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O Padre Crespi mostra uma das muitas peças raras de sua coleção.
Não há dúvidas que sejam objetos do Antigo Mundo encontrados na América.
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Riquezas profundas
Os índios Shuar ou Jivaro (que tinham o hábito de reduzir os crânios dos inimigos mortos
em batalha), que vivem perto da caverna, usam essas aves como alimento.
Em 1972, o escritor sueco Erik von Daniken aventou por todo o mundo a descoberta do
pesquisador húngaro. Quando a notícia da estranha descoberta de Móricz foi divulgada
pelo globo, muitos estudiosos e esotéricos decidiram explorar a caverna em expedições
particulares.
Uma das primeiras expedições e a mais ousada foi realizada em 1976, pelo pesquisador
escocês Stanley Hall, que contou com a participação do astronauta norteamericano Neil
Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969.
Disse o astronauta, que a estadia de três dias no interior da caverna foi mais significativa
do que a sua legendária viagem à Lua. Também participou do empreendimento cavernista,
Julio Goyen Aguado, que seria amigo próximo de Juan Móricz e teria referências sobre a
localização exata das placas esculpidas em ouro.
Parece que Goyen Aguado, sob influência de Móricz, que não estava envolvido na questão,
enganou Stanley Hall, impedindo a posse dos anglosaxões sobre os antigos achados de
ouro.
Histórias de um tesouro
Quando chegou à selva amazônica equatoriana, em 1927, Carlos Crespi logo ganhou a
confiança dos nativos, que entregaram a ele, em décadas seguintes, centenas de fabulosas
peças arqueológicas que datam de um tempo desconhecido. Muitas dessas peças de ouro
ou banhado a ouro foram magistralmente esculpidas em hieróglifos arcaicos que ninguém
foi capaz de decifrar até o momento.
Desde 1960, Crespi recebeu permissão do Vaticano para abrir um museu na cidade de
Cuenca, onde se localizava a missão salesiana. Em 1962, houve um incêndio no local e
alguns dos achados foram perdidos para sempre.
Crespi estava convencido de que as folhas e placas de ouro que ele conheceu e estudou
mostravam, sem dúvida alguma, que o antigo mundo do Oriente Médio, antes do dilúvio,
esteve em contato com as civilizações que se desenvolveram no Novo Mundo a partir de
60 milênios atrás.
Segundo o Padre Crespi, as incisões ou gravações dos hieróglifos arcaicos, talvez, não
eram representavam simplesmente a língua materna da humanidade, falada antes do
dilúvio.
Os resultados obtidos por Crespi eram assustadoramente semelhantes aos levantados por
outros pesquisadores do mesmo período, como o esotérico peruano Daniel Ruzo, o
norteamericano G. H. Williamson, o arqueólogo Constantino Cattoi e o pesquisador
ítalobrasileiro Gabriele D'Annunzio Baraldi (que documentou muito bem a Pedra do Ingá).
No final da década de 1970, Gabriele D'Annunzio Baraldi visitou a Cuenca de los Tayos
com frequência, onde encontrou e conheceu Carlo Crespi e Juan Moricz.
Naquela época, Carlo Crespi revelou ao ítalobrasileiro que a caverna dos Tayos não tinha
fundo, e os milhares de ramificações subterrâneas não eram naturais, mas escavadas pelo
homem no passado.
Segundo Crespi, a maioria das peças repassadas a ele pelos indígenas viera de uma grande
pirâmide subterrânea, situada em um local secreto.
O religioso italiano confessou a Baraldi que, por medo de saque futuro, ordenou que os
índios terra cobrissem completamente a pirâmide, para que ninguém pudesse encontrá-la
novamente. Segundo Baraldi, a escrita hieroglífica arcaica gravada em folhas de ouro
encontrados na Cueva de los Tayos recordava o antigo alfabeto dos hititas que, para ele,
teriam viajado para a América do Sul e a colonizado parcialmente, cerca de 18 séculos
antes de Cristo.
Baraldi observou que em muitas placas e folhas de ouro havia vários signos recorrentes:
o sol, a pirâmide, a serpente, o elefante. Em particular, Baraldi interpretou a placa onde
uma pirâmide expõe um sol no seu topo, como uma erupção vulcânica gigante ocorrida
em tempos antigos.
Obras desvencilhadas
Quando Carlo Crespi morreu, em janeiro de 1980, sua fantasmagórica coleção de arte
prédiluviana foi selada para sempre, e ninguém pudera admirá-la novamente.
Há muitos boatos sobre o destino dos valiosos achados reunidos pacientemente durante
muitas décadas pelo religioso milanês. Alguns dizem que eles foram enviados
secretamente a Roma e ainda se encontram em algum lugar do Vaticano.
Outras fontes afirmam provar que o Banco Central do Equador adquiriu em 9 de julho de
1980, pelo valor de US$ 10.667.210, cerca de cinco mil peças arqueológicas de ouro e
prata.
Polêmicas e alegações
Minha opinião sobre os imensos tesouros da Cueva de los Tayos é que eles são autênticos
e vieram do Oriente Médio. No entanto, devemos distinguir que, entre os achados, há os
que foram esculpidos hieróglifos e outras representações de arte que podem ser de origem
suméria, assíria, egípcia e hitita.
Estou convencido que antes do dilúvio, as pessoas que viviam no na plataforma continental
da atual África (que mais tarde seria submerso) mantiveram contatos frequentes com os
povos que viviam no atual Brasil há mais de 60 milênios.
A Pedra do Ingá, situada no Estado da Paraíba, Brasil, foi minuciosamente estudada por
Gabriele Baraldi e descrita por mim em janeiro de 2010. Esse imenso petróglifo atesta que
os povos antigos descreveram um evento muito importante para eles (talvez, o dilúvio?).
Utilizando um método arcaico da escrita depois de ter atingido o atual Brasil, descrevem
um evento fortuito.
Também é útil recordar também a estatueta encontrada do interior do Brasil, que continha
gravado um alfabeto arcaico. A estatueta de basalto negro foi entregue pelo escritor Rider
Haggard ao explorador Percy Fawcett.
Esse alfabeto é muito semelhante aos sinais gravados nas placas de ouro encontradas na
Cueva de los Tayos. Neste sentido, podemos reconhecer e descrever algumas inscrições
arcaicas descobertas caverna Tayos como pertencentes à língua Nostratic.
Quanto aos outros achados, remontam possível origem do Oriente Médio pósdiluviano e,
parece correto considerá-las como restos de várias expedições ocasionais, realizadas a
partir do terceiro milênio a.C. pelos sumérios e, posteriormente, pelos egípcios, fenícios e
cartagineses.
Estas conclusões são não só corroboram o fato de terem encontrado restos de folhas de
coca em múmias egípcias, mas, especialmente, em relação às mais recentes descobertas
arqueológicas nos planaltos andinos, como a Fonte Magna e o Monólito Pokotia.
Resta o mistério do por que de todos estes objetos estarem reunidos num imenso tesouro
depositado em labirintos nas profundezas da caverna dos Tayos.
Tempos depois, é possível que os antepassados dos índios locais, Suhar, encontraram
essas relíquias na Caverna dos Tayos, considerando-os então, objetos sagrados que
deveriam permanecer obrigatoriamente reunidos em um local considerado de tradição e
magia.
- Imagens: Cedidas por Claudio Cacchi / Reprodução vídeo Padre Crespi / Reprodução Expedição
Moricz.
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- Extra:
Vídeo mostra o Padre Crespi e parte de sua coleção de peças
http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/arqueo/tesouro.htm