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ESCOLA SECUNDÁRIA/3 DE OLIVERA DO DOURO


Ano Lectivo 2010/2011

FILOSOFIA

Ano: 11º Turmas: A e C

ACTIVIDADE: 12 HOMENS EM FÚRIA (filme)

Colocado na Plataforma: 01/11/2010

Durante o filme deverá estar particularmente atento aos seguintes aspectos:

* Modo como são realizadas as filmagens, caracterização das personagens e ambiente criado (música,
características espácio-temporais).
* Caracterização dos personagens e identificação das principais diferenças (deve ter presentes os
conceitos de preconceito, opinião pública, teses, argumentos).
*As dimensões do discurso argumentativo – ethos, pathos e logos - e identificar a sua relevância no
filme.
* Estratégia argumentativa identificando os elementos mais importantes da estratégia persuasiva
(identificar falácias e respectiva relevância).

* Identificação da principal razão que determinou a decisão final dos jurados.

1 – Contextualização teórica da actividade: O Discurso Argumentativo – principais tipos de


argumentos e falácias (Unidade III – 2.2).

Objectivo:

 Compreender os conteúdos teóricos (ver objectivos da subunidade registados no


caderno) e respectiva operacionalização.

2 - O problema colocado pelo filme: O que significa ser justo?

3 – O Filme: 12 Homens em Fúria.

3.1 – Data, origem e caracterização:

Ano: 1957, estreia mundial: 13 de Abril de 1957


País: EUA
Género: Drama, Crime

3.2 – Realização: Sidney Lumet

3.3 – Principais Intérpretes: Henry Fonda, Lee J. Cobb, Ed Begley

3.4 –Sinopse

Num dia quente de Verão, os jurados não hesitam em culpar um jovem pela morte do
seu pai. Todos, menos um homem...

3.5 – Prós e Contras

Prós: A excelência das interpretações, a perfeição da realização e a inteligência do argumento.


O assunto retratado no filme, e a naturalidade com que o é feito. O facto de nos pôr a pensar.
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Contras: Nada.

3.6 - Comentários

“Este filme é um "Courtroom Drama" simplesmente genial. É incrível como Sidney


Lumet consegue de uma forma tão linear e sem grandes floreados falar dum assunto desta
importância e criar um filme tão poderoso e memorável. A premissa do filme é: um crime foi
cometido, um jovem suspeito de ter morto o pai à facada é julgado, uma decisão sobre o
veredicto tem que ser tomada pelos 12 jurados, com base no que assistiram no julgamento. Com
esta premissa, Lumet realiza um filme espectacular que toca vários assuntos, tais como
preconceito, racismo, dever cívico, responsabilidade e moral.

É curioso ver como os jurados têm uma personalidade completamente diferente uns dos
outros e no entanto, no início 11 dos 12 decidem logo votar num veredicto que dá o acusado
com culpado, todos com razões completamente diferentes para o fazerem, como se verifica
depois com o decorrer do filme. Dos 12 jurados, apenas o jurado 8 (Henry Fonda) se questiona
se as provas apresentadas serão suficientes para considerar o jovem culpado e leva-lo à morte na
cadeira eléctrica. Aqui é levantada a questão da “reasonable doubt” (dúvida razoável), que é
prevista na lei dos EUA, e diz que se não se tiver a certeza absoluta que um suspeito é culpado
deve considerar-se que é inocente.

Com o decorrer do tempo e as questões levantadas pelo jurado 8, alguns jurados


começam a ter algumas dúvidas e mudam o seu voto, não querendo levar alguém à morte sem
ter a certeza absoluta que é culpado. Mas alguns dos jurados não estão convencidos por ainda
pensarem que o acusado é mesmo culpado ou apenas porque tem razões pessoais para o
fazerem, como preconceito ou rancor.

As diferenças de opinião dos jurados fazem-nos pensar nos contrastes do carácter


humano, cada jurado cada carácter, cada carácter cada opinião em relação ao caso. Ou seja, não
são só os factos que por vezes ditam o resultado final, mas também a forma como cada
pessoa olha para esses factos.

Em relação aos aspectos mais técnicos do filme, as interpretações são todas excelentes e
marcantes e demonstram com firmeza as convicções de cada personagem. É, com certeza, um
dos melhores elencos que vi num filme até hoje. Henry Fonda merece destaque mas os outros
não ficam muito atrás em termos de qualidade da interpretação.
Em termos cinematográficos o filme consegue ser bastante consistente com boa qualidade e
bons planos. A banda sonora passa um pouco ao lado do filme, mas talvez tenha sido esse o
objectivo, o filme exige uma banda sonora discreta.

Assim, na minha humilde opinião “12 Angry Man” é o melhor filme deste género feito
até hoje, e pelo seu poder e mensagem entra para a lista de melhores filmes que tive o prazer de
assistir. São obras destas que me fazem gostar ainda mais de cinema e me levam a procurar por
mais pérolas como esta na história do cinema.”
http://highfidelity.blogs.sapo.pt/25932.html

“Neste excelente filme antigo de Sidney Lumet, as coisas começam pelo fim: a
audiência de julgamento está já concluída e a convicção dos membros do tribunal parece estar
firmada no sentido da condenação. Afinal, os factos em julgamento são da maior gravidade, a
prova testemunhal reunida pela acusação é eloquente e o arguido não só é cadastrado como
provém de um bairro miserável, meio propício ao crime e à violência. Mas um dos jurados tem
dúvidas. Não será que uma acusação tão gravosa como a de parricídio merece uma reflexão
mais demorada da parte de quem decide? Não será que um testemunho é sempre um meio de
prova particularmente falível e que os factos podem ser coloridos pela personalidade de quem
os enuncia? Não será que a defesa do arguido foi prejudicada pela juventude e inexperiência do
seu advogado oficioso?
http://www.clubedevideo.com/mods/ficha_filme_if.cdv?numero_filme=1947
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Custando apenas 343 mil dólares e sendo filmado em 19 dias, o filme conta com uma
óptima iluminação e um jogo de câmaras espectacular e uma excelente direcção de Sidney
Lumet. Por ser em P&B, o filme só teve a ganhar com isso, principalmente nas expressões dos
12 personagens, cada um com uma feição característica. A própria variação de comportamento
dos mesmos, os acessos de fúria e as vontades individuais são muito bem exploradas. Os
personagens são muito subtilmente aprofundados, e isso foi de suma importância para a trama,
até por que a história se centra praticamente só na trama. Trama contada através de brilhantes
interlocutores, como palavras podem ser destruidoras.
O filme, além de tudo, é uma AULA de advocacia. Qualquer um que se interesse ou
queira prestar alguma coisa nesse meio deve (é uma obrigação), assistir a esse filme, o modo
como são mostrados os mínimos detalhes dão um toque especial a narrativa densa e tumultuosa.
Ainda em êxtase com o filme, 12 Homens e Uma Sentença é um filme clássico, mais do
que memorável, inesquecível e, uma verdadeira obra-prima cinematográfica. É uma experiência
abrasadora.”
(Texto em português do Brasil com adaptação ortográfica)
www.israelf.xpg.com.br/IISem/Soc/sinopse12homens.doc

“Nunca vi tal coisa. Como é possível que um filme decorra durante 96 minutos em um
só cenário principal e um cenário secundário (cujo acção lá decorre durante pouquíssimos
minutos) sem que o espectador sinta o mínimo de aborrecimento? E o mais notável é que não é
derramada uma única gota de sangue, não existe uma única cena de pancadaria, não se sucede
uma única explosão, não há uma única perseguição, não nos deparamos com efeitos especiais e
mesmo assim conseguimos sentir a tensão criada pela atmosfera envolvente. É de facto uma fita
valiosa. (..) De facto, o que Sidney Lumet conseguiu aqui é ainda hoje em dia extremamente
valorizado e por quase todos adorado. De tal modo que o filme até deu origem uma mini-série
que se deu a conhecer pelo mesmo nome, realizada por William Friedkin (sim, o mesmo de
"The Exorcist") e que contou com a participação de grandes nomes como Jack Lemmon, James
Gandolfini ou George C. Scott. Também ela foi um êxito internacional arrecadando uma série
de prémios incluindo um Golden Globe e dois Emmys.
(…) O jurado número um é superiormente interpretado por Martin Balsam se dá a
conhecer como o líder do júri, um homem ponderado, ordeiro e calmo, escutando com toda a
atenção cada um dos intervenientes. Balsam é igual à sua personagem no que toca à
representação provando a qualidade da sua actuação. O jurado número dois dá pelo nome real
de John Fiedler que interpreta o típico homem tímido e que ninguém respeita. Sendo genuíno e
verdadeiro, arrebata pela simplicidade e disponibilidade. O terceiro que julga o rapaz dá-se pelo
nome de Lee J. Cobb e é, certamente, a melhor actuação a par de Henry Fonda (a incomparável
estrela). Este representa um homem inicialmente convicto dos seus ideais, revelando-se, ao
longo do desenrolar do enredo, um homem mentalmente afectado e psicologicamente
perturbado. Esta é a personagem que todos irão recordar. O quarto jurado da fila é um arrogante
corretor de bolsa que se comporta como um casmurro ao longo da maior parte da fita ignorando
as evidências não cedendo a mão à palmatória. Interpretado por E. G. Marshall, esta é mais uma
actuação intrínseca relativamente à incrível solidez apresentada pelo grupo. O jurado número
cinco é Jack Kugman, um homem proveniente do mesmo background que o rapaz acusado.
Obviamente, a simpatia e a condescendência são os pratos fortes desta complexa personagem
claramente sob uma grande pressão. A actuação revela-se muito atractiva pela forma como este
emprega as suas falas. Na cadeira número seis encontramo-nos com Ed Bins, aquele homem
que considera que só os outros são dotados de possuir o dom da razão, sendo ele um melhor
ouvinte que argumentador. O jurado sete é o veterano Jack Warden e nesta fita ele é o único
homem cujos pensamentos não estão em decidir o futuro do condenado, mas sim na futilidade
do jogo de baseball a realizar nessa noite. É uma personagem claramente dotada de uma incrível
falta de civismo e responsabilidade. Entretanto aparece a mais mediática persona desta fita na
cadeira número oito. Falo, obviamente, de Henry Fonda que fornece uma performance louvável,
cuja personalidade extremamente atractiva é vitoriosa no que ao sucesso do filme diz respeito.
Ele é o homem que lentamente vai invertendo os eventos do caso e o destino do rapaz a ser
julgado. O jurado situado na posição nove é Joseph Sweeney e a ele cabe-lhe o papel de ancião
do grupo, cuja sabedoria e experiência de vida torna-se preponderante ensinando a cada um dos
intervenientes essenciais lições de vida. Na décima posição surge Ed Begley. Este homem é o
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mais preconceituoso da fita favorecendo a condenação do rapaz apenas e só pelo facto de este
ser proveniente de um bairro de lata. O virtuosismo técnico imposto por este senhor é revelador
de uma capacidade de actuação notável. Na penúltima cadeira aparece o jurado número onze,
um homem que dá pelo nome de George Voskovec. É um emigrante fabricante de relógios que
leva este assunto com uma seriedade que serviria de exemplo a qualquer cidadão, respeitando
todas as opiniões e analisando ambas as partes calma e minuciosamente. Por fim, o último
jurado dá pelo nome de Robert Webber. Este é o jovem homem de negócios extremamente bem-
disposto e que gosta de ser o centro das atenções vingando pela virilidade e compostura imposta
pelo seu ideal de personagem.
Como se pode concluir pelas descrições das personagens dos actores acima supra, "12
Angry Men" é um clara sátira à sociedade norte-americana e, em especial, aos homens que
compõe essa comunidade. Todos nós já demos de caras com um homem daquela típica
personagem de filme e que, no fundo, faz parte de um pequeno pedaço da nossa personalidade.
Com este feito notável e com um argumento de louvar aos deuses, esta fita merece a nota
máxima (10/10 ou 5 estrelas em outras tantas possíveis) não por ser uma película perfeita, mas
por aproveitar com a máxima eficiência e eficácia os recursos por ela potenciados. É uma obra-
prima a não perder.

A frase: "It's always difficult to keep personal prejudice out of a thing like this. And wherever
you run into it, prejudice always obscures the truth. I don't really know what the truth
is. I don't suppose anybody will ever really know. Nine of us now seem to feel that the
defendant is innocent, but we're just gambling on probabilities - we may be wrong.
We may be trying to let a guilty man go free, I don't know. Nobody really can. But we
have a reasonable doubt, and that's something that's very valuable in our system. No
jury can declare a man guilty unless it's SURE. We nine can't understand how you
three are still so sure. Maybe you can tell us."

http://www.redcarpe.coresp.com/redcarpetonline/index.php?
act=Print&client=printer&f=39&t=709

A professora,

Maria Carlos Oliveira

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