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AMBIENTAL – ZOONEAMENTO AMBIENTAL

O zoneamento Ambiental Administração e dos diferentes grupos e


Considerações iniciais segmentos sociais.

O zoneamento ambiental, que pode Normas jurídicas não foram ainda


ser chamado de zoneamento ecológico- estabelecidas a nível federal e estadual,
econômico (ZEE), é um dos instrumentos para estabelecendo qual deva ser o procedimento
a efetivação da Política Nacional do Meio da União e dos Estados para estabelecerem o
Ambiente, consoante previsto no inciso II, do zoneamento em que essas pessoas públicas
intervenham.”
artigo 9.º, da Lei 6.938/1981. Tardiamente, foi
regulamentado pelo Decreto 4.297/2002, que Definição
felizmente traça o perfil de tão importante
A definição do ZEE vem estampada no
ferramenta para o planejamento ambiental,
artigo 2.º, do Decreto 4.297/2002, sendo o
ainda de pouco uso pelo Poder Público. Trata-
instrumento de organização do território a ser
se de uma modalidade de intervenção estatal
obrigatoriamente seguido na implantação de
sobre o território, a fim de reparti-lo em zonas
planos, obras e atividades públicas e privadas,
consoante o melhor interesse na preservação
estabelecendo medidas e padrões de
ambiental e no uso sustentável dos recursos
proteção ambiental destinados a assegurar a
naturais.
qualidade ambiental, dos recursos hídricos e
O ZEE deverá observar os princípios da do solo e a conservação da biodiversidade,
função socioambiental da propriedade, da garantindo o desenvolvimento sustentável e a
prevenção, da precaução, do poluidor- melhoria das condições de vida da
pagador, do usuário-pagador, da população.
participação informada, do acesso equitativo
Objetivo Geral
e da integração, conforme expressa previsão
regulamentar. De acordo com o artigo 3.º do
regulamento, o ZEE tem por objetivo geral
De acordo com o artigo 13, § 2º, do
organizar, de forma vinculada, as decisões dos
novo Código Florestal, os Estados que não
agentes públicos e privados quanto a planos,
possuem seus Zoneamentos Ecológico-
programas, projetos e atividades que, direta
Econômicos segundo a metodologia
ou indiretamente, utilizem recursos naturais,
unificada, estabelecida em norma federal,
assegurando a plena manutenção do capital
terão o prazo de cinco anos, a partir da data
e dos serviços ambientais dos ecossistemas.
da sua publicação, para a sua elaboração e
aprovação. Competência para a realização
Questão complexa é saber se o De acordo com o artigo 6.º do Decreto
zoneamento ambiental deverá ser aprovado 4.297/2002, com nova redação dada pelo
por lei ou por um simples decreto. Decreto 6.288/2007, compete ao Poder
PAULO AFFONSO LEME MACHADO Público Federal elaborar e executar o ZEE
sobre esta importante questão: nacional e os regionais, quando tiver por
objeto biomas brasileiros ou territórios
“O zoneamento será fruto de uma abrangidos por planos e projetos prioritários
decisão só do Poder Executivo ou de uma estabelecidos pelo Governo Federal.
decisão conjunta do Poder Executivo e do
Poder Legislativo. É uma questão realmente Note-se que se trata de competência
importante, pois, conforme a via adotada dar- administrativa comum entre as entidades
se-á ensejo ou não à discussão prévia da políticas, de modo que caberá aos Estados,
matéria, o conhecimento das intenções da ao Distrito Federal e aos municípios6 elaborar

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AMBIENTAL – ZOONEAMENTO AMBIENTAL

zoneamentos que atendam as suas mediante processo legislativo de iniciativa do


peculiaridades regionais e locais. Poder Executivo.
A competência para a promoção do Por seu turno, o § 3.º do artigo 19 do
zoneamento ambiental foi tratada pela Lei regulamento aduz que alteração do ZEE não
Complementar 140/2011. Competirá à União, poderá reduzir o percentual da reserva legal
na forma do seu artigo 7.º, IX, elaborar o definido em legislação específica, nem as
zoneamento ambiental de âmbito nacional e áreas protegidas, com unidades de
regional. Já os Estados terão a incumbência conservação ou não.
de elaborar o zoneamento ambiental de
Zoneamento Industrial
âmbito estadual, em conformidade com os
zoneamentos de âmbito nacional e regional. O zoneamento deverá ser aprovado
por lei, observada a seguinte divisão: zonas de
Contudo, inexiste previsão expressa na
uso estritamente industrial, zonas de uso
LC 140/2011 para que os municípios
predominantemente industrial, zonas de uso
promovam zoneamentos ambientais locais,
diversificado e zonas de reserva ambiental.
sendo apenas elencada a competência de
elaborar o Plano Diretor, observando os As zonas de uso estritamente industrial
zoneamentos ambientais (artigo 9.º, IX), o que destinam-se, preferencialmente, à localização
não impede o ente político local de realizá-los, de estabelecimentos industriais cujos resíduos
desde que sejam compatíveis com o sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações,
zoneamento nacional, regional ou estadual. emanações e radiações possam causar
perigo à saúde, ao bem-estar e à segurança
Conteúdo
das populações, mesmo depois da aplicação
O ZEE dividirá o território em zonas, nos de métodos adequados de controle e
moldes das necessidades de proteção, tratamento de efluentes, nos termos da
conservação e recuperação dos recursos legislação vigente.
naturais e do desenvolvimento sustentável,
Sua localização deverá ser promovida
orientando-se pelos princípios da utilidade e
em áreas com elevada capacidade de
da simplicidade.
suporte de poluição.
Alteração Quando se tratar de delimitação e
No artigo 19 do regulamento, que autorização de implantação de zonas de uso
prevê que a alteração dos produtos do ZEE, estritamente industrial que se destinem à
bem como mudanças nos limites das zonas e localização de polos petroquímicos,
indicação de novas diretrizes gerais e cloroquímicos, carboquímicos, bem como a
específicas, somente poderão ser realizadas instalações nucleares e outras definidas em lei,
após decorrido prazo mínimo de dez anos de a competência será exclusiva da União,
sua conclusão, ou de sua última modificação, ouvidos os Estados e Municípios.
prazo este não exigível na hipótese de Por sua vez, as zonas de uso
ampliação do rigor da proteção ambiental da predominantemente industrial destinam-se,
zona a ser alterada. preferencialmente, à instalação de indústrias
Conforme literalidade do § 1.º, do artigo cujos processos, submetidos a métodos
19, do Decreto 4.297/2002, mesmo assim essa adequados de controle e tratamento de
alteração dependerá de consulta pública e efluentes, não causem incômodos sensíveis às
aprovação pela comissão estadual do ZEE e demais atividades urbanas e nem perturbem
pela Comissão Coordenadora do ZEE, o repouso noturno.

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As zonas de uso estritamente industrial e indústria produtora de óleos vegetais,


as de uso predominantemente industrial atividade que causava degradação
deverão ser classificadas em não saturadas, ambiental consistente na poluição do ar,
em vias de saturação e saturadas, de acordo gerando odores que afetavam
com os padrões e normas ambientais em negativamente a saúde da população.
vigor, o que definirá a formulação das políticas
“Direito público não especificado.
públicas ambientais em cada área.
Ação civil pública. Poluição industrial.
Já as zonas de uso diversificado Conceito de poluição. Degradação da
destinam-se à localização de qualidade ambiental, pela emissão de odores
estabelecimentos industriais, cujo processo poluidores. Zona urbana. FEPAM. Persistência
produtivo seja complementar das atividades da poluição, não obstante melhorias
do meio urbano ou rural que se situem, e com realizadas pela indústria. Ausência de solução
elas se compatibilizem, não ocasionando, em técnica. Relocalização da empresa. Sentença
qualquer caso, inconvenientes à saúde, ao confirmada.
bem-estar e à segurança das populações
vizinhas.
Ainda estão previstas as zonas de
reserva ambiental, nas quais, por suas
características culturais, ecológicas,
paisagísticas, ou pela necessidade de
preservação de mananciais e proteção de
áreas especiais, ficará vedada a localização
de estabelecimentos industriais.
Ressalte-se que “as indústrias ou grupos
de indústrias já existentes, que não resultarem
confinadas nas zonas industriais definidas de
acordo com esta Lei, serão submetidas à
instalação de equipamentos especiais de
controle e, nos casos mais graves, à
relocalização”, conforme dicção do § 3.º, do
artigo 1.º, haja vista a inexistência de direito
adquirido de poluir.
Veja-se que a legislação não concede
às indústrias o direito adquirido de pré-
ocupação, mas a questão do direito de
indenização no caso da relocalização
dependerá da análise casuística da situação,
a fim de se mensurar se os prejuízos
experimentados pela empresa decorreram ou
não diretamente de uma postura comissiva ou
omissiva da Administração Pública.
Transcreve-se abaixo ementa de
excelente julgado da lavra do Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Sul, que determinou
como última medida a relocalização de
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