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BELO HORIZONTE
JUNHO/2013
Denilton Figueiredo Chaves
Henrique Laécio Galindo Trindade
Rodrigo Miguel de Freitas
Welerson Elias Ribeiro Costa
Belo Horizonte
Junho/2013
Denilton Figueiredo Chaves
Henrique Laécio Galindo Trindade
Rodrigo Miguel de Freitas
Welerson Elias Ribeiro Costa
___________________________________________________________________
Clarissa Gomes Cosentino Alvarez – Newton
___________________________________________________________________
Marcos Cesar Isoni Silva – Newton
___________________________________________________________________
Maria Eugênia Moreira Gomes – Newton
___________________________________________________________________
Nome do componente da Banca – instituição pertencente
This work deals with the problem caused by the application of Power Factor
Correction (PFC) for Power Systems, based on capacitive components in industrial
electrical low voltage loads which present nonlinear behavior, seeking for cost-
efficient methods to solve the problem according to the literature review. We begin
with the conceptualization of the PFC and its importance in improving the quality of
electric power for the consumer and the electric utility, through an approach of
harmonic components and their possible effects on the PFC correction system, thus
justifying the use of methods to mitigate the problems caused by electrical resonance
between capacitors and inductance in the system. In this context, the possible
solutions found are tuned and untuned passive harmonic filters, which can be used to
protect the capacitor banks or to prevent the circulation of harmonic currents by the
electrical system, both of which are applicable to correction PFC in fundamental
frequency. It appears, however, that despite having an economic advantage, passive
filters are inflexible to changes in the impedance of the electrical system and the
harmonics present.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14
3 HARMÔNICAS .................................................................................................. 40
1 INTRODUÇÃO
das cargas industriais é representada por motores elétricos, que apresentam alto
consumo de potência reativa indutiva, o FP de instalações elétricas industriais é, via
de regra, de ordem indutiva. Na prática, a correção é geralmente realizada através
da instalação de um conjunto de elementos capacitivos, também conhecidos como
bancos de capacitores, que tem como principal função o fornecimento de energia
reativa necessária às cargas indutivas, liberando, assim, parte da capacidade do
sistema elétrico. Este tipo de correção constitui um sistema de custo relativamente
baixo, se comparado aos demais métodos de correção disponíveis, como o emprego
de motores síncronos, por exemplo, e é, portanto, o meio mais empregado para
correção do FP das instalações elétricas industriais.
Antigamente o sistema elétrico era composto, em sua grande maioria, por cargas
lineares, cujo comportamento pode ser representado por equações diferenciais.
Entretanto, o revolucionário avanço da eletrônica de potência até os dias atuais tem
introduzido no sistema elétrico uma quantidade significativa de equipamentos não
lineares, como conversores de potência, soft-starters, reatores eletrônicos e
conversores de frequência. Estes equipamentos, através de seu princípio de
funcionamento, produzem no sistema elétrico distorções das formas de onda de
corrente (com consequente efeito na forma de onda de tensão), também conhecidas
como distorções harmônicas. O espectro de uma forma de onda distorcida é
composto por frequências múltiplas inteiras ou não da fundamental.
1.2 Relevância
Segundo Rashid (1999) a eletrônica de potência pode ser definida como a aplicação
da eletrônica de estado sólido para o controle e conversão de energia elétrica. A
eletrônica de potência é responsável pela automação dos dispositivos industriais
utilizando componentes eletrônicos para executar comandos, obter medidas, regular
parâmetros e controlar funções automaticamente, sem a intervenção humana. Com
o desenvolvimento da tecnologia dos semicondutores de potência, as capacidades
nominais e a velocidade de chaveamento dos dispositivos de potência evoluíram
consideravelmente.
1.3 Objetivos
Para que fosse possível alcançar o objetivo geral do trabalho, tornou-se necessário
traçar os seguintes objetivos específicos:
1.4 Metodologia
O trabalho foi realizado com base em pesquisa bibliográfica sobre o assunto a ser
abordado, buscando reunir literaturas, bibliografias e artigos técnicos disponíveis em
acervos literários, no intuito de obter entendimento técnico conceitual acerca do
problema, suas principais causas, efeitos e possíveis soluções usualmente adotadas
18
1 http://www.dsce.fee.unicamp.br
19
O trabalho proposto procura orientar aos leitores sobre os problemas causados pela
correção do FP na presença de harmônicas, visando à melhoria da qualidade da
energia em ambientes com cargas não lineares, a preservação dos componentes
capacitivos e atendimento à exigência da legislação vigente pelas concessionárias
de energia.
2 http://www.biblioteca.pucminas.br
3 http://www.iesa.com.br
20
caracterizar, também, como uma fonte de consulta sobre o tema, possibilitando que
pesquisas mais aprofundadas sejam desenvolvidas no futuro.
O Capítulo III procura conceituar as harmônicas, relatar de que forma se deu o seu
crescimento nas instalações elétricas industriais, indicar as fontes de harmônicas
mais relevantes em um sistema industrial e apresentar seus efeitos sobre os
componentes capacitivos dos sistemas de correção do Fator de Potência.
Conceito de FP;
Legislação atual acerca do FP;
Métodos de correção do FP.
Segundo Codi (2004, p. 3)4, "a razão entre a potência ativa e a potência aparente de
qualquer instalação se constitui no fator de potência", ou seja:
4 http://www.edp.com.br
5 http://ecatalog.weg.net
22
𝑃
𝐹𝑃 =
𝑆
Em que,
Em que,
O FP varia de acordo com o tipo de carga e sua forma de operação nos sistemas
elétricos.
Segundo Creder (2007), Cotrim (2009) e Mamede Filho (2005), as principais causas
de um baixo FP estão relacionadas com:
A FIG. 2 ilustra como deve ser feito o controle do FP de uma instalação elétrica a fim
de evitar multas por excesso, tanto de consumo quanto de injeção, de energia
reativa na rede da concessionária de energia. Para isso, é necessário que se
mantenha o FP em uma faixa que se estende do FP 0,92Indutivo até 0,92Capacitivo. Ao
excedente de injeção de potência reativa capacitiva cabem os mesmos critérios de
6 http://www.bibliotecadigital.ufmg.br
26
7 http://www.aneel.gov.br
27
Rural
B3 Demais classes
B4 Iluminação pública
Segundo Isoni (2009), “via de regra, o fator de potência não tem sido avaliado para
consumidores do Grupo B, já que, em suas instalações, geralmente não há sistemas
de medição que monitorem o consumo de energia reativa”, embora seja prevista
pela ANEEL (2000) a verificação desse índice de forma facultativa, sendo admitida a
medição transitória, desde que por um período mínimo de 7 (sete) dias
consecutivos.
8 Tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição e
faturadas neste Grupo em caráter opcional.
28
Logo, o valor a ser faturado devido ao FP inferior a 0,92 é o somatório do FER com
FDR. Durante o período de 6 horas consecutivas, compreendido, a critério da
concessionária, entre 23 h e 30 min e 06h e 30 min, apenas os FP inferiores a
0,92Capacitivo, verificados em cada intervalo de tempo são considerados. Durante o
período diário complementar ao definido anteriormente, apenas os FP inferiores a
0,92Indutivo, verificados em cada intervalo de tempo são considerados. (ANEEL, 2000)
29
De acordo com a ANEEL (2000) e Codi (2004), para unidade consumidora faturada
na estrutura tarifária horo-sazonal9 ou na estrutura tarifária convencional10, o
faturamento correspondente ao consumo de energia elétrica e à demanda de
potências reativas excedentes, considerando um FP de referência de 0,92, é
calculado de acordo com as seguintes fórmulas:
𝑛
0,92
𝐹𝐸𝑅(𝑝) = {∑ [𝐶𝐴𝑡 . ( − 1)]} . 𝑇𝐶𝐴(𝑝)
𝑓𝑝𝑡
𝑡=1
𝑛 0,92
𝐹𝐷𝑅(𝑝) = [max (𝐷𝐴𝑡 . ) − 𝐷𝐹(𝑝) ] . 𝑇𝐷𝐴(𝑝)
𝑡=1 𝑓𝑝𝑡
Em que,
Segundo Codi (2004, p. 7), “uma forma de reduzir a circulação de energia reativa
pelo sistema elétrico, consiste em “produzi-la” o mais próximo possível da carga,
utilizando um equipamento chamado capacitor”.
11 http://www.ceripa.com.br
32
Portanto, para que a concessionária não forneça uma parcela muito alta de energia
reativa, gerando ônus aos consumidores, os capacitores entram em atividade para
suprir essa energia excedente da rede, aliviando assim a capacidade do sistema
elétrico e das unidades consumidoras interligadas.
A FIG. 3 ilustra alguns dos possíveis pontos para instalação de capacitores em uma
instalação elétrica.
A opção pela utilização de um ou outro método deve ser feita através da análise
técnico-econômica de cada instalação elétrica, pois cada método em particular
possui suas vantagens e desvantagens frente aos demais. Dessa forma, não é
possível afirmar qual método é o mais indicado sem, preliminarmente, realizar uma
33
Segundo Codi (2004, p. 7), "a potência necessária será menor que no caso da
compensação individual, o que torna a instalação mais econômica." Mesmo a
adoção desse método ainda não alivia a corrente circulante nos alimentadores das
cargas.
35
Mas, assim como nos demais métodos apresentados, esse também apresenta
alguns inconvenientes, os quais podem incluir:
Banco fixo;
Banco semiautomático;
Banco automático.
Segundo Cotrim (2009, p. 427), “os capacitores são instalados junto às cargas,
ligados diretamente aos barramentos, podendo ainda ser instalados no primário das
instalações alimentadas em média ou alta tensão”. Nesse método, o valor de
potência reativa capacitiva injetada na rede é fixo, independente do regime de
funcionamento das cargas do sistema. Caso o banco tenha sido dimensionado para
um regime de carga de 100% e, em um determinado momento, esse regime reduzir
para 50%, é extremamente possível que o FP da instalação fique capacitivo. Caso
37
Baixo Custo;
Impossibilidade de controle;
Possibilidade de sobretensões devido a sobrecompensações em período de
baixa carga;
Possibilidade de pagamento da tarifação de energia reativa no período da
madrugada (reativo capacitivo).
Nesse método, a correção é localizada, ou seja, é feita junto às cargas, podendo ser
conectada no mesmo dispositivo de manobra, sendo o banco acionado no mesmo
instante que a carga. (COTRIM, 2009)
Após o desligamento das cargas, dado que o tempo de resposta do sistema pode
ser lento, os capacitores levam certo tempo para serem desligados, o que pode
ocasionar uma sobrecompensação, uma vez que a carga já foi desconectada,
acarretando em tensões indesejáveis na rede, podendo afetar as outras cargas que
continuam em operação. (COTRIM, 2009)
3 HARMÔNICAS
As cargas lineares são cargas que, ao serem energizadas por tensão alternada e
operando em regime permanente, apresentam uma relação linear entre sua tensão e
corrente ao mesmo tempo em que não produzem distorção no espectro de corrente.
São algumas cargas com essas características: lâmpadas incandescentes, motores
de indução (sem dispositivos de acionamento eletrônicos) e chuveiros elétricos (sem
dispositivos de controle eletrônicos). Comumente os cálculos realizados para
identificar a tensão sobre este tipo de carga levam em consideração o período de
propagação dessa onda em uma derivada simples. Abaixo temos a representação
da equação de tensão em um indutor12, em que v(t) é a tensão, L a indutância e di/dt
é a variação da corrente em função do tempo.
𝑑𝑖
𝑣 (𝑡) = 𝐿
𝑑𝑡
12 Equação baseada no livro Fundamentos de Circuitos elétricos, p. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill,
2008, p. 386
41
A análise desse espectro distorcido (não senoidal) pode ser feita através do método
criado pelo físico e matemático Joseph Fourier, denominado Série de Fourier em
sua homenagem. De acordo com ele, qualquer forma de onda periódica pode ser
decomposta em funções senos e cosenos cuja soma reconstitui a onda original.
Cada parte integrante dessa soma é conhecida como Harmônica.
Harmônica pode ser definida como forma de onda senoidal cuja frequência
apresente multiplicidade em relação à frequência de onda fundamental. No caso de
um sistema alimentado com uma frequência fundamental de 60 Hz, a 2ª Harmônica
corresponde a 120 Hz, a 3ª Harmônica à 180 Hz, a 4ª Harmônica à 240 Hz e assim
sucessivamente. Conforme Dugan (2002), as harmônicas podem compreender
disposições correspondentes à faixa da 25ª à 50ª ordem13 para fins de análise em
estudos práticos, apesar de a teoria mostrar que se pode calcular harmônicas de
ordem infinita.
Electronics Engineers Inc. (IEEE)14, elaborou uma norma que relaciona causas e
efeitos das distorções Harmônicas, o IEEE std 519-1992 Recommended Practices
and Requirements for Harmonic Control in Electrical Power Systems. Neste
documento constam índices que são utilizados pelas concessionárias (como, por
exemplo, a CEMIG) e agências reguladoras como ANEEL (Agência Nacional de
Energia Elétrica) e ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), para estabelecer
os níveis de distorções toleráveis num barramento de alimentação. A TAB. 3
representa os níveis de distorção totais permitidos pela ANEEL.
TABELA 3 - Valores de referência globais das distorções harmônicas totais (em porcentagem da
tensão fundamental)
14 http://www.ieee.org
43
√ ∑∞
𝑛=2 𝑉𝑛
2
𝐷𝐻𝑇𝑉% = 𝑥100%
𝑉1
√∑∞ 2
𝑛=2 𝐼𝑛
𝐷𝐻𝑇𝐼% = 𝑥100%
𝐼1
𝑉 = 𝑍𝑥𝐼
Uma onda senoidal pura pode ser representada por um fasor, que compreende um
vetor no espaço e que gira no sentido trigonométrico. Um sistema trifásico
equilibrado é constituído de três fases, as quais podem ser representadas por três
fasores, indicados pelas letras A, B e C e estando defasados de 120º entre si (FIG.
8a). Para realizar essa análise em sistemas desequilibrados, recorre-se ao teorema
de Fortescue, que permite a decomposição desse sistema em vetores equilibrados
de sequência positiva, negativa e zero cuja soma reconstitui o vetor original.
De acordo com a figura FIG. 8, ao se fixar o ponto x e permitir que os três vetores
comecem a girar, é perceptível que os vetores irão passar de forma sequencial em
44
a) Sequência positiva: o vetor A passa pelo primeiro pelo ponto x, depois o vetor B
e posteriormente o vetor C, e logo após a sequência é retomada, caracterizando
a sequência positiva ABC (FIG. 8a);
b) Sequência negativa: o sentido de giro é oposto, ou seja, no ponto x, será
percebido que o ponto C passará primeiro, depois o ponto B e por último o ponto
A caracterizando a sequência negativa CBA (FIG. 8b);
c) Sequência zero: os vetores possuem ângulos entre si iguais à zero, ou seja, os
vetores no espaço encontram-se no mesmo sentido de giro e os vetores passam
simultaneamente pelo ponto x (FIG. 8c).
FIGURA 8 – Representação dos fasores e sentido de giro - (a) sequência positiva - (b) sequência
negativa - (c) sequência zero
motor, que por sua vez, tende a frenar ou em casos extremos inverter o sentido de
giro desse motor.
Fonte : MORENO, Hilton. Harmônicas nas Instalações Elétricas: causas efeitos e soluções. Procobre,
2001
46
3.2.1 Retificadores
FIGURA 9 – Retificador de seis pulsos alimentado por transformador delta-delta e forma de onda
ℎ =𝑛∗𝑝±1
Em que:
O surgimento dos harmônicos não característicos, ou seja, dos não previstos pela
teoria idealizada, deve-se às seguintes causas (CPFL, 2010):
Segundo Rashid (1999, p. 436), "os inversores tem sua aplicação em acionamento
de máquinas CA em velocidade variável, aquecimento indutivo, fontes auxiliares,
sistema de energia ininterrupta".
49
Fonte: http://www.clubedaeletronica.com.br
O PWM controla o tempo de acionamento dos IGBT’s. Quanto maior for a largura de
pulso, maior será a a tensão média sobre o motor e menor será a frequência. De
modo análogo, quanto menor a largura do pulso, maior será a frequência e menor
será a tensão média. A TAB. 5 representa o acionamento do motor ligado em
estrela. Os IGBT’s são ligados dois a dois (indicados pelo numeral 1), de modo a
produzirem uma tensão trifásica na saída (ABC), defasadas de 120º entre si (FIG.
12).
50
INTERVALO IGBT1 IGBT2 IGBT3 IGBT4 IGBT5 IGBT6 VAN VBN VCN
Fonte: http://www.clubedaeletronica.com.br
Fonte: http://www.clubedaeletronica.com.br
O FP descrito no capítulo anterior foi definido para um ambiente que apresenta uma
componente senoidal pura. Este FP pode ser expresso pelo cosseno do ângulo
formado entre os vetores que representam a potência ativa (W) e a potência
aparente (VA).
Potência Ativa: é a soma das potências ativas causadas por tensões e correntes de
mesma ordem, ou seja:
𝑃 = ∑ 𝑈ℎ 𝑥𝐼ℎ 𝑥𝑐𝑜𝑠𝜑ℎ
ℎ=1
16 Equações de potência ativa (P), potência Aparente (S), potência reativa (Q) e potência de desvio
(D), baseadas no documento Workshop Instalações Elétricas de Baixa Tensão (2003, p. 7).
Disponível em http://www.schneider-electric.com.br
55
𝑄 = 𝑈ℎ 𝑥𝐼ℎ 𝑥𝑠𝑖𝑛𝜑ℎ
Potência aparente:
∞ ∞
2
𝑆 = (∑ 𝑈ℎ ) . (∑ 𝐼ℎ2 )
2
ℎ=4 ℎ=1
Potência de Distorção:
𝐷 = √𝑆 2 − 𝑃2 − 𝑄 2
𝑆 1
𝐹𝑃(𝑟𝑒𝑎𝑙) = = 𝑐𝑜𝑠𝜑ℎ 𝑥
𝑃
√1 + 𝑇𝐻𝐷𝑖2
Em que,
Segundo Isoni (2009, p. 48), "para altos conteúdos harmônicos, ou seja, quanto mais
significativa for a presença de harmônicas na rede, mais difícil e complexa torna-se a
tarefa de corrigir satisfatoriamente o fator de potência".
56
De acordo com o circuito CA no qual o capacitor estiver inserido, este irá carregar e
descarregar conforme a característica cíclica da fonte. Na inversão de ciclo, as
placas carregadas oferecem oposição à mudança de ciclo, conhecida como
reatância capacitiva, a qual é determinada pela seguinte equação:
1
𝑋𝑐 =
2∗𝜋∗𝑓∗𝐶
57
Em que,
Codi (2004) reforça o que foi dito ao listar alguns dos problemas usuais em
capacitores devido aos efeitos causados pelos componentes harmônicos:
A norma IEEE para capacitores de potência shunt (IEEE std. 18 - 1992) especifica
os valores contínuos os quais os capacitores devem suportar:
𝑋𝐿 = 𝑋𝐶
Mas,
17 http://www.engeparc.com.br
62
𝑋𝐿 = 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓 ∗ 𝐿
e,
1
𝑋𝐶 =
2∗𝜋∗𝑓∗𝐶
Então,
1
2∗𝜋∗𝑓∗𝐿 =
2∗𝜋∗𝑓∗𝐶
1
𝑓2 =
(2 ∗ 𝜋)2 ∗𝐿∗𝐶
1
𝑓=
2 ∗ 𝜋 ∗ √𝐿 ∗ 𝐶
Em que,
Impedância x Frequência
Impedância (Z)
XC
XL
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Ordem Harmônica (h)
𝑋𝐶 𝑋𝐶
𝑉𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑜𝑟 = ∗ 𝑉ℎ ≅ ∗ 𝑉ℎ
𝑋𝐶 + 𝑋𝐿 + 𝑅 𝑅
Impedância x Frequência
Impedância (Z)
XC
XL
Z TOTAL SÉRIE
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Ordem Harmônica (h)
18 O autor esclarece que essa, inclusive, é a melhor configuração para evitar ressonância série entre
transformador e banco de capacitores.
66
FIGURA 20 – Sistema com ressonância em paralelo - Circuito simplificado (a) - Como o circuito
paralelo ressonante é visto pela fonte harmônica (b)
𝑋𝐶 ∗ (𝑋𝐿𝑒𝑞 + 𝑅) 𝑋𝐶 ∗ (𝑋𝐿𝑒𝑞 + 𝑅)
𝑍𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = =
𝑋𝐶 + 𝑋𝐿𝑒𝑞 + 𝑅 𝑅
67
𝑋𝐿𝑒𝑞 2 𝑋𝐶 2
𝑍𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 ≅ =
𝑅 𝑅
Em que,
Impedância x Frequência
Impedância (Z)
XC
XL
Z TOTAL PARALELA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Ordem Harmônica (h)
4.1 Filtros
As definições dos autores citadas acima permitem inferir que um filtro nada mais é
que um sistema constituído por elementos resistivos, capacitivos e indutivos ou
ainda por componentes eletrônicos, tais como transistores e amplificadores
operacionais, dimensionados de tal maneira que proporcionem a passagem de uma
determinada frequência, ou uma faixa, e impedindo a passagem das demais
frequências indesejadas do sistema.
19 http://www.mty.itesm.mx
70
Por serem construídos por elementos de baixa complexidade, os filtros passivos tem
ocupado maior espaço nas instalações elétricas industriais. Essa característica
minimiza os custos de fabricação e consequentemente de implantação, fazendo com
que sejam mais aplicados na mitigação de harmônicos (MORAIS, 2011)20.
20 http://www.dee.ufc.br
21 http://www.bibliotecadigital.ufmg.br
71
Segundo Dugan (2002, p.256), "o uso dos filtros série é limitado em bloquear
múltiplas correntes harmônicas. Cada corrente harmônica requer um filtro série
sintonizado para aquela harmônica. Esse arranjo pode criar perdas significativas na
frequência fundamental".
A adoção de um filtro passivo série não previne a formação de harmônicas pela sua
fonte de origem, pois a produção das harmônicas pelos componentes não lineares
(como transformadores e conversores estáticos) é essencial para seu funcionamento
normal. (TEIXEIRA, 2009)21
Ao contrário do filtro passivo série, o filtro passivo shunt carrega somente a corrente
harmônica para a qual ele foi sintonizado (TEIXEIRA, 2009)21 e, tanto no caso do
filtro passivo sintonizado quanto do passivo dessintonizado, a corrente fundamental
necessária para correção do Fator de Potência, o que faz com que possam ser
utilizados componentes com características nominais inferiores, resultando em
custos relativamente menores. Por esses motivos, os filtros passivos shunt são
comumente mais aplicados que os filtros passivos série.
Segundo Fowler (2012, p.360), "o fator de qualidade corresponde à razão entre a
reatância do indutor ou do capacitor e a resistência série equivalente de ambos os
componentes." Como a maior parte da resistência de um circuito ressonante está
associada ao indutor, o fator de qualidade é igual ao fator de qualidade do indutor,
ou seja:
𝑋0
𝑄=
𝑅
𝑊𝑛
𝑄=
𝐵
FIGURA 23 – Filtro shunt de sintonia única – (a) Circuito, (b) Impedância x Frequência
FIGURA 24 – Filtro shunt amortecido de segunda ordem – (a) Circuito, (b) Impedância x Frequência
Um fator de qualidade alto proporciona ao filtro menores perdas, haja vista que isso
implica em redução de sua resistência. Mas, por outro lado, também tende a
dificultar a fabricação do indutor na prática, pois, para possibilitar a redução da
resistência do filtro, torna-se necessário aumentar a área da seção de cobre utilizada
na bobina, cujo efeito direto é o aumento de suas dimensões físicas, podendo levar
à impossibilidade de fabricação. Outro impacto da utilização de um alto Q, é o
estreitamento da faixa de passagem do filtro, aumentando o risco do filtro de se
dessintonizar. (MORAIS, 2011)
𝑤 − 𝑤𝑛
𝛿=
𝑤𝑛
Em que,
∆𝑓 1 ∆𝐿 ∆𝐶
𝛿= + ( + )
𝑓𝑛 2 𝐿𝑛 𝐶𝑛
𝑍𝐿
𝑝% =
𝑍𝐶
𝑤∗𝐿
𝑝% = = 𝑤2 ∗ 𝐿 ∗ 𝐶
1
𝑤𝐶
𝑝%
𝑤=√
𝐿∗𝐶
76
No decorrer da abordagem desses dois tipos de filtros ficará mais nítido o motivo
pelo qual um é mais indicado que o outro em função da presença ou não de
correntes harmônicas perturbadoras no sistema elétrico.
ℎ2
𝑉𝑐𝑎𝑝 =
ℎ2 − 1
Em que,
No caso de um filtro passivo sintonizado para o harmônico de ordem 4,8 (288 Hz,
para frequência fundamental de 60 Hz) o valor da elevação de tensão ao qual
estaria submetido o capacitor, na frequência fundamental, seria de 1,045 pu.
1
𝑓𝑡𝑢𝑛𝑒𝑑 = 𝑓𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ∗
√(1 + 𝑡𝑟 ) ∗ (1 + 𝑡𝑐 )
Em que,
𝑋𝑐𝑎𝑝 60𝐻𝑧
ℎ ∗ 𝑋𝑖𝑛𝑑 60𝐻𝑧 =
ℎ
22 http://www.bibliotecadigital.ufmg.br
81
𝑋𝑐𝑎𝑝 60𝐻𝑧
ℎ2 =
𝑋𝑖𝑛𝑑 60𝐻𝑧
𝑋𝑐𝑎𝑝 60𝐻𝑧
ℎ=√
𝑋𝑖𝑛𝑑 60𝐻𝑧
Mas,
𝑉2
𝑋=
𝑃
Logo,
𝑉2
𝑃𝑐𝑎𝑝
ℎ=√ 2
𝑉
𝑃𝑐𝑐
𝑃𝑐𝑐
ℎ=√
𝑃𝑐𝑎𝑝
Sendo:
FIGURA 26 - Sistema com correção de Fator de Potência Convencional – (a) Diagrama unifilar, (b)
Forma de onda da tensão na barra de conexão, (c) Espectro harmônico
Fonte: http://www.electricservice.com.br
FIGURA 27 - Sistema com correção de Fator de Potência utilizando Filtro Dessintonizado – (a)
Diagrama unifilar, (b) Forma de onda da tensão na barra de conexão, (c) Espectro harmônico
Fonte: http://www.electricservice.com.br
CONCESSIONÁRIA
PAC
440V
Inversor
Filtro Dessintonizado
Motor
kVAR 361.2
PF 0.800000
949.500 kW
440 2
𝑄𝑐𝑎𝑝 = 400𝑘𝑉𝐴𝑟 ∗ ( ) = 336,11𝑘𝑉𝐴𝑟
480
4802
𝑋𝑐 = = 0,576Ω
400.000
1
𝐶3∅ = = 4,6𝑚𝐹
2 ∗ 𝜋 ∗ 60 ∗ 0,576
𝐶3∅ 4,6𝑚𝐹
𝐶1∅ = = = 1,53𝑚𝐹
3 3
𝑃𝑐𝑐 20𝑀𝑉𝐴
ℎ=√ =√ ≅7
𝑃𝑐𝑎𝑝 336,11𝑘𝑉𝐴𝑟
𝑓𝑟 = ℎ ∗ 60 ≅ 420𝐻𝑧
Isso quer dizer que, caso o banco de capacitores viesse a ser instalado sem
indutores em série, provavelmente ocorreria ressonância do banco de capacitores
com o sistema a montante na harmônica de 7ª ordem (420Hz), com amplificação
dessas harmônicas e a circulação de correntes muito elevadas entre o banco e o
transformador do sistema. Essa condição poderia levar à redução da vida útil do
banco de capacitores e do transformador e numa condição mais desfavorável
87
1 1
𝑓𝑟 = 𝑓1 ∗ = 60 ∗ ≅ 227𝐻𝑧
√𝑝(%) √ 7
100 100
𝑋𝐿
𝑝(%) =
𝑋𝐶
7
𝑋𝐿 = 𝑝(%) ∗ 𝑋𝐶 = ∗ 0,576 = 40,32𝑚Ω
100
𝑋𝐿 40,32 ∗ 10−3
𝐿3∅ = = = 106,95𝜇𝐻
2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓1 2 ∗ 𝜋 ∗ 60
88
𝐿1∅ = 35,65𝜇𝐻
Logo o banco de capacitores deve suportar uma tensão em seus terminais de, no
mínimo, 470,8V. Como a tensão nominal previamente escolhida para o banco de
capacitores foi de 480V, não haverá problemas em sua utilização.
A potência reativa indutiva (Qinj) que realmente será injetada na rede para correção
do Fator de Potência na frequência fundamental (60Hz), será:
𝑈𝑛𝑜𝑚 2 4402
𝑄𝑖𝑛𝑗 = = = 361,19𝑘𝑉𝐴𝑟
𝑍𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 0,536
𝑃 949,5𝑘
𝑆1 = = ≅ 1,19𝑀𝑉𝐴
𝐹𝑃1 0,8
𝑄𝑖𝑛𝑗 = 𝑄1 − 𝑄2 ≅ 361,19𝑘𝑉𝐴𝑟
𝑄2 = √(𝑆2 )2 − 𝑃2
𝑃
𝑆2 =
𝐹𝑃2
𝑃 949,5𝑘
𝐹𝑃2 = = ≅ 0,94
𝑆2 1,01𝑀
Caso ao final dos cálculos a potência reativa fornecida pelo filtro não seja suficiente
para elevação do Fator de Potência ao valor desejado, ou a tensão nominal
previamente escolhida para o banco de capacitores não seja suficiente para suportar
a elevação de tensão imposta pelos indutores em série, deve-se adotar um banco de
capacitores com potência reativa capacitiva e/ou tensão nominal superior ao
previamente utilizado, refazendo-se os cálculos.
Impedância x Frequência
0.60
0.50
0.40
|Z|
0.30
0.20
0.10
0.00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
fr/f1
Segundo Niskier e Macintyre (2011, p.308), "o filtro passivo sintonizado é constituído
por um circuito RLC série, sintonizado para uma dada frequência harmônica, sendo
a sua impedância definida através da expressão:"
𝑍𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 = 𝑅 + 𝑗(𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 )
1
𝑍𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 = 𝑅 + 𝑗 (𝑤 ∗ 𝐿 − )
𝑤∗𝐶
CONCESSIONÁRIA
1500.00 kVA
P
Z% = 6.0000 %
TRF-01 S Vn Prim 13800 V
Vn Sec 480 V
PAC
480V
Inversor
Filtro Sintonizado
Motor
kVAR 418.9
FP 0.800000
949.500 kW
𝑃 949,5𝑘
𝑆1 = = ≅ 1,19𝑀𝑉𝐴
𝐹𝑃1 0,8
𝑃 949,5𝑘
𝑆2 = = ≅ 999,47𝑘𝑉𝐴
𝐹𝑃2 0,95
𝑄𝑖𝑛𝑗 = 𝑄1 − 𝑄2 ≅ 400𝑘𝑉𝐴𝑟
𝑋𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 = 𝑋𝐶 − 𝑋𝐿
𝑋𝐶 = 𝑋𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 + 𝑋𝐿
95
𝑋𝐿 = 𝑋𝐶
Então,
𝑋𝐶(60𝐻𝑧)
ℎ ∗ 𝑋𝐿(60𝐻𝑧) =
ℎ
Se
ℎ2 ∗ 𝑋𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜(60𝐻𝑧)
𝑋𝐶(60𝐻𝑧) =
(ℎ2 − 1)
4,72 ∗ 0,576
𝑋𝐶(60𝐻𝑧) = = 0,6033Ω
(4,72 − 1)
𝑋𝐶(60𝐻𝑧) = 0,576Ω
1 1
𝐶= = = 4,6𝑚𝐹
2 ∗ 𝜋 ∗ 60 ∗ 𝑋𝐶(60𝐻𝑧) 2 ∗ 𝜋 ∗ 60 ∗ 𝑋𝐶(60𝐻𝑧) ∗ 0,576
1
= 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓𝑠 ∗ 𝐿
2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓𝑠 ∗ 𝐶
1 1
𝐿= = = 69,24𝜇𝐻
4 ∗ 𝜋 2 ∗ (𝑓𝑠 )2 ∗ 𝐶 4 ∗ 𝜋 2 ∗ (282)2 ∗ 0,0046
𝑋𝐶(60𝐻𝑧) 0,576
𝑋𝐿(60𝐻𝑧) = = = 26,07𝑚Ω
ℎ2 4,72
filtro, uma vez que o valor de R corresponde à razão entre a reatância do indutor na
frequência de sintonia (X0) e o fator de qualidade (Q), ou seja:
𝑍𝑓 = 𝑅 = 3,06𝑚Ω
𝑋𝐶(60𝐻𝑧)
𝑍𝑓(60𝐻𝑧) = 𝑅 + 𝑗 (𝑋𝐿(60𝐻𝑧) ∗ ℎ − )
ℎ
0,576
𝑍𝑓(60𝐻𝑧) = 0,00306 + 𝑗 (0,02607 ∗ 1 − )
1
|𝑍𝑓(60𝐻𝑧) | = 0,55𝛺
480
𝐼𝑓(60𝐻𝑧) = √3 = 503,87𝐴
0,55
98
Nota-se que a tensão imposta sobre cada capacitor corresponde a uma sobretensão
de 4,72% em comparação com seu valor nominal (480V). Portanto, em um estudo
mais completo, deve-se avaliar a máxima tensão operacional do sistema elétrico em
regime de pouca carga, a fim de se certificar que a tensão aplicada aos capacitores
não ultrapassará o limite de sobretensão imposto perante as normas de fabricação
de capacitores, que é de 10% do valor nominal de tensão do capacitor.
A corrente de quinta ordem gerada pelas cargas não lineares corresponde, nesse
exemplo, a 25% da corrente fundamental, ou seja:
949,5𝑘
0,8
𝐼𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎−5ℎ = 0,25 ∗ = 356,9𝐴
√3 ∗ 480
𝑘𝑉 2
𝑋𝑡𝑟𝑎𝑓𝑜 = 𝑍𝑝𝑢 ∗ 𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑍𝑝𝑢 ∗
𝑀𝑉𝐴𝑡𝑟𝑎𝑓𝑜
6 0,482
𝑋𝑡𝑟𝑎𝑓𝑜 = ∗ = 0,009216𝛺
100 1,5
𝑋𝐶(60𝐻𝑧) 0,576
𝑋𝑐𝑎𝑝−5ℎ = = = 0,1152𝛺
ℎ 5
1
𝑉ℎ−𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎(𝑝𝑢) ∗ 𝑉 ∗ 480
𝐼𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎−5ℎ = = 100 = 45,26𝐴
√3 ∗ (𝑋𝑡𝑟𝑎𝑓𝑜−5ℎ + 𝑍𝑓−5ℎ ) √3 ∗ (0,04608 + 0,01515)
100
Portanto, a máxima corrente harmônica de quinta ordem circulante no filtro pode ser
obtida por:
A tensão harmônica de linha máxima imposta sobre cada capacitor pode ser obtida
através da equação:
A corrente rms total que circulará pelo filtro e para a qual todos os componentes do
filtro deverão ser capazes de suportar corresponde a:
2
𝐼𝑟𝑚𝑠 = √(𝐼𝑓(60𝐻𝑧) ) + (𝐼𝑚á𝑥−5ℎ )2 = √503,872 + 402,162 = 644,68𝐴
2 2
𝑉𝑟𝑚𝑠−𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑜𝑟 = √(𝑉𝑐𝑎𝑝(60𝐻𝑧) ) + (𝑉𝑐𝑎𝑝−5ℎ ) ∗ √2 = √502,692 + 80,242 = 509,05𝑉
𝑓𝑟 𝑋𝐶(60𝐻𝑧)
=ℎ=√
60𝐻𝑧 𝑋𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎(60𝐻𝑧) + 𝑋𝐿(60𝐻𝑧)
vem que:
0,576
ℎ=√ = 4,04
0,009216 + 0,02607
24 Essa consideração, embora aqui adotada, requer cautela, pois, mesmo que possa incorrer em
valores razoáveis para o sistema industrial, nada se pode garantir quanto aos níveis de corrente
injetados no sistema da concessionária. Na realidade, para a determinação da freqüência de
ressonância paralela após a inserção do filtro, uma modelagem mais precisa da impedância do
sistema deveria ser realizada. (ISONI, 2012)
102
Impedância x Frequência
0.60
0.50
0.40
|Z|
0.30
0.20
0.10
0.00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
fr/f1
25 http://www.dsce.fee.unicamp.br
103
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ACEVEDO, Salvador; LLAMAS, Armando R.; BAEZ, Jesús A.; REYES, Jorge A. de
Los. Comparación de filtros sintonizados e desintonizados. Monterrey, Mexico:
Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey, Campus Monterrey. 4p.
Disponível em:
<http://www.mty.itesm.mx/dcic/deptos/ie/profesores/sacevedo/articulos/rvp99_3.pdf>.
Acesso em: 11 abr. 2013.
AHMED, Ashfaq. Eletrônica de potência. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall,
2011. p. 254-255
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 15. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. 423 p.
HAYKIN, Simon; VAN VEEN, Barry. Sinais e sistemas. Porto Alegre: Bookman,
2001. 684 p.
IEEE Std. 18-1992, IEEE Standard for Shunt Power Capacitors, 1992.
ANEXOS
ANEXO 1
Representação de um sinal distorcido e suas decomposições senoidais. A princípio a onda global foi
obtida pela soma das harmônicas 1, 3, 5,7 e 9, resultando na onda distorcida (global). Todas as
amplitudes foram definidas por unidade (p.u)
ANEXO 2
1.00
0.80
0.60
Corrente (p.u)
0.40
0.20
0.00
60 Hz 120 Hz 180 Hz 240 Hz 300 Hz 360 Hz 420 Hz 480 Hz 520 Hz