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O luto:
Perdas e
Rompimento
de Vínculos
Manejo Clínico
Sumário
Introdução.............................................................................. 3
1. A Morte na linha do Tempo................................................... 3
1.1. A Morte em Vida........................................................... 6
2. O Apego e Desapego........................................................... 7
3. O Vínculo........................................................................... 9
3.1. Configurações Vinculares de Bion por Zimerman................ 11
3.2. A criança e o Vínculo...................................................... 12
4. Perdas e Luto..................................................................... 14
4.1. O Luto: As contribuições à Psicanálise.............................. 15
4.2. O Luto Normal e Luto Patológico...................................... 16
4.3. O Luto Antecipatório e o Luto pós-morte........................... 17
4.3.1. Cuidados Paliativos................................................. 19
4.4. A Identificação do Objeto Amado..................................... 20
4.5. Os Afetos relacionados à Perda........................................ 20
4.6. A Elaboração do Luto..................................................... 22
4.6.1. Questões de Prevenção por Maria Helena P. F. Bromberg
(2000) .......................................................................... 23
4.7. Fases do Luto Segundo Bowlby........................................ 24
4.8. Luto na Família............................................................. 25
4.9. Processos Facilitadores e Complicadores........................... 26
5. Perdas e as Fases do Desenvolvimento Humano..................... 28
5.1. Os Processos Cognitivos e a Reação à Perda...................... 29
5.2. A Criança e a Experiência com a Morte............................. 30
5.3. A Adolescência: o Comportamento e a Visão sobre a Morte. 31
5.4. Perdas na Vida Adulta.................................................... 32
5.4.1. Separações e Divórcio............................................. 32
5.4.2. Perda do Cônjuge.................................................. 34
5.4.3. A Morte de um Filho............................................... 35
5.5. A Velhice e a Morte........................................................ 35
6. O Medo e a Ansiedade......................................................... 37
7. Distúrbio Depressivo.......................................................... 38
Considerações Finais............................................................... 39
Bibliografia............................................................................ 40
Outras Fontes de Pesquisa....................................................... 40
Informações sobre a Curadora .................................................42
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Marlene de Carvalho Caterina
Psicóloga / Psicanalista
Introdução
A perda de um ente querido é uma das experiências mais dolorosas para um ser
humano, para quem está próximo e nada no momento do luto iria causar o conforto e a
paz do que a volta da pessoa perdida.
A morte tem significados diferentes para cada pessoa, pois é algo constrangedor e
muitas vezes ameaçador, sendo um assunto longe das pautas dos colóquios de muitas
pessoas que respiram e aspiram à vida. Mas a morte em si, esta que aparenta ser o triste
desfecho de todo ser vivo, está presente durante toda existência humana. Este assunto,
que é tão obscuro e de difícil assimilação, não se trata apenas de um fenômeno orgânico,
como veremos ao longo deste curso. Veremos que a morte é caracterizada como uma
perda de um elo entre uma pessoa e seu objeto, portanto também um fenômeno mental.
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Durante a linha do tempo temos várias interpretações sobre a morte registradas sob
vários aspectos: viagem, descanso, alívio, juízo final, etc. O homem, desafiando a sua
condição de mortal aspira pela juventude e vigores eternos dos prazeres, agindo como se
ela não existisse durante sua juventude e temendo-a em sua velhice.
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Psicóloga / Psicanalista
Durante o século XVII e XVIII, a morte traz a representação realista do corpo humano e
sua decomposição. São os chamados temas macabros, que relacionam com a
decomposição dos corpos vivos. Neste sentido, a doença, a velhice e a morte eram vistas
como a erupção da podridão interior; o julgo do pecado.
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“A perda do amado é uma ruptura não fora, mas dentro de mim.” J. –D. Násio
Como já vimos, a morte faz parte do desenvolvimento humano durante toda sua
existência. Desde o nascimento, o homem já sofre sua primeira perda com o rompimento
do cordão umbilical, se desligando da vida uterina junto à mãe.
O conflito entre a vida e a morte, Eros e Thanatos se contrapõe, ora em um, ora em
outro em mais evidência (Cassorla, 1992). As pulsões de Eros estão ligadas ao
crescimento, desenvolvimento, interação, reprodução e manutenção da vida, enquanto
as pulsões de Thanatos desintegram a vida e representam o estado inorgânico da morte.
Ambos estão fundidos e quando ocorre a defusão, a pulsão da morte se encontra livre,
em situação de grande sofrimento físico, mental e social. Uma tendência apontada por
Menninger (1965) é a mortificação da vida: suicídios crônicos, invalidez neurótica,
conflitos de viver e morrer: erotização e destruição.
Uma coisa que impulsiona o homem a uma atividade frenética é o terror pela própria
morte. Esta afirmação confirma o resultado repentino da morte de pessoas idosas que
deixam o posto de trabalho, descontinuando suas atividades aplicadas durante toda a
vida, ou seja, a morte do vínculo do homem com sua ferramenta de trabalho, levando a
morte em si, expressa pelas pessoas que convivem com o enlutado “... ele foi morrendo
aos poucos quando parou de trabalhar.”
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2. O Apego e o desapego
O Apego é definido como o instinto de formar laços
relacionais com outros objetos (figuras primárias de
apego). Neste processo, desenvolvem-se estratégias a fim
de estabelecer a proximidade dessas figuras primárias,
caracterizadas como parentais ou de reprodução quando
em situações de estresse, doença ou medo, regulando o
sistema de alerta. Este comportamento é interpretado
como qualquer forma de comportamento que resulta na
consecução ou conservação por uma pessoa.
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3. O Vínculo
O termo vínculo, do latim vinculum, significa união, com
característica de ligação duradoura.
Chama-se “privação de mãe” a situação na qual a criança não possui uma reação
calorosa íntima e contínua com a mãe. Seus efeitos variam de acordo com seu grau,
sendo que, a privação parcial proporciona a angústia, a necessidade de amor, forte
sentimento de vingança, culpa e depressão. Uma criança, sendo imatura, não poderá
lidar com todas estas emoções. Muitos pesquisadores investigaram as relações de lares
desfeitos e incapacidade das crianças se ajustarem à vida com outras pessoas.
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“Ela freqüentemente chorará muito alto, sacudirá o berço, agitar-se-a-á, e buscará avidamente
qualquer imagem ou som que possa anunciar a mãe ausente.” (1985 Bowlby)
John Bowlby concluiu em seu estudo que a ligação do vínculo entre mãe e filho era
parte de um sistema de comportamento que servia à proteção e sobrevivência da
espécie, já que os bebês humanos são indefesos e dependentes.
É fatual que, num contexto familiar, a maioria dos bebês de cerca de três meses de
idade já responde à mãe de um modo diferente em comparação com outras pessoas.
Assim quando ouve a sua mãe, um bebê dessa idade sorrirá e vocalizará mais
prontamente. O comportamento de manutenção de proximidade é observado de maneira
óbvia quando a mãe sai do quarto e o bebê chora e tenta segui-la.
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Uma mudança consiste em que a criança passa a estar consciente de uma partida
eminente quando é posto em seu berço e sua mãe desaparece de vista (Bowlby, 1984).
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4. Perdas e Luto
“A imagem do objeto perdido, sua “sombra”, cai sobre o eu e encobre uma parte dele.”
J. -D. Násio
A psicoterapia de luto é uma técnica que vem sendo desenvolvida há mais de trinta
anos nos Estados Unidos e Europa, e desenvolvida no Brasil há cerca de vinte anos. Por
meio de nossa experiência clínica e acadêmica, desenvolvemos e acompanhamos
pesquisas científicas realizadas com o objetivo de avaliar os resultados deste tipo de
intervenção. Desta forma, assim como foi apontado por Worden (1991), podemos
constatar que a psicoterapia de luto possibilita as seguintes mudanças diante do processo
de luto:
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Com base principal pelo artigo “Luto e Melancolia”, Freud traz a primeira explicação
para este processo, caracterizando o luto como um estado depressivo que não deve ser
tratado como uma patologia, mas como uma fase de inibição do Ego, que de modo geral,
é uma reação à perda de um ente querido, objeto libidinoso, ou alguma abstração
associada a este ente, o que é de caráter particularmente doloroso até que, em um dado
período, o Ego fique outra vez livre e desinibido. Esta fase é marcada pela ausência e a
doravante inexistência do objeto amado, da retirada de toda libido de suas ligações com
o mesmo e o deslocamento para outro objeto.
Ainda a partir das idéias de Freud, a ambivalência, tema este que surgiu no início da
psicanálise e muito persistente, indica a existência do desejo inconsciente de que a
pessoa amada morra, pois somos impelidos em nossos primeiros anos de vida a
sentimentos de amor e o ódio que, reprimido através de seus sintomas, reprimi-se no
inconsciente pelo amor.
Mody (1975) pesquisou 150 casos de pessoas que foram ressuscitadas após estarem
clinicamente mortas com relatos de experiências extracorpóreas, encontro com entes
iluminados, etc.
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No luto patológico defini-se como uma reação que fugiu do que ser refere à
sintomatologia e processo. A depressão clínica pode ser considerada um tipo de reação
patológica diante de um episódio depressivo. Porém, há casos de depressão clínica não
provocada pelo luto.
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“No luto patológico a figura cristalizou-se para sempre na representação psíquica do amado perdido,
como se quiséssemos tentar em vão ressuscitá-la. O luto patológico é o amor congelado na figura de
uma imagem”. J. –D. Nasio (1996)
O luto, apesar de ser uma situação de crise, pode acarretar ao enlutado manifestações
patológicas de forma somática e psíquica.
Quando se perde o objeto amado, dispara uma ambivalência nas relações afetivas.
Isto vem a desencadear o estado patológico, eternizado pela culpa, por ter desejado a
perda do objeto ou pela culpa da perda vivida. Olhando o sentimento de culpa sob os
estudos de Freud (1916), em seus escritos podemos afirmar que culpa é uma expressão
de conflito da ambivalência entre os instintos de vida e de morte.
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O termo “Luto Antecipatório” foi utilizado pela primeira vez por Lindemann por meio
de sua observação com a experiência das esposas de soldados que iam para a guerra.
Estas mulheres experimentavam a dor psíquica do luto antes da separação dos seus
maridos e o risco eminente de nunca mais vê-los vivos, vivenciando as reações
pertinentes ao enlutamento. Posteriormente, esta denominação foi utilizada para
pessoas que recebem o diagnóstico de doenças terminais e o envolvimento da família
nesta perda. Seja prolongada ou repentina, quando em decorrência de doenças
prolongadas, esta é considerada estressante para as famílias e demanda mecanismo de
enfrentamento diferente, mas quando uma pessoa morre inesperadamente, os membros
das famílias carecem de tempo para antecipar e se preparar para a perda, para lidar com
assuntos inconclusos ou, em muitos casos, até para dizer adeus. Quando o processo de
morrer é prolongado, os recursos financeiros e a prestação de cuidados da família podem
esgotar, e as necessidades de outros membros são colocadas suspensas. O alivio com o
fim do sofrimento do paciente e da tensão familiar costuma vir carregado de culpa e
cada vez mais as famílias estão no penoso dilema: em manter ou não o prolongamento, a
manutenção da vida. Por se tratar de pacientes crônicos com doenças terminais, sem
recursos para cura e a mercê de dores crônicas, perdem a esperança de uma possível
recuperação.
Rando (2000) identificou diferentes opiniões em seus estudos sobre o tema por outros
pesquisadores, sendo que para uns o efeito do luto antecipatório pode ser positivo, pois
há oportunidade de uma prevenção primária de modo a evitar o luto complicado na pós-
morte, e outros julgam negativo, pois este pode conduzir a uma perda prematura.
Entretanto a autora afirma que é um fenômeno real e que estas discrepâncias são frutos
de diferenças nas definições, dadas as falhas na apreciação da complexidade do
fenômeno. Ainda a autora diferencia o luto pós-morte quando se discute o fenômeno
psicossocial. Neste caso, um exemplo é a ambivalência dos sentimentos dos familiares e
do enlutado de negação e culpa.
Analisando todo contexto, cada elemento que participa deste luto precisa ser ouvido e
respeitado. Cada um destes possui pensamentos, sentimentos, valores, princípios e
crenças e se deve ter o cuidado para que isto não influa no tratamento do doente afim
deste não sofrer outro choque num momento tão crítico (Fonseca, 2004);
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“A psicóloga me faz compreender que as coisas mudaram; que não tenho mais a energia de antes, que
preciso me precaver; que preciso me preparar – para quê? Para a morte. (Jean Claude Bernadet, A
doença, uma experiência)”.
Lidar com o doente terminal é permitir que este tenha uma expansão da sua
consciência; é um trabalho de interiorização pela conjugação de dois universos: o
psicológico e o espiritual. Os fundamentos da
assistência espiritual têm o objetivo de favorecer
a aceitação da perda com a cura espiritual, ou
seja, auxiliar o doente a despedir-se da vida sem
mágoa, com a mente sã e aberta.
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desagradável e se não for colocado na sua real dimensão, poderá tornar-se um constante
incômodo e um entrave na comunicação do paciente com os outros membros da família.
Uma vez que a comunicação com este paciente é bem delicada, é importante
principalmente saber ouvi-lo e estabelecer uma relação de confiança para que este possa
expressar suas dores sem culpa.
No que se refere à perda e a reação diante da perda do objeto, Freud quis dizer que
o objeto é escolhido e amado intensamente pela escola narcísica. Em “o declínio do
complexo de Édipo”, o modelo da criança que se identifica com seu pênis, tem o
significado fálico, representa a castração simbólica da criança que não pode consumir o
desejo incestuoso e por outro lado ela se identifica com o órgão peniano. O luto,
conforme a preposição de Lacan revela ao enlutado que este era o objeto de desejo
daquele que morreu e o seu desejo com relação ao desejo do morto leva ao sofrimento e
à dor, isto é a perda do lugar de objeto e a perda do objeto imaginário. Em outras
palavras, da imagem minha que o outro tinha e me permitia amar, ou a morte do eu
ideal próprio da ligação de amor e desejo com a pessoa que desapareceu. Ocorre a perda
do objeto pulsional – o som da voz, o cheiro da pessoa – que dava consistência a imagem
do enlutado.
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Existem duas maneiras de reagir à perda de alguém amado. Uma quando a perda se dá
pelo avanço de uma doença terminal e uma morte representável de forma infinita. Esta
dor, embora seja insuportável, é integrada ao nosso eu, ao contrário da dor inacessível
da perda repentina e inesperada.
A dor psíquica é algo aniquilador. O corpo perde sua armadura, sua segurança, e
decai. Um antídoto mais primitivo utilizado pelo o homem é o grito, depois as palavras
ressoadas que tentam formar uma ponte entre a realidade conhecida antes e após a
perda.
A culpa é uma variante da angústia. È uma reação à ameaça de que o ser amado retire
o seu amor. É a consciência do castigo pela falta, seja ela real ou imaginária. Em
experiência vivenciada por uma filha que ficou traumatizada quando a mãe veio visitá-la
de outra cidade e quando ela retorna teve que deixa-la morando sozinha. Isto lhe causou
muita culpa e tristeza, pois a mãe veio convidá-la para ir ficar com ela e a mesma por
compromissos, não pôde ir. No momento que a filha liga para ver se chegou bem, à mãe
morre falando ao telefone com ela, lhe causando um trauma, ressentimento e culpa. Isto
foi morrer mal para aquela pessoa, porque a ela estava com a mãe há algumas horas
atrás e tudo parecia normal, mas na hora que a mãe precisou da filha isto não foi
possível. Considerando esta morte inesperada, a sensação para esta mulher é que ela
ficou com um débito que nunca poderá ser pago. Uma forma de lidar com este tipo de
culpa é remeter o enlutado aos momentos felizes compartilhados com a pessoa amada e
ressaltar que a morte muitas vezes é um evento inesperado e que, neste caso, não
haveríamos como nos precaver no sentido de evitá-la ou de mudar aquilo que está fora
do nosso alcance.
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“Este é o jogo constante de vida e morte. Eros e Thanatos se contrapondo ora em um, ora em outro
com mais evidência [...].” Cassorla (1992)
O pesar pela perda real do objeto amado é aumentado pela fantasia inconsciente de
perda associada dos objetos internos “bons”. O sujeito que não consegue elaborar o luto
sente-se incapaz de restaurar seus objetos de amor dentro de si e afasta-se negando seu
amor por eles, resultando em uma vida emocional empobrecida.
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libido na representação psíquica do objeto que foi perdido. A dor não é, portanto, a dor
de perder, mas a dor da presença constante do objeto perdido e a representação de sua
ausência.
Um processo de elaboração que não foi bem trabalhado é um luto não satisfeito
(Lacan) ou um “buraco no real” (Freud), que seria não vivenciar todo o ritual fúnebre e
não ter o tempo suficiente para a consciência e aceitação do luto. O buraco aspirante no
real do luto patológico é o avesso da foraclusão rejeitante, uma vez identificada este
como uma rejeição. Portanto, a elaboração é um processo de mudança de esquemas em
todas as experiências e experimentamo-la em algum momento da vida.
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O processo do luto é por definição um conjunto de reações diante de uma perda, que
não se refere somente à figura da morte física. Bowlby (1985) refere-se às quatro fases
do luto.
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2) Fase de desejo e busca da figura perdida, que pode permanecer por longo
período.
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Uma breve intervenção no período de crise se faz necessária, já que o apoio social
pode durar menos do que o período de luto. A terapia da família enlutada tem seus
objetivos que determinam a escolha dos procedimentos de intervenção (McGoldrick,
1991), sendo definidos como objetivos:
Fazer terapia pode ajudar as famílias a criar narrativas que facilitem e enriqueçam
sua integração da perda. O processamento do luto não é para vencer a ausência, mas a
morte. Não é para se opor á separação, mas ao esquecimento.
Para que o luto possa levar a um resultado favorável, é importante que a pessoa
enlutada expresse, mais cedo ou tarde, seus sentimentos e emoções.
Por outro lado, os afetos mais intensos e perturbadores provocados por uma perda são
o medo do abandono, a saudade da figura perdida e a raiva de não reencontrá-la
associados à busca da figura e a reversão desta perda. O enlutado não deve ser visto
apenas com compaixão, mas como alguém que pode conseguir acesso a um significado
mais permanente em sua existência.
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Alguns pontos importantes identificados por Bowlby podem afetar o processo de luto e
facilitar ou dificultar o quadro patológico, considerando-se também a personalidade do
enlutado antes da perda:
É essencial ao profissional que irá prestar ajuda a pessoa que sofre uma perda, que
atenha ao ponto de vista e respeite os sentimentos do enlutado, ainda que possam ser
irreais. Pode haver uma necessidade constante de se identificar o culpado ou uma
solução milagrosa. Ainda que colocamo-nos no lugar daqueles que estão à volta desta
pessoa, parece ser desnecessário e prejudicial sermos “representantes da realidade”. De
certa forma, ela estará cônscia de que seu mundo mudou, e ao ignorarmos o mundo como
esta pessoa vê, proporcionaremos o seu afastamento. Nosso papel, portanto, é de
companheiro pronto a oferecer apoio, preparando-a para explorar, a partir das
discussões, as esperanças e desejos alimentados.
Processos complicadores
• A criança:
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Processos facilitadores
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Apesar de ser difícil lidar com a morte, ela acompanha o ser humano durante toda sua
vida desde a perda original e é uma experiência universal. Ao invés de ignorá-la,
abominá-la, fingir que ela não existe, é necessário entendê-la, encará-la, sofrê-la e
superá-la. Por mais doloroso que seja uma perda, a vida deve continuar, mesmo de modo
diferente e que exija mudanças de paradigmas.
“A perda é uma experiência tão individual e peculiar que a sua história individualiza cada ser
humano.”
As direções para as quais a pessoa está cognitivamente voltada são umas funções dos
modelos representacionais das figuras de apego e do eu, construídos durante sua infância
e adolescência. As experiências com estes modelos são responsáveis, primeiro, pelos
padrões de relação afetiva que a pessoa estabelece durante sua vida e segundo, pelas
tendências cognitivas que ela traz em qualquer perda que possa sofrer.
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“Quando eu era pequena, fechava os olhos à noite e imaginava o mundo continuando a existir para
sempre. Imaginava, com completo terror, o mundo continuando para sempre e sempre... sem minha
presença. Freud diz que somos incapazes de imaginar nossa própria morte, mas estou aqui para dizer
que não é verdade. Por favor, Deus, eu rezava então, sei que não pode afastar a morte. Mas não pode
dar um jeito para eu deixar de pensar nela?” Judith Viorst, em Perdas Necessárias (1986).
Já crianças terminais que se vem diante da sua própria vulnerabilidade com a morte,
vivem um processo de luto antecipatório, apresentam além do medo da morte em si, o
medo do sofrimento e do tratamento, submetida a constantes separações com seus
familiares.
“A maior parte dos adultos e das crianças vivenciará sintomas de luto em todas as
cinco dimensões do sistema humano. Intelectualmente, eles tentam compreender e
entender o que está acontecendo. Emocionalmente, as reações aparecem com
sentimentos intensos. Fisicamente, podem se tornar debilitados, apresentando dores por
todo corpo. Espiritualmente, podem sentir raiva de Deus, ou começar a buscar por
significado em busca de sentido fora do evento. Socialmente, esses indivíduos
usualmente se retiram, enquanto perdem antigas identidades e, eventualmente,
reivindicam uma nova”. (2005 Mazorra e Tinoco).
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Reynolds, Miller, Jelalian e Spirito (1995), citados por Ramalho (2002), Mazorra e
Tinoco (Luto na Infância, 2005) enumeram alguns pontos que consideram importantes e
que devem ser observados quanto à abordagem da criança terminal como cuidados
paliativos:
• Assegurar que ela não estará só e terá alguém a seu lado o máximo possível;
• Ressegurar que a equipe fará tudo para controlar sua dor;
• Garantir-lhe que nunca será esquecida pelos que a amam;
• Permitir-lhe que chore, fique triste, ou com raiva, sem se preocupar em
esconder emoções e forçar-se para “proteger” os pais da dor;
• Respeitar seu tempo de reflexão;
• Assegurar-lhe que seus pais não estarão sozinhos e que há pessoas que os
apoiarão;
• Permitir a despedida com parentes e amigos;
• Mostrar-lhe que os adultos também não sabem muito sobre a morte;
• Ajudar-lhe a compreender o choro dos pais: o choro representa a afeição e a
tristeza pelo filho doente;
• Mostrar que os pais sempre se lembrarão dos momentos felizes que passaram
juntos e não do choro e tristeza que sentem agora;
• Assegurar-lhe que as relações familiares não são sua responsabilidade e que
eles poderão procurar ajuda.
Diante de uma morte, geralmente na cultura ocidental o genitor diz ao filho que o
ente foi para o “céu”, ficando uma incógnita do que o céu representa para a criança ou
até mesmo a discrepância da crença daquilo que é dito e aquilo que os pais acreditam.
Outra explicação comum reconhecida como figura de linguagem, especialmente no caso
de uma pessoa idosa, é dizer que este (um avô, por exemplo) foi dormir. Entretanto, uma
criança tem pouco conhecimento com figuras de linguagem e pode considerar o ato de
dormir como uma experiência perigosa.
Contudo, é crucial para criança sã saber que cedo ou tarde a pessoa morta nunca mais
voltará e que o corpo está enterrado no chão ou foi incinerado.
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ambiente adulto. E isto se torna mais difícil em sua elaboração quando o indivíduo tem
forte apego a estas figuras.
Segundo Jung, nesta fase o indivíduo está com a libido voltada para a construção do
mundo, ficando a morte em si, fora do pensamento do adolescente e a sensação de
onipotência e resistência fortemente introjetada.
O uso de entorpecentes pode ter o objetivo atingir este auge, além da busca de uma
alteração de consciência. O adolescente tem a cognição de perceber as características da
morte e pode dar respostas lógicas ou formais, porém emocionalmente, pode estar bem
distante. Mortes associadas a drogas são muito comuns nesta fase.
Quando este passa pelo processo de maturidade, sua impulsividade se torna menos
presente, pois existe maior envolvimento com as obrigações sociais e profissionais, fase
esta denominada por Jung, como metanóia, e a morte como uma possibilidade pessoal.
As mudanças naturais que ocorrem em cada pessoa ao longo da vida podem gerar nos
parceiros de casamento diferenças que se tornam difíceis de conciliar. Uma causa
psicológica para o divórcio seria o amadurecimento desigual do casal.
Um casamento feliz e estável é imprescindível para que os filhos sejam bem cuidados.
As condições relativas à infância e a felicidade no casamento dos pais em uma pesquisa
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com 526 casais, dos quais a maior parte era jovem, eram relevantes para felicidade de
seus casamentos. Outro aspecto importante foi o grau de investimento de afeto de cada
um para com seus pais, particularmente com a mãe. (Bowlby).
O luto pela perda no momento da separação tem de ser elaborado, mesmo sem que
haja a morte concreta. Vários desfechos podem ocorrer, desde a consciência da perda e
uma reorganização da vida com a retomada das atividades, projetos e investimentos em
novas relações.
A fuga para adiante é uma defesa possível, como forma de preservar o Ego na forma
de manter a continuidade das atividades e não sucumbir o desespero e preservar o valor
próprio.
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O estoicismo é um mecanismo para manter o Ego forte. A reação “Eu agüento”, esta
conformação é uma submissão, mas é muito valorizada pela sociedade do século XX,
sendo como altamente desejáveis a força e o equilíbrio, o silêncio e a dor.
Em sua pesquisa, constata-se que todas as viúvas, com exceção de duas, sentiram-se
inquietas no primeiro mês de luto e cita a descrição clássica de Lindemann “Não há
retardamento da ação e da fala; pelo contrário, há um apressamento da fala,
especialmente ao conversar sobre o falecido. Há inquietação, incapacidade de ficar
sentada, movimentação, inconseqüência, busca constante de alguma coisa para se
fazer.” (Lindemann, 1944).
Quanto à incidência da raiva, era evidente que em todas, com exceção de quatro e
muito acentuada em sete. Na maioria dos casos, a razão apresentada para a raiva era
que a pessoa em questão teria sido parcialmente responsável pela morte do marido. Há
indícios de que a raiva varia de acordo com o sexo da pessoa enlutada e também com
fase da vida em que a morte ocorre.
Também, as súbitas explosões de raiva são comuns logo após uma perda,
principalmente, se de forma súbita e/ou precoce. Neste caso, se a raiva e ressentimento
persistirem além das primeiras semanas, há razão para preocupação.
Na expectativa de uma reunião futura com o ente falecido, Parkes cita que várias das
viúvas pensaram em se suicidar para juntar-se ao marido. Tal comportamento é
observado em muitas mulheres abandonadas pelo marido ou cujo casamento terminou em
divórcio.
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A morte de uma criança é impactante para toda uma família. A sensação de injustiça
e os sentimentos de raiva e culpa são misturados com a sensação dos pais de auto-
reprovação e inabilidade para ter impedido a morte.
Isto causa um misto de sentimentos, pois quebra um padrão estabelecido. No caso dos
pais diante de um diagnóstico de enfermidade fatal de seu filho, têm a partir da
informação o início ao processo de enlutamento e no caso, a negação do diagnóstico e
prognóstico é substituída pela necessidade de manter a criança viva.
Primeiramente, deve-se oferecer ao genitor uma relação de apoio, em que ele se sinta
livre para refletir sobre o golpe sofrido e ao entendimento de como ocorreu e o porquê
isto ocorreu, bem como expressar os sentimentos tempestuosos que são tão necessários
para que haja uma elaboração sadia do luto. Quando um pai supera esta dificuldade, tem
menos dificuldade em incluir os filhos no processo de luto, podendo até mesmo partilhar
fatos e responder dúvidas com maior sinceridade.
Com certeza, nem todas as pessoas enlutadas passam por fases que sucedem umas às
outras. É necessário observar a pessoa como um todo, de modo sistêmico. Classificar o
luto em fases estanques pode representar certa passividade para enlutado enfrentar o
pesar. É necessário que ele possa enfrentar o luto, trabalhando a perda em si, de forma
ativa, e buscar auxílio profissional quando não conseguir fazê-lo. O luto em si exige
tempo necessário para elaborar. Em especial se tratando de mães enlutadas, estas
necessitam da ajuda de um terapeuta, para que o processo se realize.
“A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.” Friedrich Nietzsche
O incentivo a vida ativa pelos programas de terceira idade tem nos mostrado em nosso
contexto atual a qualidade de vida e produtividade, através da prática de atividades
físicas, oficina de artes, trabalho voluntário, programas turísticos, etc., além de poder
contribuir intelectualmente para a sociedade.
No que diz respeito a refutar a morte, é inevitável para o ser humano saber que vai
enfrentar a morte. Embora possa não haver uma elaboração totalmente consciente, mas
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algo primitivo que nos faz caminhar não calmamente para ela, tornando-se quase
impossível aceitar a morte.
A velhice é fase em que mais se atribui aspectos negativos, dada as perdas corporais,
financeiras, de produtividade e até mesmo as separações familiares e a perda de amigos
nesta mesma fase. É importante verificar onde está sendo colocada a ênfase: na vida ou
na morte. A ocorrência do luto neste período da vida tem grande impacto sobre a sua
possibilidade de sobrevivência e elaboração. Embora os programas de cuidados paliativos
em hospitais tenham se desenvolvido em todo mundo, inclusive no Brasil, é necessário
considerar suas limitações no que se concerne à pacientes geriátricos, pois estes possuem
doenças de longa duração e sintomatologia de difícil trato. Os cuidados paliativos é uma
área que demanda desenvolvimento e não se tratam de dogmatismo religioso, mas de
uma visão terapêutica existencial e a busca do significado da vida e da morte.
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6. O medo e a ansiedade
Para Freitas, o medo da morte é básico e está presente em todos nós. Nas sensações
de insegurança, diante do perigo, nos sentimentos de desencorajamento e de depressão,
sempre está implícito o medo da morte. Um medo que sofre as mais complexas
elaborações e manifesta-se de muitas formas diferentes.
O medo da morte pode ser descrito sob várias definições, dentre elas:
• Medo de morrer;
• Medo dos mortos;
• Medo de ser destruído;
• Medo da perda de pessoas significativas;
• Medo do estado do corpo após a morte;
• Medo da morte prematura;
No que se refere à ansiedade, esta é associada a um sentimento difuso sem uma causa
aparentemente definida. Segundo Hoelter (1979), a ansiedade pode ser definida com um
estado geral que precede uma preocupação mais específica do homem com a morte.
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7. Distúrbio Depressivo
A tristeza e a depressão, provocadas por outros aspectos
que não a morte é um processo de luto. Embora seja uma
reação normal, a tristeza é provocada pela perda, previsão
de perda de pessoas, papéis sociais, objetos ou locais
familiares.
Auto-retrato de Vincent embora a recuperação pelo próprio esforço seja bem mais
Van Gogh difícil e seu senso de competência e valor permanecerá
intacto.
A depressão analisada pela experiência infantil por Seligman (1973) é observada pelas
características do distúrbio depressivo e os sentimentos de abandono, rejeição, desamor,
constatando como provável experiência amarga da pessoa na infância nunca ter
estabelecido uma relação estável e segura com seus pais, mesmo apesar de terem sido
feitos repetidos esforços para ela atender as exigências e expectativas deles, e pouco
real seja o que tenham formulado sobre ela. Conseqüentemente ela desenvolve um
modelo de si mesma como pessoa indigna de ser amada, indesejada de apego e por isso
sente-se inacessível, rejeitadora e punitiva.
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Considerações Finais
Na vida estamos sempre lidando com perdas. Algumas são naturais e orgânicas,
enquanto outras são extremamente significativas e dolorosas, pois representam uma
grande ausência. Esta dor, psíquica, pode ser arrasadora, situacional, freqüente e
reincidente. Lidar com ela requer a reorganização de “nossos objetos”, mudança de
nossos paradigmas e aceitação da nossa própria vulnerabilidade.
Algumas perdas nós podemos elaborar com maior facilidade, como a reparação de
uma noite de sono bem dormida, enquanto em outras temos de “reparar” nosso Ego até
que ele esteja livre para se vincular a novos objetos.
A partir destas percepções sobre as perdas e lutos e os seus cuidados, acredito que
poderemos contextualizar os casos clínicos com os conceitos embasados por Bowlby e
outros pesquisadores aqui referenciados para o manejo clínico na prática psicanalítica
com maiores alcances e contribuições. Àqueles que queiram aprofundar-se mais no
assunto sugiro iniciarem como base norteadora Bowlby, e mais isoladamente sobre perdas
e luto, as autoras Kovács e Bromberg.
Lidar com a morte pode ser conflitante e desconfortável, mas muitas vezes é
inevitável encará-la. Não há como ignorá-la, deixá-la fora de nossos projetos de vida,
pois ela nos acompanha a todo instante em cada perda. A cada segundo nossas células
estão morrendo e se renovando, nossa memória aos poucos se esvaindo e recebendo
novas informações, e, em nossas relações, temos perdas e ganhos emocionais. Enfim,
tudo é um fluxo constante, perdas e ganhos, chegadas e partidas, encontros e
despedidas. Não podemos deter isto, mas como disse Chaplin “A vida é maravilhosa
quando não se tem medo dela”, ainda que o medo seja uma faceta dela. E como uma
experiência dolorosa pode ser uma experiência de vida no sentido de maturidade, de
modo a extrair dela um ganho finalizo com uma frase de Nietzsche: “O que não provoca
minha morte faz com que eu fique mais forte”.
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Bibliografia
BOWLBY, J.; Apego: A Natureza do Vínculo; Volume 1 da trilogia Ed. Martins Fontes São
Paulo – SP.; 2002.
BOWLBY, J.; Formação e Rompimento dos Laços Afetivos; 1ª. Edição; Ed. Martins
Fontes São Paulo – SP.; 1998.
FREUD, S.; Obras Completas: Luto e Melancolia Vol. XIV Ed. Imago 1º Edição Standard
Brasileira; 1974; São Paulo – SP.
KOVÁCS, M. J.; Educação para a Morte; 1ª. Edição; Casa do Psicólogo Livraria e Editora;
2003; São Paulo – SP.
MAZORRA L. e TINOCO V.; Luto na Infância; Editora Luz Plena; 2005; Campinas – SP.
BION, W. R.; Aprender com a Experiência; Editora Imago, 1991; Rio de Janeiro – RJ.
NASIO, J. –D.; O livro da dor e do Amor; Jorge Zahar Editor, 1997; Rio de Janeiro – RJ.
ZIMERMAN, DAVID E.; Bion – da Teoria à Prática; 2ª. Edição Ampliada; Artmed, 2004;
Porto Alegre – RS.
FONSECA, JOSÉ PAULO; Luto Antecipatório; Editora Livro Pleno; 2004; Campinas-SP.
Wikipedia – Enciclopédia
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Contato
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Em 2007 foi indicada pela Associação para lecionar um módulo sobre perdas e lutos,
tema este que tem sido explorado e introduzido com maior ênfase na prática da
psicoterapia e aos cuidados paliativos. Atualmente, junto com a APVP, vem
desenvolvendo um projeto de intervenção em clínicas e hospitais da região.
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