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DIREITO CIVIL 3

Nome: Juliana Cordeiro C. de Albuquerque


Turma: mp3 Sala: 406
Prof.(a): Rosângela Lira

ATIVIDADE

1. Discorra sobre a figura do vício redibitório e suas consequências diante dos


princípios contratuais vigentes.

O código civil cuida, no capítulo V do Título IV, parte das obrigações,


dos vícios redibitórios. Entende-se por vício redibitório, aquele que desnatura de tal
forma a coisa, tendo em vista as finalidades a que se destina, ou a depreciar em tal
extensão que, se fosse conhecido, não teria ensejado o contrato.

Com sua habitual clareza, silvio Rodrigues o define como um defeito oculto
da coisa, comum às congêneres, e que a torna imprópria ao seu destino ou lhe diminuem
sensivelmente o valor. (in Direito Civil - Dos contratos e das declarações unilaterais de
vontade, vol 03 , p. 105, 24ª ed.).

Segundo o magistério de Clóvis Beviláqua, vícios redibitórios são os


defeitos ocultos, que tornam a coisa imprópria para o uso a que é destinada, ou, que a
fazem de tal modo frustânea, que o contrato se não teria realizado, se fossem conhecidos
(In código civil comentado, vol. 4, p.214, 11ª ed.)

Para que ocorra, pois, o vício aludido, consoante dispõe o art. 1.101 do CC,
cumpre que haja uma coisa, que esta seja recebida em virtude de um contrato
comutativo, que o vício seja oculto e preexistente no contrato, que tal defeito a torne
imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminua significativamente o valor.

A coisa deve ser recebida através de um contrato. Não qualquer contrato,


mas somente o comutativo. Comutativo é o contrato sinalagmático, a título oneroso e
não aleatório, isto é, aquele "em que cada uma das partes, além de receber da outra
prestação equivalente à sua, pode apreciar imediatamente essa equivalência".
(Washington, ob. art., p. 40)

Embora a doação seja contrato unilateral e benéfico, ou seja, a título gratuito,


dispõe o parágrafo único do art. 1.101 do CC, que é aplicável a ação redibitória em se
tratando de doação gravada de encargo. Justifica-se a disposição legal porque, nas
doações gravadas de encargo, ao donatário é imposta uma obrigação, razão porque deve
ser desclassificada de entre os contratos unilaterais, conforme assinala Clóvis
Beviláqua. É mister, ainda, que o vício seja exame em que seja empregada uma
diligência normal. Assim , se o defeito era aparente e o interessado não o percebeu
porque foi negligente, não pode fazer uso da ação redibitória. Igualmente não terá esse
direito se conhecia o vício antes da celebração do contrato. O defeito oculto, desse,
outrassim, ser anterior ao contrato, eis que, obviamente, não pose o alienante suportar o
ônus do prejuízo que sobreveio ao contrato. Se a coisa se deteriorou em mãos do
comprador por defeito superveniente, descaberá a ação redibitória,.

O vício, deverá ser, ainda, de tal ordem que torne imprópria a coisa à sua
natural destinação, ou lhe diminua o valor de forma acentuada.

Deverá, pois, ser um defeito grave, sendo irrelevante para acarretar o


funcionamento da garantia, se ocorrer um defeito de menos importância. Preleciona, a
propósito, Serpa Lopes, que não ocorre o vício redibitório se a coisa for menos bela,
menos agradável, menos excelente, ou apenas se tenha em vista a ausência de uma
qualidade que se presumia investir (In aviso de Direito Civil, vol. 3º, parte primeira,
p.156).

Pode o alienante eximir-se de responsabilizando, consequentemente, por seu


perfeito funcionamento. Tal ocorre freqüentemente nas transações envolvendo veículos
usados, conforme jurisprudência sufragada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo (RT 420/126-127), contudo, adverte Washington, qualquer cláusula a respeito
deve ser clara e explicita, porque, com a da inserção no contrato, se visará à
modificação do direito comum.

O contratante que recebeu a coisa com defeito oculto, pode enjeitá-la e


redigir o contrato reavendo o preço pago ("actio redibitória") ou então pleitear o
abatimento do preço, conservando a coisa ("quanti menoris").

A ignorância do alienante a respeito do vício, não o exime da


responsabilidade de suportara garantia redibitória, eis que esta não decorre de culpa ou
má fé e sim da própria natureza do contrato comunicativo. Pode, contudo, o alienante
eximir-se da responsabilidade, fazendo inserir cláusula impressa no contrato, consoante
já ficou exposto. Embora, como se disse, a responsabilidade por vícios redibitórios não
se lastreie na culpa ou má fé do alienante, esta se exacerba se tinha ele conhecimento do
defeito ao momento da transação. Assim, se tinha ciência do vício, será competido a
restituir o que recebeu, acrescido das perdas e danos sofridos pelo adquirente. Se os
ignorava, contudo, restituirá tão - somente o "quantum" recebido, mais as despesas do
contrato. É o que preceitua o art. 1.103 do CC. Justifica-se a disposição legal, porque,
evidentemente, o alienante de má fé tem responsabilidade maior, razão porque deve
sofrer sensão mais severa, verberando o legislador, destarte, a malícia e a dissimulação.

Cumpre não confundir o vício redibitório com o erro substancial, previsto


nos arts.86 e 87 do CC. Aquele, consoante, já foi visto, é considerado no momento da
tradição, enquanto o erro se consubstancia no ato da declaração da vontade. Enfatiza
Washington de Barros Monteiro que, quem exerce ação redibitória, admite
implicitamente que o contrato se formou de modo válido e eficaz, ao passo que o autor
nega frontalmente tal validade.

Evaristo dos Santos enumera outras distinções entre tais institutos, a saber:

a) O erro essencial, sendo vício de consentimento, é comum a todos os


contratos, enquanto o vício redibitório só aparece nos contratos comutativos;
b) O erro substancial atua subjetivamente ao passo que o vício redibitório, objetiva e
economicamente;
c) O erro substancial vicia o contrato desde a sua formação, enquanto que o vício
redibitório, apenas a execução, pois não passa de garantia.

Para Maria Helena Diniz, dentre as conseqüências dos vícios redibitórios, destacam-se;

“1) A ignorância dos vícios ocultos pelo alienante não o eximirá da


responsabilidade (CC, art.443). Pelo Código do Consumidor, vedada estará a
exoneração contratual dessa responsabilidade nas relações de consumo (arts. 24
e 25).
Código Civil
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que
recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor
recebido, mais as despesas do contrato.

2) Os limites da garantia, isto é, o quantum do ressarcimento e os prazos


respectivos poderão ser ampliados, restringidos ou até mesmo suprimidos pelos
contratantes; entretanto, nesta última hipótese, o adquirente assumirá o risco do
defeito oculto.

3) A responsabilidade do alienante subsistirá, ainda que a coisa pereça em poder


do alienatário, em razão do vício oculto, já existente ao tempo da tradição (arti.
444).

4) O adquirente ao invés de rejeitar a coisa, redibindo o contrato, poderá


reclamar o abatimento no preço (CC, art.442).
Código Civil
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o
adquirente reclamar abatimento no preço.

Assim, de duas alternativas dispõe o adquirente:


- Ação redibitória com o objetivo de rescindir o contrato e obtenção do preço
pago, além de perdas e danos, se o alienante conhecia o vício.
- Ação estimatória com o fim de obter abatimento no preço, conservando assim a
aquisição do bem e evitando a redibição do contrato.

5) O defeito oculto de uma coisa vendida juntamente com outras não autoriza a
rejeição de todas (CC, art. 503).
Código Civil
Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não
autoriza a rejeição de todas.

6) O terceiro que veio a adquirir o bem viciado não sofrerá as conseqüências da


redibição; logo, se o adquirente o alienar, ficará impossibilitado de propor ação
redibitória.

7) A renúncia, expressa ou tácita, à garantia por parte do adquirente impede a


propositura das ações edilícias (ação de redibição e ação estimatória). “

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