Вы находитесь на странице: 1из 6

:: NOVA ESCOLA ON-LINE :: Page 1 of 6

Planos de aula

Ensino Fundamental II

Língua Portuguesa Língua Oral Escuta / Produção Oral

Seqüência Didática

Redução da maioridade penal (de 18 para


16 anos)
Introdução

Quanto ao gênero
Segundo o livro “Gêneros orais e escritos na escola” (de Bernard Schneuwly, Joaquim Dolz e
colaboradores. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004) existem três formas para se trabalhar DEBATE
em sala de aula:
1. Debate de opinião (regrado) de fundo controverso (diz respeito a crenças e opiniões), não visa uma
decisão, mas uma colocação em comum das diversas posições, com a finalidade de influenciar a posição
do outro ou mudar a sua própria;
2. O debate deliberativo que visa um a tomada de decisão, sendo necessário a cada vez que há escolhas
ou interesses opostos e como é explicação e negociação dos motivos de cada um, pode permitir traçar
soluções originais que integram posições anteriormente opostas;
3. O debate para resolução de problemas. É importante para dar ordem a algo, uma vez que a solução
existe, mas não é conhecida e é preciso elaborá-la coletivamente, explorando a contribuição de todos os
participantes. Esta proposta poderá aumentar as capacidades dos alunos em buscar soluções,
formulando e escutando os outros.

Quanto ao tema
Atualmente a maioridade penal é atingida aos dezoito anos, o que significa dizer que o jovem, antes de
completar essa idade, é considerado inimputável, sujeitando-se a uma penalidade mais branda. De
acordo com o artigo 228 da Constituição Federal, "são penalmente inimputáveis os menores de dezoito
anos, sujeitos às normas da legislação especial". Idêntica previsão legal encontra-se no artigo 27 do
Código Penal. As normas de legislação especial mencionadas pela Carta Magna estão consubstanciadas
na Lei 8.069/90, também conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cujo art. 104 fixa
a idade de dezoito anos como limite para a inimputabilidade do menor.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA (Lei no. 8.069/90)


Criado em decorrência de exigência prevista na Constituição Federal de 1.988 e em substituição ao
Código de Menores, o ECA tem como objetivos, de um lado, garantir direitos fundamentais – vida, saúde,

http://revistaescola.abril.com.br/PrintPlanoAula.shtml 4/6/2008
:: NOVA ESCOLA ON-LINE :: Page 2 of 6

educação, recreação, trabalho, assistência social – reconhecendo os direitos dos jovens, e de outro lado,
estabelecer responsabilidade estatutária juvenil (enquanto os maiores de 18 anos têm responsabilidade
penal, os adolescentes têm responsabilidade estatutária juvenil), sujeitando adolescentes a medidas
sócio-educativas.

O Estatuto da Criança e do Adolescente objetiva também, como medida preventiva da delinqüência,


assegurar os direitos fundamentais de saúde, educação, recreação, profissionalização e assistência
social, através de ações que podem ser movidas contra os pais, responsáveis, inclusive contra o Estado.

As medidas sócio-educativas vão desde advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços
à comunidade, liberdade assistida, regime de semi-liberdade até a privação de liberdade, exigindo-se
flagrante ou ordem escrita e fundamentada do juiz. A internação, portanto, é a resposta concebida pelo
ECA a uma maior periculosidade do adolescente, verificada, em cada caso concreto, pela grave ameaça
ou violência a pessoa cometida por este. As medidas sócio-educativas, mais especificamente no que se
refere à internação, têm uma grande diferença em comparação à prisão propriamente dita aplicada ao
maior de dezoito anos. A circunstância que distingue fundamentalmente uma da outra está relacionada
com local do cumprimento da sanção.

A idéia de que a redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, pode diminuir o crescente nível de
violência no país, tem ganhado adeptos. Alguns acreditam, no entanto, que isto é equivocado.

Objetivo
Propiciar a experiência de fala dos estudantes, tendo vista a defesa de um ponto de vista sobre um tema
polêmico

Expectativas de Aprendizagem dos estudantes:


- aprender a comunicar-se em situações formais de fala;
- defender idéias em situações diversas/saber argumentar;
- compreender criticamente os sentidos e a intencionalidade de mensagens orais veiculadas no debate;
- respeitar as normas reguladoras do funcionamento dos diferentes gêneros orais (ouvir o outro sem
interromper ou interrompendo no momento oportuno, utilizar equilibradamente o tempo disponível para a
interlocução);
- empregar palavras ou expressões que funcionam como modalizadores para atenuar críticas, proibições
ou ordens potencialmente ameaçadoras ao interlocutor, como “talvez”, “é possível”, “por favor”.
- fazer uso de apoio escrito para a fala: esquema, anotações,etc.

Ano
8oº e 9º anos do Ensino Fundamental I (Ensino Fundamental de 9 anos)

Tempo estimado
Um bimestre

Desenvolvimento das atividades

http://revistaescola.abril.com.br/PrintPlanoAula.shtml 4/6/2008
:: NOVA ESCOLA ON-LINE :: Page 3 of 6

Antes do debate

A - O tema

1- Comece o trabalho, discutindo a respeito da redução da maioridade penal, para que você possa
introduzir o tema da SD, aproximando os estudantes do mesmo. O que os estudantes pensam a respeito?
Faça um levantamento preliminar das opiniões reinantes na turma. A finalidade é apenas conhecer mais
os pontos de vista deles.

2- Em seguida, organize a classe em grupos, solicitando que cada um pesquise sobre o tema em
diferentes fontes, para que tenham uma visão mais abrangente, para além das meras opiniões deles. O
que pensam juristas? sociólogos? psicólogos? educadores? outros profissionais?

3 – Se possível, peça aos grupos que visitem um Fórum da Infância e da Adolescência para conhecerem
mais de perto o trabalho que fazem com os menores infratores. Seria desejável que colhessem ainda
depoimentos de jovens que lá estivessem, como forma de ampliar as referências, tendo em vista os
próprios interessados na questão.

4 – Depois de todas as pesquisas , retomar as opiniões dos estudantes. Propicie que falem novamente
sobre o que pensam, aproveitando o momento para verificar também quais as “opiniões reinantes” na
turma. È possível perceber que há estudantes que representam cada lado da questão: os que discordam
da redução, os que concordam, os que têm ainda muita dúvida? Acolher e até mesmo problematizar
estas opiniões é um passo importante para o debate a ser feito.

B- O gênero textual

1- Converse sobre o que é um debate de opinião, ou seja, momento reservado e regrado em que as
pessoas defendem sua opinião a respeito de algo, procurando convencer o outro.

2- Discuta os princípios de um debate democrático:


a) Todos os participantes devem ter o direito de:
- Falar e ouvir livremente (não se deve interromper a exposição do outro; falar apenas quando for sua
vez);
- Expressar suas idéias com liberdade e ser respeitado em seu ponto de vista (não se deve zombar o
debatedor, por exemplo, durante sua exposição);
- Igualdade de condições (de tempo, por exemplo).
b) Uma vez que o debate é um confronto de idéias, nunca se devem julgar as pessoas envolvidas ou
levar a discussão para o pessoal;

c) Quando um participante contra-argumenta contestando o ponto de vista do outro participante pode se


estabelecer o direito de réplica e se necessário o de tréplica, o que depende de um acordo prévio entre os
participantes.

http://revistaescola.abril.com.br/PrintPlanoAula.shtml 4/6/2008
:: NOVA ESCOLA ON-LINE :: Page 4 of 6

3 – Defina com os estudantes o tempo do debate todo e quanto tempo cada um terá para defender suas
idéias e dar vez ao outro.

4 - Com as etapas anteriores da SD, acredita-se que os estudantes já tenham bons elementos para
defenderem suas idéias a respeito do tema. Organize-os em grupos e ajude-as a definir alguns aspectos:
Como argumentarão a favor de suas opiniões? Quem falará, em nome do grupo? Reserve um bom tempo
para esta preparação para o debate.

5 - Escolha estudantes que ficarão responsáveis por uma espécie de avaliação dos procedimentos no
“Durante o debate”: quem conseguiu defender sua idéia, acatando a do outro? quem cumpriu o tempo
previsto para sua fala? quem tem dificuldade de aceitar a opinião alheia e quer impor a sua como única?
quais argumentos foram mais fundamentados pelos colegas?

C- Questões lingüísticas do debate: a argumentação

A argumentação é forma de ação sobre o outro, com intenções de produzir determinados efeitos de
convenciomento (que pode ser uma resposta verbal ou mudança de atitude). A argumentação tem como
objetivo conseguir a adesão do outro para uma determinada conclusão. Quem apresenta um argumento,
usa evidências ou premissas para fundamentar sua conclusão. O ouvinte ou leitor deve aceitar a
conclusão, se levar em consideração as evidências.

Os argumentos podem se apoiar em diversos elementos:


- Argumentos que se apóiam em uma autoridade para convencer o outro;
- Argumentos que se apóiam no consenso, em uma crença ou conhecimento geral;
- Argumentos baseados na experiência ou na observação;
- Argumentos construídos por meio de documentação com dados que comprovam sua validade;
- Argumentos baseados na fundamentação lógica. Argumentos baseados em relações de causa e efeito,
conseqüência e causa, condição e ocorrência;
- Argumentos baseados em ditos populares/provérbios;
- Argumentos que se apóiam na autoridade da Ciência.

Enfim, ao formular um argumento deve-se levar em conta que:


- Cada argumento deve apontar uma razão que sustenta a opinião enunciada;
- Argumentos devem ser fundamentados em dados, exemplos, cifras, citações de pessoas.
- Os fundamentos devem ser os mais concretos possíveis;
Os fundamentos não devem ser repetidos com outros termos.

Durante o Debate

1 – Marcado o dia e o horário acontecerá o debate propriamente dito.

http://revistaescola.abril.com.br/PrintPlanoAula.shtml 4/6/2008
:: NOVA ESCOLA ON-LINE :: Page 5 of 6

2 – Faça o papel de mediador do debate,


- organizando a seqüência das falas dos estudantes;
- garantindo a palavra de cada um, bem como a escuta;
- enfatizando os elementos de argumentação que os grupos usam no debate;
- ajudando os estudantes formularem suas perguntas, quando hesitam em fazê-lo;
- ajudando os “avaliadores” do debate.

Depois do Debate

Converse com os estudantes sobre todo o processo:

1- E então, como foi o debate? Alguém mudou de opinião depois dele? Por quê?
É desejável discutir com os alunos que mudar de idéia pode ser bom, em algumas circunstâncias.
Convencer e ser convencido faz parte do processo de argumentar.

2 - Se necessário, revisar as regras de um debate democrático. È desejável que os estudantes vivenciem


situações em que aprendam a falar e a ouvir com atenção. Para isto, temas de interesse deles e uma boa
preparação das regras do debate ajudam, sem dúvida nenhuma.

3- Como foi o processo de argumentar a favor de uma idéia? É possível aprender a argumentação,
participando de situações em que tenha sentido fazê-lo?

Avaliação
Se o foco do trabalho é o ensino e a aprendizagem das capacidades de uso da língua, tendo em vista os
gêneros textuais que circulam nas diferentes esferas de comunicação, a avaliação incide sobre o conjunto
das aprendizagens que resultou num uso mais eficaz da língua, considerando de onde os estudantes
partiram: quais eram seus conhecimentos antes da Seqüência Didática (quanto ao gênero e ao tema) e
quais aprendizagens ainda precisam de aprofundamento, por exemplo, em Atividades de Sistematização.

Quer saber mais?


Bibliografia
DIONISIO, Angela Paiva et al.(Orgs.). Gêneros textuais & Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna,
2005.

GERALDI, JOÃO Wanderley. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo, Contexto, 2001.

MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez,


2004.

http://revistaescola.abril.com.br/PrintPlanoAula.shtml 4/6/2008
:: NOVA ESCOLA ON-LINE :: Page 6 of 6

ONG, Walter. Oralidade e cultura escrita: a tecnologização da palavra. Tradução: Enid


Abreu Dobránszky. Campinas, SP: Papirus, 1998.

PATTANAYAK, D. P. A cultura escrita: um instrumento de opressão. In: OLSON, D. R. E


TORRANCE, N. Cultura escrita e oralidade. São Paulo: Ática, 1997, p. 117.

São Paulo (SP).Secretaria Municipal de Educação.Diretoria de Orientação Técnica.


Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o Ensino
Fundamental: ciclo I: Língua Portuguesa. São Paulo: SME/DOT, 2007.

SCHNEUWLY, Bernard.; DOLZ, Joaquim. Gêneros Orais e Escritos na Escola. Campinas:


Mercado de Letras. 2004.

Consultoria: Alfredina Nery

Graduada em Letras e mestre em Educação

© FUNDAÇÃO VICTOR CIVITA - Todos os direitos reservados.

http://revistaescola.abril.com.br/PrintPlanoAula.shtml 4/6/2008

Вам также может понравиться