Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
ENGENHARIA QUÍMICA
SÃO CRISTOVÃO
2018
BIANCA OLIVEIRA MEDEIROS
SÃO CRISTOVÃO
2018
Resumo:
3
LISTA DE TABELAS
4
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - – Esquema o funcionamento de: (a) um tubo de Pitot que mede apenas a
pressão de estagnação e (b) um “tubo de Pitot estático”, que mede tanto a pressão de
estagnação quanto a pressão estática em outros pontos. (Fonte: Çengel & Cimbala,
2007)................................................................................................................................13
Figura 3 - Esquema ilustrativo de uma placa de orifício (Fonte: Çengel & Cimbala,
2007)................................................................................................................................15
Figura 13 - Gráfico de curva que relaciona as raízes da altura manométrica com a vazão
real para o tubo de Venturi..............................................................................................36
Figura 14 - Gráfico de curva que relaciona as raízes da altura manométrica com a vazão
real para placa de orifício................................................................................................37
5
Figura 16 – Gráfico do fenômeno de histerese para o tubo de Venturi...........................40
6
SUMÁRIO
7
1. Fundamentação teórica
Segundo Delmée (2003) o termo vazão pode ser definido como a quantidade de
um determinado fluido que passa pela seção reta de um duto por unidade de tempo. A
quantidade do fluido que atravessa o duto pode ser mensurada em unidade de volume por
unidade tempo (vazão volumétrica) ou unidade de massa por unidade tempo (vazão
mássica).
8
Os volumétricos, também chamados de “medidores de deslocamento
positivo”;
E os de canais abertos.
𝑑
𝐴𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜 = ( ∫ 𝑝 𝜌𝑑𝑉 ) (2)
𝑑𝑡
𝑉𝐶
9
𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 = ∫ 𝑝 𝜌𝑉 cos 𝜃 𝑑𝐴𝑠𝑎𝑖 (3)
𝑆𝐶
𝑑 𝑑
(𝑃𝑠𝑖𝑠𝑡 ) = ( ∫ 𝑝 𝜌𝑑𝑉 ) + ∫ 𝑝 𝜌𝑣 cos 𝜃 𝑑𝐴𝑠𝑎𝑖 − ∫ 𝑝 𝜌𝑣 cos 𝜃 𝑑𝐴𝑒𝑛𝑡 (5)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑉𝐶 𝑆𝐶 𝑆𝐶
𝑑 𝑑
(𝑃𝑠𝑖𝑠𝑡 ) = ( ∫ 𝑝 𝜌𝑑𝑉 ) + ∫ 𝑝 𝜌(𝑣⃗. 𝒏)𝑑𝐴 (6)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑉𝐶 𝑆𝐶
𝑑 𝑑
(𝑚𝑠𝑖𝑠𝑡 ) = ( ∫ 𝜌𝑑𝑉 ) + ∫ 𝜌(𝑣⃗. 𝒏)𝑑𝐴 (7)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑉𝐶 𝑆𝐶
𝑑
( ∫ 𝜌𝑑𝑉 ) + ∫ 𝜌(𝑣⃗. 𝒏)𝑑𝐴 = 0 (8)
𝑑𝑡
𝑉𝐶 𝑆𝐶
Considerando que os medidores de vazão têm apenas uma entrada e uma saída e
que sua análise se dá em Regime Permanente, chega-se à Equação (9):
10
𝜌2 𝑣⃗2 𝐴2 − 𝜌1 𝑣⃗1 𝐴1 = 0 (9)
𝑣1 𝐴1 = 𝑣2 𝐴2 = 𝑄𝑣 (10)
𝑑𝑄 𝑑𝑊 𝑑𝐸 𝑑
− = 𝑄̇ − 𝑊̇ = = ( ∫ 𝑒𝜌𝑑𝑉 ) + ∫ 𝑒𝜌(𝑣⃗. 𝒏)𝑑𝐴 (11)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑉𝐶 𝑆𝐶
A energia do sistema por unidade de massa pode ser dividida como demonstrado
na Equação (12):
1
𝑒 = 𝑒𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 + 𝑒𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 + 𝑒𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑢̂ + 2𝑣 2 + 𝑔𝑧 (12)
Além disso, o termo de trabalho do sistema pode ser dividido de acordo com a
Equação (13):
11
𝑑 1 1 𝑃
𝑄̇ − 𝑊̇𝑒 + 𝑊̇𝜇 = ( ∫ (𝑢̂ + 2𝑣 2 + 𝑔𝑧) 𝜌𝑑𝑉 ) + ∫ (𝑢̂ + 2𝑣 2 + 𝑔𝑧 + ) 𝜌(𝑣⃗. 𝒏)𝑑𝐴 (15)
𝑑𝑡 𝜌
𝑉𝐶 𝑆𝐶
1) Escoamento em regime permanente. Esta hipótese pode ser assumida fora dos
períodos de início e fechamento do sistema ou mudanças nas condições do
escoamento. Desta maneira, o termo de acúmulo no balanço de energia é
desprezado;
2) Escoamento sem atrito. Os efeitos de atrito podem ser desprezados para trechos
de escoamento curtos com grandes seções transversais e baixas velocidades.
Assim, 𝑊̇𝜇 = 0;
3) Nenhum trabalho de eixo. A Equação de Bernoulli só pode ser aplicada em
trechos do escoamento que se encontram antes ou depois de uma máquina de
fluxo, mas nunca em uma seção de escoamento que envolve um dispositivo desse
dentro do seu volume de controle. Portanto, 𝑊̇𝑒 = 0;
4) Escoamento incompressível. Hipótese válida para escoamento de líquidos e de
gases a baixas vazões.
5) Nenhuma transferência de calor. A Equação de Bernoulli não deve ser usada
nas seções de escoamento que envolvem variação significativa de temperatura.
Para sua utilização, pressupõe-se 𝑄̇ = 0 e que não há variações na energia interna
(𝑢̂), que é intrinsicamente ligada à termodinâmica dos processos.
1 2 𝑃1 1 𝑃2
𝑣
2 1
+ 𝑔𝑧1 + = 2𝑣2 2 + 𝑔𝑧2 + (16)
𝜌 𝜌
12
1.1.2. Tubo de Pitot
Uma sonda de Pitot consiste num tubo cuja abertura está na direção da trajetória
das partículas de fluido, permitindo a tomada de pressão no ponto de estagnação e
transmitindo esse resultado para um medidor de pressão adequado. A sonda de Pitot mede
a velocidade local do escoamento a partir da diferença de pressão. Um aparelho derivado
chamado “tubo de Prandtl” ou “tubo de Pitot estático” é capaz de realizar várias medições
estáticas e a medida de pressão total num só instrumento. (Brunetti, 2008; Çengel &
Cimbala, 2007; Delmée, 2003). Os dois tipos de tubo de Pitot citados estão ilustrados na
Figura 1.
Figura 1 – Esquema o funcionamento de: (a) um tubo de Pitot que mede apenas a
pressão de estagnação e (b) um “tubo de Pitot estático”, que mede tanto a pressão de
estagnação quanto a pressão estática em outros pontos. (Fonte: Çengel & Cimbala,
2007).
13
Figura 2 – Esquema básico do funcionamento de um tubo de Pitot com piezômetro
acoplado (Fonte: Brunetti, 2008).
2(𝑃1 − 𝑃2 )
𝑣= √ (17)
𝜌
Cabe voltar a salientar que a velocidade calculada a partir da Equação (17) é uma
velocidade local e para o cálculo da vazão volumétrica é necessário o conhecimento da
velocidade média do fluido na seção transversal. Supondo esta velocidade aferida pelo
tubo de Pitot como a velocidade máxima do escoamento, pode-se utilizar as Equações
(18) e (19), que relacionam a velocidade média de escoamento do fluido com a velocidade
máxima do perfil de velocidades para escoamentos em Regime Laminar e Regime
Turbulento, respectivamente.
𝑣𝑚á𝑥
𝑣̅ = (18)
2
49
𝑣̅ = 𝑣 (19)
60 𝑚á𝑥
14
Por fim, para o cálculo da vazão medida a partir do tubo de Pitot deve-se
substituir a velocidade encontrada nas Equações (18) ou (19) na Equação (10) (a Equação
da Continuidade), resultando na Equação (20):
𝑄𝑃𝑖𝑡𝑜𝑡 = 𝑣̅ 𝐴 (20)
Esse tipo de medidor consiste em uma placa que pode ser colocada entre flanges
de tubos. Suas principais vantagens residem na sua geometria simples e no pouco espaço
que ocupa, tornando-o um instrumento de baixo custo e de fácil reposição. No entanto, a
variação repentina da área nas placas de orifício causa um redemoinho considerável,
levando a significativa perda de carga e perdas permanentes de pressão (Çengel &
Cimbala, 2007, Fox et al., 2014). A Figura 3 mostra um esquema ilustrativo de uma placa
de orifício instalada em uma tubulação.
Figura 3 – Esquema ilustrativo de uma placa de orifício (Fonte: Çengel & Cimbala,
2007).
15
diâmetro da obstrução. Rearranjando a Equação (10) é possível deixar uma velocidade
em função da outra e chegar à Equação (21):
𝐴2 𝑑 2
𝑣1 = 𝑣2 = (𝐷𝑖 ) 𝑣2 (21)
𝐴1 𝑖
2(𝑃1 − 𝑃2 )
𝑣2 = √ (22)
𝜌(1 − 𝛽 4 )
Onde 𝛽 = 𝑑𝑖 /𝐷𝑖 .
2(𝑃1 − 𝑃2 )
𝑄𝑂𝑟𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜 = √ 𝐴 (23)
𝜌(1 − 𝛽 4 )
1.1.4. Venturi
O medidor do tipo Venturi tem uma forma que tenta reproduzir os padrões de
escoamento do projeto através de uma obstrução carenada num tubo. Sua contração e
expansão graduais evitam a separação do escoamento, tornando-o um medidor de vazão
muito preciso. De fato, reporta-se que a perda de carga irreversível devido ao atrito nos
Venturi é da ordem de apenas 10%. Outra vantagem desse tipo de medidor é que ele é
autolimpante devido ao seu contorno interno muito liso (Çengel & Cimbala, 2007, Fox et
al., 2014; Potter et al., 2004).
16
Figura 4 – Esquema ilustrativo de um medidor Venturi (Fonte: Çengel & Cimbala,
2007).
1.1.5. Rotâmetro
17
Figura 5 – Operação de um rotâmetro (Fonte: Ribeiro, 1997).
𝐹𝑎 + 𝜌1 𝑉𝑔 = 𝜌2 𝑉𝑔 (24)
𝜌1 𝑣1 ²
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 𝐴𝐹 (25)
2
18
Além disso, como dito anteriormente, a área do tubo não é constante. Desta
forma, o diâmetro do tubo é variável como demonstra a Equação (26):
𝐷 = 𝑑 + 𝛼ℎ (26)
𝜋𝛼ℎ 𝑔𝑉𝑑² 𝜌2
𝑄𝑅𝑜𝑡â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = √ ( − 1) (27)
√𝐶𝑎 2𝐴𝐹 𝜌1
𝑄𝑅𝑜𝑡â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 𝐾ℎ (28)
1.1.6. Hidrômetro
19
Figura 6 – Foto de um hidrômetro (Fonte:
http://www.casadacaldeira.com.br/home/produtos/hidrometros/hidrometro-para-agua-
fria-multijato/).
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝐶𝑑 = (29)
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎
2(𝑃1 − 𝑃2 )
𝑄𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝐶𝑑 √ 𝐴 (30)
𝜌(1 − 𝛽 4 )
20
91,71𝛽 2,5
𝐶𝑑 = 0,5959 + 0,0312𝛽 2,1 − 0,184𝛽 8 + (31)
𝑅𝑒 0,75
𝜌𝑣𝐷
𝑅𝑒 = (32)
𝜇
A relação expressa na Equação (31) é válida para 0,25 < 𝛽 < 0,75 e 104 < 𝑅𝑒 <
107 .
Segundo Potter et al. (2004) as perdas de carga podem ser divididas em dois
tipos: aquelas causadas pelo cisalhamento do fluido na parede do tubo e aquelas causadas
pelos componentes da tubulação, tais como joelhos ou válvulas.
𝐿 𝑣²
ℎ𝑝 = 𝑓 (33)
𝑑 2𝑔
21
Figura 7 – Diagrama de Moody (Fonte: White, 2011).
Por fim, pode-se dizer que perda de carga total ao longo da tubulação é uma
contribuição tanto da perda de carga distribuída quanto das perdas de carga localizadas.
22
1.3. Histerese
23
logística de compra de insumos e venda de produtos (Ribeiro, 1997). Portanto, medidores
de vazão encontram ampla aplicação nos mais diversos ramos da Engenharia.
1.5. Objetivos
O experimento descrito nesse estudo tem por objetivo geral a calibração dos
medidores de vazão do tipo: tubo de venturi, placa de orifício, hidrômetro, rotâmetro e
tubo de Pitot. Como objetivos específicos pode-se definir: análise do efeito da
temperatura na calibração (dissipação viscosa), a verificação ocorrência da histerese nos
medidores, influência do coeficiente de descarga nas medidas.
2. Materiais e Métodos
24
Figura 9 - Vista frontal e isométrica. (SketchUp 2018).
1) Medidor de vazão tipo rotâmetro AppliTech modelo AP-7000 SSG com leitura
mínima de 10 L/min e máxima de 100 L/min;
4) Manômetro tubo em U ligado ao Venturi que contém Mercúrio (Hg) como fluido
manométrico;
7) Medidor de vazão tipo Venturi com Di=27,5 mm; di=13 mm; β=0,47;
8) Medidor de vazão tipo Placa de Orifício com Di=25,5 mm; di=12,2 mm; β=0,56;
9) Medidor de vazão tipo Hidrômetro Itrón Multimag Cyble com vazão nominal de
3,5 m3/h;
25
11) Válvula Reguladora de Vazão;
13) Bomba centrífuga Grundfos Mark, modelo NXDP-3 com potência de 0,75 cv e
3500 rpm;
26
de mercúrio. Após todas as medidas a válvula 11 foi fechada completamente e a bomba
centrífuga desligada.
3. Resultados e Discussão
A calibração dos medidores que seguem foi realizada utilizando uma instalação
fixa como mostrado na Figura 9. A escala graduada associada ao sistema de medidores
serviu de referência fixando-a como vazão real para ser usada como base comparativa
para os resultados obtidos nos medidores. A vazão foi determinada visualizando-se o
volume preenchido no recipiente e dividindo-o pelo tempo medido no cronômetro. Os
tempos foram medidos em triplicata e os cálculos de vazão média foram obtidos com o
tempo médio, como mostra a Tabela 1.
3.1. Rotâmetro
27
Figura 10 – Curva de calibração do medidor de área variável.
3.2. Hidrômetro
28
cronômetro foi anotado o tempo necessário para o ponteiro do instrumento dar uma volta
completa, a qual representava um volume de 10 L. Assim pode-se construir a tabela
abaixo.
Partindo de uma regressão linear, foi possível obter uma relação para a
calibração do hidrômetro, mostrado na Equação 37.
29
𝑄𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,9284 × 𝑄𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜 + 0,060 (37)
O pequeno desvio do teórico para o valor real da vazão pode ser atribuído a erros
do observador ao marcar o tempo no cronômetro. Ainda, segundo Bega et al. (2006) há
possibilidade de fugas do fluído através das folgas mecânicas, que são indispensáveis para
que os movimentos das peças móveis se façam com pouco atrito, o que justificaria
também a diferença do valor teórico para o real. Os fabricantes buscam minimizar essas
folgas.
2 × 𝑔 × ∆𝐻 × (𝜌𝑚 − 𝜌𝑓 )
𝑣𝑚𝑎𝑥 = √
𝜌𝑓 × (1 − 𝛽 4 )
30
2 × 9,81 × 0,0085 × (1584,2 − 996,783)
𝑣𝑚𝑎𝑥 = √
996,783
Logo, o Re estimado:
𝜌 × 𝐷𝑖 × 𝑣
𝑅𝑒 =
𝜇
𝑅𝑒 = 9850,53
49
𝑣̅ = 𝑣
60 𝑚𝑎𝑥
𝑣̅ = 0,256 𝑚/𝑠
𝑅𝑒 = 8044,59
31
Figura 12 – Gráfico da curva de calibração para o tubo de Pitot.
A não correspondência entre as vazões podem ser explicadas por alguns fatores,
dentre eles a relação da perda de carga com a vazão. Nos escoamentos laminares observa-
se que esta dependência é proporcional ao aumento da vazão, já para escoamentos
turbulentos essa dependência é ainda maior, aplicando-se para o caso em questão, visto
que todos os valores para Reynolds encontrados estavam na faixa de regime turbulento.
Também há interferências causadas pela da perda de carga distribuída e localizada.
32
Tabela 4: Erro na vazão provocado pela negligência da dissipação viscosa.
𝑄𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝐴√ΔH
2×𝑔×(𝜌𝑚 −𝜌𝑓 )
𝐴 = 𝐶𝑑 × 𝑎 𝑋 √ (39)
𝜌𝑓 ×(1−𝛽 4 )
33
E para o tubo de Pitot:
2×𝑔×(𝜌𝑚 −𝜌𝑓 )
𝐴 = 𝐶𝑑 × 𝑎 × √ (40)
𝜌𝑓
𝐶𝑑 - Coeficiente de descarga
𝑔- Aceleração da gravidade
𝛽 – Relação (di/Di)
34
3.4.1. Tubo de Pitot
A partir dos dados para o Pitot da Tabela 5 pode-se plotar o gráfico da Figura
12.
Figura 12 – Gráfico de curva que relaciona as raízes da altura manométrica com a vazão
real para o tubo de Pitot.
𝐿
107,3846 = 𝐶𝑑
𝑚𝑖𝑛√𝑚
𝑚3
1,790 × 10−3 = 𝐶𝑑
s √𝑚
𝐶𝑑 = 0,886
35
3.4.2. Tubo de Venturi
Figura 13 – Gráfico de curva que relaciona as raízes da altura manométrica com a vazão
real para o tubo de Venturi.
𝐿
196,3973 = 𝐶𝑑
min√𝑚
𝑚3
3,273 × 10−3 = 𝐶𝑑
s √𝑚
𝐶𝑑 = 0,834
36
representada no gráfico da Figura 14, e a área utilizada a partir do diâmetro di=14, 28mm
da sua obstrução.
Figura 14 - Gráfico de curva que relaciona as raízes da altura manométrica com a vazão
real para placa de orifício.
𝐶𝑑 = 0, 816
É possível observar que todos estão em conformidade física, pois estão entre 0 e
1. Um coeficiente de descarga maior que 1 significaria que o fluido ganhou energia
37
durante seu percurso na tubulação, o que não ocorre. De fato, há perdas relacionadas ao
atrito. O valor encontrado para o tudo de Venturi deveria estar mais próximo de 1, pois
segundo Çengel & Cimbala (2007) os coeficientes de descarga dos medidores Venturi
são muito altos, variando entre 0,95 e 0,99. Esses medidores apresentam menores quedas
de pressão, porém o equipamento estava localizado logo após um joelho, acessório de alta
perda de carga, o que pode ter influenciado nos resultados obtidos.
3.6. Histerese
38
Tabela 7: Alturas manométricas para as vazões ascendentes e descendentes.
39
Figura 16 – Gráfico do fenômeno de histerese para o tubo de Venturi.
40
O fenômeno observado nos três gráficos acima é resultado de diferentes
respostas do sistema quando a escala é percorrida ascendentemente e descendentemente.
É notório que o tubo de Venturi e Placa de Orifício apresentaram menor desvio nas
medidas da volta com relação a ida, esse comportamento pode ser atribuído aos fluidos
manométricos utilizados, pois ambos os medidores, Venturi e Placa de Orifício,
utilizavam o mercúrio, enquanto que o tubo de Pitot que teve uma maior histerese
observada, utilizava tetracloreto de carbono. Os valores de histerese das medidas também
podem ser comparados pela Tabela 8, calculada pela Equação (35) em que mostra o erro
entre as medidas de ida e volta.
4. Conclusões
Nesse estudo foi possível aplicar o método de calibração dos medidores a partir
das curvas de calibração e dos ajustes feitos, assim concluiu-se o objetivo principal.
41
e placa de orifício, justificado pelo golpe de aríete. Porém, segundo Çengel & Cimbala
(2007) os valores para o tubo de Pitot deveriam estar entre 0,95 e 0,99. Este desvio foi
atribuído a proximidade do medidor a um acessório quando este necessita de trechos
retilíneos. Esse problema poderia ser solucionado com o uso de condicionadores de fluxo,
assegurando o desenvolvimento do perfil.
5. Referências
Bega, E.A.; Delmée, G.J.; Cohn, P.E.; Bulgarelli, R.; Koch, R.; Finkel, V.S.
Instrumentação Industrial. Rio de Janeiro: Interciência, 2006, 2ª ed, 122 p.
Brunetti, F. Mecânica dos Fluidos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008, 2ª
ed., 420 p.
42
Fox, R. W.; Mcdonald, A. T.; Pritchard, P. J.; Leylegian, J. C. Introdução à
Mecânica dos Fluídos. Rio de Janeiro: LTC, 2014, 8ª ed.
Netto, A.; Fernandez M. F.; Araujo R.; Ito, A. C. Manual de Hidráulica. São
Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA, 1998, 8ª ed., 665 p.
Potter, M. C.; Wiggert, D. C.; Hondzo, M.; Shi, T. I.-P., Mecânica dos Fluidos.
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. 3ª ed., 688 p.
White, F. M. Mecânica dos Fluidos. Porto Alegre: AMGH, 2011, 6ª ed., 880 p.
43