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Pé Torto Congênito (Talipe Equinovaro/Clubfoot) • PTC corrigido (corrigido pela técnica de Ponseti);

• PTC recidivado (corrigido, mas que recidivou);


• PTC resistente (rígido, visto em associação com síndromes);
1. Conceitos: • PTC atípico (pé curto, gordinho, rígido, com prega posterior profunda
a. Malalinhamento congênito, complexo e contratural dos ossos e articulações do e encurtamento do 1º metatarso com hiperextensão da MTF);
pé e tornozelo; c. Pirani:
• Serve para:
2. Classificações: • Avaliar o progresso do tratamento;
a. Tipos: • Indicar o momento ideal da tenotomia;
• Idiopático:
• Mais comum; • Baseado em seis sinais clínicos (3 do mediopé e 3 do retropé):
• Encontrado em crianças normais; • Cada sinal recebe uma pontuação de 0 (normal), 0,5 (moderadamente
• Não regride sem intervenção; anormal) ou 1 (gravemente
• Postural: anormal):
• Regride completamente sem intervenção, ou apenas
com manipulação (1 ou 2 trocas gessadas); • Escala do mediopé:
• Neurogênico: • Borda lateral do pé;
• PTC na mielomeningocele; • Prega medial;
• Geralmente rígido e resistente ao tratamento; • Cobertura do tálus;
• Sindrômico: • Escala do retropé:
• PTC nas crianças com outras anomalias • Redutibilidade do equino;
• Geralmente rígido e resistente ao • Palpação do calcâneo.
tratamento; • Prega posterior;
d. Diméglio:
• NÃO existe associação de PTC com displasia do • Classificação em 4 tipos, baseado num escore de 0 a 20 pontos;
quadril!! • Tipo 3 (grave) é o mais comum;
a. DDQ tem relação com torcicolo congênito • Quatro parâmetros de redutibilidade das deformidades (0-4):
(principal), plagiocefalia, joelho rígido em • Derrotação (rotação medial), Adução, Varo e Equino (DAVE);
extensão, pé metatarso aduto e pé • Mais quatro parâmetros de deformidades
calcaneovalgo; presentes (0-1):
• Prega Posterior;
• Prega Medial;
• Cavo (o cavo só dá 1 ponto, e recebe esse
b. Terminologias: ponto se estiver presente);
• PTC não-tratado (sem tratamento, antes dos 2 anos de idade); • Más condições da musculatura;
• PTC negligenciado (sem tratamento, após os 2 anos de idade);
• PTC inveterado (submetido ao tratamento convencional, mas sem
sucesso);
Resumo criado e editado por: José Henrique Peres dos Santos e Rafael Wei Min Leal Chang
Erico Melo e Sandokan Costa
a. Cerca de 1-2 para cada 1000 nascidos vivos;
b. Mais comum no sexo masculino 2:1;
c. Bilateral em 50% dos casos;
d. Histórico familiar importante:
• 17x mais comum em parentes de 1º grau;
• 6x mais comum em parentes de 2º grau;
• Aproximadamente o mesmo risco que a da população geral em
parentes de 3º grau;
• 2 pais sem PTC com filho (sexo masculino) com PTC:
• Chance de 2,5% de ter outro filho (sexo masculino) com
PTC;
• Baixíssima chance de ter filha (sexo feminino) com PTC;
• 2 pais sem PTC com filha (sexo feminino) com PTC:
e. Harrold e Walker: • Chance de 2,5% de ter outra filha (sexo feminino) com PTC;
• Tipo I: correção da deformidade além do neutro; • Chance de 6,5% de ter outro filho (sexo masculino) com
• Tipo II: equino ou varo do retropé fixos <20o; PTC;
• Tipo III: equino ou varo do retropé fixos >20o; • Um dos pais e filho com PTC:
• 25% de chance do próximo filho ter;
f. Caterall: 4. Etiologia:
a. Etiologicamente heterogêneo;
b. Genética tem participação importante;
c. Fatores genéticos:
• Defeito do plasma germinativo;
• Modelagem intra-uterina;
• Lesão muscular primária;
• Lesão vascular primária;
• Lesão nervosa primária;
• Parada do desenvolvimento;
g. Ponseti e Smoley: • Infecção intrauterina (enterovirus);
• Inserção tendinosa
anormal;
• Retração fibrosa;
• Histologia anormal;
d. Fatores ambientais:
• Tabagismo gestacional;
5. Deformidades:
a. CAVE:
3. Epidemiologia: • Cavismo (do mediopé);
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• Adução (do antepé); g. Anormalidades no Acetabulum Pedis (“AP”):
• Varismo (do retropé/subtalar); • A articulação talocalcaneonavicular é denominada “acetabulum
• Equino (do tornozelo); pedis”;
b. Empty heel pad sign (dificuldade de se palpar a tuberosidade do calcâneo); • Consiste numa cavidade articular elipsóide que mantém e roda ao
c. Cabeça do tálus pode ser palpada dorsolateralmente; redor da cabeça do tálus, em semelhança ao movimento da cabeça
d. Discrepância de MMII: femoral no acetábulo;
• O lado afetado por PTC encontra-se encurtado >0,5 cm em 18% dos • No PTC, o acetabulum pedis está alterado em formato e orientação;
casos (se unilateral) e 4% (se bilateral); • Articulação subtalar encontra-se invertido;
• Tanto a tíbia (89%) como o fêmur (43%) podem estar encurtados; • Muitas vezes as facetas anterior e média do calcâneo estão ausentes
e. Aumento da rotação interna do quadril: ou fundidas;
• No lado afetado, há um aumento de 10o da rotação interna e redução h. Alinhamento paralelo do calcâneo com o tálus no AP e Perfil:
de 10o da rotação externa do quadril; • O calcâneo encontra-se em rotação medial (ficando paralelo no AP) e
• NÃO se sabe se ocorre devido a anteversão femoral ou acetabular; flexão plantar (ficando paralelo no perfil);
• NÃO existe associação de PTC com displasia do quadril; • Assim, o ângulo de Kite está diminuído nas duas incidências;
i. Rotação externa do tálus no tornozelo:
6. Anatomia patológica: • Controverso;
a. Tálus: • Não há consenso se o tálus está em alinhamento neutro, rotação
• Possui colo curto e desviado plantar-medialmente em relação ao interna ou rotação externa;
corpo (a cartilagem articular da cabeça também fica desviada plantar- • Estudos recentes mostram que ele encontra-se geralmente em
medialmente); rotação externa (Lovell Winter 7ª edição);
• O ângulo de declinação talar (entre o colo e corpo do tálus) normal é j. Torção tibial interna:
de 150o-160o – no PTC, ele fica cerca de 90o; • Torção tibial interna pode ocorrer na presença do PTC, porém não é
b. Calcâneo: comum (Tachdjian, 5ed);
• Possui um varo em sua extremidade anterior, criando um desvio k. Anormalidades musculares:
medial de sua cartilagem articular na articulação calcaneocubóidea; • A musculatura é menor, e possui mais tecido conectivo intracelular no
• Possui tamanho reduzido; tríceps sural;
• A faceta anterior também é angulada medialmente em relação à • A inserção muscular também é alterada;
faceta média (assim, o local da deformidade em varo do calcâneo fica • Há predominância de fibras musculares tipo I;
entre as facetas anterior e média); l. Anormalidades na inervação regional;
• Sustentáculo do tálus subdesenvolvido; m. Anormalidades ligamentares:
c. Navicular: • Encontram-se espessados, com mais fibras colágenas e celularidade
• Encontra-se trapezoidal; aumentada;
d. Cubóide: • Também há presença de miofibroblastos, com atividade contrátil;
• Subluxado medialmente (o calcâneo possui a porção anterior em n. Anormalidades vasculares:
varo); • A artéria pediosa muitas vezes está alterada ou ausente;
e. Contratura da fáscia plantar, flexores curtos e ligamento mola; • A artéria tibial posterior também pode estar deficiente;
f. Contratura do tibial posterior, flexor longo do hálux, flexor longo dos dedos, 7. Radiografia:
cápsula posterior do tornozelo e talocalcânea; a. O diagnóstico de PTC é CLÍNICO!!
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b. Ainda não há consenso sobre o papel das radiografias no PTC;
• O preconizado é que serve para mostrar a relação dos ossos do pé, • As margens laterais do calcâneo e o cubóide devem formar uma linha
para confirmar correção das deformidades e identificar os sítios de contínua (o cubóide se desvia medialmnte no PTC);
deformidade residual;
• Também no intra-operatório para confirmar a redução; • Ângulo calcâneo-5º metatarso:
• Assim, passa a ser útil para planejar as cirurgias “à la carte”; • No AP, as linhas devem estar alinhadas;
• Apesar de ser baseado nos ângulos entre os ossos, muitos deles não
estão ossificados, e principalmente no PTC, que a ossificação é • Índice talocalcaneo (Beatson e Pearson):
atrasada; • Soma dos ângulos talocalcaneos no AP e Perfil;
• O centro de ossificação do tálus fica entre a cabeça e o colo (não é • Se menor que 40o, a subluxação talocalcaneonavicular não
centralizado no osso), e é esférico nas primeiras semanas de vida; foi reduzida;
• O navicular ossifica a partir dos 3-4 anos de idade no PTC;
• Não se sabe com que idade a radiografia passa a ser confiável no PTC; • Ângulo de Giannestras (talonavicular):
c. Incidências: • No AP, entre o eixo do tálus e a linha paralela à superfície
• Devem ser obtidas com o máximo de correção da deformidade: articular distal do navicular;
• AP: • Normal: 60o a 80o;
• Com o pé pressionado contra o cassete radiográfico (com • No PTC ele diminui (medialização do navicular);
forças em dorsiflexão e rotação externa);
• Perfil: • Ângulo tibiotalar:
• Com dorsiflexão e eversão máximas, e rotação • No perfil, entre os eixos da tíbia e do tálus;
interna da perna (para garantir um perfil verdadeiro • Normal: 70o a 100o;
do tornozelo – fíbula na metade posterior da tíbia); • Aumentado no PTC;
d. Ângulos:
• Ângulo de Kite (talocalâneo):
• AP: 20o a 40o (Tachdjian) / 30o a 55o (Campbell 12e); • Ângulo tibiocalcâneo:
• Perfil: 35o a 50o (Tachdjian) / 25o a 50o (Campbell • No perfil com estresse, o normal é de 10o a 40o (Campbell
12e) 12e);
• Ambos encontram-se reduzidos no PTC (paralelos); • No PTC, ele fica negativo;

• Ângulo de Meary (tálus - 1º metatarso): • Pitch do calcâneo:


• Medido no Perfil ou no AP: normal 0o a -15o (mais negativo • Perfil: entre a borda plantar do calcâneo e a linha
que -15o representa o cavo); horizontal;
• Os eixos do tálus e do 1º metatarso devem estar alinhados, • Normal: 15o a 20o;
no perfil; • Pitch do calcâneo >30o é indicativo de deformidade em cavo
(Lovell Winter 7e);
• Ângulo de Hibbs (calcâneo – 1º metatarso):
• Medido no perfil: normal >150o;
• Se menor que 150o, representa o cavo;
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a. Objetivos do pé:
• Plantígrado;
• Funcional;
• Sem calosidades (boa distribuição de pressão);
• Flexível;
• Indolor;
• Que não necessite de calçados especiais;
b. Kite errou ao acreditar que o varo do calcâneo seria corrigido simplesmente
com a eversão do calcâneo (o calcâneo somente pode ser evertido quando ele é
abduzido abaixo do tálus);
c. Atualmente há duas modalidades de tratamento conservador do PTC aceitas
8. Outros exames de imagem: mundialmente:
a. USG: • Método de Ponseti (padrão-ouro atualmente);
• Resultados precoces promissores; • Método Francês ou Funcional (descrito por Masse e Bensahel);
b. Artrografia, TC e RNM:
• Possuem papel na avaliação de deformidades pós-operatórias; d. Método de Ponseti:
• Sem papel definido na avaliação de rotina do PTC; • Início o mais precoce possível (primeiros 7-10 dias de vida);
• Um atraso de alguns dias não faz diferença no resultado
9. Diagnóstico intrauterino: final;
• Até quando o método é eficiente?
a. USG fetal: • Melhores resultados antes dos 9 meses;
• 60% de sensibilidade; • Dos 9 aos 28 meses ainda é eficaz, para correção parcial ou
• O mais cedo possível de se diagnosticar PTC na USG fetal é com 12 total da deformidade;
semanas; • Se a deformidade persistir por mais de 3 meses após o início
• Porém, a maioria é identificada com 23 semanas; do tratamento, o tratamento conservador provavelmente
fracassará;
b. Amniocentese e cariotipagem: • Os pés resistentes (neurogênicos ou sindrômicos) também devem ser
• Antigamente se indicava se houvesse diagnóstico intra-uterino de submetidos ao Ponseti, pois ainda que não haja correção completa,
PTC, para se buscar presença de síndromes associadas; qualquer correção parcial auxilia no tratamento cirúrgico
• Porém, geralmente não se encontra; posteriormente;
• Atualmente, não há indicação de amniocentese e cariotipagem nos • Porcentagem de sucesso:
casos em que PTC foi diagnosticado no intra-uterino; • Cavo, aduto e varo são corrigidos em 90% dos casos só com
manipulação;
c. Atualmente, não existe nenhuma intervenção terapêutica para os casos de PTC • O equino só é corrigido satisfatoriamente (no mínimo 10o de
com diagnóstico intra-uterino; dorsiflexão do tornozelo) em 10% das manipulações – daí a
d. Apenas o aconselhamento familiar; necessidade de tenotomia percutânea;
• Ordem de correção das deformidades:
10. Tratamento: • CAVE:
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• 1º Cavismo; corrigido, pois o calcâneo vai sendo evertido abaixo do
• 2º Aduto e Varo; tálus;
• 3º Equino; • O tálus não roda no tornozelo, pois ele está sendo
• Manipulação: mantido seguro pelo polegar pressinado em sua cabeça
• Para alongamento ligamentar e tendinoso, deve ser (assim, só o calcâneo everte embaixo dele);
realizada manipulação por 1-3 minutos; • 3º: Correção do equino:
• 3 pontos de pressão: • Último a ser corrigido, através da dorsiflexão do
a. Antepé e 1º metatarso (com uma mão); tornozelo (só 10% corrigem dessa forma – o resto irá
b. Cabeça do tálus (com o polegar); necessitar de tenotomia);
c. Maléolo medial (com o indicador);
• Trocas gessadas: • Tenotomia percutânea do tendão calcâneo:
• A cada 5-7 dias; • Indicação: se não for obtida pelo menos 10o de dorsiflexão
• O gesso deve ser aplicado primeiro abaixo do joelho, e do tornozelo;
depois proximalmente para a parte proximal da coxa; • Momento ideal:
• Começar com 3-4 voltas ao redor dos dedos (área reforçada) a. Quando possível a palpação do processo anterior
antes de continuar proximalmente; do calcâneo lateralmente, abaixo do tálus (assim,
• A retirada deve ser feita na clínica, logo antes da confecção há abdução suficiente do calcâneo, evitando o
do novo gesso; esmagamento entre o calcâneo e a tíbia quando
a. Deixar o gesso submerso em água por 20 minutos dorsifletir);
(para amolecer); b. Outra forma de se avaliar o momento é pela
b. Realizada com faca de gesso (serra óssea pode ser escala de Pirani, devendo ter:
utilizada, porém não recomendada); i. Escala do retropé >1;
c. Cortar obliquamente (para não lesar a pele); ii. Escala do mediopé <1;
d. Retirar de proximal para distal (coxa primeiro); iii. Cabeça do tálus coberta;
• Técnica:
• 1º: Correção do Cavo: a. Pode ser realizada ambulatorialmente ou no
• Apesar de aparentemente supinado, o antepé está, na centro cirúrgico;
verdade, pronado em relação ao retropé; b. Anestesia local ou sedação;
• Assim, o primeiro passo da correção do cavo é o c. Secção iniciando na borda medial do tendão
alinhamento rotacional do antepé com o retropé, realizando calcâneo (próxima ao plexo vasculonervoso) 0,5 a
a supinação do antepé ( 1 cm acima da inserção;
• O segundo passo da correção do cavo é a dorsiflexão do • Após tenotomia:
primeiro metatarso; a. Gesso com abdução de 70o e dorsiflexção de 15o-
• 2º: Correção do Aduto e Varo: 20o por 3 semanas;
• É realizada a abdução do antepé, mantendo-o supinado; b. Após gesso, órtese de Denis-Browne (ou
semelhantes) por 3 meses em tempo integral
• Assim, ocorre a correção do aduto e, à medida em que a
(23h/dia) e, após esse período, por mais 2-4 anos
abdução do antepé é realizada, o varo do retropé é

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durante o sono (14-16h/dia – 12h à noite + 2-4h • Depois, splinting noturno por 2-3 anos (continuar no programa
durante o dia); fisioterápico;
• Se a órtese não for utilizada corretamente, possui recidiva de >80% • Bons resultados em 48% (sobe para 86% se adicionar liberações
(principal causa de recidiva!!); cirúrgicas);
• Posição da órtese: • 75% vai precisar de tratamento cirúrgico, pelos tratados por essa
• Se unilateral: técnica
a. Rotação externa de 65o-75o no lado acometido e
30o no lado normal (artigo do Ponseti);
b. 70o no lado acometido e 45o no lado normal f. Tratamento cirúrgico:
(Lovell Winter 7ed) • Ainda não há consenso a respeito da definição de falha do tratamento
c. 70o no lado acometido e 40o no lado normal conservador;
(Tachdjian 5ed) • O preconizado atualmente é operar entre 3 meses e 1 ano de idade;
• Conceitos cirúrgicos atuais:
• Se bilateral: • As cirurgias de PTC são “à la carte”, ou seja, realizadas de
a. Rotação externa de 70o dos dois lados (artigo do acordo com as deformidades a serem abordadas;
Ponseti); • O ligamento talocalcâneo interósseo sempre deve ser
preservado durante quaisquer procedimentos de PTC, senão
• A órtese deve ser conectada por uma barra entre os dois cursa com valgo do retropé por translação lateral do
lados (segundo Ponseti, modificações sem a barra tendem à calcâneo;
falência); • O ligamento calcaneofibular geralmente é liberado, também
a. Comprimento da barra: a distância entre os para evitar valgo do retropé por translação lateral do
calcanhares deve ser igual à distância entre os calcâneo (ele está encurtado e espessado, alterando o eixo
ombros; de rotação da subtalar para o canto posterolateral);
b. A barra possui convexidade inferior de 5o-100, • Geralmente inicia com alongamento do tendão calcâneo,
para manter a dorsiflexão dos tornozelos; liberação capsular posterior do tornozelo e subtalar, e
• Tratamento das recidivas: liberação do ligamento calcaneofibular;
• Reiniciar o tratamento de ponseti, se possível; • Cavo residual, aduto e varo geralmente são
corrigidos por liberação da fáscia plantar e das três origens
e. Método Francês ou Funcional: do abdutor do hálux no calcâneo;
• Desenvolvido por Masse e Bensahel; • Se não estiver alinhada, alongamento do tibial
• Popularizado por Diméglio; posterior para alinhar a talonavicular (associar
• Método dinâmico, através de exercícios fisioterápicos para correção capsulotomia talonavicular, se necessário);
das deformidades imediatamente após o nascimento; • A capsulotomia talonavicular inicia medialmente e,
• Para manuntenção das correções, utilizar bandagem adesiva (não é cuidadosamente, progride plantar e dorsal (liberação
totalmente rígida – é flexível, permitindo um certo grau de extensa pode causar subluxação dorsolateral do navicular, e
mobilidade funcional) ou CPM (movimentação passiva contínua); deve ser evitada);
• Fisioterapia diária até o 2º mês; • Flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos podem ser
• A seguir, 3 sessões/semana até o 6º mês de idade; tenotomizados na base dos dedos ou alongados na região

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supramaleolar (alongamento supramaleolar é preferível ao • Liberação circunferencial da subtalar;
alongamento no mediopé desses tendões); • Não preserva o ligamento talocalcâneo interósseo;
• Fixação com fios de kirschner se necessário (se for realizada • Liberação circunferencial da calcaneocubóidea;
liberação capsular mais extensa); • Levava à instabilidade do pé, com muitas deformidades
• Gesso circular acima do joelho (em 90o de flexão); translacionais;
• Fios de kirschner e gesso retirados com 6 semanas, e outro g. Complicações:
gesso é confeccionado (que fica por mais 4-6 semanas); • Recidiva e deformidades residuais:
• Depois do gesso, pode utilizar órteses para manuntenção • Aplicar método de ponseti;
(tornozelo-pé); • Se falhar, realizar liberações cirúrgicas “à la carte”;
• Procedimento de Turco: • Na criança mais velha, osteotomias podem ser necessárias
• Incisão medial (retilínea, da base do primeiro metatarso, (ver osteotomias do pé);
passando abaixo do maléolo medial, até o tendão calcâneo); • Tríplice artrodese é a última opção em situações extremas;
• Ele contraindicava a extensão proximal ao longo do tendão
calcâneo; • Supinação dinâmica:
• Ampla liberação posteromedial; • O desbalanço muscular do PTC pode levar à supinação
• A articulação subtalar era aberta em livro (com fulcro no durante a marcha (supinação dinâmica);
ligamento calcaneofibular, que era deixado intacto); • Pode ser consequência do uso inadequado da órtese;
• Assim, muitos apresentavam valgo do retropé no pós- • Corrigir quaisquer deformidades com gesso;
operatório (translação lateral do calcâneo); • A partir dos 2,5 anos, pode ser realizada a transferência do
• Procedimento de Goldner: tibial anterior para o terceiro cuneiforme (Garceau
• Ampla liberação posteromedial; modificada por Ponseti) (parcial ou total);
• Alongamento do ligamento deltóide; a. Dessa forma, compensa-se o desbalanço entre o
• Reconstrução da articulação talonavicular; tibial anterior (forte) e os fibulares (fracos);
• A articulação subtalar NÃO é abordada; b. Garceau descreveu a transferência do tibial
• Procedimento de Carrol: anterior para a base do quinto metatarso
• Dupla-incisão (posteromedial e anterolateral); (proscrita);
• Liberação circunferencial da subtalar; c. Garceau e Palmer depois modificaram para o
• Preserva o ligamento talocalcâneo interósseo; cubóide (proscrita);
• Procedimento de McKay: d. Ponseti modificou para o terceiro cuneiforme;
• Incisão de Cincinatti (descrita por Crawford): incisão e. O tibial anterior NÃO deve ser transferido para a
transversa (sempre 1cm proximal à prega posterior), base do quinto ou para o cubóide, pois resulta em
iniciando na naviculocuneiforme medialmente até o seio do eversão severa, pronação e valgo do retropé
tarso lateralmente; (Lovell & Winter 7e);
• Liberação circunferencial da subtalar; f. Hoffer – Hemitransferência do tibial anterior
• Preserva o ligamento talocalcâneo interósseo; para cuneiforme lateral
• Procedimento de Simons: • Podem ser realizadas osteotomias associadas para correção
de deformidades;
• Também incisão de Cincinatti;
• Subluxação dorsolateral do navicular:
• Liberação mais extensa já descrita;
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Erico Melo e Sandokan Costa
• Subluxação do navicular da cabeça do tálus; encurtado e espessado, alterando o eixo de rotação da
• Pode resultar de: subtalar para o canto posterolateral);
a. Liberação excessiva da articulação talonavicular; • A sobrecorreção translacional se manifesta clinicamente
b. Mal-alinhamento em rotação externa da pelo valgo do retropé, com ângulo coxa-pé neutro, dor
talonavicular; lateral e alinhamento da talonavicular adequado no AP e
c. Cavo residual; Perfil;
• Tratamento • O tratamento deve ser feito com adaptações do calçado e,
a. Obervação e adaptação dos calçados; se persistir os sintomas, osteotomia de Koutsogiannis;
b. Se persistir a dor, cirurgia é indicada; • O segundo tipo de sobrecorreção do retropé é a eversão
• Tratamento cirúrgico (< 6 anos): excessiva da subtalar;
a. Procedimento de “third street”: • Geralmente resulta do malalinhamento rotacional excessivo
i. Descrita por Barnett; da subtalar após a liberação circunferencial da mesma, com
ii. Capsulotomia circunferencial da preservação do ligamento talocalcaneo itnerósseo;
talonavicular; • A eversão excessiva se manifesta clinicamente pelo valgo do
iii. Capsulotomia entre o navicular e o retropé, com ângulo coxa-pé elevado, dor medial e
cubóide; desalinhamento talonavicular;
iv. Capsulotomia entre o cuneiforme • O tratamento deve ser feito com adaptações do calçado e,
lateral e o cubóide; se persistir os sintomas, osteotomia de Evans-Mosca;
v. Capsulotomia entre as bases do 3º e 4º • Joanete dorsal (hallux flexus):
metatarso (a terceira rua - “third • Ocorre após o procedimento cirúrgico, como resultado da
street”); fraqueza muscular do tríceps sural ou pelo desbalanço do
vi. Assim, ocorre separação das colunas tibial anterior com o fibular longo (este mais fraco);
medial e lateral, permitindo a • A fraqueza pode ser por doença (p.ex. poliomielite) ou
acomodação do navicular na cabeça do iatrogênica (cicatriz ou divisão);
tálus, com seu devido alinhamento sem • O paciente tenta empurrar o pé através da flexão do hálux
tensão; (para compensar a fraqueza muscular da flexão plantar do
• Tratamento cirúrgico (>6 anos): primeiro raio);
a. Ressecção da proeminência dorsal; • Tratamento: (PROCEDIMENTO DE JONES)
b. Atrodese talonavicular; a. Transferência do flexor longo do hálux para o colo
do primeiro metatarso ou alongamento do
• Valgo do retropé: mesmo;
• Sobrecorreção da talonavicular pode causar o valgo, através b. Liberação ou transferência dorsal do flexor curto
da translação lateral do calcâneo ou da eversão excessiva da do hálux (transformando-o em extensor);
subtalar; c. Transferência do tibial anterior para o segundo
• O tipo mais comum é a translação lateral do calcâneo metatarso ou alongamento do mesmo;
abaixo do tálus, geralmente secundária à liberação do d. Osteotomia em cunha de fechamento plantar do
ligamento talocalcâneo interosseo – também pode ser primeiro metatarso;
secundária à não liberação do calcaneofibular (que está

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Erico Melo e Sandokan Costa
• Deformidades severas no pé torto inveterado e negligenciado: • < 2 anos  Tenotomia do abdutor do halux + capsulotomia medial
• Várias modalidades de tratamento; cuneometatarsal.
• Tríplice artrodese deve ser realizada após os 10 anos (senão
o pé fica pequeno, não cresce
• Se maiores de 2 anos 
adequadamente) na presença do • Mchale e Lenhart  Osteotomias duplas  retira cunha óssea no
pé com 3 deformidades (aduto, cubóide e coloca na cunha medial
varo e equino);
• Steytler e Van der Walt  Osteotomia da base do
• Correção com Ilizarov;
• Talectomia (procedimento de 5 metatarsos
Trumble) deve ser realizada no PTC idiopático grave não
corrigível por nenhum dos outros procedimentos cirúrgicos RETROPÉ VARO
ou no PTC neuromuscular (mielomeningocele);
• >4 anos  Dwyer  Cunha de fechamento lateral
• > 8-12 anos Dillwyn – Evans Osteotomia transversa no calcâneo e
cunha de abertura com enxerto para aumentar a porção lateral do pé.
• 4 anos  Lichtblau Cunha lateral de
fechamento do calcâneo

Dwyer Dillwyn – Evans


Lichblau

CAVISMO RESIDUAL

• < 2 anos  Steindler 


Liberação de partes moles
plantares
ADUÇÃO

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Erico Melo e Sandokan Costa
• Se Cavismo apenas por alteração no retropé
o Samilson  Osteotomia em crescente do calcâneo
• Se exagerada flexão plantar do 1º metatarso –
o Liberação plantar + osteotomia de cunha dorsal proximal de
metatarso distal a placa

• Deformidades rígidas(procedimentos ósseos)


o Osteotomia em V de japas
o Cole  Tarsectomia dorsal

• Se cavo ou cavovaro
o Múltiplas osteotomias de Mubarak

PÉ HIPERPRONADO

Pior complicação. Geralmente iatrogênica.

• Nos casos de pés flexíveis


o Evans 2  artrodese subtalar + alongamento do calcâneo

Resumo criado e editado por: José Henrique Peres dos Santos e Rafael Wei Min Leal Chang
Erico Melo e Sandokan Costa

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