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bit.ly/corensp30horas
EnfermagemRevista | 3
SUMÁRIO
24
12
20
6 GESTÃO
Conselheiros promovem ações de aproximação
com a categoria
38 ARTIGO
A construção da cultura da segurança na forma-
ção dos profissionais de enfermagem
11 ATENDIMENTO
Confira opções de desconto para pagamento da
anuidade 2019
40 GALERIA
Eventos e ações que movimentaram o cotidiano
da enfermagem
12 VIOLÊNCIA
Pesquisa revela que mais de 70% dos profissionais
de enfermagem já foram vítimas de agressão
42 PERSONAGEM
A enfermeira Paola Francoti conta sobre sua
participação no reality show Bake Off Brasil
16 PENITENCIÁRIA
Além das grades: a enfermagem na assistência a
pacientes em situação carcerária
43 BEM-ESTAR
Os benefícios da meditação
20 ESPECIALIDADE
O cotidiano da enfermagem junto a pacientes
44 COREN-SP EDUCAÇÃO
Os cuidados com o corpo e com a mente
45
psiquiátricos NA ESTANTE
Dicas de leitura
24 CAPA
Fiscalização: compromisso com a enfermagem e
com a sociedade
46 TRANSPARÊNCIA
Prestação de contas de janeiro a setembro de 2018
31 ENTREVISTA
A enfermeira Taka Oguisso relembra seus anos de
atuação
34 SAÚDE DO HOMEM
‘‘Conversa de boteco’’ organizada por enfermeiro
visa acolher população masculina em Paraisópolis
4
EXPEDIENTE COREN-SP NAS REDES SOCIAIS
Presidente
Renata Andréa Pietro Pereira Viana
Conselheiros titulares
dedicada como a atual! A unidade de uma gestão
Anderson Francisco de Meira da Silva, Cléa Dometilde Soares Rodrigues,
corrobora a valorização e a importância de nossa
Demerson Gabriel Bussoni, Demétrio José Cleto, Dorly Fernanda
Gonçalves, Emerson Roberto Santos, Érica Chagas Araújo, Erica França categoria!
dos Santos, Gergezio Andrade Souza, James Francisco Pedro dos Santos,
Josileide Aparecida Bezerra, Marcia Regina Costa Brito, Maria Cristina
Komatsu Braga Massarollo, Paulina Kurcgant, Regiane Amaro Teixeira ANDREIA OLIVEIRA
Conselheiros suplentes Quero deixar aqui o meu agradecimento ao Coren-
Adriana Nascimento Botelho, Alessandro Correia da Rocha, Cesar
Augusto Guimarães Marcelino, Claudete Rosa do Nascimento, David de
SP, relacionado ao curso de bradicardia e taquicar-
Jesus Lima, Eduardo Fernando de Souza, Gilmar de Sousa Lima, Ivany dia ministrado pelo profissional Wagner. Excelente
Machado de Carvalho Baptista, Ivete Losada AIves Trotti, Janiquele Maria
da Silva Ferreira, Marcos Fernandes, Michel Bento dos Santos, Michelle aprendizado. Sou grata por essa oportunidade.
Ferreira Madeira, Rebeca Canavezzi Rocha, Rosana Aparecida Garcia,
Rosemeire Aparecida de Oliveira de Carvalho, Tania Heloisa Anderman da “Vem, vamos embora que esperar não é saber!
Silva Barison, Virginia Tavares Santos, Wilson Venâncio da Cunha, Wilza
Carla Spiri
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”!
Enfermagem Revista
É uma publicação trimestral do Conselho Regional de Enfermagem de
DENISY MUNIZ
São Paulo. Os artigos contidos nesta edição não expressam, necessaria- Minha percepção desta nova gestão é uma
mente, a opinião da diretoria e demais membros.
aproximação com os profissionais, se posicionam
Conselho Editorial:
Edir Gonsaga, Eduarda Ribeiro, Érica Chagas, Paulo Cobellis e Renata
em vários assuntos pertinentes à profissão, entre
Pietro
eles as tão sonhadas 30 horas. Oferecem oportuni-
Gerente de Comunicação dades para a participação em eventos, além das
Yasmim Taha
atividades que já são fornecidas pelo Coren-SP
Jornalista responsável
Alexandre Moitinho – MTB 74247
Educação. Enfim, estou satisfeita!
Diagramação
Sergio Piola
JULIANA LEMOS
Ótimo atendimento, eficiência e cuidado com o
Coordenação Administrativa
Cláudia Tanabe Galvão profissional. Fui muito bem recepcionada e
Textos: consegui solucionar todos meus problemas. O Refis
Alexandre Gavioli, Alexandre Moitinho, Letícia Cubas e Yasmim Taha
proporciona bom desconto para o profissional que
Designer Gráfico necessita negociar a dívida. Coren não é sindicato!
Gilberto Luiz de Biagi
Triste é a categoria querer exercer e não pagar a
Fotos
Elma Santos, Alexandre Gavioli, acervo Coren-SP e acervo pessoal Paola anuidade. Amo minha profissão. Amo ser
Francoti
enfermeira. Obrigada, Coren-SP.
Estagiário de Design
Marcos Ruiz
Agentes Administrativos
Alex Ramos e Júlio Cesar Parmigiani Teixeira
Impressão
Windgraf Gráfica e Editora
Tiragem
29.560 exemplares
EnfermagemRevista | 5
GESTÃO
Coren-SP em ação
pela valorização!
O ano de 2018 foi marcado por muitos avanços no Coren-SP. A gestão 2018-2020
trabalhou intensamente para aproximar o Conselho dos profissionais de enfer-
magem. Os conselheiros percorreram o estado, para dialogar com a categoria,
realizar palestras e facilitar o acesso a serviços, como emissão e renovação da
Carteira de Identidade Profissional. A diretoria também se fez presente no cotidi-
ano dos profissionais, acompanhando de perto as ações de fiscalização e lutando
pela valorização da enfermagem. Confira!
126
encontros com estudan-
464
visitas a instituições de
tes de cursos de enferma- saúde em todo o estado
gem para apresentar o
Renata Pietro e o ministro da Saúde,
Coren-SP
Luiz Henrique Mandetta
FISCALIZAÇÃO
A presidente do Coren-SP, Renata Pietro, esteve em Bra-
sília em dezembro e conseguiu marcar uma reunião com A Gerência de Fiscalização intensificou as ações educa-
o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que inte- tivas e de apoio à enfermagem, além do diálogo com as
gra a equipe de transição do próximo governo federal. Ela instituições, para um dimensionamento correto de
apresentou as demandas da enfermagem, ressaltando a profissionais. Este é um avanço na luta por uma assis-
necessidade de valorização da categoria. tência segura. Leia mais na página 24.
6
ACORDOS EM A LUTA PELAS 30 HORAS
CONCILIAÇÃO
139.200
profissionais firmaram
acordo para ficar em dia
com suas anuidades
Presidente do Coren-SP, Renata Pietro, protocolou ofício na presidência
da Alesp mostrando a importância da aprovação das 30 horas
3.300
Em uma iniciativa inédita, o Coren-SP indicou à Alesp a criação do
audiências de conciliação
Projeto de Lei 347/2018, de autoria da deputada Analice Fernandes,
foram realizadas para
que prevê a regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas sema-
auxiliar os profissionais
nais sem redução salarial para todo o estado de São Paulo. O projeto
na resolução de pendên-
foi aprovado pelos deputados estaduais, porém vetado pelo governa-
cias com o Coren-SP
dor João Doria. O Conselho não concorda com o veto e lutará para
derrubá-lo na Alesp.
Campinas RODAS DE
DIRETORIA PERCORRE O ESTADO
CONVERSA
São José dos Campos
Guarulhos As Rodas de Conversa
sobre Atenção Básica
São José do Rio Preto
foram uma das grandes
Osasco novidades deste ano e
Santo André tiveram como principal
objetivo valorizar a atua-
Mogi das Cruzes
ção da enfermagem e
Presidente Prudente discutir o fortalecimento
Ribeirão Preto do SUS. Elas foram pro-
Integrantes da diretoria do Coren-SP em reunião em Marília, quando entrega-
movidas em Ribeirão
ram as inscrições remidas para profissionais com mais de 30 anos de atuação Itapetininga
na enfermagem Preto, Botucatu, Campi-
Santos nas, Santo André, São
A Diretoria do Coren-SP percorreu várias regiões do Marília Paulo, São José dos Cam-
Estado para ouvir as demandas da enfermagem e aproxi- pos e Santos.
mar o Coren-SP da categoria. Confira as cidades em que Santa Fé do Sul
o programa Diretoria Itinerante esteve: São Carlos
EnfermagemRevista | 7
INCENTIVO AO PRIMEIRO EMPREGO A LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA
VO VO
NO NO
8
POSICIONAMENTO EM PROL
CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO
DA ENFERMAGEM
Luta contra a
Outubro Rosa Novembro Azul
homofobia
Mais de 1.000
Cerca de 900 vagas disponibilizadas nas palestras
integrantes de Comissões de Ética empossados em 2018
EnfermagemRevista | 9
SÃO PAULO VOLTA A SEDIAR O
SEMANA DA ENFERMAGEM CBCENF
O Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enferma-
gem (CBCENF) voltou a ser realizado em São
Paulo após duas décadas. O maior evento da Amé-
rica Latina voltado para a enfermagem foi realiza-
do em novembro, em Campinas. O Coren-SP mar-
cou presença no evento com palestras dos Conse-
lheiros e um estande que contou com simuladores
Padre Marcelo Rossi ofereceu uma missa aos profissionais
em homenagem ao Dia da Enfermagem de última geração. Confira os melhores momentos!
10
ATENDIMENTO
R$ 377,08
OBSTETRIZ R$ 320,52 R$ 358,22
(5x R$ 75,41)
R$ 396,93
ENFERMEIRO (A) R$ 337,39 R$ 377,08 Utilize o leitor de código de
(5x R$ 79,38)
barras do seu celular.
EnfermagemRevista | 11
VIOLÊNCIA
Epidemia silenciosa
Campanha contra violência promovida pelo Coren-SP desvela uma realidade de medo e insegurança
VIOLÊNCIA
CONTRA MULHERES
De acordo com a
Organização Mundial da
Saúde (OMS), o Brasil é o
quinto país mais violento
com as mulheres. Essa
realidade é reforçada
Ato em frente à sede do Coren-SP reuniu profissionais pelos resultados da
de enfermagem em combate à violência pesquisa: as mulheres
representam 83% dos
12
o exercício da profissão. E deste percentu-
al, 77% não realizaram nenhum tipo de
denúncia por falta de apoio das institui-
ções e pela sensação de impunidade. Os
dados revelam uma realidade de sofri-
mento velado, permeado por medo de
represálias.
“É inadmissível para nós pensar que
essas agressões estão acontecendo. Isso
tem levado a comunidade da enfermagem
a adoecer. Temos inúmeras licenças,
afastamentos, burnout e outras doenças”,
disse a presidente do Coren-SP, Renata
Pietro, durante coletiva de imprensa de A enfermeira Maria Lúcia Bortolucci (agredida em Santos) e a técnica de enfermagem
Emilly Santos (agredida em Guarulhos) foram acolhidas pela presidente do Coren-SP,
lançamento da sondagem, realizada na Renata Pietro, e pela conselheira Ivete Trotti
sede do Coren-SP, em setembro.
Essa ação fez parte da terceira edição medo”, destaca ele.
da campanha “Violência Não Resolve”, em O perigo das agressões é uma constan-
parceria com o Conselho Regional de te, porque elas geralmente provêm de
Medicina do Estado de São Paulo (Cre- pacientes, familiares e acompanhantes. A
mesp). E desta vez, houve também a principal motivação é a demora no
participação do Conselho Regional de atendimento causada pela falta de
Farmácia do Estado de São Paulo (CRF- estrutura nas instituições públicas. “Esse
SP), em uma união inédita dos conselhos é mais um reflexo do subfinanciamento da
de saúde, culminando na temática “Quem saúde”, opina Renata.
cuida merece respeito”. Foi num desses ambientes, em
A pesquisa também revelou os tipos de Unidade de Pronto Atendimento em
violência mais comuns, sendo a verbal A gente só quer a
Guarulhos, que o enfermeiro e técnico de
correspondente a 91% das agressões enfermagem Wagner Batista sofreu a
reciprocidade do
sofridas pelos profissionais, enquanto a agressão mais grave: uma ameaça de
respeito
física aparece em 21% das incidências, morte. “O filho do paciente queria ser
uma vez que um profissional pode ter atendido de imediato. Ele foi até o
Maria Lúcia Bortolucci
sofrido mais de um tipo de agressão. consultório do médico, que informou que
Pa ra Pa u l o C o b e l l i s, s e g u n d o - ele não havia sido classificado por mim
secretário do Coren-SP e um dos idealiza- como prioridade, então o indivíduo voltou
dores da pesquisa, não é possível pensar e me fez várias ameaças”. Ainda que não
em um abrandamento das circunstâncias tenha evoluído para uma agressão física, a
devido à diferença na porcentagem violência deixou marcas profundas em
presente nas respostas. “A agressão verbal Wagner. “Eu comecei a ter descontrole
pode deixar marcas muito mais profun- metabólico e dos níveis de hormônio,
das, desencadeando ansiedade e depres- pressão alta, chorava... Fiquei com medo
são, além de uma sensação constante de de voltar a trabalhar naquela unidade”.
EnfermagemRevista | 13
Representantes dos três conselhos de saúde apoiaram os profissionais agredidos. Da esquerda para a direita: o enfermeiro Wagner Batista; a técnica de enfermagem Sonia
Regina do Espírito Santo; a médica Edwiges Rosa; o segundo-secretário do Coren-SP, Paulo Cobellis; a presidente do Coren-SP, Renata Pietro; o então presidente do Cremesp,
Lavínio Camarim; o presidente do CRF-SP, Marcos Machado.
Mudança de cenário
Entre os participantes da pesquisa, Coren-S P os casos registrados nas
apenas 20% informaram que o local de delegacias do estado, para que o Conselho COMO O COREN-SP
trabalho oferece algum apoio. Essa possa fazer a divulgação, incentivando PODE A JUDAR?
carência também é apontada como um que as vítimas denunciem.
O Coren-SP recebe as
agravante para a subnotificação. “A Ele também falou sobre a importância denúncias de agressão
primeira tratativa deve ser feita dentro da da denúncia, para evitar a subnotificação, para ter dados suficien-
instituição, para que a chefia saiba o que além de gerar indicadores que pautem as tes para cobrar ações e
está acontecendo. A pessoa agredida políticas de segurança. “Assim é possível, conscientizar a sociedade
também deve realizar um boletim de por exemplo, que as unidades com maior sobre os prejuízos
ocorrência e depois procurar o Coren-SP índice de agressões se tornem um posto de causados pela violência.
para formalizar a denúncia. Temos cerca estacionamento de viaturas, ajudando a Existe também a figura
de 50 denúncias desde 2016 até agora, coibir a violência”. Também foi pactuada do desagravo público,
mas a pesquisa com mais de 4 mil pessoas na reunião a realização de ações conjuntas que é uma manifestação
já demonstra que o problema é bem entre Coren-SP e Secretaria de Segurança, em favor dos profissiona-
14
QUAIS OS TIPOS DE AGRESSÕES SOFRIDAS?
Verbal 90,9%
Psicológico 73,7%
Físico 21,1%
0 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
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PENITENCIÁRIA
16
O Complexo Hospitalar do Sistema auxiliar no tratamento de doenças e feri-
Penitenciário (CHSP), localizado no bair- mentos, os profissionais de saúde que
ro do Carandiru, na zona norte da capital trabalham no sistema prisional cumprem
paulista, é a instituição referência para os o papel de educadores e acolhedores de
AUDIÊNCIA PÚBLICA
NA ALESP 228 mil detentos do estado de São Paulo. A uma população que está privada do conví-
instituição é um hospital secundário que vio com a sociedade. “Desde o momento
Em 14/12, foi realizada
conta com uma dedicada equipe de enfer- em que esses indivíduos são privados de
audiência pública na
magem, de médicos, com leitos, equipa- liberdade, a fala deles para nós, profissio-
Alesp, para debater o
sistema prisional. O
mentos e estrutura destinada ao cuidado nais de enfermagem, é que aqui é o pri-
enfermeiro Fernando
integral à saúde do cidadão. meiro e único lugar onde são tratados
Henrique Apolinário, A unidade possui 375 leitos, dos quais realmente como seres humanos, porque
diretor técnico de saúde 251 são operacionais, divididos em quatro não chamamos o paciente pelo número da
do Centro de Progressão alas de internação: três masculinas e uma matrícula. Aqui são tratados como pacien-
Penitenciária de Valparaí- feminina. Também há um centro cirúrgico tes, pelo nome e sobrenome”, conta a
so, falou sobre a assistên- e uma unidade de cuidados especiais que gerente de enfermagem.
cia à saúde nesta área. faz 3.000 atendimentos por mês. “Na
“A relevância de minha parte assistencial não há diferença em Rotina diferenciada
participação foi mostrar relação a qualquer outro hospital. A quali- Ao contrário do que acontece em um
que a saúde, seja dentro dade da assistência que prestamos é a hospital comum, o Complexo Hospitalar
de uma muralha ou fora mesma, temos a preocupação com a parte Penitenciário possui celas individuais no
dela, é um direito consti-
técnica e seguimos protocolos assistenci- lugar de leitos. Cada uma tem cama de
tucional, indistintamente
ais. Nosso único diferencial é a necessida- alvenaria, vaso sanitário e pia. A rotina de
da condição de liberdade.
de de adaptação de algumas técnicas à trabalho da enfermagem se desenvolve
A equipe de enfermagem
nossa realidade estrutural, pois, como o em parceria com os agentes penitenciári-
é o pilar da garantia
paciente é privado de liberdade, temos os. “Temos regras da saúde e regras da
desse direito, pois ela é o
ponto de ligação entre o
uma estrutura diferenciada”, esclarece segurança. Fazer com que tudo isso funci-
privado de liberdade e o Eliane Redondo, gerente de enfermagem one ciclicamente em harmonia é um desa-
SUS”, disse. do Complexo Hospitalar. fio. Sem a parceria que existe entre a
Apolinário compartilhou Além dos conhecimentos técnicos, os enfermagem e a segurança, não consegui-
os desafios para melhor profissionais que lidam com esses pacien- ríamos desenvolver o nosso trabalho”, diz
estruturação do serviço tes devem estar livres de qualquer precon- Eliane, garantindo que esta experiência é
de saúde nos presídios. ceito. “Desenvolvemos um cuidado como um aprendizado. “Os agentes penitenciá-
“Os enfermeiros devem qualquer ser humano merece ter. Não rios aprendem a trabalhar com o detento
participar das pactuações julgamos o fato de os nossos pacientes doente e nós com o doente detento, nunca
na construção das Redes estarem privados de liberdade, pois acre- deixando de lado nossa assistência huma-
de Assistência à Saúde e ditamos que eles já estão pagando pelo nizada, segura e de qualidade”.
também é necessário ter
crime que cometeram. Ninguém precisa A enfermeira Rosemeire Scarp, que
equipes mínimas comple-
sentir dor ou ser maltratado porque está trabalha no centro cirúrgico do hospital,
tas”.
nessa situação”, considera Eliane. ressalta a importância das rotinas de
A visão universalista e o papel social da segurança no local. “O paciente tem que se
enfermagem também se evidenciam apresentar e tem que estar registrado.
nesse campo da assistência, pois além de Toda a movimentação dele aqui dentro é
EnfermagemRevista | 17
acompanhada pela segurança”.
O perfil dos pacientes da unidade
também é bem específico, pois estão mais
expostos a alguns tipos de doenças, como
as infectocontagiosas. “Temos um grande
público com essas doenças por conta do
próprio sistema prisional. São pacientes
com tuberculose e HIV, por exemplo, que
desistem do tratamento no meio do cami-
nho, talvez pelas dificuldades e pelo
próprio desânimo por estarem privados
de liberdade”, conta a enfermeira.
Outra peculiaridade do local é que os
detentos preferem o hospital ao presídio e
isso, muitas vezes, gera situações inusita-
das. “Algumas medicações são supervisio-
nadas. Nós pedimos para o paciente abrir
a boca e levantar a língua para mostrar
que realmente engoliu a medicação, pois
há pacientes que não querem melhorar,
porque na visão deles aqui é um local bom A gerente de saúde da Fundação Casa, Ana Carolina Lutfi,
conta que o preconceito da sociedade também aprisiona
para se viver”, explica Eliane, citando que os pacientes em situação carcerária
no hospital os detentos têm cinco refei-
ções por dia, lençol limpo, limpeza das ta por cerca de 80 enfermeiros e 350
celas feitas pelos funcionários e água auxiliares de enfermagem, entre outros
quente para tomar banho, por exemplo. profissionais. Apesar de a equipe de
A qualidade da assistência e do trata- enfermagem ser grande, a Fundação
mento dispensado aos detentos no Com- possui atualmente apenas oito médicos
plexo Hospitalar Penitenciário chama a para prestar atendimento em todo o
atenção dos próprios profissionais de estado e, por isso, depende da rede pública
saúde, que consideram o atendimento na dos municípios.
unidade um modelo a ser seguido. “Aqui, a Ao contrário do que acontece no
qualidade do atendimento é muito melhor sistema prisional, a enfermeira encontra
do que em muitos hospitais públicos lá algumas barreiras externas dificultam o
fora”, resume a auxiliar de enfermagem acesso dos adolescentes internos na
Renata Dias Alvarenga. Fundação à assistência em saúde. Um
grande problema enfrentado pela
As grades do preconceito Fundação é a recusa dos municípios em
prestar o atendimento aos adolescentes
A enfermeira Ana Carolina Carvalho em UBSs, por exemplo. O motivo é o
Lutfi é gerente de saúde da Fundação preconceito e o desconhecimento da lei.
Casa, onde coordena uma equipe compos- Isso tem feito com que a instituição apele à
18
via judicial para tentar garantir o direito à
saúde aos adolescentes sob sua tutela.
“Às vezes o menino vai algemado para
a unidade de saúde do município, com
escolta policial, e existe o preconceito em
atendê-lo. Esporadicamente temos que
fazer [o atendimento] por via judicial.
Este ano mesmo participamos de duas
audiências com a juíza corregedora por
conta de dois municípios que não
aceitavam o atendimento aos nossos
meninos”, afirma Ana Carolina.
No dia a dia, a equipe de enfermagem
da Fundação cumpre um papel importan-
te e que abrange várias frentes, inclusive a
educação e a prevenção de doenças. “São
meninos carentes de informações básicas,
que nunca passaram por um atendimento
de dentista e que têm medo de tomar 33% da população
carcerária brasileira
vacina, por exemplo. Então a gente
Temos que fazer o estão concentrados
costuma trabalhar a parte educativa”. no estado de
adolescente ser
Os profissionais de enfermagem da São Paulo
protagonista da
Fundação Casa enxergam esse trabalho de
sua história
educação e conscientização como uma de
suas tarefas mais importantes e determi-
nantes nas vidas desses adolescentes. Luciana Guedes de Souza
“Passamos a eles coisas básicas, como
proteger a boca na hora de tossir e
espirrar, regiões do corpo que devem ser
secas após o banho para evitar micoses e menino saiba se cuidar”, detalha Ana
orientações sobre DSTs, por exemplo. Carolina.
Complexo Hospitalar
Quando nós damos esse acolhimento e A s s i m c o m o o c o r re c o m o s
Penitenciário de
vemos os meninos realizando o que profissionais que trabalham no São Paulo em números:
passamos para eles, é muito gratificante. sistema prisional, a atuação da
São conhecimentos que ele vai levar para enfermagem na Fundação Casa vai 375 leitos
toda a vida”, diz a enfermeira Luciana muito além da assistência. O verdadei-
251 leitos operacionais
Guedes de Souza, que trabalha na unidade ro papel desses profissionais consiste
do Brás da Fundação, na capital. em devolver algo muito necessário ao 4 unidades de internação
“Temos que fazer o adolescente ser público privado de liberdade: a noção
de cidadania, transformando grades 3.000 atendimentos por
protagonista da sua história. Isso
mês
corrobora a teoria [do autocuidado] de em pontes que conectam seres
Oren, que é a teoria de enfermagem que humanos com sua dignidade e direitos
utilizamos aqui. Fazemos com que o básicos.
EnfermagemRevista | 19
ESPECIALIDADE
A luz da consciência
Uma nova forma de entender e de tratar os transtornos psiquiátricos
20
D urante muito tempo, as institui-
ções psiquiátricas foram associ-
adas a locais sujos, escuros e
com infraestrutura precária, nas quais os
pacientes eram tratados com frieza e indi-
ferença. No entanto, há pelo menos 20
anos essa realidade vem sendo transfor-
mada por meio da militância incansável
dos profissionais de saúde que atuam na
área.
A partir do fim da década de 80, com o
surgimento do movimento antimanico-
mial, os manicômios foram sendo paulati-
namente transformados e depois substi-
tuídos por instituições que, a partir do
inicio dos anos 2000, passaram a abordar
A diretora do CAIS Clemente Ferreira, Silvia Helena Tejo e a
a loucura de uma maneira integral e muito coordenadora da enfermagem, Simone Gama
mais humana.
Atualmente o foco do tratamento, em enfermagem está na própria essência do
muitos casos, é buscar a reinserção na cuidado: “Somos nós que estamos lá 24
sociedade – metodologia oposta à do isola- horas por dia, incentivando e resgatando
mento forçado de outrora. o paciente. A nossa escuta é muito impor-
A prática mais contemporânea da tante, o paciente vai trazendo coisas deles,
psiquiatria foca no Projeto Terapêutico anteriores à internação, da família, do que
Singular (PTS), que é um plano de trata- ele fazia antes, o que é importantíssimo
mento individual e específico para cada para o tratamento. Trabalhamos com o
paciente, elaborado por uma equipe mul- que chamo de escuta qualificada”, diz Somos nós que
tidisciplinar. Silvia. estamos lá 24
O profissional de enfermagem cumpre Ela atua no Clemente Ferreira desde horas por dia,
um papel importantíssimo dentro dessa 1987, quando chegou como enfermeira incentivando e
equipe multidisciplinar. “A enfermagem assistencial, “na época em que o trabalho resgatando o
participa da elaboração do PTS, além de da enfermagem consistia em dar banho de paciente
fazer a sistematização da assistência, a mangueira nos pacientes”, como ela conta,
SAE”, conta Silvia Helena Tejo, diretora do comparando a vivência que teve durante a
Centro de Atendimento Integral à Saúde evolução da psiquiatria nos últimos anos. Silvia Helena Tejo
(CAIS) Clemente Ferreira, em Lins (a “Os hospitais antes eram totalmente
430km da capital). A instituição é voltada sucateados, os pacientes não tinham
ao tratamento de pacientes psiquiátricos, assistência. Quando cheguei aqui, tínha-
neurológicos e dependentes químicos e mos 500 pacientes e 60 funcionários da
atende atualmente 256 pacientes fixos. enfermagem. Como dar uma assistência
No trabalho do dia a dia, o papel do qualificada com esse quantitativo?”,
enfermeiro, do técnico e do auxiliar de questiona Silvia.
EnfermagemRevista | 21
A diretora do CAIS Clemente Ferreira
destaca que a assistência deixou de ser
apenas medicamentosa e passou a ser um
trabalho que fornece condições para o
paciente resgatar sua vida, voltando a ser
um cidadão comum. “Defendemos o hos-
pital para que trate o paciente como se
trata qualquer outra patologia. Hoje o
doente mental tem que ser cuidado como
é tratado um cardiopata, um diabético, ou
seja, inserido na sociedade”, pontua.
A enfermeira Simone Gama, coorde-
nadora da equipe de enfermagem no
CAIS, frisa que o envolvimento da equipe
nessa perspectiva de dar autonomia ao
paciente e resgatar sua humanidade é um
A enfermeira Mitiko (à esquerda) e outros membros da
dos alicerces do sucesso do tratamento. “É equipe de enfermagem do CAIS Clemente Ferreira, em Lins
muito bom ver o envolvimento dos profis-
sionais quando a gente propõe um projeto pelas igrejas e instituições que temos aqui
nessa perspectiva. Nossa equipe está bem em Lins”, conta ela.
engajada dentro dessa visão, eles abraçam Há também iniciativas como o Projeto
a causa”, elogia. Motor, no qual um educador físico reali-
Outro exemplo de ações realizadas zam atividades ao ar livre que estimulam
pela equipe, que extrapolam os protoco- os movimentos dos pacientes, com a utili-
los: a equipe multiprofissional costuma zação de bolas e triciclos. Já no Projeto
preparar festas de aniversário mensais Casa Lar, os moradores do Clemente Fer-
para os pacientes. Com enfermeiros, auxi- reira são alocados em uma casa que se
liares de enfermagem e outros profissio- constituem de um espaço de transforma-
nais, foi feito um almoço de confraterniza- ção, onde são exercitados o convívio e a
ção com a participação de todos, onde o ajuda mútua. Lá são desenvolvidos muitos
convívio social e a dignidade dos pacientes outros projetos como esses.
foram estimulados e valorizados. O auxiliar de enfermagem José Fran-
A enfermeira Mitiko Morimoto, que cisco da Rocha levanta uma questão
trabalha na área de psiquiatria do Cle- importante: a dimensão transformadora
mente Ferreira, explica que há uma série do trabalho em psiquiatria existe também
de projetos realizados com os pacientes, para o profissional de saúde. Trata-se de
como o Projeto Urbano, no qual eles são uma troca e aprendizado constantes entre
retirados do ambiente hospitalar e leva- os profissionais e os pacientes: “Você leva
dos à cidade: “Aproveitamos momentos muita experiência daqui, consegue tirar
como uma festa junina na cidade, por muita coisa para sua vida pessoal e, por
exemplo, e inserimos esse paciente dentro conseguinte, torna-se mais humanizado
da comunidade, nas festas realizadas em todos os sentidos”, comenta.
22
Espaço para melhorias
Para a enfermeira Juliana Elena Ruiz, o profissional que atua com psiquiatria
deve saber lidar com as diferenças e minimizar preconceitos e segregações
EnfermagemRevista | 23
CAPA
A fiscal Fernanda Borges Nascimento durante visita na unidade de hemodiálise do Hospital do Rim, com a enfermeira Silvia Manfredi
D ia 20 de agosto, período da
manhã. A fiscal Fernanda
Borges Nascimento chega à
Fundação Oswaldo Ramos, unidade de
hemodiálise do Hospital do Rim, e
durou cerca de oito horas. Neste caso,
teve um objetivo específico: desenvolver
uma ação coletiva do Conselho Federal
de Enfermagem (Cofen), coordenada
com todos os Conselhos Regionais do
procura pela enfermeira Responsável Brasil, para verificar nos serviços de
Técnica (RT) Silvia Manfredi, anuncian- hemodiálise o cumprimento Resolução
do que realizaria uma ação fiscalizadora Cofen nº 543/2017, que estabelece os
do Coren-SP. critérios de dimensionamento do quadro
A visita, realizada sem aviso prévio, de pessoal de enfermagem nos diversos
assim como todas as demais realizadas serviços de saúde.
pela Gerência de Fiscalização (Gefis), Embora tenha sido surpreendida com
24
a visita do Coren-SP, a enfermeira Silvia
Manfredi não encarou a ação como algo
negativo ou punitivo, desmistificando a
visão que uma parte da sociedade e os
profissionais têm sobre a atuação
fiscalizatória. “Acredito que os órgãos de
fiscalização modificaram a característica
de sua atuação. Hoje é uma troca de
informações e, muito mais do que isso, é
um processo educativo no qual o órgão faz
com que você melhore a qualidade dos
processos e da assistência”, diz Silvia.
São várias as situações que pautam o
fluxo de ações da Gerência de Fiscalização
do Coren-SP. A fiscal Fernanda esclarece
A fiscal Ana Olga durante ação fiscalizatória em Itatiba
que o pedido do Cofen é apenas um dos
critérios que definem as atividades.
“Trabalhamos com base em denúncias e guação às alas da unidade e, depois, uma
fiscalizações de rotina, além de demandas reunião final com o responsável técnico,
do Cofen e de outros órgãos como o na qual ocorre o fechamento e a emissão
Ministério Público, a Vigilância Sanitária de um documento, que pode ser um
e o Conselho Regional de Medicina, por Termo de Fiscalização (quando não há
exemplo”. pendências), Notificação ou Notificação
A fiscal detalha as principais etapas de complementar. As notificações são
uma ação de fiscalização e qual o fluxo de emitidas quando verificadas a existência
trabalho que o setor segue nessas de inadequações que precisam ser
ocasiões. “Recebo minha demanda, sanadas e a notificação complementar
converso com a minha coordenadora e quando há retorno na instituição e se
planejamos as ações que serão feitas para detecta nova situação ou situação
averiguação daquela situação: se faremos anteriormente constatada.
visita, se convocaremos os profissionais Todo esse rito foi seguido pela fiscal 8.297
ao Coren-SP, se pediremos documentos, Fernanda na unidade de hemodiálise. atendimentos
etc. A visita também tem a parte de Além de conversar com a responsável realizados via
preparação, quando fazemos levantamen- técnica sobre a sua atuação na unidade, canal Fale Conosco
to do histórico da instituição para ver se ela esteve com as enfermeiras Bárbara
há pendências de fiscalizações anteriores, Helena Beraldo, Monike Brito e Vanessa
histórico de denúncia, e com base nisso, Pereira; e as técnicas de enfermagem
preparamos os documentos que levare- Dinalva Francisca e Carla Mariane Silva.
mos para a ação”. Assim, a fiscal registrou o cotidiano de
Durante a visita, o fiscal segue um cada uma dessas profissionais na unidade
roteiro de perguntas realizadas ao e também suas demandas, como a
enfermeiro RT e solicita documentos. preocupação com a portaria nº
Além disso, é realizada a visita de averi- 1.675/2018 do Ministério da Saúde, que
EnfermagemRevista | 25
Ana Silvia Dusilek, coordenadora na
Gerência de Fiscalização do Coren-SP,
detalha um pouco mais esse tipo de ação
fiscalizatória. “Essa avaliação assistencial
que fazemos por meio da fiscalização tem
vários focos. Avaliamos não só a estrutura
do serviço, como o quantitativo de
profissionais de enfermagem e os
processos de trabalho da enfermagem na
instituição. Temos o foco no risco
assistencial, naquilo que impacta tanto na
segurança do paciente quanto na seguran-
ça do profissional”, explica.
O trabalho da fiscalização durante a Ação da fiscalização da subseção de Guarulhos no Hospital Municipal de Urgências (HMU) e Hospital
visita não termina com a emissão de Municipal da Criança e Adolescente (HMCA) de Guarulhos atendeu a denúncias relacionadas a possí-
veis desvios de função no local
notificações sobre possíveis inadequações
nas unidades de saúde. Geralmente, os
O desafio de percorrer o estado
fiscais também orientam os enfermeiros
responsáveis técnicos sobre a melhor Fiscalizar todas as instituições do
maneira de agir para sanar essas questões Estado de São Paulo é uma missão
e se colocam à disposição para esclarecer desafiadora. O território paulista conta
dúvidas. “Explicamos a eles como devem com mais de 18 mil serviços em que há a
responder às demandas do Conselho assistência de enfermagem, distribuídos
cumprindo o prazo que determinamos, em 645 municípios. É o segundo estado do
com base na Resolução Cofen nº Brasil com o maior número de cidades,
518/2016. Cobramos do profissional ficando atrás apenas de Minas Gerais.
responsável técnico apenas aquilo que Além disso, é o mais populoso, com mais
cabe a ele, como escalas, registros da de 45 milhões de habitantes.
assistência no prontuário e documentos Atualmente, o Coren-SP conta com
normativos, por exemplo. As outras uma equipe de 101 fiscais e 4 auxiliares de
cobranças são feitas à instituição de
saúde”, detalha a fiscal Ana Olga
fiscalização distribuídos entre a sede e as
13 subseções, todos funcionários concur-
9.291
Fornasari, da subseção de Campinas.
registros de
sados do Conselho. A estrutura da
“A ideia é que mostremos um caminho Gerência de Fiscalização (Gefis) do responsabilidade
para o profissional e para a instituição, Coren-SP se ampliou e se aprimorou ao técnica emitidos
sobre como eles podem resolver as longo do tempo, assim como a forma com
pendências apontadas. Nosso trabalho que se realiza e se entende a atividade
pode ser visto como uma parceria entre o fiscalizadora.
Coren-SP, o RT, as instituições de saúde e A gestão 2018-2020 está priorizando
os outros profissionais de enfermagem, esta área, que é o escopo do Coren-SP,
na qual todos saem ganhando”, conclui buscando a aproximação da fiscalização
Carolina Ferri, coordenadora na Gerência com os profissionais de enfermagem,
de Fiscalização do Coren-SP. desde aqueles que atuam na gestão, até os
26
“Atualmente buscamos nos colocar como
parceiros do profissional de enfermagem,
como quem está lá para ajudar, orientar e
buscar soluções em conjunto com a
equipe. Claro que não podemos deixar de
cumprir as diretrizes e normativas do
Cofen, porém não há mais aquela visão
punitiva do passado”, esclarece Lanny.
Trabalho educativo
Quando se pensa na fiscalização do
Coren-S P, a primeira ideia que os
profissionais têm são as visitas a
A coordenadora Carolina Ferri em atividade de treina- hospitais e unidades de saúde. O que nem
mento com os fiscais, para aprimorar a atuação da
Gerência de Fiscalização todo mundo sabe é que isso corresponde a
apenas uma parte do trabalho do setor.
que estão na ponta da assistência. A Gerência de Fiscalização do Coren-
Também está investindo na modernização SP também cumpre um papel educativo,
e na eficiência de seus processos de promovendo, por exemplo, oficinas de
trabalho. Um dos grandes avanços foi a dimensionamento de pessoal de enferma-
criação dos Processos Operacionais gem, nas quais orienta regularmente
Padrão (POP). Trata-se de uma série de enfermeiros de todo o estado de São Paulo
documentos que explicam de forma para a realização do cálculo de dimensio-
detalhada todas as etapas de cada um dos namento estabelecido pela Resolução
processos de trabalho da fiscalização. Cofen nº 543/2017.
Essa documentação faz com que cada Além disso, os fiscais fazem palestras
atividade da Gerência de Fiscalização siga sobre assuntos relacionados à ética e
um padrão pré-estabelecido, garantindo a
qualidade e efetividade do trabalho. Além
disso são realizados treinamentos e
capacitações para os fiscais. “Quanto mais
conhecimento o fiscal tem e quanto mais
tecnicamente habilitado ele está, mais
justo é o resultado do seu trabalho, pois
isso evita que ele cometa erros. Os
treinamentos e a revisão dos POPs visam
isso. Não podemos trabalhar no 'achismo'.
É uma atuação que deve ser muito
cuidadosa”, diz Lanny Hino, gerente de
fiscalização do Coren-SP.
Outra transformação importante diz Modernização: Gerente de Fiscalização Lanny Hino está trabalhando
pela melhoria e eficiência dos processos de trabalho
respeito à postura da fiscalização.
EnfermagemRevista | 27
legislação profissional da enfermagem,
quando solicitado por um enfermeiro RT
ou coordenador de educação permanente.
“O fiscal está instrumentalizado para falar
sobre ética e legislação ou sobre alguma
outra temática específica. Há todo um
preparo para esclarecer as dúvidas e
incentivar o profissional de enfermagem a
trabalhar dentro da legalidade no
desenvolvimento de suas atividades”,
coloca Lanny Hino. Ela lembra também do
canal Fale Conosco e do plantão de fiscais
do Coren-SP que prestam orientações
telefônicas e presenciais aos profissionais
de enfermagem.
Os profissionais que participam das
oficinas e ações de orientação com os
fiscais do Coren-SP notam os resultados
em seu cotidiano profissional. “Recebi a
visita do fiscal Domingos Luciano do
Representantes das Supervisões Técnicas de Saúde da Vila Prudente e
Amaral, de Presidente Prudente, e fui da Penha (capital) em reunião de conciliação com as fiscais do Coren-SP
28
Presidente Renata Pietro e Conselheiro Federal Luciano Silva durante fiscalização em unidade do Guarujá
EnfermagemRevista | 29
Desmistificando a fiscalização
Existem alguns mitos reproduzidos entre os profissionais de enfermagem que não correspondem à realidade da fiscaliza-
ção do Coren-SP. Há pessoas que dizem que a visita é agendada ou, então, que o Conselho atua para punir os profissionais.
A Enfermagem Revista elaborou um passo-a-passo das ações da Gerência de Fiscalização que mostram o trabalho sério e
comprometido desenvolvido pelos fiscais, visando auxiliar a prática da enfermagem no cotidiano dos profissionais:
CRITÉRIOS
DEFINIÇÃO DO FISCAL
30
ENTREVISTA
A enfermagem
brasileira está
muito avançada
Taka Oguisso
EnfermagemRevista | 31
QUEM É:
Enfermeira formada
pela Escola de Enfer-
A enfermeira e professora Taka
Oguisso possui uma extensa
formação e conhecimentos na
área de enfermagem. Filha de imigrantes
japoneses, ela é autora de 26 livros e é
global da enfermagem e como ela pode ser
exercida em diferentes países.
32
ER: Você chegou a se corresponder com estudar, aprender, se formar e a trabalhar.
o poeta Carlos Drummond de Andrade. Uma coisa muito importante que meu pai
Como foi esse contato? dizia era: “Se você acha que está certo,
TO: Drummond escreveu uma carta olhe nos olhos do outro, levante os
homenageando a enfermagem no jornal ombros, vá em frente e não tema”. Isso eu
Shopping News, em 1984. Ele dizia que as levo para minha vida. Nós temos que O caminho
enfermeiras trabalhavam em silêncio e “apalpar” alguma coisa, ter um norte, um percorrido, todas
com discrição, porém, infelizmente, nem objetivo, inclusive, no ramo profissional. as lutas, tudo
sempre são reconhecidas. E nessa época O caminho percorrido, todas as lutas, tudo valeu a pena
eu era a presidente da Associação valeu a pena. Sempre digo que não é
Brasileira de Enfermagem (ABEn), então conviver com glória, mas viver com a
escrevi uma carta agradecendo a homena- verdade, isso sim é muito mais importan-
gem. te e deve ser valorizado.
EnfermagemRevista | 33
SAÚDE DO HOMEM
34
marcado
EnfermagemRevista | 35
Trabalho em equipe
Assim como os encontros no boteco, o
próprio grupo encabeçado conta com
vários parceiros. Fazem parte da equipe
também a agente comunitária de saúde
Damiana Camilo, o médico psiquiatra
Cláudio Viegas e o médico especialista em
medicina de família e comunidade Cauí
Oliveira. Os profissionais se revezam
dentro dessa configuração técnica nos
papéis de observador e relator, de forma a
avaliar os passos das próximas atividades.
“A especialização deles contribui muito
para abordagem que fazemos com a nossa
comunidade”, diz Francisco. Projeto foca na saúde dos homens, que geralmente negligenciam a prevenção
36
Nosso papel não é
só focar na saúde
do homem, mas
também na
questão social e a
cidadania
Francisco Paiva
As reuniões do grupo acontecem na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo
processo de troca de experiências, o paciente. “Quando alguém nos orienta, conscientização sobre o
combate a doenças
focando na saúde e no bem-estar, fazendo nos sentimos mais fortalecidos. Todos os
masculinas, com ênfase
com que eles procurem ajuda e assistência anos eu faço um check-up completo, mas a
na prevenção do câncer
nas unidades de saúde. “A roda é uma ação que o Francisco promove é um alerta
de próstata. Com a
iniciativa de acolhimento com a popula- para termos mais atenção com a nossa
realização de exames
ção masculina, eles trazem perguntas, saúde”, analisa ele.
preventivos, tratamento
interagem com a equipe e, consequente- Ao término da conversa, o boteco adequado e hábitos
mente, dão mais atenção à saúde”, reassume sua função. Francisco e sua saudáveis, é possível
completa Damiana. equipe dão os encaminhamentos necessá- reverter o quadro da
rios, despedem-se dos amigos e pacientes. doença e garantir o
Conselho de amigo
Mas assim como já de praxe em seus envelhecimento com
Messias de Jesus é morador de cuidados, o próximo encontro já está qualidade de vida.
Paraisópolis e trabalha como motorista- marcado. Semana que vem tem mais.
EnfermagemRevista | 37
ARTIGO
A
cional Freelancer, Mestre em
segurança do paciente tornou-se enfermagem e/ou enfermeiro. Ciências, Pedagoga.
uma preocupação mundial, 2. Apresentar aos estudantes a técnica
especialmente quanto à por meio da qual o procedimento será
proposição de medidas para reduzir os realizado. LUCIA TOBASE
riscos e mitigar os eventos adversos. É 3. Solicitar aos estudantes que
desejável que os conhecimentos relativos identifiquem os princípios que garantam Enfermeira. Doutora em
a essa temática sejam incorporados à a segurança do profissional, do paciente e Ciências. Docente no Centro
formação dos profissionais da saúde, do meio ambiente e os artigos do CEPE e Universitário São Camilo.
estabelecendo uma cultura de segurança¹, demais legislações relacionadas ao
conforme preconiza a Rede Brasileira de procedimento a ser realizado. Esses
DÉBORA
Enfermagem e Segurança do Paciente princípios podem ser elaborados como
RODRIGUES VAZ
(Rebraensp). checklist.
Em nossa experiência profissional, 4. Solicitar aos estudantes que Enfermeira Pediatra, Doutora
percebemos que os estudantes demons- apresentem os princípios identificados e em Ciências pela EEUSP,
tram grande interesse em aprender os expliquem por que estes garantem a Licenciada em Enfermagem e
procedimentos de enfermagem. Esse segurança do profissional, do paciente e em Pedagogia.
momento de ensino é o ideal para a do meio ambiente.
construção da cultura de segurança de 5. Enquanto um estudante realiza o
maneira ampliada, abordando a seguran- procedimento, os demais conferem se os
ça do paciente, do profissional e do meio princípios foram respeitados conforme o
ambiente, associadas à Lei do Exercício checklist. Cada estudante deve executar o Esse momento de
Profissional, ao Código de Ética e demais procedimento quantas vezes forem ensino é o ideal
legislações vigentes. necessárias para compreender e atender para a construção
Apresentamos a descrição de uma todos os princípios de segurança elenca- da cultura de
estratégia de ensino com esse propósito, dos. segurança de
salientando que ela pode ser aplicada ao 6. Discutir com os estudantes as maneira ampliada
ensino de qualquer procedimento de consequências da violação dos princípios.
enfermagem. Tomaremos como exemplo A seguir, mostraremos como exemplo
a administração de medicamento por via os princípios de segurança para o paciente
intramuscular: no preparo do medicamento. As tabelas
1. Solicitar ao estudante que pesquise contendo os demais princípios podem ser
na Lei do Exercício Profissional se o encontradas no endereço eletrônico
procedimento a ser aprendido é da www.coren-sp.gov.br/artigo-
competência do auxiliar, do técnico de seguranca-formacao Utilize o leitor de código de
barras do seu celular.
¹Cultura da segurança, é definida pelo Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente, como o conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que
determinam o comprometimento com a gestão da saúde e da segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde.
38
PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA PARA O PACIENTE NO PREPARO DO MEDICAMENTO
ARTIGOS CEPE/ LEGISLAÇÕES REFERÊNCIAS
PRINCÍPIOS JUSTIFICATIVA
PERMANENTES
Agência Nacional de Vigilância
Limpar o local do preparo do medicamento. 24, 45 Sanitária. Assistência Segura: Uma
Reflexão Teórica Aplicada à
Prática. Série Segurança do
Higienizar as mãos. 24, 45
Paciente e Qualidade em Serviços
de Saúde. Brasília: ANVISA; 2013.
Ler atentamente a prescrição médi-
ca/enfermagem, verificando assinatura e 24, 45, 46, 80 Brasil. Ministério da Saúde.
registro do profissional e data da mesma. Documento de referência para o
Programa Nacional de Segurança
do Paciente/Ministério da Saúde;
Verificar cuidados especiais para a
Ex: prevenção de eventos Fundação Oswaldo Cruz; Agência
administração do medicamento, possíveis
adversos relacionados a Nacional de Vigilância Sanitária.
interações medicamentosas, efeitos 24, 78, 80
infecções em serviços de Brasília: Ministério da Saúde,
colaterais, alergias prévias do paciente a
saúde, de eventos 2014.
qualquer componente do medicamento.
adversos relacionados a Caldana G, Guirardello EB,
medicamentos. Urbanetto JS, Peterlini MAS,
Calcular corretamente a dosagem do
24, 45 Exercício competente e Gabriel CS. Rede Brasileira de
medicamento, se necessário.
responsável da profissão. Enfermagem e Segurança do
Assegurar assistência Paciente: desafios e perspectivas.
Separar os materiais necessários. 24,45
livre de danos Texto contexto - enferm.
decorrentes de imperícia, 2015;24(3):906-11.
Manusear os materiais estéreis com técnica
negligência ou Carvalho JA, Carvalho MP, Barreto
asséptica (observar integridade dos 24, 45
imprudência MAM, Alves FA. Andragogia:
invólucros, validade da esterilização).
considerações sobre a
aprendizagem do adulto. REMPEC
Diluir corretamente o medicamento, se
24, 45, 46, 78 - Ensino, Saúde e Ambiente.
necessário.
2010;3(1):78-90.
Conselho Federal de Enfermagem.
Conhecer a graduação da seringa. 24, 45, 78
Resolução COFEN – 564/2017.
Utilizar da regra dos nove certos nos passos Aprova o novo Código de Ética dos
relativos a identificação e preparo do Profissionais de Enfermagem.
24, 45
Brasília; 2017. Disponível em:
medicamento.
http://www.cofen.gov.br/resoluca
o-cofen-no-5642017_59145.html.
No ensino dos procedimentos de vida em sua profissão. Para isso, é Conselho Federal de Enfermagem.
enfermagem, é comum observarmos que imprescindível que o professor se Resolução COFEN – 514/2016.
Aprova o Guia de Recomendações
a prática privilegia a repetição dos passos mantenha atualizado quanto a novas para registro de enfermagem no
da técnica, em detrimento à compreensão evidências no cuidado, à legislação prontuário do paciente e outros
documentos de Enfermagem.
dos princípios envolvidos. Contudo, esse pertinente à execução dos procedimentos, Brasília; 2016.
momento é valioso para propiciar a ao exercício profissional e que participe de Elliot M, Liu Y. The nine rights of
medication administration: an
compreensão do processo, estimular o ações que promovam a cultura da overview. Br J Nurs.
raciocínio, identificar fragilidades no segurança. 2010;19(5):300-305.
Rede Brasileira de Enfermagem e
conhecimento, promover a interdiscipli- Acreditamos que a construção da
Segurança do Paciente.
naridade e a reflexão sobre a ética cultura da segurança, como importante Estratégias para a segurança do
paciente: manual para
profissional, integrada nos diferentes aliada no enfrentamento do desafio de profissionais da saúde. Porto
saberes e ações cotidianas. educar profissionais compromissados Alegre (RS): EDIPUCRS; 2013.
A prática pedagógica que visa à com a educação, com a saúde e com a Sousa ATO, Formiga NS, Oliveira
SHS, Costa MML, Soares MJGO. A
transformação do mundo do trabalho sociedade, envolve a comunidade utilização da teoria da
aprendizagem significativa no
requer professores capazes de transfor- educacional-profissional e a sociedade,
ensino da Enfermagem. Rev. Bras.
mar, de conduzir os aprendizes à reflexão que está cada vez mais atenta à qualidade Enferm. 2015;68(4):713-722.
EnfermagemRevista | 39
GALERIA
A conselheira Érica Chagas ministrou a palestra “Autoconhecimento: primeiro Os conselheiros Dermerson Gabriel Busoni e Érica França empossaram a Comissão
passo para a qualidade de vida”, no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) de Ética Instituto de Infectologia Emílio Ribas
A presidente Renata Pietro participou do 10º Encontro de Enfermagem e Segurança O Conselheiro James Francisco ministrou uma palestra sobre Sepse no Hospital São
do Paciente, promovido pelo núcleo de Ribeirão Preto da Rebraensp Miguel
Participantes da Roda de Conversa sobre Consultórios de Rua, organizada pela conselheira Rosana Garcia
40
O Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, recebeu uma palestra sobre Segurança do Os conselheiros Gergezio Andrade Souza e Marcos Fernandes estiveram com os
Paciente, realizada pela conselheira Ivete Trotti profissionais de enfermagem do Hospital Beneficência Portuguesa, em uma ação
do programa Conselheiro Ouvidor
Os conselheiros do Coren-SP Dorly Gonçalves, Josileide Bezerra, Gilmar de Sousa, Emerson Santos e Erica França receberam na sede do Coren-SP os Conselheiros represen-
tantes dos auxiliares e técnicos de enfermagem dos estados de Cuiabá, Sergipe, Paraíba, Espírito Santo e Minas Gerais.
O programa Ingressa Coren-SP está aproximando o Conselho dos estudantes de As conselheiras Eduarda Ribeiro e Rosana Garcia prestigiaram a posse da Professo-
enfermagem. A conselheira Cléa Rodrigues esteve na UNIP de São José do Rio Preto ra Maria Helena Baena como Diretora da Faculdade de Enfermagem da Unicamp
EnfermagemRevista | 41
PERSONAGEM
O gosto do desafio
Enfermeira Paola Francoti: uma estrela do reality show Bake Off Brasil
42
BEM-ESTAR
A rotina do trabalho da enfermagem é geralmente estressante pela complexidade e pela urgência das ações. Como
alternativa para controlar o nível de estresse, estão as práticas interativas, conhecidas por suas metodologias
que trazem uma melhora na qualidade de vida pessoal e profissional. Elas levam em consideração um processo
que trabalha não somente o lado físico, mas também os aspectos emocional e psíquico. Confira algumas dicas a seguir.
MEDITAÇÃO:
Escolha um lugar tranquilo, onde possa permanecer sentado, com os olhos fechados e com a
postura ereta. As mãos podem estar sobre a coxa ou em forma de concha sobre o colo. Con-
centre-se na respiração e feche os olhos. Faça um trajeto mental percorrendo seu corpo,
preferencialmente de baixo para cima. Faça esse processo até se sentir completamente rela-
xado, por cerca de 10 a 15 minutos.
AROMATERAPIA:
A prática de aromaterapia é benéfica para o relaxamento. O sistema olfativo é desenvolvido e,
em situações de estresse, o uso de óleos essenciais (lavanda, alecrim, gerânio, limão, erva-
doce) auxilia na diminuição da tensão. Isso pode ser feito em casa ou no ambiente de traba-
lho, desde que não incomode pacientes ou funcionários, devido aos protocolos da instituição.
PAUSAS NO TRABALHO:
As pausas ajudam a relaxar a mente e extravasar o estresse. Aproveite-as para se concentrar
na respiração e meditar.
AUTOCUIDADO:
Ao lidar diariamente com situações que propiciam o aumento do estresse, pode haver altera-
ção no comportamento do indivíduo. Ajuda médica e psicológica e exercício de meditação
auxiliam muito na condição física e emocional do profissional.
Fonte: Érica França dos Santos, conselheira do Coren-SP, auxiliar de enfermagem e enfermeira, pós-graduada em Teorias e Técnicas
para Cuidados Integrativos pela Unifesp, possui conhecimentos em yoga e prática de aromaterapia.
EnfermagemRevista | 43
COREN-SP EDUCAÇÃO
Tratamento de Feridas -
Conhecendo e Indicando Recur-
sos
DATAS E LOCAL: 1/2 – Osasco
HORÁRIOS: Manhã – das 9h às 12h /
Tarde – das 14h às 17h
Pacientes em Ventilação
Mecânica Invasiva e Não Invasi-
va – Conhecimento dos Disposi-
tivos e Atuação da Enfermagem
DATAS E LOCAL: 1/2 – Guarulhos
HORÁRIOS: Tarde – das 13h30 às 16h30
PROGRAMAÇÃO E INSCRIÇÕES:
www.coren-sp.gov.br/educacao
44
NA ESTANTE
Dicas de leitura
Enfermería en Cuidados Intensivos
AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira),
SATI (Sociedad Argentina de Terapia Intensiva), Renata Pietro e Mariana Torre
Editora Medica Panamericana - 1ª edição
EnfermagemRevista | 45
TRANSPARÊNCIA
DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO COREN-SP JANEIRO A SETEMBRO/2018
46
BAIXAMOS
A ANUIDADE
EM 2019
para pagamento
em janeiro!
#QuemPagaAntesPagaMenos
ANUIDADE INTEGRAL
ANUIDADE COM ANUIDADE COM
VALORES SEM DESCONTO
DESCONTO DE 15% DESCONTO DE 5%
(À VISTA DE 1 A 31/3/19)
(ATÉ 31/1/19) - (1/2/2019 A 29/2/19) -
QUADROS OU PARCELADO EM 5X
PAGAMENTO À VISTA PAGAMENTO À VISTA
(A PARTIR DE 1/1/19)
AUXILIAR DE R$ 254,17
R$ 216,04 R$ 241,46
ENFERMAGEM (até 5x de R$ 50,83)
R$ 377,08
OBSTETRIZ R$ 320,52 R$ 320,51
(até 5x de R$ 75,41)
R$ 396,93
ENFERMEIRO (A) R$ 337,39 R$ 377,08
(até 5x de R$ 79,38)
www.coren-sp.gov.br/violencia