Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Fernando Henrique Cardoso tinha claro duas coisas quando foi eleito
democraticamente presidente do Brasil. O primeiro ponto dizia respeito as constantes
turbulências políticas na história do país desde a sua redemocratização, principalmente
conseguir terminar seu mandato democrático no tempo estipulado, ponto que não ocorria
no Brasil desde a transição pacífica entre Kubitschek e Jânio. E a outra era a vitória contra
a inflação, no período de redemocratização diversas tentativas de planos de estabilização
não tiveram êxito, com isso o a estabilização do Plano Real era um objetivo a ser
cumprido. O resumo tratará dos dois períodos de governo do FHC, as reformas do
período, as privatizações e um anexo do sentimento de uma certa frustração no final da
gestão.
O governo eleito já entra com forte pressão por conta do histórico econômico
dos últimos dez anos, além da pressão inflacionária, o superaquecimento da economia e
uma provável rápida deterioração da balança de pagamentos, fez com que o governo
reagissem com um conjunto de medidas: uma desvalorização de 6% em relação à taxa de
câmbio e um aumento da taxa de juros de 3,3% para 4,3%. Essas medidas incentivaram
os investidores internacionais retornarem ao país para investir dado o aumento da taxa de
juros e a queda da inflação ao longo de quatro anos consecutivos.
As outras reformas do governo foram o fim dos monopólios estatais nos setores
de petróleo e telecomunicações, a mudança no tratamento do capital estrangeiro através
de emenda constitucional, saneamento do sistema financeiro, reforma da previdência que
se deu em duas etapas, renegociação das dívidas estaduais, aprovação da lei de
responsabilidade fiscal, ajuste fiscal, criação de agências reguladoras de serviços de
utilidade pública e o estabelecimento do sistema de metas de inflação.
Conclui-se que como saldo positivo o FHC deixou: um tripé de políticas (metas
de inflação, câmbio flutuante e austeridade fiscal) que no futuro poderiam render inflação
baixa e equilíbrios externo e fiscal; mudanças estruturais importantes como a LRF, a
reforma da previdência, o ajuste fiscal nos estados, o fim dos monopólios estatais. Porém
faltou FHC fazer uma reforma tributária, desenvolver o mercado de crédito e superar a
vulnerabilidade externa do país.