iu rg o , p a re -
c id o a u n h e r re ro , va a la m in a r esta m asa para tra n sfo rm a rla en
u n a p la c a e n la q u e in tro d u c ir.á c ie r to n ú m e r o de d iv isio n e s
(cf. el A n e x o 3 ). C o m ie n z a re c o rta n d o a lo larg o esta m asa en
d os b a n d a s, q u e d e n o m in a p a r a d ó jic a m e n te la b a n d a d e lo
M ism o y la d e lo O t r o , a u n q u e estas d os b a n d a s están c o n s ti-
tuid as p o r u n a m ezcla d e l S er, d e lo M ism o y d e lo O t r o . Esta
o p e r a c ió n va a d ar cu en ta d e la d is tin c ió n q u e se observa en tre
astros fijo s y p lan etas. D e sp u és, la b a n d a d e lo O t r o , la d iv id e
e n siete seccio n es p a ra d ar cu en ta d el m o v im ie n to de lo s siete
planetas c o n o cid o s e n su época. E l m o v im ie n to a p aren tem en te
e r rá tic o d e lo s p la n e ta s e x p lica p r o b a b le m e n te el n o m b r e de
« O t r o » d a d o a esta b a n d a , p a ra o p o n e r lo a la b a n d a d e lo
« M is m o » qu e rep resen ta el m o v im ie n to ap aren te m en te re g u -
la r d e las estrellas fijas.
Esta p rim e ra o p e r a c ió n n o basta. H a p e rm itid o la co n s titu -
c ió n d e las d o s b a n d a s. P e ro estas b a n d a s d e b e n ser d o b la d a s
en to n c e s p a ra d ar esos círcu lo s so b re lo s cuales se m o v e rán los
cu erp o s celestes c o n esa p e rm a n e n c ia q u e asegura, e n u n espa-
cio de dos d im e n sio n e s, la p erfecta sim etría d e l círcu lo .
A ú n hay qu e dar cuen ta de la regu larid ad de los m ovim ien tos
de los cu erp o s celestes: en to n ces va a in terven ir la p r o p o r c ió n .
ANEXOS 427
2o 21 22 23
3° 31 3a 33
P e ro la e x p lica c ió n m atem ática va m u ch o m ás lejo s.
E n tr e cada u n o d e estos siete n ú m e r o s q u e r e p r e s e n ta n ,
co m o verem o s más tarde, el rayo de la ó rb ita d e cada u n o de los
siete p la n eta s q u e g ra vita n a lr e d e d o r d e la tie rr a , la cu a l p e r -
m a n e c e in m ó v il e n e l c e n tr o —e l n ú m e r o I c o r r e s p o n d e a la
d is ta n cia de la tie r r a a la lu n a — se e n c u e n tr a n in s e rta d o s dos
se ries d e m e d io s p r o p o r c io n a le s o b te n id o s p o r la in s e r c ió n ,
en tre lo s siete n ú m e r o s m e n c io n a d o s m ás a rrib a , d e estos dos
tip o s d e m ed ias:
1) m e d ia a r m ó n ic a x — a = a / n y b — x = b /n ; d e d o n d e x -
a/a = b -x / b = a/n y (x-a) b = (b -x ) a ó x = 2ab/ (a +b)
2) m ed ia a ritm ética (x — a) = (b — x) ó x = (a + b)/2
L o q u e da:
i) c o m o re su lta d o s d e la in s e r c ió n d e lo s m e d io s p r o p o r -
cion ales a rm ó n ico s y aritm ético s e n la p rim e ra p ro g re sió n g e o -
m étrica:
extrem os m edias
a rm ó n ica s a ritm ética s
a =I b =2 4 /3 3 /2
a =2 b =4 8/3 3
a =4 b =8 16/3 6
extrem o s m ed ias
a rm ó n ica s a ritm ética s
a =I b =3 3/2 2
a =3 b =9 9/2 6
a =9 b =27 27/2 18
3 9/2 6 9 2 7 /2 18 27
a I 9 /8 81/64 4 /3 3 /2 27/16
2a 2 9 /4 81/32 8/3 3 27/8
4a 4 9 /2 81/16 16/3 6 2 7 /4
8a 8 9 81/8 3 2 /3 12 27/2 ι6
16a 16 18 81/4 6 4/3 24 27
9/8 2 5 6 /2 4 3 9 /8 9 /8 9 /8 2 5 6 /2 4 3
P e ro es p re c iso se ñ a la r q u e P la tó n n o tie n e e n a b so lu to la
in t e n c ió n d e k a c e r la te o r ía d e l tip o d e m ú sica q u e p o d r ía n
e m itir lo s cu erp o s celestes.
43° TIMEO
A nexo 3
D e s c r i p c i ó n d e l a f a b r i c a c i ó n
P O R E L D E M IU R G O D E L A E S F E R A A R M IL A R
Q U E REPRESEN TA EL A LM A D EL M U N D O
( D e la f ig u r a 1 a la f ig u r a $ )
M ism o
27
Otro
2 3 4 8
F ig u r a 1
ANEXOS 4SI
M ism o
F ig u ra 4
432 TIMEO
A p a rtir d e l c e n tro :
— T ie r r a
— Luna
-S o l
— M e rc u r io
— V en u s
— M arte
—J ú p ite r
— S a tu rn o
ANEXOS 433
A nexo 4
A . M o v im ie n t o d e l t o d o
(1 ) L o M ism o (3 6 c) c o m u n ic a u n a r o ta c ió n axial a la to ta -
lid a d d e la esfera d e l c u e rp o d e l m u n d o , d e l ce n tro a la
cir c u n fe re n c ia ( 3 4 a >b , 3 6 e ).
(2 ) L o O t r o , c o n s id e r a d o c o m o u n m o v im ie n to ú n ic o
(3 6 c , 3 7 b , 3 8 c ), c o m u n ic a u n m o v im ie n to c ir c u la r a
lo s p lan etas (so la m en te) e n siete círc u lo s p o r d iv isió n
(3 6 c, d ).
B. M o v im ie n to d e las p a rte s
E ste c u a d ro r e p r o d u c e e n lo e s e n c ia l e l q u e e la b o ra F. M .
C o r n f o r d (.Plato’s Cosmology, I 9 3 7 > Ρ · 1 3 6 - 1 3 7 ) · F u e o b je to d e
crítica s, e s p e c ia lm e n te p o r D .R . D ic k s (Early Greek Astronom)) to
Aristotle, 1 9 7 0 , p . 1 2 4 - 1 2 7 ) · Estas críticas se c e n tra n so b re to d o
e n la o p o r tu n id a d de la a tr ib u c ió n d e u n m o v im ie n to p r o p io
a cada p la n e ta , y fu e r o n r e cu p e ra d a s p r in c ip a lm e n te p o r G .
V la sto s, Plato’s Universe, O x fo r d , 1 9 7 5 - Ρ · 4 9 ' δ 1 ·
436 TIMEO
A nexo 5
T e o r í a d e l a v i s i ó n
(D e la f ig u r a 6a la f ig u r a J )
A. VISIÓ N DIRECTA
Objeto
F ig u r a 6
B. REFLEXIO N EN UN ESPEJO
Im agen
S u p e rficie d e l espejo
Rayos
F ig u r a 7
ANEXOS 437
A nexo 6
C o n s t r u c c i ó n d e l o s c u a t r o p o l i e d r o s r e g u l a r e s
C O N O C ID O S EN L A É P O C A D E P L A T Ó N
( D e la f ig u r a 8a la f ig u r a l ß j ta b la s 1, 2j 3)
Triángulo
rectángulo
isósceles
4
v'2
F ig u r a
T rián g u lo
rectángulo
escaleno
F ig u ra 9
43« TIMEO
C uadrado
de base para
e l hexaedro o
e l cubo
F i g u r a 11
439
T etraed ro
F i g u r a 12
F ig u ra 13
440
Icosaedro
F i g u r a 14
H exaedro
o cubo
F ig u ra 15
ANEXOS 441
T a b la 1
N ú m e r o de triá n g u lo s elem en tales
p ara cada u n o de lo s p o lie d r o s regulares
N úm ero
Poliedro N úm ero de
Elem ento de triángulos
regular î.fjgAySiÉâras
rectángulos
4 triá n g u lo s
fu e g o tetra ed ro 2 4 escalen os
eq u ilátero s
8 triá n g u lo s
aire o ctaed ro 4 8 escalen os
eq u ilátero s
2 0 triá n g u lo s
agua ico sa ed ro 12 0 escalen os
eq u ilátero s
T a b la 2
« E c u a c io n e s » que d e scrib e n la tra n sm u ta ció n d e l fu e g o ,
d el a ire y d el agua
1 [fu ego] = 4 Δ
2 [fu ego] (2 X 4 Δ) = I [aire] ( 8 Δ)
I [fu ego] (4 Δ) + 2 [aire] (2 x 8 Δ) = I [agua] (2 O Δ)
2 1 / 2 [aire] (2 1/2 x 8 Δ) = i [agua] (2 0 Δ)
442 TIMEO
T abla 3
V o lu m e n y su p e rficie d e lo s p o lie d r o s regu lares
Poliedros V s
I/I2 a3 T í =
T e tra e d ro a2 / 3
0 ,117 8 a3
H e xaed ro a3 6a2
1/3 a3 /2
O cta e d ro 2a2 /3
0 ,4 7 1 4 a3
1/3 a3 (15 + 7 ^ 5 ) =
D o d e ca e d ro 3 y/ 2 5 + ί ο / ξ Ρ
7 ,6 6 3 1 a3
5/12 a3 (3 + / 5 ) =
Ico saed ro 5 a2 /3
2 ,l8 l7 a3
p e r ife r ia d e l u n iv e rs o y si, d e p ie e n la p a re d i n t e r i o r d e la
esfera, apartam os dos cantidad es desiguales d e fu e g o , si co lo c a -
m o s esas p a rtes e n lo s p la tillo s d e u n a b a lan za y leva n ta m o s el
astil, ¿ q u é co n sta tam o s? L a ca n tid a d m e n o r ced erá a la fu erza
q u e se le o p o n e y, « lig e r a » , su b irá h a cia « a r r ib a » (es d e c ir,
h a cia e l c e n tro d e la esfera ). L a ca n tid a d m ás im p o r ta n te será
« p e s a d a » y se d ir ig ir á h a cia « a b a jo » (es d e c ir, h a cia el p e r í-
m e tro de la esfera) y la can tid ad m ás im p o rta n te , « p e s a d a » , se
d ir ig ir á h a cia « a b a jo » (es d e c ir, h a cia e l c e n tro d e la esfera).
A s í p u es, p a ra d ó jica m e n te , lo s m ism o s té r m in o s , « p e s a d o » y
« l i g e r o » , p r o n u n c ia d o s e n la p e r ife r ia o e n el c e n tro d el u n i -
ve rso d e s ig n a n m o v im ie n to s cu ya d ir e c c ió n es in v ersa . E n
r e su m e n , « a r r ib a » y « a b a jo » n o d iv id e n e l u n iv e rs o e n d os
r eg io n e s; co m o su cede c o n « p e s a d o » y « li g e r o » , q u e tie n e n
u n sig n ifica d o o p u esto segú n el lu g a r e n q u e se lo s p r o n u n c ie .
E sta e x p lic a c ió n tie n e la v e n taja d e c o n c o r d a r c o n la p r e -
c e d e n te ( Timeo 5 5 d sq ·) · E n e fe c to , ya n o s e n c o n tr e m o s e n el
c e n tro d e l u n iv e rs o o e n su p e r ife r ia , si a p artam o s ca n tid a d es
d e sig u a le s d e t ie r r a o d e fu e g o , e n a m b o s caso s, la c a n tid a d
m e n o r cfede fá c ilm e n t e a la fu e r z a q u e se le o p o n e , ya q u e
es « lig e r a » , lo qu e n o sucede c o n la m ás im p o rta n te , ya qu e es
« pesada» .
E sta c o n c o r d a n c ia es ta n so lo u n o d e lo s e je m p lo s d e la
re la ció n sistem ática q u e T im e o establece en tre las sensaciones y
las realid ad es qu e las d esen ca d en a n .
ANEXOS 44 7
A nexo 7
S i s t e m a d e c o l o r e s
L a e x p lic a c ió n d e lo s c o lo r e s q u e p r o p o n e P la tó n es tan
sim p le y c o h e r e n te q u e m e h a p a re c id o in te re sa n te p re se n ta r
u n a tabla d e ella.
D o r a d o (E) = A +G +D
P ú rp u ra (F) = A +B +C
P ard o ( G ) = (A + B + C) + B = A + 2 B + C
R o jo (H ) = E + I = ( A + C + D ) + ( A + B ) = í> A + B + C + D
G r is (I) = A +B
O c r e (J) = E + A = (A + C + D ) + A = 2 a + C + D
L apislázuli ( K ) = A + B + D
G la u c o (L ) = A + K =A + ( A + B + D) = ?A + B + D
V erd e (M ) = H + B = (2A + B + C + D ) + B = 2 A + qB + C + D
44-8 TIMEO
I A B
F A B C
G A 2B C
H 2A B C D
Μ 2A 2B C D
E C D A
J C D 2A
K D A
L D SA
ANEXOS 44 9
A nexo 8
F i g u r a 16
(se g ú n A . L aks, Diogène d ’Apollonie, L ille , Presses U n iv . d e L ille , 1 9 8 3 )
450 TIMEO
A nexo 9
La « nasa»
\ *
CRONOLOGÍA
750 C o m p o s ic ió n de la litada.
E scritura alfabética
725 en G recia.
C o m p o s ic ió n de la O disea;
7 0 0 -6 5 0
H esio d o , A r q u ilo c o , T ir te o .
A r co n ta d o de D r a có n en
6 21
Atenas.
H im n os a D em éter, Ib ico ;
6 0 0 -5 5 0 A lc e o y Safo; se editan
los poem as h om éricos.
594-593 A r co n ta d o de S o ló n .
452 TIMEO
Principales
Fechas acontecimientos Sócrates Platón
culturales y políticos
E clipse p ronosticad o
585-584 p o r Tales de M ileto .
F u n d a ció n d el oráculo
582
ap o lín eo en D elfos.
Floruit de A n axim a n d ro
565 de M ileto : p rim er libro
en prosa.
Pisistrato,
5 6 5 -5 2 7 tirano de Atenas.
5 6 0 -5 3 0 Floruit de Pitágoras.
O c u p a c ió n de J o n ia
54 6
p o r los persas.
Floruit de A n axim en es de
545 M ileto.
Tespis: se representan
las prim eras tragedias en
534 '
las fiestas dionisíacas
atenienses.
O rácu lo s
5 3 0 -5 0 0
de O n o m á c r ito .
5 2 7 -5 10 Pisistrátidas.
Principales
Fechas acontecimientos Sócrates Platón
culturales y políticos
Floruit de H eráclito
490
de Efeso.
Anaxágoras
479-430 de Clazom enas enseña
en A te n a s .
F u n d a ció n de la Liga
478/477 de D élo .
D u rará hasta 4 0 4 ·
N acim ie n to
469-470
de Sócrates.
Floruit de E m p éd ocles de
460-450
A g rig en to .
G u erra de G o r in to
459 con tra Atenas
Se estrena la Orestíada
458
de E squilo.
TIMEO
454
Principales
Fechas acontecimientos Sócrates Platón
culturales y políticos
E l tesoro de la L iga es
454 transferido a A tenas.
Floruit de A rq u e lao
4 5 0 -4 3 0 de A tenas, Protágoras
de A b d era ; H e ró d o to .
447 Batalla de C o r o n e a .
E o r u it de M eliso de
444 Samos.
Pericles es elegido
4 4 3 -4 2 9 estratega.
Sócrates en tra en
con tacto co n el
e n to rn o de Peri
4 4 1-4 2 9
cles (Aspasia,
A lcib iad es,
A x ío c o , Calías)
Se estrena A n tig on a de
440
Sófocles.
Floruit de D io g en es de
4 40 -43 5 A p o lo n ia y de L eu cip o de
A b d era.
Se levanta el P arten ón
438
de Fidias.
G u erra de C o r in to
4 3 2 -4 2 9 Revuelta de Potidea.
CRONOLOGÍA 455
Principales
Fechas acontecimientos Sócrates Platón
culturales y políticos
G uerras
4 3 1 -4 0 4
d el P elopon eso.
Se estrena M e d e a
431 de E u rípides.
Se estrena E d ip o R e y de
H o p lita en
430 Sófocles; peste e n A t e
Sam os.
nas ( 4 3 0 -4 2 6 ) .
F l o r u i t de D em ó crito
4 3 0 -4 0 0
de A b d era .
N acim ie n to
de P la tó n en
4 2 8 /4 2 7 Revuelta de M itilen e. A ten as, e n el
seno de u n a
fam ilia n o b le.
Sócrates se casa
Se estrenan las N u b e s de c o n ja n tip a ,
4 23 A ristófan es. c o n la que
tendrá tres hijos.
C o n la paz de N icias
con cluye la p rim era
421 parte de la guerra del
P elo p o n eso , favorable
a A tenas.
L o s habitantes de
416 M elo s so n masacrados
p o r los atenienses.
456 TIMEO
Principales
Fechas acontecimientos Sócrates Platón
culturales y políticos
G o lp e de estado
o ligárqu ico de los
411 « C u a tr o c ie n to s » ,
después de los
« C in c o M i l » .
R establecim iento de la
4 10
dem ocracia en Atenas.
Platón ,
Regreso de A lcibiades
407 d iscípu lo de
a Atenas.
Sócrates.
D in o s io I, tirano de
4 0 5 - 367 Siracusa.
Sócrates,
M u erte de E u rípides; presid en te d el
40 6 /4 0 5 batalla de las C o n s e jo .
Argin u sas. E l proceso de las
Argin u sas.
Se estrena Bacantes
H eg em o n ía de
4 0 4 -3 7 1 Esparta.
T ir a n ía de los T rein ta
4 0 4 -4 0 3
en A ten as.
Sócrates se niega
a obed ecer a los
404 Treinta y detener a
L eó n de Salamina.
M u erte de T u cíd id es y
Critias.
403 R estauración de la
dem ocracia en A tenas.
CRONOLOGÍA 457
P r in c ip a le s
a c o n te c im ie n to s
Fech as S ócrates P la t ó n
c u ltu r a le s y
p o lític o s
Proceso y co n d en a
de Sócrates: A n ito ,
je fe de la dem ocra
cia restaurada p o r
la revolu ción de
4 0 3 , acusa a S ó cra
tes de im pied ad, de
co rru p ció n de la
Platón , acom pañ ado
ju v e n tu d y de
de otros seguidores
práctica de
399 religiones nuevas.
de Sócrates, se
traslada a Mégara,
Sócrates es
c o n Euclides.
co n d en a d o a
m u erte p o r 2 8 0
votos a favor y 2 2 0
e n contra. A n te s de
beb er la cicuta,
espera u n mes el
regreso del barco
sagrado de D é lo .
Los biógrafos
antiguos hablan de
u n viaje de P latón
a G iren e, en E gipto.
A su regreso
3 9 9 -3 9 0 a A tenas,
P latón escribe: Io n ,
C á rm id e s , P ro ta g o ra s ,
H ip ia s m e n o r, L a q u e s ,
E u t if r ó n y R e p ú b lic a ( I ) .
Q u izás P la tó n tom ó
394 parte e n la batalla de
C o r in to .
458 TIMEO
Principales
acontecimientos
Fechas Sócrates Platón
culturales
y políticos
P latón redacta: A p o lo g ía
de S ó c ra te s , C r it ó n , M e n é x e n o ,
3 9 0 -3 8 5 M e n ó n , G o rg ia s , E u tid e m o , L is is
y C r á t ilo .
R egreso de P latón a
A tenas, y fu n d a ció n de la
00
00
A cad em ia en el ja r d ín
dedicado al héroe A cad em o.
Platón escribe: F e d ó n , B a n q u e te ,
3 8 5 -3 7 0
R e p ú b lic a ( I I - X ) , F e d ro .
Paz del R ey 0 de
38 6
A n tálcid as.
N a cim ie n to de
3 8 5 /4
A ristóteles.
G u erra de Esparta
382
con tra A tenas.
G u erra de
378 A ten a s-T eb as
co n tra Esparta.
A ten a s es d u eña
d el m ar E g e o . Se
376
reconstruye la liga
beo cia.
Tebas d errota a
Esparta en Leuctra:
371
fin de la supremacía
m ilitar de Esparta.
CRONOLOGÍA 459
P r in c ip a le s
a c o n te c im ie n to s
F ech as S ócrates P la tó n
c u ltu r a le s y p o l í
tico s
E n tra A ristóteles en la
3 6 8 -3 6 7 A cad em ia. E u d oxo
co n o ce a Platón .
M u erte de
D io n is io I, S egunda visita de P latón
3 67 -36 6 a Sicilia.
D io n is io II, tirano
de Siracusa (3 6 7 )·
P la tón se en cu en tra co n
D io n , que asiste a los
Ju egos O lím p ic o s.
360 E l exiliado le com un ica
su in te n c ió n de organizar
u n a exp ed ició n contra
D io n is io II.
Principales
acontecimientos
Fechas Sócrates Platón
culturales
y políticos
M u erte
355 de J e n o fo n te .
M u erte de P la tón en
347 A tenas, dejand o
inconclusas las Leyes.
T im o le o n te en
3 4 4 - 3 3 7 /3 3 6 Sicilia.
Batalla
338 de Q u e ro n e a .
I
Ín d i c e d e n o m b r e s p r o p io s
A m a s is , F a r a ó n 2 le H e r a c le s ( c o lu m n a s d e ) 2 4 e
A m in a n d r o 2 lc -d H e rm ó cra te s 2 0 a - c
A p a tu r ia s 2 ib H e s ío d o 2 l c - d
A s ia 2 4 b H om ero 2 lc -d
sq. L ib ia 24e
A t e n e a 2 le L ocro 20a
A t lá n t id a 2 4 e ~2 5 d M u sa s 4 7 e!
C r it ia s (re la to d e ) 2 0 d -27b N e i t h 2 le
C ron o 40e s· N i l o 2 le
C u r io tis 2 ib N ío b e 2 2 a
D e u c a lió n 2 2 a O céano 4° e
D r ó p id o 2 0 e P ir r a 2 2 b
E g ip t o 2 l c s q ., 2 3 a s q ., 2 5 b R e a 4 0 e s.
F a e to n te 2 2 c S a ític a 2 le
F o r c is 4 0 e S ó c r a te s I 7 a - 2 7 b , 29^
Foróneo 22a S o l ó n 2 0 e sq.
H ades 4 4 e T i m e o 2 0 a , c, 27a
H e fe s to 23e T ir r e n ia 2 5 b
H e li o 2 2 c U ran o 4 0 e
H era 4 Ia s· Z eu s 4 Ia
462 TIMEO
II
Ín d i c e d e t é r m i n o s y d e t e m a s
2 8 a sq ., 4 1 b , c, 4 ^ e ’ 5 ° c > μιμεΐσθαι) i g d - e , 4 o d , 4 7 c ,
e, 5 id , 5 3 a . 5 4 b ' c > 5 5 d, 4 8 e , 5 0 c, 5 1b , 8 o d , 8 8 d
5 6 c , 5 7 c - d , 5 8 a , C, 6 0 a , im p e d im e n to (φθόνος) 2 3 d
63c, 66d , 69a, 7 3 c - 77b - im p la n ta n c ió n de las alm as en
p e z (πίττα) 6 0 a p u r p ú r e o (άλουργόν) 6 8 c
80c 19 c, e, 2 0 b - d , 2 1a, c - e ,
p ie d ra s d e H eracles 8 0 c 2 2 a, 2 6 a, c - e , ‘Z ja -c ., 28a,
p ie l (δέρμα) 7 6 a -e , 2 g a-c, 30b, 32b, 36d,
p ir á m id e (πυραμίς) 5^b 3 7 a -b , 38a, c-d , 42d,
p la c e r (ήδονή) 2 6 b , 42*> 4 7 d> 4 6 d , 4 7 a - c, e, 4 9 a , b ,
59d, 6 4 c-d , 6gd, 80b, 50b, 5 ib -c , e, 52c, d,
8 id - e 53a, c-d , 53e, 5 4 b , d,
p lan etas (πλανητά) 3 8 e >c|· 5 5 d, 5 6 a -c, 5 7 d, 5 g c ,
p lan tas (φυτά) ®®e 6 o e , 62a, 6 7 d , 68 b, 69a,
470 TIMEO
Agradecimientos 7
INTRO DUCCIÓN 9
I. Los preludios 10
II. El modelo cosmológico 27
III. Estructura del diálogo 114
IV. Datación 119
V. Influencias en la Antigüedad y el Medievo 122
VI. Tradición manuscrita 126
B ib l io g r a f ía 129
N o ta p r e l im in a r 161
TIMEO 167
NOTAS A LA TRADUCCIÓN 377
ANEXOS 425
C r o n o l o g ía 4S I
Í n d ic e a n a l ít ic o 46 1
Indice de nombres propios 461
Indice de términos y de temas 462
Escrito al final de la vida de Platon, entre 358-356 a.C., el Timeo relata una discusión
que habría tenido lugar entre 430 y 425 a.C., y debiera formar parte, junto con el
Critias y el Hermócrates, de una trilogía que describe el origen del universo (macro
cosmos), del hombre, considerado como un universo en miniatura (microcosmos),
y de la sociedad, considerada como el paradigma al que debería conformarse la ciu
dad real. Esta trilogía habría permitido a Platón reemprender el proyecto de sus
predecesores que, a partir del s. VI a.C., recogieron el testimonio de poetas como
Hesíodo, exponiendo lo que fueron la aparición y evolución de toda la realidad.
El diálogo que presentamos se compone del texto griego del Timeo, de su traduc
ción castellana, acompañada de una introducción, una bibliografía, una cronolo
gía y unos índices de nombres propios y de términos y de temas, confeccionados
expresamente para esta edición bilingüe, además de las notas a la traducción y los
anexos, elaborados por Luc Brisson.
A B A D A EDITORES
L E C T U R A S DE F I L O S O F Í A