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ESCOLA DE FOTOGRAFIA
FUNDAMENTOS DO FOTOJORNALISMO
Relatório apresentado
como parte das exigências
para conclusão do Módulo
5 do curso de Fotografia.
Joinville, SC
Dezembro de 2017
O que diferenciaria o real fotojornalismo do fotógrafo amador que tem um
celular e está no lugar certo, na hora certa? O fotojornalismo realmente significa
muito mais do que isso. Em sua origem, essa área da fotografia é o jornalismo sério,
pensado, com o foco no impacto visual de uma notícia.
Historicamente, houve um atraso evidente entre o surgimento e a divulgação
da fotografia nos meios de comunicação. Esse lapso temporal se justifica por
motivos técnicos e econômicos. O jornal 'Daily', de Nova Iorque, foi considerado o
primeiro a publicar uma imagem, em 1880. Entretanto, o termo fotojornalismo surgiu
depois, nas primeiras décadas do século XX com o desenvolvimento das revistas
ilustradas. Esse tipo de revista teve seu ápice na Alemanha em 1930.
A inclusão de textos não verbais jornais e revistas ilustradas causaram uma
enorme revolução na comunicação, pois barreiras idiomáticas foram quebradas.
Embora complementares, ao contrário de um texto escrito ou falado, a fotografia é
linguagem muito mais universal.
Há quem sustente que fotojornalismo diário e fotojornalismo documental
são segmentos completamente diversos. Outros autores defendem que são
separados apenas por uma sutil conceituação. Concordamos com a segunda linha
de pensamento. O autor Jorge Pedro Sousa define tais terminologias tanto em
sentido lato como em sentido estrito, a saber:
"No sentido lato, o fotojornalismo é a atividade de realização de fotografias
informativas, interpretativas, documentais ou ilustrativas para a imprensa ou outros
projetos editoriais ligados à produção de informação de atualidade. No sentido
estrito, entretanto, o fotojornalismo é a atividade que visa informar, contextualizar,
oferecer conhecimento, formar, esclarecer ou marcar pontos de vista através da
fotografia de acontecimentos e da cobertura de assuntos de interesse jornalístico. O
fotojornalismo, em sentido exato, tem como meta transmitir informação de maneira
objetiva e instantânea, diferenciando‐se da fotografia documental, que tem como
prioridade desenvolver um trabalho mais interpretativo e elaborado."
Constatamos que, na prática, as denominações mais usadas pelos
profissionais da área são "fotojornalismo" e "foto documental" ou "documentário".
No fotojornalismo diário, pode‐se trabalhar em diversos meios de
informação, tais como jornais, revistas, redes ou sites de notícias. O profissional
pode atuar exclusivamente para uma dessas mídias, ou, ainda, de modo autônomo,
fotografando para vários meios de comunicação ao mesmo tempo.
A atuação independente é mais usual, pois os jornais, na maioria das vezes,
contratam agências para obter fotos de lugares onde não podem ter um
representante próprio.
Também têm crescido o número de outras funções menos tradicionais, como
nas mídias não visuais. Exemplo: estações de rádio que colocam notícia em sites
através da fotografia.
Vale destacar que, mesmo que a função inicial do fotógrafo seja outra, é
preciso que ele esteja preparado para eventualidades. Afinal, nunca se sabe quando
haverá algum evento como, por exemplo, um acidente ou desastre, e pode ser que
os jornais precisem dessa cobertura.
O fotojornalismo documental, por sua vez, é o tipo de trabalho que exige
mais do fotógrafo, visto que, nessa ramificação foto jornalística é necessário não só
cobrir um acontecimento, mas conhecer a história e vivenciá‐la. Também é preciso
contá‐la não com apenas uma foto, mas com uma série delas.
Nesse tipo de trabalho é comum um fotógrafo passar meses em outro país ou
tribo indígena, por exemplo. Num documentário, se não houver uma boa atitude do
fotógrafo, aproximar‐se das pessoas será impossível; na maioria das vezes será
preciso convencê‐las a se deixar fotografar a fim de que a narrativa possa ser feita.
Boas histórias não vêm facilmente, mas podem se tornar comuns, caso se consiga
unir simpatia e determinação.
Para o inglês Derrick Price “o arquetípico projeto documental estava
preocupado em chamar a atenção de um público para sujeitos particulares,
frequentemente com uma visão de mudar a situação social ou política vigente”.
As fotografias documentais atuais possuem características da estrutura
clássica, e foram solidificadas em 1930. Tais características foram modeladas no
século XIX com os primeiros documentaristas, como o escocês John Thomson
(1837‐1921), o dinamarquês Jacob Riis (1849‐1914), a americana Margaret Sanger
(1879‐1966) e o alemão Heinrich Zille (1858‐ 1929). Esses fotógrafos se dedicaram
à fotografia social.
Nos anos 30, auge desse tipo de fotografia, os foto documentaristas
procuravam estabelecer em seu trabalho a verdade, a objetividade e a credibilidade.
PLANEJANDO:
Uma das coisas mais importantes nesse ramo é planejar. Se você não sabe o
que vai precisar antes de ir a campo, você não vai ter o equipamento fotográfico
necessário, nem vai olhar para a direção certa quando algo importante acontecer.
Fotojornalismo raramente é captura de eventos inesperados, ele é a captura de
momentos inesperados em eventos planejados.
TIMING NO FOTOJORNALISMO:
EXPOSIÇÃO:
Essa ramo da fotografia não é uma expressão artística, é fazer com que o
espectador saiba exatamente o que está acontecendo no momento registrado. É
tentador olhar para as possibilidades artísticas de cada cena e você pode ficar
frustrado por ter que registrar eventos de maneira exata, mas quem for ver a sua
fotografia espera a realidade do fotojornalismo.
Quando você chegar à cena, arrume seu equipamento com uma exposição
adequada para que você capture a luz corretamente, de maneira em que o assunto
principal fique bem aparente. Quando o momento de clicar chegar, você vai precisar
tomar uma rápida decisão; você não vai querer perder tempo arrumando os ajustes
de exposição da câmera.
Ao mesmo tempo, você não vai querer usar a exposição automática, que é
ajustada para uma luz comum e isso pode esconder alguns detalhes se a condição
de iluminação fugir um pouco disso.
Como fotógrafo, você precisa ter controle do seu equipamento e configurar a
sua câmera manualmente de acordo com as condições do ambiente que será
retratado.
EDITANDO
Uma das vantagens de se usar uma câmera digital de alta resolução é a
possibilidade de poder editar e cortar a imagem com tranquilidade. O objetivo das
imagens foto jornalísticas é desviar a atenção do espectador aos elementos que são
importantes. Pela velocidade dos acontecimentos, muitas vezes você não vai
conseguir montar todas as fotos em torno de uma composição que oriente o olhar e
guie as pessoas para o que você quer que elas vejam. Às vezes você vai precisar
cortar a fotografia para mostrar apenas o que é mais importante.
Com uma alta resolução, você tem a vantagem de cortar áreas grandes de
uma imagem depois de registrá-la. Vale lembrar que cortar é o único recurso de
edição que você vai poder usar. Há vários escândalos de fotojornalistas que
retocaram e manipularam uma imagem para criar uma história diferente à original.
Quem vai ver a sua imagem confia em você e você deve respeitar essa confiança.
FOCO
O ASSUNTO DA FOTOGRAFIA
DIREITOS
REFERÊNCIAS:
http://www.fotografia‐dg.com/fotojornalismo‐fotografia‐documental/
http://portal.estacio.br/media/3327546/5‐uma‐breve‐analise‐critica‐evolucaofotojornal
ismo‐brasileiro.pdf
http://www.jornalista.com.br/fotojornalismo.html
https://focusfoto.com.br/sobre-fotografia-documental/
https://blog.emania.com.br/7-dicas-sobre-o-fotojornalismo-fundamentos-e-impacto-
visual/
https://prezi.com/js3exsbmymwq/fundamentos-do-fotojornalismo/
https://prezi.com/mzjelmynk60r/os-fundamentos-do-fotojornalismo/