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O cultivo da cana-de açúcar

(Saccharum spp) no Brasil

“Doce ou etílico, o mel da


cana brota, sem abelhas...”
(autor desconhecido)
HISTÓRIA
• Origem: Sul da Ásia – xarope
• Açúcar na forma sólida – Ano 500 na Pérsia
• Árabes - África e Europa; E os chineses para Java e Filipinas
• Mar mediterrâneo – sec. VIII
• Importada do oriente até os séc XIV.
• Portugueses: ilhas da Madeira
• Espanhóis: ilhas Canárias
• América: condições para seu desenvolvimento.
• Maiores plantações do mundo.
• Colombo levou as primeiras mudas para São Domingos (2ª. viagem –
1493)
• Lavouras em Cuba e outras ilhas do Caribe
• Navegantes a levaram para Américas Central e do Sul.
• Portugueses - 1ºs europeus a comercializar o açúcar.
• 1532 - introdução por Martim Afonso de Souza no BR
• Final do século XVI - PE e BA >100 engenhos.
Unidades Produtoras de Açúcar e/ou de Álcool no Brasil, safra 2010/2011.
Região e Estados Número Região e Estados Número
Centro Sul 352 Norte / Nordeste 81
Espírito Santo 6 Alagoas 24(-2)
Goiás 33 (+14) Amazonas 1
Mato Grosso 10 Bahia 4
Mato Grosso do Sul 21 (+10) Ceará 3(+1)
Minas Gerais 43 (+13) Maranhão 4
Paraná 31 (+2) Pará 1
Rio Grande do Sul 2 (+1) Paraíba 9
Rio de Janeiro 7 (-1) Pernambuco 23 (-3)
São Paulo 199 (+29) Piauí 1
Rio Grande do Norte 4 (+1)
Sergipe 6 (+2)
Tocantins 1
BRASIL 434
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (12/07/2010)
Entre parênteses temos a diferença em número de unidades da safra 2007/08 para 2010/11
LEVANTAMENTO DE SAFRA

Safra Área (ha) Produção Produtividade


(kg cana moída) (kg/ha)
2008/09 7.057.800 571.434.300 80.965

2009/10 7.409.600 604.513.600 81.585

2010/11 8.091.500 664.333.400 82.103


Fonte: Conab (abril/2010)
Produção de cana-de-açúcar nos principais estados produtores
do Brasil, safras 2009/10 e 2010/11(previsão)

+6,5% GO – Variação
2007/08 -2008/09 – 39,9%
2008/09-2009/10 -
2009/10 -2010/11 – 27,4%

+10,0% +13,4% +27,4%


No Brasil, para cada tonelada de cana-de-açúcar são queimados 140 kg de palha, e,
considerando a metodologia da Agência Ambiental dos Estados Unidos, para cada
tonelada de cana queimada verifica-se a emissão de 3 kg de material particulado,
35 kg de monóxido de carbono e 5 kg de hidrocarbonetos.
Cana-de-açúcar (ton.) colhida, processada

35.000.000

30.000.000

25.000.000

20.000.000

15.000.000

10.000.000

5.000.000

MATO GROSSO DO SUL MATO GROSSO GOIÁS

Fonte: Unica (2010)


Produção açúcar (ton) – Safra 2008/09
1.200.000

1.000.000
1 ton cana = ±125 kg açúcar
800.000

600.000

400.000

200.000

GOIÁS MATO GROSSO MATO GROSSO DO SUL

Fonte: UNICA/MAPA
Fonte: Unica (2010)
CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

• Divisão: Magnoliophyta
• Classe: Magnoliopsida
• Ordem: Graminales.
• Família: Poaceae
• Tribo: Andropogoneae
• Gênero: Saccharum
6 Espécies:
S. officinarum L. (2n = 80)
S. spontaneum L. (2n=40 a128)
S. sinensi Roxb. (2n = 81)
S. barberi Jeswiet (2n=111 a 120) e
S. robustum Brandes e Jeswiet ex Grassl (2n = 60 a 205).

Variedades utilizadas comercialmente:


- hibridações interespecíficas entre S. officinarum, S. spontaneum, S. robustum, e S.
barberi;
- hibridação intergenérica entre os gêneros Saccharum, Ripidium e Sclerostachya.
MORFOLOGIA DA CAN A-DE-AÇÚCAR

-Desenvolve-se me forma de touceira


- Composta por:
- Colmo
- Folhas
- Inflorescência
- Frutos
- Raízes: fasciculadas – 85% nos primeiros 50 cm
60% de 0 a 20 cm de profundidade

Colmo
primário
Colmo secundário ou
perfilho

Colmo secundário
ou perfilho Raízes do tolete

Raízes do
colmo
Colmo

•O colmo é composto de nós e entrenós


•Muito importante na descrição de variedades


Gema
Possui um poro germinativo que dará origem a um novo broto
- Pelo ou asas
- Saliente ou achatada
- Tamanho variável
- Estreita ou larga

Anel de crescimento
- Base do internódio
- Coloração diferente do resto do colmo

Cicatriz foliar
-Anel seco e marrom, reentrante ou saliente
- Local onde estava inserida uma folha

Zona radicular
-Fica entre o anel de crescimento e a cicatriz foliar
- Coloração semelhante ao internódio
- Nele situa-se a gema e os primórdios radiculares
- Estreita < 6mm ; média (6 a 8 mm) ou larga (> 8 mm)
- Plana, reentrante ou saliente
TIPOS DE GEMAS

Fonte: Artsschwagner & Brandes (1958)


Internódio

Formato

Fonte: Artsschwagner & Brandes (1958)

Diâmetro: fino < 2 cm; médio 1 a 3 cm; grosso > 3cm


 Pode conter rachaduras
 ranhura ou depressão da gema
Detalhe do nó e entrenó
FOLHA
- Lâmina foliar
- Bainha
- Colar
- Duas fileiras opostas e alternadas

Lâmina foliar
- Ereta e rígida ou flácida e arqueada
- com ou sem manchas cloróticas, sardas e pelos
- Largura, cor e comprimento variáveis com variedade e ambiente

Bainha
- parte compreendida entre o colmo e a borda inferior da lâmina
- coloração diferente do resto do colmo
- aderida ou semi-aderida ao colmo, pilosa ou glabra, cerosa (glauca) ou não

Colar
- Muito importante na identificação botânica (forma e posições diversas)
- “Dewlap” – triângulo da junta
- lígula – membrana pequena e fina que envolve a parte intermediária do colmo, na
base da lâmina, entre a bainha e o limbo, diversas formas
- aurícula - pequenas expansões, com forma e dimensões variáveis (pode não estar
presente)
DETALHES DA BASE FOLIAR E BAINHA

Fonte: Artsschwagner & Brandes (1958)


TIPO DE AURÍCULA

Fonte: Artsschwagner & Brandes (1958)


TIPO DE LÍGULA

Fonte: Artsschwagner & Brandes (1958)


TIPO DE JOELHO

Fonte: Artsschwagner & Brandes (1958)


INFLORESCÊNCIA

- Panícula aberta, denominada bandeira ou flecha


- flores muito pequenas, agrupadas em panícula e rodeadas por longas
fibras sedosas, com enormes pendões terminais de coloração cinza-
prateada

FLOR
-Hermafrodita, gineceu com um único óvulo
- Dois pistilos e dois estigmas plumosos vermelho-arroxeado
- Androceu – 3 estames e anteras amareladas ou arroxeadas
dependendo da variedade
- Flores protegidas por 2 brácteas

FRUTO
-Cariopse (1,5 x 0,5 mm)
- Depressão na região do embrião

PÊLOS
- Nó, gemas, “dewlap”, bainha
- Grande importância na identificação de variedades
- Joçal – grupo de pêlos agrupados nas costas da bainha
PRÓXIMA AULA
(AULA 2)
Ecofisiologia
• Planta C4: forma compostos orgânicos com 4 carbonos. Maior taxa
fotossintética e eficiência na utilização e resgate de CO 2 atmosférico.

• Adaptada a condições de alta intensidade luminosa, altas temperaturas e


relativa escassez de água.

• capacidade de absorver água pelas folhas.

• Interação entre a planta (genótipo), o ambiente de produção e o manejo.

Objetivos da produção canavieira:

• Produtividade: fitomassa/área

• Qualidade: riqueza em açúcar dos colmos industrializáveis.

• Longevidade do canavial
CICLO FENOLÓGICO DA CANA-DE-AÇÚCAR

Início do
perfilhamento
Perfilhamento
Brotação intenso

Plantio tolete

Maturação
Brotação da
soqueira

Colmos
Corte ou industrializáveis
colheita
1º estádio: brotação e
emergência dos brotos (colmos
primários)

2º estádio: perfilhamento e estabelecimento da


cultura (da emergência dos brotos ao final do
perfilhamento)
Fonte: Profº Américo dos Santos Reis (EA-UFG)
3º estádio: período de grande
crescimento (do perfilhamento
final ao intenso acúmulo de
sacarose)
4º estádio: maturação (intenso acúmulo de
sacarose nos colmos)
Ciclo da cana-de-açúcar em função do planejamento da época de plantio
ÉPOCA DE PLANTIO

• Cana não irrigada:


- janeiro a março para a cana de ano e meio
- outubro a dezembro para a cana de ano
• Cana irrigada, os períodos podem ser de janeiro a abril e de setembro a
dezembro.

Cana de ano e meio


• Maiores produtividades
• Ciclo variável de 14 a 21 meses
CICLO CANA DE ANO

Crescimento Maturação/Colheita
Primavera Verão Outono Inverno Primavera
Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abril maio Jun Jul Ago Set Out Nov

CICLO CANA DE ANO E MEIO

Crescimento Crescimento Crescimento Maturação/Colheita


limitado

Verão Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera


D J F M A M J J A S ON D J F M A M J J A S O N
Fatores que afetam o ciclo fenológico da cana

Podridão abacaxi –
Ceratocystis paradoxa
Besouro Migdolus
Cupins
Fatores que afetam o ciclo fenológico da cana

Diatraea saccharalis
Elasmopalpus
lignosellus
Meloidogyne
Fatores que afetam o ciclo fenológico da cana
Fatores que afetam o ciclo fenológico da cana
Fatores relacionados com a planta, o ambiente e o manejo
que afetam o ciclo das soqueiras da cana-de-açúcar.

PLANTA
Genética (variedade) afeta brotação
AMBIENTE
Praticamente os mesmos fatores que afetam o ciclo da cana-planta
MANEJO
Tipo de
Trânsito de Tratos colheita
máquinas e culturais das (manual ou
caminhões soqueiras Espaçamento mecânica)
Época de corte x clima x manejo varietal

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