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VISÃO GERAL DA BÍBLIA1

A Bíblia é uma coleção de escritos que os cristãos consideram


singularmente inspirados e autoritários. Embora seja um livro unificado, a Bíblia
é também uma compilação de 66 livros ou obras literárias. Essas obras,
produzidas por homens de vários períodos históricos, contextos sociais,
personalidades e culturas diferentes, afirmam o Espírito Santo como a
autoridade suprema e a garantia por trás de seus escritos. Como 2 Timóteo
3:16 assevera: “Toda a Escritura é inspirada por Deus”.

A Bíblia pode ser dividida em duas grandes seções: o Antigo e o Novo


Testamento. A palavra testamento vem da palavra latina testamentum, que
significa “aliança”. Portanto, em sua divisão básica, a Bíblia nos lembra os dois
relacionamentos de aliança entre Deus e a humanidade. O primeiro (antigo)
relacionamento de aliança foi ratificado no monte Sinai entre Deus e a nação
judaica (Êx 19-31). Essa aliança era antecipatória e apontava para uma nova
aliança, prometida em Jeremias 31:31, quando Deus atrairia para si mesmo um
povo de todas as nações e inscreveria suas palavras nos corações deles (Is
49:6). De fato, essa nova aliança era nada mais que o cumprimento das muitas
promessas salvadoras que Deus fizera no decurso da história – que Satanás
seria esmagado por um descendente de Eva (Gn 3:15), que, por meio da
descendência de Abraão, todas as nações do mundo seriam abençoadas (Gn
22:18), entre outras. No Antigo Testamento, há 39 livros de vários gêneros
(narrativas históricas, provérbios, poesia, salmos etc.). O Novo Testamento
contém 27 livros, sendo também constituído de vários tipos literários (narrativas
históricas, cartas, parábolas etc.).

O PROPÓSITO DA BÍBLIA

A Bíblia é, ela mesma, evidência de suas principais afirmações – ou


seja, que o Deus que fez os céus, a terra, o mar e tudo que há neles é um
comunicador que tem prazer em se revelar a seres humanos caídos. Em
Hebreus 1:1-2, lemos: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de
muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo
Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o
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L. Plummer, Robert. 40 questões para se interpretar a Bíblia (Locais do Kindle 451). Editora FIEL. Edição
do Kindle.
universo”. Esses versículos de Hebreus apontam para a culminação da
revelação bíblica no eterno Filho de Deus. Esse Filho se encarnou em Jesus de
Nazaré, unindo para sempre Deus e o homem numa mesma pessoa – 100%
Deus, 100% homem (Jo 1:14). As profecias, as promessas, os anseios e as
antecipações na antiga aliança acham seu cumprimento, significado e
culminação na vida, morte e ressurreição de Cristo. Como diz o apóstolo Paulo:
“Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim” (2 Co
1:20). O propósito da Bíblia é tornar uma pessoa sábia “para a salvação pela fé
em Cristo Jesus” (2 Tm 3:15). A Bíblia não é um fim em si mesma. Como Jesus
disse aos peritos religiosos de seus dias: “Examinais as Escrituras, porque
julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo
5:39). Assim, sob a superintendência divina, o alvo da Bíblia é levar seus
leitores a receberem o perdão de Deus em Cristo e a possuírem a vida eterna
no relacionamento com o Deus trino (Jo 17:3).

A LINHA HISTÓRICA BÁSICA DA BÍBLIA

A Bíblia explica a origem do universo (Deus criou todas as coisas, Gn 1-


2). A Bíblia revela também por que há pecado, doença e morte (os seres
humanos se rebelaram contra Deus e trouxeram o pecado e a decadência ao
mundo, Gn 3:1-24). E a Bíblia promete que Deus enviará um Messias (Jesus)
que vencerá a morte e Satanás e, por fim, renovará todas as coisas (Gn 3:15;
Ap 22:1-5).

FUNÇÕES DA BÍBLIA

No abrangente propósito de revelar a Deus e levar as pessoas a um


relacionamento salvador com ele por meio de Jesus, há várias funções
relacionadas que a Bíblia cumpre, incluindo as seguintes:

 Convicção de pecado. O Espírito Santo aplica a Palavra de Deus ao


coração humano, convencendo as pessoas de sua falha em satisfazer
ao padrão santo de Deus e convencendo-as de sua justa condenação e
necessidade de um Salvador (Rm 3:20; Gl 3:22-25; Hb 4:12-13).
 Correção e instrução. A Bíblia corrige e instrui o povo de Deus,
ensinando-lhe quem é Deus, quem são eles e o que Deus espera deles.
Tanto pelo estudo individual do crente como pelos mestres capacitados
da igreja, Deus edifica e corrige seu povo (Js 1:8; Sl 119:98-99; Mt 7:24-
27; 1 Co 10:11; Ef 4:11-12; 2 Tm 3:16; 4:1-4).
 Frutificação espiritual. À medida que a Palavra de Deus vai-se
enraizando nos verdadeiros crentes, produz uma colheita de justiça –
uma manifestação genuína de amor a Deus e amor aos outros (Mc 4:1-
20; Tg 1:22-25).
 Perseverança. Capacitados pelo Espírito Santo, os crentes perseveram
na mensagem salvadora das Escrituras ao passarem por tribulações e
tentações na vida. Por meio dessa perseverança, eles ganham
confiança crescente na promessa Deus de guardá-los até o fim (Jo
10:28-29; 1 Co 15:2; 2 Co 13:5; Gl 3:1-5; Fp 1:6; Cl 1:23; 1 Tm 3:13; 1
Jo 2:14).
 Alegria e deleite. Para aqueles que conhecem a Deus, a Bíblia é uma
fonte de alegria e deleite incessantes. Como Salmos 19:9-10 afirma: “Os
juízos do SENHOR são verdadeiros e todos, igualmente, justos. São
mais desejáveis do que ouro, mais que muito ouro depurado; e são mais
doces que o mel e o destilar dos favos”. Autoridade suprema em
doutrina e obras. Para o cristão, a Bíblia é a autoridade suprema no que
diz respeito a comportamento e crença (Lc 10:26; 24:44-45; Jo 10:35; 2
Tm 3:16; 4:1-2; 2 Pe 3:16). A retidão de todas as pregações, credos,
doutrinas ou opiniões é estabelecida decisivamente por esta pergunta: O
que a Bíblia diz? Como observou John Stott: “A Escritura é o cetro real
pelo qual o Rei Jesus governa sua igreja”.

CRONOLOGIA DA COMPOSIÇÃO DA BÍBLIA

Os primeiros cinco livros do Antigo Testamento, os livros de Moisés


(Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), muito provavelmente
foram escritos por volta de 1400 a.C.2 Visto que esses livros descrevem
eventos desde milhares de anos antes, é quase certo que muitas fontes orais e
escritas estejam por trás de nosso texto corrente. É claro que a seleção, ou a
edição, que Moisés fez dessas fontes aconteceu sob a supervisão de Deus. O
último livro do Antigo Testamento, Malaquias, foi escrito por volta de 430 a.C.
Portanto, os 39 livros do Antigo Testamento foram compostos num espaço de
mais de 1.000 anos, por cerca de 40 autores diferentes. (Alguns livros do
Antigo Testamento foram escritos pelo mesmo autor – Jeremias e
Lamentações, por exemplo. Outros livros, como 1 e 2 Reis, não citam
explicitamente um autor. E outros livros, como os Salmos e Provérbios, citam
vários autores para várias porções.) O Antigo Testamento foi escrito em
hebraico, com algumas pequenas porções em aramaico (Es 4:8-6:18; 7:12-
12:26; Dn 2:4b-7:28; Jr 10:11).

O primeiro livro do Novo Testamento (provavelmente, Gálatas ou Tiago)


foi escrito talvez entre a metade e o final dos anos 40 d.C. A maioria dos livros
do Novo Testamento foi escrita nos anos 50 e 60 d. C. O último livro do Novo
Testamento, o livro de Apocalipse, foi escrito talvez por volta de 90 d.C. O Novo
Testamento foi escrito em grego, a língua comum de seus dias, embora
contenha algumas palavras transliteradas do aramaico e do latim.

NÚMERO E ORDEM DO ANTIGO TESTAMENTO

O Antigo Testamento inclui 39 livros individuais. Esses livros variam em


gênero literário, de narrativa histórica a poesia romântica. Como se mostram
hoje em nossa Bíblia, eles estão organizados, até certo grau, tematicamente.

Lei (Gênesis-Deuteronômio). Esses cinco livros são também chamados os


Livros de Moisés ou o Pentateuco. (Pentateuco é uma palavra grega que
significa “os cinco livros”.) Esses livros descrevem a origem do mundo, o
começo da nação de Israel, a escolha de Deus referente a Israel, a entrega de
suas leis a eles e sua condução até a fronteira da Terra Prometida.
Os Livros Históricos (Josué-Ester). Esses doze livros relatam os lidares de
Deus com Israel, usando principalmente narrativa histórica.

Sabedoria e Cânticos (Jó-Cântico dos Cânticos). Esses cinco livros incluem


provérbios, outra literatura de sabedoria antiga, e cânticos.

Os Profetas Maiores (Isaías-Daniel). Esses cinco livros são chamados os


profetas maiores porque são mais extensos e não porque são mais
importantes. Esses livros dão testemunho das muitas advertências, instruções
e promessas de Deus enviadas a Israel por meio de seus porta-vozes divinos,
os profetas.

Os Profetas Menores (Oseias-Malaquias). Esses livros proféticos são mais


curtos e, por isso, chamados os menores. Na antiga coleção judaica das
Escrituras, eles eram contados como um só livro, chamado o Livro dos Doze
(ou seja, os doze livros proféticos).

NÚMERO E ORDEM DOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO

Durante seu ministério terreno, Jesus usou uma variedade de artifícios


mnemônicos (por exemplo, rima, detalhes inesperados e histórias cativantes).
Além disso, ele prometeu a seus discípulos que o Espírito Santo traria seu
ensino à memória deles (Jo 14:26). Depois da ressurreição e da ascensão de
Jesus, as histórias a seu respeito foram contadas por algum tempo,
aparentemente como uma tradição oral que foi cuidadosamente preservada e
transmitida por testemunhas oculares (Lc 1:1-4).

Com o passar do tempo, coleções autoritárias dessas histórias foram


escritas e reconhecidas pela igreja como tendo sanção apostólica – os quatro
evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Lucas também escreveu um
segundo volume, Atos, explicando como o Espírito Santo veio como predito e
impeliu a igreja primitiva a dar testemunho de Jesus, o Messias.

À medida que os apóstolos iam fundando igrejas no antigo Império


Romano, continuavam a instruir essas comunidades por meio de cartas. Desde
os primeiros tempos de sua existência, essas cartas foram copiadas,
veiculadas e reconhecidas como de autoridade permanente para a vida da
igreja (Cl 4:16; 2 Pe 3:15-16). Treze das cartas do Novo Testamento foram
escritas pelo apóstolo Paulo (Romanos-Filemom).

As cartas de Paulo estão organizadas no Novo Testamento por ordem


decrescente de tamanho; primeiro, a comunidades, depois, a indivíduos. Se
mais de uma carta foi escrita para a mesma comunidade ou para o mesmo
indivíduo, elas foram mantidas juntas. Parece que a carta anônima “Aos
Hebreus” (i.e., para judeus cristãos) foi incluída depois das cartas de Paulo
porque alguém na igreja primitiva acreditava que Paulo ou um companheiro de
Paulo teria escrito a carta.

Outras cartas do Novo Testamento foram escritas por Tiago, Pedro, João
e Judas. Talvez essas cartas estejam arranjadas numa ordem decrescente de
proeminência dos autores. Em Gálatas 2:9, Paulo menciona “Tiago, Cefas e
João” como “colunas” na igreja de Jerusalém. Essa lista de Paulo reflete a
ordem das respectivas cartas deles no Novo Testamento (Tiago, 1 Pedro, 2
Pedro, 1 João, 2 João, 3 João). A carta de Judas, meio-irmão de Jesus,
aparece em seguida. O livro final do Novo Testamento, o Apocalipse de João,
tem um gênero misto, incluindo cartas, profecia e revelação. Visto que grande
parte do livro é formada de visões e imagens simbólicas que apontam para o
fim do mundo, o livro é disposto como o último do cânon de 27 volumes do
Novo Testamento.

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