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INTDO.(A/S) : CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
- CNBB
ADV.(A/S) : FERNANDO NEVES DA SILVA
AM. CURIAE. : FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO
aç
RELIGIOSO - FONAPER
ADV.(A/S) : FABRICIO LOPES PAULA E OUTRO(A/S)
AM. CURIAE. : CONFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS DO BRASIL (CRB)
ADV.(A/S) : HUGO SARUBBI CYSNEIROS DE OLIVEIRA E
or
OUTRO(A/S)
AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CATÓLICA DO BRASIL (ANEC)
ab
ão
ADV.(A/S) : TULIO LIMA VIANNA
AM. CURIAE. : UNIÃO DOS JURISTAS CATÓLICOS DO RIO DE
JANEIRO - UJUCARJ
AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO DOS JURISTAS CATÓLICOS DO RIO
aç
GRANDE DO SUL
AM. CURIAE. : UNIÃO DOS JURISTAS CATÓLICOS DE SÃO PAULO
- UJUCASP
ADV.(A/S) : IVES GANDRA DA SILVA MARTINS E OUTRO(A/S)
or
AM. CURIAE. : A CLÍNICA DE DIREITO FUNDAMENTAIS DA
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CLÍNICA UERJ
ab
DIREITOS
ADV.(A/S) : WALLACE DE ALMEIDA CORBO E OUTRO(A/S)
AM. CURIAE. : CENTRO ACADÊMICO XI DE AGOSTO - USP
ADV.(A/S) : LÍVIA GIL GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
el
VOTO
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ADI 4439 / DF
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defesa da diversidade de opiniões em sala de aula, defendida para todas as
demais manifestações de pensamento, em censura prévia à livre
manifestação de concepções religiosas em sala de aula, mesmo em disciplinas com
matrícula facultativa, transformando o ensino religioso em uma disciplina
aç
neutra com conteúdo imposto pelo Estado em desrespeito à liberdade
religiosa.
Podemos concordar ou não com uma ou mais concepções religiosas,
or
mas não há como negar que o pedido da presente ação pretende limitar o
legítimo direito subjetivo constitucional do aluno que já possui religião ou de
seu pai/responsável em matricular-se no ensino religioso de sua própria
ab
8%, mas também de parcela dos 92% que, eventualmente, não tenham
interesse em matricular-se.
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ADI 4439 / DF
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Estado Confessional com a determinação constitucional para que o nosso
Estado Laico garanta, em igualdade de condições, o ensino religioso no
ensino fundamental das escolas públicas, somente para aqueles que
queiram.
aç
A liberdade de expressão constitui um dos fundamentos essenciais
de uma sociedade democrática e compreende não somente as
informações consideradas como inofensivas, indiferentes ou favoráveis,
or
mas também as que possam causar transtornos, resistência, inquietar
pessoas, pois a Democracia somente existe baseada na consagração do
pluralismo de ideias e pensamentos – políticos, filosóficos, religiosos – e
ab
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ADI 4439 / DF
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A relação entre o Estado e as religiões, histórica, jurídica e
culturalmente, é um dos mais importantes temas estruturais do Estado. A
aç
interpretação da Carta Magna brasileira, que manteve nossa tradição
republicana de ampla liberdade religiosa, ao consagrar a inviolabilidade
de crença e cultos religiosos, deve ser realizada em sua dupla acepção: (a)
proteger o indivíduo e as diversas confissões religiosas de quaisquer
or
intervenções ou mandamentos estatais; (b) assegurar a laicidade do
Estado, prevendo total liberdade de atuação estatal em relação aos
dogmas e princípios religiosos.
ab
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ADI 4439 / DF
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ser conivente com uma única e determinada crença religiosa no ensino
público em detrimento de todas as demais.
Igualmente, a liberdade religiosa está consagrada na medida em que
o texto constitucional:
aç
(a) Expressamente garante a voluntariedade da matrícula
para o ensino religioso;
or
(b) Implicitamente impede que o Poder Público crie ficta e
artificialmente sua própria “religião”, com um determinado
conteúdo para essa disciplina, com a somatória de diversos
preceitos religiosos e exclusão de outros, gerando uma
ab
crença.
O respeito ao binômio Laicidade do Estado/Consagração da Liberdade
Religiosa, na implantação do ensino religioso de matrícula facultativa,
somente será atingido com o afastamento do dirigismo estatal na
imposição prévia de conteúdo, que significaria verdadeira censura à
liberdade religiosa, e com a observância do Poder Público, tanto da livre e
voluntária opção do aluno ou de seus pais e responsáveis na indicação de
determinada crença religiosa, quanto da autonomia e autossuficiência das
organizações religiosas em oferecerem as disciplinas de acordo com a
confissão religiosa do aluno, em igualdade de condições.
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ADI 4439 / DF
ão
A coerção à pessoa humana, de forma a constrangê-la a renunciar
sua fé ou obrigá-la a professar determinada crença, representa o
desrespeito à diversidade democrática de ideias, filosofias e à própria
diversidade espiritual, pois a proclamação constitucional da liberdade
aç
religiosa é a verdadeira consagração de maturidade do reconhecimento à
liberdade de pensamento e livre manifestação de expressão, como
salientado por THEMISTOCLES BRANDÃO CAVALCANTI (Princípios
or
gerais de direito público. 3. ed. Rio de Janeiro: Borsoi, 1966. p. 253),
garantindo-se a ideia fundamental de tolerância religiosa e a vedação a
qualquer tipo de imposição estatal, seja impondo uma religião oficial em
ab
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ADI 4439 / DF
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Assim, a Constituição Federal, ao consagrar a inviolabilidade de
crença religiosa, está também assegurando plena proteção à liberdade de
culto e às suas liturgias (FRANCESCO FINOCCHIARO, Il fenomeno
religioso. I rapporti trà Stato e Chiesa cattolica. I culti non cattolici.
aç
Manuale di diritto pubblico. Bolonha: Il Molino, 1994. p. 943-964).
Insisto, um Estado não consagra verdadeiramente a liberdade religiosa
sem absoluto respeito aos seus dogmas, suas crenças, liturgias e cultos. O direito
or
fundamental à liberdade religiosa não exige do Estado concordância ou
parceria com uma ou várias religiões; exige, tão somente, respeito;
impossibilitando-o de mutilar dogmas religiosos de várias crenças, bem como
ab
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ADI 4439 / DF
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ENSINO RELIGIOSO BASEADO NOS DOGMAS DA FÉ.
aç
Estado/Religião, bem como em relação à evolução da liberdade religiosa,
que passou a abarcar a ampla proteção de todas as crenças e cultos, o
agnosticismo e o ateísmo, somada à voluntariedade de sua matrícula – que
or
corresponde a um direito subjetivo individual e não a um dever imposto pelo
Poder Público – o diferencia de qualquer outra disciplina ou matéria, por
mais importante e relevante que seja, inclusive, como a Filosofia, História
ab
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ADI 4439 / DF
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Sistematicamente, os constituintes de 1988 não se limitaram
simplesmente a proclamar a laicidade do Estado e a liberdade religiosa,
consagrando um inter-relacionamento e complementariedade entre
ambos. Já no Preâmbulo invocaram a “proteção de Deus” e, ao longo de
aç
todo o texto da Carta Magna, demonstraram sua preocupação com o
tema, estabelecendo amplo leque de vedações, direitos e garantias para
assegurar a ampla liberdade de crença e culto:
or
a) determinou-se a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva (art. 5º, inciso
ab
VII);
b) foi expressamente proibida a privação de direitos por
motivo de crença religiosa, salvo quando esta for invocada
como motivo para eximir-se de obrigação legal a todos imposta
el
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ADI 4439 / DF
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permite pontos de contato, tais como a previsão de ensino
religioso (art. 210, §1º), o casamento religioso com efeitos civis
(art. 226, §2º) e a assistência religiosa nas entidades oficiais,
aç
consubstanciada neste dispositivo. Enfim, fazem-se algumas
concessões à confessionalidade abstrata, porque não referida a
uma confissão religiosa concreta, se bem que ao largo da
história do país o substrato dessa confessionalidade é a cultura
or
haurida na prática do Catolicismo”. (Comentário Contextual à
Constituição, Malheiros, 7ª edição, p. 97, grifo nosso).
ab
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ADI 4439 / DF
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religiosos –, verifica-se que o ensino religioso facultativo nas escolas foi
inicialmente previsto no Decreto 19.941, de 30 de abril de 1931, durante o
Governo Provisório instaurado pela Revolução de 1930; seguido pela
Constituição democrática de 1934, que estabeleceu, em seu art. 153 (“O
aç
ensino religioso será de frequência facultativa e ministrado de acordo com os
princípios da confissão religiosa do aluno, manifestada pelos pais ou
responsáveis, e constituirá matéria dos horários nas escolas públicas primárias,
or
secundárias, profissionais e normais”), pela primeira vez no texto
constitucional, o ensino religioso, mantendo em sua plenitude a laicidade do
Estado.
ab
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ADI 4439 / DF
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normais e secundárias”, em caráter facultativo” (art. 133 da Carta de
1937).
A consagração do ensino religioso, segundo o binômio Laicidade do
Estado/Consagração da Liberdade Religiosa, garantiu o direito subjetivo à
aç
matrícula em disciplina ministrada de acordo com a confissão religiosa
do voluntariamente interessado, em um ensino plurirreligioso – assim
entendido como o oferecimento de ensinos confessionais correspondentes
or
à crença dos diferentes alunos, a fim de não se favorecer determinada
religião, em respeito ao princípio da igualdade –, como bem destacado
pelo mestre PONTES DE MIRANDA:
ab
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ADI 4439 / DF
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religiosidade dos que nele vivem. O ensino religioso não deve,
por isso, ser proibido, mas facultado, e, antes, facilitado como
processo educacional, respeitadas as convicções religiosas dos
pais ou mesmo da criança, quando já em estado de
aç
compreensão. (...). A mesma razão política ou filosófica que
justifica a abolição do ensino religioso obrigatório justifica a
abolição do ensino obrigatoriamente leigo. (...) A educação
or
religiosa ou o sentido religioso a ser dado à educação
constituem sem dúvida sólida base para a formação moral e
intelectual das massas, porque tem fundamentos profundos e
obedece a uma disciplina que não se encontra na educação
ab
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ADI 4439 / DF
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Nacional Constituinte). Tal rejeição, saliente-se, fez-se com base no art. 19,
§ 1º, do Regimento da Assembleia, que autorizava tal tratamento às
propostas dissonantes das linhas mestras decorrentes do trabalho dos
constituintes.
aç
Na Comissão de Sistematização, o ensino religioso constou
inicialmente do art. 277, parágrafo único do Substitutivo 1, divulgado em
26/8/1987. Esse primeiro esboço – e este ponto é de suma importância -
or
indicava claramente para o ensino de natureza não confessional,
afastando a tradição constitucional brasileira: “O ensino religioso, sem
distinção de credo, constituirá disciplina facultativa. ”
ab
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ADI 4439 / DF
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As exclusões foram mantidas em todas as fases seguintes (Projeto A,
24/11/1987; Projeto B, 5/7/1988; Projeto C, 15/9/1988; e Projeto D,
21/9/1988, este na Comissão de Redação Final) e, em conclusão, foi
aç
divulgado em 18/9/1987 o Substitutivo 2 da Comissão de Sistematização,
cujo § 2º do art. 236 trazia a redação que hoje vigora no texto
constitucional.
Manteve-se, portanto, a tradição constitucional brasileira de ensino
or
religioso ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno, que,
voluntariamente, se inscrever para a disciplina, respeitando-se dessa maneira a
plena liberdade religiosa e não permitindo ao Estado escolher o conteúdo da
ab
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ADI 4439 / DF
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segundo o também historiador britânico ROBIN GEORGE
COLLINGWOOD, "A história é uma pesquisa que nos ensina o que o
homem fez, portanto, o que é o homem". Não há dúvidas de que o estudo
histórico das religiões teria por objetivo o estudo do próprio “homem” e,
aç
consequentemente, não se confunde e não pode substituir de maneira
aceitável a determinação constitucional do oferecimento do “ensino
religioso”.
or
Mesmo em suas principais concepções filosóficas, o estudo da
História não se confunde com o ensino religioso, pois, como exemplo, na
concepção idealista (FRIEDERICH HEGEL), a razão e as ideias tem o
ab
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ADI 4439 / DF
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assentimento de vontade pertencente ao domínio exclusivo da fé,
inexplicável pela argumentação racional filosófica ou pelo estudo dos
acontecimentos relevantes ocorridos no passado histórico da humanidade
(CHIGNELL, Andrew and PEREBOOM, Derk. Natural Theology and
aç
Natural Religion, The Stanford Encyclopedia of Philosophy, Spring 2017,
Edward N. Zalta).
SÃO TOMÁS DE AQUINO, no século XIII, ao analisar os dogmas da
or
fé, na Suma contra Gentios, já apontava essa peculiaridade do estudo
religioso, ao afirmar que é “evidentíssimo que existem verdades referentes a
Deus e que excedem totalmente a capacidade da razão humana (...) Há, portanto,
ab
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ADI 4439 / DF
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a mera exposição descritiva de maneira neutra. Essa neutralidade anula
totalmente a ideia de ensino religioso. Por outro lado, aqueles que
professam a crença islâmica, igualmente, não devem – em uma aula neutra
e multifacetária – ser submetidos a essa mesma exposição descritiva ou
aç
não, pois estará em conflito com sua própria crença.
As diversas confissões religiosas defendem a ideia de diálogo com as
demais crenças, porém sempre reafirmam o dogma da fé como princípio
or
básico de seu ensino religioso. Vejamos alguns exemplos:
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ADI 4439 / DF
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(www.oxford.anglican.org)
aç
afirmando a Conferência Islâmica da Alemanha que “no caso
do Islã, o reconhecimento do Corão e da Suna como a base da fé
é suficiente.” (www.deutschislamkonferenz.de)
or
A neutralidade não existe no ensino religioso de qualquer confissão que se
ab
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ADI 4439 / DF
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substituídos pelo estudo judaico do Torá; ou pela análise do Corão no
islamismo. Se for adepto de uma das RELIGIÕES DE MATRIZ
AFRICANA, precisará estudar o culto aos orixás, o “jogo de búzios” ou
“ifá”, caso adote o Candomblé; ou o estudo dos rituais dos espíritos de
aç
Caboclos, Pretos-Velhos, Baianos, Exus, Pombos Gira, caso adote a
Umbanda.
Em todas essas hipóteses, e no ensino das demais confissões
or
religiosas, insisto, a neutralidade não existe, pois os ensinamentos e o
aprendizado se baseiam, fundamentalmente, nos dogmas de fé, que não podem
ser substituídos por narrativas gerais, meramente descritivas, neutras e
ab
contraditórias.
Todas as demais ciências, por óbvio, são importantíssimas, tanto que
obrigatórias no currículo escolar, inexistindo qualquer grau de hierarquia
intelectual entre elas, mas cada qual apresenta seus postulados, métodos
el
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ADI 4439 / DF
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Da mesma maneira, o dirigismo estatal, no sentido de elaborar um
conteúdo único e oficial para a disciplina ensino religioso, resumindo nesta
disciplina alguns aspectos descritivos, históricos, filosóficos e culturais
que entendesse principais de várias religiões e assumindo a
aç
responsabilidade de ministrá-la, configuraria um duplo desrespeito à
Consagração da Liberdade Religiosa, pois simultaneamente estaria mutilando
diversos dogmas, conceitos e preceitos das crenças escolhidas e
or
ignorando de maneira absoluta o conteúdo das demais; bem como estaria
obrigando alunos de uma determinada confissão religiosa a ter contato
com crenças, dogmas e liturgias alheias à sua própria fé, em desrespeito
ab
túmulo”.
A interpretar o dispositivo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, o eminente Ministro CÉLIO BORJA, que já honrou esta Corte,
apontou que:
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autoentendimento, apontando que:
aç
neutros, universais, válido abstratamente e não vinculados
confessional ou ideologicamente. Porém, numa sociedade
pluralista, onde a ordem jurídica pressupõe justamente o auto
entendimento religioso e ideológico, como ocorre com a
or
liberdade de culto, o Estado violaria a autonomia e
autossuficiência das igrejas e organizações religiosas e
filosóficas em sua própria esfera, garantidas pela Grundgesetz,
ab
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ADI 4439 / DF
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possibilidade de ministrarem o ensino religioso de acordo com a
confissão do aluno, mediante matrícula facultativa:
aç
orientação religiosa do ensino púbico, assim como proíbe que
as escolas públicas possam funcionar como agentes do ensino
religioso. Mas não proíbe nem impede que o Estado possa
facultar às diversas igrejas, em condições de igualdade, a
or
possibilidade de estas ministrarem ensino da religião nas
escolas públicas (cf. Gomes Canotilho e Vital Moreira.
Constituição da República Portuguesa Anotada, 1º vol., 2ª ed., pp.
ab
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ADI 4439 / DF
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parcerias voluntárias sem transferências de recursos financeiros, em
regime de mútua cooperação com todas as confissões religiosas que
demonstrarem interesse, para a consecução do dispositivo constitucional,
em termos semelhantes aos previstos na Lei 13.204, de 14 de dezembro de
aç
2015.
Não se diga que a realização dessas parcerias voluntárias é
inexequível, pois bastará às respectivas Secretarias de Educação
or
realizarem prévio chamamento público para cadastrarem as confissões
religiosas interessadas. Posteriormente, no período de matrícula da rede
pública, deverão ser ofertadas as diversas possibilidades para que os
ab
aulas do turno, para que haja a liberação daqueles que não pretendam
participar, utilizando-se, inclusive, de rodízios de períodos, se assim for
necessário.
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ADI 4439 / DF
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dessa assistência religiosa, também plurirreligiosa, ou seja, de tantos
credos quanto aqueles solicitados pelos internos e ministrados de acordo
com os princípios de sua confissão religiosa.
Trata-se de uma norma constitucional de eficácia limitada, cuja
aç
regulamentação em relação às Forças Armadas foi dada pela Lei
6.923/1981, parcialmente alterada pela Lei 7.672, de 23/9/1988, ambas
recepcionadas pela nova ordem constitucional. No tocante aos
or
estabelecimentos prisionais, a Lei 7.210/1984 (Lei das Execuções Penais),
igualmente recepcionada, em seu art. 24, estabelece que a assistência
religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos
ab
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ADI 4439 / DF
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esta ação direta, declarando constitucionais os artigos 33, caput e §§ 1º e
2º, da Lei 9.394/1996, e 11, §1º, do Acordo entre o Governo da República
Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja
Católica no Brasil, e afirmando a constitucionalidade do ensino religioso
aç
confessional como disciplina facultativa dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
or
ab
el
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