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HOMICÍDIO SEGUIDO DE SUICÍDIO: UMA INVESTIGAÇÃO

PSICANALÍTICA

1​
Tabata de Aquino Gerk;
2​
Ileno Izídio da Costa.

O Homicídio Seguido de Suicídio é uma combinação criminal que chama atenção por
ser uma passagem ao ato com alto teor de agressividade, porém, ainda é pauta de
poucos estudos científicos. Entendendo este duplo ato como uma ação com sentido e
simbolismo é necessário olhar para ele mais profundamente, a fim de investigar sobre o
psiquismo de seus protagonistas e sobre o porquê optarem por esse tipo de ​modus
operandi​. Neste caso, a Psicanálise mostra-se rico instrumento de análise, pois fornece
possibilidades de discussão sobre fatores que podem ter contribuído para esse
fenômeno, bem como aponta possíveis interpretações sobre o sofrimento psíquico de
seus protagonistas. Logo, este trabalho visou uma investigação teórica de base
Psicanalítica sobre os desdobramentos psíquicos ligados ao ato de Homicídio Seguido
de Suicídio. A base de pesquisa utilizou autores como Sigmund Freud, Donald
Winnicott e Karl Menninger, bem como material científico sobre esse fenômeno. Dos
achados foram investigados mecanismos psíquicos em comum nos dois atos em
separado e ao fim elaboradas reflexões sobre o motivo do ato em conjunto. Na teoria
Freudiana o suicídio aparece como escolha objetal narcísica advinda da vontade de
aniquilação do Outro, objeto introjetado em si. O homicídio, por sua vez, entra como
realização direta do desejo de aniquilação do Outro, em consequência à impossibilidade
de elaboração interna e simbólica desse desejo. Alguns pontos comuns foram notados
em relação a esses dois atos. Por exemplo, a possibilidade de uma forte fragilidade
narcísica nos seus protagonistas. Outra similaridade é o papel importante do Outro
como coadjuvante nesses atos, proveniente de mecanismos de identificação e projeção
do sujeito neste. O homicídio mostra isso de forma mais direta, porém o suicídio
também é um ato que tange o ataque ao Outro. Em conclusão, mostrou-se importante
considerar a relação do sujeito com seu ambiente e suas figuras de referência ao se
analisar sobre esse tipo de passagem ao ato, visto que a relação entre o Eu e o Outro
pode virar mote para os desdobramentos psíquicos que levam a futuras escolhas
comportamentais. Entender essas relações é essencial para traçar caminhos de
entendimento sobre esse fenômeno. Por fim, é sugerido que novos estudos sobre essa
temática ocorram, dada a sua complexidade. Quanto mais pudermos pesquisar e
entender passagens ao ato como essas, maiores são as chances de prevenção desses
crimes e tratamento de seus possíveis protagonistas de forma mais eficaz.

Suicídio, Homicídio, Psicanálise.

1​
Psicóloga; Mestranda; Universidade de Brasília; Aluna; tabatagerk.psi@gmail.com.
2​
Psicólogo; Doutor; Universidade de Brasília; Professor Adjunto.

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