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HÍDRICO
Campo Montenegro
São José dos Campos, SP – Brasil.
2016
ii
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CESSÃO DE DIREITOS
__________________________________
Bruna Soares de Oliveira
Rua Carlos Meneguetti, 136, casa 103, Jardim Cerro Azul CEP: 87010-540, Maringá – PR
Análise de equações empíricas de taxa de aporte de
sedimentos - TAS - para geração de funções dose-resposta em
programas de PSA hídrico
ITA
iv
Agradecimentos
Matheus Machado, que aguentou os dramas e os dias de chatices, obrigada por todo carinho e
por conseguir fazer dos dias difíceis dias especiais.
A todos os amigos que de uma forma ou de outra estiveram presentes no meu dia-a-
dia, que presenciaram os bons e maus momentos.
A todos os professores que colaboraram para minha formação, dividindo um pouco de
seu conhecimento comigo.
Finalmente, a todas as pessoas que participaram em algum momento dessa caminhada,
que de algum modo me incentivaram e acreditaram em mim.
vii
Um rio nasceu”.
- VINÍCIUS DE MORAES
viii
Resumo
Resumo
Population growth, coupled with socioeconomic needs, generates a strong demand for
desenvolvment of the cities, food production, electric power generation, consumer goods and
other production, which puts a heavy pressure on the natural environment. This anthropic
influence in a watershed, along with the natural characteristics of the contributor area, shapes
the sedimentological behavior of the basin. Depending on the interference in the natural flow
of sediments of a given watercourse, either through increased production or deposition, the
impacts generated may be irreversible. Excess sediment in rivers is a major problem for
pumping and supply systems, as well as causing serious damage to reservoir users
This work aims to analyze valuation assumptions for ecosystem services that associate
the ecosystem function of the vegetation cover and the use of conservationist practices to
contain erosion and reduce the amount of sediment in the water courses, aiming to subsidize
the improvement of the mechanisms to Environmental Service Payment (ESP). A
methodological route, then it was calculated the sediments delivery at the capitation point, as
well as the sediment concentration at theses points and the turbidity. Two scenarios were
considered to quantify and determine the costs of water treatment: a current scenario and a
hypothetical one, this related to reforestation of pasture areas inserted in the APA Mananciais
of the Paraíba do Sul river.
Considering that the incentives provided by reforestation should be greater than the
profit obtained by land use plus the cost of reforestation, the results indicate that the basins
have a return on investment in very different times, ranging from 1 year to more than 15
years. In spite of the catchment basins decrease the impacts of the sediment delivery to the
water bodies, the process occur in a different magnitude that should be taken into account
when used to Environmental Service Payment (ESP) strategy.
x
Lista de Figuras
FIGURA 25 - Principais classes de solos da bacia do Rio Paraibuna. Fonte: OLIVEIRA et al.,
1999.. ........................................................................................................................................ 50
FIGURA 26 - Principais usos e coberturas do do solo da bacia do Rio Paraibuna. Fonte:
VIEIRA et al., 2013. ................................................................................................................. 50
FIGURA 27 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do rio Entupido. .................. 65
FIGURA 28 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do ribeirão da Fortaleza. ..... 52
FIGURA 29 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do córrego das Posses......... 66
FIGURA 30 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do ribeirão dos Lemes. ....... 66
FIGURA 31 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do córrego Cachoeirinha. ... 66
FIGURA 32 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do ribeirão Gomeral. .......... 67
FIGURA 33 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do rio Jacuí. ........................ 67
FIGURA 34 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do ribeirão das Palmeiras. .. 67
FIGURA 35 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do rio Una. .......................... 68
FIGURA 36 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do rio Paraitinga. ................ 68
FIGURA 37 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do rio Paraibuna. ................ 68
xii
Lista de Tabelas
Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 14
1.1 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS.................................................................................. 17
2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 18
2.1 ECONOMIA E MEIO AMBIENTE ........................................................................................ 18
2.2 INSTRUMENTOS ECONÔMICOS PARA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA ............................... 19
2.2.1 Pagamento por serviços ambientais - (PSA) ............................................ 22
2.2.2 Críticas às estratégias de PSA .................................................................. 24
2.3 SERVIÇO ECOSSISTÊMICO DE RETENÇÃO DE SOLOS E REFLEXOS NO MEIO HÍDRICO ........ 25
2.3.1 Hidrossedimentologia ............................................................................... 25
2.4 HISTÓRICO DA PREDIÇÃO DE EROSÃO LAMINAR ............................................................. 27
2.5 FUNÇÕES DOSE-RESPOSTA EM PROGRAMAS DE PSA HÍDRICO ........................................ 31
2.5.1 Equações para estimativa da Taxa de Aporte de Sedimento (TAS) ......... 32
2.5.2 Relação entre TAS e sedimentos no curso hídrico ................................... 36
2.5.3 Relação entre sólidos em suspensão e turbidez ........................................ 37
2.6 VALORAÇÃO ECONÔMICA DO SERVIÇO ECOSSISTÊMICO DE RETENÇÃO DE SOLOS .......... 38
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 41
3.1 ÁREA DE ESTUDO ........................................................................................................... 41
3.2 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES FISIOGRÁFICAS ..................................................... 45
3.2.1 Área total de abrangência da bacia ........................................................... 45
3.2.2 Comprimento do curso principal .............................................................. 45
3.2.3 Maiores e menores altitudes referentes ao curso principal (desnível) ...... 46
3.2.4 Declividade média (gradiente).................................................................. 46
3.2.5 Número curva (CN) .................................................................................. 46
3.2.6 Tempo de concentração da bacia (tc) e Duração do excesso de
precipitação (tr)................................................................................................................. 48
3.3 BACIAS HIDROGRÁFICAS ANALISADAS ........................................................................... 49
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 65
4.1 CÁLCULO DA TAXA DE APORTE DE SEDIMENTO ............................................................ 65
4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS TAS ............................................................................ 69
4.3 VALORAÇÃO DO SERVIÇO ECOSSISTÊMICO DE RETENÇÃO DE SEDIMENTOS .................... 72
4.3.1 Concentrações de sólidos em suspensão na água e turbidez .................... 74
4.3.2 Custo do tratamento químico.................................................................... 76
4.3.3 Custo de dragagem ................................................................................... 77
4.3.4 Potencial total de arrecadação com o PSA hídrico ................................... 78
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 83
6 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 85
14
1 Introdução
1.1 Objetivos
2 Revisão da Literatura
Os benefícios dos fatores e agentes ambientais não são considerados nas decisões
econômicas, porque não estão inseridos num sistema de mercado. Pelo sistema econômico e
jurídico tradicional os serviços ambientais são concebidos como externalidades e têm
características de bens públicos (SEEHUSEN e PREM, 2011). Muitos autores, apesar de
reconhecerem o valor desses fatores e agentes ambientais, relacionam a eles apenas o valor de
uso, geralmente negando o valor de troca, pois para eles os serviços prestados pela natureza
eram providos gratuitamente e considerado como o fator gerador de riqueza (GÓMEZ-
BAGGETHUN et al., 2009).
O escopo das análises econômicas convencionais se tornou restrito aos bens e serviços
previamente valorados em termos monetários (valor de troca), excluindo das análises todos os
objetos da natureza que não possuíam valor de troca, de modo que, na segunda metade do
século XX os recursos ambientais praticamente desapareceram das análises econômicas
(GÓMEZ-BAGGETHUN et al., 2009).
COSTANZA et al. (1997) afirma que os recursos naturais não são protegidos
adequadamente porque seus valores não são incluídos entre os fatores do mercado que guiam
as decisões econômicas de produtores e consumidores, extrapolando a operação dos sistemas
econômicos. Por não possuir preços agindo sobre eles, o uso em equilíbrio com a oferta fica
comprometido e os recursos naturais acabam sendo esgotados.
Como raramente os bens e serviços ambientais possuem valor de troca atribuído à eles,
utiliza-se de uma variedade de técnicas para estima-los, para então incorporá-los ao modelo
de mercado e buscar a alocação de recursos mais eficientes (DALY; FARLEY, 2010).
Existe um grande desafio nessa valoração econômica desses bens e serviços
associados aos ecossistemas e sua contribuição na economia nacional. PEARCE (1993)
afirma que o valor de um recurso ambiental pode ser obtido somando os bens e serviços por
ele providos, caso esses benefícios não recebam preços de mercado, o valor monetário dos
mesmos deve ser estimado por técnicas específicas conhecidas como valoração ambiental.
GROOT, WILSON e BOUMANS (2002) ressaltam sobre serviços ambientais “[...] é
inerentemente antropocêntrico: é a presença de seres humanos como agentes que habilitam a
19
exploradas num ritmo e numa quantidade muito superior à capacidade natural de restauração
de níveis adequados de armazenamento e de qualidade da água disponível. Para minimizar e
conter o impacto da exploração excessiva, o reconhecimento da água como recurso ambiental
dotado de valor econômico está sendo incorporado nas políticas ambientais (THAME, 2000).
Desde 1934, o Código de Águas, estabelecido pelo decreto nº 24.643, já previa o
princípio do poluidor-pagador como instrumento econômico (BRASIL, 1934). Em 1997, a
Lei 9.433 instituiu no país a cobrança pelo uso da água, a qual é um recurso natural
importante para a manutenção da vida no planeta. Por meio dessa lei pretende-se reverter a
situação de degradação da qualidade das águas em várias bacias hidrográficas brasileiras. Essa
lei reconhece, em seu artigo 1º, a água como um recurso natural limitado e dotado de valor
econômico. A lei também institui a Política Nacional de Recursos Hídricos que explicita os
procedimentos de planejamento e gestão de bacias visando a outorga, cobrança e
compensação aos municípios pela água utilizada por qualquer empreendimento ou ator
econômico que abstraia água para propósitos particulares (BRASIL, 1997).
A própria Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, que estabeleceu o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), determina que:
“Art. 47 – O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pelo
abastecimento de água ou que faça uso dos recursos hídricos, beneficiário da
proteção proporcionada por uma unidade de conservação, deve contribuir
financeiramente para a proteção e implementação da unidade, de acordo com o
disposto em regulamentação específica.
Art. 48 – O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pela geração
e distribuição de energia elétrica, beneficiário da proteção proporcionada por uma
unidade de conservação, deve contribuir financeiramente para a proteção e
implementação da unidade, de acordo com o disposto em regulamentação
específica.” (BRASIL, 2000)
A contribuição financeira citada nos Art. 47 e 48 da Lei 9.985/2000 pode ser entendida
como um pagamento pelos serviços ambientais prestados pela UC, buscando a arrecadação de
recursos para a adequada implantação de programas mais efetivos na conservação da
biodiversidade brasileira. Todo recurso ambiental possui um valor intrínseco, ou seja, um
valor próprio, interior, inerente ou peculiar. O valor ambiental é a qualidade das condições
ambientais, neste caso, da qualidade da água (CETESB, 2011).
A qualidade da água não pode ser alcançada sem a conservação de outros recursos
naturais, pois o ciclo hidrológico reflete as condições, os usos e as coberturas do terreno onde
a água emana. O ciclo da água é dependente dos mecanismos de serviços ambientais gerados
21
pelo ecossistema, como por exemplo, os benefícios que a cobertura vegetal tem em relação à
água (LIMA, 1996).
Na tentativa de se atingir a conservação dos recursos naturais e manter seus serviços
ecossistêmicos, podem ser adotados mecanismos de comando e controle e/ou instrumentos
econômicos. Os mecanismos de comando e controle buscam fixar um padrão através de leis e
normas e penalizar aqueles que as ultrapassam. Já o uso de instrumentos econômicos, atuam
no sentido de alterar o preço de custo da utilização do recurso ambiental, internalizando as
externalidades, afetando o nível de uso do recurso (MOTTA, 2006).
PAGIOLA, VON GLESHN e TAFFARELLO (2013) citam, dentre outras, os
seguintes instrumentos econômicos utilizados no Brasil para a conservação dos recursos
naturais:
Impostos ecológicos: como Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços –
(ICMS) ecológico, no qual o Estado incorpora as áreas sob conservação em suas
fórmulas para a definição do valor do imposto agregado a ser repassado aos
municípios;
Compensação de reserva legal: por exigência do Código Florestal (lei 12.651/2012) os
proprietários de terra devem manter uma parcela mínima de vegetação nativa,
conhecida como reserva legal, variando de 20% no sul do país a 80% na Amazônia
legal. O sistema de Cotas de Reserva Ambiental permite que os proprietários de terra
contratem outros usuários para manter áreas protegidas a serem contabilizadas como
sua área de Reserva Legal;
Reservas privadas: proprietários que colocam a terra sobre conservação perpétua,
criando uma Reserva Particular do Patrimônio Natural - (RPPN) estando isentos dos
impostos sobre a área protegida.
Vale citar a cobrança pelo uso da água, estabelecido pela Política Nacional de
Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997), no qual estabelece que a receita dessas cobranças seja
utilizada para ações de proteção das águas nas bacias hidrográficas, inclusive recuperação de
matas ciliares.
Dois conceitos que buscam a utilização de instrumentos econômicos são o de
poluidor-pagador, estabelecido pelo Código das Águas anteriormente citado, em que o
responsável pela poluição paga pela poluição/degradação causada e o de conservador-
recebedor, no qual aquele que promove a conservação recebe uma recompensa pela
22
conservação efetuada. Ligado ao segundo conceito, o PSA é uma estratégia de gestão que
vem ganhando força (SEEHUSEN; PREM, 2011).
O PSA é um instrumento que busca dar uma solução próxima à de mercado para o
problema ambiental, ou seja, criar um sistema de preços que incentiva os agentes a tomar
decisões ambientalmente corretas. No Brasil, PSA vem sendo discutido com mais atenção
desde o lançamento do Programa Proambiente, em 2000, que consistiu em uma experiência
inicial de PSA no país, mas demonstrou vários desafios a serem superados (WUNDER,
2005).
SOMMERVILLE (2009) define PSA como uma abordagem que objetiva transferir
incentivos positivos para os provedores de serviços ambientais que são condicionados a
provisão do serviço. Enquanto BROSE (2009) define PSA como mecanismos regulatórios que
remuneram e recompensam quem promove a conservação/proteção do ambiente, mantendo os
serviços ambientais para um bem comum, precificando os bens e serviços ambientais,
atribuindo-lhes valor.
Atualmente há diversas definições sobre PSA, mas a mais aceita é de WUNDER
(2006) que afirma que Pagamento por Serviços Ambientais ou Ecológicos pode ser
conceituado como uma transação voluntária através da qual um serviço ecológico específico é
adquirido por um (ou mais) adquirente de um (ou mais) provedor do serviço ecológico se, e
somente se, o provedor do serviço ecológico assegurar a sua provisão.
No PSA, seria invertida a lógica atual de que os responsáveis por manejar os
ecossistemas recebem poucos incentivos pela conservação, sendo mais vantajosos os
benefícios obtidos com outros tipos de usos e ocupações, resultando na conversão de florestas
em áreas produtivas, causando piora na quantidade e qualidade de água, gerando,
consequentemente, custos aos usuários a jusante. O novo cenário seria que os beneficiários a
jusante dos serviços ecossistêmicos façam um contrato de pagamento por utilização desses
serviços, para que os responsáveis por manejar os ecossistemas adotem técnicas que
assegurem a conservação e a restauração dos ecossistemas (WUNDER, 2006). Os pagamentos
realizados pelos usuários dos serviços ecossistêmicos podem ajudar a fazer da conservação
23
uma opção mais atrativa para os gerenciadores dos ecossistemas, induzindo sua adoção
(JACK; KOUSKY; SIMS, 2008).
São experiências pelo mundo de valoração dos serviços ambientais, conforme
demonstra GUEDES e SEEHUSEN (2011): citam LESCUYER (2007) que valorou a
provisão de serviços ambientais de florestas em Camarões em até US$ 560 para madeira, US$
61 para combustível e US$41 a US$70 para produtos florestais não madeireiros, e os
benefícios da regulação climática das florestas tropicais de Camarões em US$842 a US$2.265
por hectare; Citam também YARON (2001), que valorou a proteção contra inundações
provido pelas florestas tropicais em Camarões em até US$24 por hectare por ano; VAN
BEUKERING et al. (2003) valorou os suprimento de água pelos ecossistemas florestais de
25.000 km² em até US$ 2,24 bilhões; e KAISER e RUMASSAT (2002) valorou os benefícios
indiretos de 40.000 hectares em uma bacia hidrográfica no Havaí em até US$ 1,42 a US$2,63
bilhões.
No Brasil, experiências como o Projeto Conservador das Águas em Extrema/MG,
paga pelos serviços ambientais de preservação de mata de galeria ou mata ciliar e práticas
preservacionista a quantia de R$ 65,00 a R$ 169,00/ha/ano em 2009 foram 1393,49 hectare; o
Programa Ecocredito em Montes Claros MG que visa incentivar proprietários rurais a
preservar conservar áreas de relevante interesse ambiental, paga R$ 110,10/ha/ano, em 2009
foram pagas R$ 162.893,90 para 1479 hectares; o Projeto Oásis nos Mananciais da Região
Metropolitana de São Paulo consiste no pagamento por serviços ambientais por áreas naturais
realmente protegidas, o valor máximo pago é de R$ 370,00/ha/ano, são 656 hectares e
aproximadamente 82 nascentes e 41 mil metros de rio o recurso disponibilizado é de US$
800.000,00 (BERNARDES e SOUSA JÚNIOR, 2010).
Em unidades de conservação no Brasil, foram realizadas atividades de valoração
Ambiental com o objetivo de compensação pelos danos existentes por atividades econômicas
e impactos aos ecossistemas, como o Parque Nacional da Tijuca/RJ, Reserva Biológica de
Tinguá/ RJ, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis/ RJ, Floresta Nacional de Ipanema/ SP,
Parque Nacional da Serra da Canastra/ MG (PEIXOTO e WILLMERSDORF, 2002) e Parque
Nacional – PARNA de Jurubatiba (FERREIRA et. al., 2005). Além destes, a EMBRAPA
PANTANAL (2009) realizou a valoração do Bioma Pantanal, o Bioma Mata Atlântica e
Cerrado foi valorado por PEIXOTO e WILLMERSDORF (2002) quanto suas funções
ecossistêmicas.
24
2.3.1 Hidrossedimentologia
A erosão hídrica tem início na desagregação do solo por agentes ativos, os quais
englobam a água, temperatura, insolação, vento e ação antrópica e por agentes passivos como
a topografia, a gravidade, o tipo de solo e o uso e cobertura do solo. Após a desagregação, as
partículas de solo alcançam os cursos d’água, os quais têm, inerentes, a função de carrear
sedimentos (CARVALHO, 1994).
Essa erosão hídrica e comumente separada em dois tipos: erosão em sulcos e erosão
laminar. A erosão laminar é associada ao processo de desprendimento das partículas de solo
pelo impacto das gotas de chuva, ou seja, o principal agente energético responsável pelo
desprendimento decorrente do impacto das gotas de chuva está relacionado à intensidade de
precipitação, sendo o escoamento superficial responsável pela energia necessária apenas para
o transporte das partículas de solo liberadas, esse tipo de processo caracteriza-se pela remoção
de delgadas camadas da superfície do solo, sendo notada apenas com o decorrer do tempo,
quando a quantidade de solo removido é aumentada. A erosão em sulcos é facilmente
26
(1995), que afirmam que a carga de sedimentos em suspensão pode representar mais de 90%
do material transportado.
O sedimento depositado pode assorear reservatórios, assorear tomadas d’água,
assorear as calhas dos rios reduzindo a profundidade de modo a aumentar o risco de enchentes
e prejudicar a navegação, e o sedimento pode ainda permitir o crescimento de vegetação,
prejudicando o escoamento (CARVALHO, 1994).
Nos aproveitamentos hidrelétricos o maior problema sedimentológico é o
assoreamento do reservatório, que reduz a capacidade de acumulação de águas e diminui a
vida útil do aproveitamento. A porcentagem de perda de volume por retenção de sedimentos
nesses reservatórios é muito variável, estando relacionada ao projeto e à magnitude da carga
sólida, principalmente. MAHMOOD (1987) estimou que essa perda de capacidade total anual,
como valor médio mundial, tenha sido de 1%, o que corresponde a uma perda de 50km³ a
cada ano. Só no Brasil mais de 35 reservatórios estão parcial ou totalmente assoreados, sendo
que alguns deles continuam em operação, mas com problemas diversos decorrentes do
depósito de sedimentos (CARVALHO, 1994).
Os custos de dragagem poderiam ser evitados se houvesse uma menor taxa de
assoreamento. BIDONE et al. (2009) apontam custos da ordem de R$ 10,00 a R$30,00 por
metro cúbico de sedimento dragado, este valor é influenciado pela composição do material
dragado, e pela distância entre o ponto de retirada e de destinação final do material. BUENO
(2010) apresenta custos superiores a R$25,00 por metro cúbico de sedimento dragado nos
canais do rio Paraibuna, em trecho à jusante do reservatório hidrelétrico.
Quando corretamente conduzidos, os efeitos originados pelos sedimentos podem ser
acomodados ou minimizados, no entanto, o tratamento dessa questão é complexo, tanto pelo
dinamismo dos processos como pela interação desse fenômeno com outros eventos (incluindo
fatores antrópicos).
direta de sedimentos no leito foi sendo aperfeiçoada na Europa, já no Brasil não foi
encontrado nenhum registro sobre medições de sedimento anteriores a 1950 (CARVALHO,
1994).
Os dados de medição de sedimento nos cursos d’água e de erosão laminar do solo
tornaram possível o desenvolvimento da tecnologia de previsão de erosão. As primeiras
análises foram feitas por COOK (1936) para identificar as principais variáveis que afetam a
erosão do solo pela água. Cook listou três fatores principais: a susceptibilidade do solo à
erosão, potencial de erosividade da chuva e do escoamento, e proteção do solo proporcionada
pela cobertura vegetal. Alguns anos mais tarde, ZINGG (1940), a partir de lotes
experimentais, com chuvas simuladas e condições de cultivo definidas, publicou a primeira
equação para calcular perda de solo, ele relacionou inclinação e comprimento de declive com
a perda de solo. Outros (SMITH E WISCHMEIER, 1957; VAN DOREN E BARTELLI,
1956) consideraram fatores como erodibilidade do solo e uso do solo. Esses fatores foram
ainda revisados e consolidados, e o parâmetro de precipitação foi incluído para obter a
equação empírica de Musgrave (MUSGRAVE, 1947).
(1)
Onde E representa a perda do solo superficial média, medida em toneladas por hectare
por ano, ou em polegadas por ano; F é um fator de erodibilidade, referente a um lote de 10%
de declividade e 22 metros de comprimento do declive, medido nas mesmas unidades que E;
R é um fator adimensional de cobertura vegetal; S corresponde a declividade do terreno, em
porcentagem; L é o comprimento do declive, em pés; e P é a precipitação de 30 min, com
período de retorno de 2 anos, em polegadas, para a região a ser considerada.
Segundo VANONI (1975), em 1960 alguns pesquisadores verificaram que apesar da
importância dos fatores utilizados na Equação 1, os parâmetros utilizados não eram facilmente
adaptáveis a muitas das condições de uso da terra existentes, era necessário, portanto, um
modelo de previsão mais abrangente. Foi então que Wischmeier e Smith estudaram a erosão
entressulcos e no sulco em mais de 10.000 lotes com 3,5m de largura e 22,1m de
comprimento e 9% de declividade, nomeados parcela-padrão, distribuídos em todas as regiões
dos Estados Unidos, entretanto com distintas características de clima, solo, relevo e cultivo, e
desenvolveram o modelo de previsão conhecido como a Equação Universal de Perda de Solo
(USLE), visto na Equação 2 (WISCHMEIER E SMITH, 1965).
(2)
29
Em que:
E = perda de solo média anual, t ha-1 ano-1;
R = fator de erosividade da chuva, MJ mm ha-1 h-1;
K = fator de erodibilidade do solo, t ha-1/(MJ mm há-1 h-1);
L = fator de comprimento de encosta, adimensional;
S = fator de declividade de encosta, adimensional;
C = fator de uso e ocupação do solo, adimensional; e
P = fator de práticas conservacionistas, adimensional.
Onde cada fator representa um processo crítico que pode afetar a perda de solo. Os
fatores R, K, L e S são dependentes das condições naturais, já os fatores C e P estão
relacionados às formas de uso e ocupação do solo. Na sequência, são apresentados os fatores
que compõem a USLE.
A erosividade (R) é um índice de erosão pluvial que expressa a capacidade da chuva
de causar erosão em uma área sem proteção e é definido como o produto da energia cinética
de uma chuva pela sua máxima intensidade em 30 minutos, entre os fatores da USLE apenas o
fator R é calculado a partir de registros pluviográficos (PRUSKI, 2013).
A erodibilidade (K) expressa a resistência do solo à erosão hídrica e está relacionado
com as propriedades físicas e químicas do solo, o fator K é o de maior custo e morosidade
para determinação devido a extensão territorial e diversidade edáfica do Brasil (PRUSKI,
2013).
Tanto o comprimento do declive (L) quanto a declividade (S) influem sobre a
velocidade do escoamento superficial, e, consequentemente, sobre as perdas por erosão. O
fator LS é a relação esperada entre as perdas de solo por unidade de área em um declive e
comprimento de encosta quaisquer e as perdas de solo que ocorrem em uma parcela-padrão
(PRUSKI, 2013).
O fator C representa o grau de proteção média à erosão sob determinado manejo
(preparo do solo, cobertura vegetal existente e sequência de cultivo), ele é determinado
através da comparação da perda de solo durante determinado estágio de desenvolvimento da
cultura, com a perda de solo na parcela-padrão (LANE et al., 1992).
O fator P expressa os efeitos das práticas conservacionistas no terreno e varia com a
eficiência das técnicas de controle de erosão utilizadas (PRUSKI, 2013).
Alguns pesquisadores relataram algumas limitações da USLE. FOSTER (1982)
constatou que para utilizar a USLE deve-se assumir que a chuva tem local de incidência e
30
Onde:
E = perda de solo por erosão, em t/ha.ano;
Tx = textura (% areia Horizonte A / % argila Horizonte B);
Dummy = uso agrícola (café 10, pastagem 1);
L = comprimento de rampa, em m;
P = declividade, em %.
Muitas áreas do Brasil apresentam uma produção de sedimento indesejável devido à
concentração de populações nessas áreas e, principalmente devido ao manejo inadequado dos
solos. Estudos de erosão e sedimentação são indispensáveis para conservação,
desenvolvimento e utilização dos solos e dos recursos hídricos (CARVALHO, 1994). Na falta
de modelos matemáticos específicos para cada condição edafoclimática brasileira,
pesquisadores utilizam extrapolações das equações aplicadas fora do país.
31
Cálculo da turbidez3:
T = {ln[SS. (1-td)] – 1,57}/0,1
canal, foi estimada a partir de dados sobre taxas anuais de alargamento do canal obtidas pela
comparação de fotografias aéreas dos mananciais iniciais e recentes (período entre fotografias
variaram de 8 aos 16 anos. A taxa de aporte de sedimentos na zona fisiográfica do Red Hills é
uma função de várias características das bacias hidrográficas que estão relacionados com a
razão de alívio das bacias, com isso o modelo teve uma correlação de 0,96 com as taxas de
aporte de sedimento, no entanto, Maner ressalva que a validade do uso dessa variável em
outras áreas deve ser estabelecido por testes adequados.
(4)
Onde:
R = diferença de altura entre o ponto mais alto e o exutório da bacia, em m;
L = comprimento do canal principal da bacia, em m;
ROEHL (1962) discute a relação entre produção de sedimentos e erosão nas bacias
hidrográficas. O autor procurou correlacionar diversos parâmetros morfológicos de influência
na quantidade de sedimentos em suspensão a partir de quantidades conhecidas de erosão
laminar e linear de solos em bacias hidrográficas de 15 reservatórios, com áreas de 1,58 a 432
km², no sudoeste de Piemont nos Estados Unidos. Estas características morfológicas incluem
o tamanho da área de drenagem (W), densidade de drenagem (DD), a extensão do corpo
hídrico principal (L), a diferença entre a maior e menor altitude na bacia (R) e a relação R/L.
Por fim, o autor considerou a relação R/L como melhor indicador e por regressão linear
chegou a Equação 5.
(5)
Onde:
R = diferença de altura entre o ponto mais alto e o exutório da bacia, em m;
L = comprimento do canal principal da bacia, em m;
VANONI (1975) utilizou dados de 300 bacias hidrográficas em todo o mundo para
desenvolver a Equação 8. Esta equação foi obtida por meio da metodologia tradicional de
monitoramento hidrossedimentométrico, baseada na obtenção de uma série temporal de dados
de precipitação, vazão e concentração de sedimentos que possibilita o cálculo do fluxo de
sedimentos. Esse fluxo é caracterizado pela descarga sólida em suspensão (massa por unidade
de tempo) e a produção de sedimentos, que é a integração do fluxo no tempo.
(8)
Onde:
A = área da bacia, em mi²;
Onde:
A = área da bacia, em km²;
R = diferença de altura entre o ponto mais alto e o exutório da bacia, em m;
L = comprimento do canal principal da bacia, em km;
CN = número-curva, 0 < CN < 100.
Onde:
tr = duração do excesso de precipitação, em h;
tc = tempo de concentração da bacia, em h;
Onde:
A = área da bacia, em mi²;
TABELA 1 - Equações de Taxa de Aporte de Sedimentos (TAS) utilizadas no trabalho, com seus respectivos
autores e variáveis.
AUTOR DESCRIÇÃO DAS
EQUAÇÃO
(ANO) VARIÁVEIS
R = diferença de altura entre
MANER
Log(TAS) = 2,96162 + 0,86868 * log (R) - 0,85354 * log (L) ponto mais alto e exutório (m)
(1958)
L = comprimento da bacia (m)
R = diferença de altura entre
ROEHL
Log(TAS) = 2,88753 - 0,83291 * (-log(R/L)) ponto mais alto e exutório (m)
(1962)
L = comprimento da bacia (m)
WILLIAMS
D = gradiente do canal principal
E BERNDT TAS = 0,627 *D0,403
(%)
(1972)
RENFRO
Log (TAS) = 1,793 - 0,142 * log (A) A = área da bacia (km²)
(1975)
VANONI
TAS = 0,42 * A-0,125 A = área da bacia (mi²)
(1975)
36
Em que:
TAS = Taxa de aporte de sedimento;
Y = Produção de sedimento no exutório da bacia; e
E = Erosão total na bacia.
37
Ou seja, a produção de sedimentos de uma bacia hidrográfica com uma dada vazão,
pode ser estimada pelo produto da erosão total na bacia e a taxa de aporte dos sedimentos no
curso hídrico. Com isso, conforme SOUSA JÚNIOR (2010) chega-se na Equação 13.
(13)
Onde:
SS = Sólidos em suspensão na água;
PRE = Potencial de erosão do solo;
TAS = Taxa de aporte de sedimento; e
QMLT = Vazão média de longo termo.
regressão exponencial, para todos os casos o coeficiente de correlação foi bom, variando entre
0,80 e 0.98. A Equação 14 expressa a relação encontrada pelos autores, sem incluir dados de
chuvas, utilizada na sequência metodológica de SOUSA JÚNIOR (2010), cujo coeficiente de
correlação foi de 92%.
(14)
Em que:
SS = Concentração de Sólidos Suspensos (mg/L)
T = Turbidez (NTU)
ser medido a partir dos custos de recuperação dos recursos naturais ou de mitigação dos
impactos sobre estes, considerando as atividades usuárias desses recursos, ou pela valoração
do serviço antrópico que propiciou o serviço ambiental.
MEDEIROS e YOUNG (2011) fizeram uma análise dos bens e serviços provisionados
pelas Unidades de Conservação (UC) brasileiras e constataram que as três áreas do estado de
São Paulo (rio Cotia, Sistema Cantareira e Analândia), que os custos com produtos químicos
são mais baixos, inferiores a R$ 20,00/1000m³ de água tratada, são as que possuem maiores
índices de cobertura florestal, superiores a 15%. Por outro lado, o custo do tratamento das
águas (com produtos químicos e energia elétrica da Estação de Tratamento de Água para
1.000 m³ de água) do rio Piracicaba é 12,7 vezes superior ao custo de tratamento das águas do
Sistema Cantareira. A bacia de abastecimento do Sistema Cantareira mantém 27,2% de sua
área com cobertura florestal e a bacia do Piracicaba, apenas 4,3%.
Para se chegar a um valor monetário que represente o impacto econômico associado à
água é preciso realizar um levantamento de usos e beneficiários à jusante dos locais onde se
aplicam os esforços de conservação. No entanto, são inúmeros os serviços ambientais que
podem ser valorados, e para tornar exequível a implantação de um programa de pagamento
pelo uso desses serviços, faz-se necessário lançar mão de premissas simplificadoras e eleger,
em muitos casos, um único parâmetro de qualidade, reduzindo o rol de beneficiários com
sensibilidade a este parâmetro. SOUSA JÚNIOR (2010), em sua metodologia, considerou os
custos evitados com tratamento de água para abastecimento e desassoreamento de
reservatórios, conforme Equações 16 e 17.
Os custos evitados no tratamento de água foram relacionados com a redução da
aplicação de coagulante inorgânico para obtenção de valores de turbidez dentro dos padrões
de potabilidade, por meio da Equação 16.
(16)
Onde:
Y1 = Custo para remoção de turbidez;
T = Turbidez.
Onde:
Y2 = Custo para dragagem;
PRE = Potencial de Erosão do Solo;
TAS = Taxa de Aporte de Sedimento;
td = Taxa de Decantação; e
CUD = Custo Unitário de Dragagem.
41
3 Materiais e Métodos
As bacias analisadas nesse estudo fazem parte do Curso inferior, equivalente ao trecho
paulista da bacia do rio Paraíba do Sul, correspondente a UGRHI 2 (Unidade Hidrográfica de
Gerenciamento de Recursos Hídricos – Paraíba do Sul) (FIGURA 2).
O arquivo em formato shapefile contendo as bacias de interesse para esse estudo foi
cedido por RIBEIRO (2015). Foi utilizada a ferramenta Calculate Geometry para calcular a
área de cada bacia.
distante do exultório das bacias. O comprimento do curso principal foi medido somando os
tamanhos das poli-linhas que compõe o curso principal.
Para levantar os valores das maiores e menores altitudes de cada curso principal foram
utilizadas as ferramentas Feature Vertice to Points e Extract Values by Points. Por meio
destas ferramentas foram gerados os pontos iniciais e finais dos cursos principais, por fim,
para se chegar ao desnível a menor altitude foi subtraída da maior.
escoamento); iniciando a série com as argilas compactas com baixíssima taxa de infiltração
até as areias bem graduadas e profundas com alta taxa de infiltração.
Afim de calcular o número-curva (CN) foram utilizados mapas de classes de solos e de
uso e cobertura do solo. Para as classes de solos encontradas foram associadas classificações
hidrológicas do solo para as condições brasileiras, seguindo estudo feito por SARTORI
(2005), descritas na Tabela 3.
TABELA 4 – Porcentagem de uso e cobertura do solo referente a cada classe de solo encontrada.
PASTAGEM (%)
AGROPECUÁRI
ÁREA URBANA
FLORESTA (%)
EXPOSTO (%)
EUCALIPTO
ÁGUA (%)
CANA (%)
BACIAS
SOLOS
SOLO
A (%)
(%)
(%)
1 C - - 37 63 - - - -
2 C - - 2 98 - - - -
A - - - 10 - - - -
3
C - - 2 88 - - - -
4 C - - 7 93 - - - -
A - - 59 11 - - - -
5
C - - 28 2 - - - -
6 C - - 14 65 21 - - -
7 C - - 61 39 - - - -
A - - 49 2 2 - - -
8
C - - 44 1 2 - - -
A - - 12 2 2 - - -
9
C - - 57 17 10 - - -
48
A - - 23 3 2 - - -
10 C - - 43 9 2 - - -
D - - 11 7 - - - -
A 5 - 17 16 2 - - -
11 C 3 - 19 25 1 - - 1
D - - 6 3 2 - - -
A duração do excesso de precipitação (tr) foi tomada como sendo 0,5 h, conforme
sugerido por LU et al. (2006), e o tempo de concentração da bacia (tc) foi calculado pela
Fórmula de Ven te Chow (EQUAÇÃO 18) de acordo com estudos feitos por SILVEIRA
(2005), que realizou comparações de desempenho entre equações para a determinação de
tempo de concentração de bacias urbanas e rurais e recomendou a utilização desta, por
apresentar bons resultados
(18)
Em que:
tc é o tempo de concentração (horas);
L é o comprimento (km) do talvegue, e;
S a declividade (m/m).
49
FIGURA 5 - Principais classes de solos da bacia do Ribeirão da Fortaleza. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
50
FIGURA 6 - Principais usos e coberturas do do solo da bacia do Ribeirão da Fortaleza. Fonte: VIEIRA et al.,
2013.
FIGURA 7 - Principais classes de solos da bacia do Ribeirão Gomeral. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
51
FIGURA 8 - Principais usos e coberturas do solo da bacia do Ribeirão Gomeral. Fonte: VIEIRA et al., 2013.
FIGURA 9 - Principais classes de solos da bacia do Ribeirão dos Lemes. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
52
FIGURA 10 - Principais usos e coberturas do solo da bacia do Ribeirão dos Lemes. Fonte: VIEIRA et al., 2013.
FIGURA 11 - Principais classes de solos da bacia do Corrego das Posses. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
53
FIGURA 12 - Principais usos e coberturas do solo da bacia do Corrego das Posses. Fonte: VIEIRA et al., 2013.
FIGURA 13 - Principais classes de solos da bacia do Rio Entupido. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
FIGURA 14 - Principais usos e coberturas do solo da bacia do Rio Entupido. Fonte: VIEIRA et al., 2013.
55
O córrego Cachoeirinha possui uma pequena área de drenagem de 2,04 km² e abastece
o município de São José do Barreiro, um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias
turísticas pelo estado de São Paulo, que possui 4.077 habitantes (IBGE, 2010). As Figuras 15
e 16 mostram mapas da classificação dos solos e do uso e cobertura do solo da bacia do
córrego Cachoeirinha.
FIGURA 15 - Principais classes de solos da bacia do Corrego Cachoeirinha. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
56
FIGURA 16- Principais usos e coberturas do solo da bacia do Corrego Cachoeirinha. Fonte: VIEIRA et al.,
2013.
O rio Jacuí nasce no município de Cunha, perto da nascente do rio Paraibuna e bem
próximo à divisa do Estado do Rio de Janeiro, o rio abastece os 21.866 habitantes do
município de Cunha (IBGE, 2010). Nas Figuras 17 e 18 podem ser observados os mapas de
classes de solo e de uso e ocupação do solo da bacia do rio Jacuí.
57
FIGURA 17 - Principais classes de solos da bacia do Rio Jacuí. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
FIGURA 18 - Principais usos e coberturas do solo da bacia do Rio Jacuí. Fonte: VIEIRA et al., 2013.
58
FIGURA 19 - Principais classes de solos da bacia do Ribeirão das Palmeiras. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
59
FIGURA 20 - Principais usos e coberturas do solo da bacia do Ribeirão das Palmeiras. Fonte: VIEIRA et al.,
2013.
A bacia hidrográfica do rio Una está localizada quase que em sua totalidade dentro do
município de Taubaté (86%), cuja população é estimada em 232.049 habitantes (IBGE, 2010).
As Figuras 21 e 22 mostram mapa da classificação dos solos e do uso e cobertura do solo da
bacia do rio Una.
60
FIGURA 21 - Principais classes de solos da bacia do Rio Una. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
FIGURA 22 - Principais usos e coberturas do solo da bacia do Rio Una. Fonte: VIEIRA et al., 2013.
61
FIGURA 23 - Principais classes de solos da bacia do Rio Paraitinga. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
62
FIGURA 24 - Principais usos e coberturas do solo da bacia do Rio Paraitinga. Fonte: VIEIRA et al., 2013.
FIGURA 25 - Principais classes de solos da bacia do Rio Paraibuna. Fonte: OLIVEIRA et al., 1999.
FIGURA 26 - Principais usos e coberturas do solo da bacia do Rio Paraibuna. Fonte: VIEIRA et al., 2013.
64
TABELA 5 - Valores das variáveis utilizadas no cálculo da TAS para as bacias estudadas.
Número-Curva
Concentração
do Canal (km)
Comprimento
Gradiente (%)
Desnível (m)
precipitação
Duração do
excesso de
Área (km²)
VARIÁVEIS
Tempo de
(CN)
(h)
(h)
BACIAS
4 Resultados e Discussão
Aplicando os dados levantados para cada bacia foram calculados os valores de TAS
(de 0 a 1) demonstrados nas Figuras de 27 a 37.
FIGURA 29 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do córrego das Posses.
FIGURA 30 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do ribeirão dos Lemes.
FIGURA 34 - Taxa de aporte de sedimento (TAS) para a bacia do ribeirão das Palmeiras.
68
Equações empíricas, como as que foram utilizadas, são constantemente criticadas por
adotarem suposições irreais sobre a física do sistema e também por desconsiderar a não
linearidade dos processos envolvidos, embora essas críticas sejam válidas, num contexto de
carência de dados, os modelos mais complexos e dinâmicos não apresentam melhor
desempenho que os modelos empíricos, portanto, é justificável o uso dessas equações, com a
ressalva de que o desenvolvimento de modelos empíricos com dados locais tornará os
resultados mais precisos (PRUSKI, 2009).
Não existe um procedimento preciso para calcular TAS, inúmeros fatores, como fonte
do sedimento, textura, a densidade de canais, área de drenagem da bacia, inclinação,
comprimento do curso d’água principal, uso e cobertura do solo, são responsáveis por
variações nas taxas. Os métodos para a determinação das taxas de aporte de sedimentos
tradicionais são frequentemente dado-impulsionados, dependendo de uma ampla série de
dados da produção de sedimentos e dados precisos (estimados ou medidos) de erosão (LU; et
al., 2006), o que não ocorre nas bacias estudadas.
Muitos autores corroboram que, em geral, quanto maior a área de drenagem da bacia
menor é a TAS, isso pode ser explicado porque conforme a área da bacia aumenta pode haver
redução na declividade das vertentes e do gradiente do canal principal, fazendo com que uma
quantidade maior de sedimentos seja contida na própria bacia (LU et al., 2006; RENFRO,
1975; OUYANG e BARTHOLIC, 1997). Para algumas bacias, cujas declividades foram altas
e as áreas foram pequenas, a equação da TAS resultou valores maiores que 100%, nesses
casos, o aporte foi limitado à 100%. O desvio padrão, englobando todas as bacias analisadas,
variou de 0,13 a 0,35 considerando as 8 equações aplicadas.
Como pode ser observado na Tabela 6, os valores mais baixos de TAS foram obtidos
por meio da equação de RENFRO (1975), com exceção da bacia 11 para qual utilizou-se a
equação de ROEHL (1962), variando entre 0,13 e 0,45. Já os maiores valores de TAS, apesar
de terem sido limitados a 1, nas equações com maiores gradientes de declividade, com áreas e
comprimento do canal principal menores e cujos tempo de concentração também são os
menores tiveram as taxas mais elevadas estimadas pela equação de MANER (1958), para as
demais bacias, as taxas mais elevadas foram estimadas pela equação de WILLIAMS E
BERNDT (1972).
70
Em seguida, foi feita uma análise de sensibilidade da TAS a cada uma das variáveis da
Tabela 6. Assim, a sensibilidade relativa (Sr) da TAS a uma pequena variação em uma certa
variável ´x´ foi calculada pela Equação 19.
(19)
Em que:
Sr = sensibilidade relativa da TAS;
TASi = valor de TAS calculado de acordo com os valores originais das variáveis;
Xi = nível original da variável i;
Xf = (xi + Δxi); e
TASf = valor de TAS usando o valor acrescido xf.
TABELA 7 – Valores da análise de sensibilidade das variáveis utilizadas nas equações estudadas..
ANÁLISE DE
SENSIBILIDADE
AUTOR (ANO) DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS SENSIBILIDADE
MÉDIA
RELATIVA
R = diferença de altura entre ponto
0,949498605
MANER (1958) mais alto e exutório (m) 0,90446424
L = comprimento da bacia (m) 0,859429875
R = diferença de altura entre ponto
0,908829201
ROEHL (1962) mais alto e exutório (m) 0,874150287
L = comprimento da bacia (m) 0,839471374
WILLIAMS E BERNDT
D = gradiente do canal principal (%) 0,430729228 0,430729228
(1972)
RENFRO (1975) A = área da bacia (km²) 0,147871593 0,147871593
VANONI (1975) A = área da bacia (mi²) 0,130273929 0,130273929
A = área da bacia (km²) 0,104135464
R = diferença de altura entre o ponto
0,387125067
WILLIAMS (1977) mais alto e exutório (m) 2,086651859
L = comprimento da bacia (km) 0,373964079
CN = número-curva 7,481382826
USDA-NRCS (1979) A = área da bacia (mi²) 0,114722883 0,114722883
tr = duração do excesso de
0,863272703
precipitação (h)
LU et al. (2006) 0,839258792
tc = tempo de concentração da bacia
0,815244881
(h)
Pela Tabela 7 observa-se que, em média, o modelo mais sensível a perturbações nas
variáveis independentes da TAS é o de Williams (1977), com Sr = 2,08. Isso significa que um
erro médio de 10% na estimativa de suas variáveis representaria um erro médio de 20% na
estimativa da TAS, com elevado potencial de propagação de erro. Por sua vez, a equação com
o menor valor de Sr médio (0,11) foi a de USDA-NRCS (1979), indicando que um erro médio
de 10% na variável independente causaria um erro de apenas 1,1% na TAS. Em média, a
sensibilidade relativa para as oito equações foi de 0,69.
Algumas equações apresentaram sensibilidade elevada a algumas de suas variáveis.
Esse é o caso da equação de Williams (1977), em que 10% de variação em CN causaria
variação de 74% na TAS, o que indica alta instabilidade da equação. No caso da equação de
Maner (1958), a variável que implicou maior sensibilidade foi R (Sr = 0.9). Verifica-se ainda
que as equações de TAS mais estáveis (menor Sr médio) são as de NRCS (1979), Vanoni
(1975) e Renfro (1975), que são as equações cuja área de extensão da bacia é o único
parâmetro analisado, não ultrapassando 0,15, em contrapartida resultaram em valores baixos
de aporte de sedimento mesmo para as bacias com maiores índices de declividade.
72
TABELA 8 - Valores das variáveis TAS calculadas pela método de Williams (1977).
CENÁRIO 1 CENÁRIO 2
BACIA CURSO D'ÁGUA PRINCIPAL
TAS TAS
1 Rio Entupido 1,00 0,82
2 Ribeirão da Fortaleza 1,00 1,00
3 Córrego das Posses 0,51 0,46
4 Ribeirão dos Lemes 0,89 0,40
5 Córrego Cachoeirinha 0,74 0,73
6 Ribeirão Gomeral 1,00 0,81
73
Os menores potenciais de erosão do solo, nos dois cenários, ocorrem nas bacias 2
(Ribeirão da Fortaleza) e 3 (Córrego das Posses), que estão dentre as menores bacias. Já os
maiores potenciais de erosão do solo ocorrem nas bacias 9 (Rio Una), 10 (Rio Paraitinga) e 11
(Rio Paraibuna), que são as bacias com área de extensão bastante superior as outras. Com
relação as reduções de perdas de solos entre os cenários 1 e 2, os reflorestamentos na área da
APA afetam 7 das 11 bacias estudadas, e variam de 0,14 a 68,38%. As bacias 2 (Ribeirão da
Fortaleza), 3 (Córrego das Posses), 5 (Córrego Cachoeirinha) e 7 (Rio Jacuí) não
apresentaram reduções, as duas primeiras por apresentarem cobertura florestal em quase toda
a sua extensão e as duas últimas por terem suas áreas com pouca intersecção com a APA. As
maiores reduções de perdas de solos ocorrem nas bacias 1 (Rio Entupido) e 6 (Ribeirão
Gomeral), essas bacias tiveram sua área de florestamento acrescida em 51,78% e 67,21%,
respectivamente.
74
TABELA 10 - Vazões estimadas nos pontos de captação pelo método de I-Pai Wu.
A bacia 9 (Rio Una) chama a atenção quanto à quantidade de água captada, entretanto,
ainda que, dentre as bacias seja a de maior porcentagem de vazão captada, seu percentual
atinge apenas 8,61% da vazão total do rio em questão. As porcentagens de água retiradas das
vazões dos rios, com exceção da bacia 9, variaram de 0,01 a 5,57%.
Por fim, depois de calculada a turbidez, foram calculados também os custos relativos
ao tratamento químico (adição de coagulante inorgânico), utilizando a Equação 16, para os 2
cenários, que foram multiplicados pela vazão de captação de cada bacia (TABELA 13). Por
meio da diferença dos valores entre os cenários foram obtidas os custos evitados no
77
tratamento de água, que são os valores potenciais de arrecadação a serem utilizados nas
estratégias de PSA. Os valores estimados para o tratamento químico são apresentados na
Tabela 14.
Os custos potenciais de dragagem, calculados por meio da Equação 17, referentes aos
sedimentos aportados nos 2 cenários são apresentados na Tabela 15.
78
TABELA 17 - Pagamentos potenciais pelos reflorestamentos estimados de acordo com as arrecadações por área
reflorestada.
TOTAL ARRECADADO POR ÁREA
BACIA CURSO D'ÁGUA PRINCIPAL
REFLORESTADA (R$/ha)
1 Rio Entupido R$ 8.338,27
2 Ribeirão da Fortaleza R$ 0,00
3 Córrego das Posses R$ 4.597,45
4 Ribeirão dos Lemes R$ 6.691,38
5 Córrego Cachoeirinha R$ 36.522,58
6 Ribeirão Gomeral R$ 7.650,14
7 Rio Jacuí R$ 0,00
8 Ribeirão das Palmeiras R$ 673,73
9 Rio Una R$ 3.422,72
10 Rio Paraitinga R$ 1.216,07
11 Rio Paraibuna R$ 740,18
80
TABELA 18 - Pagamentos potenciais pelos reflorestamentos estimados de acordo com as arrecadações por área
reflorestada, considerando a menor e a maior TAS.
TOTAL TOTAL
DIFERENÇA NO
ARRECADADO ARRECADADO
BACIA CURSO D'ÁGUA PRINCIPAL USO DAS
MENOR TAS MAIOR TAS
EQUAÇÕES
(R$/ha) (R$/ha)
1 Rio Entupido R$ 2.469,56 R$ 7.696,62 R$ 5.227,06
2 Ribeirão da Fortaleza R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
3 Córrego das Posses R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
4 Ribeirão dos Lemes R$ 55,53 R$ 171,89 R$ 116,36
5 Córrego Cachoeirinha R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
6 Ribeirão Gomeral R$ 1.930,94 R$ 7.151,27 R$ 5.220,33
7 Rio Jacuí R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
8 Ribeirão das Palmeiras R$ 173,13 R$ 550,41 R$ 377,28
9 Rio Una R$ 377,21 R$ 1.587,59 R$ 1.210,39
10 Rio Paraitinga R$ 651,48 R$ 2.779,64 R$ 2.128,16
11 Rio Paraibuna R$ 506,44 R$ 2.142,62 R$ 1.636,18
81
5 Considerações finais
tal motivo, algumas bacias obtiveram baixos valores de arrecadação, no entanto, ainda que
baixos, tais valores podem mudar a percepção sobre a importância das florestas e, mesmo que
em alguns casos percebidos como simbólicos, são importantes para a promoção de atitudes de
conservação ambiental e para o sentimento de valorização dos serviços ambientais como um
beneficio para a sociedade.
Em futuros trabalhos, deve-se reavaliar a estimativa do valor do CN, já que as tabelas
comumente usadas, apesar de apresentarem muitas classificações de uso do solo, não
enquadram diretamente algumas classes importantes como, por exemplo, solo exposto. De
fato, solos com alto grau de intemperismo podem possuir horizontes de solum mais profundos
e podem ser mais porosos. Assim, pode-se ter uma situação em que o CN é muito difícil de
ser avaliado com base na experiência e na descrição dos solos do hemisfério Norte, que
possuem normalmente horizontes de intemperismo mais rasos e menores taxas de infiltração,
para as mesmas classificações táteis-visuais. Portanto, entende-se que estudos mais profundos
sobre a adaptação dos métodos classificatórios destes solos devem ser realizados, com o
objetivo de se avaliar melhor a ordem de grandeza do CN para solos tropicais.
Recomenda-se, que para obtenção de valores maiores e mais viáveis, que auxiliam na
tomada de decisão, seja feita uma análise conjunta de todos os serviços ecossistêmicos
providos, considerando que as relações entre valor e serviço necessitam ser quantificadas e
valoradas com a maior precisão possível.
85
6 Referências
AGENCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA. Bacia do rio Paraíba do Sul: livro da Bacia.
[2001].Disponível em:
<http://arquivos.ana.gov.br/institucional/sge/CEDOC/Catalogo/2001/BaciadoRioParaibadoSu
l.pdf>.
BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. 8. ed. São Paulo: Ícone, 2012.
BIDONE, E.D.; SILVEIRA, R.P.; FIORI, C.S.; RODRIGUES, A.P.C.; ARY PIRES, M.F.;
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FOLHA DE REGISTRO DO DOCUMENTO
1. 2. 3. 4.
CLASSIFICAÇÃO/TIPO DATA REGISTRO N° N° DE PÁGINAS
Análise de equações empíricas de taxa de aporte de sedimentos - TAS - para geração de funções dose-
resposta em programas de PSA hídrico.
6.
AUTOR(ES):
O crescimento populacional, associado às necessidades socioeconômicas, gera uma forte demanda pelo
aumento das cidades, da produção de alimentos, da geração de energia elétrica, da produção de bens de
consumo e outros, provocando forte pressão ao ambiente natural. Essa influência antrópica em uma bacia
hidrográfica, juntamente com as características naturais da área contribuinte, molda o comportamento
sedimentológico da bacia. Dependendo da interferência no fluxo natural de sedimentos de um dado curso
d’água, seja pelo aumento da produção ou da deposição, os impactos gerados podem ser irreversíveis. O
excesso de sedimentos nos rios constitui um grande problema para sistemas de bombeamento e de
abastecimento, além de causar sérios prejuízos aos usuários de reservatórios. Este trabalho objetiva
analisar pressupostos de valoração para os serviços ecossistêmicos que associem a função ecossistêmica
da cobertura vegetal e do uso de práticas conservacionistas à contenção de erosão e redução da
quantidade de sedimentos nos cursos d’água, visando subsidiar o aprimoramento dos mecanismos de
Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). Foi utilizada uma rota metodológica pela qual foram
calculados os sedimentos que aportam os pontos de captação, as concentrações de sedimentos nestes
pontos e a turbidez. Foram considerados dois cenários para quantificar e determinar os custos com o
tratamento de água: um cenário atual e um hipotéticos, sendo este, o reflorestamento das áreas de
pastagem inseridas na APA Mananciais do rio Paraíba do Sul. Considerando que os incentivos
proporcionados pelos reflorestamentos devem ser maiores que o lucro obtido pelo uso da terra mais o
custo de reflorestamento, os resultados apontam que as bacias possuem retorno do investimento em
tempos bem distintos, variando de 1 ano a mais de 15 anos. Apesar de os reflorestamentos reduzirem os
impactos do aporte de sedimento aos corpos d’água nas bacias de captação, os processos ocorrem em
magnitudes diferentes, devendo ser levado em consideração ao serem utilizados para estratégias de
Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA).
12.
GRAU DE SIGILO: