Вы находитесь на странице: 1из 2

Um dia, Edu estava andando na rua, quando a bateria de seu celular acabou.

Ele precisava urgentemente ligar para sua maã e, entaã o olhou para os lados
procurando uma soluçaã o. Nesse momento, um mendigo cruzou seu caminho
dançando de um modo esquisito. Edu achou estranho, mas ignorou. Entao,
viu um orelhaã o do outro lado da avenida, e resolveu atravessa-la para ligar
para sua mae.

Cuidadosamente, Edu olhou para todos os lados da via e começou a andar.


Mal havia começado a caminhar, quando surgiram vaá rios carros acelerando
furiosamente em sua direçaã o. Assustado, ele começou a desviar como podia;
rolando, pulando, girando e correndo, finalmente conseguiu alcancar a ilha
no meio da avenida.

Depois de recuperar o foô lego, Edu aguardava passar o movimento de carros


no outro sentido da avenida. Aguardava, aguardava, aguardava... E nada. Naã o
parava de vir carros.

O tempo ia passando e nada de Edu conseguir chegar ao outro lado. Nem de


madrugada os veíáculos paravam de passar. Era uma situaçaã o bizarra; preso
numa ilha rodeado por carros!

No dia seguinte, o movimento de carros continuava o mesmo. Edu naã o


conseguia sair. Com frio, tentou fazer fogo; mas sem sucesso. O tempo
passava e a apareô ncia de Edu piorava cada vez mais: seus cabelos e barba
cresceram, suas roupas ficaram puíádas, seu cheiro era feá tido.

Entao, começou a sentir fome. Sem nada para se alimentar, pegou uma
margarida, cheirou-a deslumbrado... E comeu-a com voracidade. Ainda com
fome, atacou a arvore. Dali a pouco, um passarinho pousou em frente a seus
teô nis rasgados. Ainda faminto, teve uma ideia... Conseguiu fazer uma fogueira
e assou... seus sapatos. Ficou com pena do pobre paá ssaro e naã o conseguiu
mata-lo.

Sem se alimentar direito, começou a ter alucinaçoã es, ao ponto de jogar


damas com um monstro imaginaá rio.

Desesperado, Edu procurava qualquer meio de conseguir socorro. Escreveu


uma mensagem, colocou dentro de uma garrafa e a atirou no meio dos
carros; sem sucesso.
De repente, o ceá u se abriu e uma luz se projetou la de cima. Um anjo com
uma mascara de sol desceu num balanço ate a ilha. De pe ao seu lado,
calmamente, fez brotar do chaã o um semaá foro e jogou no chaã o uma faixa de
pedestres. Atordoado, quase sem poder acreditar, Edu cruzou a avenida
lentamente; taã o lentamente que quase foi atropelado mais uma vez.

Quando chegou na calcada e percebeu que havia conseguido sair, ficou taã o
feliz que começou a dançar de um jeito esquisito – taã o esquisito quanto
aquele mendigo que havia visto dias atraá s.

Вам также может понравиться