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FACULDADE DA AMAZÔNIA OCIDENTAL

LARISSA MAGALHÃES FIGUEIREDO

ANTE PROJETO PARA UM CEMITÉRIO VERTICAL COM CREMATÓRIO PARA A


CIDADE DE RIO BRACO

Rio Branco
2015
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LARISSA MAGALHÃES FIGUEIREDO

ANTE PROJETO PARA UM CEMITÉRIO VERTICAL COM CREMATÓRIO PARA A


CIDADE DE RIO BRANCO

Pesquisa de fundamentação teórica apresentada


ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, da
Faculdade da Amazônia Ocidental, como requisito
parcial para a obtenção de grau de Arquiteto
Urbanista.

Orientador: Esp. Rodolfo Quiroga Elias

Rio Branco
2015
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LARISSA MAGALHÃES FIGUEIREDO

ANTE PROJETO PARA UM CEMITÉRIO VERTICAL COM CREMATÓRIO PARA A


CIDADE DE RIO BRANCO

Trabalho Final de Graduação apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da


Faculdade da Amazônia Ocidental – FAAO como pré-requisito para obtenção do
grau de bacharel.

Banca Examinadora:

____________________________________________
Profº Esp. Rodolfo Quiroga Elias

____________________________________________
Profº Carlos Alberto Coelho Bianco

____________________________________________
Profº Bruno Barbieri Parreira

Conceito: ________________________________________________

Rio Branco – AC ____ de ____________ de ______


4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a um anjo sem asas que passou pela minha vida, que me
deu uma prévia do que é ser mãe, que me mostrou o significado de um amor
incondicional, que me ensinou que eu posso sim amar alguém mais do que a mim
mesmo, que amar é cuidar, é zelar e principalmente é amar tanto qualidades quanto
defeitos, esse anjo chamava-se Mitsuki e me deixou dia 13 de janeiro de 2015.
Mesmo com todos os problemas e trabalhos extra ocasionados pela doença,
ela era minha maior alegria e orgulho. Dedico a minha eterna cachorrinha, minha filha,
minha joia rara, o grande amor da minha vida, não só esse trabalho mas também a
saudade diária que a ausência dela me traz e o grande amor que senti, sinto e sempre
sentirei pela minha filha mais querida.
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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de poder custear as


despesas de uma faculdade particular, bem como pela força e a perseverança que ele
me concedeu, para que eu chegasse a esse ponto do curso superior. Agradeço
também a minha família, principalmente a minha mãe, Ana Cláudia, por acreditarem
eu meu potencial e apostarem em uma vitória academia e posteriormente profissional
da minha parte, agradeço também aos meus colegas que estiveram comigo lutando
ombro a ombro no decorrer do curso.
Tenho muito a agradecer aos professores do curso de arquitetura e urbanismo,
que tiveram a paciência e a bondade de partilharem o seu conhecimento comigo,
agradeço principalmente ao professor Carlos Alberto Coelho Bianco, por em um
determinado momento, ter me ajudado com uma série de deficiência que eu tinha no
momento da concepção de projetos e ao professor especialista Rodolfo Quiroga Elias,
que aceitou ser meu orientador e guiou-me a concepção do presente trabalho.
Sou grata também aos funcionários e prestadores de serviço dos órgãos
públicos como a SEOP (Secretaria de Obras Públicas), SMDGU (Secretaria Municipal
de Desenvolvimento e Gestão Urbana), SEMEIA (Secretaria Municipal do Meio
Ambiente), entre outras, que me cederam informações em vários momentos da minha
vida academia, para que as mesmas fossem usadas na concepção de trabalhos.
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EPÍGRAFE

“A vida me ensinou a nunca desistir


Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir
Podem me tirar tudo o que tenho
Só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz para quem amo
E eu sou feliz e canto, o universo é uma canção e eu vou que vou
História, nossas histórias
Dias de luta, dias de glória.”
(Dias de Luta, Dias de Glória – Alexandre Magno
Abrão e Thiago Raphael Castanho)
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 8
1.1. TEMA A SER DESENVOLVIDO ........................................................................................ 8
1.2. OBJETIVO DO TRABALHO ............................................................................................... 8
1.2.1. Objetivo geral .............................................................................................................. 8
1.2.2. Objetivo específico .................................................................................................... 8
1.3. Definição dos usuários............................................................................................................. 9
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................................. 10
2.1. Conceituação completa do tema desenvolvido ................................................................. 10
2.1.1. Descrição e contextualização do tema escolhido ...................................................... 10
2.1.2. Evolução histórica dos cemitérios................................................................................. 10
2.1.3. Evolução histórica dos crematórios .............................................................................. 14
2.2. Repertório de estudo de caso de arquitetura e urbanismo do tema Cemitério Vertical e
Crematório ....................................................................................................................................... 15
2.2.1. Cemitério Vertical Yarkon em Israel ............................................................................. 15
2.2.2. Complexo Crematório Max Domini ............................................................................... 18
2.2.3. Cemitério Morada da Paz .............................................................................................. 22
3. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E DE PROJETO .................................................. 26
3.1. Região, município e cidade .................................................................................................. 26
3.1.1. Descrição geral sobre a cidade de Rio Branco .......................................................... 26
3.1.2. Evolução da cidade de Rio Branco............................................................................... 27
3.2. Análise do entorno da área de projeto ................................................................................ 35
3.2.1. Análise física do entorno ................................................................................................ 35
3.3. Análise do sistema viário ....................................................................................................... 36
3.4. Análise de infraestrutura urbana existente ......................................................................... 37
3.5. Análise Bioclimática ............................................................................................................... 39
3.6. Potencialidades e articulações do entorno ......................................................................... 40
3.7. Análise de terreno................................................................................................................... 40
3.8. Legislação urbanística, construtiva e outras aplicáveis ao terreno ................................ 41
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 46
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1. INTRODUÇÃO

1.1. TEMA A SER DESENVOLVIDO

O projeto consiste em um Cemitério Vertical com Crematório, onde o familiar


do falecido poderá optar pelo sepultamento, onde seu ente querido será sepultado em
gavetas acima do solo, ou pela cremação, onde o corpo será incinerado e
posteriormente entregue a família em urnas especiais.
Um cemitério vertical com crematório é uma proposta de projeto interessante
para uma cidade como Rio Branco – Acre, pois pode minimizar, em sepultamentos
futuros, os impactos ambientais que cemitérios do tipo tradicional e jardim, como os
encontrados na cidade, podem causar, nas aguas subterrâneas e superficiais e no
solo.
A escolha deste tema se deu devido a inexistência desse tipo de cemitério e de
crematórios na cidade, o que impossibilita a população de optar pelo sepultamento ou
pela cremação, que é uma prática que cresce em todo pais.

1.2. OBJETIVO DO TRABALHO

1.2.1. Objetivo geral

Desenvolver um Cemitério Vertical com Crematório em uma cidade como Rio


Branco, que possui grande quantidade de aguas subterrâneas e superficiais, significa
evitar o impacto ambiental nas aguas subterrâneas e superficiais e no solo. Esse
impacto já existe nas proximidades dos cemitérios já existentes na cidade.

1.2.2. Objetivo específico

 Desenvolver um local onde em população possa escolher entre sepultar


ou cremar seus entes queridos, de acordo com suas crenças religiosas,
culturais e sociais de cada um;
 Oferecer um ambiente mais agradável e menos austero para que os
familiares possam prestar suas últimas homenagens e seu último adeus
aos seus entes queridos;
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 Permitir que as visitas e sepultamentos sejam feitas também em dias


chuvosos;
 Evitar impactos ambientais nas aguas subterrâneas e superficiais e até
mesmo no solo.
1.3. Definição dos usuários

O anteprojeto de um Cemitério Vertical com Crematório irá beneficiar a


população já que as pessoas que desejam fazer a última despedida do seu ente
querido podem optarem pelo sepultamento ou a cremação, podem até, seguir a
vontade que o mesmo expressou em vida. Apesar de o nível socioeconômico dos
clientes ser de classe média e alta, o Cemitério contará com uma ala especialmente
direcionado ao estado e prefeitura onde os corpos poderão ser sepultados sem que
paguem e será responsabilidade do estado e prefeitura o custeio da manutenção das
sepulturas.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Conceituação completa do tema desenvolvido


O tema a ser desenvolvido consiste em um edifício de dois ou mais pavimentos,
dotado de gavetas, denominada lócus, onde são realizados os sepultamentos,
evitando o contato do corpo com o solo. Esse edifício também é dotado de um
crematório, que possui um forno que se responsabiliza por reduzir o corpo a cinzas.
2.1.1. Descrição e contextualização do tema escolhido
Um Cemitério Vertical com Crematório, consiste em um edifício com um ou
mais pavimentos que possuem compartimentos, chamados lóculos, destinados ao
sepultamento de pessoas. Esse edifício é dotado de uma ala apenas destinada ao
crematório, local que é dotado de forno que objetiva reduzir o corpo a cinzas, a escolha
pela cremação é feita pela pessoa ainda em vida ou pelos parentes de grau direto,
como cônjuge, pais, filhos, irmão ou representante legal, que deve autorizar a
efetuação da cremação no decurso de 24 horas, contadas a partir do falecimento.
2.1.2. Evolução histórica dos cemitérios
A morte do homem e de seus entes queridos é uma preocupação antiga entre
os seres humanos e seu significado varia entre as diferentes culturas e ao decorrer
da história, ou seja, ao contemplar o decorrer da história é notória a mudança de
método de um tempo para o outro, bem como de uma civilização para outra, conforme
seus costumes sociais, crenças religiosas e características culturais.
Segundo Oswaldo Giacoia Júnior (2005), os povos da civilização Mesopotâmia,
acreditavam que ao morrer os corpos deveriam serem sepultados meticulosamente
em túmulos ou mausoléus e acompanhados de pertences que carregasse sua
identidade pessoal ou a identidade familiar, para que nada lhes faltasse no momento
da travessia.
Os povos mesopotâmios tinham por costume enterrar os corpos dos
mortos da maneira mais escrupulosa, sendo o cadáver cuidadosamente
acompanhado de todas as marcas mais distintivas de sua identidade pessoal
e familiar, como seus pertences, insígnias e objetos de uso, suas vestimentas
e até mesmo de suas comidas preferidas. (GIACOIA JÚNIOR, 2005, p. 15).
Esses povos mantinham o cemitério junto as cidades, para eles demarcavam
os limites em que o mundo dos vivos mantinha comunicação com o mundo dos
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mortos. Para eles a morte era um tipo de rebaixamento, apenas a sombra do que a
pessoa era quando vivo.
Nos antigos Hindus, os corpos eram cremados e as cinzas eram jogadas na
agua ou ao vento, esse ritual representava a absorção de todos os pecados que a
hinduísta havia cometido em vida.
Exatamente no contrário disso consistia o ritual funerário dos antigos
hindus: não o sepultamento, não a edificação de mausoléus ou pirâmides
mortuárias, não a representação pictória e escultural, mas a incineração
crematória. O cadáver não era conservado com as marcas de sua identidade,
personalidade e inserção social, mas completamente consumido pelo fogo,
destruído até as cinzas, que eram lançadas ao vento, ou nas aguas dos rios,
sendo o morto despojado de todos os seus traços identitários. (GIACOLA
JÚNIOR, 2005, p. 16).
Na Grécia antiga, como nos antigos Hindus, não havia grandes monumentos
funerários, os corpos também eram cremados, mas com a diferença de que as cinzas
eram cuidadosamente mantidas como memória do morto.
... entre os antigos gregos. O mesmo gesto cultural – a incineração –
com um sentido completamente diferente da cremação entre os hindus. No
caso dos gregos, as cinzas não são lançadas ao anonimato dos ventos, mas
cuidadosamente guardadas com memória dos mortos. (GIACOLA JÚNIOR,
2005, p. 16).
Na Idade Média começaram a ser utilizados cemitérios nos formatos de hoje.
Nessa época as mortes e era vista com naturalidades e os corpos eram sepultados
no interior ou nos arredores da Igreja Católica, sendo que no interior apenas pessoas
importantes perante a sociedade poderiam ser sepultadas, aqueles que eram menos
importantes eram sepultados ao lado da igreja e os socialmente indignos ao lado do
local de descanso dos menos importantes, em valas comuns que ficavam abertas até
que atingisse a completa lotação.
Na Europa, foram se proliferando ideias protestantes, a partir desse momento
as pessoas que aderiram as ideias protestantes não poderiam ter seus corpos
sepultados na Igreja Católica, por esse motivo houve a necessidade da criação de
novos locais propícios para o sepultamento. Com esse fato, foram construídos
cemitérios desligados da igreja.
Nesse contexto houve fim dos sepultamentos do interior da igreja, o que deu
início a preocupação com a saúde pública. Foi notado que os corpos quando entravam
em decomposição liberavam gases e forte odor, o que poderia afetar negativamente
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a saúde das pessoas que fossem expostas a eles, tornando assim a igreja um
ambiente impróprio para a atividade que realizava.
Existem relatos antigos, que datam da época do Brasil colonial, expondo o
incomodo por parte da população. Há relatos de um relatório que data do ano de 1876,
escrito pelo Barão de Vila da Barra, que foi apresentado a Assembleia Legislativa de
Minas Gerais, constando que enterros na Igreja são intoleráveis e uma afronta as
regras básicas de higiene.
Anos antes, em 1950, já havia sido criada a Junta Central de Higiene, que
coordenava o sistema de saúde e estabelecido que a construção dos cemitérios
deveria ser feita na área externa da cidade para que não afetasse a saúde da
população, mas esta medida demorou a atingir regiões mais distantes.
Foram instituídas novas leis para que a população fosse obrigada a aceitar que
os cemitérios deveriam ser construídos distantes da cidade, mas não foram praticadas
de imediato porque houve uma grande resistência por parte da população.
A partir desse momento os cemitérios começaram a ser deslocados para longe da
igreja, para que não fosse focos de doenças transmissíveis a população. Ainda hoje, na
maioria das cidades temos cemitérios nas áreas centrais da cidade. No entanto foram
desenvolvidas novas formas de se sepultar, e consiste em tipos de cemitérios que são
cemitérios tradicionais, cemitérios parque ou jardim, cemitério vertical e crematório, segue
abaixo, as características, vantagens e desvantagens de cada um dos tipos de cemitério.
1) Cemitérios Tradicionais: são compostos por caminhos pavimentados,
túmulos semienterrados, capelas com altar e bancos, mausoléus e monumentos
funerários revertidos com mármore, granito e azulejo, usa muitos ornamentos como
crucifixos e imagens, pode-se encontrar cemitérios arborizados ou não. Nesses
cemitérios os corpos são geralmente enterrados diretamente do solo.
Vantagens: a decomposição dos corpos é facilitada pelo seu contato com o
solo.
Desvantagens: existe a possibilidade de contaminação das aguas superficiais
e subterrâneas, devido à preocupação dos vivos com os túmulos dos mortos, há um
alto custo com a ostentação, necessita de uma grande área, o solo precisa ser
adequado para esta finalidade, existe a possibilidade de proliferação de insetos como
mosquitos transmissores da dengue e febre amarela e artrópodes, deixa o ambiente
acinzentado que afeta a estética urbana e pode gerar efeitos psicologicamente
negativos em pessoas com maior sensibilidade.
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2) Cemitérios Jardins ou Parque: são compostos por gavetas no solo com


paredes de concreto e cobertos por uma laje e grama, ou seja, são isentos de
construções tumulares. Os sepultamentos são feitos por meio de tubulação e as
sepulturas são identificados por uma lápide, geralmente de pequenas dimensões, ao
nível do solo.
Vantagens: há uma apresentação uniforme das dos túmulos independente da
classe social de cada falecido, devido a não existência de monumentos funerários o
aspecto desse tipo de cemitério é menos rígido que os cemitérios tradicionais, com
isso pode ser utilizado como forma de integração do cemitério ao ambiente urbano.
Desvantagens: a utilização de várias gavetas a baixa profundidade, o não
tratamento do necrochorume e dos gases e a influência negativa desse tipo de
cemitério para as aguas subterrâneas.
3) Cemitério vertical: são construídos acima do nível do solo e de forma vertical,
com o objetivo de que o corpo não mantenha contato com o solo. O cemitério é
composto por gavetas, uma ao lado da outra, formando andares, onde os corpos são
sepultados separadamente. A circulação dentro do cemitério é geralmente feita por
meio de elevadores, escadas e corredores amplos entre as gavetas.
Vantagens: o espaço utilizado para construção de um cemitério vertical é menor
que o utilizado na construção dos demais, facilidade em sepultar e visitar em dias
chuvosos, inexistência do contato do necrochorume e resíduos com o solo ou aguas
subterrâneas e a exigência quanto ao tipo de solo é baixa.
Desvantagens: maior cuidado no momento da construção, de maneira a evitar
o vazamento do necrochorume e a emissão eventual de odores e a liberação de gás
sem tratamento.
4) Crematório: consiste em um local onde os cadáveres são incinerados.
Constitui-se de forno com filtro para a retenção do material particulado, que cremam
cada corpo em um compartimento de forma isolada. O tempo de permanência de um
corpo no forno para que reste apenas as cinzas, é de uma hora, as cinzas devem ser
entregues a família após sete dias.
Vantagens: a prática da cremação vem crescendo consideravelmente nos dias
de hoje, a construção ocupa uma pequena área, o necrochorume não interfere nas
aguas subterrâneas, superficiais e no solo e evita a proliferação de microrganismos
que poderiam interferir no ambiente.
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Desvantagens: mesmo com a prática crescente, ainda existe pouca aceitação


por questões culturais, religiosas e sociais e produção de resíduos de combustão de
corpos.
2.1.3. Evolução histórica dos crematórios
A prática da cremação vem desde a idade da pedra, e foi difundida em várias
civilizações, porém por caráter religioso os Judeus, Egípcios e Chineses não aderiram
a prática.
Antes da Era Cristã o fogo era considerado um deus, por esse motivo a prática
foi bem difundida, acreditava-se que o fogo tinha o poder de purificar e proteger o
corpo conta os mals espíritos.
Os gregos, por exemplo, cremavam corpos por volta de 1.000 anos A.C. Mas
essa prática era proibida aos suicidas, criminosos ou mesmo assassinos, pois era um
destino nobre aos mortos.
Já no Japão a prática começou em 552 D.C., vinda do Budismo. Mas no ano
de 1867, devido ao pouco espaço disponível, foi promulgada uma lei no país que
tornava obrigatório a incineração de pessoas que morressem de doenças
contagiosas.
Hoje a cremação só pode ser feita, seguindo algumas diretrizes da lei, como
por exemplo, deve-se aguardar 24 horas após o óbito para que seja feita uma
cremação, necessita de autorização de parentes diretos ou que tenha deixado antes
de morrer uma declaração clara, autenticada, com valor legal, da vontade de ser
cremado.
A Lei Federal nº 6.015 de 31 de dezembro de 1973, no artigo 2ª deixa claro
que:
1. A cremação de restos mortais humanos somente poderá ser
efetuada no decurso de 24 horas, contadas a partir do falecimento, atendidos
os seguintes requisitos: Se a pessoa não tiver parente de grau direto, e não
deixou declaração específica para cremação, é necessário obter autorização
judicial (alvará). Para obter autorização judicial a família deverá ir ao Poder
Judiciário, ... (BRASIL, Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 1973).
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2.2. Repertório de estudo de caso de arquitetura e urbanismo do tema


Cemitério Vertical e Crematório
2.2.1. Cemitério Vertical Yarkon em Israel
2.2.1.1. Análise do Partido Adotado
O Cemitério Yarkon era no início do tipo tradicional, dispunha de um terreno de
60 hectares e 110 mil sepulturas. Com esse espaço praticamente esgotado foi
permitida a criação de um prédio, dentro do mesmo terreno, para que sejam feitos
novos sepultamentos. Dessa forma o prédio adotou um partido com formato orgânico,
sendo que passa a impressão de uma selva de pedra para que não fuja aos costumes
antigos de um povo tão tradicional como são os israelenses, que era o de sepultarem
seus mortos nas antiga Terra Santa, em cavernas e catacumbas.
2.2.1.2. Análise da Composição Arquitetônica
O prédio conta com apenas um sistema volumétrico, que comporta todo o
cemitério vertical e apresenta linhas retas e um amplo espaço que apresenta várias
curvas. Possuindo 22 metros de altura, oferece além de escadarias amplas, rampas
circulares, sua fachada é em terraço e com vegetação, todos os pavimentos possuem
aberturas laterais para que o ar fresco possa circular, tornando o ambiente mais
agradável quanto a temperatura. Com essa estrutura o cemitério poderá oferecer mais
250 mil túmulos sem precisar ampliar o terreno que já ocupa e poderá suprir a
necessidade da população por mais 25 anos.

Imagem 01: Fachada do Cemitério Vertical Yarkon em Israel. Fonte: Daily Mail
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2.2.1.3. Análise de Conceitos Simbólicos


A nova construção tenta resgatar a rigidez e segurança oferecida pelas
cavernas e catacumbas da antiga Terra Santa, até para que seja bem aceito pela
população que é tradicionalista, essa rigidez é obtida pelo uso do concreto e das
pedras que oferecem os detalhes a fachada. Por outro lado oferece também leveza,
que é obtida através dos detalhes curvos na fachada e da preocupação com o alcance
da obtenção de luz natural para que o interior seja iluminado pela luz do sol e dê a
expressão de que os mortos estão mais próximos do paraíso.

Imagem 02: Foto da lateral que expressa a leveza através de curvas. Fonte: Daily Mail
2.2.1.4. Análise do Sistema Construtivo
O prédio possui como sistema construtivo alvenaria estrutural com concreto
armado, usa como revestimento em alguns pontos internos e da fachada, pedras em
vários tons da cor bege e em outros mantém a cor cinza para que mantenha a
seriedade que o local exige. A laja utilizada é maciça e as vigas aço com secção
variável.
2.2.1.5. Análise Funcional
O cemitério dispõe de três entradas principais, acompanhando as ruas
pavimentadas do cemitério tradicional ao qual ele está inserido, ou seja, as pessoas
que visitam o cemitério podem escolher a entrada que é mais interessante para ela.
O acesso para as pessoas com necessidades especiais é feito através de uma
rampa circular que localiza-se próxima na entrada do lado direito da construção e
percorre os 7 andares dando acesso a todo o prédio inclusive as gavetas utilizadas
para os sepultamentos. No interior da rampa existem também elevadores de maca
possibilitando que o caixão possa ser transportado por eles.
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Entre as gavetas existem espaços amplos para que a família possa


acompanhar o sepultamento do seu ente querido, esses mesmos espaços servem
como corredores que dão acesso a outras gavetas ou partes do cemitério.

Imagem 03: Foto que deixa evidente a entrada de luz no interior do cemitério. Fonte: Daily
Mail
2.2.1.6. Análise Bioclimática
O clima em Israel possui um clima tropical, sua temperatura média durante o
ano é de 27.9ºC e conta com um verão com o índice de pluviosidade maior que o do
inverno. Seu verão é longo, quente e seco e perdura entre os meses abril e outubro e
seus invernos são suaves do mês de novembro ao mês de março.
O cemitério vertical Yarkon, aproveita toda a luminosidade oferecida pelo sol
para iluminar suas gavetas e seus corredores, dando a impressão que o sol esteja
iluminando a passagem do espírito do falecido ao paraíso, o que passa conforto aos
familiares, com essa medida o cemitério alcança também a impressão de que as
pessoas estão ao ar livre, já que as aberturas que possibilitam a entrada dos raios
solares também permitem a entrada de ar fresco, quando vão a uma cerimônia de
sepultamento ou mesmo visitar seu ente querido, tornando o novo tipo de cemitério
mais aceito pela população, que é tão tradicional.
2.2.1.7. Conclusões e estratégias do projeto decorrentes do estudo de caso
O projeto aqui apresentado como um dos estudos de caso mostra que a
estratégia de usar pedras como revestimento na fachada causa a impressão de um
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abrigo seguro, onde as pessoas deixam seus entes queridos e podem voltar para fazer
visitas, sendo acolhidas por um ambiente propicio a introspecção, para esses
momentos que são tão tristes e pessoais, já que cada um tem sua dor.
O fato de o cemitério possuir dutos cheios de terra, dentro de suas colunas, de
modo que essa terra esteja conectada ao solo, também é interessante pois visa
remeter, tanto quanto as pedras da fachada, as práticas funerárias da antiga Terra
Santa, que envolvida sepultamentos em cavernas e catacumbas.
Todos esses fatores deixam claro que além do cemitério precisar ser um
ambiente rígido e cheio de seriedade, precisa oferecer ao visitante a impressão de
segurança e acolhimento.
2.2.2. Complexo Crematório Max Domini
2.2.2.1. Análise do Partido Adotado
O Complexo Crematório Max Domini em Belém – PA, possui um projeto com
uma área construída de 504 m². O partido arquitetônico constitui-se em formas
geométricas e existe a evidente preocupação com o distanciamento do restante do
espaço que consiste em um cemitério parque, pois quando foi inaugurado em 2003,
ainda existia muita rejeição por parte da população, principalmente por causas
religiosas, como mostra a imagem abaixo.

Imagem 04: Imagem de satélite que mostra a distância entre o complexo crematório e o
cemitério parque. Fonte: GoogleEarth
A imagem deixa evidente que até mesmo o acesso ao crematório é diferenciado
para que houvesse uma divisão entre a área de sepultamento e a área destinada a
cremação.
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2.2.2.2. Análise da composição arquitetônica


O acesso ao crematório é diferenciado, como foi anterior abordado, é feita
através de um portal com guarita, a qual controla a entrada e saída de pessoas no
complexo.

Imagem 05: Foto que mostra o acesso ao crematório. Fonte: www.maxdomini.com.br


O caminho até o crematório é pavimentado, com paralelepípedos de pedra
portuguesa, e esse se estende por todas as vias do cemitério.
O crematório contempla o cemitério jardim e possui acesso através de uma
escadaria e através de uma rampa. A escadaria serve como acesso a recepção, onde
um atendente oferece informações aos familiares, a respeito de para onde devem se
encaminhar.
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Imagem 06: Foto que mostra o acesso ao crematório Max Domini. Fonte:
www.maxdomini.com.br
O crematório conta com janelas em vidro, para que a iluminação natural seja
utilizada em grande escala nos ambientes internos, tornando o local mais harmônico
e aconchegante para o momento das últimas homenagens prestada ao ente querido.

Imagem 07: Foto da capela ecumênica fortemente iluminada pela luz do sol. Fonte:
www.maxdomini.com.br

Imagem 08: Foto da capela ecumênica mostrando a iluminação natura em outro ângulo.
Fonte: www.maxdomini.com.br
O ambiente iluminado pelo sol, passa a impressão de que está sendo
abençoado, e que o ente querido está sendo recebido no paraíso.
Houve uma grande preocupação com a arborização ao redor do prédio
destinado ao crematório e a mesma se estende por todo o cemitério, a vegetação
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oferece sombra em algumas áreas como na escadaria e na rampa, causando um


maior conforto aos visitantes, além de oferecer um espaço mais confortável quanto as
questões térmicas.

Imagem 09: Foto que mostra parte das sepulturas do cemitério e ao fundo o prédio do
crematório. Fonte: www.maxdomini.com.br
O columbário oferece vagas para 500 nichos, para os familiares que preferirem
deixar as cinzas dos entes queridos no próprio crematório, esse espaço conta com
poltronas para que os visitantes sentassem e relaxassem, conta também com
bancadas, para que o familiar possa tirar as cinzas do seu ente querido para bancada
e fazerem orações. Esse espaço também recebe luz do sol, mas em menor escala
que os demais cômodos do crematório.
2.2.2.3. Análise dos conceitos simbólicos
O projeto foi executado em um terreno amplo e plano, o que possibilitou a
comunicação visual entre o cemitério e o crematório, por não ter tumbas nem
elementos funerários que remetem aquela antiga visão tenebrosa do cemitério, a vista
do crematório é agradável aos olhos, já que as pequenas lápides sempre estão
ornamentadas com flores levadas pelos familiares do falecido.
2.2.2.4. Análise do sistema construtivo
O prédio foi concebido em alvenaria, utiliza discretamente o elemento vidro,
que apesar de ser pouco utilizado, foi bem aplicado e chegou com sucesso ao objetivo,
que é proporcionar iluminação natural ao interior do prédio, a laje utilizada é a maciça
e o forro de gesso usam detalhes para enriquecer o ambiente, tornando-o cada vez
mais acolhedor.
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2.2.2.5. Análise funcional


A funcionalidade desse projeto dá-se através da comunicação do prédio com o
cemitério jardim, apesar de haver uma distância entre o prédio e o cemitério, eles se
comunicam através do seu objetivo. A entrada possuir comunicação direta com a
recepção é de fundamental importância pois evita a aglomeração de pessoas em
espaços que não são seu objetivo.
2.2.2.6. Análise Bioclimática
Belém capital do Pará, conta com um clima quente e úmido, as chuvas nessa
região são frequentes, geralmente no fim da tarde. A temperatura mínima é de 25ºC
e a máxima é de 42ºC, o que a torna uma cidade quente na maior parte do tempo. A
umidade relativa do ar é de cerca de 98%.
Com todas essas especificações é compreensível que todos os ambientes do
crematório sejam climatizados, já que se trata de uma cidade quente. O uso de vidro
mesclado com a alvenaria também pode ser explicado, eles usam o elemento vidro
para obter a luz natural e a alvenaria para que essa luminosidade não seja muito
incidente e acabe incomodando.
O calor também é um dos motivos para que haja tanta arborização em volta do
prédio, para que o ambiente se resfrie e os raios solares não incidam diretamente
causando uma sensação térmica ruim no interior do prédio.
2.2.2.7. Conclusões e estratégias de projeto decorrentes do estudo de caso
Como no primeiro estudo de caso, esse prédio deixa evidente a necessidade
de tornar o ambiente iluminado pela luz do sol, para que passe a impressão de que a
pessoa está deixando seu ente querido e o mesmo está sendo recebido no paraíso
através dos raios solares. Existe também a necessidade de um paisagismo
abundante, com árvores e diversas plantas, para que torne esse momento de
sofrimento mais ameno a família que acompanha a cerimônia.
2.2.3. Cemitério Morada da Paz
2.2.3.1. Análise do Partido Adotado
O partido arquitetônico do Cemitério Morada da Paz é evidentemente as formas
geométricas como o retângulo e a abundante utilização de vidros. Diferentemente dos
outros cemitérios da cidade de Rio Branco houve a preocupação com a construção
de uma área arborizada destinada ao estacionamento, que remete a uma alameda,
trazendo paz e tranquilidade ao visitante.
23

Imagem 10: Imagem do estacionamento do Morada da Paz. Autor: Larissa Magalhães


Figueiredo
2.2.3.2. Análise da composição arquitetônica
O prédio é destinado aos espaços para a realização dos velórios e a parte
administrativa do cemitério. As entradas frontais são abertas, possibilitando notar que
a capela mortuária é dotada de cadeiras e uma espécie de pedra em granito escuro,
por trás dessa pedra temos uma parede composta em sua maioria por vidro o que
possibilita a abundante estrada da iluminação natural.

Imagem 11: Foto da fachada frontal do prédio do Cemitério Morada da Paz. Autor: Larissa
Magalhães Figueiredo
2.2.3.3. Análise do conceito simbólico
Esse projeto trata-se de um típico cemitério jardim, onde o prédio em si é
pequeno e a área das sepulturas roubam toda a cena, apesar desse fato existe uma
grande preocupação com a iluminação natural, o que foi notado em todos os estudos
24

de caso, esse elemento é relacionado com o conforto emocional dos familiares que
acompanham ao velório do seu ente querido, já que a luz remete a uma ligação com
o paraíso.
2.2.3.4. Análise do sistema construtivo
O sistema estrutural utilizado na construção do cemitério é composto por
concreto armado, alvenaria, na fachada temos uma parte revestida em azulejo as
demais paredes são pintadas com tinta acrílica.
A pavimentação do estacionamento e entre as sepulturas é feita com blocos
feitos de concreto e brita, o que exige uma maior manutenção, já que devido as
abundantes chuvas em alguns meses do ano na cidade de Rio Branco, esse tipo de
pavimentação cria uma crosta popularmente chamada de lodo e pode causar
acidentes. Devido a irregularidade do terreno, o cemitério conta com uma ampla
escadaria.

Imagem 12: Imagem que possibilita a visão da irregularidade do terreno. Autor: Larissa
Magalhães Figueiredo
25

Imagem 13: Foto que possibilita a visão da escadaria. Autor: Larissa Magalhães Figueiredo
2.2.3.5. Análise funcional
O cemitério possui dois acessos que servem tanto para veículos quanto para
pedestres, um deles é a entrada e o outro a saída, do estacionamento a pessoa tem
acesso direto ao prédio e a áreas das sepulturas. Ao entrar no prédio a pessoa já se
depara com as capelas mortuárias, não existe uma recepção que destine cada pessoa
ao local onde deve ir, o que em dias de pico, como no dia dos finados, causa
aglomeração nos corredores do prédio.
A área atrás do prédio é destinada ao uso da prefeitura, ou seja, são sepultadas
nesse espaço pessoas que a manutenção é custeada pela prefeitura, as demais áreas
do cemitério são particulares e adquiridas pelos cidadãos, o mesmo deve custear o
enterro e a manutenção que será feita no decorrer do tempo. Para chegar a essa ala,
as pessoas devem usar a escadaria, tanto nas visitas quanto no momento do
sepultamento, o que dificulta a transferência do caixão do prédio para sua sepultura.
Todas as alas do cemitério são descobertas o que também dificulta o momento
do último adeus em dias chuvosos ou muito quentes, para esses momentos são
usadas tentas, que são colocadas em meio as sepulturas para que os familiares
possam prestar suas homenagens.
2.2.3.6. Análise Bioclimática
O Cemitério Morada da Paz localiza-se na capital do Acre, Rio Branco, uma
cidade que possui um clima equatorial, quente e chuvoso, sua temperatura mínima é
cerca de 20ºC e a máxima é por volta de 38ºC.
Por ser uma cidade quente as capelas mortuárias do cemitério são
climatizadas, como alguns outros ambientes na área administrativa. A temperatura
26

pode incomodar muito no momento em que está havendo sepultamentos e visitas,


pois as pessoas ficam expostas ao sol e a chuva.
2.2.3.7.Conclusões e estratégias de projeto decorrente de estudos de caso
Nesse cemitério nota-se que como nos demais estudos de caso, a
luminosidade natural é muito valorizada, porém a incidência direta da mesma na hora
do sepultamento e visita do ente querido causa incomodo aos que vão ao local. Apesar
de não se tratar de uma construção grandiosa o Cemitério Morada da Paz já está ativo
a mais de 10 anos e continua recebendo novos sepultamentos, muitas vezes
diariamente.
3. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E DE PROJETO
3.1. Região, município e cidade
A cidade de Rio Branco localiza-se a 9º58’29’’ ao sul e a 67º48’36’’ a oeste, sua
altitude é de 153 metros acima do nível do mar. Localiza-se na microrregião de Rio
Branco e na mesorregião do Vale do Acre e limita-se ao norte pelo município do Bujari,
Porto Acre e o estado do Amazonas, ao sul com os municípios de Capixaba e Xapuri,
a oeste com Sena Madureira e leste com Senador Guiomard.

Imagem 14: Localização da cidade de Rio Branco nos mapas nacional e estadual. Fonte:
Google Mapas
3.1.1. Descrição geral sobre a cidade de Rio Branco
A cidade de Rio Branco possui os seguintes dados econômico, geográficos,
sociais, turísticos e culturais e climáticos:
 Estado pertencente: Acre
27

 Data de fundação: 28 de dezembro de 1882


 Gentílico: rio-branquense
 População: 336.038 (IBGE 2010)
 Área (em km²): 1.064,91
 Densidade demográfica (habitante por km²): 38,06
 Altitude (em metros): 136
 Mesorregião: Vale do Acre
 Produto Interno Bruto (PIB): R$ 3,5 bilhões (2008)
 Renda Per Capita: R$ 11.776 (2008)
 Principais atividades econômicas: comércio, pesca, extrativismo e
serviços
 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,727 – alto (PNUD – 2010)
 Esperança de vida ao nascer: 72,8 anos (2010)
 Mortalidade infantil (antes de completar um ano): 20 por 1.000 nascidos
vivos
 Relevo: Planície
 Clima: Equatorial
 Vegetação: Floresta Amazônica
 Principais rios: Rio Acre, Igarapé São Francisco e Igarapé Judia
 Temperatura média anual: 26ºC
 Índice pluviométrico: 1800 mm (ano)
 Principais pontos turísticos e culturais: Horto Florestal, Estação de
Piscicultura, Memorial dos Autonomistas, Praça da Revolução, Casa do
Seringueiro, Museu da Borracha, Mercado Velho, Parque da
Maternidade, Casa do Artesão, Catedral Nossa Senhora de Nazaré e
Igrejinha de Ferro.
3.1.2. Evolução da cidade de Rio Branco
A cidade de Rio Branco foi fundada em 28 de dezembro de 1882, e passou por
cinco períodos até chagar nos dias de hoje, que foram os seguintes:
1º Período: Transição de Seringal a Cidade (1882 – 1908)
Nesse período o seringal Volta da “Empreza” no povoado que passou a ser
chamado de Villa de Rio Branco, posterior a esse fato veio o segundo marco histórico
desse período que foi a consolidação de liderança política e econômica do estado do
28

Acre o que levou Rio Branco, a ser a capital. Nesse período o povoado Vila Rio Branco
era apenas uma pequena faixa de terra as margens do Rio Acre.

Imagem 15: Margens do Rio Acre nesse período, Fonte: www.riobranco.ac.gov.br

Imagem 16: Foto do Seringal Volta Empreza. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br


O fundador do seringal foi um cearense chamado Neutel Maia, esse local
tornou-se um porto muito frequentado. Foi criada também uma casa comercial por
esse cearense, para atender todos os vapores que chegavam ao povoado. Devido a
essa rotatividade esse seringal diferenciou-se dos demais e começou a servir como
29

espaço público, onde os comerciantes e demais pessoas poderiam atuar e se fixar,


assim se tornou a principal referência do estado do Acre.
Esse povoado também foi palco da guerra entre os acreanos e os bolivianos,
com essa guerra houve a assinatura do Tratado de Petrópolis, foi ai que o seringal
passou a ser chamado de Villa Rio Branco e foi sede do Departamento do Alto Acre
no regime territorial.
Durante todo esse tempo a área urbana da cidade foi uma pequena faixa de
terra as margens do Rio Acre, foi nesse pequeno espaço onde se estabeleceram os
primeiros hotéis, restaurantes, comércios e residências, que tinham por material de
construção a madeira, essa pequena falta é hoje a Rua Eduardo Assmar, no 2º Distrito
da cidade.
Nesse período a cidade começou a se expandir e organizou-se em 3 áreas
distintas, que foram os primeiros bairros do povoado. O centro era constituído pelo
trecho da gameleira até a cabeça da ponte metálica. Surgiu também um bairro de
trabalhadores que era predominantemente habitado por afro-descendentes, e
recebeu o nome de Rua África, foi dessa rua que a cidade se expandiu rumo ao
igarapé Judia, as casas eram feitas de palha.
Durante a operação militar de 1903, surgiu um novo bairro, diante da
necessidade de dar abrigo as tropas, no entanto esse local foi construído mais distante
do centro, e para atender essas tropas começaram a aparecer comerciantes, dando
origem ao bairro Quinze.
Nesse período houve a formação da área urbana de Rio Branco, já que houve
o surgimento dos primeiros bairros e a primeira organização espacial da cidade.
2º Período: Divisão da cidade (1909 – 1940)
Nesse período houveram marcos fundamentais da história, como o período
econômico e histórico da borracha em 1913, a consolidação de Rio Branco como
capital e a ampliação da malha urbana da cidade, com a incorporação de grandes
terras.
Em 1908 a sede do Departamento do Alto Acre, ocupava apenas uma margem
do Rio Acre, como era uma área baixa e alagável, começaram a haver tentativas de
mudança da sede departamental.
Em 1909 parte do Seringal Empreza, foi tomado pelo ental Prefeito, Cel. Gabino
Besouro, assim além da margem direita do rio, a cidade se estenderia para a margem
esquerda, que possuía terras mais altas, nessa terra alta foi fundada uma cidade
30

chamada Penápolis, mas em pouco tempo devido ao sucesso comercial da Villa Rio
Branco, as duas cidades se unificaram, e passou a se chamar cidade de Rio Branco.

Imagem 17: Margem esquerda do Rio Acre na década de 10. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br

Imagem 18: Palácio do Governo na década de 10. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br


31

Imagem 19: Palácio do Governo na década de 40. Fonte: www.riobranco.ac.gov,br

Imagem 20: Policia Militar em 1948. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br


Em 1920 houve uma reforma administrativa onde Rio Branco passou a receber
maiores investimentos oficiais em relação aos outros povoados do estado.
3º Período: Período de expansão da cidade (1941 – 1970)
Esse é o período de um dos marcos históricos mais conhecidos pelo Acre, o
início da Batalha da Borracha, onde os seringueiros voltaram a produzir e o comércio
prosperou nas cidades acreanas. Essa volta dos seringueiros se deu devido a compra
de terras do Seringal Empreza, que ainda existiam, pelo então Governador Oscar
Passos, em 1942.
32

Imagem 21: Construção da Ponte Metálica nos anos 60. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br
Em 1943 existiam apenas duas novas colônias, São Francisco e Apolônio
Sales, pois os recursos estavam direcionados firmemente para os seringueiros. Mas
em 1946, houve a implantação de diversas colônias agrícolas, nessa mesma época
uma área do Seringal Empreza foi loteada para o crescimento da cidade e
denominada Zona Amliada.
Logo após houve o fim do chamado Ciclo da Borracha e os trabalhadores
vieram para as colônias, como tentativa de estancar a partida dos trabalhadores, as
colônias receberam uma infraestrutura mínima, que serviria como suporte a família
dos colonos.

Imagem 22: Colônia agrícola localizada onde hoje é o bairro Estação Experimental. Fonte:
www.riobranco.ac.gov.br
Na gestão de Guiomard Santos, Rio Branco recebeu obras públicas, algumas
ainda perduram até os dias de hoje, como a Maternidade Bárbara Heliodora, Colégio
Eurico Dutra, entre outras.
33

Houve também o investimento na implantação de infraestrutura voltada para


produção, como cerâmica, mudas e criação de aves, suínos e até abelhas.

Imagem 23: Foto do centro comercial nos anos 70. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br
Foi também na gestão de Guiomard Santos que foi erguida a Fonte Luminosa
e o Ipase, que foi o primeiro conjunto residencial da cidade. Esse período foi o detentor
das principais características que se desenvolveriam em décadas posteriores.
4º Período: Explosão da cidade (1970 – 1988)
Esse período marcou a falência dos seringalistas e a venda das terras de
seringal por um baixo preço, o que levou a muitos territórios do Acre a mudarem de
proprietário. Os novos donos das terras previam entre outras coisas, a abertura de
BR-364, que serviria para escoar produtos.
Houve grande êxodo das famílias que viviam na floresta para a cidade, por
conta de que estava havendo muito desmatamento e transformações nos seringais.
Devido a esse fluxo de pessoas migrando para a cidade, a mesma se viu em processo
de explosão, com isso deu-se inícios a prática de invasões, onde terrenos públicos ou
privados foram invadidos por esses trabalhadores que lá se estabeleceram, dando
origem a novos bairros.
As características urbanísticas desse período foram duas, a primeira foi que
essas invasões construíram novos bairros espontaneamente e desordenadamente,
mas apesar disso os bairros anteriormente criados ainda atraiam moradores. A
segunda é a incidência de fenômenos sociais acontecendo, como por exemplo,
confronto entre grileiros e líderes populares que levaram a morte de algumas figuras
famosas como Wilson Pinheiro e Chico Mendes.
34

A grande desvantagem desses bairros eram a falta de infraestrutura, não


possuíam agua, saneamento, luz ou acesso. Foram também o grande responsável
pelo registro de mais de 150 bairros em 1999.
5º Período: Mudança na malha urbana (1999 – 2005)
Desde 1999 a cidade de Rio Branco registra mudanças na malha urbana,
principalmente nas ruas, que estão melhorando o trafego de veículos na cidade.
Foram registrados nesse período uma grande obra de revitalização nos prédios
históricos da cidade, de maneira a preservar a memória tão distante da história de
uma cidade vinda de um seringal.

Imagem 24: Memorial dos Autonomistas após a revitalização. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br

Imagem 25: Revitalização da Gameleira. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br


35

3.2. Análise do entorno da área de projeto


3.2.1. Análise física do entorno
3.2.1.1. Localização
O terreno está situado na Rodovia Senador Guiomar AC 040 e faz parte da
Macrozona de Expansão Urbana.
3.2.1.2. Estrutura fundiária
Foi verificado em loco que a região tem predominância de área verde havendo
também fazendas, as quais são usadas como residência ou do proprietário ou do
caseiro da fazenda há também, locais de comércio e serviço e também pode-se
encontrar algumas instituições governamentais, como por exemplo o Centro de
Zoonoses.
3.2.1.3. Ocupação do solo
A ocupação do solo é bem variada, havendo a predominância de áreas verdes.

Imagem 26: Mapa de usos do solo. Autor: Larissa Magalhães Figueiredo


O mapa de uso do solo deixa claro a predominância de área verde e mostra
que existe o uso habitacional e de comércio, as margens da Rodovia AC-040, na área
de 350 metros de raio a partir do terreno.
3.2.1.4. Análise de cheios e vazios
Os pontos de maior densidade estão localizados a sudoeste e a oeste do
terreno, onde existem residências e comércios. Essas edificações possuem materiais
variados, sendo encontradas edificações em alvenaria, em madeira e mistas.
36

Imagem 27: Residência de alvenaria e madeira localizada no ramal que localiza-se por trás
do terreno. Autor: Larissa Magalhães Figueiredo

Imagem 28: Mapa de cheios e vazios do entorno do terreno. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
3.3. Análise do sistema viário
O entorno do terreno, a um raio de 350 metros do mesmo, o sistema viário
possui apenas dois tipos de via, a via arterial, que é a Rodovia AC-040 e as vias locais,
que são os ramais, não pavimentados, localizados perpendiculares a Rodovia.
37

Imagem 29: Mapa do sistema viário do entorno do terreno. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
3.4. Análise de infraestrutura urbana existente
Quanto a infraestrutura viária, o entorno conta com 1 rodovia e 4 ramais, onde
pelo menos 60% deles não possui pavimentação, iluminação pública ou rede de
esgoto, muitas das casas possuem fossas sépticas, feitas pelos moradores, esse
levantamento foi feito através da visita in loco.

Imagem 30: Mapa que ilustras as vias pavimentadas e não pavimentadas; Autor: Larissa
Magalhães Figueiredo
38

Imagem 31: Foto que mostra um dos ramais sem pavimentação. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
O entorno conta com pouco mobiliário urbano, sendo registrados apenas as
paradas e ônibus e os postes de iluminação pública.

Imagem 32: Mapa que mostra a incidência de mobiliário urbano. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
39

Imagem 33: Imagem que mostra alguns dos mobiliários existentes. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
3.5. Análise Bioclimática
Por tratar-se de uma fazenda o terreno apresenta vegetação rasteira, como
capim e algumas árvores nativas de médio porte. Não existe edificações de altas
próximas ao limite do terreno, o que o deixa banhado pelo sol e possibilita a larga
utilização dos ventos predominantes.

Imagem 34: Orientação solar e ventos predominantes. Autor: Larissa Magalhães Figueiredo
40

Imagem 35: Foto que mostra a vegetação rasteira existente no terreno. Autor: Larissa
Magalhães Figueiredo

Imagem 36: Vegetação rasteira do entorno do terreno. Autor: Larissa Magalhães Figueiredo
3.6. Potencialidades e articulações do entorno
O entorno é pouco explorado para áreas habitacionais, comércio e serviço, mas
possui grande potencial de que nos próximos anos seja largamente explorado para
esses fins, já que a cidade tende a crescer cada vez mais e essa área será um dos
pontos para onde a cidade deve se expandir.
3.7. Análise de terreno
O terreno possui 239,00 m de frente, 251,50 m de fundo, 150,00 m no lado
direito e 174,00 do lado esquerdo, totalizando a área de 42.900,30 m². A topografia
do terreno é pouco acidentada, apresentando apenas duas curvas de nível, que
totalizam 2 metros de desnível em relação a rua.
41

Imagem 37: Topografia e medidas do terreno. Fonte: SMDGU – Secretaria Municipal de


Desenvolvimento e Gestão Urbana
3.8. Legislação urbanística, construtiva e outras aplicáveis ao terreno
A região em que o térreo está situado pertence à Macrozona de Expansão
Urbana - MZEU. No mapa abaixo é possível notar a área do terreno marcado em
vermelho na área amarela.

Imagem 39: Zoneamento da Município com a MZEU em azul. Fonte: SMDGU


42

Segundo a Lei Nº 2.100 de 29 de Dezembro de 2014.


Art. 1. O artigo 57 da Lei Municipal nº 1.611, de setembro de 2006, passa a
vigorar com a seguinte redação:
II – UES – Usos Especiais, compreendendo estabelecimentos potencialmente
incômodos ou de risco ambiental, cuja localização é definida em função de
condicionantes técnicas, estando sujeitos a licenciamento, na forma da Lei e segundo
critérios fixados pelos órgãos ambientais competentes, a exemplo de:
a) Estações de tratamento de esgoto;
b) Cemitério;
c) Antena de Rádiodifusora e rádio-base e congêneres;
d) Estabelecimentos de exploração mineral sem utilização de explosivos.
§2º Os estabelecimentos enquadrados na categoria dos Usos Especiais – UES
poderão estar localizados nas Macrozonas de Expansão Urbana, de Urbanização
Específica ou Rural, ficando proibidos na Macrozona de Consolidação Urbana, com a
exceção das antenas de radiodifusão e rádio-base e congêneres.
Segundo a Lei Nº 1.976 de 13 Maio de 2013.
Art. 138. Os licenciamentos e parcelamentos na Macrozona de Expansão
Urbana – MZEU obedecerão aos mesmos índices urbanísticos da ZOC II.
Segundo a Lei Nº 1.911 de 05 de Junho de 2012.
Art. 128. As regras para ocupação do solo:

Art. 129. As limitações referentes ao uso do solo:


43

Art. 131. Limitações quanto ao parcelamento do solo:

Segundo a Lei Nº 1.721 de 27 de Outubro de 2012, outros estabelecimentos


que estão inclusos no projeto são classificados, quanto ao uso como, Comércio,
Serviço e Instituições:

Imagem 44: Quadro de usos. Fonte: Lei nº 1.611 de outubro de 2006 – Plana Diretor
Tendo esses dados a construção de um Cemitério Vertical com Crematório,
além de viável é permitida pelas leis da cidade de Rio Branco.

4. DIRETRIZES CONCEITUAIS DA PROPOSTA

4.1. Programa de Necessidades e Pré-dimensionamento

CREMATÓRIO – ÁREA TOTAL = 930.16 m²

Setor de visitantes:

Ambiente Quant. Dimensão Área Unid. Área Total


Recepção 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²
Columbário com 1 9.95 x 9.95 99.00 m² 99.00 m²
capacidade para 430
nichos
Capela Mortuária (sala 3 5.50 x 6.50 35.75 m² 107.25 m²
de velórios)
Sala para cerimônia de 1 7.40 x 8.40 62.16 m² 62.16 m²
cremação com
capacidade para 50
pessoas
Banheiro para visitantes 2 3.60 x 9.60 34.56 m² 69.10 m²
Cafeteria/ lanchonete 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²
Área das mesas/ hall 1 15.00 x 10.00 150.00 m² 150.00 m²
44

Área de repouso 1 6.50 x 5.50 35.75 m² 35.75 m²


familiar
Loja de artigos 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²
cinerários
Enfermaria 1 5.00 x 4.50 22.50 m² 22.50 m²

Setor de Serviço:

Ambiente Quant. Dimensões Área unid. Área Total


Câmera fria com 1 4.40 x 7.00 30.80 m² 30.80 m²
capacidade para 4
cadáveres cooler
Sala do forno com 1 1 4.15 x 3.71 15.40 m² 15.40 m²
forno FUMO – BUSTER
tm 207
Casa de gás 1 2.50 x 2.50 5.00 m² 5.00 m²
DML 1 2.00 X 1.50 3.00 m² 3.00 m²
Sala de tanatopraxia 1 3.50 x 4.00 14.00 m² 14.00 m²
Sala de esterilização 1 5.00 x 5.40 27.00 m² 27.00 m²
Garagem 1 3.00 x 7.00 21.00 m² 21.00 m²
Banheiro/vestiário para 2 9.60 x 4.90 34.56 m² 69.10 m²
funcionários

Setor Administrativo:

Ambiente Quant. Dimensões Área Unid. Área Total


Administração 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²
Almoxarifado 1 2.50 x 2.50 5.00 m² 5.00 m²
Arquivo 1 3.00 x 4.00 12.00 m² 12.00 m²
Banheiro para 2 9.60 x 3.60 34.56 m² 69.10 m²
funcionários
Atendimento ao cliente 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²

CEMITÉRIO VERTICAL – ÁREA TOTAL = 14950.93 m²

Setor de visitantes:

Ambiente Quant. Dimensões Área Unid. Área Total


Capela Mortuária 10 5.50 x 6.50 35.75 m² 357.50 m²
Enfermaria 1 5.00 x 4.50 22.50 m² 22.50 m²
Área de repouso 5 5.50 x 6.50 35.75 m² 178.75 m²
familiar
Área das gavetas 4 76.10 x 43.70 3325.60 m² 13302.40 m²
Loja de artigos 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²
funerários
Ossuário 1 9.95 x 9.95 99.00 m² 99.00 m²
Floricultura 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²
45

Cafeteria/ Lanchonete 2 5.00 x 5.00 25.00 m² 50.00 m²


Mirante 1 15.00 x 10.00 150.00 m² 150.00 m²
Banheiros para 8 3.60 x 9.60 34.56 m² 276.48 m²
visitantes
Capela Ecuménica 1 12.20 x 10.50 128.10 m² 128.10 m²
Recepção 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²

Setor de serviço:

Ambiente Quant. Dimensões Área Unid. Área Total


DML 1 2.00 x 1.50 3.00 m² 3.00 m²
Sala de tanatopraxia 1 3.50 x 4.00 14.00 m² 14.00 m²
Sala de esterilização 1 5.00 x 5.40 27.00 m² 27.00 m²
Garagem 2 3.00 x 7.00 21.00 m² 42.00 m ²
Banheiro/ vestiário para 2 9.60 x 3.60 34.56 m² 69.10 m²
funcionários

Setor Administrativo:

Ambiente Quant. Dimensões Área Unid. Área Total


Administração 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²
Financeiro 1 3.00 x 5.00 15.00 m² 15.00 m²
Almoxarifado 1 2.50 x 2.50 5.00 m² 5.00 m²
Arquivo 1 3.00 x 4.00 12.00 m² 12.00 m²
Sala de monitoramento 1 2.50 x 2.50 5.00 m² 5.00 m²
Atendimento ao cliente 1 5.00 x 5.00 25.00 m² 25.00 m²
Banheiro para 2 3.60 x 9.60 34.56 m² 69.10 m²
funcionários
ÁREA EXTERNA – ÁREA TOTAL = 8023.50 m²

Setor externo:

Ambiente Quant. Dimensões Área Unid. Área Total


Guarita 1 4.50 x 3.00 13.50 m² 13.50 m²
Estacionamento 300 2.50 x 5.00 12.50 m² 3750.00 m²
vagas
Praça arborizada 1 30.00 x 25.00 750.00 m² 750.00 m²
Gerador de energia 1 2.50 x 2.50 5.00 m² 5.00 m²
Depósito de lixo 1 2.50 x 2.50 5.00 m² 5.00 m²
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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