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relógios?
Relógios mecânicos
Equipa 1M4-1:
Eduardo Daniel Roque Silva up201303831@fe.up.pt
RESUMO
Os relógios mecânicos, de corda e pêndulo, sofreram uma grande evolução ao
longo dos tempos.
Os primeiros relógios de corda surgiram no séc. XV e apesar de terem sofrido
melhoramentos, o seu mecanismo permanece essencialmente o mesmo: uma mola
principal é enrolada e vai-se desenrolando, fazendo funcionar uma série de rodas
dentadas que por fim movem os ponteiros do relógio.
O relógio de Pêndulo foi inventado em 1656 por Christiaan Huygens, inspirado
pelas descobertas de Galileu. Houve no entanto a necessidade de reduzir as amplitudes
de oscilação do pêndulo e consequentemente foi inventado o chamado “escape de
repouso”.
A base de funcionamento dos relógios de pêndulo reside no mecanismo de
escape que controla a velocidade com que a corda do relógio é desenrolada de modo a
que os ponteiros se movam à velocidade certa.
Devido à forte possibilidade de avarias motivadas por variação da temperatura,
pressão e oscilação, a partir de 1933, com a invenção dos relógios de quartzo, os relógios
mecânicos foram sendo substituídos, mantendo-se nos nossos dias como peças
decorativas e antiguidades.
O processo de fabrico de ambos os relógios é bastante semelhante visto que o
seu mecanismo não é muito diferente. Através de vários processos de maquinagem dá-
se forma aos componentes que são depois montados por um relojoeiro numa caixa
tradicionalmente coberta por um vidro.
PALAVRAS-CHAVE
Tempo; Engrenagem; Mola;
Relógios; Escape; Âncora.
Pêndulo; Mecanismo;
AGRADECIMENTOS
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 1
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO................................................................................................................................................ 3
MECANISMO E FUNCIONAMENTO............................................................................................................................... 5
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO................................................................................................................................................ 6
MECANISMO E FUNCIONAMENTO............................................................................................................................... 9
MATERIAIS.................................................................................................................................................................... 14
O MECANISMO ........................................................................................................................................................... 15
O VIDRO ..................................................................................................................................................................... 16
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 18
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................ 21
Introdução
Desde o início dos tempos que o Homem sentiu a necessidade de medir o
Tempo. Para isso foram-se desenvolvendo relógios (dispositivo mecânico ou eletrónico que
serve para a exibição de tempo. Um Relógio é uma máquina na qual um dispositivo que executa
movimentos regulares em intervalos de tempo iguais está ligado a um mecanismo de contagem
que regista o número de movimentos. 1 ): começando pelos básicos relógios de sol,
atravessando relógios de água (clepsidras) e de areia (ampulhetas), relógios de bolso, de
pêndulo, de quartzo e chegando finalmente aos modernos relógios atómicos (alguns dos
quais só se atrasam um segundo a cada 50,8 mil milhões de anos!2).
Mas como funcionam os relógios? E como se fazem relógios? É este o tema que
foi proposto trabalhar no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP e ao qual se vai
dar resposta. Dentro deste, que melhor subtema podia uma equipa de futuros
engenheiros mecânicos pedir senão “Relógios Mecânicos”? Focar-se-á então mais
concretamente este tipo de instrumentos.
Há dois tipos de relógios mecânicos: Relógios de Corda e de Pêndulo. Este
trabalho será então inicialmente dividido em 2 partes para melhor se explorarem estes
tipos de relógios. Qual a sua história e evolução ao longo dos tempos? Quais os seus
princípios de funcionamento? A estas e a mais algumas questões se tentará obter uma
resposta. Numa parte final, serão explorados os materiais e processos de fabrico destes
relógios visto que grande parte do mecanismo é feito da mesma maneira, e com os
mesmos materiais, apenas a uma escala diferente.
1
Encyclopædia Britannica 2013
2
Stromberg 2013
Relógio de corda
História e Evolução
Apesar dos primeiros registos acerca do relógio de corda datarem do século XV,
já anteriormente se haviam inventado relógios com mecanismos semelhantes, os
primeiros relógios mecânicos.
Mecanismo e Funcionamento
O mecanismo por detrás dos relógios de corda (fig3.) é bastante simples e
manteve-se inalterado ao longo do tempo com exceção de pequenos melhoramentos.
Basicamente, o utilizador do relógio, ao fazer girar a chave repetidamente num sentido
está a enrolar a mola principal do sistema. Esta, por sua vez, vai desenrolar-se ao longo
do tempo e alimentar o mecanismo, sendo esse movimento que fará funcionar um
sistema de rodas dentadas interligadas entre si, permitindo assim o movimento dos
ponteiros e dos restantes componentes tais como o mecanismo [4].
Relógio de Pêndulo
História e Evolução
Mecanismo e Funcionamento
Como funcionam?
Imagine-se:
Se o pêndulo estiver a balançar para a esquerda e passar
pela posição central, à medida que este continua o seu balanço,
a superfície bloqueadora da palheta do lado esquerdo vai
libertar o dente da roda de escape. A roda irá, assim, avançar a
distância correspondente a meio dente até atingir a superfície
bloqueadora da palheta do lado direito. Á medida que este ciclo
decorre, a roda dentada, ao embater nas superfícies das
Fig. 8 – Esquema do mecanismo
palhetas vai gerar barulhos que nós conhecemos como “tick” e de escape
“tack”, e é daí que provém o tão conhecido som dos relógios (tick-tack). (Wikipédia)
Uma coisa que temos de ter em mente é que nenhum relógio de pêndulo começa
a trabalhar sem um “empurrãozinho”.
Ao longo da história foram existindo vários tipos de escapes com as suas próprias
características, mas aquele que serve de base para a construção de todos os relógios de
pêndulo foi obra/invenção de George Graham.
(c) Mostra o terceiro choque em que outro dente da roda de escape volta a
atingir, neste caso do lado direito, uma superfície de bloqueamento da palheta
(d) Mostra o quarto choque onde, novamente, o pêndulo atinge o ponto máximo
(e) No quinto choque, mostra a âncora e o pêndulo nas suas posições originais
depois de completado um ciclo [15].
Materiais
A mola principal dos relógios de corda é normalmente feita de aço temperado
ou de uma liga de aço especializada pois é a peça que torna possível o funcionamento
do relógio e como tal tem de ser bastante robusta e resistente. Recentemente têm sido
testados no fabrico destas molas materiais cerâmicos, titânio e fibra de carbono mas,
devido ao facto de serem uma matéria-prima dispendiosa, o seu uso ainda não se
generalizou [17,19].
Os relógios de pêndulo podem ser feito de vários materiais, que são avaliados
como melhores ou piores baseados em vários fatores tais como a sua expansão térmica,
deformabilidade, mudanças de movimento e durabilidade. Os materiais mais comuns
usados no fabrico do pêndulo em si são o aço, a madeira e o invar (liga de Níquel (36%)
e Ferro (63%)), mas o melhor material é o quartzo, graças à sua grande estabilidade e
baixa expansão térmica. O aço é usado frequentemente porque é barato e tem uma
expansão térmica relativamente baixa. A madeira é muitas vezes recomendada graças ao
seu coeficiente linear de expansão térmica, mas é sem dúvida um material instável devido
a deformar, rachar facilmente, expandir e contrair bastante com a humidade. O invar é
magnético e enferruja em ambientes húmidos. Um novo material possível para o pêndulo
é a fibra de carbono, apesar do epóxi absorver humidade, expandindo [18].
As rodas dentadas, constituintes do mecanismo de ambos os sistemas, são
normalmente feitas de materiais como alumínio, magnésio ou outros menos
dispendiosos do que os da mola principal dos relógios de corda, podendo inclusivamente
ser feitas de plástico em algumas situações. O mecanismo de escape é normalmente feito
de alumínio ou aço [17,19].
Apesar de estes serem os materiais mais utilizados no fabrico das peças metálicas,
estas também se podem fabricar em diversos outros materiais tais como cobre, latão,
bronze ou chumbo. A seleção de materiais variou ao longo do tempo e varia, como é
óbvio, de acordo com o fabricante.
A caixa pode ser feita de qualquer madeira, sendo utilizado o mogno e o ébano
em relógios mais elaborados e de preço mais elevado. O mostrador é feito de vidro.
O Mecanismo
Os diversos componentes dos relógios possuem diferentes processos de fabrico.
As rodas dentadas são maioritariamente produzidas recorrendo à fresagem,
embora possam de igual modo ser obtidas por processos de fundição em moldes de
areia ou mesmo artesanalmente, embora este último processo já não seja muito utlizado.
A mola principal dos relógios de corda
tem um processo de fabrico mais complexo. Em
primeiro lugar procede-se à dobragem, que
pode ser feita de dois modos: a frio ou com o
metal aquecido [19].
O primeiro consiste em dobrar a mola
em torno de um eixo, o que pode ser feito numa
máquina própria para enrolar (Fig. 12) ou num
torno mecânico. Este processo também pode Fig. 12 – Máquina de enrolar metal
ser feito automaticamente por uma máquina CNC (Central Navigation Computer), uma
máquina como o próprio nome indica, controlada por um computador [19].
O segundo processo consiste em aquecer o metal ou a liga metálica até ficar
incandescente e nesse estado, sendo o metal mais flexível, procede-se mais facilmente a
dobragem na máquina de enrolar. De seguida a mola, ainda incandescente é retirada de
imediato da máquina e arrefecida com óleo para endurecer [19].
Após estar enrolada, a mola irá sofrer um processo de aquecimento, num forno,
a uma determinada temperatura e depois arrefece, desta feita, de um modo lento e
gradual [19].
Os processos de acabamento consistem em polimento, a fim de se obter uma
superfície lisa e livre de quaisquer rugas. A mola é de seguida comprimida e testada para
verificar se cumpre na perfeição a função desejada. Por fim a mola é sujeita a pintura e
imersa num banho de zinco ou crómio para proteção [19].
O Vidro
O vidro mais utilizado nos relógios é o vidro mineral3. Este obtém-se através do
tratamento de vidro normal por processos químicos ou por meio de calor, a fim de o
deixar mais resistente a riscos [21].
3
Outro tipo de vidro muito utilizado em relógios (especialmente de pulso) é o chamado “vidro de safira”
e é obtido através do corte de uma safira criada através da fusão e cristalização de alumina. Este vidro é
tão duro que só um diamante o consegue riscar, contudo, é também consideravelmente mais caro [20].
Esta fase baseia-se no facto de que o vidro (líquido) flutua num banho de estanho
líquido, á medida que arrefece e endurece. O tanque é selado e a sua atmosfera
alimentada com hidrogénio e azoto para evitar a oxidação do estanho. Uma tira de vidro
vai fluindo continuamente para dentro do banho de estanho, sendo conduzida para a
câmara de resfriamento a 600°C. Aumentando ou diminuindo a velocidade a que o vidro
flui, ajusta-se a sua espessura, fazendo-o andar mais rapidamente para espessuras mais
finas. A câmara de resfriamento consiste essencialmente numa comprida caixa fechada
dentro da qual o vidro vai arrefecer sob condições muito controladas de forma a ficar
com as propriedades desejadas. O vidro aparece depois a uma temperatura que ronda
os 100°C e arrefece para a temperatura ambiente pelo ar envolvente. Para transformar
este vidro comum em vidro mineral, este é novamente aquecido e seguidamente
arrefecido de uma forma ainda mais controlada, ou então feito passar por banhos de
determinados químicos que lhe conferem um melhor conjunto de propriedades [24, 25].
Conclusão
Com apoio na pesquisa realizada, conclui-se que, apesar de o mecanismo dos
relógios de corda e de pêndulo ser muito semelhante e basear-se nos mesmos princípios
de funcionamento, devido à falta de procura no mercado atual, facto este resultante da
invenção e comercialização mais barata de relógios de maior precisão, estes não são
fabricados a nível industrial.
Assim sendo, são utilizados variados materiais na sua conceção e fabrico. O
material mais comummente usado no mecanismo dos relógios é o aço. Sendo aço ou
qualquer outro metal, o material é maquinado usando variados processos de modo a
dar forma às rodas dentadas, molas e outros componentes do mecanismo do relógio,
incluindo os pêndulos, componente principal dos relógios com o mesmo nome. Destaca-
se porém o uso de aço temperado na mola principal dos relógios de corda, visto ser o
melhor material para este componente.
O mecanismo é depois montado numa caixa (tradicionalmente feita de madeira)
cujo mostrador é geralmente coberto por vidro.
Estes relógios, produzidos por artesãos especializados, são o resultado de uma
aliança entre criatividade, originalidade e excelência na arte e na engenharia com uma
longa história de melhoramentos e por isso os relógios de corda e de pêndulo que ainda
são fabricados são exemplos de peças de coleção e exibição mais do que simples
mostradores de tempo.
Bibliografia
[1] Cavendish, Marshall. 2003. “Clock.” Em How it works: science and technology,
481-486. Nova York, EUA: Brown Reference Group.
[2] Prest, William J.. 2013. “The clock Trough History”. 28 de setembro de 2013.
Acedido a 3 de outubro de 2013.
http://syzygyastro.hubpages.com/hub/The-Clock-Through-History.
[3] J. O'Donnell. 2002. “Time Restored: The Story of the Harrison Timekeepers
and R.T. Gould”. Acedido a 3 de outubro de 2013.
http://www.rmg.co.uk/harrison.
[4] Garrison, John. “How a Wind Up Clock Works”. Acedido a 3 de outubro
de 2013.
http://www.ehow.com/how-does_5610842_wind-up-clock-works.html.
[5] Prest, William J.. “The clock trough History”. Acedido a 3 de outubro de
2013.
http://syzygyastro.hubpages.com/hub/The-Clock-Through-History.
[6] Wikipedia contributors. “Pendulum Clock”. Ultima atualização a 29 de
setembro de 2013. Acedido a 3 de outubro de 2013.
http://www.princeton.edu/~achaney/tmve/wiki100k/docs/Pendulum_clock.html.
[7] JOC/EFR. “Galileo Galilei”. Última atualização em novembro de 2002.
Acedido a 3 de outubro de 2013.
http://www-history.mcs.st-andrews.ac.uk/Biographies/Galileo.html.
[8] Helden, Albert Van. [1995?]. “Galileo and the Pendulum”. [Ultima
atualização em 2003?]. Acedido a 3 de outubro de 2013.
http://galileo.rice.edu/bio/narrative_2.html.