Вы находитесь на странице: 1из 15

CONCRETO III

FUNDAÇÃO DIRETA – BLOCOS

1. Definição de fundação
Fundação é o elemento estrutural que tem por finalidade transmitir as cargas de uma edificação
para uma camada resistente do solo. Existem vários tipos de fundações e a escolha do tipo mais
adequado é função das cargas da edificação e da profundidade da camada resistente do solo.
Com base na combinação destas duas análises optar-se-á pelo tipo que tiver o menor custo e o
menor prazo de execução.

2. Classificação das fundações


De acordo com a profundidade do solo resistente, onde está implantada a sua base, as
fundações podem se classificadas em:
• fundações superficiais (diretas): quando a camada resistente à carga da edificação, ou seja,
onde a base da fundação está implantada, não excede a duas vezes a sua menor dimensão
ou se encontre a menos de 3 m de profundidade;
• fundações profundas (indiretas) são aquelas cujas bases estão implantadas a mais de duas
vezes a sua menor dimensão, e a mais de 3 m de profundidade.

O que caracteriza principalmente uma fundação rasa ou direta é o fato da distribuição de carga do pilar
para o solo ocorrer pela base do elemento de fundação, sendo que, a carga aproximadamente pontual
que ocorre no pilar, é transformada em carga distribuída, num valor tal, que o solo seja capaz de
suportá-la. Outra característica da fundação direta é a necessidade da abertura da cava de fundação
para a construção do elemento de fundação no fundo da cava.
A fundação profunda, a qual possui grande comprimento em relação a sua base, apresenta pouca
capacidade de suporte pela base, porém grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do corpo
do elemento de fundação com o solo (figura 2b). A fundação profunda, normalmente, dispensa abertura
da cava de fundação, constituindo-se, por exemplo, em um elemento cravado por meio de um bate-
estaca.

3. Fundações superficiais ou rasas ou diretas


Em projetos de construções rurais são usadas principalmente fundações diretas, tendo em vista,
que as cargas são relativamente pequenas, não exigindo da camada do solo de apoio uma grande
resistência.
As fundações diretas classificam-se em:
• blocos de fundações e sapatas;
• vigas baldrames e sapatas corridas;
• radier.

3.1. Fundação direta em blocos ou sapatas


O que caracteriza a fundação em blocos é o fato da distribuição de carga para o terreno ser
aproximadamente pontual, ou seja, onde houver pilar existirá um bloco de fundação distribuindo a
carga do pilar para o solo. Os blocos podem ser construídos de pedra, tijolos maciços, concreto simples
ou de concreto armado. Quando um bloco é construído de concreto armado ele recebe o nome de
sapata de fundação.

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 1


CONCRETO III
3.2. Fundação direta em viga baldrame ou sapata corrida
A fundação em viga baldrame apresenta uma distribuição de carga para o terreno tipicamente
linear, por exemplo, uma parede que se apóia no baldrame, sendo este o elemento que transmite a
carga para o solo ao longo de todo o seu comprimento. Um baldrame pode ser construído de pedra,
tijolos maciços, concreto simples ou de concreto armado. Quando o baldrame é construído de concreto
armado ele recebe o nome de sapata corrida.

3.3. Fundação direta em radier


A fundação em radier é constituída por um único elemento de fundação que distribui toda a carga da
edificação para o terreno, constituindo-se em uma distribuição de carga tipicamente superficial. O
radier é uma laje de concreto armado, que distribui a carga total da edificação uniformemente pela área
de contato. É usado de forma econômica quando as cargas são pequenas e a resistência do terreno é
baixa, sendo uma boa opção para que não seja usada a solução de fundação profunda.

4. Dimensionamento de um bloco de fundação


Os blocos são fundações em concreto simples ou ciclópico (1) e caracterizados por uma altura
relativamente grande em relação às dimensões da base, necessária para que trabalhem essencialmente
à compressão. Nas construções comuns os blocos são usados para cargas de até 50000 kgf e, além disso,
não é aconselhável o emprego de blocos em terrenos com resistência inferior a 1 kgf/cm² (0,1 MPa).
Quando se deseja economizar material, pode-se adotar o bloco com a forma escalonada.
Sendo fsolo a resistência do terreno (tensão admissível), F a carga que chega ao bloco pelo pilar e
S área da base do bloco, para que a tensão admissível não seja ultrapassada deve-se ter:

≤ 


Portanto, a área da base pode ser calculada em uma primeira tentativa pela expressão:

≥


Como os blocos são geralmente quadrados, temos para o lado B do quadrado:


 = √

Quanto à altura dos blocos experiências recomendam adotar a expressão:


= , ( − )

Sendo: B = dimensão da base do bloco e b = dimensão do pilar.

(1) Concreto ciclópico:- Concreto onde se usa pedras de mão (pedra marroada) para aumentar seu volume e peso. Estas pedras de mão, pode variar de 10 a 30
centímetros. É um concreto de baixa resistência á tração, mas com boa resistência à compressão. O volume de pedra pedra de mão no concreto pode variar em
função da resistência desejada. Na arquitetura, pode-se querer dar a um muro de concreto ciclópico um valor estético. Neste caso é desejável que as pedras
sejam grandes com suas faces mais planas voltadas para fora, e o volume de pedras marroadas pode chegar a até 80%, na medida que se está valorizando o
aspecto estético e não o estrutural.
Em muros de arrimo, igualmente podemos ter grande volume de pedras marroadas, na medida que o fator que se busca com o muro é obter o máximo peso
com o menor volume de material cimentante.
Uma das vantagens do concreto ciclópico é o fato de que pedras locais podem ser quebradas com a marreta, o que barateia a obra.
As pedras a serem usadas no concreto ciclópico devem ser sãs (não alteradas) e limpas de poeira, terra ou argila, para garantir a adesão do cimento.

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 2


CONCRETO III
BLOCOS SOBRE ESTACAS

1. INTRODUÇÃO
Os blocos são estruturas de volume que têm a função de distribuir as cargas dos pilares a elementos de
fundações profundas, tais como estacas e tubulões.
Em geral, o dimensionamento dos blocos é similar ao das sapatas, diferenciando-se dessas pelo fato de
se ter cargas concentradas no bloco devido à reação das estacas.
O comportamento estrutural e o dimensionamento dependem da classificação do bloco quanto à
rigidez, utilizando-se os mesmos critérios das sapatas. Portanto, quanto à rigidez, os blocos são
classificados como flexíveis ou rígidos.
As dimensões em planta dos blocos sobre estacas dependem, quase sempre, apenas da
disposição das estacas, adotando-se, em geral, o menor espaçamento possível entre elas. Esse
espaçamento é adotado igual a 2,5 vezes o seu diâmetro no caso de estacas pré-moldadas e 3,0 vezes o
diâmetro se as estacas forem moldadas "in loco". Em ambos os casos, esse valor não pode ser inferior a
60 cm. Deve-se ainda respeitar uma distância livre mínima entre as faces das estacas e as extremidades
do bloco.
Obedecendo a essas recomendações, as dimensões dos blocos são minimizadas resultando na maioria
das vezes em blocos rígidos. Entretanto, por razões diversas, o espaçamento entre as estacas pode ser
aumentado, resultando em um bloco flexível.

Execução de blocos sobre estacas. Ensaio em laboratório de bloco sobre 3


Fonte: FUNDACTA estacas

Figura 1: Fotos – blocos sobre estaca

Neste texto, aborda-se o projeto estrutural dos blocos rígidos, por serem mais utilizados que os flexíveis.
Para estes últimos, o método de cálculo é similar ao visto para as sapatas flexíveis, ou seja, utiliza-se o
método clássico da flexão (balanços). Para os blocos rígidos, o método mais apropriado baseia-se nos
modelos de biela e tirante.

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 3


CONCRETO III
2. METODO DAS BIELAS E TIRANTES – APLICAÇÃO AOS BLOCOS RÍGIDOS

Um bloco é considerado rígido se a sua altura se enquadrar nas seguintes inequações:

 − 
ℎ>  (  çã# )
3

% − %
ℎ>$ & ( #'(  çã#)
3

onde ap e bp são as dimensões do pilar

Nos blocos rígidos, não se aplica diretamente a teoria de flexão, devendo-se recorrer a outras
formas para se calcular a armadura principal de tração. A NBR 6118 (2003) sugere a utilização de
modelos de biela e tirante, pelo fato destes definirem melhor a distribuição dos esforços pelos tirantes.
No método das bielas e tirantes, admite-se, no interior do bloco, uma treliça espacial constituída
de:
• barras tracionadas, denominadas de tirantes, situadas no plano médio das armaduras. Este plano é
horizontal e se localiza logo acima do plano de arrasamento das estacas;
• barras comprimidas e inclinadas, designadas como bielas. Estas têm suas extremidades de um lado na
intersecção com as estacas do outro na interseção com o pilar.

Figura 2: Funcionamento estrutural básico dos blocos – FUSCO (1995)

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 4


CONCRETO III
O esquema geral do modelo de cálculo empregado no método das bielas e tirantes está indicado
na figura 2. A força normal do pilar é transmitida às estacas pelas bielas de compressão. O equilíbrio no
topo das estacas é garantido pela armadura principal de tração.
O método das bielas também pode ser empregado para blocos submetidos a carregamentos não
centrados, desde que se admita que se trabalhe nas formulações de equilíbrio de forças, com a estaca
mais carregada.

Ângulo de inclinação das bielas

Além de permitir a ancoragem das barras longitudinais dos pilares, o bloco deve ter altura
suficiente para permitir a transmissão direta da carga, desde a base do pilar (no topo do bloco) até o
topo das estacas, por meio das bielas comprimidas. Para que isso aconteça de modo eficiente, a
inclinação da biela mais abatida (menos inclinada) não deve ser inferior à 40° (ou 45°). Além disso,
ensaios experimentais indicam que o método das bielas fornece resultados à favor da segurança para
inclinações de biela entre 40 e 55 graus em relação à horizontal.
Portanto, recomenda-se limitar o ângulo de inclinação das bielas em:

40 (ou 45°) ≤ θ ≤ 55°

Vale notar que o ângulo de inclinação da biela depende exclusivamente da geometria do bloco. Assim,
as dimensões envolvidas são:
• a distância na horizontal do eixo da estaca ao ponto de aplicação da força normal do pilar;
• a altura útil da armadura principal.

3. CÁLCULO DAS ARMADURAS PRINCIPAIS DE TRAÇÃO

3.1. Blocos sobre 2 estacas

Figura 3: Esquema para o cálculo de blocos sobre 2 estacas

Ângulo de inclinação da biela


Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 5
CONCRETO III


()* =
+ 
2− 4

Porém 40º ou 45º < θ < 55º

Resultante de compressão na biela e força de tração na armadura principal

Por equilíbrio de forças do nó junto à estaca:

onde:
D é a resultante de compressão na biela junto à estaca
T é a resultante de tração de cálculo no tirante
R é a reação na estaca mais carregada
est
(valor de cálculo para a combinação de ações analisada)

5678
. ∙ 0 * = 1234 ou seja .=
329:

1234 1234
; = . ∙ <#0* = ∙ <#0* =
0 * ()*

1234 + 
;= ∙( − )
 2 4

Por fim, a área da armadura principal de tração é calculada por:

>
=34 = onde fyd é a resistência de cálculo ao escoamento
?@A

Verificação das tensões de compressão atuantes na biela

Para evitar o esmagamento da biela diagonal, deve-se limitar as tensões de compressão atuantes
na mesma.

Junto ao pilar:

CD
=B = ∙ 0 * ∙ % onde Ab é a área da biela
E

. 1234 2
FG,BH2IC = = ×
=B 0 *  ∙ % ∙ 0 *

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 6


CONCRETO III
2 ∙ 1234
FG,BH2IC =
= ∙ 0 E *
onde Ap é a área da seção transversal do pilar

Junto à estaca:

O cálculo é análogo: divide-se a resultante na biela pela área da mesma junto à estaca:

1234
FG,BH2IC =
=234 ∙ 0 E *
onde A é a área da seção transversal da estaca
est

As tensões de compressão nas bielas devem estar limitadas à:


2 ∙ 1234
FG,BH2IC = ≤ 1,4 ∙ LGM
= ∙ 0 E *
junto ao pilar

1234
FG,BH2IC = ≤ 0,85 ∙ LGM
=234 ∙ 0 E * junto à estaca

3.2. Blocos sobre 3 estacas

Figura 4: Esquema para o cálculo de blocos sobre 3 estacas

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 7


CONCRETO III
Ângulo de inclinação da biela


()* =
+ √3
3 − 0,3 ∙ Q
Porém 40° ou 45° < θ < 55°

onde a é a menor dimensão do pilar


m

Resultante de compressão na biela e força de tração na armadura principal


Por equilíbrio de forças do nó junto à estaca:

onde:
D é a resultante de compressão na biela
T é a resultante de tração de cálculo no tirante
R é a reação na estaca mais carregada
est

1234
.=
0 *
1234
;=
()*

1234 +√3
;= R − 0,3 ∙ Q S
 3

Verificação das tensões de compressão atuantes na biela


Calculando-se as áreas das bielas junto ao pilar e junto à estaca, podem-se demonstrar as seguintes
expressões para o cálculo das tensões nas bielas:

Junto ao pilar:

3 ∙ 1234
FG,BH2IC =
= ∙ 0 E * onde A é a área da seção transversal do pilar
p

Junto à estaca:
1234
FG,BH2IC =
=234 ∙ 0 E *
onde A é a área da seção transversal da estaca
est

As tensões de compressão nas bielas devem estar limitadas à:


Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 8
CONCRETO III

3 ∙ 1234
FG,BH2IC = ≤ 1,75 ∙ LGM
junto ao pilar
= ∙ 0 E *

1234
FG,BH2IC = ≤ 0,85 ∙ LGM
=234 ∙ 0 E *
junto à estaca

Cálculo da área das armaduras

A área da armadura principal de tração é calculada por:


;
=34 =
LTM

Essa armadura foi calculada admitindo-se as barras dispostas, em planta, nas direções das bielas, ou
seja, nas medianas do triângulo formado pelas estacas. Entretanto, as barras podem ser dispostas
também segundo os lados das estacas (figura 5).

Figura 5: Possíveis disposições de armaduras para blocos sobre 3 estacas

Se detalhamento escolhido dispuser as barras segundo os lados, as forças resultantes T calculadas nas
direções das bielas devem ser decompostas nas direções dos lados do triângulo formado pelas estacas:

Decompondo-se as forças, determina-se a resultante de tração T´ das barras dispostas segundo os lados:
Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 9
CONCRETO III

; ∙ √3
;V =
3

A área de armadura segundo os lados é obtida dividindo-se T´ pela resistência ao escoamento de


cálculo.

;′
=34 =
LTM

3.3. Blocos sobre 4 estacas

Figura 6: Esquema para o cálculo de blocos sobre 4 estacas

Ângulo de inclinação da biela


()* =
+√2 √2 Porém 40° ou 45° < θ 55°
− ∙ Q
2 4

onde a é a menor dimensão do pilar


m

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 10


CONCRETO III
Resultante de compressão na biela e força de tração na armadura principal

Da mesma maneira dos casos anteriores, por equilíbrio de forças do nó junto à estaca:
1234
.=
0 *

5678
;=
4X:

1234 + ∙ √2 √2
;= ∙R − ∙ Q S

 2 4

Verificação das tensões de compressão atuantes na biela

Da mesma maneira dos casos anteriores, chega-se às seguintes expressões para o cálculo das tensões
nas bielas:

Junto ao pilar:
4 ∙ 1234
FG,BH2IC = onde A é a área da seção transversal do pilar
= ∙ 0 E *
p

Junto ao pilar:

1234
FG,BH2IC =
= ∙ 0 E * onde A é a área da seção transversal da estaca
est

As tensões de compressão nas bielas devem estar limitadas à:

4 ∙ 1234
FG,BH2IC = ≤ 2,10 ∙ LGM
= ∙ 0 E * junto ao pilar

1234
FG,BH2IC = ≤ 0,85 ∙ LGM junto à estaca
=234 ∙ 0 E *

Cálculo da área das armaduras

A área da armadura principal de tração, segundo as direções das bielas (ou diagonais do quadrado
formado pelas estacas) é calculada por:
Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 11
CONCRETO III

;
=34 =
LTM

Entretanto, as armaduras podem estar dispostas na direção dos lados do quadrado definido pelas
estacas e segundo uma malha, conforme a figura 7:

Figura 7: Disposições de armaduras para blocos sobre 4 estacas

Para as armaduras dispostas segundo os lados dos quadrados formados pelas estacas, deve-se
decompor a resultante T:

√E
;V = ∙ ;
E

>V
=34 = ?
@A

Para as armaduras dispostas em malha, o cálculo é feito analisando-se apenas uma direção, resultando
no mesmo procedimento utilizado para o cálculo de blocos sobre duas estacas. Entretanto,
comprovações experimentais indicam que a eficiência do arranjo em malha é cerca de 80% da eficiência
dos outros dois arranjos. Por esse motivo, deve-se majorar a área de armadura introduzindo o
coeficiente de eficiência η = 0,8. Em outras palavras, devem-se majorar as armaduras calculadas em:
1/0,8 = 1,25.

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 12


CONCRETO III
4. ARMADURAS COMPLEMENTARES EM BLOCOS

4.1. Armadura de pele


Em peças com grande altura de seção ou com grandes cobrimentos da armadura principal, deve-se
evitar a fissuração superficial excessiva com o emprego de armadura de pele. Essa armadura é formada
por barras de aço paralelas e próximas às faces dessas peças. Segundo a NBR 6118:2003, a armadura de
pele é obrigatória para peças com altura de seção maior que 60cm. A área total dessa armadura, em
cada face da peça, deve ser igual a:

=3I = 0,10% ∙ % ∙ ℎ

onde h é a altura do bloco.

Em blocos sobre 2 estacas, a largura b é igual à própria largura do bloco. Nos blocos sobre 3 estacas ou
mais, pode-se tomar como b a largura definida pelo diâmetro da estaca mais o balanço livre em cada
lado da estaca:

O espaçamento máximo entre as barras dessa armadura não deve ser superior a 20cm.

4.2. Armadura de suspensão


Embora o modelo de bielas admita que toda a carga vertical seja transmitida às estacas por meio
das bielas principais comprimidas, no comportamento real dos blocos surgem bielas secundárias entre
as estacas. Ou seja, parte da carga vertical total se propaga para o intervalo entre as estacas - região
onde não existe um apoio direto. Logo, deve-se “suspender” essa parcela de carga por meio de
armaduras de suspensão (estribos).
A área total de armadura de suspensão entre duas estacas é calculada por:

[
=3Z3 =
1,5 ∙  ∙ LTM

Para n ≥ 3

onde n é o número de estacas e P é a força vertical de cálculo (força normal do pilar acrescida do peso
próprio do bloco)

Segundo a NBR 6118:2003, a armadura de suspensão é obrigatória quando o espaçamento entre os


eixos das estacas for maior que 3φ .
est

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 13


CONCRETO III

5. VERIFICAÇÃO DO CISALHAMENTO POR FORÇA CORTANTE

Em blocos sobre estacas, assim como nas sapatas, evita-se a colocação de armaduras transversais para
força cortante. Dessa forma, é preferível projetar o bloco de tal forma que apenas o concreto tenha
resistência para resistir aos esforços de cisalhamento, dispensando a armadura para cortante.
A dispensa de armadura transversal para a força cortante é permitida se:

\]M ≤ \5M^ com \5M^ = _5M ∙ ` ∙ (1,2 + 40 ∙ b) ∙ % ∙ 

A verificação do esforço cortante é feita numa seção de referência S , distante “d/2” da face do pilar.
2

E/e
_5M = 0,0375 ∙ LGc com fck em MPa

` = |1,6 − | ≥ 1,0 com d em metros

=34
b=
%∙

A é a área de armadura longitudinal na direção analisada e que passa pela seção S


st 2
b é a largura da seção S
2
d é a altura útil.

6. EXERCÍCIO: BLOCO SOBRE ESTACAS

Calcular e detalhar o bloco sobre estacas para um pilar de seção retangular 25x40cm, destinado à uma
edificação comercial.
Demais dados do projeto:
Esforços nominais do pilar no junto à fundação, para cada caso de carregamento:

Carregamento Força normal (kN) Momento Mx (kN.m) Momento My (kN.m)


(kN) (kN.m) kN.m)
Ações Permanentes 700,0 0,0 0,0
Sobrecarga de uso 175,0 0,0 0,0

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 14


CONCRETO III

Vento à 0° 0,0 0,0 40,0


Vento à 90° 0,0 30,0 0,0

- Armadura longitudinal do pilar: 10φ12,5


- Estacas moldadas no local de 32cm de diâmetro, com carga admissível de 250kN.
- Materiais: Concreto C20 e Aço CA-50.
- Armaduras principais de tração segundo os lados.
- Cobrimento: 4,5cm
- Distância do eixo da armadura principal à face inferior do bloco: d´= 7,0cm.
- Utilizar dimensões múltiplas de 10cm para as dimensões em planta (critério adotado).
- Projetar o bloco como rígido (critério adotado).

Prof. Eng. Miquéias V. Lemes Pág. 15

Вам также может понравиться