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Universidade Necessária

1 Estrutura e características da Universidade brasileira: Darcy

Transformação da Universidade brasileira: Darcy


(1 Papel da universidade e sobre seu lugar na luta contra o subdesenvolvimento.
tanto a estrutura interna da universidade, quanto o carater da sociedade em que ela se insere,
indagando como operam ambas para reproduzir, tal qual e, o mundo desigualitario em que
vivemos.

2 transfigurar a universidade: utilizar seus recursos intelectuais para propor-se areformulacao


da ordem sociale ate mesmo para debater a responsabilidade moral da ciencia e da tecnica
que cultiva.Parte da suposicao de que a universidade,como uma subestrutura inserida
numa estrutura social global, tende a operar como orgao de perpetuacao das instituições
sociais, enquanto atuaespontaneamente;
Transfigurar a sociedade

3 A crise e estrutural, porque os problemas que coloca ante a universidade ja nao podem ser
resolvidos no quadro institucionalvigente.

4 crescimentoautônomo(em contraposição à moderneização reflexa),


Universidadesopoderepresentarumpapelativonoesforcodesuperacaodoatrasonacional,seinten
cionalizasuasformasde existencia e de acao comesteobjetivo.Objetivo precisa estar claro para
que não incorramos na “política modernizadora” que apenas torna mais eficiente o exercício
de funções conservadoras dentro de nossas sociedades periféricas, dependentes e violentas,

A politica autonomista aspira a transfigurar a universidade como um passo em direcao a


transformacao
dapropriasociedade, a fim de lhe permitir, dentro de prazos previsiveis, evoluir da condicao
de um “proletario externo” destinado a atender as condicoes de vida e de prosperidade de
outras nacoes, acondicaodeum povoparasi,donodocomandodeseudestinoedispostoaintegrar-
senacivilizacaoemergentecomoumanacaoautonoma.

Omaiordesafioquedefrontamosconsiste,porisso,emelaborarumnovomodeloteoricodeuniversid
adequepermitainverteroseupapeltradicionalreflexodomeiosocialoureplicamecanicadasreclam
acoesepressoesqueseexercem,defora,sobreela,paraconforma-la em instrumento de
transformação dasociedade.

Projeto SÓLIDO e ORGANIZADO para um desenvolvimento autônomo. Utopia. Pensado


com esta finalidade: lúcido; materialmente referenciado.

Universidade é chamada a representar um papel social que lhe exige um grau máximo de
dedicacao aos problemas da sociedade que a mantém, principalmente na presente conjuntura
da America Latina, que tomaimperativa a luta contra o atraso em todas as suas
manifestacoes.
Cumpre a todo intelectual e particularmente aos universitarios, uma tomada de posicao
militante. Assim e que aqueles princípios fundamentais da comunidade universitaria deve
somar-se um outro que e o imperativo de seu compromisso ativo com os problemas do
desenvolvimento nacional.

As universidades que se antecipam, na medida do possivel, às transformacoes sociais podem


converter-se em instrumento de superacao do atraso nacional, que, em certas circunstancias,
contribui decisivamente para a transformação radical de suas sociedades.)

A erudicao gratuita e a mais grave das enfermidades da inteligencia porque converte a mais
fecunda das ofaapti? humanas — o saber — num culto de tradicoes de outras sociedades ou de
tempos preteritos e leva ao desinteresse
pelos problemas do tempo em que se vive e ao desprezo da sociedade de que se participa. (134)

Cientificismo versus profissionalismo: Ainda que a ciencia seja uma atividade complexa e
altamente dispendiosa, seu dominio e imperativo para aqueles que nao desejam continuar
dependentes do avanco alheio e importadores
dos produtos do saber desenvolvidos fora. A isto se acrescenta que somente em programas de
investigacao cientifica e de preparacao de novas geracoes de pesquisadores se pode preparar
macicamente tecnicos com suficiente dominio do metodo cientifico, dos procedimentos da
experimentacao controlada e do acervo do saber para aplica-los aos problemas nacionais mais
concretos, em forma de pesquisas de motivacao mais imediata. (135)
Conclui-se, portanto, que cumpre a universidade latino-americana dedicar-se imperativamente
ao cultivo da ciencia,no nivel mais alto possivel, orientando-a, no que seja viavel, em direcao
ao compromisso com a luta contra o subdesenvolvimento. E exigindo-lhe tambem a obrigacao
de transmitir, simultanea e integradamente, um ensino profissional da melhor qualidade
possivel. Em certas circunstancias, estes dois imperativos podem sofrer deformacoes, nao por
uma falsa opcao entre eles, mas por falta de fidelidade a suas exigencias elementares.
Assim, quando a ciencia se adjetiva para ingressar nos curricula profissionais e ali se reveste de
superexigencias, como se de cada estudante se devesse fazer um cientista, se pode falar do
cientificismo como um dano. Da mesma maneira, quando o ensino profissional se reduz ao
adestramento das aptidoes num repertorio de artes praticas, sem nenhum esforco por dominar os
principios cientificos em que se baseiam, pode-se falar do profissionalismo como uma
deformacao equivalente. (136)

Depois desta apreciacao de dilemas falazes ou ambiguos, devemos examinar os dilemas


efetivos em relacao aos quais as universidades latino-americanas devem tomar uma posicao
clara. Sao eles: a) a opcao entre a espontaneidade e a planificacao como politica de
desenvolvimento da universidade, e b) a opcao entre o compromisso da universidade com a
nacao e seus problemas de desenvolvimento ou a posicao academica tradicional encerrada em
sua torre de erudicao gratuita, de desinteresse pelo destino nacional ou incapaz de relacionar a
atividade universitaria com sua atitude civica. (139)

Nas nacoes submersas no desenvolvimento e ameacadas de perpetuar-se nele devido as


pressoes de grupos de interesses externos e internos mancomunados para manter intocada uma
ordem social que os coloca numa situacao de privilegio, cumpre a todo intelectual e
particularmente aos universitarios, uma tomada de posicao militante. Assim e que aqueles
principios fundamentais da comunidade universitaria deve somar-se um outro que e o
imperativo de seu compromisso ativo com os problemas do desenvolvimento nacional. Este
compromisso nao comporta a limitacao da liberdade de expressao de posicoes opostas dentro da
universidade, porem importa em afirmar sobre estes debates a orientacao da politica
universitaria no sentido de atender aos requisitos de progresso da nacao. A pluralidade de
posicoes e de opinioes, a liberdade de critica e o direito de participacao no esforco comum para
formular a po-Jitica universitaria, ao inves de ser um impedimento para o exercicio desta
lealdade fundamental, e a condicao mesma de seu exercicio autentico e responsavel.
Nao existe nenhum risco em que uma universidade aberta, cuja juventude tenha voz e voto na
formulacao de sua politica, assuma uma posicao oposta aqueles principios basicos. A fidelidade
para com eles somente se toma impossivel quando as decisoes sao tomadas intramuros por
pequenos grupos influentes ou quando a consciencia critica com respeito a nacao e ainda tao
debil que estas questoes nao se propoem, porque a nacao esta conformada com a universidade e
a sociedade, tal como elas sao. (140-141)

Ja fizemos ampla referencia ao risco iminente com que se defrontam os povos latino-
americanos de ser induzidos, uma vez mais, aos caminhos da atualizacao historica. Mostramos,
entao, que isto nao importara num simples atraso, mas num progresso condicionado e reflexo
que integre estes povos na civilizacao emergente como sociedades subalternas. Poderosas
forcas atuam hoje sobre as sociedades nacionais da America Latina com o objetivo de conduzi-
las a atualizacao historica. Este esforco e exercido tanto de fora como de dentro, pelas classes
dominantes cujos privilegios se assentam direta ou indiretamente na perpetuacao da
dependencia (141)

Ninguem ignora tambem quei o mesmo esforco de inducao atualizadora esta sendo exercido
hoje nas universidades latino-americanas. Para enfrenta-lo se exige uma estrategia com metas
claramente definidas, projetos com passos cuidadosamente programados e uma extrema
vigilancia de sua execucao. Trata-se, portanto, de uma vigilancia
orientada para ganhar ou perder a universidade para os povos latino-americanos, fazendo dela
um instrumento do desenvolvimento nacional autonomo, capaz de contribuir para toma-lo
intencional e para acelera-lo; e evitando, assim, que se transforme numa agencia de preparacao
de manipuladores da nova tecnologia de doutrinadores das novas geracoes no conformismo
com a posicao de povos atrasados na historia, de sociedades subalternas e de culturas espurias.

Tratamento diferente de estudantes diferentes. Objetivos, investimentos, demandas.

Somente uma politica universitaria intencionalmente conduzida permitira atender os desafios de


um crescimento paralelo das disponibilidades e das matriculas; da elevacao da qualidade do
ensino e, simultaneamente, do dominio, o cultivo e a aplicacao do saber cientifico e tecnologico
modernos. (148-149)
Somente um esforco de reforma que mude as proprias estruturas e permita estabelecer novas
formas de acao intencionalmente conduzidas no campo do ensino, da pesquisa e da extensao
universitaria, tomarao possiveis a superacao destes obstaculos e a implantacao da universidade
necessaria ao desenvolvimento latino-americano.

UNIVERSIDADE UTÓPICA A universidade de que necessita a America Latina, antes


de existir como um fato no mundo das coisas, deve existir como um projeto, uma utopia, no
mundo das ideias. A tarefa, portanto, consiste em definir as linhas basicas deste projeto utopico,
cuja formulacao devera ser suficientemente clara para que possa atuar como uma forca
mobilizadora na luta pela reforma da estrutura vigente. Devera ter, alem disso, a objetividade
necessaria para que seja um plano orientador dos passos concretos atraves dos quais se
transitara da universidade atual a universidade
necessaria. (167-168)

Na elaboracao de um novo plano de universidade temos que considerar tambem muitas


contingencias. Entre elas o fato de que as universidades sao subestruturas encravadas dentro de
sistemas sociais globais e, trazem como tais, nao em si mesmas as condicoes de transformacao
da sociedade total, tendendo antes a refletir as mudancas que a sociedade ja experimentou que a
imprimir-lhe alteracoes. Entretanto, o fato mesmo de serem parte do sistema estrutural global,
capacita as universidade a antecipar transformacoes viaveis dentro do contexto social, que tanto
podem servir a manutencao do sistema vigente no que tem de arcaico, como para imprimir-lhe
caracteristicas renovadoras. Pode-se, entao, conseguir que a instituicao universitaria atue antes
como agente de transformacao progressista que como freio de atraso, mediante a possibilidade
de explorar as contradicoes inevitaveis no desenvolvimento das estruturas. (169)

As universidades que atuam como meras guardias do saber tradicional somente podem
sobreviver enquanto suas sociedades se mantem estaticas. Entretanto, quando estas comecam a
mudar, a universidade tambem se ve desafiada a alterar suas formas para servir as novas forcas
sociais. Quando nao o faz, provoca o florescimento do novo saber fora de seus muros e acaba
sendo assaltada e transfigurada pelos mais capazes de expressa-lo. Ao contrario disso, as
universidades que se antecipam, na medida do possivel, as transformacoes sociais podem
converter-se em instrumento de superacao do atraso nacional, que, em certas circunstancias,
contribui decisivamente para a transformacao radical de suas sociedades. (169-170)

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