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5º semestre – 2013
Apontamentos de aulas por José Roberto Monteiro
07/02/13
Conceito de Contrato
(Clóvis Beviláqua)
Contratos X Obrigações
Natureza Jurídica
O contrato é uma espécie de negócio jurídico que depende para a sua formação de pelo
menos duas partes. É, portanto, um negócio jurídico bilateral ou plurilateral.
1
Esquema da natureza jurídica dos contratos
Ordinários
(nascimento, morte...)
Naturais
Extraordinários
(terremotos, enchentes...)
Unilateral
Atos humanos
Negócio jurídico
Bilateral
Ilícitos
Negócio jurídico: é o ato que se pratica com uma finalidade. Como em fazer um
testamento, o efeito decorre da vontade. O testamento é um negócio jurídico
unilateral, uma vez que tem validade mesmo que não haja concordância, mesmo
que haja renuncia posterior. O testamento não é um contrato.
14/02/13
Princípios Gerais
Princípios
Normas
Regras
Autonomia da vontade
Com quem
- Liberdade de contratar O quê
Conteúdo
- Limitações . Monopólio
Não há como escolher com quem
. Oligopólio
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função
social do contrato.
- bem comum
- desafia a autonomia da vontade
3
Consensualismo
- declaração convergente, não necessariamente por escrito (Art. 107, Código Civil)
Formal
Abstrata
econômica
- Hipossuficiência
de conhecimento
Intangibilidade
Revisão judicial
4
Princípio da Atração das Formas
Se um contrato foi feito por escrito, o aditamento também será por escrito
Se foi lavrada uma escritura, o aditamento também deverá ser por escritura.
Boa fé objetiva
Lealdade
Necessidade de respeitar os interesses da contraparte
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos
do lugar de sua celebração.
19/02/13
5
Consensual não depende da tradição, da entrega. Basta a
convergência de vontades para ter contrato. Exemplo:
Locação, o contrato existe mesmo antes da entrega da
posse do imóvel.
Eficácia
Real (res=coisa) Exemplo: mútuo (bens fungíveis), só existe
quando o mutuante entrega a coisa ao mutuário;
também no comodato (bens infungíveis) e doação. Por
isso a possibilidade de arrependimento até a tradição
Determinado
Prazo
Indeterminado. A denúncia vazia do contrato e a resilição são
permitidas nos contratos de prazo indeterminado
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Adesão: tem previsão de clausulas
Predisposição das Cláusulas
Paritário: acordo de vontades
21/02/13
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos
termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se
também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação
semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a
resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo
dado;
1. Negociações Preliminares
2. Proposta/Oferta
Fases
3. Contrato Preliminar
4. Contratos Definitivos
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1. Negociações preliminares
- Convergência de valores
- Minuta
- Previsão legal – Não esta no CC
- Responsabilidade Civil? Sim, extracontratual
- Não obriga os proponentes, não vincula à celebração de contrato
Exceções
- Natureza do negócio
8
22/02/13
Oferta / Proposta
No caso do CDC (Arts. 35 a 40) obriga a cumprir.
No Código Civil assume perdas e danos.
Conceito
Conhecimento Tardio
Conhecimento Tardio
A parte não colocou prazo para proposta, ou se colocou foi tardio.
Contraproposta
Policitante Proponente
Policitado Oblato
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Formas de Aceitação
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa,
ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando
a tempo a recusa.
3. Contrato Preliminar
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os
requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
Maria Helena Diniz e Carlos Roberto Gonçalves dizem que o compromisso de venda
e compra não é contrato preliminar.
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Requisitos Essenciais do contrato preliminar
- Partes Capazes
III - forma prescrita ou não defesa em lei. - Não. Pq não há forma prescrita em lei.
Espécies
Registro
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no
artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de
arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do
definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.
11
28/02/13
4. Contratos definitivos
- Encontro de vontades
- Autonomia privada
- Contrato aperfeiçoado gera responsabilidade civil contratual
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e
honorários de advogado.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em
que executou o ato de que se devia abster.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o
contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos,
responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força
maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos
efeitos não era possível evitar ou impedir.
- Declaração da vontade
- Intenção
Expressões dúbias
Omissões
Obscuridade
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Destinatários: as partes
Linhas de Interpretação
- Boa-fé Objetiva
- Conservação do contrato (uma cláusula não pode ir conta o espirito
Princípios do contrato) Exemplo: Doação com clausula onerosa.
- Equilíbrio: buscar sempre o equilíbrio das partes.
Situação Brasileira:
Híbrido: Subjetivo + Objetivo (com carga maior na interpretação subjetiva)
-Testamento
Art. 1.899. Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações
diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do
testador. (testador é quem faz o testamento)
- Negócios Gratuitos
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se
estritamente
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Regras Hermenêuticas
Integração
Interpretação integrativa
Situação superveniente gera deficiência contratual. Exemplo: Índice de correção
monetária por IGP-M. Se deixa de existir, pela integração se aceita outro índice que
reflita a inflação.
05/03/13
Contratos Bilaterais
Prestações correspectivas
Crítica
Prestações a cargo de uma só parte
Bilaterais = sinalagmáticos
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Contratos Plurilaterais
- com fiador
- compra e venda com mais de duas partes
- Consórcio
- Clubes
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua
obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes
diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação
pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que
aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Exceção
Conceito
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua
obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Fato impeditivo:
- Entregou R$ 10.000,00 para a confecção de roupas
- em 30 dias não entregou
Cláusula Resolutiva
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende
de interpelação judicial.
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato,
se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos,
indenização por perdas e danos. Cláusula Resolutiva Tácita
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Voluntárias: Imprudência, Negligência, Imperícia.
Causas
Involuntárias: Caso fortuito, força maior.
. Distrato ou resilição
. Denúncia
. Revogação
. Renúncia
. Onerosidade excessiva
. Rescisão
. Resolução
. Distrato Resilição
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
(Princípio da atração das formas)
Denúncia
Unilateral Revogação faculdade de quem outorga
Renuncia faculdade de quem é outorgado
. Onerosidade excessiva
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Ao longo do contrato, uma das premissas se alterou de forma desequilibrada.
12/03/13
17
Estipulação em favor de Terceiro
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é
permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a
ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
Estipulante
Promitente
Beneficiário
Perdas e danos
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Vícios Redibitórios
Vício? Defeito?
Defeito Qualquer situação que pode tornar a coisa inútil para sua finalidade ou reduzir
seu valor.
. Se reduz apenas o valor, não redibe, não anula, só enseja correção
Vício Redibitório
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Conserto em 30 dias
Código de Defesa do Consumidor Redibir
Não consertou em 30 dias Estimar
Substituir
14/03/13
Redibir
Prazo para Decadencial
Estimar
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por
vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe
diminuam o valor.
Nem sempre por vícios ocultos, já que o 445, caput, diz do vício na tradição por oposição ao
§1o
o
§ 1 Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo
contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e
oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
o
§ 2 Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão
os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o
disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Prescrição Decadência
Perde a pretensão, o direito de exigir. Perde o Direito. Aplica-se ao direito potestativo,
Aplica-se ao direito subjetivo, à contraprestação. não depende da manifestação da vontade da
contraparte.
Diferenças
Materiais
2. Pretensão. Permanece com o direito material, mas não posso mover ação: perde-
se o direito.
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Processuais
Redibitórias
Ações edilícias
Estimatórias (quanti minoris)
AÇÃO EDILÍCIA
Também chamada de ação redibitória. O qualificativo advém do direito romano,
por ser actio concedida no edito do edil. Criada em Roma, no século II a fim
de regulamentar os negócios dos vendedores, muitas vezes estrangeiros,
hábeis em dissimular defeitos nos produtos vendidos.
Redibitória anula
Estimatória Imprecisão
- Reduz utilidade
- Reduz valor reduz preço
- Pede ao juiz para condenar a devolução da parte do valor. Por conceito do direito,
ações condenatórias têm prazos prescricionais. Mas o 445 aponta o decadencial
(prevalece esse)
Prazos
30 dias: móveis
Aparentes
1 ano: imóveis
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Semoventes
Venda de animais, prazos em lei específica ou na falta dessas pelos usos locais.
19/03/12
Evicção
Evicção
Perda de um bem pelo adquirente, em consequência de reivindicação
feita pelo verdadeiro dono, e por cujo resguardo é responsável o
alienante, nos contratos bilaterais. (Dicionário Houaiss Eletrônico)
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta
garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a
responsabilidade pela evicção.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der,
tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do
risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral
do preço ou das quantias que pagou:
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na
época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção
parcial.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja
deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido
condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe
houver de dar o alienante.
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção,
serão pagas pelo alienante.
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo
alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
22
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a
rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque
sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente
notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe
determinarem as leis do processo.
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era
alheia ou litigiosa.
Total
Evicção
Parcial
A Evicção é um vício jurídico, porque se compra coisa de alguém que aparenta ser dono,
mas não é. Acomete a propriedade do transmitente.
Requisitos:
Oneroso
- Contrato
Comutativo
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era
alheia ou litigiosa.
Se a pessoa sabia que a coisa era alvo de litígio, o contrato é aleatório, não
comutativo.
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- Boa-fé do Transmitente
Aumentada?
Diminuída?
Afastada?
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a
responsabilidade pela evicção.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se
der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube
do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Direitos do Evicto
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral
do preço ou das quantias que pagou:
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na
época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção
parcial.
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Benfeitorias
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas
pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
Denunciação à Lide
Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente
notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como
lhe determinarem as leis do processo.
II - se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que Ihe
foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até final;
21/03/13
25
EMPTIO SPEI - venda da esperança – Art. 458
COISA EXISTENTE
EMPTIO SPEI
A contraprestação é devida, ainda que a prestação não venha a existir, pois o risco é
da existência do objeto.
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo
risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de
receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha
havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a
si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a
todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa
venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o
alienante restituirá o preço recebido.
Exemplos:
Barco de pesca.
- Pago R$100,00 para jogar a rede, o que vier é seu: Art. 458 - EMPTIO SPEI
- Pago R$100,00 se vier algo; Se nada vier, nada pago: Art. 459 - EMPTIO REI
SPERATAE
- Vieram 3 peixes, mas a rede estava furada: dolo ou culpa, exonera do 458 e 459.
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COISA EXISTENTE
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a
risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço,
posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada
como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a
consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
Exemplos:
... em oposição:
- CIF (Cost, insurance and freigth, tipo de frete em que o fornecedor é responsável por
todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete.
Esta responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de destino designado pelo
comprador.)
26/03/13
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Anteriores Concomitantes Supervenientes
Ilicitude do objeto
Anteriores Capacidade das partes
Forma prescrita ou não defesa em lei
Erro
Vícios da vontade Dolo
Coação
Estado de necessidade
Concomitantes
Simulação
Vícios sociais
Fraude a credores
1. Rescisão
2. Resilição
3. Resolução
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1) Rescisão
É o rompimento do vínculo contratual decorrente da ineficácia do negócio jurídico.
Dá-se só por decisão judicial que desconstitui o contrato, por nulo ou
anulável.
2) Resilição
Extinção do contrato por decisão de partes ou das partes.
Distrato
É a resilição bilateral do contrato. Tem efeito ex tunc, salvo vontade das partes. As
concessões são mútuas, por isso, em regra, não há indenização
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3) Resolução:
02/04/13
Revisão Contratual
Contratos Comutativos
Aleatórios
Enriquecimento ilícito:
Fundamentos Abuso de direito: se uma das obrigações fica desproporcional
Onerosidade Excessiva
30
Fundamento Legal
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá
ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a
fim de evitar a onerosidade excessiva.
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre
o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-
lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da
prestação.
Teoria que significa que é implícito a todos os contratos a existência de um dispositivo que
estabelece que as obrigações contratuais só podem ser integralmente cumpridas se
subsistirem as condições existentes no momento da conclusão do negócio, o contrato.
31
Teoria da Imprevisão
Teoria adaptada e difundida do rebus sic stantibus, que consiste, portanto na possibilidade
de desfazimento ou revisão forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis e
extraordinários, a prestação de uma das partes tornar-se exageradamente onerosa – que
na pratica é viabilizada.
- Agravamento da contraprestação
- Caso fortuito e Força Maior?
04/04/13
Compra e Venda
Transferência de domínio
Objeto
Preço Res, pretium et consensus
Consenso
Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde
que as partes acordarem no objeto e no preço.
Capazes
Relativamente capazes quando assistidos
Absolutamente incapazes quando representados
Objeto.
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os
contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a
incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes
designar outra pessoa.
33
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa,
em certo e determinado dia e lugar.
Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que
suscetíveis de objetiva determinação.
Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua
determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se
sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor.
Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o
termo médio.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de
uma das partes a fixação do preço.
Objeto
Exceção
Do adquirente
Obrigações
Principais Do alienante
Responsabilidade
Efeitos
Divisão de despesas
Secundários
Retenção
34
Os tutores e curadores não podem celebrar contratos de compra e venda com seus
tutelados e curatelados.
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta
pública:
Obrigações do adquirente
Obrigações do alienante
- Entregar a coisa
- Garantias legais vício redibitório (material) e evicção (jurídica)
Divisão de despesas
Retenção
35
09/04/13
Ad corpus Ad mesuram
Art. 500, §1º, Código Civil Art. 500, caput, Código Civil
Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou
se determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às
dimensões dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não
sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional
ao preço.
o
§ 1 Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente enunciativa, quando
a diferença encontrada não exceder de um vigésimo da área total enunciada,
ressalvado ao comprador o direito de provar que, em tais circunstâncias, não teria
realizado o negócio.
o
§ 2 Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para
ignorar a medida exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha,
completar o valor correspondente ao preço ou devolver o excesso.
o
§ 3 Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o imóvel for
vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às
suas dimensões, ainda que não conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus.
36
- Direito do adquirente Art. 484, Parágrafo único
Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a
rejeição de todas.
- Não confundir com coisas compostas, uma coisa com vários elementos.
Venda de consumo
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará
sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de
concluir contrato aleatório.
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo
risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber
integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou
culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a
si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a
todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa
venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o
alienante restituirá o preço recebido.
37
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a
risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço,
posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada
como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a
consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
Venda em condomínio
Voluntaria
18/04/13
38
- Proteção da sucessão
- Anulável
Art. 536. A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos
credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço.
Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe
ser comunicada a restituição.
Consignação ≠ Depósito
- CIF (Cost, insurance and freigth, tipo de frete em que o fornecedor é responsável por
todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete.
39
Esta responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de destino designado pelo
comprador.)
23/04/13
1. Preferência ou preempção.
2. Retrovenda
40
3. Venda a contento / prova
Condição suspensiva.
Silêncio? Não há aceitação tácita. O fornecedor não pode faturar antes do aceite.
Pode notificar e constituir mora.
25/04/13
Comércio marítimo
Tradição
Pagamento X título
41
07/05013
Permuta
Permuta, escambo, barganha, ou troca, configuram o contrato mediante o qual uma das
partes se obriga a transferir a outra uma coisa, recebendo em contraprestação coisa
diversa e diferente de dinheiro.
Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes
modificações:
I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas
com o instrumento da troca;
Consenso
Elementos
Coisa diferente de dinheiro
Se o valor da coisa que cabe ao ascendente for maior que a do descendente, não é
anulável por falta de consentimento.
Outorga uxória. É necessária mesmo que o valor dos bens permutados seja igual.
(Afinal, esposas nunca concordam que o valor é igual...)
42