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Espiritismo
ANÁLISE & CRÍTICA
O certo é que os seres orgânicos possuem uma força íntima que produz
o fenômeno da Vida.
Allan Kardec
Kirlian foi chamado. No Instituto de Pesquisas em que ele teria que pegar um
equipamento viu, por acaso, a demonstração de um instrumento de alta freqüência
de eletroterapia. Enquanto o paciente recebia tratamento através dos elétrodos da
máquina, Kirlian notou, de repente, um minúsculo lampejo de luz entre os
elétrodos e a pele. “Conseguirei fotografar uma coisa dessa?”, conjecturou ele.
“E se eu pusesse uma chapa fotográfica entre a pele e o elétrodo?”.
Ligou a máquina. Sentiu uma dor lancinante na mão, debaixo do elétrodo metálico.
Era uma queimadura séria. Três segundos depois desligou a máquina e foi
correndo mergulhar a chapa fotográfica na emulsão. À medida que a fotografia se
revelava no quarto escuro, pôde constatar nela um a estranha marca de
luminescência nos contornos dos dedos.
Ele descobriu o que os cientistas já haviam observado esse fenômeno, que fora
incluído em seus relatórios de pesquisas e depois esquecido. Kirlian tinha um
palpite intuitivo de que estava na pista de alguma coisa. Persistiu. O seu talento e
o seu engenho altamente conceituados em eletrônica entraram logo a funcionar no
novo projeto. Outras técnicas de fotografia sem luz - raio X, raios infravermelhos,
radioatividade de nada serviram. Ele teria de descobrir um processo inteiramente
novo para registrar em filme a energia luminosa procedente do corpo humano.
Por volta de 1949, os Kirlian tinham uma série completa de instrumentos que lhes
permitiam examinar o jogo das correntes de alta freqüência em seres humanos,
animais, plantas e objetos inanimados. Concluíram, então, que já tinham
aperfeiçoado bastante a técnica para mostrar seus resultados a biologistas,
fisiologistas, botânicos e outros cientistas. Não tardou que os luminares do mundo
científico Soviético se deslocassem para Crasnodar: biofísicos, médicos,
bioquímicos, peritos em eletrônica, criminologistas, todos iam bater à porta da
casinha de madeira, onde morava o casal já famoso, que se erguia na Rua Kirov,
em Crasnodar.