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JOBIM ADVOGADOS

PR EVI DENC I Á RI O
OAB/RS 2531

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 1ª VARA


FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA MARIA – RS

XXXXXXXX, já cadastrada eletronicamente,


vem, com o devido respeito e lisura perante Vossa
Excelência, por meio de seus procuradores, propor

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONCESSÃO


DE PENSÃO POR MORTE

contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO


SOCIAL (INSS), pelos seguintes fundamentos fáticos
e jurídicos que passa a expor:

1. DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS:

A Autora requereu em 01/08/2015, junto à Autarquia Previdenciária, a


concessão do benefício de pensão por morte, em decorrência do falecimento do
seu esposo, Sr. xxxxxxxxxx, ocorrido em 15/06/2003, conforme certidão de óbito
anexa.

Instruiu o processo administrativo com a certidão de casamento e


documentos comprobatórios de que o Sr. Xxxxxxxx exercia de atividade rural na
condição de bóia-fria no momento anterior ao seu óbito, o que garantia a qualidade
de segurado do RGPS.

Após análise dos elementos de prova apresentados, pode-se observar que


indeferiu o pedido por entender que o Sr. xxxx não detinha qualidade de segurado
ao RGPS na data do falecimento.
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Desta forma, não resta alternativa à Demandante, senão a propositura da


presente ação.

Dados do processo administrativo:

1. Número do benefício (NB): xxx.xxx.xxx-x

2. Data do óbito: 15/06/2003

3. Data do requerimento
01/08/2015
(DER):

4. Razão do indeferimento: Suposta falta de qualidade de segurado de cujus.

PENSÃO POR MORTE E REQUISITOS LEGAIS:

Da qualidade de dependente:

A pensão por morte tem previsão no art. 74 da Lei 8.213/91, a qual regula
que será devido o benefício ao conjunto de dependentes do segurado falecido,
aposentado ou não.

De mesma banda, o artigo 16 da mesma lei define aqueles que são


dependentes do segurado. Veja-se (grifei):

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição


de dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado,


de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente
incapaz, assim declarado judicialmente;

(...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é


presumida e a das demais deve ser comprovada.

No presente caso, a dependência econômica é inconteste, eis ao passo que a


Demandante era casada com o de cujus, há mais de 30 anos.

Da qualidade de Segurado:

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Segundo a Lei 8.213/91, a concessão do benefício de pensão por morte


depende da ocorrência do evento morte e, além da dependência de quem objetiva
a pensão, a demonstração da qualidade de segurado do de cujus. Não se opera no
presente caso o cumprimento da carência, conforme alterações da Medida
Provisória 664/2014, convertida na Lei 13.135/2015, eis que o fato gerador é
anterior a sua edição.

O Sr. xxxxxxxx era trabalhador rural na condição de bóia-fria há mais de 30


anos, enquadrando-se como segurado da previdência social nos termos do inciso
VII, da Lei 8.213/91.

A fim de comprovar a qualidade de segurado especial do de cujus, a parte


Autora apresentou certidão de casamento em 1978, certidão de nascimento dos
filhos nos anos de 81, 84, 86, 88 e certidão de óbito em 2003, onde consta a
profissão agricultor.

Destaca-se que por se tratar trabalhador rural bóia-fria deve ser atenuada a
exigência de inicio de prova material tendo em vista a informalidade em que é
exercida. Este é entendimento esposado pela Turma Regional de Uniformização de
Jurisprudência da 4ª Região:

SÚMULA Nº 14: A falta de início de prova material não é impeditiva


da valoração de outros meios de prova para o reconhecimento do labor
rural por boia fria.

Na mesma esteira, atenuando a exigência de inicio de prova material para o


trabalhador bóia-fria a jurisprudência do TRF4:

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL.


APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. BOIA-FRIA. IDADE
MÍNIMA ATINGIDA PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
TRABALHO RURAL COMPROVADO. 1. O trabalhador rural que
atua como boia-fria, diarista ou volante, deve ser equiparado,
para os fins da aposentadoria rural por idade, ao segurado
especial, aplicando-se-lhe, em consequência, o disposto no art.
39, I, da Lei 8.213/91, sem as limitações temporais previstas no
art. 143 da mesma lei. 2. Não se justifica tratamento diferente,
especialmente se considerada a maior vulnerabilidade social a
que está sujeito o trabalhador rural sem vínculo empregatício e
desprovido dos meios para, por conta própria, retirar seu
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sustento e de sua família do trabalho na terra. A diferença entre


eles é quanto à maior informalidade da atividade do boia-fria, o
que resulta em uma maior necessidade de amparo do Estado, e
de relativização dos meios de prova material, e não o inverso. 3.
Atingida a idade mínima exigida e comprovado o exercício da
atividade rural em regime de economia familiar ou como boia-
fria pelo período exigido em lei, mediante a produção de início
de prova material, corroborada por prova testemunhal
consistente, o segurado faz jus à aposentadoria rural por idade.
4. Nos casos dos trabalhadores rurais conhecidos como
boias-frias, diaristas ou volantes especificamente,
considerando a informalidade com que é exercida a
profissão no meio rural, o entendimento pacífico desta
Corte é no sentido de que a exigência de início de prova
material, embora subsistente, deve ser abrandada. 5.
Diante do decidido pelo Supremo Tribunal federal no julgamento
das ADIs 4.357 e 4.425, em que apreciada a constitucionalidade
do artigo 100 da CF, com a redação que lhe foi dada pela EC
62/2009 e declarada a inconstitucionalidade de diversas
expressões ali contidas, e alcançando, por arrastamento, o art.
1º-F da Lei nº 9.494, com a redação dada pelo art. 5º da Lei nº
11.960, de 29-06-2009 (atualização monetária pelo índice de
remuneração da poupança), a correção monetária dos valores
devidos deverá observar a sistemática da legislação anterior,
adotando-se o INPC.
[...]
(TRF4, APELREEX 5008376-86.2015.404.9999, Quinta Turma,
Relator p/ Acórdão (auxílio Ricardo) Taís Schilling Ferraz,
juntado aos autos em 30/04/2015)

Portanto, os documentos apresentados devem ser valorados considerando a


vulnerabilidade e a informalidade da atividade rural do Sr. Xxxxxxx.

Nessa toada, deve-se ser reconhecida a existência de inicio de prova material


no presente caso, consistente nos documentos de Registro Civil, onde o de cujus
está qualificado como agricultor.

Ademais, giza-se que prova testemunhal produzida na esfera administrativa


foi uníssona no sentido de que o Sr. Xxxxx trabalhava como bóia-fria há muitos
anos:

[CITAR TRECHO DA JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA ]

Portanto, demonstrado através de inicio de prova material e prova


testemunhal que o Sr. Xxxxxx, trabalhou como boia-fria até o momento do seu
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óbito, é imperioso que se reconheça a qualidade de segurado do mesmo e,


consequentemente se conceda o benefício de pensão por morte à sua esposa.

Todavia, na hipótese de se considerar que o direito da parte Autora não está


suficientemente comprovado, requer seja realizada audiência de instrução para
oitiva de testemunhas acerca do labor rural do Sr. Xxxxxx.

2. TUTELA DE URGÊNCIA

ENTENDE A DEMANDANTE QUE A ANÁLISE DA MEDIDA ANTECIPATÓRIA


PODERÁ SER MELHOR APRECIADA EM SENTENÇA.
A Autora necessita da concessão do benefício em tela para custear sua vida,
tendo em vista que os rendimentos auferidos por seu companheiro integravam de
forma primordial seu sustento.

Assim, após a instrução processual, ficará claro que esta preenche todos os
requisitos necessários para o deferimento da Antecipação de Tutela, em sede de
sentença, uma vez que se fará prova inequívoca quanto à verossimilhança das
alegações vestibulares. O periculum in mora, de outra banda, se configura pelo
fato de que se continuar privada do recebimento do benefício, a Autora terá seu
sustento drasticamente prejudicado.

De qualquer modo, o caráter alimentar do benefício traduz um quadro de


urgência que exige pronta resposta do Judiciário, tendo em vista que nos
benefícios previdenciários resta intuitivo o risco de ineficácia do provimento
jurisdicional final. Assim, imperioso o deferimento deste pedido antecipatório em
sentença.

4 3. PEDIDOS

5 FACE AO EXPOSTO, requer a Vossa Excelência:

1) O recebimento e o deferimento da presente petição inicial;

2) O deferimento do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, pois a Autora


não tem condições de arcar com as custas processuais sem o prejuízo de seu
sustento;

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3) A citação do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, para, querendo,


apresentar contestação;

4) A produção de todos os meios de prova admitidos, principalmente a documental


e testemunhal, para comprovação da qualidade de segurado do de cujus;

5) O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA, condenando o INSS a:

a) Conceder o benefício de pensão por morte à parte Autora, desde a data do


requerimento administrativo, nos termos do art. 74, inciso II, da Lei
8.213/91.

b) Pagar as parcelas vencidas e vincendas, monetariamente corrigidas desde


o respectivo vencimento e acrescidas de juros legais e moratórios,
incidentes até a data do efetivo pagamento.

c) Em caso de recurso, ao pagamento de custas e honorários advocatícios,


eis que cabíveis em segundo grau de jurisdição, com fulcro no art. 55 da
lei 9.099/95 c/c art. 1º da Lei 10.259/01.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

Dá à causa o valor1 de R$ xx.xxx,xx.

Santa Maria, 01 de dezembro de 2015.

Átila Moura Abella Elenilse Keller Tesser


OAB/RS 66.173 OAB/RS 87.510

1
Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ 14.362,68) + parcelas vencidas (R$ 9.375,63).
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