Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
25242016 3341
ARTIGO ARTICLE
evidências da polarização epidemiológica nutricional
Abstract The objective of this study was to eval- Resumo Objetivou-se avaliar o estado nutri-
uate the nutritional status of children under 5 cional de crianças menores de 5 anos no Brasil
years of age in Brazil in 2009 and its association no ano de 2009, o associando aos fatores sociais
with social and demographic factors. Data from e demográficos. Utilizou-se dados da Pesquisa
the Household Budget Survey (Pesquisa de Orça- de Orçamento Familiar (POF 2008/2009), cujo
mento Familiar - POF 2008-2009) were used, in perfil nutricional foi avaliado segundo os índices
which the nutritional profile was evaluated ac- Peso-para-idade, Estatura-para-idade e Peso-pa-
cording to the weight-for-age (W/A), height-for- ra-estatura (n = 14.569). A associação foi estima-
age (H/A) and weight-for-height (W/H) indices da aplicando-se o teste de associação de Pearson,
(n = 14,569). The association was estimated by regressões logísticas e análises de correspondência.
applying the Pearson association test, a logistic re- A análise de correspondência revelou maior as-
gression and a correspondence analysis. The corre- sociação da magreza com as crianças das regiões
spondence analysis showed a higher association of Norte e Nordeste, em famílias com menores ní-
thinness with children in the North and Northeast veis de renda e de cor/raça preta. O sobrepeso e
regions, in families with lower levels of income a obesidade demonstraram maior relação com as
and in those of black colour/race. Overweight and crianças residentes nas regiões Sul, Sudeste e Cen-
obesity had a stronger relationship with children tro-Oeste, do sexo masculino, da zona urbana, de
living in the South, Southeast and Central-West, cor/raça branca, com 3 anos de idade e de famílias
in males, in those from urban areas, in those of com faixas de renda intermediárias. O sobrepeso e
Caucasian colour/race, in those aged 3 years and a obesidade demonstraram distribuição heterogê-
1
Programa de Pós-
Graduação em Saúde in those from families with intermediate income nea quanto a sua espacialização dentre as Unida-
Coletiva, Universidade ranges. Overweight and obesity showed a heter- des da Federação. Aponta-se para uma polariza-
Federal do Rio Grande do
ogeneous spatial distribution amongst Brazilian ção epidemiológica nutricional, sendo um grande
Norte (UFRN). Av. Senador
Salgado Filho 1787, Lagoa states. A nutritional epidemiological polarisation desafio para a saúde coletiva reduzir as carências
Nova. 59056-000 Natal that presents a major challenge for public health is nutricionais e promover hábitos alimentares sau-
RN Brasil.
indicated: we must reduce nutritional deficiencies dáveis desde a infância.
ingrid_frc@hotmail.com
2
Departamento de Ciências and promote healthy eating habits from childhood Palavras-chave Criança, Estado nutricional, Epi-
Atmosféricas e Climáticas, to improve the nutritional and epidemiological demiologia nutricional, Inquéritos demográficos
UFRN. Natal RN Brasil.
profiles and mortality of the population.
3
Departamento de
Nutrição, UFRN. Natal RN Key words Child, Nutritional status, Nutritional
Brasil. epidemiology, Demographic surveys
3342
Pereira IFS et al.
Tabela 1. Prevalências de déficit ponderal e estatural, magreza, sobrepeso e obesidade em crianças menores de 5
anos de idade. Brasil, 2009.
P/I E/I P/E TOTAL
Variáveis Déficit Déficit Magreza Sobrepeso Obesidade
N %
Ponderal (%) estatural (%) (%) (%) (%)
Sexo*
Masculino 2,9 10,0 5,7 10,1 7,0 6.740.472 51,1
Feminino 1,8 9,0 5,6 9,4 5,1 6.438.083 48,9
Cor/raça*
Branca 1,8 8,2 5,0 10,8 6,9 6.229.114 47,3
Preta 3,0 8,7 7,6 9,4 4,8 691.924 5,3
Amarela 1,6 4,1 4,4 3,1 0,0 37.015 0,3
Parda 2,8 10,9 6,1 8,9 5,4 6.157.762 46,7
Indígena 4,4 20,2 8,8 6,8 10,0 49.009 0,4
Idade (anos)*
0 3,6 9,4 8,9 10,8 7,9 2.383.630 18,1
1 2,5 11,0 6,2 9,6 5,8 2.519.858 19,1
2 1,6 8,0 4,1 10,0 3,7 2.579.357 19,6
3 2,7 12,0 4,7 10,2 7,6 2.781.156 21,1
4 1,5 7,4 5,0 8,5 5,5 2.914.555 22,1
Renda mensal per capita (salário mínimo) *
até 1/4 4,5 14,8 7,4 7,6 3,9 1.656.400 12,6
de 1/4 a 1/2 3,6 10,2 7,1 7,7 5,6 3.098.096 23,5
de 1/2 a 1 1,7 9,8 5,3 10,9 6,2 3.809.967 28,9
de 1 a 5 1,4 7,2 4,5 11,1 7,4 4.218.050 32,0
5 ou mais 0,4 4,5 3,2 9,7 4,4 396.043 3,0
Situação de domicílio*
Urbano 2,1 9,2 5,6 10,3 6,6 10.587.432 80,3
Rural 3,4 10,8 5,9 7,8 4,2 2.591.123 19,7
Região*
Norte 3,5 14,7 6,8 7,3 5,2 1.477.409 11,2
Nordeste 2,8 9,8 6,7 8,3 5,2 4.183.523 31,7
Sudeste 2,1 8,7 5,0 10,6 7,3 4.793.521 36,4
Centro-oeste 2,0 9,8 6,1 11,0 6,2 962.756 7,3
Sul 1,2 6,7 3,9 12,7 5,7 1.761.347 13,4
Fonte: Pesquisa de Orçamento Familiar (2008-2009). IBGE. Elaboração própria.
*valor-p < 0,001 para teste de associação de Pearson, com nível de significância menor que 5% (p < 0,05).
3345
Tabela 2. Odds ratios (OR) e intervalos de confiança (IC 95%) de déficit de peso/estatura no modelo de regressão
logística binária com os índices Peso-para-idade e Estatura-para-idade como variáveis dependentes. Brasil, 2009.
PESO-PARA-IDADE ESTATURA-PARA-IDADE
Variáveis
OR IC (95%) OR IC (95%)
Sexo*
Masculino 1,628 1,615 1,640 1,107 1,103 1,111
Feminino 1,00 - - 1,00 - -
Cor/raça*
Branca 1,00 - - 1,00 - -
Preta 1,302 1,282 1,323 0,927 0,919 0,936
Amarela 0,818 0,753 0,889 0,464 0,440 0,489
Parda 1,166 1,157 1,176 1,124 1,119 1,128
Indígena 1,391 1,330 1,454 1,754 1,714 1,794
Idade (anos)*
0 2,509 2,480 2,539 1,291 1,283 1,299
1 1,782 1,760 1,804 1,554 1,544 1,563
2 1,144 1,129 1,160 1,083 1,077 1,090
3 1,819 1,797 1,841 1,693 1,684 1,703
4 1,00 - - 1,00 - -
Renda mensal per capita (salário mínimo)*
até 1/4 9,568 9,106 10,052 3,493 3,437 3,549
de 1/4 a 1/2 7,782 7,409 8,173 2,241 2,206 2,276
de 1/2 a 1 3,762 3,582 3,952 2,197 2,163 2,231
de 1 a 5 3,201 3,047 3,362 1,638 1,613 1,664
5 ou mais 1,00 - - 1,00 - -
Situação de domicílio*
Urbano 1,00 - - 1,00 - -
Rural 1,114 1,104 1,124 0,916 0,912 0,921
Região*
Norte 1,908 1,876 1,941 1,901 1,886 1,917
Nordeste 1,472 1,449 1,495 1,183 1,174 1,191
Sudeste 1,625 1,600 1,650 1,257 1,248 1,265
Centro-Oeste 1,468 1,439 1,498 1,394 1,381 1,407
Sul 1,00 - - 1,00 - -
Fonte: Pesquisa de Orçamento Familiar (2008-2009). IBGE. Elaboração própria.
*valor-p < 0,001.
3346
Pereira IFS et al.
a cor/raça branca. As maiores chances de apre- ca. Para a classificação magreza (déficit ponde-
sentar algum tipo de déficit foram das crianças ro-estatural), observou-se maior relação com as
indígenas, sendo esta quase o dobro para o déficit crianças oriundas das regiões Norte e Nordeste,
estatural (OR = 1,754; IC95% 1,714-1,794). pertencentes às famílias com menores níveis de
Em relação às crianças com 4 anos de idade, renda per capita (até ¼ de salário mínimo e de ¼
todas as crianças das outras idades obtiveram a ½ salário mínimo) e de cor/raça preta.
maiores chances de apresentar déficits, destacan- No quadrante superior esquerdo da Figura
do-se aquelas com menos de 1 ano de idade para 1, o sobrepeso mostrou-se mais relacionado às
o déficit ponderal e as com 3 anos para o déficit crianças das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste,
estatural. A variável renda continuou demons- do sexo masculino, residentes no estrato urbano
trando associação inversamente proporcional do país, de cor/raça branca, com 3 anos de idade
aos déficits ponderal e estatural, indicando que e pertencentes às famílias com faixas de renda per
quanto menor o nível de renda maior a chance de capita intermediárias (1/2 a 1 salário mínino e de
a criança desenvolver alguma situação de carên- 1 a 5 salários mínimos).
cia nutricional, sendo esta quase dez vezes maior Cabe ainda destacar a posição das crianças
para o grupo de até ¼ de salário mínimo para menores de 1 ano de idade e das indígenas, que
o déficit estatural (OR = 9,568; IC95% 9,106- se situaram entre a obesidade e a magreza, reve-
10,052) e quase quatro vezes maior para o déficit lando elevados percentuais destes dois distúrbios
ponderal (OR = 3,493; IC95% 3,437-3,549) (Ta- nestes grupos sociais.
bela 2). A Figura 2 refere-se à análise de correspon-
Pode-se inferir ainda que crianças de todas as dência realizada entre o índice Peso-para-esta-
regiões brasileiras apresentaram maiores chances tura e as Unidades da Federação. Os estados que
de déficits do que aquelas residentes na região mais se associaram a magreza foram: Roraima,
Sul, com destaque especial para a região Norte, Maranhão, Amapá, Amazonas, Alagoas, Pernam-
cujas chances são quase o dobro comparadas buco e Distrito Federal, corroborando o já ex-
à região Sul (baixo peso – OR = 1,908; IC95% posto anteriormente, tendo em vista que a maio-
1,876-1,941 e baixa estatura – OR = 1,901; ria destes Estados se situam nas regiões Norte e
IC95% 1,886-1,917) (Tabela 2). Nordeste. Enquanto que os que mais se relacio-
No modelo de regressão logística multino- naram com o sobrepeso foram: Santa Catarina,
mial (Tabela 3), observou-se que o sexo mascu- Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito
lino, em comparação ao feminino, todas as fai- Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Minas Ge-
xas de idade, exceto 3 anos para a obesidade, em rais, Goiás e Ceará. Observa-se que a maior parte
relação às crianças com 4 anos de idade e a área das Unidades da Federação que se associaram ao
urbana em relação à rural, obtiveram maiores ra- sobrepeso estão situadas no Sudeste, Sul e Cen-
zões de chance de desenvolver sobrepeso e obesi- tro-Oeste, com exceção apenas dos dois estados
dade. Todas as macrorregiões obtiveram menores do Nordeste. No tocante à obesidade, os estados
razões de chance de desenvolver o sobrepeso e que mais obtiveram associação foram: Rio de Ja-
maiores razões de chances de apresentar a obesi- neiro, Mato Grosso, Ceará, Alagoas, Amazonas e
dade em relação à região Sul. Amapá.
Para efeito de convergência do modelo de re-
gressão logística multinomial, como a categoria
amarela da variável cor/raça não apresentou con- Discussão
tagem de crianças com obesidade, esta foi agrupa-
da à categoria parda, tendo em vista a semelhan- Os principais resultados do presente estudo de-
ça do padrão do estado nutricional das crianças monstraram que as situações de déficits nutri-
entre as duas. Após este ajuste de agrupamento cionais em crianças estão altamente atreladas às
dos dados, todas as categorias obtiveram meno- condições socioeconômicas as quais estas encon-
res razões de chance de desenvolver o sobrepeso e tram-se inseridas. Em contrapartida, as distribui-
a obesidade do que a cor/raça branca, com exce- ções do sobrepeso e da obesidade demonstraram
ção da obesidade para as crianças indígenas (OR caráter bem mais complexo, apresentando preva-
= 1,893; IC95% 1,836-1,952) (Tabela 3). lências heterogêneas e situando-se nos mais dis-
Os resultados obtidos por meio da análi- tintos grupos populacionais.
se de correspondência (Figura 1) estiveram em Avaliando a tendência de evolução do retardo
consonância com aqueles apresentados quando estatural em menores de 5 anos no Brasil, Ba-
da aplicação dos modelos de regressão logísti- tista Filho e Rissin4 demonstraram o acentuado
3347
-0,3
-0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
F1 (59,98%)
0,3 Magreza
0,2 AP
AM
F2 (30,28%)
0,1 RJ AL
MA
Obesidade MT
CE DF PE
MG
PB BA
0
Sobrepeso MS
Eutrofia RO PI
RS GOES RN PA
AC SE
SP
-0,1 PR
SC
TO
-0,2
-0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
F1 (51,18%)
e também por demandarem cuidados com a saú- infantil ao utilizarem dados coletados no inqué-
de devido às condicionalidades existentes nestes rito “Chamada Nutricional 2005” realizado no
programas21. semiárido brasileiro, Monteiro et al.22, a partir de
Avaliando o impacto do programa de transfe- estimativas ajustadas de prevalência de déficits de
rência de renda Bolsa Família sobre a desnutrição estatura-para-idade, identificaram que, para o to-
3349
Referências
1. Carvalho JAM, Wong LLR. A transição da estrutura 11. Monteiro CA, Benicio MHDA, Conde WL, Konno S,
etária da população brasileira na primeira metade do Lovadino AL, Barros AJD, Victora CG. Narrowing so-
século XXI. Cad Saude Publica 2008; 24(3):597-605. cioeconomic inequality in child stunting: the Brazilian
2. Araújo JD. Polarização epidemiológica no Brasil. Epi- experience, 1974-2007. Bull World Health Organ 2010;
demiol Serv Saúde 2012; 21(4):533-538. 88(4):305-311.
3. Guimarães LV, Barros MBA. As diferenças de estado 12. Black RE, Allen LH, Bhutta ZA, Caulfield LE, Onis M,
nutricional em pré-escolares de rede pública e a transi- Ezzati M, Mathers C, Rivera J. Maternal and child un-
ção nutricional. J Pediatr 2001; 77(5):381-386. dernutrition: global and regional exposures and health
4. Batista Filho M, Rissin A. A transição nutricional no consequences. Lancet 2008; 371(9608):243-260.
Brasil: tendências regionais e temporais. Cad Saude Pu- 13. Victora CG, Adair L, Fall C, Hallal PC, Martorell R,
blica 2003; 19(Supl. 1):181-191. Richter L, Sachdev HS. Maternal and child undernutri-
5. Victora CG, Aquino EML, Leal MC, Monteiro CA, tion: consequences for adult health and human capital.
Barros FC, Szwarcwald CL. Maternal and child Lancet 2008; 371(9609):340-357.
health in Brazil: progress and challenges. Lancet 2011; 14. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
377(9780):1863-1876. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: antro-
6. World Health Organization (WHO). Essential nutri- pometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e
tion actions: improving maternal, newborn, infant and adultos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.
young child health and nutrition. Geneva: WHO; 2013 15. World Health Organization (WHO). WHO Anthro.
7. World Health Organization (WHO). Global status re- [computer program]. Version 3.2.2, January 2011. Ge-
port on noncommunicable diseases 2014. Geneva: WHO; neva: WHO; 2011.
2014. 16. World Health Organization (WHO). WHO child growth
8. United Nations Children´s Fund. Tracking progress on standards: Length/height-for-age, weight-for-age, weight-
child and maternal nutrition: a survival and develop- for-length, weight-for-height and body mass index-for-
ment priority. New York: Unicef; 2009. age. Methods and development. Geneva: WHO; 2006.
9. Jesus GM, Castelão ES, Vieira TO, Gomes DR, Vieira 17. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Orientações para a
GO. Déficit nutricional em crianças de uma cidade de coleta e análise de dados antropométricos em serviços de
grande porte do interior da Bahia, Brasil. Cien Sau- saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimen-
de Colet 2014; 19(5):1581-1588. tar e Nutricional - SISVAN. Brasília: MS; 2011.
10. Martins IS, Marinho SP, Oliveira DC, Araújo EAC. Po- 18. Mota JC, Vasconcelos AGG, Assis SG. Análise de corres-
breza, desnutrição e obesidade: inter-relação de esta- pondência como estratégia para descrição do perfil da
dos nutricionais de indivíduos de uma mesma família. mulher vítima do parceiro atendida em serviço espe-
Cien Saude Colet 2007; 12(6):1553-1565. cializado. Cien Saude Colet 2007; 12(3):799-809.
3352
Pereira IFS et al.
19. Greenacre MJ. Practical Correspondence Analysis. In: 33. Leite MS. Transformação e persistência: antropologia da
Barnett V. Looking at Multivariate Data. New York: J. alimentação e nutrição em uma sociedade indígena ama-
Wiley & Sons; 1981. p. 119-146. zônica. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2007.
20. Monteiro CA, Conde WL, Konno SC, Lima ALL, Silva 34. Mondini L, Rodrigues DA, Gimeno SGA, Baruzzi RG.
ACF, Benicio MHDA. Avaliação antropométrica do es- Estado nutricional e níveis de hemoglobina em crian-
tado nutricional de mulheres em idade fértil e crianças ças Aruak e Karibe – povos indígenas do Alto Xingu,
menores de cinco anos. In: Brasil. Ministério da Saú- Brasil Central, 2001- 2002. Rev Bras Epidemiol 2009;
de (MS). Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da 12(3):469-477.
Criança e da Mulher – PNDS 2006: dimensões do proces- 35. Kühl AM, Corso ACT, Leite MS, Bastos JL. Perfi l nutri-
so reprodutivo e da saúde da criança. Brasília: MS; 2009. cional e fatores associados à ocorrência de desnutrição
p. 214-230. entre crianças indígenas Kaingáng da Terra Indígena de
21. Burlandy L. Transferência condicionada de renda e se- Mangueirinha, Paraná, Brasil. Cad Saude Publica 2009;
gurança alimentar e nutricional. Cien Saude Colet 2007; 25(2):409-420.
12(6):1441-1451. 36. Castro TG, Schuch I, Conde WL, Veiga J, Leite MS, Du-
22. Monteiro CA, Conde WL, Konno SC. Análise do in- tra CLC, Zuchinali P, Barufaldi LA. Estado nutricional
quérito Chamada Nutricional 2005. In: Ministério do dos indígenas Kaingáng matriculados em escolas in-
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, organiza- dígenas do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Cad
dor. Chamada Nutricional: um estudo sobre a situação Saude Publica 2010; 26(9):1766-1776.
nutricional das crianças no semi-árido brasileiro. Brasí- 37. Boaretto JD, Molena-Fernades CA, Pimentel GGA.
lia: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Estado nutricional de indígenas Kaingang e Guarani
Fome; 2006. p. 29-36. no estado do Paraná, Brasil. Cien Saude Colet 2015;
23. Martins APB. Impacto do Programa Bolsa Família sobre 20(8):2323-2328.
a aquisição de alimentos em famílias brasileiras de baixa 38. World Health Organization. Multicentre Growth Ref-
renda [tese]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública; erence Study Group. Complementary feeding in the
2013. WHO Growth Reference Study. Acta Paediatr 2006;
24. Louzada MLC, Martins APB, Canella DS, Baraldi LG, 95(Supl. 450):27-37.
Levy RB, Claro RM, Moubarac JC, Cannon G, Montei- 39. Souza MM, Figueroa Pedraza D, Menezes TN. Estado
ro CA. Alimentos ultraprocessados e perfil nutricional nutricional de crianças assistidas em creches e situação
da dieta no Brasil. Rev Saude Publica 2015; 49(38):1-11. de (in)segurança alimentar de suas famílias. Cien Saude
25. Mancuso AMC, Vincha KRR, Santiago DA. Educação Colet 2012; 17(12):3425-3436.
Alimentar e Nutricional como prática de interven- 40. Spyrides MHC, Struchiner CJ, Barbosa MTS, Kac G.
ção: reflexão e possibilidades de fortalecimento. Physis Efeito das práticas alimentares sobre o crescimento in-
2016; 26(1):225-249. fantil. Rev Bras Saude Mater Infant 2005; 5(2):145-153.
26. Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Com- 41. Yanomoto RM, Lopes FM, Pinto MMS, Ito RKL, Iver-
bate à Fome. Marco de Referência de Educação Alimen- sen R, Cunha SR. Retardo de crescimento secundário
tar e Nutricional para as Políticas Públicas. Brasília: Mi- à desnutrição no segundo ano de vida: há recuperação
nistério da Saúde; 2012. até a idade escolar? Pediatria 2001; (1):37-44.
27. Menezes RCE, Lira PIC, Leal VS, Oliveira JS, Santana 42. Hoffman DJ. Growth retardation and metabolic pro-
SCS, Sequeira LAS, Rissin A, Batista Filho M. Determi- gramming: implications and consequences for adult
nantes do déficit estatural em menores de cinco anos health and disease risk. J Pediatr 2014; 90(4):325-328.
no Estado de Pernambuco. Rev Saude Publica 2011; 43. Meller FO, Araújo CLP, Madruga SW. Fatores associa-
45(6):1079-1087. dos ao excesso de peso em crianças brasileiras menores
28. Monteiro CA, Benicio MHDA, Konno SC, Silva ACF, de cinco anos. Cien Saude Colet 2014, 19(3):943-955.
Lima ALL, Conde WL. Causas do declínio da desnu- 44. Wang Y. Cross-national comparison of childhood obe-
trição infantil no Brasil, 1996-2007. Rev Saude Publica sity: the epidemic and the relationship between obe-
2009; 43(1):35-43. sity and socioeconomic status. Int J Epidemiol 2001;
29. Lima ALL, Silva ACF, Konno SC, Conde WL, Benicio 30(5):1129-1136.
MHDA, Monteiro CA. Causas do declínio acelerado da 45. Ferreira VA, Magalhães R. Obesidade no Brasil: tendên-
desnutrição infantil no Nordeste do Brasil (1986-1996- cias atuais. Rev Port Saúde Pública 2006; 24(2):71-81.
2006). Rev Saude Publica 2010; 44(1):17-27. 46. Coutinho JG, Gentil PC, Toral N. A desnutrição e obe-
30. Ramos CV, Dumith SC, César JA. Prevalence and sidade no Brasil: o enfrentamento com base na agenda
factors associated with stunting and excess weight in única da nutrição. Cad Saude Publica 2008; 24(Supl.
children aged 0-5 years from the Brazilian semi-arid 2):332-340.
region. J Pediatr 2015; 91(2):175-182. 47. Popkin BM. An overview on the nutrition transition
31. Vitolo MR, Gama CM, Bortolini GA, Campagnolo and its health implications: the Bellagio meeting. Public
PDB, Drachler ML. Alguns fatores associados a excesso Health Nutr 2002; 5(1A):93-103.
de peso, baixa estatura e déficit de peso em menores de 48. World Health Organization (WHO). Physical Status:
5 anos. J Pediatr 2008; 84(3):253-262. The use and interpretation of Anthropometry. Geneva:
32. Santos Junior MS. Consequências de um encontro: a WHO; 1995. WHO technical reports series.
insegurança alimentar das populações indígenas brasi-
leiras e a relação de contato com a sociedade nacional.
In: Taddei JAAC, Viana K, Vitalle MSS, organizadores.
Jornadas cientificas do NISAN: Núcleo Interdepartamen-
tal de Segurança Alimentar e Nutricional 2008/2009. Ba- Artigo apresentado em 03/07/2016
rueri: Minha Editora; 2013. p. 79-98. Aprovado em 28/09/2016
Versão final apresentada em 30/09/2016