Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Rodrigo Pennesi
ETAPAS DA APRESENTAÇÃO
Prisão do Bando Matese 1877 Malatesta com Arditi del popolo 1921
O modelo econômico
“Da minha parte, eu não acredito que haja uma só solução para
os problemas sociais, mas milhares de soluções diferentes e
mutáveis, da mesma forma que a existência social é diferente e
variada no tempo e espaço. Afinal, toda instituição, projeto ou
utopia seriam igualmente bons para resolver os problemas
humanos, se todos tivessem as mesmas necessidades, as
mesmas opiniões, ou vivessem sob as mesmas condições. Mas
como tal unanimidade de pensamento e igualdade de condições
são impossíveis(assim como na minha opinião, indesejáveis) nós
devemos sempre ter em mente que não estamos vivendo em um
mundo populado apenas por anarquistas. Por um longo período
por vir, nós seremos relativamente uma pequena minoria,
devemos encontrar meios de viver entre não-anarquistas da
forma mais anárquica possível.”
Segundo nosso ponto de vista, tudo o que tende a destruir a
opressão econômica e política, tudo o que serve para elevar o
nível moral e intelectual dos homens, para lhes dar
consciência de seus direitos e de suas forças, e para persuadi
los a fazer uso deles, tudo o que provoca o ódio contra o
opressor e suscita o amor entre os homens, aproximanos de
nosso objetivo e é, portanto, um bem, sujeito a um cálculo
quantitativo a fim de obter, com uma dada força, o máximo de
efeito positivo. Ao contrário, o mal consiste no que está em
contradição com nosso objetivo, tudo o que tende a conservar o
Estado atual, tudo o que tende a sacrificar, contra a sua
vontade, um homem ao triunfo de um princípio.
Nós queremos o triunfo da liberdade e do amor.
Devemos, todavia, renunciar ao emprego de meios violentos?
De forma alguma! Nossos meios são aqueles que as
circunstâncias nos permitem e nos impõem.
Evidentemente, não queremos tocar sequer num fio de cabelo
de alguém, enxugando as lágrimas de todos, sem fazer verter
nenhuma. Mas é necessário combater no mundo tal como ele é,
sob pena de permanecermos sonhadores estéreis.
Errico Malatesta Um Pouco de Teoria 1892
Considerações Finais
Apesar disso não podemos negar que existe um corpo teórico que
embora heterogêneo possui suas particularidades, assim as
apropriações do anarquismo seja pelo individualismo niilista, seja pelo
ultra-liberalismo(anarco-capitalismo) são teoricamente insustentáveis
quando conforntadas com a análise materialista dialética do prórpio
anarquismo.
MATERIALISMO IDEALISMO
DIALÉTICO Socialismo Hegel
METAFÍSICO Liberalismo Medievalismo
No plano filosófico de forma esquemático podemos sim encaixar o
anarquismo no campo do materialismo dialético, porém sempre
atentando para o fato de que essa distribuição das ideias foi proposta
pelo marxismo, e o anarquismo não se filia necessariamente ao
processo dialético sintético seja hegeliano, seja marxista.
Porém o anarquismo se encontra mais engajado com a materialidade e
com o desenvolvimento das ideias e lutas do que o próprio marxismo
com suas futurologias metafísicas e seu dogmatismo idealista.
A questão para o anarquismo é muito maior do que apenas a luta de
classes, o que está em disputa é a ética, a mitologia e todos os campos
do pensamento e da ação humana. Sem contudo negar a centralidade
do trabalho na vida como criador de mundo, a desconstrução dos
dogmas ultrapassa as questões econômicas e mesmo as sociais.
Considerações Finais
● BAKUNIN, M. Textos anarquistas; seleção e notas de Daniel Guérin. Porto Alegre:
L&PM. 2006
● _____________. Deus e o Estado. São Paulo: Imaginário. 2000
● PROUDHN, P.J. Sistemas das contradições econômicas ou Filosofia da
Miséria. São Paulo: Escala. 2007
● KROPOTKIN, P. A Conquista do Pão.
● BORBA, João Ribeiro de Almeida. Relativismo e ceticismo na dialética serial de
Proudhon. São Paulo: PUCSP tese. 2008
● COLSON, Daniel. Petit lexique philosophique de l'anarchisme. Paris: LGF. 2001
● PRICE, W. Malatesta's Anarchist Vision of Life After Capitalism. The anarchist
Library. 2006