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MERGULHAR NA ANÁLISE MATEMÁTICA 1

Exercı́cios de AM1 para Auto Estudo

Setembro 2004

Maria do Rosário de Pinho

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto


Licenciatura em Engenharia Electrotécnica
e de
Computadores
He who loves practice without theory is like the sailor
who boards ship without a rudder and compass
and never knows where he may cast.

Leonardo da Vinci
Agradecimentos

Agradeço as crı́ticas e sugestões feitas por João Tasso Borges de Sousa. Em particular, agradeço
a sugestão de inserir endereços de sites da internet neste documento. Quero também deixar
aqui um muito obrigada a Maria Margarida Ferreira, Nuno Alexandre Cruz e Anı́bal Coimbra
de Matos por terem corrigido várias versões deste documento. Aos quatro, João Tasso Borges
de Sousa, Margarida Ferreira, Nuno Cruz, Nuno Alexandre Cruz e Anı́bal Coimbra de Matos
agradeço também as inúmeras discussões que tiveram comigo e que em muito contribuı́ram para
a elaboração deste documento.
Nota

Este documento não é perfeito. Apesar de todas as revisões a que foi submetido poderá conter
anomalias e erros de impressão. Os alunos deverão abordar todo este texto, nomeadamente as
soluções aı́ contidas, com um grande sentido crı́tico.

A autora agradece que lhe seja dado conhecimento de qualquer erro ou anomalia que seja de-
tectado. Qualquer crı́tica ou proposta para melhorar este documento será também altamente
apreciada.
Índice

Sobre Este Conjunto de Exercı́cios 7

Sugestões de Sites na Internet 9

1 Introdução 11

1.1 Técnicas Básicas de Demonstração Matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2 Noções de Matemática Elementar 19

2.1 O Corpo dos Reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2.2 Conjuntos de números reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

2.3 Álgebra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

2.4 Geometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2.5 Trigonometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

2.6 Inequações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

3 Sucessões e Séries Numéricas 33

3.1 Sucessões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

3.2 Séries Numéricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

4 Funções 52

4.1 Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

5 Continuidade 56

5
ÍNDICE 6

5.1 Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

5.2 Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

5.3 Teoremas Básicos sobre Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

6 Derivabilidade 64

6.1 Definição de Derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

6.2 Diferencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

6.3 Derivadas de Ordem Superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

6.4 Regras de Derivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

6.5 Os Teoremas do Valor Médio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

6.6 Testes da Primeira e Segunda Derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

6.7 Regra de L’Hôpital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75


Sobre Este Conjunto de Exercı́cios

Este documento contém exercı́cios sobre os primeiros seis capı́tulos da disciplina de Análise
Matemática 1da LEEC, FEUP. Tem como base os “Apontamentos das Aulas Teóricas de Análise
Matemática 1” disponibilizados a todos os alunos de AM1 da LEEC da FEUP e segue a divisão
em capı́tulos e secções desses Apontamentos. Foi elaborado com o objectivo de ajudar o aluno a
orientar e sistematizar o seu estudo independente (i.e., sem o professor ao lado do aluno) dos
primeiros seis capı́tulos de AM1, capı́tulos esses que, porque incidem fundamentalmente sobre
matérias conhecidas, são uma oportunidade única para a criação e aperfeiçoamento das técnicas
de estudo.

O objectivo dos exercı́cios deste texto é proporcionar ao aluno forma de verificar se aprendeu o
que se pretende. Algumas questões estão assinaladas por (∗) ou por (∗∗). Essas questões poderão
eventualmente ser de mais difı́cil resolução, mas não devem de modo algum ser ignoradas.

Em quase todos os capı́tulos deste texto aparecem exercı́cios em que se pede para sublinhar ou
transcrever do texto de “Apontamentos das Aulas Teórica de Análise Matemática 1” ou dos
texto dos manuais de Matemática do ensino secundário as respostas a algumas perguntas. É
muito importante fazer estes exercı́cios, porque a simples acção de sublinhar ou transcrever pode
reforçar a aprendizagem.

No final de muitas secções encontram-se soluções de alguns exercı́cios. Muitas vezes, as soluções
dizem apenas: Ver apontamentos. O aluno deverá então procurar a solução desses exercı́cios
nos próprios apontamentos. Esta estratégia tem como objectivo reverter o aluno ao estudo dos
apontamentos que lhe foram facultados. Acreditamos que o aluno, ao o fazer, irá familiarizar-se
melhor com os textos matemáticos postos ao seu dispor. A boa compreensão dos mesmo é pedra
fundamental para o estudo da disciplina.

Chamámos a atenção para o facto de muitas das soluções aqui apresentadas, nomeadamente
algumas demonstrações, não serem únicas e não serem necessariamente as melhores. Soluções
alternativas podem e devem ser encontradas pelos alunos. Em caso de dúvida, os alunos deverão

7
8

contactar os docentes da disciplina.

O aluno deve justificar todas as respostas. As tentativas de justificação são essenciais no


processo de aprendizagem e de assimilação dos conceitos.

Deseja-se que o aluno, após responder a uma pergunta, verifique a solução. Se alguma resposta
está errada e não compreende porquê, volte a estudar. Procure também discutir as suas dúvidas
com os colegas e procure a ajuda dos docentes da disciplina, tanto durante as aulas práticas
como durante o tempo de atendimento.

O número de exercı́cios aqui apresentados pode parecer, numa primeira fase, excessivo. De
forma nenhuma. Este manual cobre muita matéria leccionada no ensino secundário. Assim,
grande parte dos exercı́cios tem como intuito chamar a atenção dos alunos para a necessidade
de fazerem revisões exaustivas e ajudar nessas revisões.

Um outro aspecto deste documento é a introdução de sites da internet com textos matemáticos,
exercı́cios resolvidos, testes, ilustrações animadas, etc. A consulta de alguns destes sites é
altamente recomendada uma vez que o aluno, confrontado com um estilo diferente de expor
as matérias e com novos exercı́cios, terá uma nova oportunidade de avaliar o estado dos seus
conhecimentos.

Bom mergulho em AM1!


Sugestões de Sites na Internet

A lista de endereços de sites sobre matemática aqui apresentada não segue qualquer. Todos
estes sites estão em inglês. Referências a alguns destes sites podem aparecer no texto em alguns
dos capı́tulos seguintes.

• http://www.math2.org/

Tem lista de fórmulas de muitas partes da matéria.

• http://www.math.utsc.utoronto.ca/calculus/Redbook/

Um bom site para consulta.

• http://mathworld.wolfram.com/topics/Calculus.html

Site com algum interesse. O site

http://mathworld.wolfram.com/

contém informação sobre outros ramos de matemática.

• http://www.shu.edu/projects/reals/index.html

Um livro on-line cobrindo grande parte da matéria dada em AM1.

• http://www.tc.cornell.edu/Services/Edu/MathSciGateway/math.asp

Convêm ver. Tem alguns apontadores para sites interessantes.

• http://www.math.unl.edu/~webnotes/contents/contents.htm

Este site é animado com coisas muito básicas.

• http://www.calculus.net/ci2/search/

Clicar no Login to Mathmarks e depois no Pratice Area. É um site animado.

9
10

• http://www.sosmath.com/calculus/calculus.html

Site interessante com exercı́cios resolvido. Vale a pena. Ver em especial a definição de
derivada.

• http://www.math.unl.edu/~webnotes/contents/chapters.htm

Muito interessante.

• http://www.langara.bc.ca/mathstats/resource/onWeb/precalculus

Também com interesse.

• http://www.ugrad.math.ubc.ca/coursedoc/math100/notes/index.html

Lindo.

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests.html

Tem vários testes. Interessante.


Capı́tulo 1

Introdução

1.1 Técnicas Básicas de Demonstração Matemática

1. Sejam P e Q duas proposições. Complete a tabela com F para falso e V para verdadeiro.

P Q P ∧ Q P ∨ Q P =⇒ Q P ⇐⇒ Q
V V
V F
F V
F F

2. Considere o operador lógico ∧. Pronuncie-se sobre o valor lógico da frase x > 13 ∧ x < 27
em cada um dos casos seguintes.

(a) x = 36.

(b) x = 27.

(c) x = 20.

(d) x = 0.

3. Considere o operador lógico ∨. Pronuncie-se sobre o valor lógico da frase x > 13 ∨ x < 27
em cada um dos casos seguintes.

(a) x = 36.

(b) x = 27.

(c) x = 20.

11
12

(d) x = 0.

4. Sabe-se que se a água do mar está a mais de 30 graus e o vento sopra a menos de 10km/hora,
então o Zé vai mergulhar. Responda às seguintes questões.

(a) Hoje a água do mar está a 31 graus e o vento sopra a 15km/h. Tem a certeza que
hoje o Zé vai mergulhar?
(b) Hoje a água do mar está a 26 graus e o vento sopra a 8km/h. Tem a certeza que hoje
o Zé vai mergulhar?
(c) Hoje a água do mar está a 31 graus e o vento sopra a 8km/h. Tem a certeza que hoje
o Zé vai mergulhar?
(d) Hoje a água do mar está a 31 graus e não há vento. Tem a certeza que hoje o Zé vai
mergulhar?

5. Sabe-se que se o tempo está bom, então o Zé vai mergulhar ou vai fazer surf. Hoje o tempo
esteve bom e o Zé não foi mergulhar. Que fez o Zé?
n
X
6. Sejam (Sn ) e (an ) duas sucessões, onde Sn = ak . Sabendo que a implicação
k=1

(Sn ) é convergente =⇒ (an ) converge para 0

é verdadeira o que pode concluir sobre a convergência de (Sn ) ou (an ) quando se sabe que:

(a) (Sn ) é divergente.


(b) lim an = 3.
n→+∞
(c) lim Sn = 3.
n→+∞
(d) lim an = 0.
n→+∞

7. Sabendo que A =⇒ B é uma afirmação verdadeira e que B é uma afirmação falsa, indique
o valor lógico de A.

8. Sabendo que A =⇒ B é uma afirmação verdadeira e que B é uma afirmação verdadeira,


indique o valor lógico de A.

9. Sabendo que A ⇐⇒ B é uma afirmação verdadeira e que B é uma afirmação falsa, indique
o valor lógico de A.

10. Sabendo que A ⇐⇒ B é uma afirmação verdadeira e que B é uma afirmação verdadeira,
indique o valor lógico de A.
13

11. Mostre que não existe um número natural maior que todos os outros números naturais.

12. Sejam p, q ∈ N. Mostre que se p e q são números pares, então pq também é par.

13. Sejam p, q ∈ N. Mostre que se p e q são números ı́mpares, então pq também é ı́mpar.

14. Sejam p, q ∈ N. Mostre que se p é par, então pq também é par.

15. Mostre que se p ∈ N e p2 é divisı́vel por 5, então p é divisı́vel por 5.

16. Mostre que não existe qualquer número racional r ∈ Q tal que r2 = 5.

17. Sendo a e b dois números racionais tais que b > a, mostre que existe pelo menos um
racional r tal que a < r < b.

18. Negue as seguintes proposições:

(a) A =⇒ B.

(b) A ∧ B.

(c) ∀ > 0 ∃x ∈ A : x < a + .

19. 1 Num determinado planeta o clima segue a seguinte regra: se chove um dia, também
chove no dia seguinte.

(a) No dia em que o Zé chegou a esse planeta não choveu. Quais das seguintes conclusões
pode fazer?

i. Nunca choveu nesse planeta.


ii. Nunca mais choverá no planeta.
iii. No dia anterior à chegada do Zé não choveu.
iv. Vai chover no dia seguinte à chegada do Zé.

(b) Choveu no dia em que o Zé chegou a esse planeta. Quais das seguintes conclusões
pode fazer?

i. No planeta chove todos os dias.


ii. Choveu no dia anterior à chegada do Zé.
iii. Vai chover no dia seguinte à chegada do Zé.
iv. Nesse planeta irá chover em todos os dias depois da chegada do Zé.
1
Exemplo retirado do site http://www.math.utsc.utoronto.ca/calculus/Redbook/
14

20. Mostre, por indução finita, que para todo o n ∈ N se tem


n+1
1 + 2 + ... + n = n × .
2

21. Para que valores de n ∈ N se tem 2n > n + 1?

22. (∗) Considere a afirmação p(n) : 2n > n2 .

(a) Verifique a veracidade ou falsidade de S(n) para n = 0, n = 1, n = 2, n = 3, n = 4 e


n = 5.
(b) Mostre que S(n) é verdadeira para n ≥ 5.

23. Sabendo que


1 = 1
1+8 = 9
1 + 8 + 27 = 36
1 + 8 + 27 + 64 = 100
o que pode conjecturar sobre a soma 13 + 23 + . . . + n3 , onde n ∈ N ?

24. (∗) Seja n ∈ N. Demonstre que

13 + 23 + 33 + . . . + n3 = (1 + 2 + 3 + . . . + n)2 .

25. Mostre que, para n ∈ N qualquer, 5n − 1 é divisı́vel por 4.

Sugestões de Alguns Sites da Internet

Apresentamos uma lista de alguns sites da internet que podem interessar. Todos os sites estão
em inglês.

• Sobre Demonstrações em Geral:

– http://www.jamesbrennan.org/algebra/problems/problem_solving_strategies.
htm
Uma leitura deste site é recomendada.
– http://www.c3.lanl.gov/mega-math/gloss/math/proof.html
– http://www.cut-the-knot.org/proofs/index.shtml
– http://www.math.ucsd.edu/~ebender/proofs.html
15

– http://en.wikipedia.org/wiki/Mathematical_proof

• Sobre Indução Finita em Particular:

– http://www.richland.cc.il.us/james/lecture/m116/sequences/induction.html
– http://www.utm.edu/research/primes/largest.html

Soluções: 1.

P Q P ∧ Q P ∨ Q P =⇒ Q P ⇐⇒ Q
V V V V V V
V F F V F F
F V F V V F
F F F F V V

2. a) F, b) F, c) V, d) F.

3. a) V, b) V, c) V, d) V.

4. a) Não. b) Não. c) Sim. d) Sim.

5. Foi surfar.

6. Nada se pode concluir sobre (an ). b) (Sn ) não é convergente. Se (Sn ) fosse convergente, então
lim an = 0 e tal não é verdade. c) (Sn ) é convergente. Logo (an ) converge para 0. d) Nada se pode
n→+∞
concluir sobre (Sn ).

7. F. 8. Nada se pode concluir.

9. A é falso. Se A fosse verdadeira e sabendo que B é falso , então A =⇒ B seria falso. Como a implicação
A =⇒ B é verdadeira, A tem que ser falso.

10. A é verdadeiro. Se A fosse falso, sendo B verdadeiro, terı́amos que ter B =⇒ A falso. Mas sabemos
que B =⇒ A é verdadeiro.

11. Suponhamos que existe p ∈ N tal que p ≥ n para todo o n ∈ N. Então, por definição de N, p + 1 ∈ N
e p + 1 > p, o que contraria a hipótese de p ser o maior dos números naturais. A contradição advém
do facto de termos suposto a existência de um natural maior que todos os outros. Logo não existe um
número natural maior que todos os naturais.

12. Sendo p e q dois números pares, existem números n, m ∈ N tais que p = 2n e q = 2m. Logo
pq = 2(2nm) e 2nm ∈ N. Logo pq é par, porque é da forma 2k, com k = 2nm.

13. Sendo p e q dois números ı́mpares, existem números n, m ∈ N ∪ {0} tais que p = 2n + 1 e q = 2m + 1.
Logo pq = 2(2nm) + 2n + 2m + 1 = 2(2mn + n + m) + 1. Sendo r = 2nm + m + n, temos r ∈ N ∪ {0} e
pq = 2r + 1. Logo pq é ı́mpar.

14. Se p é par, então p = 2n para algum n ∈ N. Ora p q = 2nq e nq ∈ N. Logo pq = 2r, com r = nq, i.e.,
pq é par.
16

15. Suponhamos que p não é divisı́vel por 5. Então p pode ser escrito na forma p = 5r + s, onde
r ∈ N ∪ {0} e s ∈ {1, 2, 3, 4}. Então p2 = 25r2 + 10rs + s2 . Como p2 , 25r2 e 10rs são divisı́veis por 5, s2
tem que ser divisı́vel por 5. Mas s2 ∈ {1, 4, 9, 16} e nenhum destes números é divisı́vel por 5. Logo p tem
que ser divisı́vel por 5.

16. Suponhamos que existe um r ∈ Q tal que r2 = 5. Sejam p e q primos entre si tais que r = p/q. Então
p2 = 5q 2 . Logo p2 é divisı́vel por 5 e, pelo exercı́cio anterior, p é divisı́vel por 5. Então existe um s ∈ N
tal que p = 5s e 5q 2 = 52 s2 o que implica que q 2 = 5s2 . Logo q é divisı́vel por 5. Ou seja, p e q são
ambos divisı́veis por 5. Mas tal contraria o facto de p e q serem primos entre si. Conclusão: não existe
qualquer r ∈ Q tal que r2 = 5.
a+b a+a a+b b+b
17. Se a, b ∈ Q, então a/2, b/2 ∈ Q e ∈ Q. Como a < b, temos a = 2 < 2 <b= 2 , ou seja,
2
a+b
2 é um racional entre a e b.

18. a) A ∧ ¬B, b) ¬A ∨ ¬B, c) ∃ > 0 ∀x ∈ A : x ≥ a + .

19. a) Não choveu no dia n. Se tivesse chovido no dia k, com k < n, então teria chovido no dia k + 1, logo
teria chovido no dia k + 2, etc. Logo teria chovido no dia em que o Zé chegou. Logo i) é verdadeira, i.e., se
não choveu no dia em que o Zé chegou ao planeta isso quer dizer que nunca havia chovido anteriormente.
Por isso mesmo, a conclusão iii) é válida. No dia anterior à chegada do Zé não choveu. A conclusão ii) e
a iv) não são válidas. A regra pela qual se rege o clima do planeta nada nos permite deduzir sobre o que
irá acontecer de futuro uma vez que não choveu no dia da chegada do Zé.

19. b) Choveu no dia da chegada do Zé. A regra pela qual se rege o clima do planeta permite-nos concluir
que daı́ em diante irá chover. Não se sabe se o dia da chegada do Zé foi ou não o primeiro dia de chuva
do planeta. Assim as conclusões i) e ii) não são válidas mas as conclusões iii) e iv) são.
 
n+1
20. Seja S = n ∈ N : 1 + 2 + . . . + n = n × . A soma que define o conjunto S tem n parcelas.
2
Vamos começar por ver se 1 ∈ S. A soma que define S fica reduzida a uma parcela, 1. No segundo membro
1+1
da igualdade, substituindo n por 1 obtemos 1 × = 1. Logo 1 ∈ S. S uponhamos que k ∈ S (hipótese
2
k+1
de indução). Queremos provar que k ∈ S =⇒ k+1 ∈ S. Temos (1+2+. . .+k)+(k+1) = k× +(k+1)
 2
k+1 k  k+2
por hı́pótese de indução. Ora k × + (k + 1) = (k + 1) × + 1 = (k + 1) × , ou seja,
2   2 2
k+2
mostrámos que 1 + 2 + . . . + k + (k + 1) = (k + 1) × . Então k + 1 ∈ S. O Axioma da indução
2
permite-nos então concluir que S = N.

21.
n 2n > n + 1 verdade ou falso
0 0>1 falso
1 2>2 falso .
2 4>3 verdade
3 6>4 verdade
17

Vamos provar que 2n > n + 1 para todo o natural n ≥ 2. Já vimos que para n = 2 a desigualdade é
verdadeira. Seja agora k ≥ 2 qualquer e suponhamos que 2k > k + 1. Somando dois a cada lado desta
desigualdade temos 2k + 2 = 2(k + 1) ≥ k + 3. Mas k + 3 > k + 2. Logo 2(k + 1) > (k + 1) + 1. Logo
2k > k + 1 =⇒ 2(k + 1) > (k + 1) + 1. Portanto 2n > n + 1 para todo o natural n ≥ 2.

22. a)

n 2n > n2 verdade ou falso


0 1>0 verdade
1 2>1 verdade
2 4>4 falso .
3 8>9 falso
4 16 > 16 falso
5 32 > 25 verdade
22. b) Mostrar que S(n) : 2n > n2 é verdadeira para cada natural n ≥ 5. Já sabemos que 25 > 52 .
Suponhamos agora que 2k > k 2 para algum k ≥ 5. Esta é a nossa hipótese de indução (HI). Desejamos
agora mostrar que HI implica 2k+1 > (k + 1)2 . Por hipótese de indução temos 2k+1 = 2k 2 > 2k 2 .
Se conseguimos mostrar que 2k 2 ≥ (k + 1)2 para todo o natural n ≥ 5, então podemos concluir que
S(k) =⇒ S(k + 1). Ora

• mostrar que 2k 2 ≥ (k + 1)2 é equivalente a mostrar que 2k 2 − k 2 − 2k − 1 ≥ 0,

• mostrar que 2k 2 − k 2 − 2k − 1 ≥ 0 é equivalente a mostrar que k 2 − 2k + 1 − 2 ≥ 0,

• mostrar que k 2 − 2k + 1 − 2 ≥ 0 é equivalente a mostrar que (k − 1)2 − 2 ≥ 0,

• mostrar que (k − 1)2 − 2 ≥ 0 é equivalente a mostrar que (k − 1)2 ≥ 2,



• mostrar que (k − 1)2 ≥ 2 é equivalente a mostrar que k − 1 ≥ 2, porque 2 e k − 1 são números não
negativos e sabemos que para quaisquer números a e b não negativos temos a ≥ b ⇐⇒ a2 ≥ b2 ,
√ √
• mostrar que k − 1 ≥ 2 é equivalente a mostrar que k ≥ 1 + 2.

Como k ≥ 5, temos k ≥ 1 + 2. Então

k ≥ 5 =⇒ k ≥ 1 + 2 =⇒ (k − 1)2 ≥ 2 =⇒ (k − 1)2 − 2 ≥ 0 =⇒ k 2 − 2k − 1 ≥ 0 =⇒ 2k 2 − k 2 − 2k − 1 ≥
0 =⇒ 2k 2 ≥ (k + 1)2

Assim temos

• 2k+1 > 2k 2 por hipótese de indução

• 2k 2 ≥ (k + 1)2 para todo o k ≥ 5.

Logo 2k+1 > (k + 1)2 . Provámos assim que, para k ≥ 5, S(k) =⇒ S(k + 1). Portanto 2n+1 > (n + 1)2
para todo o natural n ≥ 5.

Tente encontrar uma demonstração mais simples e directa para 22. b)


18

23. Ver exercı́cio 20.



24. Seja S = n ∈ N : 1 + 23 + . . . + n3 = (1 + 2 + . . . + n)2 . Note-se que a a soma que define o con-
junto S tem n parcelas. Vamos começar por ver se 1 ∈ S. As somas que definem S ficam reduzidas a uma
1 parcela. Substituindo n por 1 o primeiro membro da igualdade fica reduzido a 1 e o segundo a 12 = 1.
Logo 1 ∈ S. Suponhamos que k ∈ S (hipótese de indução). Queremos provar que k ∈ S =⇒ k + 1 ∈ S.
Ora
(1 + 2 + . . . + k + (k + 1))2 = (1 + . . . + k)2 + 2(1 + . . . + k)(k + 1) + (k + 1)2

= (1 + . . . + k)2 + 2(1 + . . . + k) + (k + 1) (k + 1)
(pelo exercicio 18) y
 
2 k+1
= (1 + . . . + k) + 2k × + (k + 1) (k + 1)
2
= (1 + . . . + k)2 + ((k + 1)(k + 1)) (k + 1)
= (1 + . . . + k)2 + (k + 1)3
(por hipótese de indução) y
= 1 + 23 + . . . + k 3 + (k + 1)3
Quer isto dizer que k + 1 ∈ S. O Axioma da indução permite-nos então concluir que S = N.

25. Dizer que um certo número p ∈ N é divisı́vel por 4 é dizer que existe um r ∈ N tal que p = 4r.
Seja S = {n ∈ N : 5n − 1 é dividı́vel por 4}. Queremos mostrar que S = N. Começamos por verificar
se 1 ∈ S. Ora se n = 1, então 5n − 1 é 4 e 4 é divisı́vel por ele mesmo. Logo 1 ∈ S. Suponhamos
agora que 5k − 1 é divisı́vel por 4 para k ≥ 1. Quer isto dizer que supomos que existe um r ∈ N tal que
5k − 1 = 4r para algum k ≥ 1 (hipótese de indução). Queremos provar que k ∈ S =⇒ k + 1 ∈ S. Ora
5k+1 − 1 = 5k 5 − 1. Por hipótese de indução, 5k = 4r + 1. Usando a hipótese de indução e considerando
q = 5r temos 5k+1 − 1 = 5k 5 − 1 = 5(4r + 1) − 1 = 4q + 5 − 1 = 4q + 4 = 4(q + 1) = 4p onde p = 5r + 1.
Logo k + 1 ∈ S. Concluı́mos pois que S = N.
Capı́tulo 2

Noções de Matemática Elementar

Toda a matéria sobre a qual incide este capı́tulo consta dos programas do ensino secundário da disciplina
de Matemática.

2.1 O Corpo dos Reais


1. Defina em termos matemáticos os seguintes conjuntos:

(a) o conjunto dos números naturais N.


(b) o conjunto dos números inteiros Z.
(c) o conjunto dos números racionais Q.
(d) o conjunto dos números reais R.

2. Defina

(a) Número primo.


(b) Números primos entre si.
(c) Mı́nimo múltiplo comum entre dois números naturais n e m (m.m.c.{n, m}).
(d) Máximo divisor comum entre dois números naturais n e m (m.d.c.{n, m}).
(e) Número racional na forma irredutı́vel.

3. Dê exemplos de:

(a) Números primos.


(b) Números primos entre si.
(c) Mı́nimo múltiplo comum entre dois números naturais n e m (m.m.c.{n, m}).
(d) Máximo divisor comum entre dois números naturais n e m (m.d.c.{n, m}).

19
20

(e) Número racional na forma irredutı́vel.

4. Identifique nos apontamentos de AM1

(a) as propriedades de ordem do conjunto dos números reais.

(b) a definição do valor absoluto de um número real a.

(c) a propriedade distributiva da adição de reais em relação à multiplicação de reais.

(d) a propriedade associativa da multiplicação de números reias.

5. Calcule
1 3 −2
(a) − + =
3 15 5
1 39
(b) −2 + + =
31 93
(c) 5 × 102 + 2 × 10 + 3 × 100 + 5 × 10−1 + 4 × 10−2 =

6. Complete as seguintes afirmações usando os sı́mbolos ⊂, ⊃, ∈, ∈,


/ ∀.

(a) N . . . Z.

(b) 0 . . . N.

(c) . . . r ∈ Q, r ∈ R.

(d) Q . . . Z
 √ √ √ √
7. Considere o conjunto A = − 3, π, −e, 12, 13 , 100, − π2 , −2 .

(a) Determine o conjunto A ∩ R.

(b) Determine o conjunto A ∩ Q.

(c) Determine o conjunto A ∩ N.

(d) Determine o conjunto {x ∈ A : x ∈


/ R}.

8. Considere o conjunto P = {a ∈ R : a > 0}. Complete as seguintes frases de forma a obter afirmações
verdadeiras.

(a) Se a e b são reais tais que b − a ∈ P , então . . ..

(b) Se a e b são reais tais que ab ∈ P , então . . ..

(c) Se a, b e c são reais tais que b − c ∈ P e c − a ∈ P , então . . ..

(d) Se a e b são reais tais que −ab ∈ P , então . . ..

9. Considere a figura. Calcule o comprimento das hipotenusas de todos os triângulos (todos rectângulos)
e classifique os números calculados em racionais e irracionais.
21

10. Sejam a e b dois reais.

(a) Mostre que | a + b | ≤ | a | + | b |.

(b) Mostre que | a | − | b | ≤ | a − b |.



(c) Mostre que | a | − | b | ≤ | a − b |.

11. Determine x ∈ R tal que

(a) | x − 5 |≤ 2.

(b) | x − 5 |≥ 1.

(c) | x + 5 |≤ 2.

(d) | x + 5 |≥ 1.

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://www.bymath.com/studyguide/ari/ari_topics.html

• http://www.jamesbrennan.org/algebra/numbers/real_number_system.htm
Informação sobre números naturais, inteiros, racionais e reais.

• http://www.jamesbrennan.org/algebra/radicals/real_exponents.htm
Um site muito simpático sobre xn . Óptimo para relembrar conceitos já esquecidos.
22

• http://www.jamesbrennan.org/algebra/radicals/square_roots.htm

Um site muito simpático sobre n x. Óptimo para relembrar conceitos já esquecidos.

• http://people.hofstra.edu/faculty/Stefan_Waner/RealWorld/tut_alg_review/framesA_1.
html
Contém várias questões para os alunos resolverem e fornece as respostas.

Soluções: 1–4. Procure as respostas a essas questões nos apontamentos da disciplina ou em livros do
ensino secundário.
−4 48
5. a) ; b) − ; c) 523.54
15 31
6. a) ⊂; b) ∈;
/ c) ∀; d) ⊃
 √ √ √  √
7. a) − 3, π, −e, 12, 13 , 100, − π2 ; b) 13 , 100 ; c)
√ √
100 ; d) −2 .

8. a) b > a, b) (a ∈ P ∧ b ∈ P ) ∨ (−a ∈ P ∧ −b ∈ P ), c) a < c < b, d) (a ∈ P ∧ −b ∈ P ) ∨ (−a ∈


P ∧ b ∈ P)
√ √ √
9. 2, 3, 4, etc.

10. a) Observe que ∀ a, b ∈ R | a + b |≥ 0 e que ∀c ∈ R c ≤| c |. Para todo o a e b reais temos

| a + b |2 = (a + b)2
= a2 + 2ab + b2
≤ a2 + 2 | ab | +b2
= | a |2 +2 | a || b | + | b |2
= (| a | + | b |)2

Note que | a | + | b |≥ 0 e recorde que para quaisquer números c e d não negativos temos c ≥ d ⇐⇒
c2 ≥ d2 . Como | a + b |2 ≤ (| a | + | b |)2 , tem-se | a + b | ≤ | a | + | b |.

b) Sejam x e y dois reais quaisquer e sejam a = x + y e b = y. Então a e b são reais quaisquer. Ora, pela
alı́nea anterior, temos | a |=| x + y |≤| x | + | y |. Concluı́mos então que | x + y | − | y |≤| x |, ou seja,
| a | − | b |≤| a − b | c.q.d..

c) Basta notar que por definição de módulo | a | − | b | =| a | − | b | ou | a | − | b | =| b | − | a |.
Pela alı́nea anterior temos | a | − | b |≤| a − b | e | b | − | a |≤| b − a | . Como | b − a |=| a − b |, o
resultado segue.
11. a) x ∈ [3, 7], b) x ∈ (−∞, 4] ∪ [6, ∞), c) x ∈ [−7, −3], d) x ∈ (−∞, −6] ∪ [−4, ∞)

2.2 Conjuntos de números reais


1. Escreva em linguagem matemática cada uma das seguintes afirmações:

(a) O conjunto S ⊂ R é limitado superiormente.


(b) O conjunto S ⊂ R é limitado inferiormente.
(c) O conjunto S ⊂ R é limitado.
23

(d) K ∈ R é um majorante do conjunto S ⊂ R.


(e) k ∈ R é um minorante do conjunto S ⊂ R.

2. Seja S um conjunto de números reias. Complete

(a) Se s̄ ∈ S e s̄ ≥ s ∀s ∈ S, então . . .
i. s̄ é minorante de S.
ii. S = {s̄}.
iii. s̄ é o ı́nfimo de S.
iv. s̄ é o máximo de S.
(b) Se s̄ ∈ S e ∀  > 0, (s̄ − , s̄ + ) ∩ S = {s̄}, então . . .
i. S é um conjunto vazio.
ii. S = {s̄}.
iii. S é um conjunto aberto.
iv. S é um conjunto que não é fechado e não é aberto.
(c) Se S = (−∞, 1] ∪ [2, ∞), então o seu complementar, R\S, é o intervalo (1, 2) e . . .
i. S é um conjunto fechado, porque R\S é um conjunto fechado.
ii. S é um conjunto aberto, porque R\S é um conjunto aberto.
iii. S é um conjunto fechado, porque R\S é um conjunto aberto.
iv. S é um conjunto aberto, porque R\S é um conjunto fechado.
(d) Se ∀ s ∈ S ∃ > 0 : s −  ∈ S, então
i. S não é limitado superiormente mas tem máximo.
ii. S tem necessariamente supremo mas é limitado inferiormente.
iii. S não tem mı́nimo.
iv. S é um conjunto aberto.

3. Seja S um conjunto de números reias. Dê exemplos de conjuntos que satisfazem a

(a) ∃s̄ ∈ S : s̄ ≥ s ∀s ∈ S.
(b) ∃s̄ ∈ S : ∀ > 0 (s̄ − , s̄ + ) ∩ S = {s̄}.
(c) ∀ s ∈ S ∃  > 0 : s −  ∈ S

4. Seja S um conjunto de números reias. Dê exemplos de conjuntos que não satisfazem a condição

(a) ∃s̄ ∈ S : s̄ ≥ s ∀s ∈ S.
(b) ∃s̄ ∈ S : ∀ > 0 (s̄ − , s̄ + ) ∩ S = {s̄}.
(c) ∀ s ∈ S ∃ > 0 : s −  ∈ S

5. Marque todas as respostas certas:


24

(a) “O conjunto S = { n1 : n ∈ N} ”

i. verifica a condição ∀ s ∈ S ∃ > 0 : s −  ∈ S.


s+s0
ii. verifica a condição ∀ s, s0 ∈ S, 2 ∈ S.
iii. tem ı́nfimo, não tem mı́nimo e tem máximo.
iv. verifica a condição ∀  > 0 : (0, ) ∩ S 6= ∅.

(b) “O conjunto {a ∈ R : | a + 5 |=| a | +5} é igual a”

i. R.
ii. [−5, +∞)
iii. (−∞, −5) ∪ (5, +∞).
iv. [0, +∞).
1

(c) “O conjunto 5 + 2n : n ∈ N ∪ {5} é”

i. aberto e limitado.
ii. tem mı́nimo e tem máximo.
iii. é aberto e não é limitado.
iv. é fechado e limitado.

(d) “ O conjunto S = [1, 3] satisfaz a”

i. ∃ M ∈ R ∀s ∈ S : s ≥ M e S tem mı́nimo.
ii. ∀ M ∈ R ∃s ∈ S : s ≥ M e S tem mı́nimo.
iii. ∀ s, s0 ∈ S ∀λ ∈ [0, 1] : λs + (1 − λ)s0 ∈ S e S é fechado.
iv. ∀s ∈ S ∀λ > 0 : λs ∈ S.

6. Considere os conjuntos

1 1
S1 = [0, 1); S2 = { : n ∈ N}; S3 = {0.1 + n : n ∈ N}; S4 = {−5 − : n ∈ N}; S5 = (−∞, 1].
n n
(a) Quais são os conjuntos que são limitados superiormente?

(b) Quais são os conjuntos que são limitados inferiormente?

(c) Quais são os conjuntos que são limitados (são limitados superiormente e limitados inferior-
mente)?

(d) Quais dos conjuntos têm mı́nimo?

(e) Quais dos conjuntos têm máximo?

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://www.math.unl.edu/~webnotes/misc/closed.htm
25

Soluções: 1. a) ∃ M ∈ R : s ≤ M ∀ s ∈ S. b) ∃ m ∈ R : s ≥ m ∀ s ∈ S. c) ∃ M ∈ R : | s |≤ M ∀ s ∈ S.
d) ∀s ∈ S : s ≤ K. e) ∀s ∈ S : k ≤ s.
2. a) iv); b) ii); c) iii); d) iii).
3. a) S = (−∞, 1] onde s̄ = 1, ou S = {1} com s̄ = 1, ou S = [0, 1] com s̄ = 1, etc. b) S = {s̄}. c) S = R,
S = (−∞, 1), S = (−∞, 1], S = (0, +∞], etc.
4. a) S = R, ou S = [1, 2), ou S = [1, +∞), etc. b) S = {1, 2, }, etc. c) S = [0, +∞), etc.
1 1
5. a) i), iii) e iv). Justificação: i) é verdadeira. Realmente seja n ∈ N qualquer e considere-se  = n − n+1 .
s+s0
Então 1
n ∈ S,  > 0 e 1
n − = 1
n+1 ∈ S. ii) é falsa. Basta considerar s = 1 e s0 = 1/3. Então 2
2 = 3 ∈ / S.
iii) é verdadeira, porque 0 é ı́nfimo de S e 0 ∈
/ S (logo S não tem mı́nimo) e 1 é máximo de S. iv) é
1
verdadeira. Se  ≥ 1, então (0, ) ∩ S = S. Se  ∈ (0, 1), então existe sempre um n ∈ N tal que n < .
1
Logo n ∈ (0, ) ∩ S.
b) iv) . Justificação: (| a + 5 |)2 = (| a | +5)2 ⇐⇒ (a + 5)2 = a2 + 25 + 10 | a | ⇐⇒ 10a = 10 | a | ⇐⇒
a =| a | ⇐⇒ a ≥ 0.
c) ii) e iv). Justificação: como se pode facilmente ver S é um conjunto fechado, limitado, com mı́nimo
que é 5 e com máximo que é 5 + 12 .
d) i) e iii). Justificação: como se pode facilmente ver S é um conjunto fechado e limitado com máximo
3 e mı́nimo 1. A condição (i) é a conjunção de duas condições. A primeira condição é satisfeita por S:
basta considerar M = 1. A segunda condição é satisfeita, porque S tem mı́nimo e que 1. A condição
(ii) é também a conjunção de duas condições. Se a primeira condição fosse satisfeita, então S não teria
máximo. Como S tem máximo, essa primeira condição não é satisfeita. A condição (iii) é a conjunção de
duas condições. A primeira das condições dessa conjunção significa que qualquer segmento de recta que
une dois quaisquer pontos de S tem que estar contido em S. Ora S satisfaz essa condição. Além disso, é
um conjunto fechado. Logo S satisfaz (iii). Por fim, S não satisfaz iv). De facto, considerando s = 3 e
λ = 2, vem λ s = 6 e 6 ∈
/ S.
6. a) S1 , S2 , S4 , S5 . b) S1 , S2 , S3 , S4 . c) S1 , S2 , S4 . d) S1 , S3 , S4 . e) S2 , S5 .

2.3 Álgebra

1. Designa-se por proporção de um rectângulo à razão entre os comprimentos do lado maior e menor.
Diz-se que um rectângulo tem razão de oiro se este pode ser decomposto num quadrado e num outro
rectângulo com a mesma proporção. Considere que o comprimento do lado menor do rectângulo é
1 como na figura.
26

1
(a) Mostre que a razão de oiro é solução da equação x = 1 + .
x
1
(b) Determine as soluções desta equação α e β e verifique que satisfazem a β = − .
α
2. Determine as raı́zes reais das seguintes equações, se existirem.

(a) x2 − 2x + 2 = 0.
(b) −5x2 + 6x + 1 = 0.
(c) x2 + 2x + 1 = 0.
√ 2
(d) 2x(x − 2)2 (x − 2)2 + 9 = 0.

3. Determine o número representado por

(a) 2 × 105 + 5 × 102 + 3 × 100 + 3 × 10−1 + 7 × 10−3 .


(b) 8 × 104 + 5 × 103 + 5 × 102 + 9 × 100 + 3 × 10−3 + 7 × 10−4 .
(c) 8 × 103 + 3 × 102 + 1 × 101 + 9 × 100 + 3 × 10−2 + 7 × 10−3 .
(d) 1 × 106 + 5 × 103 + 2 × 100 + 6 × 10−1 + 7 × 10−2 .
n
X
4. Represente os seguintes números na forma ak ×10k onde n ∈ Z e an ∈ {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}.
k=−n

(a) 10456.0005.
(b) 897.01.
(c) 295.2.
(d) 111.11

5. Defina ou calcule

(a) 0!, 2!, 5! e n! onde n ∈ N.


! ! !
5 6 6
(b) , , .
4 2 4
!
n
(c) , onde n, k ∈ N e n > k.
k
27

(d) (a + b)3 , a, b ∈ R
(e) (3 + b)n , b ∈ R.
(f) (−1 + b)n , b ∈ R.

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://www.bymath.com/studyguide/alg/alg_topics.html

lado maior
Soluções: 1. a) Relativamente ao rectângulo maior, a proporção é = x. Relativamente
1
lado menor
ao rectângulo mais pequeno a proporção é x−1 . Se o rectângulo tem razão de oiro, então devemos ter

1+ 5 √
1 1 1 1− 5
x−1 = x. Como x 6
= 0, obtemos x = x − 1, ou seja, x = 1 + x . b) α = , β = 2 .
2
√ √
2. a) Não tem raı́zes reais, porque ∆ = −4 < 0. b) Raı́zes são 35 + 15 14 e 35 − 15 14. c) Só uma raiz
√ √
que é −1 (é raiz dupla). d) 0 e 2. 2 é raiz dupla.

3. a) 200503.307, b) 85509.0037, c) 8319.037, d) 1005002.67.

4. a) 1 × 104 + 4 × 102 + 5 × 10 + 6 × 100 + 5 × 10−4 , b) 8 × 102 + 9 × 101 + 7 × 100 + 1 × 10−2 , c)


2 × 102 + 9 × 10 + 5 × 100 + 2 × 10−1 , d) 1 × 102 + 1 × 101 + 1 × 100 + 1 × 10−1 + 1 × 10−2 .

5. Ver apontamentos da disciplina.

2.4 Geometria

Sejam P1 = (x1 , y1 ) e P2 = (x2 , y2 ) dois pontos do plano R2 .

1. Calcule

(a) a distância entre os pontos P1 e P2 .


(b) coordenadas do ponto médio entre os ponstos P1 e P2 .
(c) equação cartesiana da recta que passa pelos pontos P1 e P2 supondo que x1 6= x2 .
(d) equação paramétrica da recta que passa pelos pontos P1 e P2 supondo que x1 6= x2 .
(e) equação cartesiana da recta que passa pelos pontos P1 e P2 supondo que x1 = x2 .
(f) o declive da recta que passa pelos pontos P1 e P2 supondo que x1 6= x2 .
(g) a equação da recta horizontal que passa pelo ponto P1 .
(h) a equação da recta vertical que passa pelo ponto P1 .
28

(i) a famı́lia de rectas paralelas à recta que passa pelos pontos P1 e P2 supondo x1 6= x2 .
(j) a equação geral da recta perpendicular à recta que passa pelos pontos P1 e P2 , supondo
x1 6= x2 , e que passa pelo ponto P1 .

2. Calcule

(a) a distância entre os pontos (1, 2) e (2, 1).


(b) coordenadas do ponto médio entre os pontos (5, 1) e (1, 3).
(c) equação cartesiana da recta que passa pelos pontos (1, 2) e (2, 1).
(d) equação paramétrica da recta que passa pelos pontos (0, 1) e (−1, 2).
(e) equação cartesiana da recta que passa pelos pontos (1, 2) e (1, 3).
(f) o declive da recta que passa pelos pontos (2, 3) e (−1, 2).
(g) a equação da recta horizontal que passa pelo (1, 2).
(h) a equação da recta vertical que passa pelo (1, 2).
(i) a famı́lia de rectas paralelas à recta que passa pelos pontos (1, 2) e (2, 1).
(j) a equação geral da recta perpendicular à recta que passa pelos pontos (1, 2) e (2, 1) e que
passa pelo ponto (1, 2).

3. Trace o(s) gráfico(s) da(s) recta(s) do exercı́cio anterior.

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://www.jamesbrennan.org/algebra/lines/straight_lines.htm
Um site simples e simpático sobre rectas.

• http://www.bymath.com/studyguide/angeo/angeo2.htm

Soluções: 1. Ver apontamentos da disciplina ou do ensino secundário. 2. Usar expressões obtidas no


exercı́cio anterior. 3. . . .. Se não é capaz de traçar algum dos gráficos pedidos, volte a estudar pelos
livros ou apontamentos do ensino secundário.
29

2.5 Trigonometria

Ahah!!! Nesta sessão não são dadas as soluções de qualquer um dos exercı́cios. Cabe ao aluno a
verificação da veracidade das suas próprias respostas. Para tal deverá consultar o material que
considerar conveniente.

1. Considere um triângulo rectângulo. Defina seno e cosseno de dois ângulos que não são rectos em
termos da hipotenusa, base e altura do triângulo.

2. Complete de forma a obter expressões verdadeiras. Considere que a e b são reais.

(a) sin(a + 2π) =

(b) cos(a + 2π) =

(c) sin (a − b) =

(d) cos (a + b) =

(e) cos (a − b) =

3. Determine o conjunto de todos os números reais α para os quais a função trigonométrica dada não
está definida.

(a) tan(α).

(b) cot(α).

(c) sec(α).

(d) csc(α).

5π 7π
4. Trace o cı́rculo trigonométrico e represente os seguintes ângulos: α = 4 , β = 4 , γ =
−3π
4 , δ= − 120π
2 .

5. Complete a tabela
30

α\ sin(α) cos(α) tan(α) cot(α) sec(α) csc(α)


0
π
6

π
4

π
3

π
2


3


4


6

π

6


4


3


2


3


4


6
31

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://aleph0.clarku.edu/~djoyce/java/trig/
Um curso sobre trigonometria. Em inglês.

• http://aleph0.clarku.edu/~djoyce/java/trig/identities.html
Pode ser acedido a partir do de cima. Tem lista de fórmulas.

• http://www.sosmath.com/trig/Trig5/trig5/trig5.html
Site em inglês. Tem uma lista de fórmulas.

• http://jurere.mtm.ufsc.br/~taneja/formulas/indices/indtri.html
Site brasileiro.

• http://www.terra.com.br/matematica/arq4-2.htm
Site brasileiro. Tem exercı́cios resolvidos.

• http://www.terra.com.br/matematica/arq4-10.htm
Site brasileiro. Tem exercı́cios resolvidos.

• http://pup.princeton.edu/books/maor/
Curioso.

2.6 Inequações

Resolva as seguintes inequações:

1. x − 2 < 1.

2. 2x2 + 2x − 4 < 0.

3. −2x2 + 2x + 4 < 0.

4. 2(x − 1)(x + 2)(x2 − 4x + 11) ≥ 0.


x2 − 4x + 11
5. > 0.
x−1
6. 2x2 + x − 1 < 3 − x.

7. | x |≥ 2.

8. | 2x2 + 2x − 4 |< −4.

9. | x2 − 5x + 6 |≥ 6.
32

Um Site com Exercı́cios e Soluções

http://www.bymath.com/solproblems/problems_topics.htm

Soluções: 1. x ∈ (−∞, 3), 2. x ∈ (−2, 1), 3. x ∈ (−∞, −1) ∪ (2, +∞), 4. x ∈ (−∞, −2] ∪ [1, +∞), 5.
x ∈ (1, +∞), 6. x ∈ (−2, 1), 7. x ∈ (−∞, −2] ∪ [2, +∞), 8. x ∈ ∅, 9. x ∈ (−∞, 0] ∪ [5, +∞).
Capı́tulo 3

Sucessões e Séries Numéricas

3.1 Sucessões
1. Procure nos apontamentos de AM1 a resposta a cada uma das seguintes perguntas e transcreva-a:

(a) O que é uma sucessão de números reais?


(b) Qual é o termo geral de uma sucessão aritmética?
(c) Qual é o termo geral de uma sucessão geométrica?
(d) Como se define uma sucessão por recorrência?
(e) Como pode definir uma sucessão aritmética por recorrência?
(f) Como pode definir uma sucessão geométrica por recorrência?
(g) Quando é que uma sucessão se diz monótona?
(h) Quando é que uma sucessão é não decrescente?
(i) O que quer dizer que uma sucessão (an ) é limitada?
(j) Em linguagem matemática o que significa lim an = a ?
n→+∞
(k) Quando é que se diz que uma sucessão é um infinitésimo?
(l) Quando é que uma sucessão (an ) é um infinitamente grande negativo?
(m) Quando é que uma sucessão (an ) é um infinitamente grande?

2. Apresentam-se os primeiros termos de sucessões. Em cada caso determine o termo seguinte e defina
cada uma das sucessões por recorrência.

(a) 6, 10, 14, 18.


(b) 2, 6, 18, 54.
(c) 3, 4, 7, 11, 18, 29.

33
34

3. Procure nos apontamentos das aulas teóricas os exemplos que de seguida são pedidos e transcreva-o.

(a) Dê um exemplo de uma sucessão geométrica.


(b) Dê um exemplo de uma sucessão cujo contradomı́nio é {1, −1}.
(c) Dê um exemplo de uma sucessão limitada.
(d) Dê um exemplo de uma sucessão crescente.
(e) Dê um exemplo de uma sucessão cujo limite é −5.
(f) Dê um exemplo de uma sucessão cujo limite é e.
(g) Dê um exemplo de uma sucessão que é um infinitésimo.
(h) Dê um exemplo de uma sucessão que é um infinitamente grande.

4. Complete
(n+1)n
(a) Se an = 2 , o termo de ordem 5 é . . ..
(b) Se bn = 2 + 3n, b10 = . . ..
q
(c) Se c1 = 3 e cn = 5 + c2n−1 , com n > 1, então o termo de ordem 4 é . . ..
p
(d) Se d1 = 9, d2 = 4 e dn = dn−1 + dn , com n > 2, então d5 = . . ..
n
1 X
(e) Se un = e Sn = u2n , então S3 = . . ..
n
k=1

5. Indique qual(is) a(s) resposta(s) certa(s) às seguintes perguntas, se existir(em):


1
(a) Considere a sucessão de termo geral an = n. O termo geral da subsucessão de termos ı́mpares
de (an ) é
1
i. 3n .

ii. an+1
1
iii. 2n+1
1
iv. 2n .
n2 +1
(b) A sucessão un = n3 é
i. um infinitésimo.
ii. infinitamente grande positivo.
iii. convergente para 1.
iv. um infinitamente grande negativo.
(c) Considere a sucessão bn = (−2)n . Esta sucessão
i. é limitada.
ii. tem uma subsucessão convergente para 2 e outra convergente para 0.
iii. tem uma subsucessão convergente para 2 e outra convergente para −2.
iv. é convergente.
35

6. Classifique as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).

(a) Se lim an = a, a ∈ R, e bn = an − a, então lim bn = 0.


n→+∞ n→+∞
|a|
(b) Se lim an = a, com a 6= 0, então existe um p ∈ N tal que | an |> 2 para todo o n ∈ N
n→+∞
maior que p.
|a|
(c) Se existem p ∈ N e a ∈ R\{0} tal que | an |> 2 para todo o n ∈ N maior que p, então
lim an = a.
n→+∞
(d) Se lim (an bn ) = r, r ∈ R, então os lim an e lim bn existem (são finitos).
n→+∞ n→+∞ n→+∞
(e) Se an ≤ bn ≤ cn para todo o n ≥ 10 e se lim an = lim cn = 5, então lim bn = 5.
n→+∞ n→+∞ n→+∞
(f) Se an ≤ bn ≤ cn para todo o n ≥ 10 e se lim bn = lim cn = 5, então lim an = 5.
n→+∞ n→+∞ n→+∞

7. Determine p ∈ N tal que

(a) ∀n ∈ {n ∈ N : n > p}, 5 − 3n < 2.


n−1
(b) ∀n ∈ {n ∈ N : n > p}, > 1000.
2
(−1)n
(c) ∀n ∈ {n ∈ N : n > p}, √ < 10−4 .
n

(d) ∀n ∈ {n ∈ N : n > p}, 1 − 3 n < −99.

8. (∗) Determine p ∈ N em função de K ∈ R, K > 0, tal que

(a) ∀n ∈ {n ∈ N : n > p}, 5 − 3n < K.


n−1
(b) ∀n ∈ {n ∈ N : n > p}, > K.
2
(−1)n
(c) ∀n ∈ {n ∈ N : n > p}, √ < K.
n

(d) ∀n ∈ {n ∈ N : n > p}, 1 − 3 n < −K.

9. Seja a ∈ R. Complete

(a) Sabendo que para todo o  ∈ (0, 1] existe um p ∈ N tal que para todo n ∈ {n ∈ N : n > p} se
tem | an − a |< , então lim an . . .
n→+∞
(b) Sabendo que para todo o n ∈ N se tem | an − a |> 0.01, então lim an . . .
n→+∞
(c) Sabendo que lim a2n = a e lim a2n+1 = a, então lim an . . .
n→+∞ n→+∞ n→+∞
(d) Sabendo que lim a2n = 2 e lim a3n = 3, então lim an . . .
n→+∞ n→+∞ n→+∞

10. (∗) Considere que a e b são números reais. Demonstre os seguintes resultados:

(a) Se lim an = a e un = an − a, então lim un = 0.


n→+∞ n→+∞
(b) Se lim an = a e r ∈ R, então lim ran = ra.
n→+∞ n→+∞
(c) Se lim an = a, lim bn = b e un = an + bn , então lim un = a + b.
n→+∞ n→+∞ n→+∞
(d) Se lim an = 0, lim bn = 0 e un = an bn , então lim un = 0.
n→+∞ n→+∞ n→+∞
36

(e) Se lim an = a, lim bn = b e un = an bn , então lim un = ab.


n→+∞ n→+∞ n→+∞

|b|
(f) Se lim bn = b 6= 0, então ∃p ∈ N tal que para todo o n > p se tem | bn |> .
n→+∞ 2
1 1
(g) Se lim bn = b 6= 0, então lim = .
n→+∞ n→+∞ bn b
an a
(h) Se lim an = a, lim bn = b 6= 0 e un = , então lim un = .
n→+∞ n→+∞ bn n→+∞ b
p p
(i) Se lim an = a e p ∈ N, então lim an = a .
n→+∞ n→+∞
(j) Se lim an = a e, para algum k ∈ N, bn = an+k , então lim bn = a.
n→+∞ n→+∞

11. Pronuncie-se sobre a veracidade das seguintes afirmações.

(a) Seja (an ) uma sucessão limitada. Então o conjunto {a1 , a2 , . . . , an , . . .} tem supremo.
(b) Seja (an ) uma sucessão não decrescente e tal que o conjunto {a1 , a2 , . . . , an , . . .} tem supremo
S. Então ∀ > 0 ∃p ∈ N : n > p =⇒ an − S > −.
(c) Seja (an ) uma sucessão limitada e não decrescente. Então (an ) é convergente.

12. Demonstre todas as afirmações verdadeiras apresentadas no exercı́cio anterior.

13. Calcule
2n3
(a) lim
n→+∞ 5 + 2n3
r
2 − 8n
(b) lim
n→+∞ 1 − 2n
1 − n2
(c) lim
n→+∞ n2 + 1
√ √
(d) lim ( n + 1 − n)
n→+∞
3n + 4n
(e) lim
n→+∞ 5n + 62n
 n
3
(f) lim 1+
n→+∞ n
 a n
(g) lim 1 + , com a > 0.
n→+∞ n
 n
a
(h) lim 1+ , com a > 0.
n→+∞ n−a
 n
4
(i) (∗) lim 1−
n→+∞ n
 n
4
(j) lim 1−
n→+∞ n+1
 n+2
4
(k) lim 1−
n→+∞ n+1
 n
1
(l) lim 1− 2
n→+∞ n
14. Seja (an ) uma sucessão não convergente tal que | an |≤ M para algum M > 0.
37

(a) Seja ainda (bn ) uma sucessão tal que lim bn = 0. Mostre que lim (an bn ) = 0.
n→+∞ n→+∞
1 cos(n)
(b) Calcule lim +
n→+∞ n + 1 n+1
15. (∗) Sejam a, b ∈ R e considere a sucessão
√ !n √ !n
1+ 5 1− 5
an = a +b .
2 2

(a) Verifique que esta sucessão pode ser definida recursivamente por an = an−2 + an−1 para todo
o n ≥ 2.
(b) Determine a e b tal que a0 = a1 = 1.

16. Considere a sucessão de Fibonacci a0 = 1, a1 = 1 e an = an−2 + an−1 para todo o n ≥ 2. Seja


1 an
b 1 = 1 e bn = 1 + . Verifique que bn = an−1 .
bn−1

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://www.math.unl.edu/~webnotes/classes/class10/class10.htm
Este site tem alguns exercı́cios sobre alguns limites. As respectivas respostas podem ser vistas.
Sugere-se ao aluno que teste as suas capacidades fazendo alguns destes exercı́cios.

• http://www.math.unl.edu/~webnotes/classes/class08/class08.htm\#sequences
Este site, agora só com sucessões, tem interesse.

Soluções: 2. a) 22. a1 = 2 e an+1 = an + 4. b) 162. a1 = 2 e an+1 = 3an . c) 47. a1 = 3, a2 = 4 e


an+1 = an + an−1 para n ≥ 2.
√ √ √
q p 1 1
4. a) 15, b) 32, c) 2 6, d) 13 + 4 + 13, e) 1 + + .
4 9
5. a) iii). b) i). c) Nenhuma das respostas está certa.

6. a) Verdadeira. Ver resposta a 9. a).

b) Verdadeira. Ver resposta a 9. f).


c) Falsa. Pode-se dar muitos exemplos mostrando que esta afirmação é falsa. Basta considerar um
exemplo. Por exemplo, se an = 2 + n, então para p = 1 e a = 2 temos an > 1 para todo o n > p e
lim an não existe.
n→+∞
1
d) Falsa. Basta considerar an = n, bn = n e r = 1. Temos lim (an bn ) = lim 1 = 1 mas lim an
n→+∞ n→+∞ n→+∞
não existe (é +∞).
e) Verdadeira. Este é o Teorema das sucessões enquadradas.
1 1 1 1 1 1
f) F. Basta verificar que ≤5+ ≤ 5 + , lim 5 + = 5 = lim 5 + mas lim = 0.
2n 2n n n→+∞ 2n n→+∞ n n→+∞ 2n
38

7. a) p = 1, b) p = 2001, c) p = 108 , d) p = 106 .


5−K 1
8. a) p = max{1, }, b) p = max{1, 2K + 1}, c) p = max{1, 2 }, d) p = max{1, (K + 1)3 }.
3 K
1
9. a) lim an = a. Justificação: Seja  > 1. Então ∈ (0, 1] e existe um p ∈ N tal que para todo o
n→+∞ 
1
n > p se tem | an − a |< < . Logo para todo o  > 0 existe uma ordem p ∈ N tal que para todo o

n > p se tem | an − a |< .
b) lim an , se existir, não é a. O que se afirma em b) é que existe um  = 0.01 tal que para todo o
n→+∞
n ∈ N | an − a |> , ou seja, todos os elementos da sucessão estão a uma distância de a maior do que
0.001.
c) lim an = a. As subsucessões dos termos ı́mpares e dos termos pares são ambas convergentes para o
n→+∞
mesmo a. Logo a sucessão an converge para a.
d) lim an não existe. Se existisse, qualquer sua subsucessão convergia para o mesmo número.
n→+∞
10. a) Seja  > 0 qualquer. Como lim an = a sabemos que existe um p ∈ N tal que para todo o n > p
n→+∞
se tem | an − a |=| un |< . Ora isto quer dizer que lim un = 0.
n→+∞
b) Se r = 0, então a sucessão ran é a sucessão nula, ran = 0, e o resultado segue. Seja r 6= 0 e seja  > 0

qualquer. Então η = > 0. Como lim an − a = 0, sabemos que existe um p ∈ N tal que para todo
|r| n→+∞
o n > p se tem | an − a |< η. Assim, para todo o natural n > p, temos | r(an − a) |=| r | | an − a |< .
Tal permite-nos concluir que lim ran = ra.
n→+∞

c) Seja  > 0 qualquer. Então existem p1 , p2 ∈ N tais que para todo o n > p1 tem-se | an − a |< e para
2
 
todo o n > p2 tem-se | bn − b |< . Seja p = max{p1 , p2 }. Então para todo o n > p tem-se | an − a |<
2 2

e | bn − b |< . Logo, para todo o n > p tem-se | an + bn − a − b |≤| an − a | + | bn − b |< . Isto quer
2
dizer que lim an + bn = a + b.
n→+∞

d) Seja  > 0 qualquer. Então existem p1 , p2 ∈ N tais que para todo o n > p1 tem-se | an |<  e para
√ √
todo o n > p2 tem-se | bn |< . Seja p = max{p1 , p2 }. Então para todo o n > p tem-se | an |< 
e | bn |< . Como | un |=| an | | bn |, concluı́mos que para todo o n > p se tem | un |< , ou seja,
lim un = 0.
n→+∞
e) Sejam xn = an − a e yn = bn − b. Então lim xn = lim yn = 0. Facilmente se verifica que
n→+∞ n→+∞
an bn = (xn + a)(yn + b) = ab + ayn + bxn + xn yn . Usando os resultados da alı́neas b), c) e d) deduzimos
que lim an bn = lim (ab + ayn + bxn + xn yn ) = ab.
n→+∞ n→+∞
b
f) Consideramos dois casos, b > 0 e b < 0. Se b > 0, seja  =
. Como lim bn = b, sabemos que existe
2 n→+∞
b
uma ordem p ∈ N tal que para todo o n > p se tem − < bn − b < . Logo bn > − + b = para todo o
2
n > p.
Seja agora b < 0. Então −bn tende para −b e pelo resultado anterior sabemos que existe uma ordem
b
p ∈ N tal que para todo o n > p, −bn > − . Como, neste caso e para todo o n > p se tem | bn |= −bn
2
e | b |= −b, o resultado fica demonstrado.
g) Observe-se que

1 1 1 1
− = (b − bn ).
bn b b bn
39


Sabemos que lim (b − bn ) = 0. Logo, para todo o  > 0, existe um p1 ∈ N tal que | b − bn |<| b |2 .
n→+∞ 2
1 2
Podemos concluir da alı́nea anterior que existe um p2 ∈ N tal que, para todo o n > p2 , < .
| bn | |b|
Seja p = max{p1 , p2 }. Então para todo o n > p tem-se

1 2 
< e | b − bn |< | b |2 .
| bn | |b| 2

Logo, para todo o n > p tem-se


1 1 1 2
− ≤ | b − bn |< .

bn b |b||b|

1 1
Ou seja lim = .
n→+∞ bn b
an 1 an a
h) Basta ver que = an . Pela alı́nea anterior e pela alı́nea e) concluı́mos que lim = .
bn bn n→+∞ bn b
i) Basta aplicar o resultado da alı́nea e) p vezes.
j) Seja  > 0 qualquer. Como lim an = a sabemos que existe um p ∈ N tal que para todo o m > p se
n→+∞
tem | am − a |< . Seja q = k + k. Então, para n > q, tem-se n − k > q − k > p e | bn − a |=| an−k − a |< .
Isto quer dizer que lim bn = a.
n→+∞
11. e 12. a) Verdadeira. Qualquer conjunto limitado é limitado superiormente e qualquer conjunto
limitado superiormente tem supremo.
b) Verdadeira. A sucessão é não decrescente. Como o contra-domı́nio da sucessão tem supremo, a
sucessão é limitada. Seja S o supremo do contra-domı́nio da sucessão, como no enunciado. Como (an )
é não decrescente, dizer que S é o supremo de {a1 , a2 , . . . , an , . . .} é equivalente a dizer que para todo o
 > 0 existe um p ∈ N tal que, para todo o n > p se tem an ∈ (S − , S), ou seja, an − S > −.
c) Verdadeira. Pela alı́nea anterior sabemos que para todo o  > 0 existe um p ∈ N tal que, para todo o
n > p se tem an ∈ (S − , S). Assim temos an − S < 0 e an − S > −. Então | an − S |= S − an < .
Isto quer dizer que an converge para S, o supremo do seu contradomı́nio.
 n  n/3 !3
3 1  a n
13. a) 1, b) 2, c) −1, d) 0, e) 0, f) lim 1+ = lim 1+ = e3 . g) lim 1 + =
n→+∞ n n→+∞ n/3 n→+∞ n
 n/a !a  n  n−a  a
1 a 1 1
lim 1+ = ea . h) lim 1+ = lim 1 + n−a lim 1 + n−a =
n→+∞ n/a n→+∞ n−a n→+∞
a
n→+∞
a
  n−a !a  a  n
1 a
1 4 1
lim 1 + n−a lim 1 + n−a = ea . i) lim 1− = lim  n = e−4 .
n→+∞
a
n→+∞
a
n→+∞ n n→+∞ 4
1 + n−4
 n  n+1  −1  n+2
4 4 4 4
j) lim 1− = lim 1− 1− = e−4 . k) lim 1− =
n→+∞ n+1 n→+∞ n+1 n+1 n→+∞ n+1
 n+1  
4 4
lim 1− 1− = e−4 .
n→+∞
 n + 1n n +
 2 1 n  n  n  n
1 n −1 (n − 1) (n + 1) 1 1
l) lim 1− 2 = lim = lim = lim 1 − 1 + =
n→+∞ n n→+∞ n2 n→+∞ n n n→+∞ n n
e−1 e = 1.
14. a) É fácil verificar que se tem sempre −M | bn |≤| an bn |≤ M | bn |. Como lim bn = 0, tem-se,
n→+∞
pelo teorema das sucessões enquadradas, lim an bn = 0. b) 0.
n→+∞
40

15. a)
 √ n−1  √ n−1  √ n−2  √ n−2
1+ 5 1− 5 1+ 5 1− 5
an−1 + an−2 = a 2 +b 2 +a 2 +b 2

√ n−1  √ n−1  2
  

1+ 5 2 1− 5
= a 2
√ +1 +b 2
√ +1
1+ 5 1− 5
√ ! √ !
 √ n−1 3+ 5  √ n−1 3− 5
1+ 5
= a 2
√ + b 1−2 5 √
1+ 5 1− 5

√ ! √ !
 √ n−1 1+ 5  √ n−1 1− 5
1+ 5
= a 2 + b 1−2 5
2 2

 √ n  √ n
1+ 5 1− 5
= a 2 +b 2

= an
√ √
5+ 5 5− 5
b) a = eb= .
10 10

an
16. Seja {n ∈ N : bn = }. Vamos provar que S = N por indução finita ou matemática. Começamos
an−1
a1
por verificar se 1 ∈ S. Ora b1 = 1 e = 1 = b1 . Logo 1 ∈ S. Suponhamos que algum n ≥ 1
a0
an
pertende a S, ou seja, que bn = . Esta última igualdade é a hipótese de indução. Temos agora
an−1
1 an−1
que verificar que n ∈ S =⇒ n + 1 ∈ S. Ora bn+1 = 1 + = 1+ por hipótese de indução. Logo
bn an
an + an−1 an+1
bn+1 = = . Ou seja, n + 1 ∈ S. Concluı́mos pois que S = N.
an an

3.2 Séries Numéricas

1. Sejam ak , bk ∈ R para todo o k ∈ N ∪ {0}. Sejam ainda p ∈ Z, a, α ∈ R e m, n ∈ N com


m < n. Complete transcrevendo dos apontamentos das aulas teórica as definições e propriedades
dos seguintes somatórios:
n
X
(a) ak = . . .
k=m
n
X n+p
X
(b) ak = ...
k=m k=m+p
n
X
(c) a = ...
k=0
Xn
(d) a = ...
k=m
41

n
X n
X n
X
(e) ak + bk = ...
k=0 k=0 k=0
Xn
(f) α ak = . . .
k=0
m
X n
X
(g) ak + ak = . . .
k=0 k=m+1
m
X
(h) (ak+1 − ak ) = . . ..
k=0

1 2n + 1
2. Seja ak = e bn = . Verifique a veracidade das fórmulas do exercı́cio anterior nos
n+1 n+1
seguintes casos:
6
X
(a) ak = . . .
k=3
4
X 7
X
(b) ak = ...
k=2 k=5
10
X
(c) 2 = ...
k=0
98
X
(d) 1 = ...
k=56
5
X 5
X n
X
(e) ak + bk = ...
k=0 k=0 k=0
7
X
(f) 2 ak = . . .
k=0
3
X 6
X
(g) ak + ak = . . .
k=0 k=4
7
X
(h) (ak+1 − ak ) = . . ..
k=0

3. Calcule:
4
X
(a) (−2)k .
k=1
5
X
(b) (−2)k .
k=1
10  
X 1 1
(c) − .
2k + 1 2k − 1
k=1
5
X 1
(d) .
2k
k=1
42

10
X 1
(e) .
k
k=1
10
X 1
(f) .
k2
k=1
5
X 2k + 3k
(g) .
6k
k=1
5
X
(h) (ln(k + 1) − ln(k)) = . . ..
k=1
10
X 9
(i) .
10k
k=1
n
X 9 9
4. Considere a sucessão Sn = . Seja an = 10n .
10k
k=1

(a) Calcule a1 , a2 , a3 , a4 , a5 e a6 .
(b) Calcule lim an .
n→+∞
(c) Calcule S1 , S2 , S3 , S4 , S5 e S6 .
(d) Calcule 1 = 1 − S1 , 2 = 1 − S2 , 3 = 1 − S3 , 4 = 1 − S4 , 5 = 1 − S5 e 6 = 1 − S6 .
(e) Com base nas respostas às alı́neas anteriores, será que pode prever qual o lim Sn ?
n→+∞
(f) Considere a dı́zima infinita periódica S = 0.99999 . . . 9 . . . e calcule 1 − S.
+∞
X
(g) Seja L = an . Relacione lim Sn com L.
n→+∞
n=1

X
5. Considere a sucessão an e a série an .
n=1

(a) Identifique a sucessão geradora da série.


(b) Defina a sucessão das somas parciais da série.
(c) Defina soma da série.
(d) Diga o que entende por estudar a convergência da série.
(e) Quando é que a série é convergente?
(f) Quando é que a série se diz divergente?
n
X a
6. Considere a sucessão Sn = onde a > 0.
2k
k=1

(a) Calcule S1 , S2 , S3 , S4 e S5 .
(b) Determine uma forma fechada para o termo geral de Sn .
(c) Demonstre por indução matemática
2n − 1
 
a a a
+ + ... + n = a
2 4 2 2n
43


X a
(d) Verifique se a série n
é convergente e em caso afirmativo calcule a soma da série.
n=1
2
n
X 1
7. Considere a sucessão Sn = .
2k
k=0

(a) Calcule S1 , S2 , S3 , S4 e S5 .
(b) Determine uma forma fechada para o termo geral de Sn .
(c) Demonstre por indução matemática
1 1 1 2n − 1
1+ + + ... + n = 1 +
2 4 2 2n

X 1
(d) Verifique se a série n
é convergente e em caso afirmativo calcule a soma da série.
n=0
2
n
X
8. Considere a sucessão Sn = 2k .
k=1

(a) Calcule S1 , S2 e S3 .
(b) Determine uma forma fechada para o termo geral de Sn .

X
(c) Verifique se a série 2n é convergente.
n=0
n
X
9. Considere a sucessão Sn = (−1)k .
k=1

(a) Calcule S1 , S2 e S3 .
(b) Determine uma forma fechada para o termo geral de Sn .

X
(c) Verifique se a série (−1)n é convergente.
n=0
n  
X 1 1
10. Considere a sucessão Sn = − .
k+1 k
k=1

(a) Calcule S1 , S2 e S3 .
(b) Determine uma forma fechada para o termo geral de Sn .
(c) Demonstre por indução matemática
       
1 1 1 1 1 1 1
− + − + ... + − = −1
2 1 3 2 n+1 n n+1
∞  
X 1 1
(d) Verifique se a série − é convergente e em caso afirmativo calcule a soma da
n=1
n+1 n
série.
n
X
11. Considere a sucessão Sn = rk , onde | r |< 1.
k=1
44

(a) Calcule S1 , S2 e S3 .
(b) Determine uma forma fechada para o termo geral de Sn .

X
(c) Verifique se a série rn , onde | r |< 1, é convergente e em caso afirmativo calcule a soma
n=1
da série.

X
(d) Verifique que a série rn , onde | r |≥ 1, é divergente.
n=1

n
X
12. Considere a sucessão Sn = rk , onde | r |< 1. Cuidado, esta série difere da anterior,
k=0
porque começa em 0 e não em 1.

(a) Calcule S1 , S2 e S3 .
(b) Determine uma forma fechada para o termo geral de Sn .

X
(c) Verifique se a série rn , onde | r |< 1, é convergente e em caso afirmativo calcule a soma
n=0
da série.

X
(d) Verifique que a série rn , onde | r |≥ 1, é divergente.
n=0

13. Complete as seguintes afirmações de forma a obter proposições verdadeiras:



X ∞
X ∞
X
(a) Se an e bn são séries convergentes e se α, β ∈ R, então a série (an + bn ) é . . . . . . e
n=1 n=1 n=1

X
(αan + βbn ) = . . . . . ..
n=1

X ∞
X ∞
X
(b) Se an é uma série convergente e bn é divergente, então a série (an + bn ) é . . . . . ..
n=1 n=1 n=1

X
(c) A série (an+1 − an ) converge se e só se a sucessão . . . converge. Neste caso a soma da série
n=1

X
(an+1 − an ) = L − a1 onde L = . . . . . ..
n=1

X ∞
X
(d) A série rn converge se e só se . . . e neste caso rn = . . ..
n=1 n=1

14. Estude a convergência das séries



X 1
(a)
n=1
(2n + 1)(2n + 3)

X 4n + 5n
(b) .
n=1
20n
∞  
X n+1
(c) ln .
n=1
n+2
45


X
15. Enuncie uma condição necessária para a convergência da série an .
n=1

16. Classifique as seguintes afirmações como Verdadeiras (V) ou falsas (F).



X
(a) Como lim an = 0, a série an é convergente.
n→+∞
n=1
X∞
(b) Como lim an = 3, a série an é divergente.
n→+∞
n=1

X
(c) Como a série an é divergente, concluı́mos que lim an 6= 0.
n→+∞
n=1

X
(d) A série an é convergente. Logo lim an 6= 0.
n→+∞
n=1

X
17. Dê um exemplo de uma série an divergente tal que lim an = 0.
n→+∞
n=1

X ∞
X
18. (∗) Demonstre o seguinte resultado: Se a série an diverge, então a série an também diverge.
n=50 n=1

19. Sejam an e bn duas sucessões tais que 0 ≤ an ≤ bn para todo o n ∈ N. Classifique as seguintes
afirmações como Verdadeiras (V) ou falsas (F).

X ∞
X
(a) Se a série an converge, então a série bn também converge.
n=1 n=1
X∞ ∞
X
(b) Se a série an diverge, então a série bn também diverge.
n=1 n=1
X∞ X∞
(c) Se a série bn converge, então a série an também converge.
n=1 n=1
X∞ ∞
X
(d) Se a série bn diverge, então a série an também diverge.
n=1 n=1
X∞ ∞
X
(e) Se a série an converge, então a série an também converge.
n=1 n=50
X∞ ∞
X
(f) Se a série an diverge, então a série an também diverge.
n=1 n=50
X∞ X∞
(g) Se a série an converge, então a série an também converge.
n=50 n=1
X∞ ∞
X
(h) Se a série an diverge, então a série an também diverge.
n=50 n=1
X∞ X∞
(i) Se a série bn converge, então a série an também converge.
n=50 n=1
X∞ ∞
X
(j) Se a série an diverge, então a série bn também diverge.
n=50 n=1
46

20. Estude a convergência das séries:



X n+1
(a) .
n=1
(n + 3)3n

X 2
(b) .
n=1
(n + 1)!

X 5n + 1
(c) .
n=1
3n
an
21. Sejam an e bn duas sucessões tais que an ≥ 0, bn > 0 e lim = L ∈ R. Complete as frases
n→+∞ bn
seguintes de forma a obter proposições verdadeiras:

X ∞
X
(a) Se L 6= 0 e se an é convergente, então bn é . . ..
n=1 n=1
X∞ ∞
X
(b) Se L 6= 0 e se an é divergente, então bn é . . ..
n=1 n=1
X∞ X∞
(c) Se L 6= 0 e se bn é convergente, então an é . . ..
n=1 n=1
X∞ ∞
X
(d) Se L 6= 0 e se bn é divergente, então an é . . ..
n=1 n=1
X∞ X∞
(e) Se L = 0 e se an é divergente, então bn é . . ..
n=1 n=1
X∞ X∞
(f) Se L = 0 e se bn é convergente, então an é . . ..
n=1 n=1

22. Seja an uma sucessão tal que an ≥ 0 e lim n
an = R. Complete as frases seguintes de forma a
n→+∞
obter proposições verdadeiras:

X
(a) Se R < 1, a série an é . . ..
n=1
X∞
(b) Se R > 1, a série an é . . ..
n=1
X∞
(c) Se R = ∞, a série an é . . ..
n=1
(d) Se R = 1, . . ..
an+1
23. Seja an uma sucessão tal que an ≥ 0 e lim = R. Complete as frases seguintes de forma a
n→+∞ an
obter proposições verdadeiras:

X
(a) Se R > 1, a série an é . . ..
n=1
X∞
(b) Se R = ∞, a série an é . . ..
n=1
47


X
(c) Se R < 1 a série an é . . ..
n=1
(d) Se R = 1, . . ..

24. Estude a convergência das seguintes séries:



X 1
(a) .
n=1
n+1
∞ n
X 1 − n1
(b)
n=1
2n
∞ ∞
X 1 X 1
(c) . Sugestão: A série é convergente.
n=1
n(n + 1)(n + 3) n=1
n3

X 1
(d) 3+2
.
n=1
n

X 1
(e) .
n=1
n!
∞  n2
X 1
(f) 1− .
n=1
n
∞  n2
X 1
(g) 1+ .
n=1
n

X en
(h)
n=1
n2 + 1

X 2n n!
(i) .
n=1
nn

25. Defina série alternada. Dê exemplos de séries alternadas.



X
26. Considere a série alternada (−1)n an onde an é uma sucessão de termos positivos. Enuncie uma
n=1
condição suficiente para a convergência desta série.

27. Defina série absolutamente convergente.



X
28. O que quer dizer “ A série an é condicionalmente convergente”. Dê um exemplo de uma série
n=1
condicionalmente convergente.

X
29. Considere a série an . Complete as frases seguintes de forma a obter proposições verdadeiras:
n=1


X
(a) A série dada é absolutamente convergente. Então a série an é . . ..
n=1


X X∞ ∞
X
(b) Se a série | an | é convergente, então an . . . | an |.


n=1 n=1 n=1
48


an+1 X
(c) Se lim = L < 1, então a série an é . . ..
n→+∞ an n=1

an+1 X
(d) Se lim = L e L > 1 ou L = ∞, então a série an é . . ..
n→+∞ an n=1

30. Classifique as seguintes séries em divergente, condicionalmente convergente ou absolutamente con-


vergente.

X 2n
(a) (−1)n .
n=1
n+1

X e−n
(b) (−1)n .
n=1
n+1

X 2 1
(c) (−1)n .
n=1
n2n

X 1
(d) (−1)2n .
n=1
n+1

X 1
(e) (−1)n .
n=1
n+1

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://www.ies.co.jp/math/java/calc/kaisa/kaisa.html
Sobre somatórios.

• http://www.math.montana.edu/frankw/ccp/calculus/series/geometric/learn.htm
Radio actividade e séries.

• http://www.ltcconline.net/greenl/courses/107/Series/ALTSER.HTM Sobre séries alternadas.

• http://math.rice.edu/~lanius/Lessons/Series/infinite.htm

• http://www.math.utah.edu/~carlson/teaching/calculus/series.html

• http://www.sosmath.com/calculus/series/convergence/convergence.html
Sobre convergência de séries. Tem exemplos resolvidos.

• http://www.maths.abdn.ac.uk/~igc/tch/ma2001/notes/node47.html

20
Soluções: 3. a) 10, b) −22, c) − , d) 0.96875 . . ., e) 2.928968 . . ., f) 1.549768 . . ., g) 1.466692 . . ., h)
21
ln(6), i) 0.9999999999.
4. a) 0.9, 0.09, 0.009, 0.0009, 0.00009 e 0.000009. b) 0, c) 0.9, 0.99, 0.999, 0.9999, 0.99999 e 0.999999. d)
0.1, 0.01, 0.001, 0.0001, 0.00001 e 0.000001. e) Será 1, f) 1 − S = 0, g) O mesmo.
n n
X 1 X 1
5. e 6. Ver apontamentos. 7. a), b) e d): Basta notar que Sn = = 1+ e usar os resultados
2k 2k
k=0 k=1
49

n
X 1
do exercı́cio anterior para .
2k
k=1
7. c) Fazer este exercı́cio usando os mesmos argumentos que foram utilizados em 6 c).
n
X
8. a 11. Ver apontamentos. 12. Basta notar que Sn = 1 + rk . 13. Ver apontamentos. 14.
k=1
1 A B
a) Trata-se de uma série telescópica convergente. Temos = + =
(2n + 3)(2n + 1) 2n + 3 2n+ 1
2n(A + B) + A + 3B 1 1 1 1
. Logo A = −B = −1/2. Assim − − . Seja
(2n + 3)(2n + 1) (2n + 3)(2n + 1) 2 2n + 3 2n + 1
k  
1
X 1 1 1
an = 2n+1 . Então =− lim an+1 − a1 = .
n=1
(2n + 3)(2n + 1) 2 n→+∞ 6
4n + 5n 1 1
b) n
= n + n . A série é soma de duas séries geométricas de razão respectivamente 1/5 e
20 5 4
∞ ∞
4n + 5n
 
X 1 1 X n+1
1/4. Logo converge e = + . c) Trata-se de uma série telescópia: ln =
n=1
20n 4 3 n=1
n+2
X∞
− (ln(n + 2) − ln(n + 1)). Diverge porque lim ln(n + 1) = +∞.
n→+∞
n=1


X 1
15. lim an = 0. 16. a) F. A série é divergente mas n1 converge para 0. b) V. Se a série
n→+∞
n=1
n

X 1
convergisse, então lim an teria que ser 0. c) F. A série é divergente mas n1 converge para 0. d)
n→+∞
n=1
n
F. Se a série converge, então lim an = 0.
n→+∞

X 1
17. .
n=1
n
n
X ∞
X
18. Seja Sn = ak . Como a série an diverge, sabemos que lim Sn ou é ∞ ou não existe. Seja
n→+∞
k=50 k=50
n
X 49
X
sn = ak para n ≤ 49. e sn = ak + Sn para n ≥ 50. A sucessão sn é a sucessão das somas
k=1 k=1

X X49
parciais da série an . Seja A = ak . Se lim Sn = ∞, então lim sn = A + lim Sn = ∞
n→+∞ n→+∞ n→+∞
n=1 k=1

X
e, consequentemente, a série an diverge. Se lim Sn não existe, então também não pode existir
n→+∞
n=1
lim sn , porque se existisse lim sn existiria lim Sn , pois, para n ≥ 50, Sn = sn − A. Se lim sn
n→+∞ n→+∞ n→+∞ n→+∞

X
não existe, então an diverge.
n=1
∞ ∞
1 1 X X
19. a) Falsa. Se an = e b n = , temos 0 ≤ an ≤ b n . A série an converge, mas a série bn
n2 n n=1 n=1
diverge.
b) e c) Ambas verdadeiras. Ver teste de comparação em apontamentos.
∞ ∞
1 1 X X
d) Falsa. Se an = 2 e bn = , temos 0 ≤ an ≤ bn . A série bn diverge, mas a série an converge.
n n n=1 n=1
50

e), f) g) e h) são todas verdadeiras. A convergência das séries não se altera quando somamos ou sub-
traı́mos um número finito de termos.
X∞ ∞
X ∞
X
i) Se bn converge, então a série bn também converge. Logo a série an também converge.
k=50 n=1 n=1

X ∞
X ∞
X
j) Se ak diverge, então a série an também diverge. Logo a série bn também diverge.
k=50 n=1 n=1

n+1 1 X 1 1
20. a) 0 ≤ ≤ n e a série converge, porque é uma série geométrica de razão . Logo a
(n + 3)3n 3 n=1
3n 3

X n+1
série converge.
n=1
(n + 3)3n
∞ ∞
2 2 X 2 X 2
b) 0 ≤ ≤ 2 e a série 2
converge. Logo a série converge.
(n + 1)! n n=1
n n=1
(n + 1)!
5n + 1
c) A série diverge, porque lim = +∞.
n→+∞ 3n
21. a) Conv., b) Div., c) Conv., d) Div., e) Div., f) Conv.
22. a) Conv., b) Div., c) Div., d) Nada se pode concluir.
23. a) Div., b) Div., c) Conv., d) Nada se pode concluir.
∞ 1 ∞
X 1 n X 1
24. a) é divergente e lim n+1 1 = lim = 1 6
= 0. Logo é divergente.
n=1s
n n→+∞
n
n→+∞ n + 1
n=1
n+1
n
1 − n1 1 − n1

n 1
b) lim = lim = < 1. Logo a série dada converge.
n→+∞ 2 n→+∞ 2 2

1 1 X 1
c) n(n + 1)(n + 3) > n3 =⇒ < 3 e 3
converge. Logo a série dada converge.
n(n + 1)(n + 3) n n=1
n

X 1
d) n3 + 2 > n3 e converge. Logo a série dada converge.
n=1
n3
1   
n 1 1 1 1
e) lim n! = lim = 0 (porque, para n > 2, tem-se (n−2) n ≤ (n−2)! ≤ n−2 ,
n→+∞ 12 n→+∞ n − 1 (n − 2)!
n

1 1 X 1
lim = 0 e lim = 0). Ora a série converge. Logo a série dada converge.
n→+∞ (n − 2)n n→+∞ n − 2 n 2
s n=1
 n2  n
n 1 1 1
f) lim 1− = lim 1− = < 1. Logo a série dada converge.
n→+∞ n n→+∞ n e
s
 n2  n
n 1 1
g) lim 1+ = lim 1+ = e > 1. Logo a série dada diverge.
n→+∞ n n→+∞ n
en+1
n2 +2n+2
h) lim en = e > 1. Logo a série dada diverge.
n→+∞
n2 +1 n
n+1
(n + 1)n! nn

2 n 2 2
i) lim = lim 2 == lim  =
1 n
< 1. Logo a série dada
n→+∞ (n + 1)n (n + 1) 2n n! n→+∞ n+1 n→+∞ 1+ n e
converge.
25. Ver apontamentos. 26. Ver apontamentos. Condição suficiente: (an ) é uma sucessão decrescente e
lim an = 0. Lembrar que já se supõe que an > 0 para todo o n ∈ N.
n→+∞

1 X
27. Ver apontamentos. 28. Ver apontamentos. Exemplo pedido: (−1)n .
n=1
n
29. a) convergente, b) ≤ , c) Absolutamente convergente, d) divergente.
51

2n
30. a) Divergente, porque lim (−1)n não existe.
n→+∞ n+1
1
en+1 (n+2)
b) Absolutamente convergente, porque lim 1 = 1/e < 1.
n→+∞
en (n+1)

X 1 1 1
c) Absolutamente convergente, porque a série dos módulos, , converge uma vez que 0 ≤ n2n ≤ 2n
n=1
n2n

X 1
e n
é convergente.
n=1
2
∞ ∞ ∞
X 1 X 1 X 1
d) Divergente, porque (−1)2n = e a série é divergente.
n=1
n + 1 n=1 n + 1 n=1
n+1
∞ ∞
X 1 X 1
e) Condicionalmente convergente, porque a série dos módulos é divergente e a série (−1)n
n=1
n + 1 n=1
n + 1
1 1
é alternada sendo an = n+1 uma sucessão de termos positivos, decrescente e com lim = 0. Ou
n→+∞ n + 1

X 1
seja, a série (−1)n é convergente mas a série dos módulos é divergente.
n=1
n + 1
Capı́tulo 4

Funções

4.1 Funções
1. Sejam D e B dois conjuntos não vazios. Seja x um elemento de D e f : D → B uma função de D
em B. Indique ou defina:

(a) Conjunto de chegada.


(b) Conjunto de partida.
(c) Domı́nio de f .
(d) Contradomı́nio.
(e) Imagem por f de x.

2. Seja D = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {100, 200, 300, 400, 500}. Considere as correspondências f : D → B e


g : D → B definidas pela tabela.

f 1 2 3 4 5 g 1 2 3 4 5
100 X X 100
200 X 200
300 X 300 X X
400 X 400 X X
500 500

(a) A correspondência f não é uma função. Porquê?


(b) Determine o domı́nio de g.
(c) Determine o contradomı́nio de g.
(d) Verifique se g é injectiva.

3. Considere uma função real de variável real f : R → R.

52
53

(a) Defina em linguagem matemática os conjuntos D(f ), Im(f ) e Gra(f ) (domı́nio, imagem ou
contra-domı́nio e gráfico de f ).
(b) Que condição deverá f satisfazer para ser injectiva?
(c) Que condição deverá f satisfazer para ser sobrejectiva?
(d) Que condição deverá f satisfazer para ser uma função monótona não decrescente?
(e) Que condição deverá f satisfazer para ser uma função monótona não crescente?
(f) Que condição deverá f satisfazer para ser uma função periódica?

4. Dê um exemplo de uma fynção real de variável real que satisfaz cada um dos casos seguintes

(a) injectiva
(b) bijectivas
(c) par
(d) ı́mpar
(e) periódica
(f) monótona não crescente
(g) monótona não decrescente

5. Classifique cada uma das funções dadas f : D ⊂ R → R em injectiva, sobrejectiva, bijectiva, par,
ı́mpar, periódica, monótona não crescente (mnc) e monótona não decrescente (mnd).

(a) f (x) = ex
(b) f (x) = x
(c) f (x) = ln(x)
(d) f (x) = sin(x)
(e) f (x) = cos(x)
(f) f (x) = x2
(g) f (x) = x3
(h) f (x) = −x3

6. Considere as seguintes funções reais de variável real


r
p x2 + x − 6 p
2
f1 (x) = 3x − 3, f2 (x) = , f3 (x) = ln(x2 ) −2x2 − 2x + 12
x2 − 1
Indique o domı́nio de cada uma destas funções.

7. Determine o subconjunto do domı́nio em que a função dada é estritamente crescente:

(a) f (x) = ex
(b) f (x) = x2
54

(c) f (x) = x2 − 1
(d) f (x) = cos(x)

8. Como define uma função limitada?

9. Como classifica uma função f : R → R que satisfaz à condição seguinte?

(a) ∀ x, y ∈ Df : x 6= y =⇒ f (x) 6= f (y).


(b) ∃ M > 0 : | f (x) | < M, ∀ x ∈ Df .
(c) ∃ x, y ∈ Df : x 6= y ∧ f (x) = f (y).
(d) ∀ x, y ∈ Df : x < y =⇒ f (x) < f (y).
(e) ∀ y ∈ R ∃ x ∈ Df : y = f (x).

10. Considere a função f (x) = sin(cos(x + 1)) e escreva-a como função composta de três funções.

11. Considere as duas funções que são dadas e verifique em que caso pode definir uma nova função
usando essas duas funções e a operação de composição. Em caso afirmativo, defina a(s) função(ões)
composta(s).

(a) f (x) = cos(x), g(x) = x2 .


(b) f (x) = sin(x), g(x) = x3 .
(c) f (x) = ex , g(x) = −x2 + x − 3.
(d) f (x) = ln(x), g(x) = −x2 + x − 3.

12. Sabendo que f tem inversa em todo o seu domı́nio, o que poderá concluir sobre f ?

13. Sendo f uma função com domı́nio R e que tem inversa, como pode geometricamente relacionar os
gráficos de f e f −1 ?

14. Verifique quais as funções que têm inversa e em caso afirmativo defina a função inversa não esque-
cendo de explicitar o domı́nio desta nova função.

(a) f : [0, +∞) → R e f (x) = x2


(b) f (x) = ln(x).
(c) f (x) = x.
(d) f : [0, π] → R, f (x) = cos(x).
(e) f : [− π2 , π2 ] → R e f (x) = sin(x).

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests/fun1/grongr.html

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests/fun1/erkennen.html
55

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests/fun1/eigensch.html

Estes três sites têm testes. Recomenda-se que o aluno os faça.

Soluções:1. a) B, b) D, c) Df é um subconjunto de D, Df ⊂ D que contém todos os pontos onde f está


definida, d) CDf = {y ∈ B : y = f (x), x ∈ Df }, e) f (x) ∈ B
2. a) 1 tem duas imagens por f . O mesmo para 5. b) Dg = {2, 3, 4, 5}, c) CDg = {300, 400}. d) Não.
g(2) = g(3). 3. Procurar as respostas nos apontamentos. 4. a)f (x) = ex , etc, b) f (x) = x, etc c)
f (x) = x2 , etc, d)f (x) = x3 , etc, e) sin(x), etc, f) f (x) = −x, etc, g) f (x) = x, etc.

5. a) injectiva, mnd. b) inj, sobrej, bij, mnd, ı́mpar c) inj, mnd, sobrej. d) ı́mpar, perio. e) par,
perio. f) par. g) inj, sobrej, biject, ı́mpar, mnd. h) inj, sobre, biject, ı́mpar, mnc 6. Df1 = (−∞, −1] ∪
[1, +∞), Df2 = (−∞, −3] ∪ (−1, 1) ∪ [2, +∞), Df3 = [−3, 0) ∪ (0, 2]. 7. a) R b) [0, +∞), c) [0, +∞), d)
[
[2kπ −π, 2kπ]. 8. Ver apontamentos. 9. a) inj, b) limitada, c) não injectiva, d) estritamente crescente,
k∈Z
e) sobrej. 10. f1 (x) = x+1, f2 (x) = cos(x), f3 (x) = sin(x), f (x) = f3 ◦f2 ◦f1 (x). 11. a) g ◦f (x) = cos2 (x)
2
e f ◦g(x) = cos(x2 ), b) g◦f (x) = sin3 (x) e f ◦g(x) = sin(x3 ), c) g◦f (x) = −e2x +ex −3, f ◦g(x) = e−x +x−3

d) CDg ∩ Df = ∅. Logo f ◦ g não existe mas g ◦ f (x) = − ln2 (x) + ln(x) − 3. 12. é injectiva. 13. O
gráfico de uma função é a reflexão do gráfico da outra relativamente à recta y = x. 14. a) tem inversa e

é g(x) = x, com Df = [0, +∞). b) tem inversa e é g(x) = ex , com Dg = R. c) tem inversa e esta é a
própria função. d) Tem inversa e é g(x) = arccos(x) com Dg = [−1, 1]. e) Tem inversa, g(x) = arcsin(x)
e Dg = [−1, 1].
Capı́tulo 5

Continuidade

5.1 Limites
xn 1
1. Seja yn = e xn = (−1)n . Calcule lim yn .
xn + 1 n n→+∞

2. Sendo f uma função real de variável real e seja x̄ ∈ R para o qual existe um  > 0 tal que
(− + x̄, x̄ + )\{x̄} ⊂ Df . Sabe-se que para toda a sucessão xn tal que lim xn = x̄ se tem
n→+∞
lim yn = ȳ, onde yn = f (xn ) e ȳ ∈ R. Que pode concluir sobre lim f (x)?
n→+∞ x→x̄

3. Sendo f uma função real de variável real e seja x̄ ∈ R para o qual existe um  > 0 tal que
(−+x̄, x̄+)\{x̄} ⊂ Df . Sabe-se que existe uma sucessão xn tal que lim xn = x̄ e lim f (xn ) =
n→+∞ n→+∞
l. Que pode concluir sobre lim f (x)?
x→x̄

4. Sendo f uma função real de variável real. Defina em linguagem matemática:

(a) lim f (x) = L.


x→x̄

(b) lim+ f (x) = L.


x→x̄
(c) lim f (x) = L.
x→x̄−

5. Sabe-se que lim f (x) = L. Que pode concluir sobre os limites laterais de f ?
x→x̄

6. Sabe-se que lim+ f (x) = L e que lim− f (x) = M . Que pode concluir sobre lim f (x)?
x→x̄ x→x̄ x→x̄

7. Trace o gráfico de funções para as quais lim f (x) e lim f (x) existam e lim f (x) não exista.
x→x̄+ x→x̄− x→x̄

8. Demonstre o seguinte resultado: “Se lim f (x) existe, então ele é único”.
x→x̄

9. Demonstre o seguinte resultado:

lim f (x) = l ⇐⇒ lim (f (x) − l) = 0 ⇐⇒ lim | f (x) − l |= 0.


x→x̄ x→x̄ x→x̄

10. (∗) Demonstre:

56
57

(a) lim f (x) = l =⇒ lim | f (x) |=| l |.


x→x̄ x→x̄

(b) lim f (x) = 0 ⇐⇒ lim | f (x) |= 0.


x→x̄ x→x̄

11. Considere a função (


−1 se x>0
f (x) =
1 se x≥0

(a) Calcule lim | f (x) |.


x→0
(b) Calcule lim f (x) = 0.
x→0
(c) O que pode concluir?

12. Sendo f uma função real de variável real e seja x̄ ∈ R para o qual existe um  > 0 tal que
(− + x̄, x̄ + )\{x̄} ⊂ Df . Traduza em linguagem matemática:

(a) lim f (x) = +∞.


x→x̄

(b) lim f (x) = −∞.


x→x̄

(c) lim f (x) = ∞.


x→x̄

13. Esboce o gráfico e calcule lim f (x) onde


x→a

1
(a) f (x) = , a = 0.
x
1
(b) f (x) = 2 , a = 0.
x
1
(c) f (x) = , a = 1.
x−1
1
(d) f (x) = 2 , a = 1.
x −1
14. Escreva uma condição equivalente à dada usando limites.

(a) ∀M ∃N > 0 : x > N =⇒ f (x) > M .

(b) ∀M ∃N > 0 : x < −N =⇒| f (x) |> M .

(c) ∀M ∃N > 0 : x < −N =⇒ f (x) < −M .

(d) ∀M ∃N > 0 : x < −N =⇒ f (x) > M .

(e) ∀M ∃N > 0 : x > N =⇒| f (x) |> M .

(f) ∀M ∃N > 0 : x > N =⇒ f (x) < −M .

15. Suponha que lim f (x) = l, lim g(x) = m. Seja α ∈ <. Complete:
x→c x→c

(a) lim (f (x) + g(x)) = . . .


x→c

(b) lim f (x)g(x) = . . .


x→c

(c) lim αf (x) = α lim f (x) = . . .


x→c x→c
58

16. Dê exemplos de duas funções f e g, tais que os respectivos limites quando x tende para 0 são
infinitos mas lim (f (x) + g(x)) = 0.
x→0

17. Dê exemplos de duas funções f e g, tais que lim f (x) = 0, lim g(x) = ∞, mas lim f (x)g(x) = 1.
x→1 x→1 x→1

18. Suponha que lim f (x) = l, lim g(x) = m e m 6= 0. Complete:


x→c x→c

1
(a) lim = ...
x→c g(x)
f (x)
(b) lim = ...
x→c g(x)
19. Sabe-se que lim f (x) = l se e só se para qualquer sucessão (xn ) tal que lim xn = c se tem
x→c n→+∞
lim f (xn ) = l. Utilize este resultado para demonstrar as seguintes proposições:
n→+∞

(a) Se lim f (x) = l e lim g(x) = m, então lim (f (x) + g(x)) = l + m.


x→c x→c x→c

(b) Se lim f (x) = l e lim g(x) = m, então lim f (x)g(x) = l m.


x→c x→c x→c

(c) Se lim f (x) = l e α ∈ R, então lim αf (x) = α lim f (x) = αl.


x→c x→c x→c
f (x) l
(d) Se lim f (x) = l, limx→c g(x) = m e m 6= 0, então lim = .
x→c x→c g(x) m
(e) Se f , g e h são três funções definidas em [a, b], com a < b e c ∈ (a, b), tais que f (x) ≤ g(x) ≤
h(x) para todo o x ∈ [a, b] e lim f (x) = l = lim h(x), então lim g(x) = l.
x→c x→c x→c

20. Calcule
x
(a) lim .
x→2x2 − 4
1
(b) lim 2 .
x→+∞ x

1 − 3x2
(c) lim .
x→+∞ x + 5x2
1
(d) lim √ .
x→8 2 − 3 x

(e) lim | x − 1 |.
x→0

x
(f) lim+ .
x→0 x

x
(g) lim .
x→+∞ x
√3
x
(h) lim+ √ .
x→0 x

x
(i) lim √ 3
.
x→+∞ x2
1+x
(j) lim √ .
x→+∞ 2x + x

1+ x
(k) lim √ .
x→+∞ x + 3 x
59

√ √
x− 2
(l) lim .
x→+∞ x−2

x+1−1
(m) lim .
x→0 x
p √
|a|− 2
(n) lim , a é uma constante.
x→0 x−1
1 − cos(x)
(o) lim .
x→0 x

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://www.sosmath.com/calculus/limcon/limcon01/limcon01.html

• http://www.math.fau.edu/maxwell/ConceptMap/limitcontinuity.html

Soluções: 1. 0, 2. É ȳ. 3. Nada se pode concluir. 4. Ver apontamentos. 5. Existem e são ambos L. 6.
Só existe se L = M . 7. 8. e 9. Ver apontamentos.
10. a) Seja  > 0. Sabemos que existe um δ > 0 para todo o x ∈ ((x̄ − δ, x̄ + δ)\{x̄})∩Df se tem | f (x)−l |
< . Como | | f (x) | − | l | | ≤| f (x)−l | deduzimos ∀  ∃ δ tal que para todo o x ∈ ((x̄ − δ, x̄ + δ)\{x̄})∩Df
se tem | | f (x) | − | l | | < , i.e., lim | f (x) |=| l |.
x→x̄
10. b) A implicação =⇒ foi provada em a) (considerando l = 0). Falta agora provar a implicação
⇐=. Seja  > 0. Sabemos que existe um δ > 0 tal para todo o x ∈ ((x̄ − δ, x̄ + δ)\{x̄}) ∩ Df se tem
| | f (x) | | =| f (x) |< . Mas isto quer dizer que lim | f (x) |= 0.
x→0
11. a) Como | f (x) |= 1 para todo o x temos lim | f (x) |= 1. b) Não existe. c) Concluı́mos que
x→0
limx→x̄ | f (x) |=| l | ∧ l 6= 0 =⇒
\ limx→x̄ f (x) = l.
12. Ver apontamentos.
13.
60

14. e 15. Ver apontamentos.


1
16. f (x) = x e g(x) = − x1 . 17. f (x) = x − 1 e g(x) = 1
x−1 .
18. Ver apontamentos. 19. Utiliza os teoremas sobre a álgebra dos limites das sucessões.
√ p
20. a) ∞, b) 0, c) −3/5, d) ∞, e) 1, f) ∞, g) 0, h) ∞, i) 0, j) 1/2, k) 0, l) 0, m) 1/2, n) 2 − | a |, o) 0.

5.2 Continuidade

1. Seja f definida num intervalo (c − , c + ), onde  > 0. O que quer dizer “A função f é contı́nua
em c”?

2. Escreva uma condição equivalente a lim f (x) = f (c).


x→c

3. O que se entende por “a função f é contı́nua em todo o intervalo [a, b]”?

4. Complete de forma a obter uma proposição verdadeira: Se g é contı́nua em c e f é contı́nua em


. . . . . ., então f ◦ g é contı́nua em c.

5. Seja f uma função contı́nua em c e f (c) > 0. Mostre que existe um intervalo da forma I =
(c − δ, c + δ) para algum δ > 0 , tal que f (x) > 0 para todo o x ∈ I.

6. Seja f uma função contı́nua em c e f (c) < 0. Mostre que existe um intervalo I = (c − δ, c + δ)
com δ > 0, tal que f (x) < 0 para todo o x ∈ I.

7. Suponha que f e g são duas funções contı́nuas em (a, b) para as quais existe um c ∈ (a, b) tal que
f (c) > g(c). Mostre que existe um intervalo I = (c − δ, c + δ) com δ > 0 , tal que f (x) > g(x)
para todo o x ∈ I.

8. Demonstre geometricamente que

(a) lim sin(x) = 0.


x→0
sin(x)
(b) lim = 1.
x→0 x
9. Determine os pontos de continuidade das funções dadas. Trace também os gráficos destas funções.

(a) f (x) =| x |.
(b) f (x) = 3 + 2 | x − 1 |.
(
3
2x + 1 se x 6= 2
(c) f (x) =
3 se x 6= 2
(
0 se x ∈ Z
(d) f (x) =
x2 se x ∈ R\Z
(
3x2 se x < 3
(e) f (x) =
2x − 1 se x ≥ 3
(f) f (x) = x − C(x) onde C(x) = n se n ≤ x < n + 1 para n ∈ Z.
61

(
1 2
2x se | x |≤ 2
(g) f (x) =
7 se | x |> 2

(h) (∗) f (x) = max{| x − 2 |, −x2 + 4x − 3}.

(i) (∗) f (x) = min{| x − 2 |, −x2 + 4x − 3}.


nx
(j) (∗) f (x) = lim .
n→+∞ 1 + nx
n|x|
(k) (∗) f (x) = lim .
n→+∞ 1 + nx

Sugestões de Alguns Sites da Internet

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests/stet/stetigunstetig.html

• http://www.sosmath.com/calculus/limcon/limcon05/limcon05.html

• http://www.math.hmc.edu/calculus/tutorials/continuity/

• http://karlscalculus.org/calc3_0.html

Soluções: 1 a 4. Ver apontamentos.


5. Como f (c) > 0 e f é contı́nua, tomando  = f (c)/2 > 0 sabemos que existe um δ > 0 tal que para todo
o x ∈ (c − δ, c + δ) se tem f (c) −  < f (x) < f (c) + . Concluı́mos então que para todo o x ∈ (c − δ, c + δ)
se tem f (x) > f (c) −  = f (c)/2 > 0 c.q.d..
6. Exactamente como o anterior mas considerando  = −f (c)/2.
7. Seja h(x) = f (x) − g(x). Esta função é contı́nua porque é a diferença de duas funções contı́nuas. Como
f (c) > g(c), tem-se h(c) > 0. Então pelo exercı́cio 5 sabemos que existe um δ > 0 tal que para todo o
x ∈ (c − δ, c + δ) se tem h(x) > 0, ou seja, f (x) > g(x) c.q.d..
8. Ver apontamentos.
9. a) R, b) R, c) R\{2}, d) R\Z (∪ {0}, e) R\{3}, f) R\Z, g) R\{−2, 2}, h) R, i) R, j) R\{0}, k) R\{0}.
0 se x = 0
Função definida em j): f (x) = .
1 se x 6= 0

 0 se x = 0


Função definida em k): f (x) = 1 se x > 0 .

 −1 se x < 0

Gráficos de algumas das funções:


62

5.3 Teoremas Básicos sobre Continuidade


1. Seja f uma função definida em D ⊂ R. Quando é que se diz que f tem máximo? E quando é que
se diz que tem mı́nimo?

2. Demonstre os seguintes resultados:

(a) Seja f uma função contı́nua em [a, b] e não constante. Seja C ∈ R tal que C está entre f (a)
e f (b). Então existe um c ∈ [a, b] tal que f (c) = C.
(b) Se f é contı́nua em [a, b], então f tem máximo e mı́nimo.

3. Demonstre o Teorema do valor médio.

4. Verifique se as funções dadas têm máximos e mı́nimos locais e globais e, em caso afirmativo,
calcule-os.

(a) f (x) = x − C(x) onde C(x) = n se n ≤ x < n + 1 para n ∈ Z.


1
(b) f (x) = 2 .
x −1
(c) f (x) = x2 − 8x + 15.
(
1 se x ∈ [0, 1]
(d) f (x) =
0 se x ∈ / [0, 1]

(e) f (x) = | x | −5 .

(f) f (x) =| x2 − 1 |.

Soluções: 1–3: Ver apontamentos. 4. a) Ver gráfico desta em 5.2, pergunta 9. Trata-se de uma função
limitada tal que f (x) ∈ [0, 1) para todo o x ∈ R. Esta função não tem máximos locais nem globais. O
63

mı́nimo global (e local) é 0 e os pontos de mı́nimo são qualquer n ∈ Z. b) Não têm máximo global ou local.
Não têem mı́nimo global. Observe-se que, por exemplo, lim+ f (x) = +∞ e lim− f (x) = −∞. Tem um
x→1 x→1
mı́nimo local em x = 0 com valor −1. Ver gráfico desta em 5.1, pergunta 13. c) O gráfico desta função é
uma parábola virada para cima que corta o eixo dos x’s em x = 3 e x = 5 e com vértice no ponto (4, −1).
Não tem máximo global ou local. Observe-se que lim x → +∞f (x) = +∞ e lim x → −∞f (x) = +∞.
A função é limitada inferiormente. O mı́nimo global é −1 atingido em x = 4. d) Gráfico muito fácil de
traçar. O mı́nimo global é 0 e é atingigo para qualquer x ∈
/ [0, 1] e o máximo global é 1 atingido quando
x ∈ [0, 1]. (
| x | −5 se x ∈ (−∞, −5] ∪ [5, +∞)
e) Observe-se que f (x) = . O gráfico de f é agora fácil de
5− | x | se x ∈ (−5, 5)
traçar. Esta função não tem máximo global, pois lim f (x) = +∞ e lim f (x) = +∞. Tem um
x→+∞ x→−∞
máximo local em x = 0 e é 5. A função é limitada inferiormente, pois f (x) ≥ 0 e o mı́nimo global é 0
atingido em 5 e −5. Os pontos
( 5 e −5 são também mı́nimos locais.
x2 − 1 se x ∈ (−∞, −1] ∪ [1, +∞)
f) Observe-se que f (x) = . Tem-se lim f (x) = +∞ e
1 − x2 se x ∈ (−1, 1) x→+∞

lim f (x) = +∞ e a função não tem máximo global. Tem um máximo local em x = 0 e é 1. Tem
x→−∞
mı́nimo global e é 0 atingido em 1 e −1. Estes dois pontos são ainda pontos de mı́nimo local.
Capı́tulo 6

Derivabilidade

6.1 Definição de Derivada

1. Determine o declive das rectas que passam pelos pontos dados e a equação de cada uma das rectas:

(a) (1, 1) e (2, 2).

(b) (1, −1) e (2, 3).

(c) (1, 2) e (2, −3).

2. Seja D ⊂ R. Diz-se que x̄ é um ponto interior de D ( e escreve-se x̄ ∈ intD) se existe um  > 0


tal que (x̄ − , x̄ + ) ⊂ D. Mostre que se D é um conjunto aberto, então qualquer ponto x̄ ∈ D é
um ponto interior de D.

3. Newton definiu tangente a uma curva C = {(x, y) ∈ R2 : y = f (x)} (onde f é uma função real
de variável real) num ponto P = (x0 , y0 ), com y0 = f (x0 ), como o limite de uma sucessão de
rectas secantes geradas pelo movimento de um ponto Q ∈ C quando este se move sobre a curva em
direcção a P . Considerando o esquema apresentado na figura, seja (xn ) uma sucessão decrescente
cujo limite é x0 e (yn ) a sucessão cujo termo geral é yn = f (xn ). Calcule o declive da recta tangente
à curva no ponto P .

64
65

4. Considere a curva definida pelo gráfico da função f (x) =| x |. Seja P = (0, 0) e considere a sucessão
1
xn = (−1)n , n ∈ N. Considere as rectas secantes que passam em P e Qn = (xn , | xn |). O que
n
pode concluir sobre a existência de recta tangente ao gráfico desta função no ponto P tendo em
conta a definição de tangente dada por Newton?

5. Seja f : R → R e seja x0 um ponto do interior do domı́nio de f . Defina derivada de f em x0 .

6. Seja f : D → R, onde D ⊂ R é o domı́nio de f e é um conjunto aberto. O que significa dizer que


f é uma função diferenciável?

7. Seja f : D → R, onde D ⊂ R é o domı́nio de f e é um conjunto aberto. Suponha que x̄ ∈ D e que


f é derivável em x̄ com derivada f 0 (x̄). Qual a relação entre f 0 (x̄) e a recta tangente ao gráfico de
f em (x̄, f (x̄))?

8. Como se define a recta normal ao gráfico de uma função f no ponto (x̄, f (x̄))?

9. Dê exemplo de uma função que é contı́nua num ponto P mas não é derivável.

10. Mostre que qualquer função f : D → R derivável em x̄ ∈ intD é contı́nua em x̄.

11. Complete a seguinte tabela usando =⇒, ⇐⇒ ou =⇒


\ .

f derivável em x̄ f contı́nua em x̄.

f contı́nua em x̄ f derivável em x̄.


66

12. Mostre, utilizando a definição de derivada, que

(a) a função f (x) =| 2x − 1 | não é derivável em 1/2.

(b) sin0 (0) = 1.


1 1
(c) a derivada de f (x) = em x0 ∈ Df é − 2 .
x x0
√ 1
(d) a derivada de f (x) = x (com x ≥ 0) em x0 > 0 é √ .
2 x0

13. Considere as funções cujos gráficos estão representados na figura. Em cada um dos casos indique
os pontos onde as funções não são deriváveis.

Soluções: 1) a) Declive: 1, eq. recta y = x, b) Declive: 4, eq. recta y = 4x − 5, c) Declive: −5, eq. recta
y = −5x + 7.
2. Nada há a demonstrar. Como D é aberto tem-se ∀ x̄ ∈ D ∃  > 0 : (x̄ − , x̄ + ) ⊂ D. Então se
x̄ ∈ D, x̄ ∈ intD.
yn − y0
3. lim .
n→+∞ xn − x0
67

| xn |
4. Como lim não existe, concluı́mos que esta função não tem recta tangente, tal como definida
n→+∞ xn
por Newton.
5. a 8. Ver apontamentos.
9. f (x) =| x |.
10. Ver apontamentos.
11. =⇒ e, na linha de baixo, =⇒ \ .
| 2x − 1 | | 2x − 1 | | 2x − 1 |
12. a) lim = 2 e lim = −2. Logo lim não existe o que quer dizer
x→1/2 + x − 1/2 x→1/2 − x − 1/2 x→1/2 x − 1/2
que a função não é derivável em 1/2.
sin(x)
b) lim = 1.
x→0 x
1 1 x0 −x
− 1 1
c) lim x x0 = lim xx0 = lim − = − 2.
x→x0 x − x0 x→x0 x − x0 x→x0 xx0 x0
√ √
x − x0 1 1
d) lim = lim √ √ = √ .
x→x0 x − x0 x→x0 x + x0 2 x0
13 a) {−1, 0, 1, 2, 3, 4, 5}, b) {−1, 2}, c) {1, 2, 4}, {−2, −1, 0, 1, 2}.

6.2 Diferencial
1. Seja f : D → R, onde D ⊂ R é o domı́nio de f e é um conjunto aberto. Suponha que x̄ ∈ D e que
f é derivável em x̄ com derivada f 0 (x̄). Calcule

f (x̄ + h) − f (x̄) − hf 0 (x̄)


lim
h→0 h

2. Seja f : D → R, onde D ⊂ R é o domı́nio de f e é um conjunto aberto. Suponha que x̄ ∈ D e que


f é derivável em x̄ com derivada f 0 (x̄). Defina incremento de f de x̄ para x̄ + h, ∆f , onde h ∈ R
é tal que (x̄− | h |, x̄+ | h |) ⊂ D. Defina também diferencial de f (df ) em x̄ com incremento h.

3. Seja f : D → R, onde D ⊂ R é o domı́nio de f e é um conjunto aberto. Suponha que x̄ ∈ D e que


f é derivável em x̄ com derivada f 0 (x̄). Seja h ∈ R tal que (x̄− | h |, x̄+ | h |) ⊂ D. Para valores
de h “pequenos” como poderá utilizar o diferencial de f em x̄ com incremento h, df = f 0 (x̄)h para
calcular valores aproximados de f (x̄ + h)?

4. Usando diferenciais, calcule valores aproximados de


√ √
(a) 102 (note que 102 = 10.099504938362 . . .).
√ √
(b) 48 (note que 48 = 6.9282032302755 . . .).
1 1
(c) (note que = 0.05882352914 . . .).
17 17

Soluções: 1. 0, 2. Ver apontamentos. 3. f (x̄ + h) ≈ f (x̄) + f 0 (x̄)h.


√ 1
4. a) f (x) = x, x̄ = 100, h = 2, f (100) = 10, f 0 (x) = √ , f 0 (100) = 0.05. Logo f (102) =
2 x
68


10 + f 0 (100)h = 10.1. Compare com o valor 102 obtido com a máquina de calcular.
√ 1 1
b) f (x) = x, x̄ = 49, h = −1, f (49) = 7, f 0 (x) = √ , f 0 (49) = . Logo f (48) = 7 + f 0 (49)h ≈
√ 2 x 14
6.928571. Compare com o valor 48 obtido com a máquina de calcular.
1 1
c) f (x) = , x̄ = 16, h = 1, f 0 (x) = − 2 , f (16) = 0.0625, f 0 (16) = −0.00390625. Logo f (17) =
x x
0.0625 + f 0 (16)h ≈ 0.05859375. Compare com o valor de f (17) obtido com a máquina de calcular.

6.3 Derivadas de Ordem Superior


1. Relacione as seguintes funções:

(a) f (x) = n!x, g(x) = nxn−1 e h(x) = 0, sendo n ≥ 4.


(b) f (x) = (2 + 4x + x2 )ex e g(x) = x2 ex .
1
(c) f (x) = − 2 e g(x) = ln(x).
x
dy d2 y
2. Calcule e em cada um dos casos:
dx dx2
x2 w − 3
(a) y = , onde w é uma constante real.
w3
(b) y = u e + x2 , onde u é uma constante real..
2 ux

3. Calcule todas as derivadas da função dada no ponto x̄. Determine, sempre que possı́vel, uma
expressão para f (n) (x̄).

(a) f (x) = ex , x̄ = 0.
(b) f (x) = sin(x), x̄ = 0.
(c) f (x) = cos(x), x̄ = 0.
π
(d) f (x) = cos(x), x̄ = .
2
(e) f (x) = ln(x), x = 1.

Soluções: 1. a) f (x) = g (n−2) (x), h(x) = g (n) (x) e h(x) = f 00 (x). b) f (x) = g 00 (x). c) f (x) = g 00 (x).

dy 2x d2 y 2 dy d2 y
2. a) = 2 e 2
= 2 . b) = u3 eux + 2x e = u4 eux + 2.
dx w dx w (dx dx2
0 se n = 2k
3. a) f (n) (0) = 1. b) f (n) (0) = com k ∈ N ∪ {0}.
(−1)k se n = 2k + 1
(
0 se n = 2k + 1
c) f (n) (0) = com k ∈ N ∪ {0}.
(−1)k se n = 2k
(
0 se n = 2k
d)f (n) ( π2 ) = k+1
com k ∈ N ∪ {0}.
(−1) se n = 2k + 1
e) f (n) (1) = (−1)n+1 (n − 1)!.
69

6.4 Regras de Derivação

1. Sejam f e g duas funções diferenciáveis no intervalo aberto (a, b) e α ∈ R. Complete:

(a) f + g e f − g são diferenciáveis em (a, b), (f + g)0 (x) = . . . . . . e (f − g)0 (x) = . . . . . ..

(b) αf é diferenciável em (a, b) e (αf )0 (x) = . . .

(c) f · g é diferenciável em (a, b) e (f.g)0 (x) = . . . . . .


 0
1
(d) Suponhamos que g(x) 6= 0 para todo o x ∈ (a, b). Então disp g1 é diferenciável e =
g(x)
......
 0
f f (x)
(e) Suponhamos que g(x) 6= 0 para todo o x ∈ (a, b). Então g = f · g1 é diferenciável e =
g(x)
......

2. Complete

(a) Seja h = f ◦ g onde f e g são funções diferenciáveis nos respectivos domı́nios. Então h é
derivável e a sua derivada é . . .

(b) Seja f uma função invertı́vel e diferenciável em todo o seu domı́nio. Então a sua inversa, f −1 ,
é diferenciável e a sua derivada é . . ..

3. Complete a seguinte tabela

f f0
k
ax + b
n
x , n ∈ Z\{−1}
ex
sin(x)
cos(x)
ln(x)

2y 2 −1
4. Seja u = v sin(v), v = ln(w), w = 3 e y = x2 . Calcule
du
(a) .
dv
dv
(b) .
dw
dw
(c) .
dy
dy
(d) .
dx
dw
(e) .
dx
dv
(f) .
dx
70

du
(g) .
dx

5. Calcule a derivada da função f (x) = sin x2 sin(x2 ) .

6. Seja x ∈ [0, +∞). Utilize a regra da derivada da função inversa para calcular a derivada de

f (x) = n x, onde n ∈ N.

7. Utilize a regra da derivada da função inversa para calcular a derivada da função inversa de f (x) =
π π
sin(x), considerando x ∈ [− , ].
2 2
8. Utilize a regra da derivada da função inversa para calcular a derivada da função inversa de f (x) =
cos(x), considerando x ∈ [0, π].

9. Utilize a regra da derivada da função inversa para calcular a derivada da função inversa de f (x) =
π π
tan(x), considerando x ∈ (− , ).
2 2
10. Sabe-se que existe uma função f tal que y = f (x) satisfaz a equação 3x3 y + sin(y) − 2x = 0 para
todo o x num dado intervalo (−, ) ( > 0). Além disso, sabe-se que 3x3 + cos(f (x)) 6= 0 para
todo o x ∈ (−, ). Calcule f 0 (x), x ∈ (−, ). Sabendo que f (0) = π, verifique que (0, π) é solução
da equação dada e que f 0 (π) = −2.

11. Calcule a derivada de cada uma das funções:


(x + 1)2
(a) f (x) = .
3x
1
(b) f (x) = .
(ax + b)n

1− x
(c) f (x) = .
x
√3
x−x
(d) f (x) = .
x2

(e) f (x) = 4 x2 − 3x + 2.
p3

(f) f (x) = x − x2 + 1.
r
x−1
(g) f (x) = .
x+1
 
x
(h) f (x) = arcsin √ .
1+ x
(i) f (x) = ln(esin(x) + 2x).
r !
1
(j) f (x) = arctan .
x
√ √
3
(k) f (x) = cos( x) + arccos( x2 ).

Soluções: 1. Ver apontamentos da disciplina ou do ensino secundário.


2. Ver apontamentos da disciplina ou do ensino secundário.
71

3. Ver apontamentos da disciplina ou do ensino secundário.


1 4y 8 8x3
4.a) sin(v) + v cos(v), b) , c) , d) 2x, e) x3 , f) 4
,
   4  w  3 4 3  42x − 1
8x3

2x − 1 2x − 1 2x − 1
g) sin ln + ln cos ln .
3 3 3 2x4 − 1
2
5. Sejam u = sin(v), v = y sin(y), y = x . Então
du du dv dy
=
dx dv dy dx
= cos(v)[sin(y) + y cos(y)]2x

= cos(x2 sin(x2 )) sin(x2 ) + x2 cos(x2 ) 2x

6. Seja g(y) = y n . A função inversa de g é f (x) = n x. Note-se que x = g(y), y = f (x) e
1 1 √
f 0 (x) = 0 −1 . Temos g 0 (y) = ny n−1 . Atendendo a que x = y n e y n−1 = xn−1 ,
n
= 0
g (g (x)) g (f (x))
1
vem f 0 (x) = √ n
.
n xn−1

7. Ver apontamentos. 8. x ∈ [0, π] =⇒ sin(x) ∈ [0, 1]. Seja y = cos(x) e x = arccos(y). Sabemos que
cos0 (x) = − sin(x). Então
dx 1 1
arccos0 (y) = =− =− .
dy sin(x) sin(arccos(y))
p
Atendendo a que y = cos(x), sin2 (x) = 1 − cos2 (x) e sin(x) ∈ [0, 1], vem sin(x) = 1 − y 2 . Logo
1
arccos0 (y) = − p .
1 − y2

1
9. Seja y = tan(x) e x = arctan(y). Sabemos que tan0 (x) = . Então
cos2 (x)
dx
arctan0 (y) = = cos2 (x).
dy

sin2 (x)
Atendendo a que y 2 = , vem cos2 (x)y 2 = sin2 (x). Como sin2 (x) = 1−cos2 (x), tem-se cos2 (x)y 2 =
cos2 (x)
1
1 − cos2 (x). Logo cos2 (x) = . Concluı́mos pois que
1 + y2
1
arctan0 (y) = .
1 + y2
10. Derivando a equação vem

9x2 f (x) + 3x3 f 0 (x) + f 0 (x) cos(f (x)) − 2 = 0

2 − 9x2 f (x)
Como 3x3 + cos(f (x)) 6= 0, vem f 0 (x) = para todo o x ∈ (−, ). Vejamos que o par
3x3 + cos(f (x))
3
(0, π) é solução da equação 3x y + sin(y) − 2x = 0. Ora 0 + sin(π) = 0. Logo (0, π) é solução da equação
2
dada. Além disso, f 0 (0) = = −2.
−1
72

√ √
x2 − 1 an x−2 −5 3 x + 3x
11. a) f 0 (x) = , b) f 0
(x) = − , c) f 0
(x) = , d) f 0
(x) = , e)
3x2 (ax + √ b)n+1 2x2 r 3x
3

2x − 3 x2 + 1 − x 1 x+1
f 0 (x) = p , f) f 0
(x) = q √ √ , g) f 0 (x) = 2
,
2
4 (x − 3x + 2)
4 3 3
 2 (x + 1) x−1
3 x − x2 + 1 x2 + 1
√ √
1 2+ x cos(x)esin(x) + 2 x
h) f 0 (x) = p √ √ , i) f 0
(x) = , j) f 0
(x) = − ,
(1 + x)2 − x2 2(1 + x) esin(x) + 2x 2x2 + 2x
−1 √ 2
k) f 0 (x) = √ sin( x) − √ p √ .
2 x 3 x 1−x3x
3

6.5 Os Teoremas do Valor Médio

1. Defina vizinhança de um ponto x̄ ∈ R.

2. Defina ponto de máximo local e ponto de mı́nimo local de uma função f : D → R onde D ⊂ R.

3. Seja f : [a, b] → R uma função tal que f tem um ponto de máximo local em x̄ ∈ (a, b) e f 0 (x̄)
existe. Demonstre que f 0 (x̄) = 0.

4. Diga o que entende por ponto crı́tico de uma função f : D → R onde D ⊂ R.

5. Complete de forma a obter proposições verdadeiras:

(a) Sejam f e g funções contı́nuas em [a, b] e diferenciáveis em (a, b). Existe um c ∈ (a, b) tal que
(f (b) − f (a)) · g 0 (c) = . . . . . ..

(b) Seja f contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Existe um c ∈ (a, b) tal que f 0 (c) = . . . . . ..

(c) Seja f contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Se f 0 (x) > 0 para todo o x ∈ (a, b), então
f é . . ..

(d) Seja f contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Se f 0 (x) = 0 para todo o x ∈ (a, b), então
f é . . ..

(e) Seja f contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Se f 0 (x) < 0 para todo o x ∈ (a, b), então
f é . . ..

(f) Seja f contı́nua em [a, b], com f (a) = f (b), e diferenciável em (a, b). Então ∃c ∈ (a, b): . . ..

6. Considere as funções seguintes. Em cada caso determine, se existirem, pontos de máximo local
e pontos de mı́nimo local das funções e intervalos onde são (i) crescentes, (ii) decrescentes e (iii)
constantes.

(a) f (x) = x3 − 12x + 7.


x−1
(b) f (x) = .
x+2
1
(c) f (x) = x + .
x
(d) f (x) = 9x2 − 18x + 3.
73

7. Exprima a área de um rectângulo com perı́metro igual a 20 como função de um dos lados x.
Determine o valor de x para o qual a área é máxima.

8. A soma de dois números x e y é constante e igual a c. Qual é o máximo do produto dos dois
números?

9. O produto de dois números positivos x e y é constante e igual a c. Quando é que a soma dos dois
números é mı́nima?

10. Considere todos os triângulos rectângulos cuja hipotenusa mede 6 unidades. Determine o triângulo
com área máxima.

11. Pretende-se construir uma caldeira cilı́ndrica, fechada, com volume fixo V = πr2 h, onde r é o raio
da base e h a altura, de modo a que a área total A = 2πr2 + 2πrh, seja mı́nima. Determinar r e h
nestas condições.

12. Demonstre os seguintes resultados

(a) Seja f contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Existe um c ∈ (a, b) tal que f 0 (c) =
f (b) − f (a)
.
b−a
(b) Seja f contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Se f 0 (x) > 0 para todo o x ∈ (a, b), então
f é crescente.

(c) Seja f contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Se f 0 (x) = 0 para todo o x ∈ (a, b), então
f é constante.

(d) Seja f contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Se f 0 (x) < 0 para todo o x ∈ (a, b), então
f é decrescente.

(e) Seja f contı́nua em [a, b], com f (a) = f (b), e diferenciável em (a, b). Então ∃c ∈ (a, b):
f 0 (c) = 0.

Sugestões de Alguns Sites da Internet

Nota: Estes sites são sobre derivadas em geral.

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests/diff1/defabl.html
Sobre noções básicas.

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests/diff1/ablerkennen.html Relaciona funções


com as suas derivadas.

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests/diff1/poldiff.html Deriva Polinómios.

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests/diff2/diffbar.html Funções com valores


absolutos: deriváveis ou não?
74

• http://www.univie.ac.at/future.media/moe/tests/diff2/wdiffbar.html Funções trigonométricas


com valores absolutos.

• http://www.ies.co.jp/math/java/calc/doukan/doukan.html Sem falta. Animado.

• ttp://www.ies.co.jp/math/java/calc/ Faz parte do anterior mas tem mais coisas. Muito en-
graçado.

Soluções: 1. a 5. Ver apontamentos das aulas teóricas ou apontamentos da disciplina. 6. a) −2 é pt. de


máximo local e 2 é ponto de mı́nimo local. f é crescente em (−∞, −2) e em (2, +∞) e decrescente em
[−2, 2]. b) Não tem pontos de máximo ou mı́nimo. Crescente em todo o domı́nio R\{−2}. c)−1 é pt.
de máximo local e 1 é ponto de mı́nimo local. Crescente em (−∞, −1) e em (1, +∞) e decrescente em
[−1, 0) ∪ (0, 1]. d) 1 é ponto de mı́nimo local. f é crescente em (1, +∞) e decrescente em (−∞,r 1].
√ √ 3 V
7. A = x(10 − x), x = 5. 8. x = y = c/2, 9. x = y = c, 10. x = y = 3 2, 11. h = 2r e r = . 12.a)

Basta aplicar o Teorema 6.5.3 dos apontamentos de AM1 com g(x) = x. b) Seja x ∈ (a, b) qualquer.
f (x + h) − f (x)
Como f 0 (x) existe e é positivo, tem-se lim+ > 0. Sabemos então que existe um δ1 > 0
h→0 h
e que para todo o h ∈ (0, δ1 ) se tem f (x + h) > f (x). Observe-se que x + h > x neste caso. Logo f é
f (x + λ) − f (x)
crescente em (x, x + δ1 ). Além disso, sabemos também que lim− > 0. Sabemos então
λ→0 λ
que existe um δ2 > 0 e que para todo o λ ∈ (−δ2 , 0) se tem f (x + λ) < f (x). Observe-se que x + λ < x
neste caso. Logo f é crescente em (x − δ2 , x). Seja δ = min{δ1 , δ2 }. Concluimos pois que f é crescente
em (x − δ, x + δ). Como x é qualquer concluı́mos que f é crescente em (a, b).
c) Seja x ∈ (a, b) qualquer e seja h > 0 tal que x + h < b e x − h > a. Então existe um c ∈ (x − h, x + h)
f (x+h)−f (x−h)
tal que f 0 (c) = 2h . Mas f 0 (c) = 0. Logo f (x + h) = f (x − h) para todo o h nas condições
mencionadas. Como f é contı́nua, f é constante em [a, b].
f (x − h) − f (x)
d) Seja x ∈ (a, b) qualquer e seja h > 0 tal que x − h > a. Como f 0 (x) = lim < 0,
h→0 −h
sabemos que para algum δ > 0 e para todo o h ∈ (0, δ) se tem f (x − h) > f (x). Logo f é decrescente em
(x − δ, x). Como x é qualquer concluı́mos que f é decrescente.
e) Usar o resultado da alı́nea a) com f tal que f (a) = f (b).

6.6 Testes da Primeira e Segunda Derivada


1. Defina ponto crı́tico e ponto singular de uma função real de variável real.

2. Defina ponto de inflexão de uma função real de variável real.

3. O que se entende por função com gráfico concavo? E convexo?

4. Qual a condição necessária e suficiente para que uma função f diferenciável no intervalo (a, b) tenha
o gráfico concavo em (a, b)? E convexo?

5. Seja f : [a, b] → R uma função contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Sabe-se que x̄ ∈ (a, b) é
ponto de inflexão de f . O que pode concluir sobre f 00 (x̄)?
75

6. Seja f : [a, b] → R uma função contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Sabe-se que x̄ ∈ (a, b) é
ponto crı́tico de f e f 00 (x̄) > 0. O que pode concluir sobre x̄?

7. Seja f : [a, b] → R uma função contı́nua em [a, b] e diferenciável em (a, b). Sabe-se que x̄ ∈ (a, b) é
ponto crı́tico de f e f 00 (x̄) < 0. O que pode concluir sobre x̄?

8. Seja f uma função diferenciável em (a, b). Seja m(x) o declive da recta tangente ao gráfico de f
no ponto (x, f (x)) onde x é qualquer ponto em (a, b).

(a) Sabe-se que m é uma função diferenciável e crescente. O que pode concluir sobre o gráfico
de f ?

(b) Sabe-se que m é uma função diferenciável e decrescente. O que pode concluir sobre o gráfico
de f ?

(c) Sabe-se que m é uma função diferenciável e constante. O que pode concluir sobre o gráfico
de f ?

Soluções: 1 a 7: Ver apontamentos. 8. a) Note-se que m(x) = f 0 (x). Logo f 0 é uma função crescente.
Portanto o gráfico de f é convexo. b) Gráfico de f é concavo. c) Gráfico de f é uma recta não vertical.

6.7 Regra de L’Hôpital

1. Verifique que
1 + x1
(a) lim = 0.
x→+∞ 3(x + 1)

(b) lim (1 + x)(1 + x2 ) = +∞.
x→+∞

3 + x1
(c) lim √ = 0.
x→+∞ 1 + x
x2 − 4
(d) lim = 4.
x→2 x − 2
5x + 15
(e) lim 3 = ∞.
x→−3 x + 5x2 + 3x − 9

(x − 2)(x + 1)
(f) lim 2 = −1.
x→2 x − 7x + 10
1 5 1
(g) lim − = .
x→3 x − 3 (x + 2)(x − 3) 5
2. Calcule
ln(x2 )
(a) lim .
x→+∞ x3
x5
(b) lim x .
x→+∞ e
76

(c) lim+ x3x .


x→0

sin(x2 )
(d) lim .
x→0 x2
(e) lim+ x2 ln(x).
x→0
1
(f) lim csc(x) − .
x→0 x
 cos(x)

(g) lim − 5x .
x→π/2 2
 x
3
(h) lim 1− .
x→+∞ x
 
1 cos(3x)
(i) lim − .
x→0 x2 x2
ex − 1
(j) lim .
x→0 x3

Soluções: 2 a) 0, b) 0, c) 1, d) 1, e) 0, f) 0, g) 1, h) e−3 , i) 9/2, j)+∞.

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