Вы находитесь на странице: 1из 10
Angela Vaz Leto Arnauri Carlos Ferreira Auaemaro Taranto Goulart Italo Mudado Jacyntho Lins Brando Silvia Maria Contaldo Os GrEGos NOTAS Os mitogeafos costumam usar a expressao latina in ilo tempore [para relerirsea um temponao determinaco, pré-historico eime- TO natrador era um eximio contador desta, atento 3 post tn regbes dos ouvintes. Embor a tradighoadicoceit t= Mi nibuido Genes ais os cinco lives do Penateuco, a Mola ese hjequeo conte dese vos enka orgem em pigos mites babices, etocados pelos ebreus ao longo dos Tampon Tendo existdo primeiro como relatos ora foram ser locompiladcs por uma escola de esibas, até que reeberam fun fora defndvadofrerte, ome com que se convenciona Ghamar ese naredor desconhecdo, Como vo problemada ria dos mito deorigem ésemprecomplicado. No importa fie se trate da Bia ou das epoptas grgas: quem fl esse Jovetta? Quem ft Homero? 40 fla beck & una tericanareativa muito velha na tert (Combes utinorafartamente Os Lasadas Mag term lsh feck ceramenteoginado na ciicacnemalgrafica 0 passou Derltea tert lgumas deena. #0 mito da Tore de Babel em inspirado obra artis as mais Warladas ao longo dos tempos. No século XVI (1583), 0 grande Plnlor Brucgel nos deu a su visto dela em tts quaros nots- Mets, dos quais dts chegaram até nds, encontando-se hoje um tment outroem Roterdio. $56 no sdeulo XX, depois de virios culos de observes assist Indes sobre semeltargaseireumas poss Iiguase decompo Farben igalmerte estas, cnx Linglistia Histeica Dmaactlrho de ume metodlogia adequada acne tipo denver Ter: o dtd tree comparativo A pret coneeqitnda Hiporariedeoeloto cle concttodeindo-suopetea derina- lads lnguas que consitem a fardiaindo-ropen Him condgtes exepconas tant bioligicas quanto sociogicas, i crcrncviloc queraovoouvendatgungen rl Min‘ Uaamn outeo sista de signos, isto 6, oute tipo de ingus- By mts sorpre uma lingengen. Temovidas os causas, Meceplonss, ta indivcuos estarao aptos saga a Lingua tho yrupoem que estoimersos. poder fozt-1o scm nentum das pel simples contto com essa lingua ques achamn eposion, Tal stuncho fem sido explorada pela Weratura, em FIP de merino oboe, ox pec cinemos em fimes como O find Kasper Haver, de ero, por exemple Ne seit, pce de rproduci x versio Mnerggmdalinguagem,iaz.cbsrvagoes ecbreas Mi Huropa e cotuda es dalts allan com a sua Baan scm meyer cnenns No Dpoidm,sobrea passage da lingua inca do Paraiso Spars atdenimerodelinguas que menciona a8 Jacyntho Lins Brandao © ponto de partida destas reflexdes € um de- ,. safio, expresso ardilosamente como um convite: f convite ao pensar. Na qualidade de convite, subli- nha o que ha de essencial em algo que, para vir a (« ser, pode ser tudo, menos deixar de ser livre, como acontece com a propria atividade reflexiva. En- tretanto, pode-se perguntar: mas pensar 0 qué? No espaco de liberdade que se abre, esse 0 qué revela-se improcedente, pois se visa néo a pensar isto ou aquilo, masa pensar com. No presente caso, a pensar cont os gregos antigos. Pensar com supée relacionar-se com 0 outro, compartilhar 0 pensamento. De fato, poderfamos ': pensar com os chineses, com os Arabes, com os judeus, com os indios e tantos outros, 0 que repre- sentaria um vigoroso esforgo, j4 que, habitualmen~ te, pensamos contra tudo 0 que, para nds, ¢ dife- rente. Pensar contra vem a ser a forma mais comum de nos preservarmos, pelo medo de que, compartilhando 0 pensamento com os outtos, percamos nossa prdpria identidade. Cada qual tem suas certezas e tende a crer que sio verda- deiras, acostumando-se apenas com dificuldade a perceber que o mundo nao gira em torno de um Yinico eixo. Nossa cultura, no ufanismo de seu 29 atte Comin pear mento, tem preferido, ao longo dos indo no pensar contra os outros, sim- pensar os outros, o que implica tomé joljeto e nao como parceiros com os quais, * Wiamente, se deve estabelecer uma relacdo Hp lateralidade e mutualidade. Sirva como exem- Algo proximo, a formacao do Brasil: os desco- lutes que aqui chegaram, nossos avés, ¢ os que, WwaMO sem ter vindo para c4, tomaram conheci- Mento do que aqui havia, sistematicamente fala- 1) fam da diferenca em sumo grau que aqui desco- Driram, procuraram conhecé-la, entendé-la, Aalisdela e dominé-la. Em outros termos, pensa- 4AM A nova terra © os novos povos descabertos, Ms recusaram-se a dividir 0 pensamento com povOs estranhos, talvez porque o objetivo de todo © #eu esforgo fosse a dominagao. Fazer do outro 44m objeto, ainda que objeto de nosso pensamen- 10, 60 mocio mais eficaz de dominé-lo, afirman- io nossa propria superioridade. Somos frutos dlossa contradicao ainda hoje: 0 interesse em pen- ‘har o Brasil ea recusa de pensar como Brasil. Baste ‘sie exemplo, que nos afeta particularmente, para jue avaliemos o que se encontra por trés de ou- {nap profundas cisdes que percorrem o mundo, ge- tandlo impasses que povoam, diariamente, as pa- jilnias dos jornais e as telas das televisdes. Pensar com os antigos gregos, em principio, € la mesma experiéncia do outro, de um somo para os gregos, ha entre TY) fds @ eles, pelo menos, o oceano; como antigos, 1 J tiiendseetes hd nada menos que dois mil anos. ‘Aisin, podemos indagar: podemos pensar com sles? Como sera essa relacdo? Trata-se da mesma Felagho que se estabelece quando se pensa com {uialquer outro povo ou qualquer outro tempo? 30 ‘Antes de mais nada, é preciso observar que, quando imaginamos que estamos pensando 807: nhos, estamos, no fundo, pensando com eles. £ que 0s gregos antigos, em certa medida, so 0 nosso outro natural ~ eles que descobriram que 0 pensamento nada mais ¢ que diélogo, mesmo sob a forma do dilogo interior, em que descobrimos ‘© outro (ou muitos outros) em nds mesmos. Foi a sso que eles chamaram de dialética, um pensar com que abala as certezas que aparentemente cada um carrega consigo. Esse contato com os gregos, portanto, mais que confirmar nossas certezas, tem a funcao de perturbé-las, de instaurar nelas a cri se, uma das tantas palavras que usamos como nos~ sas, mas que, na verdade, tomamos deles ou, di- zendo de modo mais exato, pensamos e dizemos comeles. Vale lembrar que krisis, em grego, signifi ca julgamento, compreendendo todo 0 processo juridico, a acusagao ea defesa do réu, bem como a sentenga que contra ou a favor dele se profere. A crise, portanto, implica uma suspensao do juizo sobre determinada pessoa, determinados valores ou determinadas certezas, enquanto se desenrola © proceso dialético, em que pontos de vista dispa- res entram em conflito. Estar em crise é, para nos como para eles, suspender os jufzos preestabelec dos para refazer 0 percurso. Essa crise express de modo variado, mas revela-se, sobretudo, como crise do proprio pensamente. A diferenca fundamental de nossa experién- cia de pensar com os gregos devém do fato de que compartilhamos com eles uma mesma cultura, historicamente ininterrupta, que muda através dos séculos, mas mantém sua identidade: aque- la que dizemos ser a cultura ocidentil. Essa pro- pria denominagao tradicional j4 denuncia que 31

Вам также может понравиться