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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM

SESAN - SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO

MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO


BÁSICO DA CIDADE DE BELÉM

2018
Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM

Prefeito
Zenaldo Coutinho

Vice-Prefeito
Orlando Reis

Secretaria Municipal de Saneamento

Secretário
Adv. Claudio Augusto Chaves das Mercês

Diretor Geral
Eng. Albério Kaiton Farias Marques

Equipe técnica
Coordenação:
Eng.ª. Marcela Gonçalves Pereira
Eng. Evaldo Raimundo de Melo
Técnicos:
Eng. Edson José Levy Gomes
Eng. Emir Beltrão da Silva
Eng. Antônio Carlos Ferreira Gomes
Arq. Monica Regina Soares Ferreira
Tecg. Marcus Antônio Beirão de Carvalho
Eng. Marco Antônio Fortes Sampaio
Eng. Albério Kaiton Farias Marques
Eng. Luis Paulo Araujo Novais
Eng. Edson José Levi Gomes
Tecg. Orlando Gouvea Gomes
Tecg. Aldenor Sebastião Rodrigues França
Téc. Odair Ferreira de Matos
Estagiárias:
Ana Luiza da Costa Dias
Artur Tomasso da Cunha Silva
Luysy Krystyny Fernandes Prata
Maiara Mariana Pessoa Rebelo

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

APRESENTAÇÃO

―A Prefeitura Municipal de Belém é institucionalmente responsável pela operação e


administração, direta ou através de terceiros, das vias urbanas e de todo o sistema de
saneamento (drenagem, água potável, esgotos e limpeza urbana)‖ (GOVERNO DO ESTADO
DO PARÁ 2001). Assim, este manual deve vir a fazer parte do Plano Diretor de Saneamento
Básico desenvolvido para a cidade de Belém, devendo incluir as linhas de Abastecimento de
Água, Esgotamento Sanitário, Manejo de Águas Pluviais e Limpeza urbana.

A Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN apresenta o Plano de Operação e


Manutenção dos Sistemas de Saneamento Básico do Município, elaborado com o objetivo de
definir as estratégias a serem adotadas por este Órgão no âmbito da operação, manutenção e
administração das obras do Programa de Macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova.

A sua próxima versão deve ser atualizada quando elaborado o Plano Municipal de
Saneamento básico for elaborado, pois será fundamentado com base na Política Municipal de
Saneamento básico.

Com isso, o presente manual considerou todos os manuais existentes na Secretaria


Municipal de Saneamento – SESAN e na Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA,
elaborados que fundamentaram este manual e apoiam o planejamento e a operação dos
sistemas de saneamento básico na cidade. O documento está dividido em quatro Capítulos:
ABASTECIMENTO DE ÁGUA; ESGOTAMENTO SANITÁRIO; DRENAGEM E
MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS; e, LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Listas de siglas
Prefeitura Municipal de Belém – PMB

Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN

Programa de Macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova – PROMABEN

Unidade Coordenadora do Programam – UCP

Companhia de Saneamento do Pará – COSANPA

Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID

Departamento de Resíduos Sólidos – DRES

Departamento de Drenagem Urbana – DURB

Departamento de Obras Viárias – DEOV

Sistema de Abastecimento de Água – SAA

Sistema de Esgotamento Sanitário – SES

Estação de Tratamento de Água – ETA

Estação de Tratamento de Esgoto – ETE

Unidade de Tratamento de Resíduos – UTR

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT

American Water Works Association – AWWA

American Society for Testing and Materials – ASTM

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Lista de tabelas
Tabela 1 Produtos químicos utilizados pela COSANPA no tratamento da água no Sistema de
Abastecimento de Água de Belém. ....................................................................................... 25
Tabela 2 Balanço hídrico do SAA Belém – 2017. ................................................................. 25
Tabela 3 Planos de amostragem - Anexo XX da Portaria de consolidação nº 5 - MS. Saída do
tratamento. ........................................................................................................................... 26
Tabela 4 Hidrométrica, dezembro/2017. ............................................................................... 30
Tabela 5 Histograma de consumo – BELÉM – Ano, 2017. ................................................... 30
Tabela 6 Rede de água no Passeio com Calçada. .................................................................. 31
Tabela 7 Rede de água na pista com pavimento asfáltico. ..................................................... 31
Tabela 8 Critério para a prioridade de intervenção preventiva nos logradouros. .................... 34
Tabela 9 Manutenção aplicada à materiais e equipamentos por unidade operacional............. 36
Tabela 10 Manutenção aplicada à materiais e equipamentos por unidade operacional........... 37
Tabela 11 dados necessários para a localização de adutora de água e rede de água. .............. 41
Tabela 12 Dados necessários para a localização de adutora de água e rede de água. ............. 42
Tabela 13 Custos dos serviços. ............................................................................................. 46
Tabela 14 Receitas e tarifas. ................................................................................................. 46
Tabela 15 Proporção de domicílios por tipo de instalação sanitária. ...................................... 55
Tabela 16 Dados gerais PDSES Belém. ................................................................................ 55
Tabela 17 Esgotamento Bacia do Una. ................................................................................. 58
Tabela 18 Informações das áreas contempladas pelo SES - PROSANEAR. .......................... 59
Tabela 19 Extensão de redes PROSANEAR. ........................................................................ 60
Tabela 20 Caracterização quantitativa do lodo séptico na EEE do UNA na cidade de Belém.62
Tabela 21 Teste de Mann-Whitney para caracterização quantitativa do lodo séptico. ............ 64
Tabela 22 Caracterização físico-química do lodo séptico da EEE do Una e valores de norma e
resoluções para esse resíduo. ................................................................................................ 66
Tabela 23 Relação da tipificação com o número de dormitórios. .......................................... 68
Tabela 24 Relação dos parâmetros com o padrão de afluente. ............................................... 69
Tabela 26 Relação da largura de demolição do pavimento. ................................................... 78
Tabela 27 Distribuição de equipamentos do Sistema de Esgotamento Sanitário. ................... 85
Tabela 28 Demonstrativo de custos. ..................................................................................... 85
Tabela 29 Quadro demonstrativo de custos........................................................................... 96
Tabela 30 Valores de velocidade do óleo nas tubulações. ................................................... 122

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Tabela 31 Kit de ferramentas e equipamentos de proteção por equipe. ............................... 144


Tabela 32 Programação dos Trabalhos de Manutenção das Comportas. .............................. 153
Tabela 33 Programação dos trabalhos de inspeção da ponte rolante. ................................... 155
Tabela 34 Programação dos Trabalhos de Manutenção da Ponte Rolante. .......................... 156
Tabela 35 Programação dos Trabalhos de Manutenção das grades. ..................................... 157
Tabela 36 Programação dos Trabalhos de Manutenção das Grades. .................................... 157
Tabela 37 Execução de serviços de limpeza, manutenção e recuperação do sistema de
microdrenagem urbana de Belém. ...................................................................................... 160
Tabela 38 Custo de manutenção e operação das obras de controle - comportas. .................. 162
Tabela 39 Relação de serviços de limpeza e o quantitativo operacional existente................ 168
Tabela 40 Listagem de Cooperativas e Associações com o quantitativo de equipamentos
cedidos pela Prefeitura. ...................................................................................................... 176
Tabela 41 Localização das usinas de compostagem. ........................................................... 186
Tabela 42 - Localização usinas de reciclagem. ................................................................... 187
Tabela 43 Localização Usinas Reciclagem Construção Civil. ............................................. 188
Tabela 44 Localização das URPV's. ................................................................................... 195
Tabela 45 Relação de material, equipamento e método de execução da manutenção das obras
de artes especiais. ............................................................................................................... 223
Tabela 46 Faixa granulométrica. ........................................................................................ 230
Tabela 47 Agregados miúdos. ............................................................................................ 230
Tabela 48 Mistura de agregado........................................................................................... 231
Tabela 49 Granulometria de agregados miúdos. ................................................................. 232
Tabela 50 Orçamento dos serviços de manutenção e recuperação do sistema viário do
Município de Belém. .......................................................................................................... 233

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Lista de figuras.
Figura 1 Densidade demográfica .......................................................................................... 19
Figura 2 Sistema Integrado ................................................................................................... 21
Figura 3 Sistema Isolados..................................................................................................... 22
Figura 4 Esquema de Tratamento Convencional ................................................................... 23
Figura 5 Esquema de Tratamento de água subterrânea .......................................................... 24
Figura 6 Mapa do Município de Belém com distribuição dos setores .................................... 29
Figura 7 Estação de Valas .................................................................................................... 31
Figura 8 Sistema de esgotamento sanitário do tipo individual. .............................................. 52
Figura 9 Sistema de esgotamento sanitário do tipo coletivo. ................................................. 53
Figura 10 Abrangência do SES do PROSANEAR. ............................................................... 56
Figura 11 Abrangência do SES da macrodrenagem do Una. ................................................. 58
Figura 12 Alguns helmintos encontrados no lodo séptico descarregado na EEE Una em Belém
(PA). .................................................................................................................................... 67
Figura 13 Organograma Departamento de Drenagem Urbana. .............................................. 99
Figura 14 Abrangência hídrica, populacional e por área das bacias de drenagem no Município
de Belém. ........................................................................................................................... 100
Figura 15 Mapa das bacias hidrográficas do Município de Belém....................................... 101
Figura 16 Bacia do Una. ..................................................................................................... 102
Figura 17 Bacia da Estrada Nova. ...................................................................................... 103
Figura 18 Abrangência Territorial da bacia do Tamandaré. ................................................ 104
Figura 19 Bacia do Tamandaré. .......................................................................................... 104
Figura 20 Bacia do Reduto ................................................................................................. 105
Figura 21 Bacia do Tucunduba. .......................................................................................... 106
Figura 22 Bacia do Aurá. ................................................................................................... 108
Figura 23 Bacia do Val-de-Cães. ........................................................................................ 109
Figura 24 Bacia do Tamandaré. .......................................................................................... 110
Figura 25 Bacia do Cajé. .................................................................................................... 111
Figura 26 Bacia do Arri-Bolonha ....................................................................................... 112
Figura 27 Bacia do Anani. Fonte: SESAN, 2018. ............................................................... 112
Figura 28 Bacia do Outeiro. ............................................................................................... 113
Figura 29 Bacia do Paracuri ............................................................................................... 114
Figura 30 Mapa de lotes da coleta de Resíduos Sólidos no Município de Belém. ................ 166

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Figura 31 Organograma Departamento de Resíduos Sólidos............................................... 167


Figura 32 Gravimetria dos resíduos sólidos, em quilograma, por bacia hidrográfica. .......... 170
Figura 33 Relação do quantitativo dos tipos de coleta de resíduos. ..................................... 171
Figura 34 Organograma proposto ao Departamento de Resíduos Sólidos – DRES. ............. 185
Figura 35 Categorização da malha viária de Belém. ........................................................... 217
Figura 36 Organograma Departamento de Obras Viárias. .................................................. 219
Figura 37 Abrangência de vias pavimentadas nas bacias hidrográficas do Município de
Belém. ............................................................................................................................... 220
Figura 38 Quantitativo das obras e ate especiais por bacia de drenagem. ............................ 220

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

SUMÁRIO
1 Apresentação ................................................................................................................... 15
UNIDADE I: ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................................... 18
1. Introdução ....................................................................................................................... 18
1 DESCRITIVO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................... 20
1.1 Sistemas de captação ................................................................................................... 20
1.1.1 Sistema Integrado ................................................................................... 20
1.1.2 Sistemas Isolados ................................................................................... 21
2 Tratamento da água e monitoramento da qualidade .......................................................... 22
2.1 Produtos Químicos utilizados no tratamento de água do SAA- Belém ......................... 25
2.2 Perdas de água no SAA de Belém ............................................................................... 25
3 Reservatórios ................................................................................................................... 26
3.1 Plano de Amostragem ................................................................................................. 26
4 Rede de Distribuição de Água.......................................................................................... 29
4.1 Classificação das Canalizações de Água ...................................................................... 29
4.2 Registro atualizado de todos os dados e parâmetros resultantes do desempenho dos
sistemas operados................................................................................................................. 30
4.2.1 Hidrometração ........................................................................................ 30
4.2.2 Histograma de consumo de água tratada ................................................. 30
4.3 Procedimentos para assentamento de rede de distribuição de água............................... 31
5 Metodologia manutenção do sistema de abastecimento de água ....................................... 34
5.1 Estrutura organizacional .............................................................................................. 34
5.1.1 Manutenção das Canalizações ................................................................ 34
5.2 Manutenção Preventiva ............................................................................................... 34
5.3 Manutenção Corretiva ................................................................................................. 35
5.3.1 Tipos de Ocorrências .............................................................................. 38
5.4 Metodologia para Manutenção da rede de distribuição de água ................................... 39
5.5 Procedimentos para lavagem de filtros convencionais ................................................. 45
6 Custo dos serviços ........................................................................................................... 46
6.1 Custo .......................................................................................................................... 46
6.2 Receitas / tarifa ........................................................................................................... 46
UNIDADE II: ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................................................... 48
1 Introdução ....................................................................................................................... 48
1.1 Importância do tratamento do esgoto ........................................................................... 49
1.2 Sistema de esgotamento sanitário (SES) ...................................................................... 51
1.2.1 Sistema de esgotamento sanitário individual ........................................... 51

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

1.2.2 Sistema de esgotamento sanitário coletivo .............................................. 52


1.3 Impacto Ambiental Local ............................................................................................ 53
2 Diagnóstico do Sistema de Esgotamento Sanitário ........................................................... 54
2.1 Plano operacional processo de tratamento do esgoto ................................................... 60
2.1.1 Tratamento Preliminar ............................................................................ 60
2.1.2 Tratamento Primário ............................................................................... 61
2.1.3 Tratamento Secundário ........................................................................... 61
2.2 Tratamento Terciário ............................................................................................... 62
3 Diretrizes técnicas para manutenção de estação de tratamento de esgoto .......................... 68
3.1 Parâmetros de características e qualidade do esgoto .................................................... 68
3.1.1 Critério de Número de Habitantes por Unidades e Consumo ................... 68
3.1.2 Vazões de Esgoto Afluente à ETE .......................................................... 69
3.1.3 Características Qualitativas do Esgoto Afluente à ETE ........................... 69
4 Dificuldades do sistema ................................................................................................... 71
5 Plano de operações e manutenção do esgoto sanitário ...................................................... 71
5.1 Requisitos Gerais ........................................................................................................ 71
5.2 Parâmetros a Serem Monitorados e Controlados.......................................................... 72
5.3 Outras recomendações ................................................................................................ 74
5.4 Procedimentos operacionais padrão (POP) .................................................................. 74
5.5 Plano operacional processo de tratamento do esgoto ................................................... 76
5.5.1 Tratamento Preliminar ............................................................................ 76
5.5.2 Tratamento Primário ............................................................................... 76
5.5.3 Tratamento Secundário ........................................................................... 76
5.6 Tratamento Terciário................................................................................................... 77
5.7 Rede de esgoto sanitário .............................................................................................. 78
5.7.1 Limpeza por Hidrojateamento e Vácuo Aspiração .................................. 82
5.7.2 Recomposição de Pavimentos................................................................. 82
5.8 Proposições ao sistema ................................................................................................ 83
5.8.1 Tratamento do lodo ................................................................................ 83
6 Dimensionamento dos equipamentos ............................................................................... 84
6.1 Hidrojateamento e Alto Vácuo .................................................................................... 86
6.2 Caminhões .................................................................................................................. 88
6.3 Compressor de Ar ....................................................................................................... 89
6.4 Caminhão Basculante .................................................................................................. 89
6.5 Guindaste Veicular...................................................................................................... 90
6.6 Carregadeira/Retroescavadeira .................................................................................... 91

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6.7 Retroescavadeira Veicular ........................................................................................... 92


UNIDADE III: DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ........... 97
1 Introdução ....................................................................................................................... 97
1.1 Estrutura organizacional.............................................................................................. 98
1.2 Caracterização do sistema de drenagem urbana da cidade de Belém ............................ 99
1.2.1 Bacia do Una ........................................................................................ 101
1.2.2 Bacia da Estrada Nova .......................................................................... 102
1.2.3 Bacia do Tamandaré ............................................................................. 103
1.2.4 Bacia do Reduto ................................................................................... 104
1.2.5 Bacia do Tucunduba ............................................................................. 105
1.2.6 Bacia do Murucutum ............................................................................ 106
1.2.7 Bacia do Aurá....................................................................................... 107
1.2.8 Bacia do Val de Cães ............................................................................ 108
1.2.9 Bacia do Mata Fome ............................................................................. 109
1.2.10 Bacia do Cajé ..................................................................................... 110
1.2.11 Bacia do Arri Bolonha ........................................................................ 111
1.2.12 Bacia do Anani ................................................................................... 112
1.2.13 Bacia do Outeiro................................................................................. 113
1.2.14 Bacia do Paracuri................................................................................ 113
2 Dificuldades e remediação na operação dos sistemas ..................................................... 114
2.1 Sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais ........................................... 114
2.2 Sistema de comportas................................................................................................ 115
3 Descrição do sistema a ser operado e mantido ............................................................... 116
3.1 Drenagem urbana e manejo de águas pluviais ........................................................... 116
3.1.1 Macrodrenagem.................................................................................... 117
3.1.2 Microdrenagem .................................................................................... 118
3.2 Obras de controle - comportas ................................................................................... 118
3.2.1 Tipo vagão com acionamento eletro mecânico – Bacia do Una ............. 119
3.2.2 Comportas tipo FLAP – Bacia do Tamandaré e Reduto ........................ 124
3.2.3 Comportas da Bacia da Estrada Nova ................................................... 125
3.2.4 Bacia do Tamandaré e Reduto .............................................................. 126
4 Operações e manutenção do sistema de drenagem urbana .............................................. 126
4.1 Operação e manutenção preventiva dos sistemas de drenagem urbana ....................... 126
4.1.1 Inspeções aleatórias e de emergência .................................................... 126
4.2 Operação e manutenção corretiva dos sistemas de drenagem urbana ......................... 129
4.2.1 Drenagem Urbana ................................................................................ 130

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4.2.2 Sistema de controle .............................................................................. 148


5 Custos de manutenção e operação .................................................................................. 158
5.1 Sistema de manejo de águs pluviais e drenagem urbana ............................................ 158
5.1.1 Sistema de Macrodrenagem .................................................................. 158
5.1.2 Sistema de Microdrenagem .................................................................. 160
5.1.3 Obras de controle – Comportas ............................................................. 162
UNIDADE IV: LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ........... 163
1 Introdução ..................................................................................................................... 163
1.1 Caracterização do sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos .......... 164
1.2 Estrutura Organizacional ........................................................................................... 167
2 Diagnóstico dos Serviços Manejo e Disposição Final dos Resíduos Sólidos de Belém ... 168
2.1 Descrição dos serviços de coleta e transporte de resíduos .......................................... 170
2.1.1 Coleta e transporte regular de resíduos sólidos domiciliares, comerciais,
feiras livres e mercados ...................................................................................................... 171
2.1.2 Coleta, transporte e tratamento dos resíduos sólidos dos Serviços de Saúde
173
2.1.3 Coleta e transporte de resíduos em pontos de concentração de entulho. . 174
2.1.4 Coleta Seletiva ..................................................................................... 175
2.2 Limpeza urbana ........................................................................................................ 178
2.2.1 Varrição ............................................................................................... 178
2.2.2 Limpeza de praças, feiras e mercados. .................................................. 179
2.2.3 Capinação, raspagem e caiação de vias e logradouros públicos ............. 179
2.2.4 Roçagem manual e mecanizada ............................................................ 179
2.2.5 Equipe de limpeza urbana para mutirão ................................................ 180
3 Normas e Regulamentos Sanitários Municipais Existentes ............................................. 181
3.1 Âmbito Nacional ....................................................................................................... 181
3.2 Âmbito Estadual ....................................................................................................... 183
3.3 Âmbito Municipal ..................................................................................................... 183
4 Dificuldades na operacionalização ................................................................................. 184
5 Proposições ................................................................................................................... 184
5.1 Estrutura Organizacional ........................................................................................... 184
5.2 Projeto para programa de usina de compostagem ...................................................... 185
5.3 Projeto para programa de reciclagem e coleta seletiva. .............................................. 186
5.4 Projeto para programa de reciclagem de resíduos da construção civil. ....................... 188
5.5 Projeto para programa de fiscalização e aplicação do código de postura. ................... 189
5.5.1 Fiscalização e Aplicação do Código de Postura .................................... 189
5.6 Projeto para programa de educação ambiental. .......................................................... 193

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

10.7.1 Diretrizes específicas para as ações de Educação Ambiental .................................... 194


5.7 Proposição de Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs) ................ 194
6 Planos de Operação e Manutenção ................................................................................. 195
6.1 Metodologia às operações e manutenções preventivas ............................................... 195
6.1.1 Manejo de resíduos sólidos ................................................................... 197
6.1.2 Resíduos industriais .............................................................................. 204
6.1.3 Limpeza urbana .................................................................................... 206
7 Custos para o manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana ........................................... 210
7.1 Estimativa de custos.................................................................................................. 210
7.1.1 Coleta de resíduos sólidos Domiciliares ................................................ 210
7.1.2 Coleta de resíduos sólidos de Entulho ................................................... 210
7.1.3 Varição ................................................................................................. 210
7.1.4 Limpeza de praças, feiras e mercados. .................................................. 211
7.1.5 Roçagem manual e mecânica ................................................................ 211
7.1.6 Capinação e raspagem de guias e logradouros públicos ........................ 211
7.1.7 Equipe de limpeza urbana para mutirão ................................................ 212
7.2 Custo do manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana por bacia urbana. .................. 212
UNIDADE V: SISTEMA DE APOIO AO SANEAMENTO BÁSICO .......................... 216
1 Introdução ..................................................................................................................... 216
1.1 Estrutura organizacional ............................................................................................ 218
1.2 Caracterização do sistema viário da cidade de Belém ................................................ 219
2 Dificuldades e remediação na operação dos sistemas ..................................................... 221
2.1 Sistema viário ........................................................................................................... 221
2.2 Sistema de obras de artes especiais ............................................................................ 222
2.2.1 Pontes, Passarelas e estivas ................................................................... 222
3 Descrição do sistema a ser operado e mantido ............................................................... 222
3.1 Sistema viário. .......................................................................................................... 222
3.2 Sistema de obras de artes especiais ............................................................................ 223
4 Operações e manutenção preventivas e corretivas propostas .......................................... 224
4.1 Sistema viário ........................................................................................................... 224
4.1.1 Serviços preliminares: .......................................................................... 224
4.1.2 Serviços de pavimentação ..................................................................... 226
5 Custos de manutenção e operação .................................................................................. 233
5.1 Sistema viário ........................................................................................................... 233
5.1.1 Bacia do Arari Bolonha ........................................................................ 234
5.1.2 Bacia do Maguari ................................................................................. 235

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

5.1.3 Bacia do Anani ..................................................................................... 235


5.1.4 Bacia do Outeiro................................................................................... 236
5.1.5 Bacia do Paracuri ................................................................................. 237
5.1.6 Bacia do Cajé ....................................................................................... 237
5.1.7 Bacia do Mata Fome ............................................................................. 238
5.1.8 Bacia do Val de Cães ............................................................................ 239
5.1.9 Bacia do Aurá....................................................................................... 239
5.1.10 Bacia do Murucutum .......................................................................... 240
5.1.11 Bacia do Tucunduba ........................................................................... 240
5.1.12 Bacia do Una ...................................................................................... 241
5.1.13 Bacia do Reduto ................................................................................. 241
5.1.14 Bacia do Tamandaré ........................................................................... 242
5.1.15 Bacia da Estrada Nova ........................................................................ 243

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1 Apresentação
1.1 Manual de Saneamento

Dentro do levantamento existente e dos métodos de execução de serviços, além das


Normas Técnicas Brasileiras, foi desenvolvido um manual para orientar os profissionais que
executam a manutenção e operação dos quatro eixos que incluem o sistema de saneamento
básico, bem como as diretrizes para a recuperação de alguns sistemas.
Os objetivos principais deste manual são as definições dos seguintes:
• Caracterização da Cidade;
• Aspectos de ocupação urbana;
• Descrição atual e geral dos sistemas de Abastecimento de Água, Esgotamento
Sanitário, Drenagem e Manejo de Águas Pluviais e Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos
Sólidos;
• Descrição das operações e manutenções preventivas e corretivas dos sistemas
de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Drenagem e Manejo de Águas Pluviais e
Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos;
• Estimativas de custo de operação e manutenção dos sistemas de Abastecimento
de Água, Esgotamento Sanitário, Drenagem e Manejo de Águas Pluviais e Limpeza Urbana e
Manejo de Resíduos Sólidos.
Este manual orienta, mas não obriga a utilização dos critérios aqui estabelecidos. Os
únicos elementos limitantes são os da legislação pertinente. Cabe ao executor desenvolver
seus serviços dentro do conhecimento existente sobre o assunto, do qual este manual é apenas
uma parte.
1.2 Organização do manual
A fim de orientar os sistemas e facilitar a sua localização, dividiu-se o Sistema de
Saneamento Básico em quatro capítulos: I – Abastecimento de Água, II – Esgotamento
Sanitário, III – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, IV – Limpeza Urbana e Resíduos
Sólidos.
Na primeira unidade constam os métodos de operação e manutenção do sistema de
Abastecimento de Água, contendo a caracterização da captação das áreas de abastecimento
superficial e profundo da Cidade de Belém, iniciando pela descrição do sistema de
intervenção atual e existente (captação, tratamento e distribuição).
Devido à assinatura do Contrato Programa, a PMB, desde 2014, delega a
operacionalização e manutenção dos sistemas de água potável à Companhia de Saneamento

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

do Estado do Pará – COSANPA, que conta com o pessoal técnico e qualificado próprio. Com
isso, as unidades I e II foram em base nos documentos disponíveis e cedidos pela COSANPA,
seguindo as solicitações e orientações da companhia executora do serviço.
Sendo assim, a segunda unidade descreve a operação e manutenção dos sistemas de
Esgotamento Sanitário, iniciando pela caracterização atual do sistema (coleta e tratamento),
descrição das operações em manutenções preventivas e corretivas, estimativa de custo de
operação e manutenção. Conforme a unidade I, este também é elaborado, com base em
documentos disponíveis e cedidos pela COSANPA. Com isto, esta unidade segue as
solicitações e orientações da companhia executora do serviço.
Na terceira unidade é abordado a drenagem e o manejo de águas pluviais, sendo
apresentada situação atual do sistema, no que inclui a macrodrenagem, microdrenagem, vias
urbanas e obras de artes especiais. Posterior à operação e manutenção preventivas e corretivas
propostas e por fim são apresentadas as estimativas de custos de operação e manutenção.
Na quarta unidade descreve sobre a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos,
incluindo a fiscalização e educação ambiental. Inicialmente está descrita a situação atual do
sistema, posterior a operação e manutenção preventivas e corretivas propostas, e, por fim são
apresentadas as estimativas de custos de operação e manutenção.
A quinta e ultima unidade deste manual corresponde ao sistema de operação ao
saneamento básico, compõem a descrição do sistema, operação e manutenção e por fim os
custos com a manutenção.
Este presente Manual de Operação e Manutenção do Sistema de Saneamento Básico
do município de Belém não esgota o assunto, mas procura antecipar elementos que possam
apresentar dificuldades na operação e recuperação dos sistemas de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais, limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos.
1.3 Plano Diretor do Município de Belém e o Manual do Sistema de Saneamento básico.

―O modelo de intervenção adotado pela Política Municipal de


Saneamento Ambiental Integrado deve associar as atividades da
gestão ambiental, o abastecimento de água potável, o uso racional da
água, a coleta e o tratamento de águas residuais, a drenagem de
águas pluviais, o manejo dos resíduos sólidos e a educação sanitária
e ambiental― (BELÉM, 2007).
O principal objetivo do Plano Diretor Municipal de Belém de 2008, no seu Capítulo
III o PDMB trás diretrizes sobre a Política de Infraestrutura e Meio Ambiente, incluindo todas

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

as Subseções da Secção I – Do Saneamento Ambiental Integrado, onde referem se sobre: I –


Abastecimento de Água; II – Esgotamento Sanitário; III – Drenagem Urbana; e, IV –
Resíduos Sólidos.
O manual de saneamento ambiental tem com um dos seus objetivos a Regulamentação
dos serviços de manutenção e recuperação do sistema de saneamento ambiental por meio do
estabelecimento de critérios básicos para o desenvolvimento do sistema na cidade, a fim de
orientar a execução dos serviços de manutenção e recuperação dos sistemas de saneamento
ambiental na cidade.
1.4 Medidas de controle de impactos do crescimento urbano no sistema de Saneamento
básico

O Município de Belém está localizada ao nordeste do estado do Pará. Possui


aproximadamente 1.059,406 km² de área territorial e nela habitam 1.392.031 pessoas,
caracterizando-se com uma densidade demográfica de 1.314hab./km² (IBGE, 2010). O
crescimento populacional do Município não tem ocorrido de forma harmônica com o sistema
de drenagem urbana, pois de acordo com o Pereira, 2017, o Município de Belém possui
368.877 domicílios particulares permanentes e, 52,43% das moradias correspondem a
aglomerados subnormais.
Ainda conforme Pereira, 2017 apud Lima, et al, 2012, ―O devido ao processo de
ocupação desordenada, as características topográficas dos terrenos, grande volume de água
precipitada acumulada e a precária infraestrutura de saneamento básico, o município de
Belém dispõe de extensas áreas que oferecem riscos para a ocorrência de epidemias‖.
A fim de controlar estes problemas a cidade se desenvolve o manual de operação e
manutenção dos sistemas de saneamento básico, com o intuito de planejar as ações a serem
realizadas a fim de ampliar a abrangência e a elevação da qualidade dos serviços de prestados
à população urbana. Além disso, a operacionalização dos sistemas por meio do manual será
capaz de promover o controle de todos os possíveis vetores e transmissores de doenças,
melhorando os índices de saúde entra a relação homem-meio ambiente.
Para a implantação destes padrões de execução, que buscam o controle na aplicação
dos serviços de manutenção do município de Belém foi elaborado o Manual de operação e
manutenção dos sistemas de Saneamento básico. Neste manual devem ser tratados assuntos
como: Abastecimento de Água; Esgotamento Sanitário; Drenagem e Manejos de Águas
Pluviais; e, Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

UNIDADE I: ABASTECIMENTO DE ÁGUA

1. Introdução
A água constitui elemento essencial à vida. O homem necessita de água de qualidade
adequada e em quantidade suficiente para suas necessidades, para proteção de sua saúde e
para propiciar o desenvolvimento econômico do meio em que vive.
Um sistema de abastecimento de água é caracterizado pela retirada de água da
natureza, adequação de sua qualidade, transporte e fornecimento à população, em quantidade
compatível as suas necessidades. O sistema público de abastecimento de água é constituído
por um conjunto de obras, instalações e serviços destinados produzir e distribuir água a uma
comunidade, em qualidade e quantidade compatíveis com a necessidade da população, para
fins de consumo doméstico, serviços públicos, industrial e outros.
No Brasil compete ao Ministério as Saúde estabelecer normas de potabilidade da água,
e ao Sistema Único de Saúde a fiscalização e inspeção de água destinada ao consumo
humano.
A Norma de potabilidade de água para consumo humano é a Portaria Consolidada Nº.
05 do Ministério da Saúde de dezembro de 2017, que a partir dessa data incorporou a Portaria
Nº 2914 de 2011, que dispõe sobre o padrão de potabilidade e os procedimentos de controle e
de vigilância da qualidade da água para consumo humano.
O município de Belém é a capital do Estado do Pará. Está localizado na Mesorregião
Metropolitana de Belém e Microrregião de Belém, encontra-se à cerca de 130 km do Oceano
Atlântico, possuindo altitude de 10 metros em relação ao mar. Compreende as seguintes

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

coordenadas geográficas: latitude 01º 23’ 06’’ ao sul e longitude 48º 29’ 05’’ a oeste de
Greenwich.
Em Belém, a capitação parte dos principais rios que cercam a região que são os o rio
Amazonas, rio Maguari e rio Guamá. Belém junto com outras cidades do Estado constitui a
Baía do Guajará que é formada a partir do encontro da foz do rio Guamá com a foz do rio
Acará. Além disso, o município é integrante da Bacia do Rio Amazonas que possui uma área
de bacia equivalente a 7 050 000 km², dos quais 3,9 milhões no Brasil, representando a maior
bacia hidrográfica mundial.
Segundo o Banco de Dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
do Município de Belém, a população estimada do município para o ano de 2010 é de
1.393.399 habitantes, os quais estão distribuídos conforme a imagem abaixo. Em 2010, a
população do município ficava na posição 144° da população do Estado e 5570° da população
do País.

Figura 1 Densidade demográfica


Fonte: IBGE, 2010

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

1 DESCRITIVO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

1.1 Sistemas de captação


A Companhia de Saneamento do Pará atende o Município de Belém através do
Sistema Integrado e os Sistemas Isolados de Abastecimento de água.

1.1.1 Sistema Integrado


Utilizam os mananciais superficiais de água, composto pelo Rio Guamá, lagos Água
Preta e Bolonha, e tendo como sistema produtor as Estações Elevatórias de Água Bruta
(EEAB) do Guamá, Bolonha e Utinga, Adutoras de Água Bruta (AAB) Estações de
Tratamento de Água (ETA’s) convencionais do Bolonha, 5º. Setor e São Brás, conforme em
Erro! Fonte de referência não encontrada.. A distribuição de água se dá através de adutoras
de água tratada (AAT) para 09 Setores de Distribuição de Água na Zona Central, e 03 Setores
na Zona de Expansão da Cidade de Belém. As capacidades instaladas de tratamento dessas
estações convencionais são:
• ETA Bolonha – Atual ( ⁄ ), final de projeto ⁄
• ETA São Brás – ⁄
• ETA 5º Setor – Q ⁄

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 2 Sistema Integrado


Fonte: COSANPA,2018

1.1.2 Sistemas Isolados


A COSANPA opera 33 Sistemas Isolados no Município de Belém, sendo 01 na Zona
Central e 32 na Zona de Expansão e Ilhas, conforme Erro! Fonte de referência não
encontrada.. Os Sistemas Isolados utilizam o manancial subterrâneo do aquífero Pirabas,

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

com a captação de água se dando através de poços profundos. O tratamento realizado é físico-
químico ou apenas químico.

Figura 3 Sistema Isolados


Fonte: COSANPA,2018.

2 Tratamento da água e monitoramento da qualidade


Para promover o abastecimento de água à população faz-se necessário o tratamento
das águas, adequando a água bruta aos padrões de potabilidade vigente. Geralmente o
tratamento de água ocorre pela remoção de partículas suspensas e coloidais, matéria orgânica,
microrganismos e outras substanciam presentes na água bruta, maléficas a saúde humana.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Conforme a Erro! Fonte de referência não encontrada. As etapas do tratamento


convencional de águas superficiais do Sistema de Abastecimento de Água Belém, nas
estações de tratamento de água da COSANPA consistem de;

- Coagulação
- Floculação
- Decantação
- Filtração
- Desinfecção

Figura 4 Esquema de Tratamento Convencional


Fonte: COSANPA, 2018

O tipo de filtração utilizado no tratamento de água pela COSANPA no Sistema de


Abastecimento de água de Belém, para águas oriundas de manancial subterrâneas ou
superficiais é a filtração rápida. As etapas da filtração e desinfecção da água são utilizadas
em todas as tecnologias de tratamento de água.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Os resíduos gerados nas estações de tratamento de água da COSANPA são resíduos


químicos, originários dos produtos químicos utilizados no processo de tratamento de água,
resíduos de matéria orgânica e sólidos diversos presentes na água bruta e para as águas
subterrâneas resíduos de ferro.

Para a vazão final de projeto da ETA Bolonha de 6,4 M3/s, cujas obras já iniciaram,
está prevista a construção de Unidade de Tratamento de Resíduos- UTR, atendendo
condicionante do órgão ambiental. Para as estações de tratamento de água de São Brás e do
5º.Setor, não há exigências ambientais para construção de UTR.

Quanto ao tratamento de águas subterrâneas, que pode ser observado na Erro! Fonte
de referência não encontrada., em que pese a COSANPA captá-las no aquífero Pirabas,
com poços que atingem até 280 metros de profundidade, é comum a presença de ferro com
teor acima do admissível nas normas vigentes, havendo, portanto a necessidade de tratamento
físico de água, através de aeração e filtração. As etapas de tratamento de água subterrâneas
geralmente consistem de:

- Aeração
- Filtração
- Desinfecção

Figura 5 Esquema de Tratamento de água subterrânea


Fonte: COSANPA,2018

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Para águas cuja presença de ferro está compatível com o admissível em Norma, são
realizada somente a aeração e desinfecção. A COSANPA monitora também a água na etapa
de distribuição com coletas regulares na rede de distribuição de água e ligações prediais

2.1 Produtos Químicos utilizados no tratamento de água do SAA- Belém

Tabela 1 Produtos químicos utilizados pela COSANPA no tratamento da água no Sistema de


Abastecimento de Água de Belém.
ORIGEM
PRODUTO
MANANCIAL
PAC 23- Policloreto de Alumínio ( Al2(OH)5Cl): 23% Al2O3(alimina) e 18% de
Superficial
OH(hidroxila)- aplicada na proporção de 6 a 12mg/L.
Superficial/
Cloro Gás (Cl)- Aplicado na proporção de 2,5 a 3,5 mg.
Subterrâneo

Pastilhas conjugadas Dicloro Isocianurato de Sódio nas proporções (40-60) e (80-20)%. Subterrâneo

Polímero (Poliacrilamida) em emulsão a 35%, Baixo Catiônico. Superficial

Fonte: COSANPA, 2018.

2.2 Perdas de água no SAA de Belém

Tabela 2 Balanço hídrico do SAA Belém – 2017.


Volume faturado de água
Hdt
Volume faturado de
27.680.701 m³/ano
água
Volume faturado de água
52.264.669 m³/ano
nhdt
Volume de água disponibilizado para consumo
24.583.968 m³/ano
(*)
Perdas reais de água Presumível
v = 82.143.805 m³/ano
(**)
Volume perdido de
14.939.568 m3/h
água
Perdas aparentes de água
29.879.136 m³/ano
Presumível (**)
14.939.568 m3/h
Fonte: COSANPA, 2018.
(*) Devido os índices de macro e micromedição existentes, a metodologia adotada para o cálculo do
volume disponibilizado onde não há macromedidores instalados, é utilizada series de vazões obtidas através de
medição pitométrica, e horas de funcionamento de EEA.
(**) Presumível, da ordem de 50%, conforme estabelecido pela IWA (International Water Association).

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

3 Reservatórios
A água tratada é armazenada e levada a grandes reservatórios antes da distribuição. Esses reservatórios ficam, geralmente, localizados nos
locais mais altos da cidade. A Companhia conta com o total de 39 reservatórios e redes de distribuição

3.1 Plano de Amostragem


Tabela 3 Planos de amostragem - Anexo XX da Portaria de consolidação nº 5 - MS.
Saída do tratamento.
pH, Turbidez, Coli-Total e Demais
Tipo Manan Cor Prod. Second. Desinf.
Nome do Quant. de Hora/ dia Flúor e Cloro Escherichia-Coli Parâmetros
Índice (1) Superf.
Sistema Sist. de fun. Nº Nº
(2) Subt. Mensal Freqüên. Mensal Freqüên. Mensal Freqüên. Freqüên. Freqüên.
análise análise
1 Bolonha 1 24 1 360 2horas 360 2 horas 8 2/semana 1 Trimestral 1 Semestre
2 São Braz 1 24 1 360 2horas 360 2 horas 8 2/semana 1 Trimestral 1 Semestre
3 5º Setor 1 24 1 360 2horas 360 2 horas 8 2/semana 1 Trimestral 1 Semestre
4 Ariri 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
5 B. Sodré 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
6 Begui 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
7 C. Farias 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
8 Canarinho 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
9 Catalina 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
10 CDP 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
11 Coqueiro 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
12 Guanabara 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
Ipasep
13 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Maguari)
14 Ipasep 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

(Satélite)
15 Mosqueiro 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
Panorama
16 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
XXI
17 Pratinha 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
18 Sideral 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
19 Tenoné 1 24 2 4 1/semana 8 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
20 Verdejante 1 24 2 4 1/semana 8 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
Águas
21 Negras 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
COHAB
22 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
Morada de
23 Deus 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
Paracuri
24 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
São Roque
25 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
Souza
26 Franco 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
Eduardo
27 Angem 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
Pratinha I
28 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Pratinha II
29 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
Raimnundo
30 Jinkings 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
Tapanã
31 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
Tocantins
32 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Icoaraci)
Baía do Sol
33 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Mosqueiro)
5ª Rua
34 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Mosqueiro)
Caranandub
35 a 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Mosqueiro)
Água Boa
36 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Outeiro)
Brasília
37 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Outeiro)
Cotijuba
38 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Outeiro)
S. João de
39 Outeiro 1 24 2 4 1/semana 8 2/semana 8 2/semana 0 Dispensado 1 Semestre
(Outeiro)
Fonte: COSANPA, 2018.

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4 Rede de Distribuição de Água
A Rede de distribuição de água no Município de Belém tem extensão de 1.675 km,
com densidade média de 7,48 metros por ligação ativa de água.

Figura 6 Mapa do Município de Belém com distribuição dos setores


Fonte: COSANPA, 2018

4.1 Classificação das Canalizações de Água


As canalizações de abastecimento de água podem ser classificadas em três categorias:

 Redes Distribuidoras: São as canalizações de médio porte implantadas nas vias


urbanas, com a finalidade de conduzir e distribuir água tratada.
Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

 Ramais Domiciliares: São canalizações de pequeno porte destinadas a


estabelecer a ligação entre a rede distribuidora e o consumidor.
 Quadro ou Cavalete: É o dispositivo localizado na parte final do ramal,
próximo ao alinhamento predial, destinado à instalação do hidrômetro.

4.2 Registro atualizado de todos os dados e parâmetros resultantes do desempenho dos


sistemas operados

4.2.1 Hidrometração

Tabela 4 Hidrométrica, dezembro/2017.


TOTAL DE LIGAÇÕES
LIGAÇÕES HIDROMETRADAS ÍNDICE DE HIDRO-
ATIVAS DE ÁGUA
DE ÁGUA ( UN ) METRAÇÃO ( % )
( UN )
224.020 103.221 46,1
Fonte: COSANPA.

4.2.2 Histograma de consumo de água tratada


Tabela 5 Histograma de consumo – BELÉM – Ano, 2017.
Mês Per capta
m³/Econ.mês (1) m³/Econ.dia (2) l/hab.dia (3)
Janeiro 16,397 0,529 139,93
Fevereiro 15,432 0,551 145,81
Março 17,187 0,554 146,67
Abril 16,998 0,567 149,89
Maio 17,575 0,567 149,99
Junho 16,932 0,564 149,31
Julho 16,375 0,528 139,74
Agosto 16,701 0,539 142,53
Setembro 17,968 0,539 158,45
Outubro 16,544 0,534 141,19
Novembro 17,467 0,582 154,03
Dezembro 16,570 0,535 141,41
Média anual 16,846 0,554 146,56
(1) Economias residenciais
(2) Dias do mês
(3) Taxa de ocupação média por economia residencial = 3,78 Hab/Econ.Res.
Fonte: COSNAPA

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4.3 Procedimentos para assentamento de rede de distribuição de água.


a) Dos serviços gerais: Os serviços serão executados obedecendo às
normas técnicas da ABNT e as orientações da COSANPA.
As escavações de valas deverão propiciar, depois de concluídas, as condições normais
para a execução dos serviços necessários, seguindo as orientações constantes no desenho e
quadros nº 1 e 2, abaixo, conforme locação das redes, no passeio e/ou pista.

Figura 7 Estação de Valas


Fonte: COSANPA, 2018

Tabela 6 Rede de água no Passeio com Calçada.

0,1 0,15 0,2


Diâmetro (mm) 50 a 100 150,00 200,00
Profundidade da vala (m) 1,00 1,05 1,10
Largura da vala (m) 0,40 0,45 0,50
Volume da tubulação (m²) 0,0079 0,0177 0,0314
Fonte: COSANPA, 2018

Tabela 7 Rede de água na pista com pavimento asfáltico.

Diâmetro Profundidade da vala Largura da vala Volume da tubulação


Item
(m) (m) (m) (m)
1 0,05 1,18 0,35 0,0020
2 0,075 1,21 0,38 0,0044
3 0,0100 1,23 0,50 0,0079
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4 0,150 1,28 0,75 0,0177


5 0,200 1,33 0,80 0,0314
6 0,250 1,38 0,85 0,0491
Fonte: COSANPA, 2018.
A demolição de pavimento deverá, na medida do possível, não ultrapassar a largura da
vala mais 20 (vinte) centímetros.
O Reaterro da vala deverá ser feito obrigatoriamente com areia até a cota de 20 (vinte)
centímetros acima da geratriz superior da tubulação, podendo o restante ser completado com
material da escavação, quando de boa qualidade (não saturado), compactado mecanicamente
em camadas sucessivas de 20 (vinte) centímetros de altura.
Em logradouro sem pavimento, onde a pista ou passeio for em terreno natural ou
piçarra, o reaterro deverá ser feito até ao nível normal da pista, sob pena de refazer o serviço
caso venha sofrer depressão.
Em logradouro, pavimentado com asfalto a recomposição deverá ser feita com uma
base de 25 (vinte e cinco) centímetros de solo cimentado, composto de seixo, areia e 1% (um
por cento) de cimento, como base para o lançamento da massa asfáltica e ter o perfeito
restabelecimento do pavimento do logradouro, de modo a manter o padrão existente, criando
o mínimo desconforto à população.
A recomposição da calçada, após o lançamento da base será nivelada com argamassa,
traço 1:6 em volume (cimento:areia).
A COSANPA poderá solicitar aos seus prestadores de serviço a realização de ensaios
de compactação de reaterro, resistência da argamassa e concreto utilizados na recomposição,
em laboratório qualificado.
Os materiais não reaproveitados para a recomposição dos pavimentos ou no reaterro,
deverão ser separados para evitar sua mistura com material a ser utilizado, providenciando sua
imediata remoção. Os materiais reaproveitados deverão ser separados e guardados
convenientemente para o reaproveitamento.
Os materiais imprestáveis serão convenientemente transportados para as áreas
destinados a bota fora.
Todo o material utilizado no reaterro deverá ser aprovado pela fiscalização, podendo
ser aproveitado da escavação ou de empréstimo.
b) Blocos de ancoragem, caixas de registros e recuperação de PV’s:
Os blocos em concreto armado, somente serão utilizados em locais
determinados pela COSANPA e serão executados de acordo com as necessidades,
obedecendo as normas descritas nestas especificações.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

As caixas de manobra, PV’s e outras deverão ser executadas conforme padrão


COSANPA, devendo ser impermeabilizadas interna e externamente, a fim de garantir suas
estanqueidades.

c) Transporte, instalação e montagem de tubulações e conexões:


Esta seção abrange a utilização de tubulações, peças e conexões, de acordo com o que
se especifica a seguir.
i. Tubulação de PVC-PBA e PVC-DeFoFo
Os elementos tubulares, peças, conexões e aparelhos serão fabricados de acordo com
as normas e recomendações descritas a seguir. Nos casos omissos deverão ser obedecidas as
normas e recomendações da ABNT, AWWA e ASTM.

ii. As tubulações em PVC-PBA deverão ser Classe 15 ou PVC-Defofo de 1 MPa.


O transporte, carga e descarga dos tubos, peças, conexões, aparelhos e
acessórios será feito com meios, equipamentos e processos que possam garantir a
indeformabilidade dos diversos elementos e menor obstáculo para o trânsito, tendo em vista o
lançamento de tubos na vala, deve ser feito com equipamentos adequados, sejam eles
mecânicos ou manuais, evitando-se provocar impactos na tubulação quando do assentamento.

Para introdução da ponta do tubo nas bolsas de tubos ou conexões deverão ser
utilizados lubrificantes, permitindo um escorregamento regular sobre o anel. A penetração da
ponta na bolsa dos tubos deve ser interrompida a 1 cm do fundo da bolsa para evitar o contato
entre os tubos e assegurar a flexibilidade da junta.
As montagens deverão ser efetuadas com equipamentos adequados, quais sejam
alavancas de garfo, correntes, ganchos, talhas, tifor. Após a montagem das tubulações deve
ser verificado se o anel de borracha ficou em posição correta em seu alojamento.
Para execução de cortes em tubulação, devem ser usadas as máquinas elétricas ou a ar
comprimido, utilizando-se o disco de corte abrasivo, máquinas de rolete e facas cilíndricas de
aço, de aperto progressivo ou utilizando-se arco convencional.
As irregularidades ao longo da superfície de corte devem ser eliminadas e conter
quinas arredondadas, ou em chanfro, para eliminar a possibilidade de dilaceração do anel de
borracha.
Os chanfros devem ter bisel com inclinação aproximadamente igual a 30 graus com a
superfície do tubo e deverão ser executados até a metade da espessura do tubo, evitando-se
que a ponta fique fina e corte a junta de borracha.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Todas as curvas derivações, reduções, registros, etc., deverão ser devidamente


ancoradas através de blocos de concreto.

5 Metodologia manutenção do sistema de abastecimento de água

5.1 Estrutura organizacional

5.1.1 Manutenção das Canalizações


A Gerência de Manutenção - OMM é a unidade administrativa que tem a competência
de executar as atividades de manutenção das canalizações de abastecimento público.

5.2 Manutenção Preventiva


- Programa de substituição de redes de água.
- São executados os serviços de manutenção preventiva em redes de
abastecimento de água quando estas apresentam idade superior a 20 anos e/ou
incidência de vazamentos, em um trecho de aproximadamente 300 (trezentos)
metros.
- Nos casos citados acima, onde a rede distribuidora apresenta idade superior a
20 (vinte) anos e/ou média anual igual ou superior a 06 (seis) vazamentos, para
um trecho de aproximadamente 300 (trezentos) metros, os logradouros são
encaminhados para o Programa de Substituição de Redes de Água, ou,
conforme a urgência do caso, a rede é substituída emergencialmente.
- O Programa de Substituição de Redes de Água tem como objetivo substituir,
com recursos próprios do Departamento (qual departamento?), 50 Km de rede
ao ano, visando a minimizar as ocorrências de acidentes, eliminado perdas de
água e aumentando a satisfação dos usuários pela diminuição de interrupções
no abastecimento.
- O critério abaixo explicitado estabelece as prioridades de intervenções
preventivas nos logradouros.
- Considerando-se uma extensão aproximada de 300 (trezentos) metros de rede
distribuidora, tem-se:

Tabela 8 Critério para a prioridade de intervenção preventiva nos logradouros.

NÚMERO DE INTERFERÊNCIAS/ANO PRIORIDADE


06 1
04 a 05 2
02 a 03 3
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

00 a 01 4

 Prioridade 1: encaminhamento do referido logradouro para o Programa de


Substituição de Rede de Água em regime de urgência.
 Prioridade 2: encaminhamento do referido logradouro para o Programa de
Substituição de Rede de Água.
 Prioridade 3: sem necessidade de intervenção imediata, encaminhado para
programa de monitoramento da rede.
 Prioridade 4: sem necessidade de intervenção.

5.3 Manutenção Corretiva


A maioria dos serviços, devido as peculiaridades da manutenção das canalizações de
água, são realizados corretivamente, visando a eliminar problemas ocorridos nas redes.

- Os logradouros avaliados sofrem manutenção corretiva, conforme explicitado nas


planilhas a seguir. Estas planilhas deverão contém as seguintes informações: nome do
logradouro, trecho, caracterização da rede, ano de sua implantação/substituição, local
(quadro, ramal, distribuidor) do acidente, número de intervenções.
- Os referidos logradouros são classificados por Distritos, haja vista ser esta a
organização dos trabalhos de manutenção de canalizações de abastecimento de água.

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Tabela 9 Manutenção aplicada à materiais e equipamentos por unidade operacional.

UNIDADE OPERACIONAL MATERIAIS E EQUIPAMENTOS


Hidráulicos Hidro-mecanicos Eletro-mecanicos TI Medidores Edificações
Captação superficial Tubulações e Bombas, Válvulas de Motores elétricos, quadros Transmissores, Medidor de Estruturas edificadas
conexões dos retenção e registros de comando logger nível, pressão e
barriletes de sucção parâmetros
e recalque elétricos
Captação subterrânea/poços Tubulações e Bombas, Válvulas de Motores elétricos, quadros Transmissores, Medidor de Base de proteção,
conexões dos retenção e registros de comando logger, nível, pressão e cercas e grades
barriletes de sucção parâmetros
e recalque elétricos

Adutora de água bruta Tubulações e Válvulas e registros Transmissores, Medidores de Blocos de


conexões logger, vazão e pressão ancoragem, caixas
de proteção de
registros e medidores
Estação de tratamento de Tubulações e Válvulas, registros, Motores elétricos, Transmissores, Medidor de Estruturas edificadas
água conexões comportas de dosadores de produtos logger, nível, pressão e
vedação químicos, quadros de computadores parâmetros
comando elétricos
Elevatória de água Tubulações e Bombas, Válvulas de Motores elétricos, quadros Transmissores, Medidor de Estruturas edificadas
tratamento conexões dos retenção e registros de comando logger nível, pressão e
barriletes de sucção parâmetros
e recalque elétricos
Tipo de manutenção Preventiva e Preventiva e Preventiva e corretiva Preventiva e Preventiva e Preventiva e
aplicada corretiva corretiva corretiva corretiva corretiva
Tabela 10 Manutenção aplicada à materiais e equipamentos por unidade operacional.

UNIDADE OPERACIONAL MATERIAIS E EQUIPAMENTOS


Hidráulicos Hidromecânicos Eletromecânicos TI Medidores E
Adutora de água tratada Tubulações e Válvulas e registros Transmissores, logger Medidores de vazão B
conexões e pressão an
pr
e
Sub estação elétrica Transformadores, Quadros Transmissores, logger Medidores de E
de comando, cabeamentos parâmetros elétricos
Reservatório elevado/reservatório apoiado Tubulações e Válvulas e registros Proteção de descargas Transmissores, logger Medidores de vazão E
conexões atmosféricas e pressão e nível
Rede de distribuição de água Tubulações e Válvulas e registros Transmissores, logger Medidores de vazão B
conexões e pressão an
pr
e
Ramal predial Tubulações e Válvulas e registros Transmissores, logger Medidores de vazão
conexões e pressão
Tipo de manutenção aplicada Preventiva e Preventiva e Preventiva e corretiva Preventiva e corretiva Preventiva e Pr
corretiva corretiva corretiva co
Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

5.3.1 Tipos de Ocorrências


A Gerência de Manutenção-OMM, subordinada à Coordenadoria Metropolitana, é a
unidade administrativa que tem a competência de executar as atividades de manutenção das
canalizações de abastecimento público.

Para fins de execução dos serviços de conservação das canalizações de abastecimento de


água, a cidade foi divida em 06 (seis) Distritos Operacionais. Cada Distrito é responsável pelos
serviços de conservação das canalizações de abastecimento público de sua região. A divisão da
cidade em Distritos pode ser visualizada no mapa de Belém dividido em distritos operacionais,
em anexo.

Devida às peculiaridades dos serviços de manutenção das canalizações de abastecimento


de água, na maioria das situações são realizadas manutenções corretivas de acidentes nas redes.

A Coordenadoria Metropolitana coloca à disposição dos usuários o telefone 195 –


Central de Informações, que opera de forma ininterrupta 24 horas diárias, 07 dias na semana,
onde são registradas as solicitações para serviços de manutenção em redes e ramais domiciliares.
Estas solicitações são inseridas, pelos atendentes, em sistema computadorizado (195) e
repassadas automaticamente às distritais de água, onde são programadas e priorizadas para
atendimento pelas equipes de campo. As manutenções corretivas poderão ser aplicadas através
de ocorrências.

As ocorrências nas redes e ramais domiciliares podem ser de dois tipos:

 Vazamentos ou Fugas

Vazamentos ou fugas de água ocorrem geralmente por envelhecimento e/ou fadiga dos
materiais ou de forma acidental quando provocados por terceiros.

 Obstruções e Esclerosamentos

Ocorrem principalmente nas redes e ramais de ferro, sem revestimento nas paredes
internas, devido a deposição de materiais ocasionada pela reação da água com o ferro.

Constatam-se, também, obstruções causadas pela presença de objetos diversos que se


localizam, quase sempre, junto às conexões, dificultando ou impedindo o fluxo de água.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

5.4 Metodologia para Manutenção da rede de distribuição de água


Procedimentos para execução de serviços de engenharia, para retirada de vazamentos, na
rede de distribuição e ramais prediais do sistema distribuidor de água e coletor de esgoto
sanitário da COSANPA, com recomposição de vias públicas.
Estes serviços são executados por Empresa de Engenharia quanto à execução de serviços
de retirada de vazamentos tanto no período diurno como noturno com fornecimento de mão de
obra e materiais, inclusive hidráulico na rede de distribuição e ramais prediais do sistema
distribuidor de água e coletor de esgoto sanitário da COSANPA, situados em logradouros e vias
publicas, bem como a recomposição de pavimento atingido.

 SERVIÇOS A EXECUTAR
- Sinalização e iluminação durante o tempo de interdição da via;
- Demolição de piso cimentado;
- Demolição de pavimento asfáltico;
- Escavação manual de valas;
- Escavação mecânica de valas;
- Escoramento contínuo e/ou descontínuo de valas;
- Esgotamento de valas com bombas;
- Corte na rede ou ramal danificado;
- Recuperação da rede ou ramal danificado;
- Reaterro apiloado de valas;
- Recomposição de pavimentos;
- Preparo de base para pavimento asfáltico;
- Bota fora do material imprestável;
- Recuperação de tubos, PV’s e boca de lobo de drenagem.

 PESSOAL NECESSÁRIO A EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

É necessário uma quantidade suficiente de empregados, divididos obrigatoriamente em


equipes diurna e noturna, com suas ferramentas adequadas e maquinário de apoio, para execução
de no mínimo 05 (CINCO) vazamentos/por turno, com a respectiva recomposição, liberando a
via para sua ação cotidiana no prazo mínimo de tempo pré-estabelecido de 48 horas, sob pena de
aplicação das penalidades cabíveis.
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Os seus funcionários devem estar devidamente uniformizados, com crachás de


identificação, com Logomarca da Contratada e a indicação e equipá-los corretamente com os
EPI’s necessários à execução dos serviços previstos neste termo, bem como manter a
fiscalização de seu efetivo uso pelos seus empregados.

Deverá haver a base de apoio para administração local dos serviços e estrutura mínima
para estoque de materiais e equipamentos, com endereço mais próximo possível da base da
unidade em que irá desenvolver suas atividades, considerando que a transmissão de dados
(Autorização de Serviços, Boletins de Medição, etc..) poderá ser via telefones, e-mails.

Para a realização dos serviços se faz necessário viaturas, máquinas, equipamentos


devidamente identificados com Logomarca da terceirizada e a indicação, e ferramentas
apropriadas e em quantidade compatíveis aos serviços a serem executados. Todas as viaturas
devem possuir aparelhos de comunicação móvel e serem mantidas em condições de tráfego.

 Materiais

Devido ser um serviço terceirizado, é de responsabilidade da terceirizada o fornecimento


de todos os materiais hidráulicos, ferramentas e equipamentos necessários para a execução dos
serviços primando sempre pela facilidade de execução. Sendo estes: Retro escavadeira;
Caminhão Munck; Maquina de cortar pavimento; Pá, picareta e alavanca; Chicote e lâmpadas
para iluminação; Material para escoramento; Sinalização diurna e noturna; Tela plástica para
proteção; Compactador mecânico; Esmerilhadeira angular; Tifor; Caminhão basculante.

 DEMOLIÇÕES DE PAVIMENTOS

As demolições dos pavimentos devem ser executadas obedecendo-se a localização das


tubulações, de maneira a se danificar o mínimo o pavimento. Os materiais não reaproveitáveis
para a recomposição dos pavimentos ou no reaterro das escavações deverão ser separados para
evitar sua mistura com o material a ser utilizado, providenciando sua imediata remoção. Os
materiais reaproveitáveis deverão ser separados e guardados convenientemente para o
reaproveitamento.

É de responsabilidade da terceirizada a integridade e conservação dos materiais


reaproveitáveis que, em qualquer caso, serão reintegrados, substituídos ou completados às suas
expensas, para os serviços de recomposição dos pavimentos.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Os materiais imprestáveis serão convenientemente transportados para as áreas destinadas


à bota fora.

 SERVIÇOS EM TERRA (Escavações de Valas)

As escavações de valas deverão propiciar, depois de concluídas, as condições normais


para execução dos serviços necessários. A terceirizada deverá dispor de equipamento adequado e
suficiente para o sistema de esgotamento, que permita a execução a seco da retirada do
vazamento.

 ESCORAMENTO

A garantia de estabilidade dos taludes das escavações é de responsabilidade única e


exclusiva da terceirizada, tendo em vista a segurança do pessoal que trabalha nos serviços e dos
danos de qualquer natureza que a ruptura dos mesmos possa acarretar.

O dimensionamento e execução dos elementos destinados a garantir a estabilidade dos


taludes, sejam escoramentos, inclinação de taludes, drenagem ou quaisquer outros elementos ou
providência, compete a terceirizada, e é de sua única e exclusiva responsabilidade.

 LOCAÇÃO GEOGRÁFICA DA REDE


- ADUTORA E REDE DE ÁGUA

A fim de determinar a locação da rede de adutora devem-se descrever as seguintes


informações:

Tabela 11 dados necessários para a localização de adutora de água e rede de água.

Objeto Detalhes do objeto


Material PVC PBA, PVC DEFºFº, FºFº, CA, etc.
Diâmetro Em milímetros.
Coordenadas Em UTM na luva de correr utilizada na
correção do vazamento. (Equipamento
utilizado: GPS)
Logradouro Nome da via, bairro, setor operacional,
unidade de negócios.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Faixa de passagem Calçada, margem do lado par ou do lado


ímpar, centro da via, travessia de canal,
sob ponte, talude, etc.
Ponto de referência Sarjeta, muro, fachada de imóvel, poste,
hidrante, ponte, PV, BL, árvore, etc.
Distancia horizontal ao ponto de referência Em metro
Profundidade da tubulação em relação à Em centímetros.
superfície do solo ou pavimento
Localização de outras redes urbanas Distâncias horizontais e/ou verticais em
enterradas (esgoto, drenagem, eletricidade, centímetros.
telefonia), curvas, conexões (T, Y, cruzeta,
etc.), ventosas, registros, caixas de passagem,
estações pitométricas, etc.
Croqui da situação Formato A4, conforme cópia em anexo
no programa CAD.
Data do cadastro Dia, mês e ano.
Fonte: COSANPA, 2018.

- RAMAIS PREDIAIS DE ÁGUA E ESGOTO

A fim de determinar a locação dos ramais prediais de água e esgoto devem-se descrever
as seguintes informações:

Tabela 12 Dados necessários para a localização de adutora de água e rede de água.

Objeto Detalhes do objeto


Dados do cliente Nome do(s) cliente(s) e endereço(s)
completo(s)
Material do ramal PEAD, PVC, FºFº, etc.
Diâmetro Em milímetros.
Profundidade da tubulação em relação à Em centímetros.
superfície do solo ou pavimento
Ponto de referência Sarjeta, muro, fachada de imóvel, poste,
hidrante, ponte, PV, BL, árvore, etc.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Distância horizontal ao ponto de Em centímetros


referência
Distâncias horizontais em relação às Em metro
extremidades dos lotes: lado direito e/ou
esquerdo
Coordenadas em UTM no local do ramal Equipamento utilizado: GPS
Croqui da situação Formato A4, conforme cópia em anexo no
programa CAD.
Foto Fachada do imóvel ou lote
Números(s) de identificação Hidrômetros(s) instalados(s)
Tipo de instalação do hidrômetro Cavalete, caixa SMA, etc.
Data do cadastro Dia, mês e ano.
Fonte: COSANPA, 2018.

 REATERRO DE VALAS

O reaterro das valas será processado até o restabelecimento dos níveis anteriores das
superfícies originais ou de forma designada pela COSANPA. O material a ser utilizado no
reaterro poderá ser aproveitado da escavação ou de empréstimo, cabe a COSANPA provar o
reaterro que for utilizado.

O Reaterro da cava deverá ser feito obrigatoriamente com material arenoso até a cota de
0,20m acima da geratriz superior da tubulação, podendo o restante ser completado com material
da escavação, quando de boa qualidade (não saturado), compactado mecanicamente em camadas
sucessivas de 0,50m de altura.

Quando a pavimentação da rua ou passeio for piçarra ou terreno natural, o reaterro deverá
ser feito até ao nível normal da pavimentação, sob pena de refazer o serviço caso venha sofrer
depressão.

Em logradouro, pavimentado com asfalto, cimento, blokret etc., a recomposição deverá


além da colocação de 8 (oito) centímetros de concreto simples, ter o perfeito restabelecimento do
pavimento do logradouro, de modo a manter o padrão existente, criando o mínimo desconforto à
população.

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A recomposição da calçada será feita com concreto ciclópico, até que culmine com o
nível normal do passeio. A recomposição da via deverá ser normalizada a cada conclusão de
serviço, dando condições de trafegabilidade aos transeuntes e veículos. Devem-se utilizar, na
recuperação de pavimento, os seguintes traços:

a. Para piso cimentado, o traço 1: 6 em volume (cimento: areia).


b. Para preparo de base p/ asfalto, o traço 1: 4: 6, em volume (cimento: areia: seixo).

Deve-se, também, realizar ensaios de resistência da argamassa e concreto utilizados na


recomposição em laboratório qualificado.

- Blocos de ancoragem, caixas de registros e recuperação de P.V. ’s.

Os blocos em concreto armado, somente serão utilizados em locais determinados e serão


executados de acordo com as necessidades, obedecendo às normas descritas nestas
especificações. As caixas de manobra, P.V.’s e outras deverão ser executadas conforme padrão
da COSANPA, devendo ser impermeabilizadas interna e externamente, a fim de garantir suas
estanqueidades.

 Transporte, instalação e montagem de tubulações e conexões.

Esta seção abrange a utilização de tubulações, peças e conexões, de acordo com o que se
especifica a seguir.

 Tubulação de PVC, DEFoFo e PBA.

Os elementos tubulares, peças, conexões e aparelhos serão fabricados de acordo com as


normas e recomendações descritas a seguir. Nos casos omissos deverão ser obedecidas as
normas e recomendações da ABNT, AWWA e ASTM.

O transporte, carga e descarga dos tubos, peças, conexões, aparelhos e acessórios deve ser
feito com meios, equipamentos e processos que possam garantir a indeformabilidade dos
diversos elementos e menor obstáculo para o trânsito, tendo em vista o lançamento de tubos na
vala, deve ser feito com equipamentos adequados, sejam eles mecânicos ou manuais, evitando-se
provocar impactos na tubulação quando do assentamento.

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Para introdução da ponta do tubo nas bolsas de tubos ou conexões deverão ser utilizados
lubrificantes, permitindo um escorregamento regular sobre o anel. A penetração da ponta na
bolsa dos tubos deve ser interrompida a 1 (um) cm do fundo da bolsa para evitar o contato entre
os tubos e assegurar a flexibilidade da junta.

As montagens deverão ser efetuadas com equipamentos adequados, quais sejam,


alavancas de garfo, correntes, ganchos, talhas, tirfor. Após a montagem das tubulações deve ser
verificado se o anel de borracha ficou em posição correta em seu alojamento.

Para execução de cortes em tubulação de ferro fundido, devem ser usadas as máquinas
elétricas ou ar comprimido, utilizando-se o disco de corte abrasivo, máquinas de rolete e facas
cilíndricas de aço de aperto progressivo ou utilizando-se arco convencional.

As irregularidades ao longo da superfície de corte devem ser eliminadas e conter quinas


arredondadas ou em chanfro, para eliminar a possibilidade de dilaceração do anel de borracha.
Os chanfros devem ter bisel com inclinação aproximadamente igual a 30 graus com a superfície
do tubo e deverão ser executados até a metade da espessura do tubo, evitando-se que a ponta
fique fina e corte a junta de borracha.

Todas as curvas derivações, reduções, registros, etc., deverão ser devidamente ancoradas
através de blocos de concreto.

5.5 Procedimentos para lavagem de filtros convencionais


Para Lavagem de Um Filtro convencional, o momento ideal para realizar a lavagem de
um filtro depende da interpretação do conjunto de variáveis do sistema, quando a estação é
composta por mais de um filtro os critérios de priorização são: se tratando de filtro de fluxo
descendente, perda de carga e/ou vazão de saída observada na unidade, e para filtros de fluxo
ascendente a turbidez da água filtrada.
a) Fechar a comporta ou válvula de acesso de água decantada ao filtro;
(a.1) Aguardar que a água do interior do filtro chegue ao nível das canaletas de coleta
da água de lavagem;
b) Fechar a válvula de saída da água filtrada;
c) Abrir a comporta, ou válvula, de descarga da água de lavagem;

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(c.2) Para filtros com sistema auxiliar de lavagem, acioná-lo neste momento mantendo
pelo tempo necessário, Companhia de Saneamento do Pará definido nos ensaios de
operação;
d) Abrir a válvula de água para lavagem pelo tempo necessário para limpeza do leito
filtrante, definido nos ensaios de operação, e fechar;
e) Fechar a comporta ou válvula de descarga da água de lavagem;
f) Abrir a comporta ou válvula de acesso de água decantada ao filtro;
g) Abrir a válvula de dreno a fim descartar a primeira água filtrada, pelo tempo necessário,
definido nos ensaios de operação, para restabelecer a eficiência da filtração e fechar;
h) Abrir a válvula de saída de água filtrada.

6 Custo dos serviços


Os itens de 1 a 6 compõe a Despesa de Operação (DEX) que somados aos itens de 7 a 10
fecham a Despesa Total dos Serviços (DTS).

6.1 Custo
Tabela 13 Custos dos serviços.
Item Composição da DTS Valor (R$) (%)

1 Despesa de Pessoal 80.296.855,00 25,6


2 Despesa com Produtos Químicos 10.747.072,00 3,4
3 Despesa com Energia Elétrica 47.056.403,00 15,2
4 Despesa com Serviços de Terceiros 35.833.209,00 11,4
5 Despesa com Materiais e Equipamentos 2.979.104,00 0,8
6 Despesa Fiscal e Tributária 7.720.262,00 2,4
TOTAL DA DESPESA DE EXPLORAÇÃO (DEX) 184.632.905,00 58,8
7 Juros e encargos do Serviço da Divida 46.933.904,00 15,1
8 Variação Cambial 5.082.319,00 1,6
9 DPA (depreciação, Provisões, Amortização) 72.018.462,00 23,1
10 Tarifas Bancárias e Outras 4.276.703,00 1,4

DESPESA TOTAL DOS SERVIÇOS (DTS) 312.944.592,00 100,0

Fonte: COSANPA, 2017.

6.2 Receitas / tarifa


Tabela 14 Receitas e tarifas.
SERVIÇO Valor Faturado (R$) Volume Faturado (m3) Tarifa Média

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Praticada
(R$/m3)
Água 142.222.768,00 52.264.669 2,721
Esgoto 21.118.835,00 12.097.323 1,745
Água + Esgoto 163.341.603,00 64.361.992 2,537
Fonte: COSANPA, 2017.

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UNIDADE II: ESGOTAMENTO SANITÁRIO

1 Introdução
Os primeiros sistemas de esgotamento executados pelo homem tinham como objetivo
protegê-lo das vazões pluviais devido, principalmente, à inexistência de redes regulares de
distribuição de água potável encanada e de peças sanitárias com descargas hídricas, fazendo com
que não houvesse, à primeira vista, vazões de esgotos tipicamente domésticos (UEAC, 2012).

Nas pesquisas de como a humanidade vem tratando a questão do saneamento básico


pode-se acentuar que, desde as antigas civilizações nota-se a procura pela melhor qualidade de
vida através de obras e projetos de saneamento como o de abastecimento de água e o lançamento
de efluentes no meio. Tal preocupação vem desde a idade média visto que os povos greco-
romanos conseguiram estabelecer uma associação entre a ausência de saneamento e a presença
de algumas doenças. Os romanos foram pioneiros na organização político-institucional das ações
de saneamento (REZENDE e HELLER, 2002).

Com o adensamento populacional cada vez mais evidente e a falta de planejamento nas
áreas ocupadas, consequentemente atenua-se a vulnerabilidade da população residente nessas
áreas, evidenciando-se a existência de mazelas ocasionadas pela falta de saneamento. Segundo o
Ministério das Cidades (2009) menos da metade (42,0%) da população brasileira conta com
sistema de coleta de esgotos e apenas 32,5% com tratamento dos esgotos. Dos 164,8 milhões de
m³/ano de esgoto produzido, apenas 1,4 milhões é tratado, ou seja, 0,84% (menos de 1%), sendo

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o restante lançado indiscriminadamente no solo ou nos cursos d’água (MINISTÉRIO DAS


CIDADES, 2006).

Segundo a NBR 9648 (ABNT, 1986) o esgoto sanitário é o ―despejo líquido resultante
do uso da água para higiene e necessidades fisiológicas humanas.‖ Sendo constituídos por outros
dois tipos de esgoto: Esgoto Doméstico e o Esgoto Industrial. Provenientes, geralmente de
edificações que dispõe de instalações tais como; banheiros, lavanderias e cozinhas, formados
essencialmente de água de banho, águam de lavagem, excretas (dejetos humanos), restos de
comida, sabão e detergente.

A produção de esgotos domésticos está diretamente relacionada às condições do


abastecimento de água e a capacidade de oferta de água potável para utilização humana. Um
Sistema Público Convencional de Esgoto é composto de:

 Ramal Predial: é constituído por tubulações que transportam o esgoto da edificação


até a rede coletora localizada no logradouro público.
 Rede Coletora: é constituído por tubulações e poços de visita, que transporta o
esgoto até os interceptores.
 Interceptor: é constituído por tubulações de maior diâmetro, recebem a contribuição
de esgoto da rede coletora transportando o mesmo às estações elevatórias para
transposição de bacias, ou para Estações de Tratamento.
 Estação Elevatória de Esgoto: é constituído por conjunto motor bomba com a
finalidade de bombear o esgoto para transpor uma bacia por recalque, ou lançá-lo em
uma estação de tratamento de Esgoto – ETE.
 Estação de Tratamento de Esgoto: é uma Unidade Operacional destinada ao
tratamento de esgoto. A Estação de tratamento convencional completo consta dos
seguintes itens: Grade, Desarenador, Sedimentação Primária Filtro Biológico, Lodo
Ativado, Sedimentação Secundária, Digestor de Lodo, Secagem de Lodo e
Desinfecção do Efluente.

1.1 Importância do tratamento do esgoto


É importante manter os corpos de água livres de inconvenientes como: O aparecimento
da cólera, febre tifoide, a disenteria, a hepatite infecciosa e outras doenças que podem ser
disseminados por veiculação hídrica.

 Importância da rede de esgoto:

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Tem como finalidade o rápido afastamento do esgoto sanitário do ponto de geração. É


formada pelas ligações prediais, coletores, caixas de inspeção e P.V.’s. Os esgotos domésticos ou
sanitários são formados por material fecal e águas servidas provenientes de lavagem de utensílios
domésticos, lavagem de roupas ou outras atividades desenvolvidas nas habitações, prédios
comerciais, prédios públicos, etc. Caracterizam-se pela grande quantidade de matéria orgânica
que contém, o que causa redução do oxigênio dissolvido na água que os recebe, como resultado
de sua estabilização pelas bactérias.

Como os resíduos dos processos biológicos do homem estão contidos nos esgotos
domésticos normalmente os mesmos possuem microrganismos patogênicos. Desta forma, o
lançamento de esgotos na água pode causar doenças às pessoas que ingerem este líquido ou o
utilizam em atividades recepcionais.

Como o lançamento de esgoto sanitário no meio ambiente está relacionado com a


degradação dos corpos de água e com problemas de saúde pública, é necessário que se realize a
correta coleta, transporte e tratamento dessas águas residuárias. Portanto, o sistema de
esgotamento sanitário é indispensável na infraestrutura de áreas urbanas. A principal finalidade
do tratamento de esgoto é proteger o corpo receptor (corpo d'água) dos efeitos da poluição. Tal
proteção é feita pelas razões seguintes:

- Razões de saúde pública: para evitar que a população adquira doenças de


veiculação hídrica através de contaminação direta (banho, lavagem de roupa, etc.)
ou indireta (lavagem de verduras, abastecimento de água, etc.).
- Razões ecológicas: para manter no corpo receptor condições favoráveis à vida
animal e vegetal evitando a degradação do meio ambiente.
- Razões econômicas: A água é um bem natural utilizado em inúmeras atividades
econômicas. Um elevado grau de poluição pode torná-la imprestável para certos
usos ou abrigar a um tratamento de água muito cara.

 Indicadores de poluição:

Há vários organismos cuja presença num corpo d'água indica uma forma qualquer de
poluição. Para indicar, no entanto, a poluição de origem humana e para medir a grandeza desta
contribuição, usa-se os organismos do grupo coliformes como indicadores.
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As bactérias coliformes são típicas do intestino do homem e de outros animais de sangue


quente (mamíferos em geral), e justamente por estarem sempre presentes no excremento humano
(100 a 400 bilhões de coliformes / hab. dia). A bactéria coliforme, sozinha, não transmite
qualquer doença; mas se excretada por um indivíduo doente, portador de um organismo que
causa doença patogênica, ela virá acompanhada deste organismo capaz de trazer as conhecidas
doenças de vinculação hídrica.

1.2 Sistema de esgotamento sanitário (SES)


O Sistema Esgotamento Sanitário (SES) é o conjunto de peças, canalizações, conexões,
equipamentos e obras civis utilizadas para coletar, transportar, tratar e dispor de forma segura os
esgotos gerados em uma comunidade tendo a finalidade de evitar problemas à saúde e ao meio
ambiente (DALTRO FILHO, 2004). O SES pode ser individual ou coletivo, dependendo das
características da comunidade.

1.2.1 Sistema de esgotamento sanitário individual


O SES do tipo individual é utilizado para coletar e tratar pequenas contribuições de esgoto
esgoto sanitário de imóveis domiciliares, comerciais e públicos (PEREIRA; SOARES, 2006).
Normalmente é composto por um tanque séptico e uma unidade de tratamento
cujos efluentes são dispostos ou na rede de drenagem ou no solo ou em corpos d’água, como
apresentado na Figura 8 Sistema de esgotamento sanitário do tipo individual.

Fonte: COSANPA, 2009.


. Em Associação Brasileira de Normas Técnicas (1993) é indicado como tecnologia de
tratamento complementar o filtro anaeróbio, o filtro aeróbio, o filtro de areia, a vala de filtração
ou infiltração.

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Figura 8 Sistema de esgotamento sanitário do tipo individual.


Fonte: COSANPA, 2009.

A adoção de sistemas individuais é justificada economicamente para atendimento


unifamiliar de habitações instaladas em áreas de baixo adensamento populacional e onde o solo
apresenta boas condições de infiltração e nível de água com profundidade adequada (Barros et al
1995).

1.2.2 Sistema de esgotamento sanitário coletivo


Os sistemas coletivos consistem em canalizações que recebem o lançamento dos esgotos,
transportando-os ao seu destino final, de forma sanitariamente adequada. Em alguns casos, a
região a ser atendida poderá estar situada em área afastada do restante da comunidade, ou mesmo
em áreas cujas altitudes encontram-se em níveis inferiores.

Nestes casos, existindo área disponível cujas características do solo e do lençol d’água
subterrâneo sejam propícias à infiltração dos esgotos, poder-se-á adotar a solução de atendimento
coletivo da comunidade através de uma única fossa séptica de uso coletivo, que também atuará
como unidade de tratamento dos esgotos. Descrito na Erro! Fonte de referência não
encontrada..

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 9 Sistema de esgotamento sanitário do tipo coletivo.


Fonte: COSANPA, 2009.

Segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (1973), o sistema


coletivo pode ser do tipo unitário (também denominado combinado), misto (separador parcial)
ou separador absoluto (ou simplesmente separador), tendo respectivamente as seguintes
definições:

a) Sistema coletivo do tipo unitário: construído para coletar e conduzir águas servidas
(domésticas e industriais) juntamente com as águas pluviais.
b) Sistema coletivo misto (ou separador parcial): sistema que inclui a coleta de parte das
águas pluviais provenientes das ruas, praças, jardins, quintais e áreas não
pavimentadas.
c) Sistema coletivo separador absoluto: as águas servidas são coletadas separadamente
das águas pluviais.

1.3 Impacto Ambiental Local


a) Geração de odores

A estação não deverá emitir nenhum odor sensível ao ser humano, de forma que o projeto
deverá prever cobertura de todos os tanques anaeróbios e queima de gases. Também deverá
haver previsão de cobertura em todos os tanques de armazenamento de resíduos sólidos e outras
partes da instalação que poderão emitir odores significativos.

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b) Proliferação de vetores

Todas as unidades de estocagem de resíduos sólidos devem ser fornecidas com cobertura.
A sala de equipamentos também deverá ser devidamente isolada.

c) Ruídos produzidos por sistemas mecanizados

O nível de ruído da estação deverá atender a NBR 10.151/2000, que se refere ao conforto
acústico da comunidade.

d) Produtos Químicos

Deverá ser previsto o acondicionamento dos produtos químicos em tanques e local


adequado de acordo com as normas de segurança.

2 Diagnóstico do Sistema de Esgotamento Sanitário


No Brasil os sistemas coletivos de esgotamento sanitário são do tipo separador absoluto,
que segundo Pereira (2003) pode ser convencional ou condominial. O convencional é
caracterizado pelo assentamento das tubulações em áreas públicas que pode ser o passeio ou a
via. Já o sistema condominial pode ser instalado em áreas publicas ou particulares, diferenciando
do convencional nos aspectos de construção, operação e manutenção.

Para análise das áreas de influencia, foram analisadas as áreas urbanas e rurais.

 ESGOTAMENTO DE BELÉM

Em Belém devido à baixa cobertura de rede coletora de esgoto, há predominância de


soluções individuais tipo; fossas-sumidouro e fossas-filtro. A Companhia de Saneamento do
Pará- COSANPA é responsável pelo esgotamento sanitário do município e opera o sistema
coletivo atendendo a uma população de aproximadamente 13,3% (SNIS - 2018) da população
urbana do Município de Belém. A Tabela 15 apresenta o tipo de instalação sanitária pela
quantidade de domicílios existente no município, segundo o IBGE (2010). Tendo:

 Ligações totais ativas de esgoto: 32.490 lig.


 Economias totais ativas de esgoto: 60.136 econ.
 Extensão da rede coletora de esgoto: 294 km

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Tabela 15 Proporção de domicílios por tipo de instalação sanitária.


Instalação Sanitária % Domicílios
Rede geral de esgoto ou pluvial 37,63
Fossa séptica 30,78
Fossa rudimentar 24,52
Vala 4,00
Rio, lago ou mar 0,99
Outros 0,90
Não tem instalação sanitária 1,18
Fonte: IBGE, 2010.

Em 1986, a população atendida no polo de Esgotamento do PDSES de Belém era de


1.140.553 habitantes. Em 2005, o número de habitantes atendidos aumentou para 2.186.707,
conforme apresentado na Tabela 16 adiante.

Tabela 16 Dados gerais PDSES Belém.


Pop. (hab.) Vazão Média (l/s) Vazão Máxima (l/s)
SES 1986 2005 1986 2005 1986 2005

1.140,553 2.186,707 2.663,20 5.571,60 4.693,10 9.836,30

Polo Belém
Fonte: PDSES Região Metropolitana de Belém, 2014.

Durante a década de 1990, para minimizar o déficit em relação ao atendimento com


esgotamento sanitário na Região Metropolitana de Belém (RMB), os governos do estado e das
prefeituras de Belém e Ananindeua celebraram alguns convênios específicos que possibilitaram a
implementação dos seguintes programas: Programa de Recuperação da Bacia do UNA,
Programa de Ação Social em Saneamento (PROSEGE) e Programa de Saneamento para
Populações de Baixa Renda (PROSANEAR).

No limiar do Século XXI, para dar prosseguimento à ampliação da cobertura dos serviços
de Esgotamento Sanitário, novos sistemas foram executados em bairros como a Pratinha e
distritos do município de Belém como a ilha de Mosqueiro e ilha de Caratateua - Outeiro, bem
como nos municípios de Ananindeua e Santa Bárbara do Pará.

A partir de 1993, foram iniciadas as atividades do Programa de Saneamento para Populações


de Baixa Renda (PROSANEAR) com a implantação de sistemas de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário em áreas localizadas no município de Belém. Esse programa obteve recursos
financeiros do Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), da Caixa
Econômica Federal (CEF) e do Governo do Estado do Pará que foram investidos na implantação de
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04 (quatro) Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES): IPASEP, COQUEIRO, GUANABARA e


BENGUÍ, conforme mostrado na
.

Figura 10 Abrangência do SES do PROSANEAR.


Fonte: PDSES Região Metropolitana de Belém, 2014.

Os sistemas do programa PROSANEAR atendem uma área total de 655 ha do município


de Belém, distribuídos em 15 comunidades, contemplando uma população de cerca de 360.000
habitantes.

Atualmente a COSANPA opera 5 (cinco) Estações de Tratamento de Esgoto, sendo


Tratamento primário (reatores anaeróbicos): ETE 2 - Marambaia, ETE - Sideral, ETE - Bengui e
ETE - Coqueiro. Tratamento Terciário (reator, leito de secagem do lodo e desinfecção efluente):
ETE Vila da Barca. Do total de volume de esgoto coletado de janeiro a agosto de 2013, a
COSANPA em média tratou 31%. São respectivamente:

- SES Zona Central;


- SES Bacia do Una;
- SES Marambaia e Guanabara;
- SES Bengui, Coqueiro e Sideral; e
- SES Vila da barca.

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 SES Zona Central

Atua com uma área de abrangência nos bairros do Reduto, parte de Nazaré (Canal da 3 de
Maio), Umarizal e parte do Telégrafo (Elevatória do Una), Comércio e Cidade Velha (Canal da
Tamandaré). O sistema é composto por rede coletora, interceptores e elevatórias finais, atende
cerca de 88.000 pessoas com o total de ligações e economias ativas igual a 8.762/28.576.

 SES Bacia do Una (1995/2003)

A partir de 1987 foi apresentado o projeto básico do Programa de Recuperação da Bacia


do Una (projeto Una), que foi finalizado em 1997. As obras desse programa foram realizadas
durante o período de 1999 a 2002.

Em relação ao sistema de esgotamento sanitário, o referido programa beneficiou 157.607


habitantes do total de 543.543 habitantes, com 283.900 m de rede coletora de esgoto; 26.736
tanques sépticos, sendo 26.656 individuais e 80 coletivos em todo o município de Belém,
conforme apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir.

Área da Bacia do Una, incluindo os bairros do Barreiro, parte do Telegrafo, Pedreira,


Sacramenta, Fátima, Marco, Nazaré e São Braz. Atua com o total de ligações e economias igual
a 2.000 ligações não faturando, 15.000mt de rede coletora de esgoto e 26.000 fossas-filtros
individuais e coletivas. O sistema foi projetado para atender 157.000 pessoas.

Sistema Coletivo Composto de rede coletora, elevatória final, microrredes, fossa filtro e
sistema individual composto de fossa filtro.

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Figura 11 Abrangência do SES da macrodrenagem do Una.


Fonte: PDSES Região Metropolitana de Belém, 2014.

A concepção do projeto consistiu no transporte do esgoto até a EEE do Una através de


rede coletora convencional e no encaminhamento do efluente líquido dos tanques sépticos para
os canais de drenagem por intermédio de redes simplificadas, conforme apresentado na Tabela
17.

Tabela 17 Esgotamento Bacia do Una.

Sistema de Coleta Área de Abrangência Destinação Final

Redução da área - Canais do Uma, EEEs final localizado na


Sistema separador absoluto (rede
Av. Pedro Alvares Cabral e pela Rod. Arthur Bernardes
convencional)
Rod. Arthur Bernardes lateral do canal do Una

Lançamento em canais
através de rede de esgoto
Sistema Misto de Rede Convencional com sanitário
Tratamento Coletivo em Tanque Séptico Rede
Toda a área restante
Convencional Sistema com tratamento Lançamento em canais por
individual em tanque séptico. meio da rede de drenagem
pluvial.

Fonte: PDSES Região Metropolitana de Belém, 2014.

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 SES Marambaia e Guanabara (PROSEGE de 93/98)

Abrange os bairros da Marambaia, Guanabara e parte da Cabanagem, com o total de


ligações / economias ativas iguais a 3.668/4.387. O Sistema foi projetado para atender 140.000
pessoas. Sistema coletivo composto de interceptores, rede coletora, elevatória e estação de
tratamento.

A partir de 1993, foram iniciadas as atividades do Programa de Ação Social em Saneamento


(PROSEGE) com a implantação de sistemas de esgotamento sanitário, abrangendo os bairros de
Marambaia e Guanabara. Esse programa obteve recursos do Banco Interamericano da Reconstrução
e Desenvolvimento (BIRD), da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Governo do Estado do Pará,
que foram investidos nos dois bairros.

 SES Bengui, Coqueiro e Sideral (Prosanear 95/97)

O Sistema tem uma área de abrangência: bairros do Bengui,Cabanagem e Coqueiro no


município de Ananindeua atende ao bairro do Jaderlândia. Com um total de ligações / economias
(ativas): 187 / 187 e foi projetado para atender 126.000 pessoas

Na Tabela 18 abaixo são relacionadas às principais informações das áreas contempladas


no PROSANEAR com relação ao polo de Belém.

Tabela 18 Informações das áreas contempladas pelo SES - PROSANEAR.

Setor IPASEP Coqueiro Bengui Total


Comunidade 4 7 4 15
Área (ha) 129 259 267 655
Habitantes 108.000 212.000 40.000 360.000
Fonte: PDSES Região Metropolitana de Belém, 2014.

No Programa PROSANEAR foram construídos 98.378 m de rede condominial tipo fundo


de lote e 38.615 m de rede básica e implantadas 13.604 ligações de esgoto.

Na Tabela 19 a seguir são apresentadas informações da rede coletora de esgoto básica e


condominial nas 3 áreas de abrangência de Belém. As especificações das redes, tais como
diâmetro, rede condominial, ligações domiciliares também estão descritas na referida tabela.

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Tabela 19 Extensão de redes PROSANEAR.

Redes e interceptores de esgoto IPASEP Coqueiro Bengui Total

Rede básica (m) 10.853 9.944 17.818 38.615


Rede condominial 26.096 26.705 45.577 98.378
N° de ligações 3.278 3.815 6.511 13.604
Fonte: PDSES Região Metropolitana de Belém, 2014.

 SES Vila da Barca

A estação da Vila da Barca é constituída por um sistema coletivo composto de: rede
coletora; estação de tratamento; elevatória; elevatória final. Abrange toda a Vila da Barca, com o
total de ligações e economias igual a 319. Atende a 6.000 pessoas.

 ESGOTAMENTO NA ÁREA RURAL

Para a área rural não existe sistema de tratamento de esgoto sanitário. A solução adotada
será a individual através de (tanque séptico + filtro biológico). Deste modo a combinação do
tanque séptico e filtro biológico se apresentam como a tecnologia mais indicada para o
tratamento sanitário domiciliar. Tecnologia de tratamento de esgoto sanitário difundido pela
Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), a associação de tanque séptico e filtro biológico é uma
alternativa a ser utilizada como tratamento complementar para melhorar a qualidade dos
efluentes.

2.1 Plano operacional processo de tratamento do esgoto

2.1.1 Tratamento Preliminar


Os seguintes processos unitários preliminares são obrigatórios:

 Gradeamento:

Antes de ser tratado o esgoto passa por grades para retirada de corpos estranhos, tais
como; papel, plástico, metais e etc.. A Companhia conta com o sistema de grade fina mecanizada
para retenção de partículas com diâmetro médio igual ou maior que 1cm, com dispositivo de
compactação e descarte do material gradeado até caçamba de transporte por caminhão com
volume mínimo necessário para 30 dias;

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2.1.2 Tratamento Primário


 Desarenador:

Após o gradeamento o esgoto é transportado para uma caixa de areia, que vai retirar a
areia contida nele. Caixa de areia mecanizada para reter partículas com diâmetro médio igual ou
maior que 0,2 mm, dispositivo de descarte até caçamba para transporte por caminhão com
volume mínimo necessário para 30 dias;

2.1.3 Tratamento Secundário


 Reator Anaeróbio de fluxo ascendente (UASB):

No reator a matéria orgânica sofre decomposição por bactérias anaeróbias resultado na


remoção de grande parte dos sólidos. Ocorre também a separação das partes líquida, sólida e
gasosa. A parte liquida segue para o tanque de aeração, a solida para o tanque de secagem de
lodo e a gasosa para a central de queimadores de gases. O empreendedor deverá elaborar o
projeto da ETE e considerar a aplicação dos processos a seguir, de acordo com nível de
tratamento requerido para obter efluente que atenda à legislação.

- Remoção de carga orgânica e nitrogênio com processo biológico anaeróbio-


aeróbio em série e com estabilização de lodo biológico no reator anaeróbio.
Sugere-se combinação de reator anaeróbio de manta de lodo e fluxo ascendente
(RAFA) seguido de filtro submerso aerado ou filtro percolado ou biodisco; e
- Desinfecção com dosagem de cloro ou ultravioleta.

Qualquer outra proposta será objeto de análise pela COSANPA que a aprovará, se
comprovado que o nível de tratamento e custos operacionais é compatível com aqueles
praticados na Companhia.

 Aeração:

Nos tanques de aeração o ar fornecido faz com que os microorganismos presentes no


esgoto multipliquem-se e alimentem-se de material orgânico formando lodo e diminuindo a
carga poluidora do esgoto. A Companhia conta com o mecanismo de caixa de gordura.

 Decantador Secundário:

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No decantado secundário o solido restante o solido restante decanta para o fundo e a parte
liquida com 90% das impurezas removidas é lançada no corpo receptor esse processo é
conhecido também como caixa de gordura.

2.2 Tratamento Terciário


 Secagem de lodo:

Após a secagem do lodo o mesmo deve ser removido do leito de secagem e destinado a
aterro sanitário.

Segundo a COSANPA a estação deverá possuir sistema de adensamento e desaguamento


do lodo produzido de forma a gerar material sólido que possa ser disposto em aterros sanitários
para resíduos sólidos da Classe IL A — NBR 10.004/2004. As unidades de manejo de lodo que
deverão estar incluídas na ETE são as seguintes:

- Separação de sólidos biológicos;


- Adensamento de lodo;
- Desaguamento de lodo; e
- Estocagem de lodo com capacidade para armazenar no mínimo 6 meses de
produção de lodo seco, com teor de sólidos estabelecido em função da disposição
final. Se esta disposição for um aterro.

2.2.1.1 Características do lodo séptico — etapa quantitativa:


O resumo estatístico das principais variáveis quantitativas do lodo unifamiliar são
sumarizado. De acordo com os dados (período da manhã e da tarde) da Tabela 20 a EEE do
UNA, em média, recebe cerca de 19+3 caminhões limpa-fossa por dia, os quais tem capacidade
volumétrica de 10+3 m3, que levam aproximadamente 9.58+3.26 min para descarreguem suas
contribuições nessa unidade, ocasionando assim a produção teórica de vazão de 25.37+9.34 m³/h
e em termos de contribuição percapta hidráulica tem-se o equivalente a 4.229+1.556 hab. <
população < 5.639+2.075 hab.

Tabela 20 Caracterização quantitativa do lodo séptico na EEE do UNA na cidade de Belém.

PERÍODO DA MANHÃ (4h:15min)


VARIÁVEL UNIDADE N MÉDIA ± DP MÁXIMO MÍNIMO
Nº de caminhões (-) 81 9 ±2 10 6
Volume dos caminhões m³ 81 10 ± 3 18.00 3.00

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Tempo de descarga min 81 9.95 ± 3.34 23.45 4.00


Vazão teórica m³/h 81 23.39 ± 7.79 53.87 7.35
População equivalente (C=0.8) hab. 81 3.899 ± 1.298 8.978 1.225
População equivalente (C=0.7) hab. 81 4.456 ± 1.483 10.261 1.400
População equivalente (C=0.6) hab. 81 5.199 ± 1.730 11.971 1.634
PERÍODO DA TARDE (4h:34min)
VARIÁVEL UNIDADE N MÉDIA ± DP MÁXIMO MÍNIMO
Nº de caminhões (-) 69 10 ± 3 14 5
Volume dos caminhões m³ 69 11 ± 4 20.00 3.00
Tempo de descarga min 69 9.15 ± 3.11 16.00 3.25
Vazão teórica m³/h 69 27.70 ± 10.47 60.78 10.66
População equivalente (C=0.8) hab. 69 4.616 ± 1.744 10.131 1.776
População equivalente (C=0.7) hab. 69 5.275 ± 1.994 11.578 2.030
População equivalente (C=0.6) hab. 69 6.155 ± 2.326 13.508 2.368
PERÍODO DA MANHÃ E TARDE (8h:49min)
VARIÁVEL UNIDADE N MÉDIA ± DP MÁXIMO MÍNIMO
Nº de caminhões (-) 150 19 ± 3 24 11
Volume dos caminhões m³ 150 10 ± 3 20.00 3.00
Tempo de descarga min 150 9.58 ± 3.26 23.45 3.25
Vazão teórica m³/h 150 25.37 ± 9.34 60.78 7.35
População equivalente (C=0.8) hab. 150 4.229 ± 1.556 10.131 1.225
População equivalente (C=0.7) hab. 150 4.833 ± 1.778 11.578 1.400
População equivalente (C=0.6) hab. 150 5.639 ± 2.075 13.508 1.634
OBS. Resultados referentes a oito (08) determinações em campanha de coleta realizada no período de 05/10/2015 a
09/10/2015 e de 14/05/2015 a 16/10/2015; (2) 0.6<C<0.8, K1=1,2;K2:1,5; e q=100L/hab.d (NBR –
13.969/1997 – NBR – 13.969/1997)
Fonte: COSANPA, 2016.

Ainda em relação aos dados dos caminhões limpa fossa, pode-se verificar que a
contribuição na EEE-Una ocorre devido ao transporte do lodo séptico por 16 empresas, sendo
que as 04 delas (EMP-03, EMP-08, EMP-06 e EMP-10) são responsáveis por descarga em torno
de 57.66% desse resíduo, enquanto que aproximadamente 42.34%, deve-se a 12 empresas (EMP-
01, EMP-16, EMP-11, EMP-07, EMP-15, EMP-02, EMP-14, EMP-13, EMP-12, EMP-05, EMP-
09 E EMP-04). E entre essas empresas, para todo o período de coleta de dados (oito dias), a
EMP-03 teve uma movimentação de cerca de 35 veículos, configurando-se assim no maior
potencial em transporte desse resíduo, enquanto que a EMP-04, com 01 veículo apenas tem o
menor desempenho com relação à descarga de lodo séptico na EEE-Una.

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Com o objetivo de se investigar diferenças quanto ao volume de caminhões, tempo de


descarga, e vazão teórica de caminhões limpa-fossa entre os períodos de manhã e da tarde
aplicou-se O teste de Mann-Whitney (Triola,1999).

O teste de Mann-Whitney é utilizado para testar hipóteses de que diferentes amostras


provenham da mesma população. O teste é avaliado com base no nível de significância
observado. A comparação de ―p‖ com o nível de significância ―α‖ permite afirmar se há
evidências estatísticas para rejeição da hipótese nula. Se p for maior que α, a hipótese nula não é
rejeitada. As hipóteses do teste são:

 Ho: A geração de lodo séptico tem valores de volume dos caminhões, tempo de
descarga e vazão teórica com populações idênticas para os períodos de manhã e à
tarde.

 H1: A geração de lodo séptico tem valores de volume dos caminhões, tempo de
descarga e vazão teórica não tem populações idênticas para os períodos de manhã
e à tarde.

De acordo com os dados da Tabela 21, os volumes de caminhões e o tempo de descarga,


considerando intervalo de confiança 95,5% tiveram valores de p > α, assim pode-se inferir que
na diferença entre as duas medianas dessas variáveis durante os períodos de manhã e de tarde.
Contudo, em relação à vazão teórica valor p (0,0126) é menor do que o nível a escolhido (α= e
0,05), assim se conclui que há evidências suficientes para rejeitar HO, e, portanto, os dados
apoiam a hipótese de que há uma diferença entre as medianas em relação a essa variável. Tal fato
em haver diferenças quanto à vazão entre esses períodos pode ser atribuída ao incremento no
volume e no número de caminhões que chegam para descarregar no período da tarde quando
comparados ao período de manhã e a influência mútua ao se realizar a divisão entre o volume do
caminhão e o tempo de descarga.

Tabela 21 Teste de Mann-Whitney para caracterização quantitativa do lodo séptico.

Probabilidade de Conclusão do teste para


Variável Valores do teste
significância de p α= 5%

D=5.757
Volume dos -2.000 <IC< -0.001 (95%)
0,1488 Ho não deve ser rejeitado.
caminhões N1= 81 (mediana =10.00)
N2= 69 (mediana =10.00)
Tempo de D=6.477 0,1708 Ho não deve ser rejeitado.
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descarga -0.001<IC< 1.841 (95%)


N1= 81 (mediana =10,00)
N2= 69 (mediana =9.53)
D=5.455
-17.34 <IC< -0.30 (95%)
Vazão teórica 0,0126 Ho deve ser rejeitado.
N1= 81 (mediana =60,00)
N2= 69 (mediana =71.01)
Fonte: COSANPA, 2016.

2.2.1.2 Características do lodo séptico — etapa qualitativa:


Uma das principais características do lodo de tanque séptico é a elevada variação na
concentração dos diversos parâmetros apresentados, o que revela sua heterogeneidade. Isto é
decorrente do tempo em que o lodo permanece no tanque, bem como a frequência de limpeza do
mesmo. Quanto mais espaçados forem os intervalos de limpeza, mais digerido estará o lodo,
revelando que a adoção de limpezas anuais tende a resultar na retirada de lodos que não
atingiram a metanização completa, e, por conseguinte, ainda ricos em produtos acidogênicos,
sendo necessária uma etapa posterior de depuração.

As características do lodo séptico da EEE do Una e da NBR-10.004, e Resolução


Conama Nº 375/2006 são sumarizados na Tabela 22. O lodo séptico que chega na EEE do Una
apresentou valores de pH na faixa de 6.58 a 7.48, indicando características de meio levemente
ácido a neutro. Em relação aos sólidos esse resíduo, em média, tem relação SV/ST e SF/ST, de
cerca de 80% para o conteúdo volátil e de 20% de fixo, o que revela que esse lodo não se
encontra estabilizado em termos de redução de matéria orgânica. Também, é possível notar que
os sólidos sedimentáveis (SD) teve valor médio de 354 mL/L, indicando potencial alto da
presença de material decantável desse resíduo.

Ao se comparar o teor de umidade e de sólidos para esse resíduo esse resíduo se encontra
predominantemente fluido, devido ao maior valor de teor umidade.

Em relação ao conteúdo orgânico (DQO) tal resíduo apresentou valor médio de


18.660 10.722mg/L, o qual se encontra próximos aos registros da literatura especializada
(Andreoli et al) 14.113 12.397mg/L.

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Em relação à presença de metais nesse resíduo pode-se verificar que em termos de


concentração de metais tem-se um ordenamento destes na seguinte ordem
Fe>Al>Zn>Cu>Ba>Cr>Pb>N>Cd.

A título de comparação, os valores de metais encontrados com os preconizados para


substâncias inorgânicas no ANEXO F da NBR-10.004 tem registros inferiores os de referência
dessa norma. Contudo, deve-se ressaltar aqui, que as amostras de lodo séptico não foram
submetidas ao procedimento da NBR- 10.005 para obtenção do extrato lixiviado, sendo o intuito
dessa avaliação demostrar o potencial de transferência desses poluentes para corpo d'água
receptor.

Ainda em relação aos metais, a exemplo do mencionada para obtenção do potencial de


lixiviação, OS constituintes inorgânicos presente nesse resíduo tiveram seus valores
confrontados com os da NBR- 10.005- ANEXO G para obtenção do extrato solubilizado, e como
resultado verifica-se que Al, Cd, Fe, Pb e Zn tem concentrações superiores as reportadas por essa
norma, indicando que o resíduo em questão se enquadra na classe de resíduo não-inerte classe II
a.

Tabela 22 Caracterização físico-química do lodo séptico da EEE do Una e valores de norma e resoluções para esse
resíduo.

LODO SÉPTICO
Variável Unidade NBR-10.004 NBR-10.004 CONAMA Nº375
X ±DP

Ph (-) 6.58-7.49 --- --- ---


ST mg.L¯¹ 16.185±9.645 --- --- ---
STV mg.L¯² 12440±7.148 --- --- ---
SD mL.L¯¹ 354±88 --- --- ---
Teor de umidade % 91.06±11.28 --- --- ---
Teor de sólidos % 8.94±11.28 --- --- ---
DQO mg/L 18.662±10.722 --- --- ---
P mg/L --- --- --- ---
K mg/L 1.84±2.21 --- --- ---
Norg mg/L --- --- --- ---
Nh3 mg/L --- --- --- ---
TKN mg/L --- --- --- ---
Al mg/L 37.70±6.47 --- 0.200 ---
Ba mg/L 0.59±0.12 70.0 0.700 ---
Cu mg/L 1.38±0.93 --- 2000 ---
Cd mg/L 0.01±0.00 0.50 0.005 ---
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Cr mg/L 0.13±0.03 5.00 0.050 ---


Fe mg/L 60.99±10.33 --- 0.300 ---
Ni mg/L 0.06±0.02 --- ---
Pb mg/L 0.08±0.03 1.0 0.01 ---
Zn mg/L 5.51±1.02 --- 5.00 ---
0.25 < A
Ovos de Helmintos nº ovo gST 259±327 --- ---
10,00 < B
Fonte: COSANPA, 2016.

Em relação ao caráter patogênico do lodo séptico foram realizadas determinações quanto


a presença de ovos de helmintos, cujo valor médio fora de 259+3270vosg/ST, esse valor quanto
comparado ao da Resolução CONAMA Nº 375/ 2006, não permite a disposição desse resíduo no
solo para fins agrícola.

E de acordo com a NBR-10.004, caso o resíduo apresente suspeita quanto a presença de


microrganismos patogênicos, que é o caso do lodo séptico, O resíduo em questão se enquadra na
classe de RESÍDUO PERIGOSO CLASSE 1.

Figura 12 Alguns helmintos encontrados no lodo séptico descarregado na EEE Una em Belém (PA).
Fonte: COSANPA, 2016.

2.2.1.3 Potencial poluidor do lodo séptico


O gerenciamento do lodo de esgoto proveniente de estações de tratamento é uma
atividade de grande complexidade e alto custo, que, se for mal executada, pode comprometer os
benefícios ambientais e sanitários esperados destes sistemas (LUDUVICE, 2001).

A destinação deste lodo residual que é gerado nas ETEs é um grande problema ambiental para as
empresas de saneamento, públicas ou privadas (Metcalf e Eddy, 2002).
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A determinação do potencial poluidor do todo séptico fora calculada com base nos
critérios da NBR. 13402, mediante a aplicação do seguinte equacionamento:

Em que:

P = carga poluidora (kg/dia);

C = concentração do poluente (kg/m³);

Q = vazão média teórica de descarga dos caminhões limpa fossa (m³/d).

Resolvendo-se a o equacionamento do potencial poluidor para lodo séptico, para as


variáveis ST e DOO, obtém-se valores, respectivamente de P ST = 9.854 kg/d e PDQO =11.361
kg/d. Esses valores de carga poluidora considerando-se contribuições de 90gDQO/hab.dia e de
70gSS/hab.dia da NBR 12209.2011, indicam que o lançamento desse resíduo no manancial
d'água receptor equivale a contribuição em torno de 126.239,00 habDQO e de 140.777,00 hab SS.,
de esgoto sanitário.

3 Diretrizes técnicas para manutenção de estação de tratamento de esgoto


Esta Norma tem o objetivo de orientar quanto a manutenção de Estação de Tratamento de Esgoto
- ETE, bem como estabelecer os critérios para caracterização dessas instalações visando o
recebimento dessas para manutenção e operação pela Companhia.

3.1 Parâmetros de características e qualidade do esgoto


Para que haja a caracterização e qualificação do projeto nos devidos parâmetros deve-se
adotar o horizonte do mesmo que consiste em considerar a saturação de ocupação.

3.1.1 Critério de Número de Habitantes por Unidades e Consumo


Para empreendimentos habitacionais será considerado o consumo de 200 litros de
água/dia/habitante, e o número de habitantes por unidade em relação ao número de dormitórios,
sejam eles verticais e/ou horizontais, conforme descrito a seguir:

Tabela 23 Relação da tipificação com o número de dormitórios.

Tipificação Numero de habitantes


1 dormitório 2 habitantes
2 dormitórios 4 habitantes

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3 dormitórios 5 habitantes
OBS.: Em casos de hotel e residência para estudante será utilizado o consumo de 300 I/dia.quarto.
Fonte: COSANPA, 2016.

3.1.2 Vazões de Esgoto Afluente à ETE


As vazões de projeto das ETE's devem ser estimadas tendo em conta os parâmetros
fornecidos pela COSANPA para projetos de abastecimento de água e coleta de esgotos.

Opcionalmente poderão ser adotados os seguintes critérios:

 A vazão média anual de esgoto produzido deverá ser estimada com base no per
capta de água de abastecimento e em coeficiente de retorno esgoto/água igual a 1;
 Não devem ser consideradas no cálculo da vazão média, vazões de infiltração (já
incorporadas no coeficiente esgoto/água igual a 1);
 A vazão do dia de maior produção de esgoto deve ser considerada igual a 1,2 a
vazão média anual: esta vazão deve ser adotada no cálculo das unidades de
processo;
 A vazão máxima de esgoto deve ser considerada igual a 1,5 vezes a vazão média
do dia de maior produção de esgotos e adotada para dimensionamentos
hidráulicos.

3.1.3 Características Qualitativas do Esgoto Afluente à ETE


As características qualitativas médias do esgoto bruto afluente a ETE a serem adotadas
devem ser derivadas dos seguintes índices:

Tabela 24 Relação dos parâmetros com o padrão de afluente.

PARAMETRO PADRÃO DO AFLUENTE


DBO 54 g/hab/dia
Nitotal 10 gN/hab/dia
Ptotal 1,8 g/P/hab/dia
Coliformes Termotolerantes 107 N.M.P./100 mL

Fonte: COSANPA, 2016.

Para as metas de qualidade do efluente das ETE’S deve-se considerar os seguintes parâmetros:

 DBO 5 dias, 20ºC (mgO2,/L)


 Nitrogênio Total (mgN/L)
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 Fósforo Total (mgP/L)


 Coliformes Termotolerantes (N.M.P./100mL)
a) Padrões de lançamento

A qualidade do efluente tratado da ETE deverá ser suficiente para atender aos padrões de
lançamento estabelecidos nas Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA
nº 357/05 e nº 430/11, de forma que contenha:

 Remoção de DBOs, 20ºC maior ou igual a 80% ou concentração de DBOs menor que
60 mgOs/L.
 Concentração de nitrogênio total menor ou igual a 20 mgN/L.
b) Padrões de Qualidade

No cálculo dos padrões de lançamento para atendimento aos limites e condições fixadas
para as águas dos corpos receptores, na legislação federal, deverão ser observadas as seguintes
diretrizes:

 Vazão média do dia de maior produção de efluente tratado;


 Característica qualitativa a montante e jusante do lançamento, com determinação
analítica de amostra representativa das águas do corpo receptor potencial em período de
baixa vazão;
 O cálculo dos valores máximos dos parâmetros qualitativos deverá ser feito com base nos
valores acima e na vazão de referência do corpo receptor na seção de lançamento. A
vazão de referência do corpo receptor do efluente da ETE deverá ser calculada com base
no que determina o artigo 20- inciso XXXVI da Resolução CONAMA nº 357/05. Na
ausência da vazão de referência deverá ser utilizada a vazão mínima de 7 dias
consecutivos de período de recorrência 10 anos (Q7,10).

Os pedidos de informação sobre vazões de captação outorgadas devem ser feitos


diretamente pelo empreendedor à Secretaria de Meio Ambiente e considerar as outorgas a
montante do ponto de lançamento previsto.

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4 Dificuldades do sistema
Consolidada a análise da situação da Bacia de Manutenção, identificados os defeitos e
irregularidades, segue-se a indicação das atitudes corretivas. No caso de fugas, através de
rupturas, extravazões clandestinas, etc., localizados os pontos, indicam-se as obras necessárias,
tais como, reparos, remanejamentos (correções de declividade, aumento de diâmetro,
substituição de trechos, etc.).

Eventualmente, na impossibilidade de correção de declividade, por obras de


assentamento, programar a limpeza periódica de trechos críticos, utilizando os equipamentos
adequados. No caso de infiltrações superficiais, além do tolerável, identificados os sistemas de
drenagem irregulares dos imóveis, intimar e orientar os usuários para correção, acionando-se, se
necessário, a Secretaria de Saúde.

Tratando-se de contribuições superficiais por defeito da rede coletora, localizados os


pontos, indicar as obras corretivas específicas. Localizados os pontos de infiltrações freáticas,
propor, também, as obras corretivas necessárias, tanto na rede coletora como nas galerias de
águas pluviais.

5 Plano de operações e manutenção do esgoto sanitário

5.1 Requisitos Gerais


A ETE local deve possuir nível de automação suficiente para dispensar a presença de
operador. Os seguintes requisitos mínimos são obrigatórios:

 Todos os sinais (analógicos e digitais) provenientes do monitoramento e controle da estação


devem convergir para um Controlador Lógico Programável — CLP alojado em um painel na
estação. O CLP deverá conter as rotinas operacionais e intertravamentos de forma que, em
situações de falha de comunicação com o sistema de supervisão, a instalação continue
operando localmente e com as devidas proteções;
 A instrumentação analógica deverá utilizar o padrão de sinal 4 a 20 mA ou redes de campo;
 O CLP deve ser especificado prevendo a expansão para plena instrumentação e automação
dos módulos futuros da instalação;

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 O CLP deve utilizar as linguagens de programação estabelecidas pela Norma IEC 61131-
3/2003, a saber: LD (diagrama ladder), SFC (sequenciamento gráfico de funções), FBD
(diagrama de blocos funcionais), ST (texto estruturado) e IL (lista de instruções);
 O CLP deve estar preparado para receber placa de comunicação removível, que será
implantada pela COSANPA;
 Todos os painéis da estação devem seguir os padrões de quadros elétricos da COSANPA;
 Deve ser prevista proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões para todos os
equipamentos eletrônicos.

5.2 Parâmetros a Serem Monitorados e Controlados


 Medição da Vazão

Essa medição deve ser realizada através de instrumento com saída analógica e
totalização de vazão.

 Recalque de Esgoto Bruto Afluente

O controle das vazões das bombas de recalque de esgoto deve ser realizado por variação
automática da rotação dos motores, em função do nível no poço de sucção.

A pressão de recalque e a vazão devem ser variáveis para detecção de anomalias na linha
de recalque, com previsão de alarme e desarme de conjunto moto-bomba.

Deverá ser previsto alternativa técnica para não ocorrência de extravasamentos, por um
período mínimo de 3 a 4 horas, para o caso de falta de energia (gerador ou tanque pulmão).

 Grades Mecanizadas

O gradeamento deve possuir funcionamento automático, podendo ser monitorado e


controlado a partir da perda de carga no canal de grades ou temporizador variável em função da
vazão. Deverá ser monitorado O fim de curso, comandos ligado/desligado, sobrecorrente, dentre
outros.

 Removedor de Areia

No caso de haver remoção de areia mecanizada, todo sistema deverá ser automatizado de
forma que dispense a presença diária de operadores.
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 Reator Anaeróbio

Esse sistema deverá permitir o descarte automático de lodo do UASB para o adensador
de lodo, através de comando proveniente de uma saída digital do CLP da estação. Para tanto, a
válvula de descarte de lodo deve possuir sinais de status de posição (aberta e fechada).

O biogás gerado no reator deverá ser queimado através de um sistema automático de


medição e queima do mesmo, e este deverá também possuir sinais de monitoramento de seu
pleno funcionamento que serão enviados para o controlador da estação.

 Reator Aeróbio

O controle da operação dos sopradores deve ser realizado através de uma malha fechada
em função do oxigênio dissolvido (OD) no reator, controlada pelo CLP, que também deverá
controlar todos os sinais de funcionamento (ligado/desligado, sobrecorrente, etc.) dos
sopradores.

Esse sistema também deverá permitir o descarte automático de lodo para o adensamento,
através de comando proveniente de uma saída digital do CLP da estação. Para tanto, a válvula de
descarte de lodo deve possuir sinais de status de posição (aberta e fechada).

 Dosagem de Produtos Químicos

O controle de dosagem de produtos químicos deverá ser realizado em função da variação


da vazão. A medição da vazão de dosagem de produto químico também deverá ser
implementada, bem como a sua totalização.

 Filtração Terciária

A retrolavagem dos filtros deverá ser realizada em função do nível do filtro e controlada
pelo CLP.

 Adensamento e Desaguamento de lodo

O nível do tanque de adensamento deverá ser monitorado pelo CLP e impedir descarte de
lodo em função de limite de extravasamento. O descarte do tanque de adensamento para o
sistema de desaguamento será manual.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

 Energia Elétrica

A estação deverá ser provida de um medidor multigrandezas alojado no painel de entrada,


onde monitorará no mínimo tensão, corrente e falta de fase e encaminhará estas grandezas para o
CLP da estação através de uma rede de campo.

5.3 Outras recomendações


Atender a todas as Normas Técnicas da ABNT pertinentes.

O projeto hidráulico básico do sistema de tratamento e disposição de esgotos do


empreendimento deverá conter no mínimo os seguintes elementos:

a) Memorial descritivo e de calculo contendo as vazões de dimensionamento, critérios e


parâmetros de projeto, descrição do sistema e dimensionamento de cada unidade do
mesmo;
b) Especificação básica de materiais e equipamentos,
c) Conjunto de desenhos incluindo plantas, cortes e detalhes das unidades, além de
plantas de implantação geral da ETE;
d) Avaliação do impacto do lançamento dos esgotos tratados no corpo receptor, caso
seja lançado diretamente ao mesmo;
e) Manual de operação;
f) Cronograma e estimativa de custos para a implantação da obra;
g) Tratamento e disposição final do lodo, incluindo carta de anuência do responsável
pelo recebimento deste lodo.

5.4 Procedimentos operacionais padrão (POP)


Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) consistem na operação do esgoto sanitário
do terminal hidroviário de Belém. Ao adentrar nas instalações do terminal hidroviário de Belém
o operador de tratamento de esgoto deve limpar a unidade de pré-tratamento constituída de grade
e desarenador da seguinte forma:

- Abrir a tampa basculante deste módulo;


- Lavar com jato d'agua as paredes do poço úmido;
- Como auxilio de um rastelo retirar todo o material grosseiro que estiver aderido à
grade e depositá-lo em um recipiente que está localizado ao lado do gradeamento;
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- Limpar com jato d'agua a grade;


- Limpar quando necessário o desarenador com o auxilio de uma pá;
- Repor cloro em pastilha na unidade dosadora de cloro;
- Adicionar cal hidratada no dispositivo destinado a este produto localizado no
reator;
- Avisar a gerencia do tratamento de esgoto da COSANPA se tiver acontecido algo
fora do estabelecido neste POP.

Esta operação devera ser realizada pelos operadores da COSANPA, todos os dias nos
turnos da manhã e tarde.

 Limpeza das Bombas


- Desenergizar o sistema no quadro de comando;
- Abrir o reservatório com o auxilio de duas chaves combinadas e retirar os
parafusos de fixação;
- Desaclopar a união dupla do mangote de recalque da bomba e desamarrar a
corda que esta amarrada à bomba para facilitar a retirada da mesma;

- Manobrar as válvulas de retenção caso o sistema não possa ser paralisado


para evitar que haja retorno de esgoto pela mesma;

- Fechar a válvula na qual será realizada manutenção;

- Após o fechamento da válvula da bomba em manutenção, o sistema elétrico


se necessário já pode ser acionado, deixando desligado apenas a botoeira da
bomba em manutenção para que o processo de limpeza da bomba continue;

- Puxar a bomba até a superfície pela corda;

- Com o auxilio de uma mangueira ou de um hidrojato executar a limpeza no


rotor da bomba;

- Ao finalizar a limpeza, colocar a bomba no lugar novamente, acoplar e


enroscar a união dupla do mangote na tubulação de recalque;

- Amarrar a corda na tubulação de recalque;

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- Abrir a válvula da bomba e ajustar a botoeira da bomba para a posição


automática novamente,

Nas válvulas de retenção (no mesmo momento da limpeza das bombas)

- Desenroscar a porca do corpo da válvula com cuidado para não perder as


borrachas de vedação;

- Com mangueira jatear internamente a tubulação e as conexões deste dispositivo.

A equipe de eletromecânica será sempre composta por: 01 mecânico, 01 eletricista e um


ajudante de manutenção.

5.5 Plano operacional processo de tratamento do esgoto

5.5.1 Tratamento Preliminar


Os seguintes processos unitários preliminares são obrigatórios:

 Gradeamento:

Antes de ser tratado o esgoto passa por grades para retirada de corpos estranhos, tais
como; papel, plástico, metais e etc.. A Companhia conta com o sistema de grade fina mecanizada
para retenção de partículas com diâmetro médio igual ou maior que 1cm, com dispositivo de
compactação e descarte do material gradeado até caçamba de transporte por caminhão com
volume mínimo necessário para 30 dias;

5.5.2 Tratamento Primário


 Desarenador:

Após o gradeamento o esgoto é transportado para uma caixa de areia, que vai retirar a
areia contida nele. Caixa de areia mecanizada para reter partículas com diâmetro médio igual ou
maior que 0,2 mm, dispositivo de descarte até caçamba para transporte por caminhão com
volume mínimo necessário para 30 dias;

5.5.3 Tratamento Secundário


 Reator Anaeróbio de fluxo ascendente (RAFA):

No reator a matéria orgânica sofre decomposição por bactérias anaeróbias resultado na


remoção de grande parte dos sólidos. Ocorre também a separação das partes líquida, sólida e

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gasosa. A parte liquida segue para o tanque de aeração, a solida para o tanque de secagem de
lodo e a gasosa para a central de queimadores de gases. O empreendedor deverá elaborar o
projeto da ETE e considerar a aplicação dos processos a seguir, de acordo com nível de
tratamento requerido para obter efluente que atenda à legislação.

- Remoção de carga orgânica e nitrogênio com processo biológico anaeróbio-aeróbio em série


e com estabilização de lodo biológico no reator anaeróbio. Sugere-se combinação de reator
anaeróbio de manta de lodo e fluxo ascendente (RAFA) seguido de filtro submerso aerado
ou filtro percolado ou biodisco; e

- Desinfecção com dosagem de cloro ou ultravioleta.


Qualquer outra proposta será objeto de análise pela COSAPA que a aprovará, se
comprovado que o nível de tratamento e custos operacionais é compatível com aqueles
praticados na Companhia.

 Aeração:

Nos tanques de aeração o ar fornecido faz com que os micro organismos presentes no
esgoto multipliquem-se e alimentem-se de material orgânico formando lodo e diminuindo a
carga poluidora do esgoto. A Companhia conta com o mecanismo de caixa de gordura.

 Decantador Secundário:

No decantador secundário o solido restante decanta para o fundo e a parte liquida com
90% das impurezas removidas é lançada no corpo receptor esse processo é conhecido também
como caixa de gordura.

5.6 Tratamento Terciário


 Secagem de lodo:

Após a secagem do lodo o mesmo deve ser removido do leito de secagem e destinado à
aterro sanitário.

Segundo a COSANPA a estação deverá possuir sistema de adensamento e desaguamento


do lodo produzido de forma a gerar material sólido que possa ser disposto em aterros sanitários

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

para resíduos sólidos da Classe IL A — NBR 10.004/2004. As unidades de manejo de lodo que
deverão estar incluídas na ETE são as seguintes:

- Separação de sólidos biológicos;

- Adensamento de lodo;

- Desaguamento de lodo; e

- Estocagem de lodo com capacidade para armazenar no mínimo 6 (seis) meses de


produção de lodo seco, com teor de sólidos estabelecido em função da disposição final.
Se esta disposição for um aterro.

5.7 Rede de esgoto sanitário


 Demolições

A demolição do pavimento será efetuada por processo mecânico (martelete pneumático


ou serra circular), e manual quando não for possível a utilização destes.

A utilização de outro equipamento para a demolição de pavimento só será permitida com


expressa autorização da fiscalização.

O material proveniente da demolição será imediatamente removido para local aprovado


pela fiscalização e pela Prefeitura Municipal, se não puder ser reaproveitado, ou, devidamente
armazenado, se ainda útil na recomposição do pavimento. Nos fins de semana e feriados o bota
for a deverá ser Armazenado no canteiro de obras para, no primeiro dia útil subsequente, ser
transportado ao local previamente aprovado para o bota fora.

Tabela 25 Relação da largura de demolição do pavimento.

Asfalto = 1,0 m
Poliédrico = 1,0 m
Passeio cimentado = 1,0 m
Pré-moldado = 1,0 m
Fonte:
 Escavação

As valas serão escavadas alinhadas paralelamente à direção da tubulação a ser reparada,


com profundidade suficiente para execução dos serviços. A largura da vala deverá ser, sempre
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que possível mantida constante em toda sua extensão. A escavação poderá ser feita
manualmente, ou com equipamento mecânico apropriado, observando-se os cuidados necessários
para não danificar as redes públicas existentes.

O material passível de reaproveitamento será retirado e/ou armazenado em caçambas


(brucks, basculantes ou caixas moduladas), imediatamente após a escavação. Os materiais
oriundos das escavações das valas devem ser removidos, nos seguintes casos:

a) os entulhos provenientes de vegetais e de animais;


b) os elementos grosseiros (minerais ou não), com dimensões superiores a 3cm de
diâmetro;
c) os solos turfosos (grande porcentagem de partículas fibrosas);
d) os solos excessivamente orgânicos;
e) as argilas muito gordas (untuosas ao tato);
f) os siltes muito expansivos;
g) os solos com excesso de umidade; e
h) os solos contaminados por esgotos.

Para evitar o acúmulo de material e facilitar o tráfego de veículos e pedestres, as


atividades de escavação, assentamento da tubulação e reaterro, deverão ser subsequentes.

 Esgotamento

Quando necessário, deverá ser providenciado o perfeito esgotamento da vala, sempre por
meio de bombas, de forma a possibilitar condições para execução dos serviços.

 Escoramento

Toda vala, cuja profundidade ultrapassar o limite de 1.50m, deverá, obrigatoriamente, ser
escorada. O escoramento, caso necessário, será executado logo após a abertura da vala, conforme
a norma da COSANPA.

 Reaterro de Valas

As valas deverão ser reaterradas, na cronologia de execução dos serviços, e após a


verificação da estanqueidade dos reparos efetuados, não devendo ficar nenhuma vala aberta a

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não ser por motivo justificado. Iniciar o reaterro logo que possível, com o cuidado necessário
para não haver deslocamento lateral da tubulação e esforços adicionais.

Antes de se iniciar a execução do reaterro, deverá ser observada a perfeita estanqueidade


do reparo efetuado, bem como a proteção inicial da tubulação, feita manualmente até a geratriz
superior da tubulação.

Para se efetivar a compactação mecânica, a primeira camada sobre a manilha,


aproximadamente 20 cm, acima da geratriz superior, deverá ser de material selecionado sem
nenhum elemento grosseiro que possa causar dano à tubulação assentada.

O lançamento deverá ser sempre manual e o material, preferencialmente, argiloso, a


continuidade da compactação deve obedecer a mesma ordem de camadas de 20 cm até o
completo reaterro da vala, que atingirá a cota da base do pavimento a reconstruir.

 Materiais para reaterro de valas

Os materiais para o reaterro devem apresentar as seguintes características:

a) ausência de pedras, de vegetação e de corpos com diâmetro superior a 3 cm;


b) baixa compressibilidade (pequena diminuição de volume dos solos sob a ação de
cargas);
c) baixa sensibilidade à ação da água; e
d) boa capacidade de suporte.

Na execução do reaterro, será utilizado, preferencialmente o cascalho, podendo ainda


serem aceitos os seguintes materiais:

a) areia; e
b) finos de minério de ferro.

 Adensamento

Permite-se o uso da água para consolidação de reaterros somente no caso de material


granulado (areia e cascalho rolado).

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 Compactação

A compactação do reaterro pode ser feita por:

a) equipamentos manuais; e
b) equipamentos mecânicos.

A compactação manual é realizada com o soquete manual somente para a primeira


camada. No reaterro, a partir da 2ª camada, é obrigatória a compactação mecânica, que pode ser
feita por pressão ou por impacto.

A aparelhagem para a compactação mecânica do reaterro será constituída de


equipamentos vibratórios ou de equipamentos de ação dinâmica.

Os equipamentos vibratórios são recomendados pra solos granulares por coesivos, tais
como: areia, pedra britada, minérios pouco plásticos, cascalho arenoso, saibro áspero, etc.

Os equipamentos de ação dinâmica são recomendados para solos finos mais coesivos ou
para solos granulares com matriz coesiva (cascalhos, sítio-argilosos, minérios plásticos, etc.).

O grau de compactação será, no mínimo, de 97% do proctor normal para pistas e 95% do
proctor normal para os demais casos.

 Serviços Hidráulicos

Os serviços hidráulicos poderão ser executados com as redes em carga ou não,


dependendo da extensão ou gravidade do dano a ser reparado. Cuidados especiais deverão ser
tomados para se evitar o carregamento de materiais estranhos para o interior da tubulação e que
possam causar problemas hidráulicos.

Os diversos reparos a serem executados nas tubulações, em PV´s ou PL´s, deverão no que
couber, seguir as recomendações técnicas dos fabricantes do material empregado.

Ao se efetuar a manutenção, deverá ser assegurada a devida estabilidade estrutural do


sistema coletor.

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5.7.1 Limpeza por Hidrojateamento e Vácuo Aspiração


Consiste na limpeza das redes coletoras de esgoto, fossas e poços de visita, por ação
hidrodinâmica, visando a restabelecer as condições técnicas de funcionamento a que se destinam.
A aplicação dos equipamentos deverá ser feita nos trechos especificados pela COSANPA,
conforme programações estabelecidas.

A operação do equipamento deve ser feita conforme especificação operacional


padronizada no sentido de preservar as instalações a serem limpas, bem como a maior
produtividade. O sentido preferencial de operação é a partir da singularidade vazia de jusante
para montante, visando facilitar o deslocamento dos detritos e a movimentação da mangueira.

A introdução da mangueira será feita por etapas, em movimento contínuo de vai e vem
sempre pressurizada. Desta forma evita-se que a mangueira fique presa pelos detritos decantados
à montante do bocal, além de efetivamente proceder à limpeza do trecho.

Cada etapa de introdução não deve exceder a 20 m e o deslocamento de retorno deve ser
sempre, no mínimo, a metade da distância introduzida. A pressão de operação do equipamento é
em função da natureza de cada serviço e da extensão de avanço da mangueira.

Desta forma além de se otimizar a segurança dos operadores e da rede coletora, reduz-se
o desgaste do equipamento. No sentido da melhor produtividade a utilização dos bicos deve ser
compatível com o tipo de problema a resolver. Os detritos deslocados deverão ser acumulados e
recolhidos, não devendo ser transferidos para outros trechos das redes coletoras.

5.7.2 Recomposição de Pavimentos


Os materiais destinados aos pavimentos deverão ser idênticos aos existentes, e, sempre
que possível, aproveitando os materiais em bom estado provenientes das demolições. A
recomposição da base será, sempre que possível, idêntica à base original. Após a execução da
base do pavimento, será feita a recomposição do revestimento, em um dos seguintes tipos:

a) areia asfáltica;
b) calçamento poliédrico (―pé-de-moleque‖);
c) calçamento com paralelepípedos;
d) pré-moldados de concreto;
e) calçada portuguesa (mosaico de pedras); e
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f) passeios diversos: cimentado, ladrilho hidráulico, pedras, cerâmicas, etc.

5.8 Proposições ao sistema


Como o sistema apresenta falhas na sua concepção, não atendendo toda a área e não
efetuando a manutenção necessária, visam-se propostas para a melhoria do mesmo, visto que,
com o investimento em obras desse caráter a melhoria dos outros sistemas será presente também.

5.8.1 Tratamento do lodo


Estima-se que a produção de lodo no Brasil está entre 150 a 220 mil toneladas de matéria
seca por ano. Considerando que apenas 30% da população urbana têm seu esgoto devidamente
coletado e tratado, é de se esperar que a geração de lodo superaria 400 mil toneladas de lodo por
ano caso os esgotos fossem totalmente tratados no país (Soares, 2004). Segundo Andreoli
(2002), a ampliação dos serviços de coleta de esgoto tem um potencial para multiplicar a
produção desse resíduo no Brasil em 3 a 4 vezes.

O termo ―lodo‖ tem sido utilizado para designar os subprodutos sólidos do tratamento de
esgotos. Nos processos biológicos de tratamento, parte da matéria orgânica é absorvida e
convertida, fazendo parte da biomassa microbiana, denominada genericamente de lodo biológico
ou secundário, composto principalmente de sólidos biológicos. O termo biossólido é utilizado
apenas quando o lodo apresenta características que permitam o seu uso agrícola (Andreoli et al.,
2006).

Os lodos podem exibir características indesejáveis, como instabilidade biológica,


possibilidade de transmissão de patógenos e grandes volumes. O principal objetivo do tratamento
do lodo de esgoto é gerar um produto mais estável e com menor volume para facilitar seu
manuseio e, consequentemente, reduzir os custos nos processos subsequentes. Esse tratamento se
dá através de processos físicos, químicos e biológicos. Usualmente, o tratamento do lodo, após a
sua geração, inclui uma ou mais das seguintes etapas (Cassini, 2003):

 Adensamento: redução de umidade (redução de volume)


 Estabilização: redução de matéria orgânica (redução de sólidos voláteis)
 Condicionamento: preparação para a desidratação (principalmente mecânica)
 Desidratação: redução adicional de umidade (redução de volume);
 Disposição final: destinação final dos subprodutos.

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6 Dimensionamento dos equipamentos


Objetivando a prestação de serviços aos usuários, quer de abastecimento de água, quer de
esgotamento sanitário, através de um sistema organizado e com metodologia racional e
institucional, a COSANPA inicialmente descentralizou essas atividades criando 06 (seis)
distritos operacionais na Região Metropolitana de Belém, sendo 05 (cinco) na área da cidade de
Belém e 01 (um) na área de Ananindeua, conforme planta anexa.

Atualmente, estão em fase de implantação mais dois distritos operacionais e que serão
desmembramentos de distritos existentes. Assim, o 7º Distrito Operacional atenderá a área ao
longo da rodovia BR-316, no município de Ananindeua enquanto o 8º Distrito Operacional no
município de Belém atenderá os bairros do Barreiro, CDP, parte de Val de Cans, Tapunã e
Pratinha.

Os distritos operacionais estão localizados estrategicamente e em área de setores de


distribuição de água. Para as atividades atuais os distritos dispõe de infra-estrutura adequada de
material e mão-de-obra qualificada para atuação nos sistemas de abastecimento de água e de
esgoto sanitário, executando:

 atendimento ao público;
 serviços comerciais;
 serviços operacionais;
 atualização cadastral de redes/imóveis, entre outras atividades; e
 recuperação e conservação de redes de distribuição de água e coletores de esgoto
sanitário.

Os Distritos Operacionais que estão localizados diretamente na área de abrangência do


projeto Una são os seguintes:

 Distrito Operacional 3: bairro Telégrafo, Sacramenta e parte do Marco;


 Distrito Operacional 4: bairro Marambaia, partes do Souza e Guanabara;
 Distrito Operacional 6: bairro do Banguí e Coqueiro; e
 Distrito Operacional 8: bairro do Barreiro, CDP, parte de Val de Cans, Tapanã e
Pratinha.

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Na avaliação técnica realizada permitiu selecionar e especificar os equipamentos a serem


disponibilizados no Atendimento Central e nos Distritos Operacionais, destinados à operação e
manutenção dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário.

Os quadros seguintes são o de ―Distribuição de Equipamentos‖ e o ―Demonstrativo de


Custos‖.

Tabela 26 Distribuição de equipamentos do Sistema de Esgotamento Sanitário.

Item EQUIPAMENTO UTILIZAÇÃO QUANTIDADE POR


DISTRITO OPERACIONAL
Atend. D D D D
Central O O O O TOTAL
3 4 6 8
Equipamento para desobstrução e Desobstrução e limpeza de rede de
01 limpeza de rede de esgoto, poços de esgotos sanitários e poços de visita
vista, através de hidrojateamento a através de hidrojateamento e alta - 1 1 1 1 4
alta pressão, combinado com sucção pressão, combinado com sucção e
a alto vácuo. vácuo.
02 Compressor de ar portátil Rompimento de pavimentos asfálticos
e de concreto com martelete a ar
comprimido, além da desobstrução de 1 - - - - 1
ramais de ligação de esgotos
sanitários.
Retroescavadeira giro móvel Escavação mecânica de pavimentos e
03 veicular, acoplada em chassi de oficina móvel para manutenção das
caminhão. redes de água e esgotos sanitários. - 1 1 1 1 4
Guindaste hidráulico veicular Transporte de tubulações de área e
04 montado sobre chassi de caminhão. esgotos para recuperação de redes de 1 - - - - 1
distribuição e rede coletoras.
Carregadeira/Retroescavadeira Escavação mecânica de pavimentos
05 diesel. para manutenção de rede com
profundidade superior a 3,00 metros. 1 - - - - 1
Caminhão basculante com Transporte de material de
06 capacidade para 6m3. recomposição de pavimentos e do 3 - - - - 3
material escavado para o bata-for a.

Tabela 27 Demonstrativo de custos.

ITEM QUANT. EQUIPAMENTO CUSTO US$


UNITÁRIO TOTAL
01 04 Equipamento para desobstrução e limpeza de rede de esgoto, 78,291.00 313,162.00
poços de vista, através de hidrojateamento a alta pressão,
combinado com sucção a alto vácuo.
02 01 Compressor de ar portátil. 53,063.00 53,063.00
03 03 Caminhão basculante com capacidade para 6m3. 26,532.00 79,596.00
04 01 Guindaste hidráulico veicular montado sobre chassi de 46,940.00 46,940.00
caminhão.
05 01 Carregadeira/Retroescavadeira diesel 37,144.00 37,144.00
06 04 Retroescavadeira giro móvel veicular, acoplada em chassi de 48,982.00 15,928.00
caminhão.
Custo Total 725,833.00

Especificações dos equipamentos de limpeza

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6.1 Hidrojateamento e Alto Vácuo


Equipamento para desobstrução e limpeza de redes de esgoto, poços de visita, águas
pluviais, através de hidrojateamento a alta pressão, combinado com sistema de sucção a alto
vácuo, adaptável a chassi de caminhão.

O tanque reservatório deverá ter formato cilíndrico reforçado, construído em chapa de


aço de 3/16‖, com capacidade de 10 m3 e deverá ser dividido em duas partes, sendo uma com
capacidade de 4 m3 para água e outra com capacidade de 6 m3 para os detritos, com
basculamento hidráulico e com acesso lateral para a parte superior.

Na parte traseira, reservatório de detritos, deverá tem uma tampa com abertura pôr meio
de pistão hidráulico e fecho tipo borboleta, dotada de visor de controle de nível e válvula de
esfera de diâmetro nominal de 4‖ com engate rápido para mangote de sucção de 4‖ e com flanges
ANSI classe 150 RF, deverá ser previsto um sistema de filtros permitindo somente retorno do
líquido, retendo os sólidos no tanque.

No compartimento de água limpa deverá existir uma inspeção na parte superior com
diâmetro mínio de 500 mm e tampa de vedação, visor de nível localizado na parte frontal do
tanque reservatório e uma válvula na parte inferior para drenagem.

O sistema de bombeamento para desobstrução e limpeza pôr hidrojateamento deverá


operar com vazão de 260 Ipm e pressão de 140 Kgf/cm2. O sistema deverá ser provido de
válvula de regulagem de pressão, válvula de segurança, circuito de alimentação dotado de
válvula de gaveta e filtro, circuito de pressão com by-pass para tanque.

O sistema de sucção a alto vácuo deverá ter uma capacidade de deslocamento de ar de 10


2
a 12 m /min, vácuo de 600 mm de Hg.

O circuito pneumático deverá possuir válvula direcional para alternância de vácuo para
pressão com comando manual centralizado, sifão depurador, válvula de retenção para bloqueio
no início do circuito pneumático quando o tanque reservatório atingir o nível cheio,
manovacuômetro com líquido amortecedor escala de 760 mm de Hg, instalado no painel de
controle.

Deverá ter válvula de alívio e segurança instalada na câmara de vácuo, parte superior.
Deverá possuir dois carreteis, sendo um para armazenar 120 metros de mangueira de 1‖ de
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diâmetro interno com acionamento hidráulico duplo sentido de rotação, com comando
centralizado e rotação variável, localizado na tampa traseira do tanque, com sistema de
articulação para permitir o direcionamento em vários ângulos para facilitar o posicionamento
durante a operação, e outro carretel manual com capacidade de enrolar 20 metros de mangueira
no diâmetro de ½‖ interno para uso com pistola de hidrojateamento.

Para controle operacional deverá ter manômetro para verificação da pressão de água,
manômetro para verificação da pressão do óleo do motor, termômetro para verificação da
temperatura da água de arrefecimento do motor diesel, horimetro, acelerador do motor, alavanca
de acionamento do sistema hidráulico, chave de partida do motor e tacômetro. Deverá ser
possível a reversão da bomba de vácuo para que produza uma pressão no interior do reservatório
permitindo uma descarga rápida dos detritos.

Deverão constar do fornecimento os seguintes acessórios:

 Pistola manual para hidrojateamento;


 02 – Bicos para a pistola;
 05 – Bicos para desobstrução;
 05 – Bicos especiais para gordura;
 20 – Metros de mangote para sucção e descarga no diâmetro
 de 4‖ (100) mm em lances de 10 metros com conexões de engate rápido;
 01 – Sinaleiro rotativo, com base imantada, tensão 12 volts que seja possível de
acoplar com o circuito elétrico do veículo;
 01 – Guia para mangueira para fundo do poço de visita com proteção contra quina
no interior da rede;
 01 – Guia para fundo do PV;
 20 – Metros de mangueira no diâmetro de 70 mm com
 conexões de 2 ½‖ para abastecimento do tanque pôr hidrante;
 01 – Bico tipo tijolo para galeria de águas pluviais;
 01 – Bico tipo torpedo para galeria de água pluviais;
 40 – Metros de mangueira de alta pressão no diâmetro de ½‖ para pressão mínima
de operação de 210 Kg/cm2, com conexões;
 01 – Bico rotativo com jatos radicais; e
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 01 – Propulsor para o bico rotativo.

As partes internas e externas do tanque deverão sofrer preparação das superfícies com
jateamento, grau Sa 2 ½. Na parte interna o esquema de pintura deverá ser feito com tinta de
fundo a base de epoxi HB de alta espessura, cromato de zinco, e como tinta de acabamento a
base de alcatrão HB epoxi poliamida, na cor preta.

Na parte externa o esquema de pintura deverá ser feito com tinta de fundo a base de epoxi
vermelho óxido e como tinta de acabamento a base de poliuretano na cor branca.

Os equipamentos tais como bomba de vácuo, motor diesel, bomba de alta pressão
deverão ser novos e que se façam acompanhar dos respectivos manuais de operação,
manutenção, peças e dos certificados de garantia emitidos pelos respectivos fabricantes. Deverão
estar inclusos na proposta todos os custos de materiais e mão-de-obra para o perfeito
funcionamento do equipamento ofertado. Na entrega dos equipamentos o fornecedor deverá
ministrar treinamento para os operadores da COSANPA.

A garantia deverá ser de no mínimo 12 (doze) meses contra todo e qualquer defeito de
material, erro de montagem ou falha em operação normal, inclusive para os equipamentos
fornecidos por terceiros.

6.2 Caminhões
Caminhão, zero quilometro, ano de fabricação 2.001, a diesel, com aspiração forçada,
com PBT mínimo de 21.000 Kgf, com 3º eixo, cabine avançada, com potência mínima de 150
CV na rotação entre 2.200 a 2.800 RPM e distância entre eixos de 4,80 metros, cinto de
segurança de 3 pontos, rodas em aço estampado, freio a ar com duplo circuito independente,
direção hidráulica integral, embreagem com acionamento hidráulico, câmbio com velocidades a
frente sincronizadas, posição da alavanca de acionamento no assoalho.

O veículo deverá estar em conformidade com o PROCONVE. A garantia deverá ser de


no mínimo 12 meses ou 50.000Km, o que ocorrer primeiro. O fornecedor deverá prestar
assistência técnica e fornecimento de peças de reposição no prazo máximo de 72 (setenta e duas)
horas da solicitação da COSANPA. O veículo ofertado deverá vir com todos os acessórios
obrigatórios de acordo com a legislação vigente. O local de entrega do veículo deverá ser nas
instalações do fornecedor do equipamento para o qual o mesmo se destina.
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6.3 Compressor de Ar
- Compressor de Ar Portátil:

Compressor de ar rotativo portátil, que produza ar com fluxo contínuo, sem pulsações e
isento de óleo na descarga, lubrificado e arrefecido por fluxo de óleo, montado sobre rodas,
acionado por motor diesel com potência suficiente para operar nas condições especificadas, para
uma descarga livre efetiva de 740 a 770 PMC com uma pressão de trabalho de 150 PSI.

O equipamento deverá possuir painel de instrumentos e dispositivos de supervisão e


segurança tanto para o motor diesel como para o elemento compressor: Manômetro, indicador de
pressão do óleo do motor, indicador de temperatura de água do motor, manômetro indicador de
pressão do ar, indicador de temperatura do óleo compressor, indicador de temperatura de ar na
descarga, horímetro, lâmpada indicadora de carga da bateria, chave liga desliga, fusíveis,
controles de proteção para desligamento automático no caso de baixa pressão do óleo do motor,
alta temperatura da água de refrigeração ou alta temperatura do ar de descarga.

Deverá possuir um sistema regulador automático para controle do motor e compressor de


zero a 100% da demanda de ar. A carenagem deve permitir livre acesso ao interior do
compressor. O equipamento deverá ser equipado com dispositivos apropriados para reboque,
alça central para permitir içamento e freio de estacionamento. O tanque de combustível deverá
ter capacidade para no mínimo 8 (oito) horas de operação.

A garantia contra defeito de fabricação ou peças deverá ser de pelo menos 02 (dois) anos,
sem limite de horas em operação. Deverão ser fornecidos manuais de operação, manutenção e de
peças. Na entrega dos equipamentos o fornecedor deverá ministrar treinamento para os
operadores da COSANPA. Deverão ser fornecidos 30 (trinta) metros de mangueira para média
pressão no diâmetro interno de 2.3/8‖, divididos em 02 (dois) lances de 15 (quinze) metros cada,
com terminais reusáveis, tipo fêmea giratória nas extremidades.

6.4 Caminhão Basculante


Caminhão, zero quilometro, ano de fabricação 2001, a diesel, com aspiração forçada,
cabine convencional, cinto de segurança de 3 (três) pontos, rodas em aço estampado, freio a ar
com duplo circuito independente, direção hidráulica integral, embreagem com acionamento
hidráulico, câmbio com velocidades a frente sincronizadas, posição da alavanca de acionamento

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no assoalho. O veículo deverá esta em conformidade com o PROCONVE. A garantia deverá ser
de no mínimo 12 meses ou 50.000Km, o que ocorrer primeiro.

Equipado com caçamba basculante de 6 m3. O fornecedor deverá prestar assistência


técnica e fornecimento de peças de reposição no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas da
solicitação da COSANPA. O veículo ofertado deverá vir com todos os acessórios obrigatórios de
acordo com a legislação vigente. Na entrega dos veículos o fornecedor deverá ministrar
treinamento para os operadores da COSANPA. O veículo deverá ser fornecido com os catálogos
(técnicos e peças) e manuais de operação e manutenção.

6.5 Guindaste Veicular


Guindaste hidráulico veicular montado sobre chassi de caminhão. Deverá ter momento de
carga útil entre 15.500 a 16.000 Kgfm, capacidade máxima de carga a 2.000 mm, entre 7.750 a
8.000 Kg, alcance máximo vertical entre 10.700 a 12.530 mm, alcance máximo horizontal entre
7.900 a 9.500 mm, ângulo de giro de 360º. Deverá ser construído em chapa de aço estrutural,
soldadas eletricamente, comando do tipo direcional múltiplo, possibilidade de operação em
ambos os lados do veículo, cilindros hidráulicos construídos em tubos de aço sem costura com
hastes em cromo duro, sapatas com movimento horizontal manual e movimento vertical
hidráulico.

As mangueiras deverão ser de alta resistência com trançado de aço e terminais


padronizados. Na parte traseira deverão ser instaladas sapatas articuláveis e que possam ser
recolhidas para facilidade de locomoção do veículo.

Para a instalação do equipamento no chassi do caminhão não será permitida a utilização


de solda. Todas as normas de fabricação do veículo deverão ser obedecidas para que não venha
comprometer a resistência do material e a estabilidade do veículo. Todos os componentes e
acessórios deverão sofrer processo de preparação das superfícies e protegidos com fundo
anticorrosivo e posteriormente pintados na cor padrão.

A garantia deverá ser de no mínimo 12 (doze) meses, contra todo e qualquer defeito de
material, erro de montagem ou falha em operação normal. O equipamento deverá ser fornecido
com os catálogos (Técnicos e peças) e manuais de operação e manutenção. O fornecedor deverá
prestar assistência técnica e fornecimento de peças de reposição no prazo máximo de 72 (setenta

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e duas) horas da solicitação da COSANPA. Na entrega dos equipamentos o fornecedor deverá


ministrar treinamento para os operadores da COSANPA.

Caminhão, zero quilometro, ano de fabricação 2001, a diesel, com aspiração forçada, com
PBT mínimo de 15.000 Kgf. Com curva de potência e distância entre eixos compatíveis com o
equipamento especificado, cabine convencional, cinto de segurança de 3 pontos, rodas em aço
estampado, freio a ar com duplo circuito independente, direção hidráulica integral, embreagem
com acionamento hidráulico, câmbio com velocidades a frente sincronizadas, posição da
alavanca de acionamento no assoalho, com tomada de força.

O veículo deverá estar em conformidade com o PROCONVE. A garantia deverá ser de


no mínimo 12 meses ou 50.000 km, o que ocorrer primeiro, contra todo e qualquer defeito de
material, erro de montagem ou falha em operação normal. O fornecedor deverá prestar
assistência técnica e fornecimento de peças de reposição no prazo máximo de 72 (setenta e duas)
horas da solicitação da COSANPA. O veículo deverá vir com todos os acessórios obrigatórios de
acordo com a legislação vigente.

O veículo deverá ser fornecido com os catálogos (técnicos e peças) manuais. O veículo
deverá ser fornecido com carroçaria de madeira, sendo que, deverá existir um espaço livre atrás
da cabine, para montagem do equipamento especificado acima. O local de entrega do veículo
deverá ser nas instalações do fornecedor do equipamento para o qual o mesmo se destina.

6.6 Carregadeira/Retroescavadeira
Carregadeira/Retroescavadeira, diesel, tração 4x2, direção hidrostática, compartimento do
operador em toldo metálico, caçamba da retro com largura de 610 mm (24‖) com capacidade
entre 8,18 a 0,21 m3, pivot de giro da escavadeira com alcance entre 5,40 a 5,60 metros,
profundidade máxima de escavação de 4,30 a 4,40 metros, altura máxima de descarga da
escavadeira entre 3,40 a 3,76 metros, arco de giro 180º. A caçamba carregadeira deverá ter
capacidade coroada entre 0,77 a 0,88 m3, a altura total de operação da caçamba carregadeira
deverá atingir de 4,17 a 4,24 metros, profundidade de escavação abaixo do nível do solo com a
caçamba paralela ao solo deverá atingir de 0,10 a 0,19 metros.

O equipamento deverá possuir faróis frontais e dois faróis/luz de ré traseiros, luzes


traseiras de freio, luzes direcionais, buzina, painel de instrumentos com indicador de temperatura
da água do motor, conta-giros, indicador de nível de combustível, horímetro, luzes de aviso para
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pressão do óleo do motor, aviso sonoro para freio de estacionamento, indicador da temperatura
do óleo do conversor, indicador de carga da bateria, indicador do estado do filtro de ar, nivelador
automático de caçamba, assento giratório.

A garantia será de no mínimo 12 (doze) meses, contra todo e qualquer defeito de


material, erro de montagem ou falha em operação normal. O equipamento deverá ser fornecido
com os catálogos (técnico e peças) e manuais de operação e manutenção. O fornecedor deverá
prestar assistência técnica e fornecimento de peças de reposição, no prazo máximo de 72 (setenta
e duas) horas da solicitação da COSANPA. Na entrega do equipamento deverá ser ministrado
treinamento para os operadores da COSANPA.

6.7 Retroescavadeira Veicular


Retroescavadeira giro móvel veicular para ser acoplada em chassi de caminhão, com
carrocerias tipo baú. A retroescavadeira veicular deverá permitir um ângulo de giro de 180º, uma
altura de descarga variando de um mínimo de 500 mm a um máximo de 3.900 mm, profundidade
máxima de escavação entre 3.200 a 3.600 mm, alcance máximo na horizontal entre 4.700 a 4.900
mm, força de escavação entre 2.400 Kgf a 2.700 Kgf, capacidade volumétrica máxima de
escavação na amplitude máxima de 180º entre 45 m3 a 50 m3, área possível de escavação na
amplitude máxima de 180º entre 30m2 e 36m3, rendimento na operação de escavação entre 15m3
e 20 m3.

O circuito hidráulico do equipamento deverá ser constituído de tubulações e mangueiras


com terminais prensados para alta pressão.

As sapatas estabilizadores (Standard) hidráulicas deverão ter posicionamento de operação


em diagonal (piso-chassis do caminhão) e montadas na lateral do equipamento, para melhor
estabilidade, também deverão acompanhar 01 (um) par de sapatas para asfalto com barras na
parte inferior e outro par lisa, com furação nos cantos para fixação em pranchas e, acopláveis nos
mesmos suportes da sapata Standard através de pinos com trocas rápidas.

O equipamento em posição de operação não deverá permitir a transferência de esforços


para o veículo. O sistema hidráulico deverá ser constituído de bomba hidráulica de engrenagem,
comando direcional múltiplo, com válvula de alívio de pressão anti-choque e anti-cavitação,
cilindros hidráulicos, válvulas de segurança.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

O painel de controle de operação deverá ser instalado em local que permita boa
visibilidade e se situe junto das alavancas de comando, devendo possuir: horímetro, contagiro,
indicador da pressão do óleo do circuito hidráulico, indicador da temperatura do óleo do circuito
hidráulico, indicador da pressão do óleo do motor, indicador da temperatura do motor, indicador
de carga da bateria, acelerador manual, lâmpada piloto verde, lâmpada piloto vermelha, botão de
partida e outros indicadores de alarme para funções que se considerem críticas para o
desempenho normal do equipamento.

A concha deverá ser construída a partir de chapas de aço dobradas, dotadas de dentes
construídos em aço especial, com largura de boca de 400 mm a 500 mm e capacidade
volumétrica de 90 a 96 litros, devendo possuir um sistema de controle para evitar uma queda
brusca da mesma em caso de falha no sistema hidráulico durante a operação.

Deverá ser provido de escada de acesso para o banco do operador, em chapa de aço
corrugada, antiderrapante e com pintura anticorrosiva. O assento do operador deverá ter encosto,
construído em chapa de aço galvanizado com proteção anticorrosiva, amortecimento e
regulagem, revestimento em couro sintético impermeável com estofamento interno.

O fornecedor do equipamento deverá reforçar o chassis do caminhão em toda sua


extensão, sem comprometimento do mesmo, obedecendo as normas do fabricante do veículo,
para que não venha a afetar a resistência do material. Deverá ser utilizada as furações existentes
no chassis do caminhão, não sendo permitida a utilização de solda. Deverão ser utilizados calços
no interior da longarina nas regiões onde ficarão os grampos de fixação do equipamento.

Os conjuntos de tomada de força, de aceleração e as conexões para os instrumentos do


painel do equipamento deverão ser montados de maneira que não interfiram com os
componentes originais e nem prejudiquem o funcionamento do veículo. A bomba injetora do
veículo deverá ser compatível com o tipo de trabalho em regime estacionário, fornecendo
rotação uniforme, mesmo com a variação dos esforços solicitados pela retroescavadeira.

Como acessórios opcionais deverão ser fornecidos bomba submersível hidráulica com
vazão de 480 a 850 l/min para uma altura de recalque de 22,5 a 3,0 metros, com mangote no
comprimento de 7,0 metros. Rompedor hidráulico de asfalto com pressão de trabalho até 40 J,
força de impacto de 40 j, impacto por minuto 1.300 G/min, punho das ferramentas 27 X 80 mm,
curso do ponteiro até 90 mm fornecido com ferramentas tipo: Ponteiro, talhadeira, talhadeira
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

larga, cunha e corta asfalto. Esmerilhadora hidráulica para uso com disco de desbaste, sendo
acoplável a tomada hidráulica através de engate rápido e mangueiras com tramas de aço e
revestidas por borracha. O diâmetro do disco deverá ser de 7‖.

A unidade hidráulica incorporada ao equipamento deverá permitir o acionamento


contínuo e simultâneo de dois dos equipamentos existentes sendo um a retroescavadeira e outra
ferramenta qualquer, tais como: Bom submersível hidráulica, Rompedor hidráulico de asfalto,
Esmerilhadeira hidráulica ou então desativando-se a retro e operando-se com duas ferramentas.

O container tipo baú deverá ter as dimensões externas com comprimento de 2.770 mm a
3.300 mm, largura de 2.200 a 2.300 mm e altura de 2.250 a 2.550 mm. A estrutura principal e
secundária deverão ser confeccionadas em chapa de aço estrutural perfilada SAE 1008/10, as
quais receberão tratamento anti-corrosivo através de produto químico a base de fosfatilizante,
inclusive nos locais de emenda/solda e em seguida aplicação de 02 (duas) demãos de fundo em
esmalte sintético oxiprimir, e após será aplicado 03 (três) demãos de tinta em esmalte sintético,
na cor branca como acabamento.

Os revestimentos externos laterais, frontais e do teto serão feitos todos através de


chapas de poliester resinado/fibra de vidro com 3 mm de espessura, composto de produto
especial ultravioleta para evitar infiltração de energia solar para o compartimento interno e
deverá ser usado o mesmo material para o revestimento externo das portas dos compartimentos
que dão acesso externamente. No revestimento interno serão efetuados através de placas de
poliester resinado na mesma condição anteriormente discriminada.

O assoalho será fornecido com chapas em compensado naval com 18 mm de espessura e


posteriormente impermeabilizado com resina especial e revestidos com espaçamentos de 70 mm
uns dos outros, com frisos anti-derrapantes através de perfis em alumínio, similar aos usados nos
ônibus urbanos.

As portas internas deverão ser revestidas através de chapas galvanizadas lisas nº 16 e


fixadas através de rebites de repuche do tipo pop e parafusos rosca soberba para as aberturas,
janelas de inspeção e para as linguetas de travamento das fechaduras.

Os compartimentos internos deverão ser confeccionados em chapa de compensado naval


de 6 mm de espessura e impermeabilizados através de fiber glass, após os processos de aplicação
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

do produto ficará composta de um único módulo, sendo fixado posteriormente nos suportes de
fixação por meio de parafusos sem cabeça do tipo francês. O compartimento deverá ser dotado
de prateleiras feitas também em compensado naval com 12 mm de espessura, as quais serão
montadas e fixadas em base especial metálica, confeccionadas em cantoneiras laminadas de alta
resistência devendo receber tratamento químico através de fosfatilizante e depois (02) duas
demãos de oxiprimer e posteriormente serão fixadas através de rebites de repuche pop. Em
seguida deverá ser aplicada tinta automotiva em esmalte sintético em 03 (três) demãos. No
acabamento deverão ser aplicadas (02) demãos de quantil noturno como anti-vibratório e
amortizador de impactos.

Os acessos às ferramentas e aos materiais deverão ser feitos externamente e lateralmente


através de 06 (seis) portas, sendo 03 (três) do lado direito e 03 (três) do lado esquerdo, as quais
deverão ser dotadas de borrachas tipo esponja e batentes especiais para garantir uma perfeita
vedação contra poeira e umidade, devendo ser dotadas de fechaduras especiais com duplo
sistema de travamento através de alavanca como sistemas utilizados nas portas dos ônibus,
devendo possuir ainda travamento de segurança através de cadeados universais.

As aberturas das portas serão efetuadas na posição vertical ao solo e mantendo-se abertas
através do sistema de trava mecânica tipo corrediça, instalada junto ao batente da porta, sendo
articuláveis através de 02 (duas) dobradiças especiais instaladas em cada porta.

O equipamento deverá ser dotado de 01 (um) conjunto de gaveteiros instalados no


compartimento superior intermediário do lado direito, composto de 06 (seis) gavetas as quais
deverão ser confeccionadas totalmente em fiber glass, sendo 02 (duas) delas compartimentadas
com divisórias, perfazendo assim 06 (seis) compartimentos cada uma.

Na parte superior traseira do veículo deverão ser instalados 02 (dois) faróis direcionais
acionados por meio de um interruptor que deverá ser localizado próximo ao acesso de entrada do
usuário em conformidade com o acionamento da luminária ofuscante instalada na parte superior
interna intermediária ao teto, as quais deverão ser alimentadas pela bateria do veículo.

A garantia deverá ser de no mínimo 12 (doze) meses contados a partir da datada de


entrega do equipamento, contra defeitos de projeto, fabricação, falhas de material empregado ou
de outras falhas operacionais em condições normais de operação.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

O equipamento deverá ser fornecido com os catálogos (técnicos e peças) e manuais de


operação e manutenção. O fornecedor deverá prestar assistência técnica e fornecimento de peças
de reposição no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas da solicitação da COSANPA. Na
entrega dos equipamentos o fornecedor deverá ministrar treinamento para os operadores da
COSANPA.

 Os Caminhões
Caminhão, zero quilometro, ano de fabricação 2001, a diesel, com aspiração natural, com
PBT mínimo de 7.000 Kgf, com cabine avançada, com potência mínima de 90 CV, freio a ar
com duplo circuito independente, direção hidráulica integral, câmbio com velocidades a frente
sincronizadas, posição da alavanca de acionamento no assoalho, com tomada de força,
embreagem com acionamento hidráulico, rodas de aço estampada, cinto de segurança de 3 (três)
pontos. O veículo deverá estar em conformidade com o PROCONVE.

O fornecedor deverá prestar assistência técnica e fornecimento de peças de reposição no


prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas da solicitação da COSANPA. O veículo deverá vir
com todos os acessórios obrigatórios de acordo com a legislação vigente. O local de entrega do
veículo deverá ser nas instalações do fabricante do equipamento para o qual o mesmo se destina.

Tabela 28 Quadro demonstrativo de custos.

ITEM QUANT. EQUIPAMENTO CUSTO US$


UNITÁRIO TOTAL
Equipamento para desobstrução e limpeza de esgotos, poços
01 04 de visita, águas pluviais, através de hidrojateamento a alta 78,291.00 313,162.00
pressão, combinado com sucção a alto vácuo.
02 01 Compressor de ar portátil. 53,063.00 53,063.00
03 03 Caminhão basculante com capacidade para 6 m3 26,532.00 79,596.00
04 01 Guindaste hidráulico veicular montado sobre chassi de
46,940.00 46,940.00
caminhão.
05 01 Carregadeira/Retroescavadeira diesel 37,144.00 37,144.00
06 04 Retroescavadeira giro móvel veicular, acoplada em chassi
48,982.00 195,928.00
de caminhão.
Custo Total 725,833.00

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UNIDADE III: DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS


PLUVIAIS

1 Introdução
Sabe-se que a Prefeitura Municipal de Belém – PMB, é responsável pela operação e
administração, direta ou através de terceiros, do sistema viário e do sistema de drenagem urbana
e manejo das águas pluviais. A PMB, de modo institucionalizado, delega a Secretaria Municipal
de Saneamento operacionalização da manutenção e conservação dos sistemas já citados.

Assim, O sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais do Município de


Belém é executados pelos Departamentos de Resíduos Sólidos e Drenagem Urbana – DURB, o
departamento opera de acordo com o organograma da Secretaria Municipal de Saneamento –
SESAN. O DURB é responsável por toda a manutenção e recuperação do sistema de
macrodrenagem, microdrenagem e comportas.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Caso haja a necessidade, e esta seja justificada, pode ser realizada a


contratação/terceirização da execução dos serviços de manutenção e operação dos sistemas.
Porém, os serviços devem ser orientados e fiscalizados pelos Departamentos responsáveis.

1.1 Estrutura organizacional


A Prefeitura Municipal de Belém administra os serviços de drenagem urbana através da
Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN, e o gerenciamento deste sistema é da
competência do Departamento de Drenagem Urbana – DURB. O DURB é diretamente
subordinado ao Secretário e tem por finalidade o planejamento, execução, coordenação, controle
e avaliação das atividades relacionadas às políticas, procedimentos, diretrizes, recuperação e
manutenção do sistema de drenagem urbana do Município de Belém.

O DURB está localizado na Avenida Alcindo Cacela n° 2631, entre Rua dos Pariquis e
Rua dos Caripunas. As atividades desenvolvidas pelo DURB obedecem ao organograma
institucional que organizam as suas ações e os seus serviços por meio das três divisões
operacionais: Macrodrenagem, Microdrenagem, e, Coordenação de drenagem, conforme Erro!
Fonte de referência não encontrada..

A divisão de Macrodrenagem cabe à execução, o controle dos serviços de recuperação e


de manutenção de macrodrenagem, competindo lhe essas ações por meio das seções de
Recuperação de Canais, Operação e manutenção de comportas, e, manutenção de canais. Por sua
vez, a divisão de microdrenagem é responsável pela execução, o controle dos serviços de
recuperação e de manutenção de microdrenagem urbana, incluindo as seções de Recuperação de
Galerias, Drenagem superficial, Manutenção de Galerias, e, Instalações Prediais. A coordenação
e o controle das atividades inerentes ao Departamento de Drenagem Urbana cabem a Divisão de
Coordenação de Drenagem Urbana, por meio das suas seções de Coordenação de Drenagem,
Supervisão de Drenagem e Apoio às atividades de Drenagem.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Departamento
Diretoria de Drenagem
Urbana

Coordenação
Macrodrenagem Microdreangem Divisões
de drenagem

Recuperação de Recuperação de Coordenação


Seções
canais galerias de drenagem

Operação e
Drenagem Recuperação de
manutenção de
superficial drenagem
comportas

Apoio às
Manutenção de Manutenção de
atividades de
canais galerias
drenagem

Instalações
prediais

Figura 13 Organograma Departamento de Drenagem Urbana.


Fonte: SESAN, 2018.
O DURB dispõe de servidores e equipes contratadas por empresas terceirizadas, que são
os profissionais que executam as diversas tarefas relacionadas à drenagem urbana no Município,
cujas atribuições são as seguintes: Macrodrenagem (Limpeza manual de canais, Limpeza de
bocas de canais, Limpeza de comportas, Manutenção e operação das comportas do Una,
Dragagem de canais); Microdrenagem (Recuperação da microdrenagem, Hidrojateamento,
Limpeza manual, Recuperação de guarda corpo de canais); e, Coordenação de drenagem (Gestão
de processos, Gestão de pessoas).

1.2 Caracterização do sistema de drenagem urbana da cidade de Belém


―O município de Belém possui 223,98km de canais e rios que influenciam os bairros e
distritos da cidade. As bacias hidrográficas têm influencia na economia, deslocamento e
qualidade de vida da população residente e flutuante‖ (PEREIRA 2017, 60).

No Município de Belém a maior parte da sua área continental do município


encontra-se em cotas inferiores a 4 (quatro) metros, estando, portando, diretamente sob
influência dessas bacias, o que, por conseguinte, lhes impõem uma condição de terrenos
alagados ou sujeitos a inundações (permanentemente ou de maneira intermitente)
(CODEM 2008).

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Conforme Figura 15, são 15 (quinze) as bacias hidrográficas catalogadas que


correspondem a área de 18.918,36 ha e densidade demográfica média de 119,11hab/ha. Destas
somente 5 (cinco) bacias – Val-de-Cãs, Una, Reduto, Tamandaré e Comércio, já foram
trabalhadas no passado e 3 (três) bacias – Tucunduba, Estrada Nova e Murucutum, estão em fase
de implantação e conclusão de obras.
No diagnóstico observado pela Figura 14, as bacias de drenagem têm 1.438.667m de vias
pavimentadas, destas 72,66% correspondem ao pavimento CBUQ e 27,34% de pavimento dos
tipos blokret e cimento. A bacia hidrográfica com maior índice de pavimentação da cidade é a do
Una e a menor é a do Outeiro, com 30,64% e 0,78% respectivamente. Devida a ausência de
dados exatos do sistema de drenagem, adota-se que 70% das vias pavimentadas possuam
drenagem, assim, o sistema de drenagem urbana do Município de Belém possui 731.741,39m de
extensão. O sistema de obra de artes especiais é composto por 155 pontes, 119 passarelas, 68
estivas e 37 comportas.
30,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

Hídirca (%) População (%) Área (%)

Figura 14 Abrangência hídrica, populacional e por área das bacias de drenagem no Município de Belém.
Fonte: Elaborado pelo autor.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 15 Mapa das bacias hidrográficas do Município de Belém.


Fonte: CODEM, 2008.

1.2.1 Bacia do Una


A bacia do Una é uma bacia já urbanizada e saneada, em que atingiu uma população total
de 543.543 pessoas, dos quais 187.404 residentes em áreas alagadas. O seu projeto envolveu a
execução de um conjunto de obras agrupadas em três grandes sistemas: viário, drenagem e
esgotamento sanitário.

O sistema viário da bacia do uma inclui 439,47km de vias pavimentadas, divididas em


380,24km revestimento CBUQ e 59,23km de blokret. As vias em blokret encontram-se nas
margens dos canais e algumas alamedas. Seus canais estão inseridos no seu sistema de
macrodrenagem que é composto por 19,40km de canais distribuídos em: 7,54km com seção
trapezional, revestidos lateralmente com gabião; 5,24km de canais em seção retangular,

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

revestidos com argamassa armada ou concreto; 6,62km de canais sem revestimento (talude
natural).

Fazem parte do conjunto de obras de artes especiais da bacia do Uma: 39 unidades de


pontes, 36 unidades de passarelas 07 unidades de estivas, comportas 24. Conforme a Erro!
Fonte de referência não encontrada., o sistema de microdrenagem da bacia do Uma é
composto por: 49,78km de galerias tubulares com diâmetros entre 0,4m a 1,2m; 19,26km de
ramais de galerias celulares de seção 1,50 x 1,50m²; 90,75km de canaletas retangulares;
19,500km de sarjetas; 903 poços de visita; 2.303 bocas de lobo; 1.186 caixas coletoras.

Figura 16 Bacia do Una.


Fonte: SESAN, 2018.

1.2.2 Bacia da Estrada Nova


A Bacia da Estrada Nova encontra-se na fase de conclusão de obras, tem uma extensão
aproximada de 9,36 km², sendo a quinta maior bacia da cidade de Belém, com 72,70% do solo
constituído de áreas inundáveis pelos efeitos das marés e/ou das chuvas constantes da região.
Nessa área moram mais de 250.000 pessoas, cerca de 15,60% da população do Município de
Belém.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Atualmente o seu sistema viário possui 130,70km de vias pavimentadas, destas, 96,70km
possuem revestimento tipo CBUQ e 34,00km de blokret, porém está sendo elaborado mais
30.050km de pavimentação de vias. Ao todo se têm 12 unidades de pontes para veículos e 28
unidades de passarelas para pedestres.

A macrodrenagem urbana da bacia divide-se entre canais abertos e galerias, e somam


9,703km de extensão, além de uma bacia de detenção. O sistema de drenagem ainda é composto
por: 17.348km de rede de microdrenagem; 671 bocas de lobo; 718 poços de visitas; e, 5
compostas.

Figura 17 Bacia da Estrada Nova.


Fonte: SESAN, 2018.

1.2.3 Bacia do Tamandaré

A Bacia da Tamandaré é constituída pelo canal da Tamandaré com extensão de


1.270m. Possui área total de 1,74 km² e área alagável de 0,63 km², o equivalente a
36,21% de sua área total. A bacia fica na parte mais antiga da cidade, grande parte dela
foi aterrada já nos primeiros séculos de ocupação, no processo de urbanização motivado
pelo crescimento econômico da cidade no período colonial (PAIVA, et al. 2012).

A partir da intervenção/canalização no córrego Tamandaré, a Bacia da Tamandaré passou


a pioneira na prevenção sanitária Municipal, encontra-se totalmente concluída e possui uma
extensão territorial de 227,58 m². Conforme A bacia da Tamandaré abrange os bairros da Cidade
Velha, Batista Campos e Campina e tem uma característica mais comercial apesar de mais de
36.919 pessoas morarem nessa área.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Bacia do Tamandaré - Abrangência territorial

Cidade Velha
40,92% 44,57%
Batista Campos
Campina

14,51%

Figura 18 Abrangência Territorial da bacia do Tamandaré.


Fonte: SESAN, 2018.

O sistema de drenagem, da bacia do Tamandaré possui um canal com 1.320km de


extensão, 23,69km de rede de microdrenagem e 05 comportam. Atualmente o seu sistema viário
possui 35,48km de vias pavimentadas, destas, 33,85km possuem revestimento tipo CBUQ e
1,63km de blokret. Ao todo se têm 06 unidades de pontes para veículos e 03 unidades de
passarelas para pedestres, além de área verde.

Figura 19 Bacia do Tamandaré.


Fonte: SESAN, 2018.

1.2.4 Bacia do Reduto


A bacia do Reduto possui uma área de 99,76 km² e localiza-se na primeira légua
patrimonial da cidade de Belém, abrangendo três bairros da cidade, Reduto, Umarizal e Nazaré.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

A bacia do reduto é situada na primeira légua patrimonial, em uma mistura de área comercial e
residencial na área nobre (uma das primeiras áreas a passar intensamente pela verticalização),
com uma densidade populacional baixa de 144,51hab./km².

―O bairros do Reduto e Umarizal pertencem ao antigo Igarapé das Almas (situado no


Umarizal) e o antigo Igarapé da Fábrica (situado no bairro do Reduto)‖ (DIAS, RODRIGUES e
SILVA 2017). O sistema de drenagem da bacia do Reduto possui 585 km de canais e 12 km de
rede de microgrenagem, 08 compostas, sendo duas no Canal do Reduto e 06 no canal da Doca.
Além disso, possuem 07 pontes e 04 passarelas, mais 17,53km de vias pavimentadas, dentre
estas 97,80% correspondem a vias pavimentadas com CBUQ e 2,20% de vias com pavimento
blokret/cimentado. O seu sistema de obras de arte especiais é composto por 04 (quatro) pontes e
08 (oito) comportas.

Figura 20 Bacia do Reduto


Fonte: SESAN, 2018.

1.2.5 Bacia do Tucunduba


A bacia do Tucunduba é a segunda maior bacia da Belém, está localizada na região sul da
cidade ocupando uma de área 1.208,28 km, destacando-se a sua densidade populacional com

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cerca de 217.169 hab/km2, estendendo-se nos bairros de São Braz, Marco, Canudos, Guamá,
Terra Firme, Curió Utinga e Universitário.

O sistema de drenagem da bacia do Reduto possui 14.720,00 km de canais e 79,13 km de


rede de microgrenagem, e 145.77 km de vias pavimentadas, dentre estas 32.722 km
correspondem a vias pavimentadas com CBUQ e 113.05 km de vias com pavimento
blokret/cimentado, encontra-se em fase de implantação e finalização de obras. No que diz
respeito às obras de artes especiais, a bacia do Tucunduba não possui comportas, porém contém
26 pontes, 33 passarelas e 24 estivas.

Figura 21 Bacia do Tucunduba.


Fonte: SESAN, 2018.

1.2.6 Bacia do Murucutum


A Bacia do Murucutum possui áreas de 3.015,60 km2, onde parcialmente está inserida
uma Área de Proteção Ambiental- APA do território de Belém. Sua contribuição populacional é
de 39.360 hab/km2, corresponde integralmente aos bairros do Marco, Sousa, Castanheira,
Guanabara, Universitária e Curió Utinga, este último onde se encontram o Parque Estadual do

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Utinga e os lagos Água Preta e Bolonha, responsáveis por maior parte do abastecimento de água
da cidade.

O Sistema viário da bacia do Murucutum recentemente encontra-se em pavimentação


2,91% de revestimento em CBUQ de 32.721m e Blokret em 145.771m. A rede de drenagem está
em 22,54 km com dimensão do corpo hídrico de 22.627 km. O seu sistema de obras de artes
especiais é composto por 04 (quatro) pontes, 05 (cinco) passarelas e 09 (nove) estivas.
Atualmente a bacia do Murucutum se encontra em fase de execução de obras nos sistema de
drenagem e viário.

1.2.7 Bacia do Aurá


A bacia do Rio Aurá é a terceira maior bacia da Região Metropolitana de Belém, com
distribuição geográfica incluindo parte dos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba,
Benevides, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará, além dos distritos de Icoaraci e
Mosqueiro (BRASIL, 2010; VASCONCELOS, 2010). Sua área é de aproximadamente 3.579
km2 com maior cobertura de floresta e onde funcionou o antigo lixão do Aurá. A bacia engloba
no Município de Belém, os bairros de Águas Lindas, Souza e parte do Curió Utinga, com área de
17.166 km2 de contribuição e cerda de 47.362 habitantes residem na região.

A bacia do rio Aurá é formada por uma extensa malha de canais e igarapés
interconectados, além do canal principal que desemboca no rio Guamá, de onde a
COSANPA realiza captação de água a partir de uma estação adutora localizada menos
de 200 metros à jusante da foz do rio Aurá (SIQUEIRA e APRILE 2017).

A bacia do Aurá não dispõe de infraestrutura de macrodrenagem, sendo assim, no total


têm-se 17.166 km de corpo hídrico natural. O sistema de drenagem da bacia do Aurá dispõe de
30,55 km em rede de drenagem, a abrangência de pavimentação é de 4,62% das vias são
pavimentadas por CBUQ 43.637 m e Blokret em 22.892 m. Não possui sistema de obras de artes
especiais.

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Figura 22 Bacia do Aurá.


Fonte: SESAN, 2018.

1.2.8 Bacia do Val de Cães


A bacia hidrográfica de Val-de-Cães, situada na porção norte do Município de
Belém, apresenta como características a densa ocupação urbana, representada pelas
ocupações clandestina e pelos conjuntos residenciais (CDP e Promorar), além da
ocupação por áreas institucionais (MARANHÃO 2007).
A bacia de Val-de-Cães estenda-se área de 1.161,60 km2 no municio de Belém, se
caracterizando por ocupações clandestinas, conjuntos habitacionais e as institucionais; Base
Aérea da cidade, Infraero e Base Naval de Val-de-Cães, percorre pelos bairros de Parque Verde,
Bengui, Val-de-Cãns, Maracangalha, Miramar, Mangueirão, São Clemente e Pratinha, com
contribuição de 151.684 hab/km2.
As principais vias rodoviárias da cidade são encontradas na bacia, dentre elas a Rodovias
Arthur Bernardes, Avenida Júlio César, Rodovia dos Trabalhadores, Rodovia Augusto
Montenegro e Avenida Pedro Álvares Cabral. O Sistema viário de 119.82 km2 pavimentado, no
qual 83.245m são de pavimentação CBUQ e 36.57m de outra parte de blokret ou cimento. O
sistema de drenagem da bacia, possui uma extensão hídrica de 7.537km2, com cerca de 57,27km2
de rede de drenagem. . O seu sistema de obras de artes especiais é composto por, somente, 04
(quatro) pontes.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 23 Bacia do Val-de-Cães.


Fonte: SESAN, 2018.

1.2.9 Bacia do Mata Fome


A Bacia do Mata fome está localizada ao norte do município de Belém e abrande o
Distrito Admirativo do Bengui e os bairros São Clemente, Pratinha e partes da Pratinha e
Tapanã, com 8.387,00km de canais, uma área de 535,03m2 e ocupada cerca de 141.98 hab, com
índice maior de família de baixa renda.

A produção do espaço urbano na Bacia do Mata Fome em Belém, remonta à


década de 1980, quando o Estado passou a construir conjuntos habitacionais por meio
da Companhia de Habitação (COHAB) e do Instituto de Assistência dos Servidores do
Estado do Pará (IPASEP). Antes disso, na década de 1970, algumas indústrias,
principalmente pesqueiras e madeireiras se instalaram na referida bacia. Também na
década de 1980, surgem as ocupações espontâneas (SILVA e LUZ 2016).
Por a bacia, sofrer ocupação desordenada, as condições de saneamento básico são
precárias e as construções de moradias irregulares na margem no leito da bacia têm contribuindo
para aumento dos processos erosivos, causando assoreamento do igarapé, influenciando nas
constantes inundações. O sistema de viário totaliza em 41.520m, destes 13.007m são de
revestimento tipo blokret/cimento e 28.512m de CBUQ. O canal do mata fome, tem uma
extensão de 8.387 km2, apenas 19,96km de rede de drenagem. O seu sistema de obras de artes
especiais é composto por 11 (onze) pontes, 01 (um) passarela e 01 (um) estiva.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 24 Bacia do Tamandaré.


Fonte: SESAN, 2018.

1.2.10 Bacia do Cajé


A bacia do Cajá localiza no norte do município de Belém, com território de 22m2 cerca
de 69.554 pessoas habitam na região da bacia e abrange apenas o bairro do Tapanã. Por ser umas
das bacias menores do município, o sistema viário estende-se por 14.035m2 de pavimentação,
deste CBU 9.575m2 e Blokret 4.578m2. O sistema de drenagem da bacia do Cajé possui uma
extensão de 1.809km e rede de drenagem de 6,62km. Não possui sistema de obra de artes
especiais.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 25 Bacia do Cajé.


Fonte: SESAM,2018.

1.2.11 Bacia do Arri Bolonha


A Bacia Hidrográfica do Ariri situa-se ao norte com área territorial de 245,81m2, é
responsável pela limitação natural entre os municípios de Belém e Ananindeua. Os córregos da
bacia abrangem os bairros do Una, Coqueiro e Cabanagem na cidade de Belém. A característica
urbana na bacia se classifica de aglomerado subnormal, com cerca de 27.074 habitantes .

Apesar da infraestrutura existente não ser suficiente para abastecer as


necessidades da população, seus bairros constituintes são predominantemente urbanos,
com malha viária consolidados, com suporte de comércios, indústrias e residências,
sendo esses fundamentos plausíveis para a constatação desse fato (REIS 2017).
2
As redes viárias da bacia do Ariri constam em pavimentação de 39.517m , deste são em

tipo de revestimento em CBUQ de 16.439m e de blokret em 23.078m. A bacia do Ariri possui o


canal com extensão 9.867km, com rede drenagem de 11,5 km e por ser insuficiente, os
alagamentos constantes ao torno da bacia. . O seu sistema de obras de artes especiais é composto
por 05 (cinco) pontes, 06 (seis) passarelas e 01 (um) estiva.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 26 Bacia do Arri-Bolonha


Fonte: SESAN,2018.
.

1.2.12 Bacia do Anani


A bacia do Anani tem 836,62 m2 de área, incluindo os bairros Água Negra e Tenoné. Sua
população se estima em 71.730 pessoas. O sistema viário, com extensão de pavimentação em
21.171m2, com CBU de 14.508m e blokret 4.766 m. O sistema de drenagem urbana da bacia, se se
estende por 4,666 km de extensão de canal e cerca de 10,16 km, apresentam rede de drenagem. O
sistema de obras de artes especiais é composto por 01 (uma) ponte e 01 (uma) passarela).

Figura 27 Bacia do Anani. Fonte: SESAN, 2018.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

1.2.13 Bacia do Outeiro


A bacia do Outeiro tem uma área total de 494ha. Abrange o bairro de Maracacuera,
pertencente do Distrito Administrativo de Icoaraci, com cerca de 10.079 hab. A bacia do Outeiro
percorre em um canal de extensão de 4.389 km e de rede de drenagem apenas de 4,48 km, mais
11.17 km de vias pavimentadas, dentre estas a vias pavimentadas com CBUQ 6.405m e 4.766 m
vias com pavimento blokret/cimentado. O seu sistema de obras de artes especiais é composto
por 04 (quatro) pontes.

Figura 28 Bacia do Outeiro.


Fonte: SESAN,2018

1.2.14 Bacia do Paracuri


A bacia do Paracuri, localizada no noroeste da cidade de Belém, com 1.617km² de
extensão territorial, sendo 1,02 km² (6,99%) de área alagável e 13,58 km² (93,01%) de não
alagável (GOMES, 2014). Pertence ao Distrito Administrativo de Icoaraci, abrangendo os
bairros de Paracuri, Agulha, Parque Guajará, Tapanã, Parque Verde e Ponta Grossa. Possui uma
população estimada de 230.000 habitantes, com densidade populacional de 73,11hab/ha, com um
total de 118.244 habitantes morando em condições precárias.

O sistema de drenagem, da bacia do Paracuri, possui um canal de 16.468 km 2 e destas


52,32 km em rede de drenagem. O seu sistema viário de 132.785km/m2 de vias,
aproximadamente 9,23%. O seu sistema de obras de artes especiais é composto por 24 (vinte e
quatro) de pontes, 04 (quatro) passarelas e 20 (vinte) estivas.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 29 Bacia do Paracuri


Fonte: SESAN,2018.

2 Dificuldades e remediação na operação dos sistemas


A dinâmica urbana é movida por meio do aumento populacional na cidade, Belém é a
cidade mais populosa do Estado do Pará, atualmente 99,14% da sua população vive na área
urbana (IBGE 2010). Porém, os serviços básicos municipais possuem dificuldades para
acompanhar esta demanda, seja por falta de recursos financeiros ou pessoais.

2.1 Sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais


As dificuldades enfrentadas pelo Município de Belém, frente aos sistemas de drenagem
urbana e manejo de águas pluviais, constituem-se os mesmos ao longo dos anos, alterando as
suas quantidades. Estes conjuntos de carências são trabalhados na SESAN – Secretaria
Municipal de Saneamento, apresentam-se a seguir:
 Ocupação indevida do leito dos canais;
 Assoreamento dos canais e galerias;
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

 Galerias existentes apresentando defeitos de ordem executiva e


subdimensionamento da seção de vazão, especialmente aquelas construídas ha décadas, com
utilização de outros parâmetros hidráulicos, hoje superados;
 Ligações clandestinas e de afluentes com tratamento inadequado para as galerias
de aguas pluviais, poluindo os recursos hídricos;
 Lançamento de resíduos só1idos (lixo) nos canais a céu aberto e caixas de
drenagem pela população desinformada ou desprovida de espaço físico ou condições materiais
para reter o lixo enquanto aguarda a coleta em dias alternados;
 Desaparelhamento das equipes responsáveis pela manutenção do sistema de
drenagem;
 Utilização de métodos de desobstrução ineficientes, quase que exclusivamente
manuais, e em condições insalubres;
 Ausência de programa sistemático de manutenção, obedecendo a rotinas pré-
estabelecidas.

2.2 Sistema de comportas


As dificuldades enfrentadas pelo Município de Belém, frente aos sistemas de controle /
comportas, constituem-se os mesmos ao longo dos anos e são classificados como a
vulnerabilidade a falhas de operação. Estes conjuntos de carências são trabalhados na SESAN –
Secretaria Municipal de Saneamento, apresentam-se a seguir:
 Capacidade de operacionalização – mão de obra qualificada;
 Desaparelhamento das equipes responsáveis pela manutenção do sistema;
 Metodologia de abertura e fechamento escrito;
 Plano de contingência;
 Equipamento necessário à execução dos serviços;
 Ferramenta necessária;
 Ausência de programa sistemático de manutenção, obedecendo a rotinas pré-
estabelecidas.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

3 Descrição do sistema a ser operado e mantido

3.1 Drenagem urbana e manejo de águas pluviais


A Prefeitura Municipal de Belém é institucionalmente responsável pela operação,
conservação e manutenção, direta ou indiretamente, através de terceiros, das vias urbanas e de
todo o sistema de saneamento (drenagem urbana, abastecimento de água, esgotamento sanitário e
limpeza urbana). Os serviços que fogem do cotidiano da manutenção e operação do sistema de
saneamento básico, como grandes extensões de áreas a serem recuperadas, deverão ser realizadas
licitações para contratação de profissionais especializados, a fim de sanar definitivamente o
problema.

Dentro de tal perspectiva, a Secretaria Municipal de Saneamento - SESAN vem


administrando e supervisionando os serviços de conservação de canais, este serviço é executado,
na maior parte, por firmas especializadas. Os principais itens realizados pela manutenção anual
da macrodrenagem são:

 Dragagem dos canais de grande e pequena vazão; sucção de galerias retangulares e canais
fechados com equipamentos adequados que poderão se movimentar pelas vias marginais
existentes e a serem implantadas;
 Limpeza de taludes naturais dos canais sem revestimentos;
 Limpeza dos taludes e/ou paredes revestidas;
 Desobstrução manual da boca dos canais;

 Sistemas de operação, manutenção e limpeza das comportas.

Os serviços de conservação da rede de microdrenagem que exigem mecanização também


são feitos, na maior parte, por terceiros. Os demais serviços que demandam mão-de-obra não
especializada são feitos diretamente pela SESAN, o órgão executa os serviços, através de
administração direta e ainda conta com a participação de empresas especializadas na manutenção
dos serviços.

Ambos os serviços necessitam de materiais como caminhões e equipamentos de hidro


jateamento. Foram considerados como itens de serviços de maior importância para a manutenção
anual os seguintes:

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

 Limpeza de bocas de lobo e poços de visita;


 Limpeza manual de galerias (recuperação de galerias e demais componentes
do sistema);
 Limpeza manual de valas e canaletas;
 Limpeza de galerias, com equipamentos de alta pressão e a vácuo.

3.1.1 Macrodrenagem
A operação do sistema de macrodrenagem depende, de forma integrada, das chuvas na
bacia (preponderantemente), da operação de suas estruturas associadas, das galerias, e
notadamente da obra de controle dotada de comportas.

Tratando-se de estrutura que proporciona escoamento por gravidade, a operação de


sistema de macrodrenagem é influenciada pela carga hidráulica da obra de controle. Esta carga
pode ser controlada pela abertura e fechamento das comportas. O sistema de macrodrenagem são
compostos por rios, canais a céu aberto ou canalizados e galerias de grande porte.

Alguns córregos no município de Belém, conforme justificativa em projeto, foram


canalizados e conduzidos por galerias. As galerias são de concreto armado constituídas por
células pré-moldadas, com fundos planos intercalados por quedas entre os mesmos. Nelas estão
previstas aberturas com tampas na laje de cobertura, para visitas, de modo a permitir acesso de
homens e equipamentos nas ações de manutenção.

As células de interligações, por aberturas quadradas nas paredes de separação das


mesmas para que funcionem como um único conduto. Terão também aberturas nas paredes
laterais para possibilitar a entrada das ligações com a microdrenagem. As lajes de cobertura com
aberturas para visitas quadradas.

Como o solo escavado para a construção das galerias é constituído por sedimentos com
baixa capacidade de suporte de carga, sendo prevista a substituição de uma camada de 70 cm
abaixo da laje de fundo pelo seguinte:

- Manta geotêxtil para separar o terreno natural escavado da fundação;


- Camada de areia limpa confinada com espessura de 40 cm sobre a manta;
- Geogrelha sobre a camada de areia;
- Lastro de seixo compactado com 25 cm de espessura acima da geogrelha;
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

- Tela eletrosoldada cobrindo a camada de seixo;


- Lastro de concreto magro com duas camadas de 5 cm envolvendo a tela
eletrosoldada.

3.1.2 Microdrenagem
O sistema de microdrenagem do Município de Belém é composto por: poços de visitas –
PV’s, duplos ou simples com dimensões padrões de 1,30mx1,30m; bocas de lobo – BL’s com
dimensão padrão de 1,0mx1,0m; boca de lançamento, com dimensões variáveis, podendo ser
simples, dupla e tripla; caixa de passagem de rede auxiliar; meio fio com sarjeta; meio fim com
tento; sarjetão; tampa de poço de visita; galerias que variam conforme o seu tipo e tamanhos.

Exceto as galerias, todas os componentes da microdrenagem apresentam-se em concreto.


Estima-se que o Município de Belém possui 731,74km de galerias e que os seus diâmetros
variam de 0,40 a 1,20m. Os tipos de galeria também são diferentes na cidade e tiveram essas
alterações de construção conforme época de execução, por exemplo, na época da construção das
primeiras redes de microdrenagem as galerias eram de tijolinhos e algumas permanecem até os
dias de hoje. Posteriormente foram sendo construídas galerias circulares de tubo ármico de aço,
galerias maiores são elaboradas em dimensões retangulares de concreto, obras mais recente na
cidade tem-se a construção de galerias com material Polietileno de Alta Densidade – PEAD.

3.2 Obras de controle - comportas


Os sistemas de obras de controle se comportas construídos no Município de Belém tem
como objetivo permitir o escoamento das águas dos corpos hídricos, águas pluviais e efluentes
das bacias, impedindo o retorno aos canais de água de jusante, provenientes da Baía quando
ocorre a elevação da maré.

As compostas podem ser utilizadas a fim de permitir a limpeza dos canais quando não há
o volume suficiente de água proveniente da precipitação pluviométrica, a partir da manobra das
comportas, visto que os sistemas permitem a operação dos canais mesmo com o nível elevado da
maré.

As obras de controle – comportas, constituem-se na remoção de resíduos que podem


danificar ou dificultar o funcionamento das comportas; na execução dos serviços de manutenção
das peças e instalações e na programação de abertura e fechamento das comportas. No município
existem várias unidades com mais de um tipo de comportas, ao total são:
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

- Comportas da bacia do Una – dois conjuntos de comportas: um situado no final


do canal do Una com 18 unidades tipo vagão com acionamento eletro mecânico e
outro conjunto de comportas do mesmo tipo ao final do canal do Jacaré com 7
unidades tipo vagão com acionamento eletro mecânico;
- Comportas da bacia do Reduto – dois conjuntos de comportas: um no final canal
da Doca, com seis unidades tipo ―flap‖ circular, e outro conjunto de comportas ao
final do canal do Reduto com 02 unidades tipo ―flap‖ retangular;
- Comportas da bacia do Tamandaré – conjunto com 05 unidades tipo ―flap‖
circular situados ao final do canal do Tamandaré;
- Previsões:
o Comportas da bacia da Estrada Nova – conjunto de três comportas planas
horizontais metálicas situadas na Avenida Bernardo Sayão.

3.2.1 Tipo vagão com acionamento eletro mecânico – Bacia do Una


A bacia do Una tem como principal ponto de lançamento de suas águas na Baía do
Guajará, a elevação da maré da Baía do Guajará, duas vezes por dia, provocava um constante
alagamento de todas as terras baixas e as alagáveis. Com a finalidade de impedir a entrada das
águas da maré e permitir o escoamento das águas da Bacia do Una, há dois conjuntos de sistemas
na bacia. Um situado a jusante do canal do Una e outro à jusante do canal do Jacaré. O sistema
de comportas do Jacaré serve como sistema alternativo para escoamento do canal do Una.

O sistema de controle da bacia do Una é composto por:

 Cerca flutuante;
 Sistema óleo hidráulico de acionamento
- Cilíndros hidráulios;
- Central óleodinâmica;
- Motores elétricos;
- Dispositivos de comando e controle.

3.2.1.1 Canal do Una

a. Cerca flutuante

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

A cerca flutuante tem a função de reter todo o luxo flutuante no sentido de saída do canal
e entrada para a baía, com o intuito de aliviar o trabalho de limpeza da ―máquina limpa grades‖
das comportas. O sistema de retirada do lixo flutuante é constituído de guindaste giratório
equipado ―clamshell‖.

A cerca flutuante é composta por 12 (doze) módulos de 3.800m (três mil e oitocentos) de
comprimento por 2.500mm (dois mil e quinhentos) de largura, 110m (cento e dez) de abo de aço
para fixação dos módulos da cerca e 04 (quatro) conjuntos de peças fixas para ancoragem da
cerca de concreto. A cerca totaliza 45,60m (quarenta e cinco vírgula sessenta).

Cada módulo possui 10 (dez) tambores plásticos, tipo polímero, de 200 (duzentos) litros
casa, dispostos em 02 (duas) fileiras de 05 (cinco) tambores, travados por uma estrutura de
madeira de primeira qualidade aparelhada, livre de nós, composta de caibros e tábuas com
fixação por ferragens do tipo parafusos com arruelas e porcas, cintas e pregos.

a.1. Cabos de aço

A cerca flutuante é articulada por 02 (dois) seguimentos de cabo de aço com diâmetro de

(35mm). Os cabos são apoiados em 03 (três) pontos de cada lado dos módulos da cerca. As
extremidades são fixadas às peças de ancoragem através de abraçadeiras. Os cabos de aço são
devidamente tracionados por caminhão, garantindo que a tensão absorva oscilação do nível
d’água de até 3,00m.

a.2. Peças fixas para ancoragem

As peças fixas de ancoragem são chumbadas em concreto e são constituídas de chapa de


50mm de espessura e tarugos de 50mm de diâmetro de aço carbono ASTM A 36.

a.3. Tambor

Os tambores são plásticos, polímero, vedado, medindo 900mm de comprimento e 580mm


de diâmetro, com capacidade d 200l.

b. Sistema de óleo hidráulico

o sistema de óleo hidráulico promove o acionamento das comportas tipo vagão

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

b.1.Central hidráulica

Por meio da central hidráulica ocorre o controle da velocidade da comporta na abertura e


no fechamento. Há também a válvula de alívio de pressão para não permitir sobrecarga na haste
do cilindro e no fechamento (compressão da haste).

b.2.Cilindro hidráulico

Os cilíndros são alimentados por uma única central óleohidráulica, esta é equipada com
03 (três) bombas idênticas. Os cilindros são situados verticalmente no topo da estrutura de cada
comporta, através no seu cabeçote dianteiro.

Os cilindros hidráulicos são interligados com a central hidráulica por meio de barrilete de
pressão e outro de retorno com o comprimento aproximado de 30 (trinta) metros. Cada cilindro
(comporta) tem acionamento individual, ou seja, um conjunto de válvulas de comando para cada
cilindro. Os cilindros exercem um esforço na abertura e no fechamento da comporta de 70kN.

Os clindros são do tipo de ―Mill type‖ e a sua pressão de trabalho no cilindro não deve
ultrapassar 20 (vinte) Mpa.

b.3.Central de óleodinâmica

A pressão de trabalho no circuito é limitada ao valor correspondente ao máximo de


20Mpa no cilindro hidráulico. O seu reservatório tem capacidade suficiente para armazenar um
volume de óleo igual a 1,5 vezes a soma do volume líquido contido nos cilindros (volume do
tubo menos volume de haste), mais o volume contido nos trechos da tubulação de interligação a
cima do nível normal de operação.

O reservatório possui abertura para inspeção, bocal com filtro de ar para enchimento e
ventilação, dreno com tampão magnético, visor de nível com escala graduada, filtro no bocal de
retorno do óleo de fácil remoção de limpeza ou troca, e, indicador de temperatura.

A central oleodinamica possui 03 (três) grupos moto-bombas idênticos. As bombas serão


dimensionadas de forma que suas vazões sejam somadas na medida que um número maior de
comportas seja acionado simultaneamente; o conjunto de 03 (três) bombas deverá ter capacidade
para acionar as 18 (dezoito) comportas ao mesmo tempo. O comando para entrada da 2ª e 3ª
bombas será automático sincronizado com o comando de movimento das comportas.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

O sistema foi projetado para operar com óleo mineral com viscosidade maior ou igual a
90 (noventa) conforme norma ISO 3448VG46.

Cada uma das comportas será acionada por 01 (um) cilindro hidráulico comandado pela
central oleodinâmica. Cada cilindro terá um conjunto de válvulas para controle do seu
movimento.

As válvulas de controle serão instaladas em um painel; os dispositivos de acionamento


deverão ser facilmente acessíveis, claramente identificados e protegidos adequadamente para
evitar operações acidentais.

Nas tubulações do sistema oleodinamico as tensões não deverão exceder a um sexto do


limite de resistência a tração dos materiais.

Tabela 29 Valores de velocidade do óleo nas tubulações.


Linhas de pressão 4 m/s
Linhas de succção e retorno 2 m/s
Condições de fechamento 6 m/s

Tubos e conexões de diâmetro superior a 50 mm terão ligações por solda de topo ou tipo
soquete soldado. Para diâmetros iguais ou menores as ligações serão roscadas ou tipo
―ERMETO‖.

As características construtivas, valores nominais e desempenho dos motores elétricos são


conforme as normas NBR 7094 e demais normas aplicáveis da ABNT, de acordo com as quais
são projetados, fabricados e ensaiados. Onde a ABNT for omissa, deverão atender aos requisitos
da norma NEMA MG1-25E.

Os motores deverão ser do tipo de indução com rotor em gaiola, categoria B da ABNT.

b.4.Dispositivos e comando de controle


 Capacidade dos Contatos para Circuitos de Supervisão e Controle

Os contatos dos relés auxiliares, chaves de controle e demais equipamentos utilizados no


sistema de controle e proteção possuem desempenho conforme prescrito na norma NBR 7098 e
as seguintes características mínimas:

- Nível de serviço (NBR 7098) .......................................................... IIIA


- Capacidade de estabelecimento (L/R ≤ 0,04s) ................................ 30ª/200ms
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

- Capacidade de interrupção em 125 Vcc (L/R ≤ 0,04s) .................... 1A


- Capacidade de interrupção em 220 Vca (L/R ≤ 0,04s) .................... 10A
- Corrente nominal .............................................................................. 5A
- Capacidade de curta duração (1s) ..................................................... 50A
- Número de operações com carga ...................................................... 10.000
- Nível de serviço (NBR 7098) ............................................................ IIB
- Capacidade de estabelecimento (L/R ≤ 0,04s) ................................... 20A/40ms
- Capacidade de interrupção em 125 Vcc (L/R ≤ 0,04s) ....................... 0,2A
- Capacidade de interrupção em 250 Vca (L/R ≤ 0,04s) ........................ 2A
- Corrente nominal .................................................................................. 1ª
- Capacidade de curta duração (1s) ......................................................... 10A
- Número de operações com carga ...................................................... 10.000

Os contatos, quando abertos, suportam a tensão do ensaio dielétrico especificada pela


norma NBR 7116, para classe de tensão de isolamento de 500V (quinhentos volts) – série A
(1.500, 60Hz/min).

 Blocos de Terminais

As conexões externas de equipamentos com os diversos componentes elétricos são feitas


através de blocos de terminais.

A tensão nominal de isolamento dos blocos de terminais é de 500V (quinhentos volts) e a


corrente mínima em regime permanente é de 30A (trinta ampères). São utilizados conectores
separados interligados através de ponte interna para conexão dos condutores.

A disposição dos conectores é feita observando-se o arranjo dos componentes elétricos e


o destino dos cabos de controle.

 Fiação

Os cabos estão de acordo com as normas NBR 6880 e NBR 7289 ou NBR 7290 e demais
normas aplicáveis.

A fiação é alojada em canaleta. Onde não é possível, os fios e cabos são agrupados em
chicotes compactos adequadamente amarrados e suportados, estendidos em linha tão reta quanto
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

possível, horizontal e verticalmente, com curvas em ângulo reto de pequeno raio, não inferior ao
raio mínimo de qualquer cabo integrante do chicote.

Não são admitidas emendas de cabos entre terminais dos equipamentos e as réguas de
terminais. Todos os condutores são identificados de acordo com o circuito a que pertencem.

b.5. Comando de controle

O quadro de comando das comportas contem todos os componentes, como relés,


contadores, dispositivos de alarme e sinalização necessários para o seu correto funcionamento e
perfeito controle da central óleodinâmica das comportas.

Assim, o quadro de controle e comando local é alimentado e controlado por motores de


indução, 380VCA, 10 kW, 60Hz. O comando é local com botoneira, em cada comporta, com as
três funções: abrir; parar; e, fechar. A sinalização local de abertura e fechamento de comportas é
luminosa em cada comporta e ocorre por meio sinal através de um sensor indutivo ou chave
limite, a sinalização luminosa e sonora de variação do nível da água através de sinal de um
sistema de boias.

b.6.Bombas elétricas

Existem 03 (três) bombas idênticas que funcionam em série, cada bomba tem a
capacidade de atender simultaneamente a 06 (seis) cilindros. Quando necessário, a 2ª e a 3ª
bombas são ligadas.

3.2.2 Comportas tipo FLAP – Bacia do Tamandaré e Reduto


As comportas tipo FLAP são a maneira mais simples de se prevenir o retorno do fluxo de
água para tubos ou aberturas. O projeto da comporta é tal que, independentemente do tamanho,
um pequena vazão abrirá a comporta sob pressão negativa e a manterá fechada para pressão
positiva. Dobradiças evitam o contato metal-metal, reduzindo, portanto, o atrito e facilitando a
operação. Mesmo se o flap não for atuado por um longo período de tempo, não existe risco de
que suas dobradiças enferrujem ou emperrem.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

3.2.3 Comportas da Bacia da Estrada Nova

A obra de controle está prevista e possibilitará a interrupção do fluxo de água no sentido


Guamá – Sub-bacia 01, quando os níveis das marés do Guamá estiverem altos. Por outro lado,
quando as marés baixarem, comportas serão abertas permitindo o fluxo no sentido inverso (da
Sub-bacia 01 para o Guamá). A obra é constituída por três estruturas:

a. Estrutura de saída da Galeria de Descarga


b. Estrutura de Controle
c. Estrutura de deságue no Guamá

a. Estrutura de Saída da Galeria de Descarga

No final da galeria de descarga existem ranhuras para o conjunto constituído por grades
de aço e stop-logs.

As grades de aço impedem que materiais de maiores dimensões, que acidentalmente


penetrem nas galerias de drenagem sejam depositados nos poços de acesso ás comportas. Esta
estrutura conta com 6 (seis) grades com largura de 1,45 m e 4 m de altura.

Os stop-logs, de madeira possibilitam o fechamento de 6 (seis) células, sendo


constituídos por 4 módulos superpostos de 1,44 m de largura por 1 m de altura. Eles permitem a
interrupção do fluxo, e isolamento da obra de controle, quando se fizer necessário para limpeza.

b. Estrutura de Controle

A obra de controle de níveis, propriamente dita, contempla o sistema de abertura e


fechamento da macrodrenagem por 3 (três) três comportas planas horizontais metálicas. As
comportas têm dimensões quadradas de 2,5 m X 2,5 m, para funcionar com duplo sentido de
fluxo e acionamento elétrico e/ou automático. Esta estrutura é dotada de ponte rolante com
capacidade de içamento e movimentação de 10 toneladas.

O prédio que obriga os equipamentos hidromecânicos, elétricos e de automação (Centro


de Controle Operacional) tem paredes de alvenaria e janelões de vidro, com dimensões externas
de 9,80 m X 9,62 m, e altura média de 6,67 m. Os níveis da água á jusante e a montante das

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

comportas são controlados e monitorados com auxílio de réguas milimetradas e tubos de


medição de níveis com relés para transmissão de informações. Para acesso ao fundo do poço da
estrutura de controle existem duas escadas.

c. Estrutura de deságue no rio Guamá

Trata-se de um trecho de galeria com extensão de 35 m, á jusante da obra de controle.


Esta galeria é constituída por 3 (três) células paralelas de concreto armado, quadradas 3 m X
3m. No seu início existem 6 (seis) grades para interceptar o material de maiores dimensões
carreados pelo Guamá, impedindo a entrada no poço onde estão instaladas as comportas. A obra
conta também com stop-logs para fechamento do poço por jusante.

3.2.4 Bacia do Tamandaré e Reduto

As bacias do Tamandaré e Reduto possuem comportas tipo flap que são acionadas pelo
movimento das marés. Abertura quando em baixa mar e fechamento quando em preamar. Há um
conjunto de grades à montante e à jusante para retenção de material de maiores dimensões e
posterior retirada. Sendo assim, não possuem disparo elétrico, as comportas estão situadas ao
final do Canal da Doca, canal do Tamandaré e Canal do Reduto.

4 Operações e manutenção do sistema de drenagem urbana


A fim de compreender o funcionamento dos sistemas de drenagem urbana, viário e obras
de artes especiais. Este título contém as necessidades mínimas para a boa execução dos sistemas
desde a organização das suas atividades de operação até as características principais de cada
sistema, bem como uma descrição sucinta de seus componentes.

4.1 Operação e manutenção preventiva dos sistemas de drenagem urbana


Deverão ser realizadas no mínimo duas limpezas preventivas por ano nos meses de
outubro e maio. Poderão ser realizadas outras limpezas poderão ser realizadas desde que a
direção de Operação e Manutenção identifique serem necessárias em seus relatórios de operação
e manutenção.

4.1.1 Inspeções aleatórias e de emergência


Inspeções aleatórias devem ser feitas, esporadicamente, pelos Engenheiros da SESAN
para verificar o estado das galerias, das estruturas, dos procedimentos de manutenção em curso e
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

as providências tomadas para as ações de emergência. O Engenheiro deverá inspecionar todas as


situações de potencial emergência. Os relatórios de inspeção deverão ser elaborados pelos
engenheiros que fizeram as respectivas inspeções, devendo fazer os comentários e dar as
instruções necessárias para qualquer ação que seja necessário tomar; a pessoa responsável para
executar as ações especificadas no relatório deve ser nomeada para tal tarefa e deverá ser
identificada no relatório.

Normalmente, as situações de emergência não acontecem sem, previamente, haver sinais


observáveis, que quando detectados permitem a elaboração de um plano que visa a Manutenção
Corretiva ou de Emergência. Brechas causadas por cheias podem ser previstas, na maioria das
situações, com várias horas de antecedência e as equipes de operação e manutenção deverão
assegurar a observação destes sinais e alertar para a necessidade de reparação urgente.

4.1.1.1 Procedimentos Básicos de Segurança para Realização de Vistorias Técnicas

Para a realização das vistorias em ambientes confinados é necessário a execução de


diversos procedimentos de segurança, pois trata-se de um trabalho de alto risco, em função da
presença de gases tóxicos, armaduras expostas, buracos profundos, obstruções, etc.
Para que os resultados técnicos da vistoria sejam satisfatórios é importante a presença
constante de um engenheiro especializado em patologia de concreto, que será o responsável pela
coordenação dos trabalhos.
A seguir são estão relacionados procedimentos que visam garantir a segurança e
integridade física dos vistoriadores.

4.1.1.2 Inspeções de Rotina

4.1.1.2.1 Macrodrenagem
- Os investigadores deverão estar clinicamente aptos para a realização dos
trabalhos;
- Deverão portar macacão sanitário, botas de borracha (preferencialmente até a
virilha), máscara de filtro combinado para gases tóxicos e partículas suspensas,
luvas de PVC e lanternas;
- A equipe deverá ser a menor possível, recomendando-se a entrada na galeria de
quatro pessoas. Duas irão à frente, com a finalidade básica de garantir a segurança
da operação;
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

- As pessoas deverão carregar um bastão com 1,50 m de comprimento, testando


constantemente o fundo da galeria. Uma destas pessoas deverá carregar um
aparelho detector de gases tóxicos. Os trabalhos técnicos e ensaios serão
desenvolvidos somente pelos dois vistoriadores, que vem logo a seguir à equipe
de segurança.
- A entrada na galeria é feita através de escadas colocadas convenientemente nos
poços de visita, abertos previamente para ventilação.
- Caso necessário deve-se acionar sistema de ventilação forçado na galeria;
- O sentido da vistoria será sempre de montante para jusante, acompanhando a
corrente da água, que dobra as pontas de ferro, facilitando o pisar sobre eventuais
ferragens expostas;
- Deverá ser executado um plano de resgate por emergência, contando para isto
com o Corpo de Bombeiros, se possível;
- O aparelho detector de gases deverá estar devidamente calibrado para dar alarme
quando necessário. Os gases encontrados nas galerias fechadas são: gás sulfídrico,
monóxido de carbono, gases combustíveis e oxigênio.

4.1.1.2.2 Microdrenagem
- Exposição de armaduras se for o caso;
- Aparência da superfície;
- Condição expansão/contração das juntas;
- Assentamento do aterro junto a estruturas;
- Orifício nas sapatas ou colapso destas;
- Fissuras nas peças de concreto;
- Estado da laje de cobertura;
- Estado das juntas de dilatação;
- Acúmulo de sedimento ou qualquer outro tipo de material;
- Crescimento de plantas infestantes, mato e árvores;
- Furos intencionais nas paredes, fundo e/ou laje de cobertura;
- Ocupação não autorizada da faixa de domínio, por qualquer tipo de construção.

4.1.1.2.3 Obra de controle - Comportas


- Alvenaria ou Concreto
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

- Reboco, acabamento das juntas com argamassa e o estado do concreto;


- Rachaduras e a análise da sua possível relação com a estabilidade da estrutura
(rachaduras que são mais largas no topo da parede que no fundo, podem ser um
sinal de assentamento da parede);
- Exposição de armaduras se for o caso;
- Aparência da superfície;
- Condição expansão/contração das juntas;
- Assentamento do aterro junto a estruturas;
- Orifício nas sapatas ou colapso destas;
- Estado do canal a montante e jusante da estrutura de regulação;
- Cavidades de erosão e assentamentos de banquetas e espaldas junto a estruturas;
- Fendas de assentamentos de estruturas que revelem erosão ou, deficiente
compactação ou lixiviação da fundação/material de enchimento.

4.2 Operação e manutenção corretiva dos sistemas de drenagem urbana


Os planos de operação e manutenção incluem o sistema viários, de obra de artes especiais
e o sistema de drenagem urbana que estão divididos em Macrodrenagem e Microdrenagem, e
subdivididos em tipos de serviços. Antes do início de qualquer ação do Plano devem ser
mantidos entendimentos com as lideranças comunitárias da área de influência do serviço,
esclarecendo e solicitando a colaboração e o apoio de possíveis divergências com os moradores.
Além disso, devem ser observadas a integridade dos equipamentos públicos, tais como energia,
telefone, sistema viário, etc., para tanto, devem ser feitas notificações e colaboração com as
autoridades competentes.

Devido à natureza dos serviços, deverá ser dada ênfase especial aos Equipamentos de
Proteção Individual – EPI’s, para os trabalhadores que vão executar essas tarefas. Todas as
equipes deverão dispor, no mínimo, dos seguintes equipamentos:

a) Cavaletes, cones de sinalização, lampiões;


b) Lanternas, bandeiras;
c) Botas, luvas de borracha, capas de chuva, macacões sanitários; e,
d) Estojos de primeiros socorros
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

4.2.1 Drenagem Urbana


A etapa de organização das atividades de operação são comuns para todos o itens de
macrodrenagem e microdrenagem. Assim, descreve-se de modo geral as funções, atribuições e
características básicas das atividades de operação dos sistemas.

4.2.1.1 Funções, Atribuições e Características Básicas das Atividades de Operação do Sistema


de Macrodrenagem.
Função: Engenheiro Responsável pela Operação e Manutenção

a) Subordinação: Gerente responsável pela Operação e Manutenção

b) Subordinados: Técnicos de Operação e Manutenção e Operários eventuais

c) Atribuições Básicas:

- Dirigir, planejar, coordenar e supervisionar as atividades de operação e


manutenção;
- Realizar inspeções mensais ou quando necessários aos diversos trechos do
sistema;
- Dirigir, e supervisionar as montagens e dos testes de recepção de equipamentos
instalados ao longo do sistema;
- Elaborar relatórios mensais para a Diretoria de Operações;
- Avaliar o prosseguimento de manutenções preventivas;
- Supervisionar a segurança do sistema de acordo com as normas vigentes,
notadamente às de segurança do trabalho;
- Acionar de imediato aos superiores em caso de eventuais danos.

d) Requisitos para a Função: o Engenheiro responsável pela operação e manutenção deve


ter nível superior completo em engenharia civil, elétrica ou mecânica, e conhecimentos técnicos
específicos da função e do sistema de macrodrenagem a ser operado. Neste sentido, deve ter uma
capacitação e treinamentos preliminares para assumir o posto. Esta capacitação deve ser
proporcionada pela PMB ou por terceirizados no próprio sistema de macrodrenagem a ser
operado. Basicamente o Engenheiro responsável pela Operação e Manutenção deve ser
capacitado em:

- Coordenação de equipes
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

- Funcionamento hidráulico de galerias


- Conhecimento das estruturas e componentes do sistema (obras civis,
equipamentos elétricos e mecânicos);
- Hidráulica em galerias e suas estruturas;
- Conhecimento da estrutura organizacional da PMB;
- Operação e manutenção de galerias;
- Conhecimento sobre prevenção de acidentes.
- As características pessoais mais importantes para o Engenheiro Responsável pala
Operação e Manutenção devem ser:
- Nível de Instrução Superior de preferência com especialização;
- Raciocínio rápido para atender a situações de emergência.

Função: Técnico da Operação e Manutenção

a) Subordinação: Engenheiro Responsável pela Operação e Manutenção

b) Subordinados: Operadores e Operários eventuais

c) Atribuições Básicas:

- Coordenar e supervisionar os operadores;


- Realizar inspeções mensais ou quando necessários ás galerias e obra de controle;
- Supervisionar as montagens e os testes de recepção de equipamentos instalados na
obra de controle (Centro de Controle Operacional);
- Elaborar relatórios mensais para os engenheiros encarregados pela operação e
manutenção;
- Supervisionar a operação com as recomendações deste Manual e dos catálogos e
informações específicas dos fabricantes e fornecedores dos equipamentos de
controle;
- Supervisionar as medidas e controles estabelecidos - níveis, vazões, tempo de
funcionamento, e qualidade, nos pontos estratégicos ao longo do sistema de
macrodrenagem;
- Avaliar o prosseguimento de manutenções preventivas;
- Supervisionar a segurança do sistema de galerias de drenagem de acordo com as
normas vigentes, notadamente às de segurança do trabalho;
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

- Acionar de imediato ao superior hierárquico em caso de eventuais danos.

d) Requisitos para a Função: o técnico de Operação deve ter nível médio completo, e
conhecimentos técnicos específicos do sistema de galerias a ser operado. Neste sentido, deve ter
uma capacitação e treinamentos preliminares para assumir o posto. Esta capacitação deve ser
proporcionada pela PMB ou por terceirizados no próprio sistema de macrodrenagem a ser
operado. Basicamente o técnico de nível médio deve ser capacitado em:

- Coordenação de pequenas equipes


- Denominação das estruturas e componentes do sistema de drenagem (galerias,
comportas e grades);
- Medidas de controle usuais;
- Preenchimento de fichas e boletins;
- Elaboração de informes;
- Conhecimento da estrutura organizacional;
- Operação do sistema de macrodrenagem;
- Facilidades de comunicação com equipes;
- Conhecimento sobre prevenção de acidentes.

As características pessoais mais importantes para o Técnico de Operação devem ser:

- Raciocínio rápido para atender a situações de emergência;


- Noções de responsabilidade técnica;
- Nível de instrução média;
- Espírito de cooperação.

Função: Operador

a) Subordinação: Técnico de Operação e Manutenção

b) Subordinados: Operários eventuais

c) Atribuições Básicas:

- Observar e registrar as anomalias;


- Operar os equipamentos de controle de níveis e vazões dentro de procedimentos
bem definidos que assegurem a proteção dos mesmos;
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- Participar das montagens e dos testes de recepção de equipamentos instalados ao


longo do sistema de macrodrenagem;
- Coordenar a limpeza a ser efetuada por operários eventuais;
- Realizar a limpeza geral de acessórios dos equipamentos essenciais para seu
funcionamento, principalmente as guias de ―stop-logs‖, comportas, grades, ponte
rolante etc.;
- Realizar a operação com as recomendações deste Manual e dos catálogos e
informações específicas dos fabricantes e fornecedores dos equipamentos de
controle;
- Realizar as medidas e controles estabelecidos - níveis, vazões, tempo de
funcionamento, e qualidade, nos pontos estratégicos;
- Manter a frequência de entrega de dados de medição e controle;
- Avaliar o prosseguimento de manutenções preventivas;
- Operar a segurança do sistema de macrodrenagem de acordo com as normas
vigentes, notadamente às de segurança do trabalho;
- Realizar pequenas lubrificações de peças ou equipamentos de acordo com os
manuais específicos de cada peça;
- Acionar de imediato o superior hierárquico em caso de eventuais danos;
- Elaborar relatórios semanais para o técnico de O&M.

d) Requisitos para a Função: o operador nos empreendimentos administradas pela PMB


deve ter conhecimentos técnicos elementares do sistema de macrodrenagem a ser operado. Neste
sentido, deve ter uma capacitação e treinamentos preliminares para assumir o posto. Esta
capacitação deve ser proporcionada pela PMB ou por terceirizados nos próprios canais a serem
operados. Basicamente o operador deve ser capacitado em:

- Denominação das estruturas e componentes do controle;


- Medidas de controle usuais;
- Preenchimento de fichas e boletins;
- Elaboração de informes;
- Conhecimento da estrutura organizacional;
- Operação do sistema de macrodrenagem;
- Facilidades de comunicação com equipes;
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- Conhecimento sobre prevenção de acidentes.


- As características pessoais mais importantes para o operador devem ser:
- Raciocínio rápido para atender a situações de emergência;
- Noções de responsabilidade técnica;
- Disposição para trabalhos em turnos;
- Nível de instrução média;
- Espírito de cooperação.

4.2.1.2 Macrodrenagem
A SESAN administra e supervisiona os serviços de conservação de canais, que é
realizado, em sua maior parte, por firmas especializadas. O plano de operações e manutenções
recomenda que os canais e galerias devem ser mantidos sempre limpos, objetivando o
desassoreamento e a limpeza de taludes e poda de vegetação. Um dos princípios básicos dos
serviços inclui preferencialmente o início da sua execução sempre de montante para jusante. Os
serviços de manutenção e operação de macrodrenagem foram baseados nos seguintes critérios:

4.2.1.2.1 Limpeza e desobstrução de canais.


A limpeza e desobstrução de canais ocorre em canais a céu aberto ou canalizados,
podendos estes canais naturais serem revestidos ou não. Estas ações constituem-se na retirada de
lixo e/ou entulho do fundo, dos taludes e das margens dos canais e poda da vegetação, estes
resíduos devem ser retirados e depositados nas margens. Em seguida, será executada a roçagem
tanto das margens quanto dos taludes naturais e os resíduos produzidos serão carregados em
caminhões basculantes para o destino final.

4.2.1.2.1.1 Limpeza mecanizada


A limpeza e desobstrução de canais maiores podem ser realizadas por meio de
equipamentos como balsas de limpeza e dragas de sucção e recalque instalados dentro dos
canais. Nos canais menores a manutenção pode se dar manualmente com apoio de escavadeiras e
caminhões basculantes, através dos acessos constantes em diversos pontos, lançando o material
retirado de seus leitos em caminhões basculantes encaminhando-os para o bota-fora.
Nos canais transformados em galerias circulares, com diâmetros não superiores a 1,20m,
devem ser utilizados caminhões equipados com sistema apropriado para remover o jateamento
com água à alta pressão e a limpeza por vácuo.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

4.2.1.2.1.2 Dragagem mecânica


Os tipos de equipamentos utilizados na dragagem mecânica são:

- Draglines (pá-de-arrasto): As draglines são dotadas de pás que são lançadas por
gravidade contra o solo a ser dragado, as quais penetram no mesmo, sendo então
arrastada para a superfície, escavando assim o material. A capacidade de
escavação da pá de arrasto é resultado da combinação de vários fatores tais como
volume da pá, comprimento da lança, comprimento dos cabos, potência do motor,
tipo de tração etc. Os serviços de dragagem com dragline são utilizados em canais
onde o material a ser removido encontra-se com grau médio de solides e raio de
ação entre 08 e 14 metros do ponto de descarga.
- Escavadeira Hidráulica (poclain): A escavadeira hidráulica é um equipamento que
combina uma característica de escavadeira de colher, que lhe permite pressionar
fortemente o solo sendo escavado, com outras características oriundas das dragas
pá-de-arrasto, qual seja a de puxar o material na hora da escavação e a de alcançar
razoáveis profundidades de escavação.
- Retro escavadeira: As retro escavadeiras são normalmente utilizadas em canais de
pequeno porte.

4.2.1.2.1.3 Limpeza manual de canais


Constitui-se na retirada de lixo e/ou entulho dos taludes e das margens de canais. Os
resíduos depositados deverão ser retirados das margens e em seguida carregados nos caminhões
basculantes. Após a retirada dos resíduos deverá ser executada a roçagem das margens.

Todo o material, resultante da limpeza, deverá ser removido (transportado),


impreterivelmente no mesmo dia da execução dos serviços, para o local do bota-fora indicado
pela SESAN, com distância média não superior a 20 km. O transporte executado para o bota-fora
será executado com o devido cuidado para não permitir que o material transportado seja lançado
por desprendimento do interior do basculante, no leito das vias que irão constituir o itinerário
para a descarga do material. A altura do material transportado não poderá ultrapassar a altura útil
do basculante. O material, ao ser transportado, deverá obrigatoriamente, estar coberto com lona
apropriada.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Para a composição das equipes é levado em conta que o serviço de desobstrução manual
de valas e canais será efetuado com equipe unida de todo o material necessário e suficiente, para
a boa execução dos trabalhos, obedecendo-se a relação máxima de 01 (um) encarregado para
cada 20 (vinte) trabalhadores e 01 (um) caminhão basculante de 10m³. Cada equipe deverá
destacar 18 (dezoito) agentes para a limpeza e desobstrução manual de valas e canais, além de 02
(dois) agentes para a carga dos resíduos no caminhão coletor.

4.2.1.2.2 Desassoreamento e dragagem de canais.


Os serviços de desassoreamento e dragagem somente ocorrem nos canais a céu aberto,
não importando o seu tipo de revestimento ou inclinação do talude, este serviço se constitui na
retirada do material depositado no fundo, transportado na ocasião das enxurradas pelo
funcionamento da rede de microdrenagem.
São empregados equipamentos para dragagem mecânica ou sucção com destinação
ambientalmente adequada do material removido, visto a sua potencial carga poluidora. A
profundidade deverá atingir as cotas de projeto ou outra especificada pela SESAN.
Porém, antes de se iniciar a dragagem, os canais deverão estar limpos com a retirada de
todo material solto, mato, lixo, etc., ou seja, deve ser realizado o serviço de limpeza nos canais.
Este serviço, de desassoreamento e dragagem, é executado durante todo ano com utilização das
balsas de limpeza e mão de obra apropriada para este fim.
Esta metodologia de dragagem indica o sentido preferencial a ser adotado, entretanto, em
casos de assoreamentos intensos e localizados, é realizado atuação pontual, visando eliminar a
restrição da seção do canal. Assim, há possibilidade de outras ocorrências, que em função de
uma variação na metodologia, que são analisadas, caso a caso, pelo chefe da seção de
manutenção de canais. É importante ressaltar que, com a operação continuada da dragagem dos
canais a cada ano é necessária a adequação quanto à extensão, dos segmentos de cada trecho a
ser dragado, e até mesmo, a verificação da conveniência da inversão da sistemática de execução
do processo.

Durante a dragagem, deve-se observar as cotas de projeto do leito dos canais, não
escavando em hipótese alguma, abaixo das cotas estabelecidas, sob pena de ocasionar o
desequilíbrio dos taludes das marginais, causando seu rompimento.

O desassoreamento de canais quando identificados os trechos de atuação, deve ser


realizado sempre de montante para jusante, obedecendo ao percurso do córrego ou canal. A
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

determinação do volume escavado se fará por diferença topográfica de seções topográficas antes
e depois da escavação, em metros cúbicos. Somente serão considerados os excessos sobre a
seção projetada quando o excesso for previamente autorizado pela fiscalização. As seções de
fiscalização serão feitas normalmente em trechos de, no máximo 500 (quinhentos) metros e 50
(cinquenta) metros de extensão para as áreas rurais e urbanas, respectivamente.

Nas aberturas de canais, construção de diques com despejo de escavação envolve a


preparação do terreno para compreender as faixas ocupadas pelo canal a ser aberto ou
modificado, as faixas marginais, com um mínimo de 08 (oito metros) de largura e os locais de
despejo do material escavados. Na preparação da área serão cortados rente ao solo ou derrubadas
as árvores e arbustos, a fim de serem removidos da área, deixando-a limpa.

A escavação deverá ser feita de modo a permitir a execução do canal, de acordo com a
seção de alinhamento projetado, não se tolerando a diferença para menos. O desassoreamento
dos canais só será realizado em canais abertos, podendo ser estes divididos em sem revestimento
e com revestimento. Nos canais transformados em galerias circulares ou retangulares devem ser
executados os serviços de limpeza e desobstrução de canais.

Em canais a céu aberto sem revestimento a limpeza será executada por equipamentos
instalados dentro (nas vias marginais) dos canais (balsas, dragas, etc.)s, não sendo permitido o
acúmulo de material nas vias públicas. Os serviços deverão ser sempre acompanhados e
orientados por nivelamento topográfico, caso a SESAN não possua equipe topográfica suficiente,
este serviço será de responsabilidade da terceirizada, passando somente a fiscalização a serviço
da SESAN.

Os canais a céu aberto e com taludes revestidos terão um sistema misto de manutenção,
onde o acabamento final deve ser realizado manualmente. Estes serão limpos por escavadeiras e
o material deve, de preferência, ser retirado para o bota-fora por caminhões basculantes.

O material dragado deve, de preferência, ser retirado imediatamente através da colocação


em caminhão. Não sendo possível, devido à velocidade de escavação da máquina, acesso e
número de veículos, o tempo de permanência deve ser o menor possível, a fim de evitar a volta
do material para o leito do canal e evitar transtorno a comunidade.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Será deixada livre e desobstruída a passagem dos afluentes, quer na faixa marginal, quer
no despejo. Não sendo possível o acabamento perfeito dos taludes com a própria escavadeira, o
serviço será feito manualmente. Sempre que as condições dos serviços permitirem, o
espalhamento será feito a trator. A execução de serviços a trator deverá ser previamente
autorizada por escrito, devendo ainda, serem indicadas as características do trator.

Quando necessários, serão executados enrocamentos nas margens do canal para proteção
da mesma contra erosão. Os enrocamentos serão e pedras de mão, fornecidas, transportadas e
arrumadas pelo contratado/terceirizada.

Todo o transporte do material oriundo dos canais, revestidos ou não, será feito por meio
de balsas até duas áreas de transição de bota-fora, estratégicamente localizadas para, após a
desidratação do material, ser transportado para o bota-fora definitivo. O material resultante da
dragagem dos canais revestidos será transportado por balsa até a jusante.

Em áreas baixas, carente de material de aterro, o material deve ser colocado nas margens
e, logo que possível, espalhado. O material escavado será despejado de modo uniforme,
paralelamente ao canal, respeitadas as faixas marginais. Serão deixadas interrupções, nos pontos
mais baixos do terreno, distanciados de, no máximo, 100 (cem) metros, a fim de permitir a
drenagem das áreas adjacentes.

Os principais equipamentos para a operação de limpeza e dragagem dos canais:

- Dragas de sucção/recalque (SR)


- Balsas para limpeza, à propulsão
- Caminhões equipados com dispositivos para efetuar o hidrojateamento de
tubulações, inclusive sistema de alto vácuo
- Escavadeiras e caminhões
- Bombas d’água
- Botes com motor de popa.

Para a execução destes serviços é necessário a utilização de equipamentos, estes devem


ser entregues nos locais em perfeito estado, caso contrário não se pode dar início a obra. Pois, é
sabido que as principais causas que provocam rupturas nos equipamentos, desgastes excessivos
nas peças e nos órgãos do motor e de máquinas são:
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- Deficiência na manutenção, lubrificação, conservação, manejo e operação do


motor de máquina;
- Ultrapassagem do limite de solicitação de esforços e a taxa de segurança
calculada e especificada pelo fabricantes do motor de máquina;
- Defeito de fabricação quando as prescrições de manutenção, lubrificação,
conservação e operação forem cumpridas rigorosamente;
- Escolha inadequada de ações, bronzes e outros metais, bem como observância das
Normas Internacionais, para ajuste e tratamento térmico, por ocasião da execução
dos reparos.
a. O número de horas de funcionamento da máquina deverá ser apurado
diretamente por intermédio do horímetro, esta apuração será feita
considerando-se o volume total de material movimentado e a produção
correspondente a 60 (sessenta) caçambas por hora multiplicada pela
capacidade nominal da caçamba.

4.2.1.2.3 Recuperação de guarda corpo e do revestimento de taludes.


Constitui-se na reposição e reparo de pequenos trechos de guarda corpos e do
revestimento de taludes danificados, sendo observados o material e dimensões utilizados.

4.2.1.3 Microdrenagem
Os serviços de manutenção na rede de microdrenagem se constituirão basicamente de:
limpeza e desobstrução de valas e canaletas de concreto; limpeza de bocas de lobo; limpeza de
poços de visita; e, hidrojateamento da rede. Sendo descritas as suas frequências,
dimensionamento de pessoal e equipamentos, adequação da estrutura, e, especificações técnicas.

Para todos os serviços deve-se realizar as ações preliminares, que inclui a área
circundante onde será realizado o trabalho de desobstrução. Tal área deve ser inteiramente
isolada com cones e sinalização no caso de serviços rápidos e tapume, conforme orientações da
SEMOB, nos casos de serviços mais demorados. Durante a noite deve ser sinalizado com
lâmpadas acesas no espaçamento de 04 (quatro) metros uma da outra.

A fim de evitar a interdição da rua, deve-se pré-estabelecer uma área isolada para o
recebimento dos detritos. Caso haja a necessidade de construção de toda a via, deve-se solicitar
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junto a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém – SEMOB, a anuência, com


o intuito de solucionar o desvio adequado do tráfego.

4.2.1.3.1 Desobstrução de corpo hídrico canalizado e limpeza de galerias


A desobstrução do corpo hídrico, pode correr tanto em trechos curtos ou ao longo das
redes de macrodrenagem, sendo muito comum que a desobstrução em pequenos trechos ocorra
sob pontes. O serviço de desobstrução é realizado nas redes macrodrenagem do tipo retangular e
circular.

A rede de macrodrenagem do tipo retangular é composta por estruturas de galerias de


concreto armado constituídas por células pré-moldadas e trechos de 100 m de extensão com
fundos planos intercalados por quedas entre os mesmos. Nelas estão previstas aberturas com
tampas na laje de cobertura, para visitas, espaçadas em média de 50 m, com dimensões
quadradas que variam de 1,0 X 1,0 m 2,0 X 2,0m e 3,0 X 3,0 m, de modo a permitir acesso de
homens e equipamentos nas ações de manutenção.

As paredes laterais entre as células paralelas são dotadas de aberturas espaçadas de 2 m


em 2 m medindo no mínimo 0,30 m X 0,30 m. As lajes de fundo são apoiadas em fundações
reforçadas, com larguras internas de 3 m, com juntas de dilatação tipo fungenband a cada 10 m.
As lajes de cobertura com aberturas para visitas quadradas de 1,00 m X 1,00 m.

As células possuem interligações, por aberturas quadradas nas paredes de separação das
mesmas para que funcionem como um único conduto. Tem também aberturas nas paredes
laterais para possibilitar a entrada das ligações com a microdrenagem. Em todas as galerias o
coroamento está estabelecido na cota 4,75 m que corresponde ao nível máximo das marés (4,60
m) mais 0,15 m. O topo da laje fixado na cota 4,95.

As situações das galerias são verificadas, e quando necessário, ser efetuada sua limpeza e
desobstrução, possibilitando apropriado desenvolvimento dos serviços de inspeção e diagnóstico.
Os equipamentos necessários à execução dos serviços deverão ser posicionados junto aos PV’s
que delimitam o tramo a ser inspecionado, preferencialmente deverão ser utilizados
equipamentos instalados em veículos, minimizando as interferências com a via pública. São
utilizados aparelhos de filmagem, controle, monitoramento e gravação.

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Após a realização dos trabalhos de campo, é elaborado um relatório detalhado dos


trabalhos. No relatório consta o registro de todas as singularidades, abstenções (trechos não
cobertos pelo registro), defeitos e demais ocorrências, identificando sua posição, incluindo
registro fotográfico.

O procedimento de limpeza das galerias deverá ser realizado no mínimo duas limpezas,
preventivas por ano. Só será realizada outra limpeza, desde que a direção de Operação e
Manutenção identifique serem necessárias em seus relatórios de operação e manutenção. A base
para manutenção das galerias será cadastro (atualização do as built) , cobrindo toda a área objeto
dos serviços de limpeza. Antes do início dos serviços, é desenvolvido o ―planejamento de
execução‖ detalhando o projeto de manutenção, com a indicação das frentes de serviço, tipo e
forma da limpeza, localização e forma de bota-fora provisórios, sistema de sinalização e outros,
o qual deverá atender as condições quanto a prazos e cronograma físico-financeiro estabelecidos.

4.2.1.3.2 Limpeza Mecânica - Método de Arraste


O sistema de macrodrenagem do município de Belém tem suas peculiaridades, onde
ocorrem chuvas constantemente, motivos das galerias sempre tem água. A limpeza mecânica,
pelo método do arraste, por ser mais rápida, são utilizada tanto preventiva como corretiva. Os
equipamentos de limpeza utilizados no método de arreste são o Bucket Machine, compostas por
duas maquinas, sendo uma tracionadora da caçamba, e a outra carregadora do material arrastado.

Na máquina, é dotada de motores a diesel com potência adequada; com capacidade de


tracionar caçambas para a limpeza de redes de drenagem e esgotos e opera em distâncias de até
100 m.

Os implementos básicos para realização da operação:

- Plataformas em ―U‖ para fixação das máquinas e tubos guias;


- Jogos de chaves para as sapatas;
- União rotativa para cabos;
- Jogo de roldanas com tubo guia;
- Jogos de caçambas com diâmetro adequado;
- Macaco oblíquo;

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- Sistema de iluminação para trabalho noturno que abranja o campo de trabalho


operacional;
- Jogo de ferramentas que permita a manutenção básica e operação do equipamento.

Antes do início dos serviços, os PV’s são inspecionados. Eventuais avarias e


irregularidades que provoquem dificuldades na passagem das caçambas deverão ser corrigidas
ou reparadas.

O sentido de arraste é de montante para jusante, sendo que a tracionadora opera à


montante e a coletora (descarregadeira) à jusante. A Bucket tracionadora deve ser posicionada
numa das extremidades do trecho a ser desobstruído, enquanto a outra Bucket, a coletora, é
posicionada no PV mais próximo, à jusante, com apoio de um cabo de aço que une as duas
máquinas, se posicionam na caçamba que percorre toda a extensão do trecho, removendo o
material sedimentado. Os serviços dos guinchos são feita de forma absolutamente sincronizada
de forma contínua e suave, evitando-se disfunções que pode afetar a integridade da galeria.

Na montante é instalado o equipamento que proporciona a fixação da caçamba de


limpeza ao cabo de aço e sua introdução vertical no PV, e na jusante o equipamento tracionador,
responsável pela retirada da caçamba, seu basculamento na caçamba para depósito e transporte
ao ―bota-fora‖.

Dentro dos PV’s, na entrada e na saída do tramo da galeria, após a limpeza e


desobstrução, são instaladas as roldanas para o giro e guia do cabo para dentro da galeria. Tais
roldanas são compatíveis com a caçamba para a perfeita operação dos equipamentos. O cabo de
aço é passado entre os PV’s interligando os equipamentos instalados e passando pelas roldanas;
após este procedimento, é tensionado para poder iniciar os serviços com a fixação da caçamba de
arraste.

A operação de limpeza se inicia com a fixação da caçamba no cabo de aço junto ao


equipamento de jusante. Os equipamentos dão inicio ao deslocamento do cabo de aço
introduzindo no PV, passando pela roldana, iniciando a limpeza através do arrasto da caçamba
no fundo da galeria capturando os detritos acumulados; deve ser retirada do PV de montante, a
caçamba é descarregada no depósito que destinará o material para ―bota-fora‖. A caçamba vazia
deve ser desprendida do cabo de aço e transportada até o PV de jusante para o reinício dos
serviços.
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A passagem da caçamba pelo trecho de galeria é feitas tantas vezes quantas for necessária
para completar a limpeza e desobstrução da galeria. Durante a operação de limpeza, cuidados
especiais devem ser tomados cuidados para evitar que materiais removidos da galeria venham a
cair sobre a via pública.

Para completar os serviços de limpeza em um tramo, é efetuada a limpeza nos tramos a


jusante até se completarem os serviços de limpeza de todo o trecho. Deverá ser feita a limpeza da
via pública para remoção de eventuais materiais derramados pelo processo de limpeza. Ao
término dos serviços, os equipamentos utilizados devem ser removidos do local, desobstruindo a
via pública e ser assegurado que nenhum material removido permaneça na via pública.

4.2.1.3.3 Limpeza e desobstrução de valas e canaletas de concreto.


Constitui-se na retirada de lixo e/ou entulho do fundo, dos taludes e das margens das
valas e canaletas. Os resíduos retirados deverão ser depositados nas margens e em seguida
carregados nos caminhões basculantes. Para as valas a céu aberto após a retirada dos resíduos
deverá ser executada a capinação das margens, o aprofundamento e retificação do leito. Os
resíduos produzidos serão carregados em caminhões basculantes para o destino final
ambientalmente adequado. A limpeza e desobstrução de valas e canaletas de concreto ocorre por
mio do sistema manual de limpeza.

No planejamento é prevista a manutenção por trechos acessíveis com visitas. Os níveis de


água nas galerias e a possibilidade de chuvas durante a manutenção são fundamentais no
planejamento. Pode-se programar ensecamentos de trechos com sacos de areia (mais trabalhoso),
ou ensecadeiras móveis de ar comprimido.

A retirada de tampões de Poços de Visitas (PVs), tampas e/ou sobre-tampas, deverá ser
feita com o máximo cuidado com o uso de ferramentas especiais e/ou dispositivos mecânicos.
Deverá ser cumprido do disposto na Portaria 3.214, NR-18 – Segurança e Medicina do Trabalho,
que disciplina o acesso de pessoal em ambientes confinados (interior de galerias). Na entrada de
pessoal no interior da galeria serão obedecidas as exigências da NR-18.

Os resíduos removidos deverão ser lançados em caçambas estacionárias distribuídas


adequadamente para posterior transporte até o bota-fora definitivo.

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No acompanhamento dos serviços de limpeza deverão ser cadastradas todas as


interferências físicas com serviços de outras concessionárias, e encaminhadas
administrativamente a chefia imediata para juntamente com ela desenvolver ações pertinentes a
cada caso.

Deverão ser cadastrados outros problemas físicos, como sejam: abatimentos, quebra de
caixilhos de poços de visita, falta ou defeito em tampões e sobre-tampas, e dar encaminhamento
administrativo à Chefia imediata com pedido de autorização para execução dos serviços e
substituição de peças danificadas. Pois sabe-se que este serviço constitui-se na remoção de
resíduos nos locais onde existam interferências como: pontes; pontilhões; estivas; travessias;
tubulações para linhas telefônicas e de abastecimento/distribuição de água para abastecimento,
que podem a vir a serem danificados

Para a composição das equipes é levado em conta que o serviço de limpeza manual de
bocas de canais será efetuado com equipe munida de todo o kit de material necessário e
suficiente, para a boa execução dos trabalhos, obedecendo-se a relação máxima de 01 (um)
encarregado para cada 05 (cinco) trabalhadores para a limpeza e desobstrução manual de bocas
de canais e, 02 (dois) trabalhadores para a carga dos resíduos no caminhão coletor; 01 (um)
caminhão basculante com capacidade de 06 m³ para retirada dos resíduos.

O kit de ferramentas e equipamentos de proteção para uma equipe padrão:

Tabela 30 Kit de ferramentas e equipamentos de proteção por equipe.

Ferramenta Quantidade

Picareta 02 unidades
Balde de construção 03 unidades
Carro de mão 01 unidade
Enxada de cabo normal 02 unidades
Enxada de cabo curto 02 unidades
Corda sisal de 1” 10 metros
Pá viat 02 unidades
Arame CA-60 de 5/8” 20 metros
Marreta de 5kg 01 unidade
Ponteiro de 2” 01 unidade
Garfo 02 unidades
Gadanhos com cabo longo 02 unidades
Alavanca 01 unidade
Cavalete para sinalização 03 unidades

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4.2.1.3.4 Limpeza de bocas de lobo;


Constitui-se na retirada de lixo e/ou entulho das Bocas de Lobo, localizadas nos passeios,
interligando a drenagem transversal (espinhas) aos Poços de Visita, com o emprego de serviços
manuais e auxílio de ferramentas apropriadas tipo: enxada, pá, draga manual, etc. A tampa deve
ser retirada para acesso aos trabalhos de desobstrução e limpeza com o devido cuidado, para que
não seja danificada, e mantida a devida guarda, para se evitar extravio, ou outros problemas que
venham inutilizá-la. Os resíduos produzidos serão carregados em caminhões basculantes para o
destino final ambientalmente adequado.

4.2.1.3.5 Limpeza de poços de visita;


Constitui-se na retirada de lixo e/ou entulho dos Poços de Visita, geralmente localizados
no eixo da via com espaçamento médio de 50,00 m, interligando as galerias ou ramais de
drenagem transversal de águas pluviais e servidas, deverão ser empregados serviços manuais,
com auxilio de ferramentas apropriadas tipo: enxada, pá, gadanho, draga manual, etc., para
retirada do entulho e limpeza da caixa. As tampas dos Poços de Visita, para acesso aos trabalhos
de desobstrução e limpeza, devem ser retiradas com o devido cuidado para que não sejam
danificadas e mantidas sob a devida guarda, para se evitar extravios, ou outros problemas que
venham a inutilizá-las. Os resíduos produzidos serão carregados em caminhões basculantes para
o destino final ambientalmente adequado.

4.2.1.3.6 Hidrojateamento de redes;


Trata-se de limpeza de redes de drenagem, constituída por galerias centrais e transversais
(ramais/espinhas), utilizando-se equipamento de hidrojateamento de alta pressão. O início dos
serviços, deverá ser precedido de consulta aos cadastros de serviços, visita ao campo e
sinalização. Ao contrário da limpeza manual, os serviços deverão ser iniciados pelo(s) tramo(s)
mais a montante do(s) trecho(s) objeto da solicitação de manutenção, de modo que eventuais
passagens de material sólido por sobre o dique não obstruam trechos limpos.

A limpeza mecânica exige um planejamento prévio, face a interrupção de uma faixa de


rolamento, exigindo uma sinalização adequada e eventuais desvios de tráfego. Corredores de
tráfego e vias alimentadoras de transporte coletivo, deverão ter seus serviços programados em
horários de menor fluxo ou em feriados e domingos.

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Na limpeza de galerias, geralmente situadas no eixo da via interligadas através de Poços


de Visita (espaçamento médio de 50,00 m), será introduzida a mangueira do equipamento de
hidrojateamento, pelo Poço de Visita, com aplicações de jatos d’água sob pressão. As tampas dos
Poços de Visita, para acesso aos trabalhos de desobstrução e limpeza, devem ser retiradas com o
devido cuidado para que não sejam danificadas e mantidas sob a devida guarda, para se evitar
extravios, ou outros problemas que venham a inutilizá-la.

Para início dos serviços deverá ser executado um dique no PV de jusante do trecho a ser
limpo e desobstruído, para o represamento da água, e obter condições de trabalho para a bomba
de sucção. A execução do dique deverá ser realizada com o emprego de sacos empilhados ou
tijolos rejuntados. Os sacos utilizados podem ser preenchidos com areia ou solo-cimento.

Para limpeza dos ramais, também chamados ―espinhas‖ que interligam as bocas de lobo a
um poço de visita, será introduzida a mangueira do equipamento de hidrojateamento pelo poço
de visita, com aplicações de jatos d’água sob pressão, nas duas direções. Assim, outras
alternativas menos usuais podem ser empregadas desde que aprovada pela equipe de
manutenção. A operação de limpeza deve ser iniciada pelo tramo mais a montante do trecho a ser
limpo, de modo que, eventuais passagens de material sólido por sobre o dique não destruam
trechos já limpos.

Os equipamentos necessários para a execução dos serviços deverão preferencialmente ser


instalados sobre caminhões, possibilitando maior mobilidade. Deverão ser utilizados: conjunto
de bombas, mangueiras e tanque de armazenamento de água, sistema de tratamento da água de
circulação, separação de sólidos e depósito de material removido e transporte para ―bota-fora‖.

A bomba de sucção deverá ser instalada junto ao dique, no PV de jusante. A mangueira


equipada com o bico de alta pressão deverá ser posicionada neste local para o início dos serviços.

A operação de limpeza é iniciada com a operação da bomba de sucção conduzindo a água


acumulada no dique para o sistema de reprocessamento e efetuando o armazenamento no tanque
de água.

Ligada à bomba de alta pressão, a mangueira equipada com o bico de alta pressão é
posicionada e inicia a desagregação do material depositado na galeria. O fluxo de água deverá

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proporcionar o arraste do material para as proximidades do dique, permitindo que a bomba de


sucção remova-o para fora da galeria.

A água succionada passa por peneiras estáticas e filtro para o posterior armazenamento e
reutilização. O material retido será encaminhado para o depósito de material removido. O ciclo
de uso da água se completa. A operação deverá prosseguir até a total desobstrução e limpeza da
galeria. Durante a operação de limpeza, o excesso de água afluente pela galeria deverá escoar
para jusante, por sobre a ensecadeira.

Com o término dos serviços em um tramo entre dois PV’s, os equipamentos deverão ser
removidos e o dique desfeito, removendo integralmente o material utilizado na sua confecção. A
água dos equipamentos deverá ser despejada na galeria. Deverá ser assegurado que nenhum
material removido seja deixado na via pública.

Sequencialmente deverá ser efetuada a limpeza de todos os tramos da galeria até o final
dos trabalhos.

Ademais, outras instruções deverão ser seguidas, tais como:

- Todos os resíduos produzidos serão carregados em caminhões basculantes para o


destino final ambientalmente adequado.
- Após a retirada dos resíduos, deverá ser executada a roçagem das margens.
- Na existência de obstruções que provoquem a descontinuidade de alinhamento,
este será recomposto com a retirada dos obstáculos, para permitir o curso normal
das valas e canais.

Estes serviços tem sua frequência ditada pela especificidade local, sendo, portanto,
mobilizados de acordo com as necessidades e determinados pela SESAN/PMB.

Ressalta-se que todo o material, resultante das limpezas, deverá ser removido
(transportado), impreterivelmente no mesmo dia da execução dos serviços, para o local do bota
fora indicado pela SESAN. O transporte para o bota fora será executado com o devido cuidado
para não permitir que o material transportado seja lançado, por desprendimento do interior
basculante, no leito das vias que irão constituir o itinerário para a descarga do material. A altura
do material transportado, não poderá ultrapassar a altura útil do basculante. O material, ao ser
transportado, deverá estar obrigatoriamente coberto com lona apropriável.
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Todos os componentes das equipes de serviço deverão usar, permanentemente durante o


horário de trabalho, uniformes padronizados completos, conforme modelos aprovados pela
SESAN, e equipamentos de proteção individual (EPI), necessários para o desempenho de suas
atividades específicas caso a caso.

4.2.2 Sistema de controle


A limpeza, manutenção e operação constitui-se na remoção de resíduos que podem
danificar ou dificultar o funcionamento das comportas; na execução dos serviços de manutenção
das peças e instalações e na programação de abertura e fechamento das comportas. No município
existem várias unidades com mais de um tipo de comportas. Assim, temos conjuntos de
comportas tipo vagão com acionamento eletro mecânico; tipo ―flap‖ circular; ―flap‖ retangular;
e, tipo plana horizontal metálica.

Para todas é recomendado que na operação das comportas, o fechamento seja feito
sempre na baixa-mar e a abertura ocorra a partir do momento em que o nível descendente de
maré seja inferior àquele no interior dos canais.

4.2.2.1 Procedimentos para Interrupção ou Mau Funcionamento


Deverá ser elaborada uma lista de anomalias, consequências e medidas corretivas antes
de convocar o pessoal responsável direto pela manutenção.

Sempre que ocorram problemas que prejudiquem o funcionamento do sistema de


drenagem o trecho a ser recuperado ou corrigido deverá ser identificado e isolado, com
ensecamento com sacos de areia ou ensecadeiras móveis. O sistema deverá continuar
funcionando mesmo que parcialmente. Sempre deverá ser utilizado um escoamento de drenagem
provisório, mesmo com eventuais bombeamentos.

4.2.2.2 Limpeza, manutenção e operação.


As comportas, que encontram-se instaladas em pontos de descargas de canais, são
limpas e desobstruídas com emprego de trabalho manual com a utilização de ferramentas
apropriadas como: enxada, pá, gadanho, garfo, etc., ou om a utilização de caminhão tipo
guindauto, equipado com cesta telada para retirar o entulho e limpeza.
Todo o material resultante da limpeza das comportas é removido (transportado),
impreterivelmente no mesmo dia de execução dos serviços para o local do bota-fora. O
transporte para o bota-fora é executado com o devido cuidado para não permitir que o material
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transportado seja lançado por desprendimento do inteiro do caminhão basculante, bem como, seu
transbordamento e gotejamentono leito das vias, que irão constituir o itinerário de descarga do
material. A altura do material transportado não ultrapassa a altura útil do basculante. O material,
ao ser transportado contem, obrigatoriamente, uma cobertura com lona apropriada.
Para a composição das equipes é levado em conta que o serviço de limpeza manual de
comportas será efetuado com equipe munida de todo o material necessário e suficiente, para a
boa execução dos trabalhos, obedecendo-se a relação máxima de 01 (um) encarregado para cada
10 (dez) ajudantes para a limpeza e desobstrução manual das comportas dos canais e com 01
(um) caminhão basculante com capacidade de 06 m³ para retirada dos resíduos. Os equipamentos
e ferramentas necessários para compor a equipe padrão são: carros de mão com rodas
pneumáticas, pás, vassourões, garfos, enxadas, terçados e gadanhos.
A manutenção das compotas da bacia do Una, localizadas ao final dos canais do Una e
Jacaré, esta operação nestes sistemas é feito por Clam Sheel e consiste na retirada diária dos
detritos trazidos dos canais pela corrente de água. Os resíduos são transportados por caminhões
até o local indicado.
As comportas que são consideradas tipo flap estão localizadas a final dos canais da
Doca, Reduto, Tamandaré e Bernardo Sayão, a sua manutenção é feita pelo ajuste periódico de
parafusos e porcas. A recuperação de comportas é realizado por meio da substituição ou
recuperação de braços, parafusos, porcas e aros, visto que as comportas são confeccionadas em
ferro fundido e solda industrial.
Caso ocorram panes de sistema nas comportas automatizadas, faz-se necessário a
manutenção dessas comportas a Sesan realizará a contratação de empresa especializada.
a. Fases de operação das comportas
(a.1) Início da Operação

A sequência normal de início de operação é a seguinte:

- Verificar o estado geral de todas as instalações e equipamentos que constituem o


sistema de macrodrenagem por intermédio de inspeção interna com entrada pelos
poços de visita de homens com máquinas fotográficas e filmadoras. Cada trecho
de galeria deve ser percorrido e vistoriado por dois operadores;
- As galerias deverão estar limpas antes do início da operação monitorada;

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- Verificar o nível do rio Guamá com relação ao posicionamento das comportas de


controle.

As comportas deverão estar abertas quando a cota do nível da maré do Guamá estiver
inferior a 1,80 m e a maré estiver baixando. As comportas serão fechadas quando a cota do nível
da maré do Guamá atingir 1,80 m e a maré estiver subindo. Cada dia deverão ser feitas duas
aberturas e dois fechamentos de comportas com espaçamentos aproximados de 12 horas entre
aberturas ou fechamentos. Na abertura e fechamento das comportas deverão ser seguidas as
recomendações operacionais das mesmas estabelecidas nos manuais específicos fornecidos pelos
fabricantes, notadamente aos tempos de abertura e fechamento.

Na estrutura de controle final:

- Verificar as guias das comportas ou ―stop-logs‖ limpá-las se for necessário;


- Abrir as comportas ou ―stop-logs‖ ou registros de entrada e saída;
- Se for necessário, limpar a caixa de areia, removendo o material depositado e
acondicionando-o no local recomendado de bota-fora;
- Verificar as condições das réguas de montante e jusante.
 Durante o Funcionamento
- Verificar as tábuas de maré para que seja feita a programação diária inicial de
fechamento e abertura das comportas. São previstas aberturas ou fechamentos de
comportas sempre que a cota da maré no Guamá chegue a 1,80. Esta programação
poderá ser ajustada nas ocasiões de chuvas muito intensas e cotas de marés
elevadas (acima de 3,50 m) quando as comportas deverão estar sempre abertas;
- As comportas serão totalmente abertas quando a cota do nível da maré do Guamá
for 1,80 m e a maré estiver baixando;
- As comportas serão fechadas quando a cota do nível da maré do Guamá atingir
1,80 m e a maré estiver subindo;
- Cada dia deverão ser feitas duas aberturas e dois fechamentos de comportas com
espaçamentos aproximados de 12 horas entre aberturas ou fechamentos.
- Limpar as caixas de areia sempre que, visualmente, ou por indicação de escalas a
serem instaladas no seu centro, a altura do material depositado atinja 1/3 da altura
útil de trabalho. Para ações de descarga devem-se utilizar ferramentas manuais;

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- Verificar a situação das grades e proceder a limpeza pelo menos uma vez por
semana e após cada chuva que propicie a deposição de material que prejudique a
passagem normal das águas;
- Realizar os trabalhos de limpeza e manutenção das instalações civis e da área no
entorno das galerias, se necessário;
- Limpar e lubrificar com a periodicidade recomendada pelos manuais específicos,
as partes móveis (comportas, pontes rolantes e equipamentos de bombeamento
eventuais);
- Verificar as aberturas das comportas de controle e mantê-las nos pontos indicados
pela programação da operação;
- Transmitir os dados de vazões e níveis nas seções de controle, com frequência
solicitada pelo responsável pelo controle de operação. A princípio devem ser
feitos registros diários e relatórios estatísticos mensais e anuais;
- Preencher boletins padronizados de operação;
- Realizar informes de rotina ou de casos excepcionais;
- Solicitar manutenção corretiva quando se fizer necessário utilizando o Formulário
Padronizado: Solicitação de Manutenção (SM-C);
- Apoiar a equipe de manutenção preventiva nas ações de rotina ou em ações
corretivas;
- Verificar se não ocorrem vazamentos ao longo das galerias;
- Verificar diariamente as condições estruturais externas das galerias e obra de
controle;
- Obedecer às solicitações de operação de acordo com as instruções do órgão
central de controle da operação;
- Anotar e informar todas as anomalias observadas durante a operação como
vazamentos, assoreamentos, transbordamentos, problemas nos revestimentos etc.
 Segurança para a execução dos serviços
- Obrigatoriedade de uso de equipamentos de segurança individuais e coletivos;
- Observar posições de segurança para a execução de determinadas tarefas (entrada
nas galerias, dispositivos elétricos e eletrônicos, manobras de comportas, grades,
levantamento de pesos, Etc.);
- Primeiros socorros para acidentes com eletricidade e afogamentos, etc.;
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- No caso de operação através de equipe móvel deverão ser incluídos itens de


direção defensiva.
 Segurança Industrial Geral
- Todos os equipamentos deverão ser munidos de dispositivos de aterramento;
- Todas as partes metálicas e não destinadas à condução de energia elétrica devem
ser aterradas;
- Não poderão faltar, elementos de segurança como; botas de borracha, capacetes
com lanternas, luvas isolantes (para manobras de alta tensão), botas e isolamento
do solo (piso de madeira coberto com borracha);
- Qualquer interrupção nos circuitos de terra deverá ser comunicada para sua rápida
correção;
- Devem ser elaboradas instruções para combater incêndios, especificando o uso
correto dos extintores em cada tipo de equipamento ou instalação.
 Equipamento de Proteção Coletiva
- Não poderá faltar a máscara autônoma com cilindro de oxigênio.

4.2.2.3 Regularidade da manutenção


As comportas deverão ser regularmente mantidas para prevenir problemas e aumentar a
sua vida útil. A manutenção deverá seguir as determinações nos catálogos e especificações dos
fabricantes além das instruções deste manual de operação e manutenção.

As comportas requerem a manutenção seguinte:

- Assegurar, regularmente, que o curso da comporta não é interrompido;


- Limpar e lubrificar as partes móveis;
- Substituir e/ou apertar ligações;
- Limpar, lixar e pintar os elementos metálicos;
- Reparar ou substituir as comportas.

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Um esquema de manutenção para as comportas está indicado na Tabela 31 Programação


dos Trabalhos de Manutenção das Comportas.Tabela 31.

Tabela 31 Programação dos Trabalhos de Manutenção das Comportas.


Tipo de Comporta Procedimento de Manutenção Frequência (1)
Assegurar que o curso da comporta não é interrompido Quinzenal
Limpar e lubrificar as partes móveis Mensal
Substituir e/ou apertar ligações Mensal
Comportas de regulação e Limpar, lixar e pintar os elementos metálicos Anual
controle Limpar e se necessário ajustar as juntas Mensal
Substituição das juntas De dois em dois anos
Reparação da comporta Quando necessário
Substituição da comporta Quando necessário
Stop-logs Limpar, lixar e pintar os elementos metálicos Anual
(1) A frequência deve ser ajustada em função da experiência em cada empreendimento.
 Limpa-Grades

Frequência: Semestral

- Verificação dos meios de segurança, como paragem de emergência, etc;


- Reajuste de todas as junções dos bornes;
- Inspeção visual de todos os elementos de comutação;
- Verificação das juntas de vedação dos servomotores.
 Pórtico Rolante

Frequência: Semestral

- Verificação de todas as ligações aparafusadas;


- Verificação do estado das soldaduras;
- Detecção de eventuais danos nos cabos de aço ou nas correntes;
- Verificação da proteção anticorrosiva;
- Mudança do óleo das caixas de engrenagens;
- Verificação da estanqueidade das caixas elétricas;
- Verificação das ligações dos cabos elétricos;
- Verificação do estado dos fins de curso.

Para cada equipamento será criado um sistema de arquivo com o registro das Inspeções,
contendo a identificação do equipamento e a descrição completa da operação: periodicidade,

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indisponibilidade, materiais, pontos de lubrificação, tempo previsto, ferramentas, etc. É


conveniente que estes registros sejam também guardados no sistema de gestão da manutenção.

Durante a realização das Inspeções deverão ser respeitadas todas as regras de segurança e
todas as recomendações fornecidas pelos Fabricantes para os diversos equipamentos, com
especial atenção para aquelas que envolvem o manuseio de cargas pesadas e de material elétrico.

 Reguladores de Nível (Tipo Bóia)

Frequência: Semestral

- Garantir que todos os equipamentos interessados estão em modo de operação


manual ou de manutenção;
- Verificar o estado do cabo, flutuador e contrapeso; limpar ou substituir, se
necessário;
- Verificar níveis e o funcionamento mecânico e elétrico;
- Confirmar o funcionamento dos alarmes (quando for o caso);
- Voltar ao modo de operação.

4.2.2.3.1 Equipamentos de Manuseio/movimentação (Monovia/ Ponte Rolante)


Os serviços incluem:

- Limpeza geral da monovia, talha, tambor de enrolamento do cabo de aço e demais


partes metálicas fixas ou móveis;
- Tratamento superficial e aplicação da pintura (pintura de equipamentos com
instalação abrigada);
- Lubrificação de eixos, buchas, rolamentos e demais peças móveis, com
substituição de retentores se necessário;
- Retirada do cabo de aço, limpeza com desengraxante químico seguida de
tratamento de lubrificação adequada a quente;
- Tratamento da corrente galvanizada de operação da talha manual com substituição
se necessário;
- Regulagem e ajustes de catraca e das travas de frenagem que respondem pela
segurança do sistema de elevação de carga.

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A ponte rolante deverá ser regularmente inspecionada e mantida para prevenir problemas
e aumentar o respectivo período de vida útil.

A manutenção das pontes rolantes deverá atender ainda as determinações do fabricante


constantes dos seguintes documentos que devem ser anexados oportunamente a este manual:

- Um manual específico de montagem;


- Um manual específico de operação e manutenção;
- Manual de comissionamento.
- A ponte rolante requer a manutenção preventiva seguinte:
- Manutenção nas pistas de rolamento;
- Lubrificação de cabos de aço;
- Inspeção do perfil das gargantas das polia e das ranhuras dos tambores;
- Troca de rodas e rolamentos;
- Lubrificação e troca de óleo dos redutores;
- Troca de retentores se óleo.

A frequência máxima apresentada na , não impossibilita das inspeções rotineiras e diárias


quando da operação da ponte, onde deve ser sempre observado pelo operador, qualquer anomalia
na operação, como sons diferentes, vibração, elevação de temperatura e vazamentos de
lubrificante, estas observações devem ser informada ao chefe de manutenção para este aplicar a
rotina de inspeção mais recomendado para o fato levantado.

Tabela 32 Programação dos trabalhos de inspeção da ponte rolante.


Tipo de Parte do frequência
Procedimento de Inspeção
equipamento equipamento máx.
Pista de
Examinar os trilhos a algum sinal de trepidação Semestral
rolamento
Inspeção dos cabos conforme norma de inspeção do
Cabo de aço Semestral
equipamento
Inspeção de desgastes das polias e o correto enrolamento
Polias e tambor Semestral
do cabo sobre o tambor
Verificar o desgaste das rodas anotando e comparando
Ponte rolante Rodas Semestral
seu diâmetro a cada inspeção
Inspeção das engrenagens dos redutores de velocidade e
Redutores Semestral
estado do óleo
Verificar ruídos, elevações de temperatura e vazamento
Rolamentos Semestral
de óleo
Retentores Verificar vazamentos Mensal
Gancho Verificar anel giratório, rolamentos, e polias do gancho Mensal
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Tipo de Parte do frequência


Procedimento de Inspeção
equipamento equipamento máx.
Verificar se existe deformação, rompimento e o estado da
Estrutura Semestral
pintura
Verificar ruídos, elevações de temperatura, vibração e
Motores Mensal
isolamento dos motores
Freios Inspeção geral de lonas e discos Mensal
Verificação do fim de curso tanto da ponte quanto do
Fim de curso Mensal
carro.

Um esquema de manutenção para a ponte rolante está indicado na Tabela 33.

Tabela 33 Programação dos Trabalhos de Manutenção da Ponte Rolante.


Tipo de equipamento Procedimento de Manutenção Frequência
Trocar graxa do cabo de aço Trimestral
Troca de óleo dos redutores Semestral
Ponte rolante
Limpar, lixar e pintar os elementos metálicos da estrutura A cada dois anos
Substituição de peças desgastadas Após vistoria

4.2.2.3.2 Medidores de vazões e níveis (escalas)


Frequência: mensal

- Limpeza;
- Estabilidade;
- Efeito da turbulência na leitura de escalas;
- Deposição de sólidos, buracos ou obstruções.

4.2.2.3.3 Grades
As grades deverão ser regularmente mantidas para prevenir problemas e aumentar o
respectivo período de vida útil.

As grades requerem a manutenção preventiva seguinte:

- Inspecionar visualmente a grade;


- Limpeza de material depositado sobre ela;
- Limpar, lixar e pintar os elementos metálicos;

Um esquema de manutenção para as grades está indicado na Tabela 34.

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Tabela 34 Programação dos Trabalhos de Manutenção das grades.


PROCEDIMENTO DE MANUTENÇÃO FREQÜÊNCIA
Limpeza de entulho (*) Semanal
Grades Limpar, lixar e pintar os elementos metálicos Anual
Inspeção visual Anual
(*) Esta frequência semanal poderá ser reduzida de acordo com as condições das grades quanto a retenção de
materiais. Diariamente serão avaliadas pelo operador as condições das grades.

4.2.2.3.4 Medidores de vazões e níveis (escalas)


Frequência: mensal

- Limpeza;
- Estabilidade;
- Efeito da turbulência na leitura de escalas;
- Deposição de sólidos, buracos ou obstruções.
 Grades

As grades deverão ser regularmente mantidas para prevenir problemas e aumentar o


respectivo período de vida útil.

As grades requerem a manutenção preventiva seguinte:

- Inspecionar visualmente a grade;


- Limpeza de material depositado sobre ela;
- Limpar, lixar e pintar os elementos metálicos;

Um esquema de manutenção para as grades está indicado na Tabela 35

Tabela 35 Programação dos Trabalhos de Manutenção das Grades.

PROCEDIMENTO DE MANUTENÇÃO FREQÜÊNCIA


Limpeza de entulho (*) Semanal
Grades Limpar, lixar e pintar os elementos metálicos Anual
Inspeção visual Anual
(*) Esta frequência semanal poderá ser reduzida de acordo com as condições das grades quanto a retenção
de materiais. Diariamente serão avaliadas pelo operador as condições das grades.

4.2.2.4 Procedimentos de Segurança na Operação do Sistema


a) Segurança para a execução dos serviços

- Obrigatoriedade de uso de equipamentos de segurança individuais e coletivos;

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- Observar posições de segurança para a execução de determinadas tarefas (entrada


nas galerias, dispositivos elétricos e eletrônicos, manobras de comportas, grades,
levantamento de pesos, etc.);
- Primeiros socorros para acidentes com eletricidade e afogamentos, etc.;
- No caso de operação através de equipe móvel deverão ser incluídos itens de
direção defensiva.

b) Segurança Industrial Geral

- Todos os equipamentos deverão ser munidos de dispositivos de aterramento;


- Todas as partes metálicas e não destinadas à condução de energia elétrica devem
ser aterradas;
- Não poderão faltar, elementos de segurança como; botas de borracha, capacetes
com lanternas, luvas isolantes (para manobras de alta tensão), botas e isolamento
do solo (piso de madeira coberto com borracha);
- Qualquer interrupção nos circuitos de terra deverá ser comunicada para sua rápida
correção;
- Devem ser elaboradas instruções para combater incêndios, especificando o uso
correto dos extintores em cada tipo de equipamento ou instalação.

c) Equipamento de Proteção Coletiva

- Não poderá faltar a máscara autônoma com cilindro de oxigênio.

5 Custos de manutenção e operação


O levantamento dos custos de manutenção e operação dos sistemas foram divididos por
Bacias hidrográficas, visando a gestão Municipal por bacias. Assim, cada título tem seus custos
gerais e específicos.

5.1 Sistema de manejo de águas pluviais e drenagem urbana

5.1.1 Sistema de Macrodrenagem


⁄ ⁄

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[( ) ]

[ ] ⁄

Sub-total
Item Histórico Unid Extensão Recorrência Quant. Unit. Parcial
(R$)
1 3.122.975,3
Limpeza manual de canais Total Item 1 5
1.1 UNA - Bacia do Una. m 31.257,00 3,00 93.771,00 12,43 1.165.573,53
1.2 TUC - Bacia do Tucunduba. m 12.590,00 3,00 37.770,00 12,43 469.481,10
1.3 ENO - Bacia da Estrada Nova. m 10.540,00 3,00 31.620,00 12,43 393.036,60
1.4 ANA - Bacia do Anani. m 4.666,00 1,00 4.666,00 12,43 57.998,38
1.5 ARI - Bacia do Ariri Bolonha. m 7.750,00 1,00 7.750,00 12,43 96.332,50
1.6 ARM - Bacia do Armas. m 1.220,00 3,00 3.660,00 12,43 45.493,80
1.7 AUR - Bacia do Aurá. m 17.166,00 1,00 17.166,00 12,43 213.373,38
1.8 CAJ- Bacia do Cajé. m 1.809,00 1,00 1.809,00 12,43 22.485,87
1.9 CEN - Bacia do Centauros. m 300,00 1,00 300,00 12,43 3.729,00
1.10 MAF - Bacia do Mata
Fome. m 14.530,00 1,00 14.530,00 12,43 180.607,90
1.11 MUR - Bacia do Murucutu. m 3.290,00 2,00 6.580,00 12,43 81.789,40
1.12 OUT - Bacia do Outeiro. m 4.389,00 1,00 4.389,00 12,43 54.555,27
1.13 PAR - Bacia do Paracuri. m 7.780,00 1,00 7.780,00 12,43 96.705,40
1.14 RED - Bacia do Reduto. m 360,00 3,00 1.080,00 12,43 13.424,40
1.15 TAM - Bacia do
Tamandaré. m 1.100,00 3,00 3.300,00 12,43 41.019,00
1.16 VAC - Bacia de Val de Cãs. m 7.537,00 2,00 15.074,00 12,43 187.369,82

2 1.949.366,3
Limpeza manual de bocas de canais Total Item 2 6
2.1 UNA - Bacia do Una. u 31,00 156,00 4.836,00 51,52 249.150,72
2.2 TUC - Bacia do Tucunduba. u 36,50 156,00 5.694,00 51,52 293.354,88
2.3 ENO - Bacia da Estrada Nova. u 24,00 156,00 3.744,00 51,52 192.890,88
2.4 ARI - Bacia do Ariri Bolonha. u 21,00 156,00 3.276,00 51,52 168.779,52
2.5 PAR - Bacia do Paracuri. u 25,00 156,00 3.900,00 51,52 200.928,00
2.6 STI – Sub-Bacia do Santa
Izabel (taboquinha). u 14,50 156,00 2.262,00 51,52 116.538,24
2.7 MAF - Bacia do Mata Fome. u 32,00 156,00 4.992,00 51,52 257.187,84
2.8 MUR - Bacia do Murucutu. u 19,55 156,00 3.049,09 51,52 157.089,12
2.9 ARM - Bacia do Armas. u 7,09 312,00 2.212,36 51,52 113.980,79
2.10 RED - Bacia do Reduto. u 7,09 312,00 2.212,36 51,52 113.980,79
2.11 TAM - Bacia do Tamandaré. u 2,36 312,00 737,45 51,52 37.993,42
2.12 VAC - Bacia de Val de Cãs. u 5,91 156,00 921,82 51,52 47.492,17

3 Manutenção e recuperação de comportas e stop locks Total Item 3 3.284.629,9


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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

2
3.1 UNA - Bacia do Una. u 18,00 312,00 5.616,00 319,02 1.791.616,32
3.2 ENO - Bacia da Estrada Nova. u 15,00 312,00 4.680,00 319,02 1.493.013,60
3.3 ARM - Bacia do Armas. u -
3.4 RED - Bacia do Reduto. u -
3.5 TAM - Bacia do Tamandaré. u -

4 8.301.481,8
Dragagem de canais Total Item 4 0
122.170,0
4.1 UNA - Bacia do Una. m³ 61.085,00 2,00 0 15,53 1.897.300,10
4.2 TUC - Bacia do Tucunduba. m³ 32.235,00 2,00 64.470,00 15,53 1.001.219,10
4.3 ENO - Bacia da Estrada Nova. m³ 25.750,00 2,00 51.500,00 15,53 799.795,00
4.4 ARM - Bacia do Armas. m³ 3.660,00 2,00 7.320,00 15,53 113.679,60
4.5 RED - Bacia do Reduto. m³ 1.440,00 2,00 2.880,00 15,53 44.726,40
4.6 MUR - Bacia do Murucutu. m³ 5.160,00 2,00 10.320,00 15,53 160.269,60
4.7 TAM - Bacia do Tamandaré. m³ 3.300,00 2,00 6.600,00 15,53 102.498,00
4.8 ARI - Bacia do Ariri Bolonha. m³ 4.350,00 2,00 8.700,00 15,53 135.111,00
4.9 MAF - Bacia do Mata Fome. m³ 3.390,00 2,00 6.780,00 15,53 105.293,40
Transporte de material 364.962,0
4.10 dragado até 20km m³ 140.370,00 2,60 0 10,80 3.941.589,60
16.658.453,4
Total 3

5.1.2 Sistema de Microdrenagem


Tabela 36 Execução de serviços de limpeza, manutenção e recuperação do sistema de microdrenagem urbana de
Belém.

Preço
Item SERVIÇOS unid Quant. Parcial
Unit.
1.0 Serviços Preliminares
23,35 28.020,00
1.1 Sinalização Diurna m²
1.200,00
1.2 Sinalização Noturna m 600,00
2,75 1.650,00
Sub-Total 1
2.0 Assentamento de Tampa com Fornecimento de Mão de Obra, Material e Tampa
unid 180,00 638,36 114.904,80
2.1 Tampa de BL's (padrão) 1,00 x 1,00 m.
.
unid 60,00 797,32 47.839,20
2.2 Tampa de PV's (padrão) 1,30 x 1,30 m.
.
unid 30,00 449,34 13.480,20
2.3 Nivelamento Tampa de PV's existente
.
Sub-Total 2
3.0 Recuperação com Assentamento de Tampa com Fornecimento de Mão-de-obra, Material e Tampa
Caixa de Boca de Lobo em concreto (50%) unid 140,00 934,62 130.846,80
3.1
.
unid 180,00 616,84 111.031,20
3.2 Caixa de Boca de Lobo em concreto (33%)
.
unid 60,00 1.700,21 102.012,60
3.3 Caixa de Poço de Visita em concreto (50%)
.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

unid 100,00 1.122,14 112.214,00


3.4 Caixa de Poço de Visita em concreto (33%)
.
Sub-Total 3 456.104,60
Recuperação de Tubulação de Concreto com Fornecimento de Tubo, com Assentamento, incluindo
4.0
Escavação, Lastro de Areia, Aterro e Bota Fora.
4.1 Retirada de obstruções.
4.1.1 Tubos em CA Ø 0,30m m 180,00 82,82 14.907,60
4.1.2 Tubos em CA Ø 0,40m m 300,00 94,98 28.494,00
4.1.3 Tubos em CA Ø 0,50m m 300,00 111,94 33.582,00
4.1.4 Tubos em CA Ø 0,60m m 120,00 132,48 15.897,60
4.1.5 Tubos em CA Ø 0,80m m 60,00 176,64 10.598,40
4.1.6 Tubos em CA Ø 1,00m m 60,00 227,35 13.641,00
4.2 Substituição de tubulação danificada.
4.2.1 Tubos em CA Ø 0,30m m 180,00 157,57 28.362,60
4.2.2 Tubos em CA Ø 0,40m m 300,00 210,94 63.282,00
4.2.3 Tubos em CA Ø 0,50m m 300,00 248,38 74.514,00
4.2.4 Tubos em CA Ø 0,60m m 120,00 318,95 38.274,00
4.2.5 Tubos em CA Ø 0,80m m 60,00 378,75 22.725,00
4.2.6 Tubos em CA Ø 1,00m m 60,00 461,76 27.705,60
Sub-Total 4 371.983,80
5.0 Execução com fornecimento de material e mão-de-obra
Caixa de BL em concreto (1,00x1,00x1,20m) com unid 60,00 1.869,25 112.155,00
5.1
fornecimento Tampa padrão PMB .
Caixa de PV em concreto (1,30x1,30x2,00m) com unid 24,00 3.400,42 81.610,08
5.2
fornecimento Tampa padrão PMB .
5.3 Meio fio com linha d'água m 420,00 79,45 33.369,00
5.4 Canaleta em Concreto com tampa (0,40x0,40x1,00) e = 0,08 m m 120,00 271,17 32.540,40
5.5 Canaleta em Concreto com tampa (0,40x0,60x1,00) e = 0,08 m m 120,00 409,52 49.142,40
5.6 Construção de calçadas em concreto FCK = 9 Mpa, e = 0,05 m m² 240,00 44,86 10.766,40
Sub-Total 5 319.583,28
Execução, Assentamento de TCA, com Fornecimento, incluindo Escavação, Lastro de Areia,
6.0
Aterro,Bota Fora, Materiais e Mão de Obra.
6.1 Tubos em CA Ø 0,30m m 60,00 201,86 12.111,60
6.2 Tubos em CA Ø 0,40m m 100,00 256,38 25.638,00
6.3 Tubos em CA Ø 0,50m m 100,00 311,35 31.135,00
6.4 Tubos em CA Ø 0,60m m 100,00 406,02 40.602,00
6.5 Tubos em CA Ø 0,80m m 50,00 523,01 26.150,50
6.6 Tubos em CA Ø 1,00m m 50,00 667,20 33.360,00
Sub-Total 6 168.997,10
7.0 Recuperação de Pavimento
7.1 Aterro compactado com compactador de placa m³ 432,00 100,76 43.528,32
Recuperação de pavimento com concreto FCK = 15 Mpa, e = 49,66 59.592,00
7.2 m²
0,10 m 1.200,00
Sub-Total 7 103.120,32
8.0 Manutenção
unid 96,58 301.329,60
8.1 Limpeza de Poços de Visita
. 3.120,00
unid 39,55 308.490,00
8.2 Limpeza de Bocas de Lobo
. 7.800,00
18,43
8.3 Limpeza e Desobstrução de Valas m 65.950,00 1.215.458,50

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

8.4 Desobstrução de Rede de Drenagem por Hidrojateamento m 10,56 660.000,00


62.500,00
Sub-Total 8 2.485.278,10
Total Geral 4.110.961,40

5.1.3 Obras de controle – Comportas


Devido os equipamentos e ferramentas serem as mesmas para as operações em todas as
comportas, o orçamento de custo permanece único para as obras de controle:
Tabela 37 Custo de manutenção e operação das obras de controle - comportas.
Item Comportas Unidade Quantitativo Preço Unitário Valor parcial
(R$) (R$)
1.1 Limpeza manual das comportas Und. 1.680,00 65,02 109.233,60
1.2 Manutenção e recuperação de comportas
Und. 28 390,13 10.923,64
e stop lock
1.3 Operação e/ou manutenção Und. 25 2.191,07 54.776,83
TOTAL MENSAL 174.934,07

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

UNIDADE IV: LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS


SÓLIDOS

1 Introdução
Neste tópico do presente documento deste Manual de Operação e Manutenção dos
Sistemas de Saneamento básico do Município de Belém, considerando os quatro eixos do
saneamento básico, destacaremos os serviços de Manejo de Resíduos Sólidos e os Serviços de
Limpeza e Conservação Urbana.

Como matéria fundamental para o Município de Belém, traçaremos o diagnóstico e


prognósticos relativo à situação, na prestação dos serviços de manejo de resíduos sólidos e
limpeza urbana, tendo como objetivo abranger obrigatoriamente todo o território urbano, rural e
insular do município.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

O presente manual foi elaborado por equipe multiprofissional e todas as atividades vêm
sendo realizadas em estrito atendimento e conformidades, as formalidades e premissas instituídas
pela Lei nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a
Política Federal de Saneamento Básico, bem como, ao decreto que a regulamenta,
especificamente em relação ao diagnóstico dos serviços de manejo de resíduos sólidos e limpeza
e conservação urbana.

Conforme prevê a Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
cabem ao poder público municipal os serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos. A gestão de certos resíduos como agropastoris, industriais, mineração dentre
outros explanados no artigo 20 da mesma lei, é de responsabilidade do gerador, devendo o
mesmo elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos específico para seu
empreendimento.

Consoante a isso, a Lei supracitada é um marco importante para a gestão de resíduos


sólidos e serviu de balizamento para as pesquisas e definições de parâmetros que hoje o
município possui relativo às informações para a formulação do diagnostico. Tais informações
foram obtidas observando os contratos na prestação dos serviços, em dados em campo e por
meio de experiências na execução dos serviços de Manejo de Resíduos sólidos, Limpeza e
Conservação Urbana, considerando toda a infraestrutura técnica e operacional existente e,
sobretudo a fragilidade dos serviços que atualmente vem sendo executados pela municipalidade,
através de empresas terceirizadas. Foi também contemplado a obtenção de dados secundários
levantados principalmente no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento e no
Departamento de Resíduos Sólidos da Secretaria municipal de Saneamento da Prefeitura de
Belém, órgão responsável pela execução dos serviços de manejo de resíduos e dos serviços de
limpeza e conservação urbana.

1.1 Caracterização do sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos


Com o intuito de melhores índices de qualidade de vida e dos serviços de limpeza urbana
e manejo de resíduos sólidos prestados, bem com a ampliação da abrangência do sistema, o
presente manual de operação dos serviços de resíduos sólidos tem o intuito de informar e orientar
a execução das rotinas de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos.

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A análise da situação da limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos foi realizada sob
coleta de dados, tendo como base o diagnóstico mais recente elaborado em documento oficial, o
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos em 2011, e os informações obtidas na
Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN.

O sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos é observado sob três aspectos:
a infraestrutura organizacional; Manejo de resíduos sólidos (Coleta Domiciliar, Comercial, /
Especial / Seletiva; Varrição; Serviços Congêneres; Destino Final; Manutenção dos
equipamentos de coleta; Educação Ambiental; Fiscalização.

Ressalta-se que no Município de Belém o sistema é realizado por lotes, dividindo a


cidade em LOTE I e LOTE II como prevenção para que não haja o monopólio na prestação do
serviço e precaução de não execução da mesma. O LOTE I contempla as áreas centrais de Belém
e o Distrito Administrativo de Mosqueiro – DAMOS. O LOTE II inclui os distritos
administrativos de Icoaraci – DAICO, a Agência Distrital de Outeiro – DAOUT, alguns bairros
periféricos ao longo das Avenidas Pedro Alvares Cabral, Dr. Freitas e Júlio Cézar, e conjuntos
habitacionais ao longo Rodovia Augusto Montenegro e Artur Bernardes. As áreas de
abrangência dos lotes podem ser observadas na Erro! Fonte de referência não encontrada..

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Figura 30 Mapa de lotes da coleta de Resíduos Sólidos no Município de Belém.


Fonte: SESAN, 2018.
Os serviços são desenvolvidos de acordo com as metodologias aplicadas para cada tipo
de serviços ou estabelecidos em Planos de Trabalhos específicos elaborados pelo Departamento
de Resíduos sólidos – DRES, da Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN, órgão gestor
dos serviços. Neste documento será apresentado inicialmente o diagnóstico da Prestação dos
Serviços de Manejo de resíduos e limpeza urbana, que contará com o sistema de resíduos sólidos
existentes e aplicados, com apresentação de mapas gerais e pormenorizados, descritivos dos
roteiros de coleta de resíduos sólidos e varrição, contendo a verificação dos aspectos técnicos e
operacionais e a caracterização do município. Este tópico também compreenderá a análise da
situação da gestão do serviço bem como a verificação do seu índice de cobertura com base em
indicadores operacionais e financeiros de infraestrutura, tecnologia e operação desde a geração,
acondicionamento, coleta, transporte, transbordo, tratamento e disposição final dos resíduos
sólidos do município. Posteriormente haverá o prognóstico com alternativas de melhoria para o
sistema de manejo de resíduos e limpeza urbana.

Serão descritas a seguir as condições operacionais e considerações a respeito da prestação


de cada serviço, a identificação e as formas de coleta dos resíduos por tipo e característica. Será
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descrito também os serviços públicos de limpeza urbana, a descrição dos serviços especiais e sua
destinação final, entre eles os oriundos da construção civil, os resíduos dos serviços de saúde, e
em particular os resíduos provenientes da manipulação do fruto do açaí, esses com interferência
direta na qualidade dos serviços prestados pela municipalidade.

1.2 Estrutura Organizacional


A Prefeitura Municipal de Belém administra os serviços de limpeza urbana através da
Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN, e o gerenciamento deste sistema é da
competência do Departamento de Resíduos Sólidos – DRES. O DRES tem por finalidade
primordial o planejamento, execução, coordenação, controle e avaliação das atividades
relacionadas às políticas, procedimentos e diretrizes de Manejo de Resíduos Sólidos, Limpeza e
conservação urbana do Município de Belém.

O prédio do DRES, está localizado na Avenida Alcindo Cacela n° 2631, entre Rua dos
Pariquis e Rua dos Caripunas. As atividades desenvolvidas pelo DRES obedecem ao
organograma institucional que organizam as suas ações e os seus serviços por meio das quatro
divisões operacionais, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada..

DRES Diretoria

Acompanhament
Coleta de o e serviços de Processamento
resíduos Limpeza urbana de resíduos Divisão
apoio

Operacionalizaç
Raspagem e Registro de ão das atiidades
Domciliar Varrição resíduos Seção
de residuos

Capinação e Vistoria de Tratamento de


Especial limpeza resíduos resíduo sólidos

Apoio as
Lavagem de atividades de
Programada lougradouros Destinação final
resíduos

Seletiva e
educação
ambiental

Figura 31 Organograma Departamento de Resíduos Sólidos.


Fonte: SESAN, 2018.

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A SESAN dispõe de agentes de serviços urbanos e equipes contratadas por empresas


terceirizadas, que são os profissionais que executam as diversas tarefas relacionadas à limpeza
urbana no Município, cujas atribuições são as seguintes: Coleta transporte de resíduos; limpeza
urbana (capinação, raspagem, roçagem manual e mecânica, caiação de guias e postes); e, coleta,
transporte tratamento de resíduos de serviço de saúde.

Tabela 38 Relação de serviços de limpeza e o quantitativo operacional existente.


Item Serviço SESAN Contratada
01 Coleta e transporte de resíduos Servidores Funcionários
01.a Coleta e transporte de Resíduos Sólidos Domiciliares 0 659
01.b Coleta e transporte de entulhos sólidos e focos de resíduos 0 122
01.c Coleta seletiva / Reciclagem 21 18
01.d Educação ambiental 17 15
02 Limpeza Urbana
02.a Varrição manual de vias públicas 0 217
02.b Limpeza e lavagem de feiras e mercados 0 336

02.c Roçagem manual e mecânica 0 88

02.d Capinação e raspagem de guias e logradouros públicos 0 210


02.e Limpeza e desobstrução manual de valas e canais 0 105
02.f Equipe de limpeza urbana para mutirão 0 124
03 Coleta, transporte e tratamento de resíduos de serviço de saúde
03.a Coleta e transporte dos resíduos dos serviços de saúde 0 4
03.b Tratamento e destinação final dos resíduos dos serviços de saúde 0 0

2 Diagnóstico dos Serviços Manejo e Disposição Final dos Resíduos Sólidos de Belém
Em Belém, até 1997, a coleta de lixo domiciliar era feita de maneira irregular e
inconstante gerando muitos problemas na cidade como a proliferação de insetos e roedores, pois,
a população não dispunha de dias e horários programado para despejar seus resíduos. O sistema
de coleta e transporte foi totalmente remodelado nos últimos anos, com a adoção de novas
estratégias e na concepção para os serviços de limpeza e conservação urbana e com aumento
gradativo dos valores disponibilizados para a execução dos serviços, aumentando assim, a
universalização, afetividade e qualidade dos serviços disponibilizados para a população.

A administração vem implementando ações, serviços e propostas, visando resolver


problemas históricos, referente aos serviços de limpeza urbana, com soluções sustentáveis para o
grave problema urbano, inclusive com implicações na saúde e na qualidade de vida. Atualmente,
o manejo de resíduos sólidos, conforme descrito no subcapítulo anterior, é executado por meio
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de dois lotes e inclui os serviços de coleta: domiciliar, seletiva, entulho, serviços de saúde e
educação ambiental.

Até o ano de 2014 o destino final do lixo coletado era no Complexo de Destino Final do
Aurá, através do DRES, hoje o complexo só recebe resíduos classe IIB (inertes),a fim de atingir
a desativação e recuperação ambiental da área. Atualmente, após a análise realizado junto a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) optou-se que a Empresa
Guamá Tratamento de Resíduos Ltda, localizada na Fazenda Santa Lúcia, Município de
Marituba, recebesse dos resíduos domiciliares gerados no municipio de Belém.

Assim, o Município de Belém possui dois locais de disposição final de resíduos, a CPTR-
Marituba, para o lixo orgânico domiciliar, e o Complexo de Destino Final do Aurá para a
disposição de entulho e resíduos de dragagem de canal. Estima-se que 29.272,16kg/mês de
resíduos sejam despejados na CPTR-Marituba e 15.263,59kg/mês são descartados no Aurá.

A área de destinação de entulho e restos de construção civil, pertencente ao aterro


sanitário do Aurá é de domínio da Prefeitura Municipal de Belém e localiza-se as margens do
Rio Aurá, nos limites dos Municípios de Belém e Ananindeua. A área dista 4 km da Rodovia
BR- 316 e 13 km do centro da cidade de Belém.

O lixo doméstico é disposto na Central de Processamento e Tratamento de Resíduos


Urbanos que está localizada em Marituba – Pará, a CPTR-Marituba. Segundo a Solví soluções,
empresa responsável pela CPTR Marituba, a área destinada a esta detém 1.110.000 m², de forma
que 780.000 m² são empregados nas Unidades de Processamento, Tratamento e Infraestrutura de
apoio e o valor restante, de 320.000 m², diz respeito a uma Área de Preservação Ambiental –
APA.

Em 2014, a CPTR GUAMÁ elaborou um estudo parcial de gravimetria em que foi


projetada a quantidade de resíduos sólidos gerados no Município de Belém por meio da
metodologia de média para a Região Norte elaborada pela ABRELPE (2014). Assim, ―levando-
se em consideração que de acordo com o IBGE (2014) Belém possui uma população de
1.432.844 habitantes, pode-se estimar que a geração de resíduos neste município alcance os
números de 1.275.231,1 Kg por dia aproximadamente (CPTR GUAMÁ 2016).

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Devido os tipos de coleta, a CPTR Guamá, 2016, classificou a massa bruta dos resíduos
sólidos por orgânico, reciclável e entulho, com os respectivos valores: 728.061,10kg,
319.023,85kg e 316.702,22kg. A partir disso, obtiveram-se os dados brutos hipotéticos da
gravimetria do resíduo Municipal por bacia, conforme Erro! Fonte de referência não
encontrada.. A partir disso, estima-se que a bacia do Una corresponde a maior bacia com
demanda por coleta de resíduos, seguida pelas bacias: Estrada Nova, Tucunduba, Val-de-Cães e
Paracuri.

200.000,00
180.000,00
160.000,00
140.000,00
120.000,00
100.000,00
80.000,00
60.000,00
40.000,00
20.000,00
-

Orgânico (kg) Reciclavel (kg) Entulho (kg)

Figura 32 Gravimetria dos resíduos sólidos, em quilograma, por bacia hidrográfica.


Fonte: CTPR, 2014.

2.1 Descrição dos serviços de coleta e transporte de resíduos


Entende-se por coleta o transporte regular dos resíduos sólidos: domiciliares (incluindo
comerciais, feiras livres e mercados), entulho (resíduos sólidos produzidos em edificações
residenciais e/ou comerciais, exceto grandes geradores), seletiva (materiais recicláveis e
reutilizáveis) e serviços de saúde. O gráfico abaixo mostra os percentuais dos tipos de coletas de
resíduos no município de Belém:

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0,06% 0,06%

Coleta e transporte de
Resíduos Sólidos
Domiciliares kg
33,89% Coleta e transporte de
entulhos sólidos e focos de
resíduos kg
Coleta e transporte dos
resíduos dos serviços de
65,99% saúde kg
Tratamento e destinação
final dos resíduos dos
erviçõs de saúde kg

Figura 33 Relação do quantitativo dos tipos de coleta de resíduos.


Fonte:
A execução dos serviços de coleta domiciliar no Município de Belém obedece a um
Plano Operacional Detalhado de Coleta, o qual contém o número de equipes e de veículos, além
dos mapas dos setores de coleta indicadas claramente por meio de cores e suas respectivas
legendas, as áreas abrangidas por cada setor, os circuitos considerados, os períodos de trabalho e
as frequências de coleta, apresentados também de forma pormenorizada graficamente, conforme
anexo. O conteúdo do Plano também descreve cada setor proposto, indicando o tipo da coleta
(convencional ou mecanizada) e circuitos que levam em consideração o período de trabalho
(diurno ou noturno), frequência (dias da semana determinados), itinerários com indicação gráfica
respeitando o fluxo de tráfego, horários explicitando o início e fim de cada circuito e
quilometragem do setor além dos desenhos individuais dos setores apresentando mapa geral em
anexo.

2.1.1 Coleta e transporte regular de resíduos sólidos domiciliares, comerciais, feiras livres e
mercados
Coleta e Transporte Regular de Resíduos Sólidos Domiciliares, Comerciais, Feiras Livres
e Mercados, é o conjunto das atividades atinentes ao recolhimento dos resíduos sólidos
produzidos em edificações residenciais e/ou comerciais, com as características qualitativas e
dentro de limites quantitativos estabelecidos pela municipalidade, bem como, seu transporte de
forma adequada nos termos das legislações vigentes.

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Atualmente a Coleta Domiciliar no município é executada porta a porta, em todas as vias


públicas oficiais e abertas à circulação, e que venham a ser aberta, acessíveis a veículos de
coleta, em áreas de conglomerados urbanos, desprovidos de ruas de acesso, ou de difícil acesso,
a coleta é realizada forma manual, com ferramentas compatíveis com as condições de circulações
existentes, tais como carrinho de mão, mini trator, entre outros, conduzidos a pontos de
confinamento acessíveis aos veículos de coleta.

A coleta dos Resíduos Sólidos Domiciliares nas Regiões Insulares ocorre, nos mesmos
moldes da coleta na região continental, obedecendo às frequências e horários de coleta,
previamente definidos pelo Plano de coleta, o transporte é realizado por barcos até o litoral e
posteriormente transportados por caminhões compactadores até o destino final.

O serviço de coleta domiciliar obedece 40 roteiros no lote 1 e 60 roteiros no lote 2,


ocorrendo em dia alternados, nos períodos noturno e diurno, sendo feita de porta em porta. A
coleta de lixo domiciliar é feita regularmente pela SESAN, com cobertura de 97% dos
domicílios, os 3% restantes dizem respeito aos resíduos incinerados, descartados em terrenos
baldios ou resíduos dispostos às margens dos canais.

As equipes de coleta domiciliar são compostas a partir do mínimo, 01 (um motorista) e


03 (três) garis coletores por veículo compactador, sendo o motorista do veículo o coordenador da
equipe de coleta. As empresas contratadas, que contam com um total de 46 caminhões equipados
com coletor-compactador.

A média mensal de resíduos coletados nos domicílios de Belém é de aproximadamente


29.239,98 toneladas, que representam cerca de 29,04% de todo o resíduo gerado na cidade de
Belém. A frequência da coleta foi planejada pelo DRES, tendo a seguinte configuração para os
102 roteiros de coleta:

 04 roteiros pares - 2ª, 4ª e 6ª / diurno;


 20 roteiros pares - 2ª, 4ª e 6ª / noturno;
 20 roteiros ímpares – 3ª, 5ª e sábados / diurno;
 11 roteiros ímpares – 3ª, 5ª e sábados / noturno;
 12 roteiros diários – diurno;
 26 roteiros diários – noturno;

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2.1.2 Coleta, transporte e tratamento dos resíduos sólidos dos Serviços de Saúde
Consideram-se como Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde como Classe I, aqueles
constituídos por Resíduos Sépticos, ou seja, aqueles que contêm, ou potencialmente podem
conter, germes patológicos, oriundos de locais como: hospitais, maternidades, clínicas, prontos-
socorros, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos e centros de saúde, necrotérios,
etc. Trata-se de agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos,
meios de culturas e animais usados em testes, sangue coagulado, luvas descartáveis, remédios
com prazo de validade vencido, filmes fotográficos de raios X, etc.

A execução dos serviços, obedecem ao Plano Operacional de Coleta dos Resíduos dos
Serviços de Saúde, contendo planilha com roteiros de coleta (segunda a sábado), indicando a
quantidade de estabelecimentos municipais atendidos em cada dia da semana, os roteiros
propostos, períodos de trabalho e as frequências de coleta consideradas para cada
estabelecimento, sendo que os estabelecimentos classificados como grandes geradores (hospitais,
prontos socorros e unidades de saúdes), possuem frequência diária de coleta, excluindo-se
apenas os domingos.

É responsabilidade da empresa a prestação de serviços de coleta, transporte, tratamento e


destinação final ambientalmente correta dos resíduos sépticos de serviços de saúde RSSS,
gerados nos estabelecimentos Municipais, tais como, hospitais, prontos socorros, laboratórios de
análises clínicas, zoonoses, centros e postos de saúde, consultórios médicos e odontológicos,
ambulatórios, bem como, nas regiões insulares, que tenham como gerador os estabelecimentos
municipais, os serviços de coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde obedecem
obrigatoriamente todas as normas NBR e as Resoluções RDC/ANVISA/ CONAMA, no que se
referem aos resíduos sólidos das classes A e E.

A Equipe para execução dos serviços de coleta e transporte dos resíduos de serviços de
saúde é constituída por de 01 (um) motorista e 01 (um) ajudante. O veículo destinado à coleta
dos resíduos dos estabelecimentos de saúde é provido de carroceria especial, fechada, revestida
com material liso, impermeável, estanque, com capacidade volumétrica para atender a demanda
do recolhimento de todos os resíduos de serviço de saúde gerados no Município de Belém.

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2.1.3 Coleta e transporte de resíduos em pontos de concentração de entulho.


Os serviços de coleta e transporte de resíduos sólidos em locais de pontos de
concentração de resíduos (entulhos diversos), classificado como Classe II B, compostos na sua
maior parte por resíduos sólidos inertes, quais sejam, restos de construção e reformas, e resíduos
diversos como madeira, móveis, utensílios domésticos inservíveis, restos de podagem de
particulares, terra, pneus, caroço de açaí entre outros, são executados em locais onde a população
descarta indevidamente e indiscriminadamente esses tipos de resíduos.

A execução dos serviços obedece ao Plano Operacional de Coleta de Resíduos em Pontos


de Concentração, contendo o número de equipes e mapas indicando os setores propostos, onde
deverão ser claramente indicadas, através de cores e respectivas legendas, as áreas abrangidas
por cada setor, os períodos de trabalho e as frequências consideradas, apresentado de forma
pormenorizada, graficamente, na escala 1:10.000, e descritivamente, cada setor proposto
considerando o período de trabalho (diurno ou noturno), frequência (dias da semana
determinados), horários, de início e fim, e quilometragem do setor, além dos desenhos
individuais dos setores deverá ser apresentado mapa geral na escala 1:15.000, apresentada em
anexo a metodologia de coleta de resíduos inertes.

A coleta de entulho somente deverá ser executada pela SESAN caso não ocorra a
responsabilização do resíduo, por exemplo, não seja possível identificar o gerador do resíduo e
ainda este seja lançado em via pública, gerando impactos no trânsito de veículos e pedestres. A
partir da identificação do resíduo a SESAN deve solicitar retirada em até 48 (quarenta e oito)
horas.

Para a coleta e transporte desse tipo de material, são utilizados caminhões com caçamba
basculante de capacidade mínima de 10m³, equipado com vassouras, pás, enxadas e vassourões
para a devida limpeza do local. As equipes de mão-de-obra, por caminhão, são compostas por 01
(um) motorista e 02 (dois) ajudantes. É previsto, ainda, a utilização de cavaletes para a
sinalização do trafego a serem colocados no início dos serviços e retirados logo após o seu
término.

Os resíduos de foco de resíduos coletados são transportados devidamente lonados e


destinados atualmente ao Núcleo de Destinação Final do Aurá NDF/Aurá, aterro controlado de
material inerte, pertencente e administrado pela Prefeitura Municipal de Belém.
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2.1.4 Coleta Seletiva


É válido ressaltar a importância da coleta seletiva que de acordo com Kuhnen (1994)
possui potencial transformador:

A coleta seletiva constitui processo de valorização dos resíduos, em que estes


são selecionados e classificados na própria fonte geradora, visando seu
reaproveitamento e reintrodução no ciclo produtivo. Ao invés de simplesmente eliminar
os resíduos, passa-se a valoriza-los, reciclá-los. A prática da coleta seletiva reveste-se de
forte conteúdo comunitário, qualquer que seja a abrangência do projeto (KUHNEN
1994, 49).
A coleta seletiva decorre de modelo misto, prevendo a segregação na fonte e a execução
dos serviços de coleta nas residências, quanto aos condomínios, empresas públicas e privadas,
instituições financeiras e estabelecimentos comerciais, são firmados acordos setoriais com o
apoio técnico da SESAN. Por fim, a coleta através dos Locais de Entrega Voluntárias – LEV’s.

A Prefeitura Municipal de Belém, a través da SESAN possui contrato administrativo com


a Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis – CONCAVES, a fim de realizar a coleta
seletiva ocorre no bairro de Nazaré. Atualmente encontra-se em fase de ampliação a partir da
conclusão do Centro de triagem de materiais recicláveis do Aurá, o qual atenderá os catadores do
Aurá. Além destas, nenhuma outra Cooperativa possui contrato administrativo formalmente
estabelecido, a pesar de receberem apoio de ordem administrativa e operacional.

Os serviços de coleta dos materiais recicláveis no bairro de Nazaré, são realizadas coletas
porta a porta, dividida em roteiros, nos dias de segunda-feira a sábado, em dias e horários pré-
determinados no Plano de roteirização, para tanto, utiliza-se quatro guarnições (duas diurnas e
duas noturnas), contendo quatro coletores por veículo especial de tração mecânica. Os
equipamentos mínimos parta atender a coleta seletiva são: dois caminhões carroceria gaiola; um
veículo leve, popular, quatro portas; e, um veículo utilitário com motorista.

Todos os componentes de equipes de coleta são instruídos a usar, permanentemente


durante o horário de trabalho, uniformes padronizados completos, conforme modelos aprovados
pela SESAN, e equipamentos de proteção individual (EPI), necessários ao desempenho de suas
atividades, sendo tais EPI’s fornecidos pela PMB/SESAN.

Em caso de possíveis contratações com novas cooperativas ou de entidades


especializadas no fortalecimento institucional da cooperativa ou associação vigorante, para que
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possam executar os serviços de forma organizada e sistematizada, atendendo aos fins colimados
pela legislação vigente, essas receberão orientação técnica e qualificação profissional e
organizacional a ser proporcionada pela Prefeitura de Belém, através de instituição especializada
na gestão e desenvolvimento das atividades de cooperativismo ou associativismo voltados à
coleta seletiva.

Os serviços operacionais são desenvolvidos por catadores cooperados ou associados, que


trabalham diretamente nas atividades de coleta seletiva porta a porta e nas coletas onde estão
instalados os Locais de Entrega Voluntária – LEV’s, nos limites do bairro Nazaré.

A coleta de papéis, metais, vidros e plásticos previamente segregados do material


orgânico, na fonte, são recolhidos na área selecionada e transportados para a UTRM/Aurá.

O controle referente à coleta de materiais recicláveis no bairro de Nazaré é realizado


diariamente no final do expediente pela SESAN/DRES em conjunto com a Associação ou
Cooperativa contratada, tendo como referência os tickets de passagens de balanças rodoviárias
instaladas no Aterro Sanitário do Aurá. – verificar se é realizado, anexo a roteirização bairro de
Nazaré).

A equipe técnica a supervisionar este programa deve ser: um coordenador do programa


Operacional da SESAN; um coordenador do programa educacional ambiental designado pela
SEMMA; e, um representante da associação ou cooperativa de catadores contratada. Estima-se
que ao todo são 33 servidores que atuam na educação ambiental e a coleta seletiva, 200
recicladores das cooperativas, 14 veículos – entre caçamba, caminhão baú e ônibus, conforme
Tabela 39.

Tabela 39 Listagem de Cooperativas e Associações com o quantitativo de equipamentos cedidos pela


Prefeitura.
Item Cooperativa Veículos Quantitativo
01 Catadores de Belém Filhos do Sol – CCGFS Caçamba Truck 01
Caçamba Truck 01
Caminhão Baú ¾ 01
02 Associação dos Catadores da Coleta Seletiva de Belém – ACCSB Caminhão ¾ 01
Caçamba Toco 01
Caçamba Truck 01
Ônibus 01
03 Associação dos Recicladores de Águas Lindas – ARAL Caçamba Truck 01
Caminhão Baú ¾ 01
Caminhão Gaiola 01
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04 Cooperativa Novo Horizonte Caminhão Truck 01


05 Cooperativa de Catadores de Material Reciclável Visão Pioneira – Caminhão Truck 01
COCAVIPS
Caminhão Truck 01
06 Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis – CONCAVES Caminhão Truck 01

a. Especificação dos veículos e equipamentos que serão alocados ao serviço


- Caminhão ¾ equipado com carroceria tipo gaiola de estrutura de ferro para coleta
seletiva com dimensões mínimas: 6,80m de comprimento, 2,60m de largura e 2m
de altura.
- Carro leve modelo popular para fiscalização ano e modelo 2015, motor 1.0 ou
superior, biocombustível, 4 portas, com ar condicionado de fábrica, capacidade
para 5 passageiros.
- Veículos utilitários do tipo SPRINTER Modelo Mercedes Bens OM-611 LA tipo
4 cilindros ou similar.

2.1.4.1 Grupo de Trabalho e Educação Ambiental


O Grupo de Trabalho e Educação Ambiental (GTEA) é o responsável pelas ações, que
incluem o trabalho corpo a corpo junto aos moradores, sempre com orientação sobre o correto
acondicionamento de lixo, entulho e os cuidados que se deve ter para manter as ruas limpas, e
ainda evitar doenças, cuja proliferação aumenta com o acúmulo de lixo.

Os serviços de Educação Ambiental desenvolvidos pela Prefeitura de Belém, através da


Secretaria Municipal de Saneamento. Atualmente o GTEA é composto por 2 (duas) equipes que
somam 17 (dezessete) servidores que atuam na área de educação ambiental, os quais
desenvolvem atividades de informações pontuais, relativo ao manejo de resíduos sólidos e os
serviços de limpeza e conservação urbana.

Os serviços de divulgação e sensibilzação a população quanto à separação do material,


horário de coleta, disposição dos ecopontos, dentre outros, são realizados por meio do envio de
folhetos e panfletos à população, sob orientação da SESAN. O material informativo é distribuido
em todoa a área selecionadae o mateial contém o número de telfones para inforações ou
reclamações.

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2.2 Limpeza urbana


Os serviços de limpeza e conservação de vias e logradouros públicos são atividades
tipicamente municipais e consistem no desenvolvimento de uma gama der serviços voltados à
conservação urbana, através de equipes multiprofissionais, regidos por Planos de Trabalho
Operacional, ou através de Ordens de Serviços específicas para a execução das atividades e
regidos por Programação de Serviços, elaborados pelo Departamento de Resíduos Sólidos, com
as devidas metodologias a serem aplicadas para sua execução.

2.2.1 Varrição
Na área comercial, o serviço de varrição só é realizado após o fechamento do centro
comercial de Belém, às 19h, equipes de varrição e coleta de lixo e entulho começam a limpeza
das estreitas ruas do bairro da Campina. Porém, o acúmulo de lixo ocorre logo após a limpeza
das vias.

A varrição e a coleta do lixo, no centro comercial, são feitas diariamente, no período


noturno. O serviço é realizado à noite por causa do intenso fluxo de pessoas e de veículos nessa
área. As ruas onde há maior incidência de comércio são a Santo Antônio e a João Alfredo, que
são divididas pelo Largo das Mercês. Neste perímetro se concentram lojas, restaurantes e
lanchonetes. Quem passa à noite, após a limpeza, encontra as calçadas carregadas de entulho.

A composição das equipes é feita por 28 (vinte e oito) varredores e 02 (dois) profissionais
para carga dos resíduos no caminhão coletor, esta equipe é munida de todo material necessário
para a boa execução dos trabalhos. Assim, estima-se que 1.059.560,32km/mês de ruas são
varridas.

Os serviços de varrição manual de vias públicas, como já citado, é regido por um Plano
Operacional detalhado, contendo o número de equipes e os mapas dos setores indicando através
de cores e respectivas legendas, as vias abrangidas por cada setor, além dos horários e das
frequências de execução, respeitando as características locais abrangendo todos os distritos, a
metodologia aplicada esta apresentada de forma pormenorizada, graficamente, na escala
1:10.000, e descritivamente, cada setor proposto considerando-se: período de trabalho (diurno ou
noturno), frequência (dias da semana determinados), itinerários por sarjeta com horários, de
início e fim, e quilometragem do setor. Além dos desenhos individuais dos setores mapa geral na
escala 1:15.000. (Anexo 5: Plano Operacional de Varrição Manual).
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

2.2.2 Limpeza de praças, feiras e mercados.


Os serviços de limpeza de praças feiras livres e mercados, consiste na varrição e
manutenção da limpeza e lavagem dos espaços públicos, suas dependências e áreas do entorno,
considerando ainda as orlas e pontos turísticos, pertencentes ao município de Belém. Para a boa
execução dos trabalhos é obedecida a relação de 01 (um) encarregado para 20 (vinte)
trabalhadores.

Devido serem locais fixos, a distribuição das equipes, são estabelecidas a partir do
potencial de geração de resíduos e estrutura de cada local, assim, são mobilizadas com base na
programação estabelecida pela SESAN/DRES. Os resíduos destas áreas são coletados,
transportados, por caminhão da terceirizada, e descarregados nos locais autorizados pela
SESAN. Estes serviços ocorrem em período diurno e, somente caso necessário, em período
noturno. Os equipamentos de proteção individual devem ser

2.2.3 Capinação, raspagem e caiação de vias e logradouros públicos


Os serviços de Capinação e Raspagem consistem na execução manual de corte e
erradicação de vegetação rasteira (mato, ervas, etc.) em vias e logradouros públicos, em
complemento a esses serviços, é executado o serviços de caiação (pintura) de guias e postes, com
o emprego da mão de obra da própria equipe, munida dos materiais e equipamentos necessários e
suficientes, utilizando-se emulsão de cal hidratada.

O Serviço tem sua frequência ditada pela especificidade local, mobilizada de acordo com
as necessidades e determinação do Departamento de Resíduos Sólidos DRES, através de
programação especificas para cada local considerando-se ai sua recorrência.

A composição das equipes para a execução dos serviços de capinação, raspagem e


caiação obedece a relação máxima de 01 (um) encarregado para cada 20 (vinte) trabalhadores e
01 (um) caminhão basculante de 10 m³, para a coleta, transporte dos resíduos provenientes das
atividades. Cada equipe destaca 12 (doze) agentes para a capinação e raspagem, 06 (seis) agentes
para a caiação, além de 02 (dois) agentes para a carga dos resíduos no caminhão coletor.

2.2.4 Roçagem manual e mecanizada


Os Serviços de Roçagem consistem no corte de vegetação, a uma altura de até 5 (cinco)
centímetros acima do nível do solo, e tem como objetivo, evitar que o mato, o capim e as ervas

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daninhas prejudiquem o trânsito de pessoas e de veículos, a segurança pessoal, a estética e a


sanidade dos logradouros públicos, executados das formas a seguir:

a. Roçagem Manual - Executada em áreas de difícil acesso, com foices tipo ―bico de
gavião‖ e/ou terçados, que serão afiados diariamente antes do início dos serviços.
b. Roçagem Mecanizada - Executada por roçadeiras costais, em canteiros centrais
das principais avenidas, praças e orlas.
O Serviço tem sua frequência ditada pela especificidade local, mobilizada de acordo com
as necessidades e determinações do Departamento de Resíduos Sólidos DRES, através de
programação especificas para cada local, considerando-se ai sua recorrência.

A composição das equipes para a execução dos serviços de roçagem manual e mecânica
obedece a relação máxima de 01 (um) encarregado para cada 10 (dez) trabalhadores e 01 (um)
caminhão basculante de 10 m³, para a coleta, transporte dos resíduos provenientes das atividades.
Cada equipe deverá destacar 06 (seis) ajudantes, 02 (dois) operadores de roçadeiras, além de 02
(dois) agentes junto à tela de proteção.

2.2.5 Equipe de limpeza urbana para mutirão


A equipe de limpeza para mutirão tem o objetivo de apoiar, de acordo com as
necessidades, as diversas atividades de limpeza e conservação urbana promovida pela Secretaria
Municipal de Saneamento SESAN, através do Departamento de resíduos sólidos DRES, essas
equipes tem a função precípua de dar suporte aos serviços emergências e sazonais nos Distritos
administrativos e ações de limpeza por fatos atípicos que por ventura ocorram no município.

A Equipe de Limpeza urbana para desenvolver as atividades de limpeza pública, em


regime de mutirão de limpeza, é composta pelos seguintes elementos:

a. Equipamentos: 01 (uma) pá mecânica, 04 (quatro) caminhões basculantes de 10


m³ e 05 (cinco) roçadeiras costais
b. Mão de obra: 1 (um) encarregado e 30 (trinta) agentes de serviços urbanos
c. Ferramentas: 06 (seis) carros de mão, com rodas pneumáticas, 10 (dez) pás, 10
(dez) vassourões, 10 (dez) garfos, 20 (vinte) enxadas, 10 (dez) terçados e 10 (dez)
gadanhos.

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3 Normas e Regulamentos Sanitários Municipais Existentes


A Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/10 (BRASIL, 2010) reúne o
conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados por todos os
níveis de governo (podendo agir o Governo Federal isoladamente ou em cooperação com
Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares), visando à gestão integrada e o
gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.

Em âmbito estadual, há a reafirmação e fortalecimento dos princípios e diretrizes


previstos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos através do Plano Estadual de Resíduos
Sólidos, o qual deve ser compatível com o Plano Estadual de Saneamento Básico conforme
institui a Política de Saneamento do Estado do Pará – Lei nº 7.731/13 (PARÁ, 2013).

O Município de Belém dispõe de leis gerais e específicas quando se trata de Resíduos


Sólidos, pois, além do Plano diretor Urbano e o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos –
PGRS/2011, o Município também dispõe de instrumentos legais que regulamentam as ações do
poder público quanto à ordem pública, higiene e questões relativas ao meio ambiente. São as leis
ordinárias que dispõem quanto: Coleta, Transporte, Disposição final, obrigatoriedade da Coleta
Seletiva, Distribuição do lixo a cooperativas de catadores de materiais recicláveis e Combate a
Degradação Ambiental.

A prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Saneamento, dispõe de uma


coordenação de fiscalização e aplicação do código de postura municipal, danto poder de Polícia a
atividade da administração pública, baseado na Lei 7.055 de 30 de dezembro de 1977. Este
código em seu artigo primeiro constitui medidas de políticas administrativas a cargo do
Município de Belém, estabelecendo as relações entre o poder público municipal e a população.

Pode-se citar abaixo com maior detalhamento uma apresentação do conjunto de


legislações Federal, Estadual e Municipal, bem como, normas técnicas vigentes e aplicáveis às
ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, limpeza e conservação urbana contemplando as
normas aplicáveis.

3.1 Âmbito Nacional


 Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de Outubro de 1988.
Trata especificamente da Política Ambiental Brasileira no capítulo VI Art. 225, que dispõe sobre
o direito de todos quanto ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
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povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo, para os presentes e futuras gerações.
 Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (Política Nacional de Meio Ambiente – PNMA).
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências.
 Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais). Dispõe sobre as
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e
dá outras providências.
 Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 (Política Nacional de Saneamento). Estabelece as
diretrizes nacionais para o Saneamento Básico e para a Política Federal de Saneamento Básico e
dá outras providências).
 Lei nº 11.455, de 5 de janeiro de 2007 (Política Nacional de Educação Ambiental –
PNEA) Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e
dá outras providências.
 Lei nº. 12.305, de 02 de agosto de 2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) Dispõe
sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998;
e dá outras providências.
 Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006. Institui a separação dos resíduos recicláveis
descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte
geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis,
e da outras providencias.
a. Resoluções
 NBR 10004/87 Resíduos sólidos - Classificação
 NBR 11174/89 Armazenamento de resíduas classes II (não inertes) e III (inertes)
 NBR 12.808/93 – Resíduos de Serviços de Saúde – Classificação
 NBR 12.810/93 – Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde
 NBR 12.980/93 – Coleta, Varrição e Acondicionamento de Resíduos Sólidos.
 Resolução CONAMA nº. 257, de 30 de julho de 1999 e nº 263 de 12 de novembro de
1999. Prevê que as pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio,
mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos,
veículos ou sistemas, móveis ou fixos deverão ser encaminhados para disposição final adequada.

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 Resolução CONAMA nº. 278, de 26 de agosto de 1999. Estabelece que as empresas


fabricantes e importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final
ambientalmente adequada.
 Resolução CONAMA nº. 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece o código de cores para
os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
 Resolução CONAMA nº 358 de 04 de maio de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a
disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
 Resolução ANVISA - RDC nº 306 de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

3.2 Âmbito Estadual


 Lei Estadual nº 5.887, de 09 de maio de 1995. Dispõe sobre a Política Estadual do Meio
Ambiente e dá outras providências.

3.3 Âmbito Municipal


 Decreto Municipal – nº 39091 (05/07/1991). Dispõe sobre coleta, transporte e destinação
final de lixo patológico e dá outras providências.
 Decreto Municipal – nº 38323 (09/04/2001). Dispõe sobre a coleta, transporte e
destinação final de resíduos sólidos industriais e entulhos em aterros sanitários ou em
incineradores municipais não abrangidos pela coleta regular.
 Lei Ordinária nº 7192 de 21 de dezembro de 1981. Institui a Taxa de Resíduos Sólidos no
Município de Belém e dá outras providências.
 Lei Ordinária nº 7631 de 24 de maio de 1993. Torna obrigatória a coleta seletiva do lixo
nas Escolas Públicas, Hospitais, Restaurantes, Supermercados, Feiras, Mercados, Grandes
Lojas, Praias, Logradouros Públicos ou similares e dá outras providências.
 Lei Ordinária nº 8012 de 02 de junho de 2000. Dispõe sobre a coleta, transporte e
destinação final de lixo patológico e dá outras providências.
 Lei Ordinária nº 8014 de 28 de junho de 2000. Dispõe sobre a coleta, transporte e
destinação final de resíduos sólidos industriais e entulhos em aterros sanitários ou em
incineradores municipais não abrangidos pela coleta regular, e dá outras providências.
 Lei Ordinária nº 8655 de 30 de julho de 2008. Dispõe sobre o plano diretor do município
de Belém, e dá outras providências.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

4 Dificuldades na operacionalização
Existem algumas dificuldades operacionais que são impeditivas ou restritivas a uma coleta
regular satisfatória e a operacionalização dos serviços de limpeza e conservação urbana,
conforme listagem abaixo:

 Falta de campanhas permanentes de educação ambiental, objetivando o envolvimento e


a participação da população na limpeza da cidade;
 A falta de programas de coleta seletiva;

 Precariedade do sistema viário em áreas de subúrbio ou periférica resultando em panes


constantes dos caminhões coletores compactadores ou no uso inadequado de caçambas
basculantes para a coleta de lixo doméstico;
 A insuficiência de coleta alternativa para as áreas de difícil acesso ou de estivas;
 A deficiência e precariedade dos serviços de varrição e limpeza de vias e logradouros
públicos;
 Precariedade dos serviços de limpeza e conservação urbana tais como: varrição,
serviços com recorrência adequada de capinação, raspagem, roçagem e caiação de vias e
logradouros públicos;

5 Proposições

5.1 Estrutura Organizacional


Atualmente a estrutura do departamento de coordenação e execução da Prefeitura
Municipal de Belém que gerencia os resíduos sólidos na cidade é superutilizada, dificultando,
assim, a execução dos serviços de manutenção e operação do sistema. A partir disso, surge a
necessidade de um novo organograma organizacional da estrutura existente a fim de permitir
maior autonomia e eficiência das ações, expresso na Erro! Fonte de referência não
encontrada..

Com o novo organograma proposto o DRES passará a existir uma coordenação para cada
grupo, haverá então seis (06) gerências e cada uma com no mínimo três (03) e no máximo cinco
(05) chefes de seção, o que permitirá o aumento de sua equipe.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 34 Organograma proposto ao Departamento de Resíduos Sólidos – DRES.


Fonte:

5.2 Projeto para programa de usina de compostagem


O Município de Belém com uma população de aproximadamente 1 452.275 habitantes,
com uma produção diária de 1.200 toneladas de resíduos sólidos domiciliar, necessita de um
local que possa realizar o reaproveitamento dos resíduos orgânicos coletados no município,
através da técnica de compostagem que consiste na decomposição aeróbia (com presença de ar)
da matéria orgânica pela ação de organismos biológicos, em condições físicas e químicas
adequadas. Esse processo será procedido pela separação dos materiais de acordo com sua
classificação e o composto orgânico, após as fases de maturação será utilizado em adubação e os
rejeitos que deverão ter sua destinação final ambientalmente correta em aterro sanitário.

A construção e operacionalização dessas usinas de compostagem ira contribuir de forma


significativa com os passiveis ambientais provocados pela geração dos resíduos sólidos pela
população, a implantação desses empreendimentos viria a contribuir de forma positiva, sobre
tudo, em relação ao reaproveitamento dos resíduos que em sua grande maioria possui
características orgânicas, contribuindo dessa forma como a geração de emprego e renda a
população, fomentando outros benefícios que possam ser inseridos junto ao projeto, e
fundamentalmente, pela diminuição dos resíduos transportados para o Aterro Sanitário.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Em função de não haver tratamentos adequados para os seus resíduos sólidos, as soluções
que serão implantadas no Plano Municipal de Saneamento Básico, dependem fundamentalmente
da colaboração da população atendida, para que a operação seja eficiente e atinja os objetivos
propostos, assim, a construção, implantação e operação de 04 (quatro) Usinas de Compostagem
de Lixo, seria de fundamental importância para o gerenciamento dos serviços de limpeza urbana,
conforme Tabela 40.

Tabela 40 Localização das usinas de compostagem.

Item Localização das Usinas de Compostagem Unidade Quantidade


01 Distrito Administrativo de Icoaraci Und. 01
02 Distrito Administrativo de Mosqueiro Und. 01
03 Agencia Regional de Outeiro Und. 01
04 Agencia Regional de Outeiro – Ilha de Cotijuba Und. 01

5.3 Projeto para programa de reciclagem e coleta seletiva.


O aumento populacional aliado ao crescimento desordenado de nossa cidade, e à
superprodução de bens de consumo cada vez mais descartáveis, expressa a dimensão do
problema das ultimas décadas que refletiu na necessidade do Poder Público, buscar soluções para
o adequado descarte, coleta, tratamento, destinação final e reaproveitamento dos materiais
passiveis de reutilização, reuso, reaproveitamento e reciclagem.

Diante desse cenário surgiram ferramentas valiosas para implementação da logística


reversa, educação ambiental e para a valorização social dos catadores, que através da coleta
seletiva, oferece oportunidade de participação comunitária, no exercício da cidadania e a
possibilidade de prestar valiosos serviços, contribuindo desta forma com a administração
municipal, portanto, o foco principal desse projeto é acreditar na reciclagem como um método
eficaz de preservação ambiental, de geração de emprego, de melhoria da vida das pessoas e de
respeito às gerações futuras, tendo como principio o pilar do desenvolvimento sustentável que
considera que essas ações e serviços seja ecologicamente corretas, economicamente viáveis e
socialmente justas.

A construção e operacionalização de 16 galpões para o recebimento, triagem,


reciclagem, valorização e comercialização de resíduos passiveis de reutilização, que
fundamentalmente prevê parcerias entre diversos órgãos da administração municipal e com as
Cooperativas e Associações de Catadores de materiais recicláveis, que tem como finalidade dar

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

suporte e abastecer as Unidades de Triagem de Materiais Recicláveis (UTMR), essas ações tem
como principio, atender a Lei 12.305/2010, que estabelece a Erradicação do Trabalho de Catação
de Lixo, desta forma entendemos que o Município de Belém necessita com urgência da
instalação de 16 Centro de Triagem de Material Reciclável e da implantação e operacionalização
da Coleta Seletiva para o trabalho organizado dos catadores de lixo, assegurando a todos o
direito à capacitação profissional e a inclusão produtiva, através da participação como associados
de todas as atividades de estruturação, organização e desenvolvimento das Cooperativas e
Associação, as quais deverão estar devidamente constituída, conforme estabelece o Termo de
Ajuste de Conduta (TAC), celebrado entre a Prefeitura Municipal de Belém e o Ministério
Público Estadual.

Assim, entendemos que a construção, implantação e operação de 16 (dezesseis) Unidades


de Triagem de Materiais Recicláveis, seria de fundamental importância para o gerenciamento
dos serviços de manejo de resíduos sólidos e de limpeza e conservação urbana, conforme Tabela
41.

Tabela 41 - Localização usinas de reciclagem.

Item Localização dos Galpões de Materiais Recicláveis Unidade Quantidade


1 Bacia da Estrada Nova Und. 3
2 Bacia do Una Und. 3
3 Bacia do Tucunduba Und. 2
4 Distrito Administrativo de Icoaraci Und. 3
5 Agencia Regional de Outeiro Und. 2
6 Distrito Administrativo de Mosqueiro Und. 2
7 Núcleo de Destinação Final do Aurá Und. 1

A presente proposta apresentada nesse manual, tem por objetivo criar infraestrutura física
em detrimento aos problemas relacionados à geração de resíduos sólidos e colaborar
significativamente para a implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município
de Belém, o objetivo principal a construção, implantação e operação de 16 Centros de Triagem
de Materiais Recicláveis no Município de Belém, priorizando sobre tudo a reutilização, reuso e
reciclagem dos resíduos gerados pelos moradores e visitantes e a destinação final dos rejeitos
ambientalmente correta.

Desta forma entendemos que a implantação dos Centros de Triagem, traria grandes
benefícios para a população e para o meio ambiente, pois, criaria condições de emprego e renda
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

através da comercialização dos resíduos passiveis de reutilização e reciclagem. A composição


física dos 16 empreendimentos deverá ser construída obedecendo a critérios de padronização e
estrutura simplificada, para sua operacionalização deverá ser precedida de treinamento dos
colaboradores, aquisição de máquina, equipamentos e ferramentas necessárias para o bom
funcionamento de cada galpão.

5.4 Projeto para programa de reciclagem de resíduos da construção civil.


O projeto de construção e Implantação de duas Usinas de Reciclagem dos Resíduos da
Construção Civil será na verdade uma novidade e um avanço nas questões que envolvem os
serviços de limpeza e conservação urbana de nossa capital, pois trará condições e perspectivas de
resolver, não somente o lançamento indiscriminado de resíduos da construção civil e de
pequenas reformas, que não são abrangidos pela coleta regular realizada no município e que são
passiveis de reciclagem e reutilização.

A reciclagem dos resíduos da construção civil é uma atividade fundamental para evitar a
sua deposição em áreas inadequadas e o seu lançamento às margens dos cursos d’água ou
diretamente no leito destes, esses empreendimentos terão como suporte para sua
operacionalização, as Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes URPV, e será mais uma
ferramenta para a população, descartar os resíduos provenientes dessa atividade, em local
apropriado e devidamente autorizado, para posterior reaproveitamento, através das técnicas que
serão empregadas.

Assim, entendemos que a construção, implantação e operação de 02 (duas) Usinas de


Reciclagem dos Resíduos da Construção Civil, seria de fundamental importância para o
gerenciamento dos serviços de manejo de resíduos sólidos e de limpeza e conservação urbana,
conforme Tabela 42.

Tabela 42 Localização Usinas Reciclagem Construção Civil.

Item Localização Usinas Reciclagem Resíduos Construção Civil Unidade Quantidade


01 Município de Belém (NDF/AURÁ) Und. 01
02 Distrito Administrativo de Icoaraci Und. 01
Total de usina de reciclagem da construção civil 02

A inclusão de novas técnicas de tratamento e reciclagem e a importância em abordar e


conhecer questões que venha nos dar uma visão criticas com relação às problemáticas que
envolvem a ocupação urbana e as interferências voltadas para as questões socioambientais, mais
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

especificamente pela destinação ambientalmente correta dos resíduos sólidos gerados pela
população, provenientes de pequenas reformas, mais que de forma geral, geram uma quantidade
significativa desses resíduos e pela falta de perspectivas para a reciclagem e o reaproveitamento
por parte das empresas que exploram os serviços de construção em nossa capital, portanto, a
Construção e Implantação de 2 (duas) Usinas de Reciclagem dos Resíduos da Construção Civil,
será de fundamental importância para a consolidação do Plano Municipal de Saneamento Básico,
que nesse caso contemplará o dispositivo da Lei 12.305/2010 Politica Nacional de Resíduos
Sólidos sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como, sobre as diretrizes relativas à
gestão integrada e ao gerenciamento integrado de resíduos sólidos, a implantação desse
empreendimento se justifica, por Belém presenta uma geração média diária de aproximadamente
600 toneladas de resíduos sólidos provenientes dos serviços de limpeza e conservação urbana e
pelo descarte irregular por parte da população, considerando que desse total aproximadamente 80
toneladas/dia, poderiam ser reciclados ou reaproveitados e retornariam fomentando outros
benefícios que possam ser inseridos junto ao sistema.

O presente Manual de Manejo de Resíduos e Limpeza Urbana, tem como um dos seus
objetivos, a proposta para a construção e Instalação de 2 (duas) Usinas de Reciclagem dos
Resíduos da Construção Civil, priorizando sobre tudo, minimizar os impactos gerados pelo
descarte clandestino de entulho em vias e logradouros público, assim como, nos córregos e
marginais de canais de nossa capital. Desta forma entendemos que a implantação do
empreendimento criaria uma ferramenta para auxiliar a população, colocando a sua disposição
mais uma opção para seu resíduo ter sua destinação final ambientalmente correta, minimizando
os custos com a coleta dos resíduos descartados irregularmente, criando perspectivas de emprego
e renda aos carroceiros e carrinheiros.

Uma usina de reciclagem de entulho da construção civil consiste na britagem adaptada


para triturar entulho, com a implantação da usina de reciclagem de entulho, pretende-se entre
outras coisas manter a cidade limpa, incentivar a economia, gerar empregos.

5.5 Projeto para programa de fiscalização e aplicação do código de postura.

5.5.1 Fiscalização e Aplicação do Código de Postura


A prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Saneamento, dispõe de uma
coordenação de fiscalização e aplicação do código de postura municipal, relativo à Lei 7.055 de
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

30 de dezembro de 1977, este código em seu artigo primeiro constitui medidas de políticas
administrativas a cargo do Município de Belém, estabelecendo as relações entre o poder público
municipal e a população.
Porém, não há uma estrutura organizacional, operacional física, para o desempenho dessa
atividade, de suma importância para o município, pois, a estrutura existente não dá o suporte
necessário às atividades de fiscalização de vias e logradouros públicos, atinentes as competência
da Secretaria Municipal de Saneamento, sobre tudo, ao título III, seus capítulos e artigos como
segue:
TÍTULO III - DA HIGIENE PÚBLICA CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 25. Compete à fiscalização municipal zelar pela higiene e saúde públicas, tomando
as providências necessárias para evitar e sanar irregularidades que venham a comprometê-las.

Art. 26. As normas do poder de polícia relativas à higiene pública serão fiscalizadas
pelos órgãos do setor de saúde do Município, excetuando-se as atinentes à higiene e limpeza dos
logradouros públicos, de competência do setor de serviços públicos.

Art. 27. Quando for verificada infração às normas de higiene cuja fiscalização seja
atribuída ao governo estadual ou federal, a autoridade administrativa que tiver conhecimento do
fato fica obrigada a comunicá-lo ao órgão ou entidade competente.

CAPÍTULO II - DA HIGIENE DOS LOGRADOUROS E VIAS PÚBLICAS


Art. 29. É dever de todo cidadão respeitar os princípios de higiene e de conservação dos
logradouros e vias públicas.

Art. 30. Nos logradouros e vias públicas é defeso:

I - impedir ou dificultar a passagem de águas, servidas ou não, pelos canos, valas, sarjetas
ou canais, danificando-os ou obstruindo-os;

II - impedir a passagem de pedestres nas calçadas, com construção de tapumes ou


depósito de materiais de construção ou demolição, tabuleiros, veículos ou qualquer outro corpo
que sirva de obstáculo para o trânsito livre dos mesmos. (Redação dada pela Lei nº 7.275, de
20.12.1984, Ed. de 20.12.1984).

a) é defeso também transformar as calçadas em terrace de bar, colocação de cadeiras e


mesas. (Redação dada à alínea pela Lei nº 7.275, de 20.12.1984, Ed. de 20.12.1984).

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III - depositar ou queimar lixo, resíduos ou detritos;

IV - lavar veículos ou animais;

V - instalar aparelhos de ar condicionados de maneira que o resíduo aquoso se projete


sobre o trânsito de pedestres:

VI - construir qualquer tipo de piso sobre o leito da rua permitindo-se apenas o


rebaixamento do meio fio, até o nível da rua, nas entradas de veículos.

a) os proprietários que já tenham construído fora das especificações deste artigo tem o
prazo de 90 dias para as necessárias adaptações.

Art. 31. A limpeza dos logradouros e vias públicas e a coleta do lixo domiciliar são
serviços públicos executados diretamente pela Prefeitura ou por empresa privada (VETADO)
devidamente especializada.

Art. 32. Os ocupantes de prédios devem conservar limpos os passeios de suas residências
e estabelecimentos.

§ 1º A lavagem ou varrição do passeio do prédio residencial deve ser efetuada em hora


conveniente e de reduzido movimento de tráfego.

§ 2º Quando se tratar de estabelecimento comercial ou de prestação de serviço, a lavagem


e varrição dos passeios somente serão efetuadas fora do horário normal de atendimento ao
público.

Art. 33. Os proprietários ou moradores de imóveis são obrigados a providenciar a


podação das suas árvores de modo a evitar que as ramagens se estendam sobre os logradouros e
vias públicas, quando isso representar prejuízo para livre circulação de veículos e pedestres.

Art. 34. Caberá aos seus proprietários a constante limpeza dos terrenos baldios, os quais
deverão obrigatoriamente possuir muros de testada.

Parágrafo único. O muro de testada de que trata este artigo deverá ser construído em
alvenaria.

Art. 35. Quando se constatar erosão, desmoronamento ou carreamento de terras para


logradouros e vias públicas ou propriedades particulares, o proprietário do terreno, onde ocorrem

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

ou passam vir a ocorrer estes fenômenos, deverá impedi-los através de obras de arrimo e
drenagem.

Art. 36. Ficam os donos ou empreiteiros de obras obrigados à pronta remoção dos restos
de materiais ou quaisquer objetos deixados nas vias públicas.

Para melhor efetividade das ações de fiscalização seria necessário à estruturação de uma
coordenação apoiada em material humano devidamente capacitado para o exercício da atividade
e infraestrutura adequada (veículos, material educativo e informativo, estrutura física
apropriada), dentro de um organograma definido, para o cumprimento das ações fiscalizatórias
no âmbito da Secretaria municipal de Saneamento, quanto as questões e interferências
relacionadas ao manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana.

Assim, esse manual sugere a estruturação da coordenação de fiscalização de vias e


logradouros públicos e aplicação do código de postura do município, que deverá ser exercida,
para verificar as conformidades das posturas municipais aplicáveis e o comportamento da
população relativo à salubridade no município, a fiscalização é desempenhada através do
monitoramento das vias e logradouros públicos que envolvem aspectos técnicos e
administrativos das posturas municipais.

A efetiva fiscalização deverá ser exercida, com o atendimento das regras dispostas na
legislação, para o bem-estar de seus habitantes, em detrimento aqueles que exorbitam seus
diretos, para tanto, a capacitação dos servidores para exercerem a atividade de fiscalização no
Município é condição primordial para alcançar os objetivos da cidade ordenada, limpa e atraente,
fornecendo informações e capacitações essenciais aos agentes de fiscalização, para que o seu
trabalho seja realizado de forma eficiente e eficaz.

O agente de fiscalização servidor devidamente treinado para o exercício da atividade,


assim como, no estrito desempenho de suas atribuições, o agente fiscal deve atuar com rigor e
eficiência para que a legislação municipal seja cumprida, as Atribuições do Agente Fiscal de
Postura municipal, abrange, entre outras atribuições:

a. Fiscalizar o cumprimento do Código de Postura Municipal estabelecido pela Lei


7.055/1977;
b. Fiscalização e o monitoramento de vias e logradouros públicos;

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

c. Apreensão a carrinheiros e carroceiros e demais conduta por lesão a sanidade, estética e


salubre do município;
d. Combate ao descarte irregular de resíduos sólidos e demais irregularidade que prejudique ou
possa prejudicar ou mesmo interferir nos serviços desenvolvidos pela Secretaria municipal
de Saneamento;
e. Fiscalizar o cumprimento do Código de postura do município de Belém relativo à
competência da SESAN e notificar as secretaria sobre irregularidades cometidas que não
seja de sua competência;
f. Dentro de suas prerrogativas: Emitir Notificações e Lavrar Autos de Infração;
g. Expedir multas aos infratores à legislação urbanística e ao código de postura municipal;

5.6 Projeto para programa de educação ambiental.


Os serviços de Educação Ambiental tem um cunho de transversalidade para os serviços
de manejo de resíduos sólidos, limpeza urbana e demais atividades desenvolvidas pela Secretaria
Municipal de Saneamento, através de suas diretorias e Departamentos, como já citado nesse
manual, os serviços relativos à Educação Ambiental são realizados de forma precária, pois, não
houve investimentos, tão pouco, estrutura física e profissionais para o desenvolvimento efetivo
dessa atividade, os quais atualmente desenvolvem atividades meramente de informações
pontuais, relativo aos serviços executados pelo DRES.

Para os objetivos que se deve alcançar entendemos que o programa aqui proposto deve
ser bem mais estruturado, disponibilizando aos servidores treinamento na área de educação
ambiental, os qualificando para atuarem com mais contundência nas ações possibilitando um
maior engajamento por parte dos profissionais, no que tange aos serviços complementares e
paralelos de educação ambiental no âmbito dos serviços desenvolvidos pelo município de Belém.

Como forma de dotar a secretaria de uma coordenação estruturada tanto do ponto de vista
organizacional como operacional para a realização das atividades inerente a Educação Ambiental
será de fundamental importância buscar mecanismos voltados para a execução dos serviços,
considerando que os mesmos, possuem relação direta com as atividades desenvolvidas pela
SESAN, no que tange a execução dos serviços institucionais de sua competência, nas áreas que
compõem nossa bacia hidrográfica.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

10.7.1 Diretrizes específicas para as ações de Educação Ambiental


- Elaboração e implantação de um programa de Educação Ambiental consistente com
objetivos e metas a serem atingidas, baseadas na Lei 1.305/2010, Politica Nacional de Resíduos
Sólidos, em consonância com a Lei 9.795/99 o Politica Nacional de Educação Ambiental.
- Incentivar a segregação dos resíduos na fonte geradora para facilitar os serviços de coleta
seletiva nos pequenos e grandes geradores, visando a valorização dos resíduos passiveis de
reutilização, reuso e reciclagem.
- Planejamento e desenvolvimento de ações voltadas a informação e conscientização da
população relativo às boas praticas no acondicionamento, segregação e disposição dos resíduos,
com controle social e parcerias com os demais atores da sociedade.
- Elaboração de material informativo (folders, panfletos educativos, cartazes e faixas),
como suporte para as atividades de Educação Ambiental.
- Planejamento das ações educativas através do envolvimento das comunidades e Centros
Comunitários, com material informativo e educativo e Confecção de calendários com
informativos dos dias e horários de coleta, para serem distribuídos, através da equipe de
Educação Ambiental.

5.7 Proposição de Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs)


No que tange a problemática de deposição irregular de resíduos sólidos inertes (entulhos
diversos), em vias e logradouros públicos de nossa cidade será de fundamental importância dotar
o município de intervenções que possa minimizar ou simplesmente solucionar tais problemas. O
projeto que se propõe é a construção e implantação de Unidades de Recebimento de Pequenos
Volumes de entulho URPV’S, o qual será um dos investimentos mais importantes para a
implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico para o Município de Belém, pois irá
contribuir de forma significativa com os problemas ambientais, provocados pelo descarte
aleatório e clandestino de entulhos e materiais inservíveis em vias e logradouros públicos de
nossa capital.

Neste planejamento para a implantação, pretende-se construir 17 (dezessete) unidades de


recebimento de pequenos volumes URPVS, estrategicamente localizadas no município de
Belém. Essas unidades poderão receber volumes de até 2 m³ diários por gerador e os resíduos
especiais tais como poda, pneus, bagulhos volumosos, caroço de açaí etc., que será destinado e

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acondicionado em baias separadas, e encaminhados para destinação ambientalmente corretas. Os


usuários dessas unidades será a população em geral, os carroceiros e carrinheiros.

Estas Unidades têm como objetivo dar apoiar os serviços de limpeza urbana, e deverão
construídas em áreas especificas e estratégicas, sobre tudo, em locais de maior incidência de
descarga clandestina nas Bacias Hidrográficas da Estrada Nova, Bacia do Una, Bacia do
Tucunduba e nos Distritos Administrativos de Icoaraci, Mosqueiro e na Agencia Regional de
Outeiro (AROUT), conforme Tabela 43:
Tabela 43 Localização das URPV's.

Item Localização das URPV’S Unidade Quantidade

01 Bacia da Estrada Nova Und. 03

02 Bacia do Una Und. 04

04 Bacia do Tucunduba Und. 02

05 Distrito de Icoaraci Und. 04

06 Agencia Regional de Outeiro Und. 02

07 Distrito de Mosqueiro Und. 02

TOTAL DE UNIDADES DE URPV’S 17

A composição física dos 17 empreendimentos deverá ser construída obedecendo a


critérios de padronização e estrutura simplificada, para sua operacionalização, deverá ser
precedida de treinamento d (BRASIL 2010)os colaboradores, aquisição de máquina,
equipamentos e ferramentas necessárias para o bom funcionamento de cada unidade.

6 Planos de Operação e Manutenção

6.1 Metodologia às operações e manutenções preventivas


A cidade de Belém apesar de possuir coleta de resíduos sólidos e serviços de limpeza
urbana, realizados pela Secretaria Municipal de Saneamento (SESAN) permanece
constantemente, suja, principalmente de lixo e entulhos lançados nas vias públicas e canais.
Algumas situações observadas demonstram uma certa precariedade no sistema de gerenciamento
dos serviços de manejo de resíduos (infraestrutura, acondicionamento, coleta, segregação,
reciclagem e Transporte), e dos serviços de limpeza urbana.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

O Modelo Atual do gerenciamento da Limpeza Urbana e do manejo de resíduos sólidos


do Município de Belém é considerado e avaliado como satisfatório, porém, necessita de ajustes e
investimentos para maior efetividade dos serviços executados, no sentido de manter o meio
ambiente limpo e saudável, tendo como cenário o Município de Belém e seus Distritos
Administrativos, de acordo com a Lei Nacional do Saneamento Básico, nº 11.445/07, Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/2010 e o Plano Diretor Municipal de
Belém (PDMB), 2008.

A visão das propostas e prognósticos aqui estabelecidos, é tornar Belém limpa e saudável.
A nova proposta a ser apresentada trata-se de uma perspectiva de proposição de estruturas
físicas, infraestrutura urbana e organizacional para solucionar problemas históricos de descarte
clandestino de resíduos, por diversos fatores que ocorrem em nossa capital, os quais podemos
destacar e evidentemente combater essa interferências observadas pelo poder público e pela
coletividade

a. Coleta domiciliar irregular;


b. Locais sem coleta de lixo, principalmente, para a população que mora em cima dos canais
e regiões insulares;
c. Proliferação de vetores, de maus odores e poluição visual;
d. Falha na coleta de entulho e outros resíduos;
e. Ausência na varrição em algumas ruas e logradouros públicos;
f. Feiras e mercados sujos;
g. Muito lixo e entulho nos canais e ruas;
h. Falhas na limpeza, capinação e raspagem de vias;
i. Ausência de cestinhas e papeleiras nas vias para colocação de resíduos;
j. Falta de locais adequados para colocação de entulho pela comunidade;
k. Falta de programas de coleta seletiva e reciclagem;
l. Ineficiência da fiscalização e controle do sistema de limpeza urbana;
m. Ausência de estruturas de apoio ao sistema de limpeza da SESAN;
n. Falha na coleta especial, muitos animais mortos, veículos abandonados, resíduos de
podagem, bagaço de cana de açúcar, caroço de açaí, resíduos de abate de frangos e de
coco.

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o. Falhas no acondicionamento dos resíduos sólidos principalmente em bares, lanchonetes e


restaurantes;
p. Falta de programas que envolvam a participação da comunidade

6.1.1 Manejo de resíduos sólidos

6.1.1.1 Plano De Coleta Domiciliar, Comercial, Feiras Livres e Mercados


Como já citado o Modelo Atual do gerenciamento da Limpeza Urbana e do manejo de
resíduos sólidos do Município de Belém é considerado e avaliado como satisfatório, contudo é
necessário intervenções e ações estruturantes para a melhoria da qualidade dos serviços
disponibilizados a população e a colaboração dos mesmos, para a sadia melhoria da qualidade de
vida da população e sua efetiva participação e colaboração para termos uma cidade limpa e
ordeira.

A execução dos serviços de coleta de resíduos sólidos domiciliares, comercial e feiras


livres e mercados no Município de Belém, obedece ao Plano Operacional Detalhado de Coleta,
contendo o número de equipes e de veículos, mapas dos roteiros de coleta, circuitos, períodos de
trabalho, frequências de coleta (dias da semana), representados graficamente, descritivo do setor,
circuitos, período de trabalho (diurno ou noturno), itinerários com horários de início e fim de
cada circuito e quilometragem do setor, porém, para melhor efetividade desses serviços será
considerado uma revisão dessa metodologia de execução, que tem como finalidade o
redimensionamento dos atuais roteiros de coleta e a inclusão de possíveis áreas que ainda não
são atendidas, bem como, uma analise detalhada do atual sistema para melhor atendimento aos
serviços prestados a população no que concerne ao manejo de resíduos sólidos.

A coleta, dentro das suas limitações, recolhe os resíduos: domiciliares; materiais de


varredura domiciliar, limpeza de feiras e mercados; resíduos originários de estabelecimentos
públicos e institucionais, desde que haja o pagamento da taxa correspondente ao serviço;
resíduos originários de estabelecimentos de prestação de prestação de serviços e comerciais, até
100litros/dia ou a massa de 400kg/dia, no caso de coleta alternada e o volume de 500litros/dia ou
massa de 200kg/dia quando a coleta for diária. O entulho, terra e sobras de materiais de
construção que não possuam mais de 50kg/volume, devidamente acondicionados; restos de
móveis, de colchões, de mudanças e outros similares, em pedaços que fiquem contidos em
recipientes de até 100litros.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

A coleta deve ser realizada porta a porta em todas as vias públicas oficiais e aberta à
circulação, com acesso aos veículos, seguindo uma sistemática de rotina consagrada na pratica,
podendo ser do tipo convencional ou mecanizada. Em outras áreas, como conglomerados
urbanos em desprovidos de ruas de acesso é dever da terceirizada realizar a coleta por meio de
ferramentas e conduzir o resíduo até o ponto de confinamento, situado em local acessível ao
veículo de coleta, a fim de evitar pontos de entulho.

A coleta convencional engloba o conjunto de atividades concernentes ao recolhimento


dos resíduos sólidos produzidos em edificações residenciais e os comerciais, projetados de
acordo com as características qualitativas e dentro dos limites quantitativos bem como seu
transporte de forma adequada para a destinação final.

Já a coleta mecanizada é realizada por meio de coleta sistematizada e mecanizada com


frota de veículos especiais, cuja área a ser coletada tenha acondicionamento padronizado em
contêineres basculáveis com volume entre 120 a 1000litros. Esse trabalho inclui várias etapas:
coleta; transporte, e destinação final de resíduos coletados.

Os serviços de coleta domiciliar realizados diariamente terão início basicamente trinta


minutos antes do horário estabelecido para saída dos veículos, quando motorista e os coletores de
lixo se apresentarão devidamente uniformizados ao departamento de tráfego da empresa, para
submeter-se à inspeção diária por fiscal da prefeitura.

No local assinarão as fichas de presença onde será anotado o horário de entrada em


serviço, ou passarão o crachá no relógio. Os motoristas receberão uma plaqueta contendo a ficha
de controle e os documentos do veículo que a equipe irá usar no dia com o mapa individual do
setor em que irá operar.

De posse desses elementos, a equipe dirigirá ao pátio de estabelecimento, onde o


motorista verificará as condições do seu veículo, observando se o mesmo está devidamente
abastecido de combustível e água, se os pneus estão calibrados, se os freios estão em perfeitas
condições de funcionamento e se o equipamento de coleta está em ordem para uma perfeita
operação.

Após esse de verificação, a equipe já disposta no veículo, receberá ordem da portaria para
sair com destino ao setor de coleta. O deslocamento será feito através de itinerários
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

preestabelecidos, os quais somente serão interrompidos em caso de acidentes de trânsito ou


congestionamento de tráfego que possam atrasar os serviços. A quebra de rotina será sempre
anotada na ficha própria pelo motorista, para efeito de controle de tempo de quilometragem.

Nas áreas mais congestionadas, a coleta Domiciliar será feita no período noturno, para
evitar o impedimento das vias de maior movimento pelos caminhões coletores. Chegando ao
setor de trabalho, a equipe iniciará a coleta de lixo em obediência ao itinerário que está em seu
poder, começando o serviço sempre pela mesma via pública.

A execução da coleta se processará da seguinte forma: com veiculo coletor em marcha


reduzida e compatível com a velocidade de coleta e capacidade nominal de trabalho da equipe as
técnicas básicas de trabalho podem ser resumidas nos seguidas procedimentos:

a. Os garis irão apanhar e transportar os recipientes com precaução, esvaziando-os


completamente, com os cuidados necessários para não danificá-los e evitar a
queda do lixo nas vias públicas;
b. Os resíduos depositados nas vias públicas pelos munícipes, que tiverem tombado
dos recipientes expostos e caído durante a coleta, serão varridos e recolhidos.
c. O conteúdo de um recipiente em hipótese alguma será transferido para outro ou
atirado de um ajudante ao outro, bem como de volta ao passeio.
d. Vasilhame vazio, quando for o caso, será recolocado onde se encontrava, de pé; e
e. Todas as operações serão executadas sem ruído e sem danificar os recipientes.

Ao completar uma carga, o motorista conduzirá o veículo ao local de destinação final do


lixo definido pela prefeitura. Ao chegar ao local de destinação, o motorista estacionará o veículo
balança para pesagem, entregado sua ficha de controle a um funcionário do Aterro Sanitário da
CPTR de Marituba, responsável pelo acompanhamento das pesagens. Após a verificação do
peso, o veículo será deslocado para o local de descarga, operação que é finalizada com a limpeza
final do equipamento.

Na saída do local de descarga, o motorista receberá sua ficha de controle, devidamente


registrada com o peso transportado, o número do ticket utilizado e o horário indicado, retornado
assim ao setor, também por projeto previamente definidos, para dar continuidade às tarefas do
dia.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Ao concluir o primeiro circuito do dia, a equipe reservará um a hora para refeição e


repouso e repouso. O segundo circuito será executado de forma semelhante ao primeiro. Ao
completar o serviço de coleta de lixo domiciliar do setor, o veículo retornará a sede, onde, ao
chegar na portaria, será vistoriado por funcionário treinado, que verificará o aspecto geral do
mesmo e se todas as ferramentas de trabalho estão nos devidos lugares (vassoura e pá). Neste
instante os Coletores de lixo da equipe assinarão a folha de presença ou passarão o crachá no
relógio de ponto eletrônico, onde será apontado o horário de término de trabalho.

Na sequência, o veículo será conduzido ao pátio de abastecimento pelo próprio motorista,


onde um funcionário do departamento de manutenção verificará o funcionamento dos
componentes elétricos (lanternas, sinalizadores e buzinas). Se o veículo não apresentar nenhum
problema de ordem mecânica, o motorista encerrará a ficha de controle e entregará o veículo ao
manobrista que o conduzira ao setor de lavagem diária, e em seguida devolverá a prancheta ao
departamento de trafego, onde sua ficha de controle será fechada.

Caso o veículo necessite de algum reparo mecânico, o motorista se dirigirá ao


Departamento de tráfego onde, além do procedimento habitual, deverá preencher uma ordem de
serviço na qual será descrito o defeito, sendo a mesma entregue ao departamento de manutenção,
que providenciará o concerto.

Com relação ao horário, período, frequência e ao tipo de coleta, os setores, que estão
representados graficamente, foram determinados, com base na experiência da empresa na
realização desse tipo de serviço, visando a otimização dos serviços de coleta no Município e
respeitando todos as características locais, da seguinte forma:

a. Setores com coleta domiciliar convencional, realizada no período diurno, com


frequência diária (segunda-feira à sábado).
b. Setores com coleta domiciliar convencional, realizada no período diurno, com
frequência alternada par (segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira).
c. Setores com coleta domiciliar convencional, realizada no período diurno, com
frequência alternada Impar (terça-feira, quinta-feira e sábado).
d. Setores com coleta domiciliar convencional, realizada no período noturno, com
frequência diária (segunda-feira à sábado).

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e. Setores com coleta domiciliar convencional, realizada no período noturno, com


frequência alternada par (segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira).
f. Setores com coleta domiciliar convencional, realizada no período noturno, com
frequência alternada Impar (terça-feira, quinta-feira e sábado).
g. Horário da Coleta Domiciliar Convencional Diurno: 07:00 às 15:20 h
h. Horário de a Coleta Domiciliar Convencional noturno: 19:00 às 03:30 h

A Coleta Domiciliar, na área de conglomerados urbanos desprovidos de ruas de acesso,


será feita por pessoal com equipamentos compatíveis com as circulações existentes. No plano
operacional de coleta de lixo domiciliar apresentado graficamente, os diversos setores de coleta
estão identificados por cores e com indicação gráfica do itinerário, quando ocorrer vias e
logradouros públicos sem a identificação gráfica, significa que as mesmas estão contempladas no
plano operacional de coleta domiciliar em áreas de difícil acesso.

Vale ressaltar que a coleta dos Resíduos Sólidos nas reiões insulares deverá ocorrer nos
mesmos moldes da região continental, obedecendo as frequências e horários de coleta e
previamente definidos pela SESAN. Deve-se considerar a produção média tradicional existente e
as variações sazonais da população flutuante.

6.1.1.2 Controle de coleta


Ao setor de operações caberá as funções de definir e construir a guarnição de cada
veículo coletor, vislumbrando, sempre que possível, que os componentes das guarnições sejam
os mesmos. Este procedimento fará com que os componentes da guarnição do veículo coletor
tenham pleno conhecimento da área sob sua responsabilidade de limpeza, através do
preenchimento da ficha de ―controle diário da coleta‖, o motorista do veículo coletor fará
anotações dos dados relativos ao prefixo do veículo utilizado, descrição do cadastro, setor de
coleta, da quantidade e do numero de inscrição dos componentes da guarnição, do horário,
quilometragem dos perímetros gastos em cada fase da jornada de trabalho.

O ―Controle diário de coleta‖ tem como objetivo básico fornecer ao setor operacional
descrição dos itinerários de coleta com fins de aferição de seu desempenho.

O preenchimento do ―Controle diário de coleta‖ é de responsabilidade dos motoristas dos


veículos coletores e a sua frequência de preenchimento é imediata, a cada itinerário e movimento
do caminhão da coleta de lixo.
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6.1.1.3 Plano de coleta e transporte de resíduos sólidos em locais de pontos de concentração de


resíduos
Os serviços de coleta de entulho são compostos na sua maior parte por resíduos sólidos
inertes, quais sejam, restos de construção e reformas, e resíduos diversos como madeira, móveis,
utensílios domésticos inservíveis, restos de podagem de particulares, terra, pneus, caroço de açaí
entre outros.

A coleta de entulho corresponde a 31,50% de toneladas da coleta e transporte de resíduos


sólidos. Assim como os demais serviços, a coleta de entulho também é dividida por lotes e
estima-se que sejam coletados por ano 180.185,29 toneladas, divididos entre 49,73% Lote 1 e
50,27% Lote 2. Com isso, são gastos por ano aproximadamente R$16.263.5240,55.

A SESAN coleta o entulho que é jogado clandestinamente nas vias públicas, e o


produzido nas residências, desde que a quantidade seja de até meio metro cúbico, o equivalente
ao tamanho de um fogão de quatro bocas. O destino final do lixo orgânico é o Aterro Sanitário
do Aurá, em Ananindeua. O serviço é realizado por terceirizada e cabe a mesma fazer a seleção
dos materiais que deverão ir ou não, porém todo e qualquer reajuste ou reavaliação deve ser
aprovado pela SESAN. Devendo a contratada realizar o serviço em até 48 horas após a ordem de
serviço.

A coleta de entulho é realizada por equipe, composta por: um caminhão caçamba


basculante de capacidade mínima de 10m³, vassoura, pá, enxada, vassourão, lona, um motorista e
dois ajudantes. O local de descarte dos resíduos só pode ser executado quando autorizados pela
SESAN.

Esses serviços devem obedecer a um Plano Operacional de Coleta bem definido,


contendo número de equipes, mapas dos setores, as áreas de cada setor, períodos de trabalho e
frequências, apresentados graficamente, descritivo de cada setor, período de trabalho (diurno ou
noturno), frequência (dias da semana determinados), horários de início e fim e quilometragem
dos setores.

Os resíduos provenientes da construção civil e de pequenas reformas possuem legislações


especificas para a coleta, transporte e destinação final ambientalmente adequada, para esse tipo
de resíduos as quais podemos destacar Lei 12.305/2010, lei 8014/2000, contudo, a descarga
clandestina desse tipo de resíduo é intensa nas vias e logradouros públicos do munícipio, deve-se
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então destinar esses materiais às Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes de Entulho –


URPVE’s, proposta apresentada como infraestrutura física para o recebimento de pequenos
volumes e matérias inservíveis e que irá contribuir para a solução desse descarte proporcionando
ao pequeno gerador mais uma ferramenta e opção para a destinação final dos resíduos
produzidos por pequenas reformas.

6.1.1.4 Plano de coleta, transporte e tratamento dos resíduos sólidos dos Serviços de Saúde
Os resíduos provenientes da atenção à saúde humana e animal - RSSS possuem
legislações especificas para seu acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destinação
final ambientalmente adequada para esse tipo de resíduos, as quais podemos destacar, Lei
12.305/2010, Resolução CONAMA Nº 5, Resolução CONAMA 358, RDS/ANVISA 306 e lei
8012/2000. Os resíduos sólidos dos serviços de saúde (RSSS), os quais são provenientes de
hospitais, clínicas médicas e veterinárias, laboratórios de análises clínicas, farmácias, centros de
saúde, consultórios odontológicos, resíduos advindos das salas de cirurgias, centros de
hemodiálise, áreas de internação, isolamento, dentre outros, este tipo de resíduo exige atenção
especial, com um correto acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final,
devido ao potencial risco à saúde pública que pode oferecer.

É responsabilidade da SESAN/PMB a definição e identificação dos estabelecimentos


municipais ou instituições autorizadas geradores de resíduos de serviços de saúde. Todas as
definições descritas para a região continental deve acontecer nas regiões insulares. Porém, a
responsável pela coleta destes resíduos deve ser a CONTRATADA executora do LOTE 1. A
coleta e transportes externos devem ser realizados de acordo com as normas MBR 12.810/1993 e
MBR 14.652/2001 da ABNT.

Os estabelecimentos municipais de atenção à saúde humana e animal são atendidos pela


coleta regular dos resíduos produzidos pelos estabelecimentos municipais. Os demais geradores
são responsáveis por seus resíduos, e seguem as legislações vigentes para o seu
acondicionamento, transporte, tratamento e destinação final. Devendo todos os estabelecimentos,
privados ou públicos, acondicionarem os seus resíduos em sacos plásticos especiais, os mesmos,
também têm por obrigação fiscalizar os locais de armazenamento a fim de objetivar o
atendimento da NBR 9.190 da ABNT.

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A coleta dos RSSS é terceirizada e estes devem obedecer ao Plano operacional de coleta,
contendo: planilha com roteiros de segunda-feira a sábado; indicando a quantidade de
estabelecimentos atendidos em cada dia da semana; roteiros propostos; períodos de trabalho e
frequência de coleta considerada para cada estabelecimento, sendo que os estabelecimentos
classificados como grandes geradores (hospitais, pronto socorros e unidades de saúde), deverão
possuir coleta diária, excluindo-se os domingos. Conforme anexo.

O tipo de tratamento a ser feito é a incineração térmica, que consiste em destruir os


resíduos (biológicos e químicos) mediante um processo de combustão no qual estes são
reduzidos a cinzas e a disposição final desse rejeito será o confinamento em aterro sanitário. Na
impossibilidade deste tipo de destinação final, a terceirizada deverá infrar e avaliar junto com a
SESAN/PMB os preceitos estabelecidos em lei a disposição final do rejeito, considerando a
melhor alternativa para o tratamento.

A equipe executora da coleta de resíduos de saúde deverá ser constituída por no mínimo
de 01 (um) motorista e 01 (um) ajudante. Os veículos destinados à coleta deverá ser o caminhão
tipo ⁄ , dotado com o coletor de resíduos ―hospitalares ou similar‖. Os veículos devem estar
providos de carroceria especial, fechada revestida com material liso impermeável, estanque, que
possuam capacidade volumétrica mínima para atender a demanda do recolhimento de todos os
resíduos de saúde gerados, de forma que atendam a NBR 8.413.

Os veículos utilizados no transporte de resíduos de serviços de saúde devem ser


desinfetados e lavados após a conclusão de cada ciclo de coleta, em local apropriado para esse
fim. Os veículos devem ainda apresentar identificação ―Serviços de Coleta de Resíduos
Hospitalares‖ em local de fácil visualização.

6.1.2 Resíduos industriais


Os resíduos provenientes das atividades industriais, assim como os demais resíduos
especiais, possuem legislações especificas para seu acondicionamento, coleta, transporte,
tratamento e destinação final ambientalmente adequada, para esse tipo de resíduos as quais
podemos destacar Lei 12.305/2010, Lei 8014/2000.

Os resíduos sólidos industriais abrangem os resíduos das indústrias de transformação,


resíduos radiativos e os resíduos agrícolas, bem como, os variados tipos de resíduos provenientes

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de diversos tipos e portes de indústrias de processamentos, os quais por sua natureza apresentam
características diversificadas, pois dependem do tipo de produto manufaturado devendo,
portanto, serem estudados caso a caso, não menos importante são os resíduos agrícolas, gerados
das atividades da agricultura ou da pecuária, como as embalagens de adubos e fertilizantes,
defensivos agrícolas, já as embalagens de agroquímicos, por conterem um alto grau de
toxicidade, estão subordinadas a uma legislação específica.

6.1.2.1 Resíduos sólidos especiais e logística reversa


A lei 12.305/2010 que instituiu a Politica Nacional de Resíduos Sólidos PNRS,
considerando seus princípios e objetivos, instituiu um instrumento de desenvolvimento
econômico e social, valoroso e importante na gestão dos resíduos a chamada logística reversa, a
qual é caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a
coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu
ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada, sendo
que os mesmos poderão retornar ao setor produtivo na forma de matéria-prima.

Definição de Logística Reversa pela Lei 12.305/2010 Art. 3 Inciso XII.

―Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de


ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos
ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou
outra destinação final ambientalmente adequada‖.

Desta forma a legislação através da PNRS, obriga os fabricantes, importadores,


distribuidores e comerciantes de agrotóxicos constituídos de resíduo perigoso, pilhas e baterias,
pneus, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, lâmpadas fluorescentes, de vapor de
sódio e mercúrio e de luz mista, assim como, produtos eletroeletrônicos e seus componentes a
investir no desenvolvimento, fabricação e colocação no mercado de produtos aptos à
reutilização, reciclagem ou outra forma de destinação ambientalmente adequada e cuja
fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível.

O papel do consumidor nesse processo é o de efetuar a devolução de seus produtos e


embalagens aos comerciantes ou distribuidores após o uso. Aos comerciantes e distribuidores
compete efetuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens
reunidos ou devolvidos. Por sua vez, os fabricantes e os importadores deverão dar destinação
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ambientalmente adequada aos produtos e às embalagens reunidos ou devolvidos, sendo o rejeito


encaminhado para a disposição final ambientalmente adequada, na forma estabelecida pelo órgão
competente.

Dentre os resíduos sólidos especiais que em função de suas características diferenciadas,


nos quais se inserem os pneus, pilhas, baterias e as lâmpadas fluorescentes, podemos destacar
como forte interferência aos serviços de limpeza urbana, os Pneus que são descartados
irregularmente em vias públicas.

Em detrimento a PNRS e a logística reversa, as empresas fabricantes e as importadoras de


pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos
pneus inservíveis existentes no território nacional.

Com relação as pilhas e baterias, a PNRS, atribui a responsabilidade do


acondicionamento, coleta, transporte e disposição final aos comerciantes, fabricantes,
importadores, os quais devem ter seu tratamento e disposição final semelhantes aos resíduos
perigosos Classe I, o mesmo conceito é estabelecido para as lâmpadas fluorescentes que liberam
mercúrio quando são quebradas, queimadas ou enterradas.

6.1.3 Limpeza urbana


Os serviços de limpeza urbana consistem no desenvolvimento de atividades voltadas à
conservação urbana através de equipes multiprofissionais.

O Município de Belém possui diferentes formas de urbanização, ocupação e uso do solo.


Assim, há a necessidade de aplicar diferentes técnicas na manutenção das vias e logradouros.
Desta forma as áreas centrais se diferenciam das demais, pela sua consolidação em relação as
periféricas e em relação aos distritos.

A partir disso, observa-se a necessidade de ampliação dos serviços tanto nos aspectos
operacionais, considerando a expansão dos serviços e o aumento das frequências de ações em
alguns logradouros e corredores centrais. Assim, deve-se readequar os roteiros hoje executados,
bem como, o redimensionamento de pessoal e inclusão de roteiros para um melhor atendimento e
universalização dos serviços prestados a população.

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6.1.3.1 Plano de Varrição


O plano de varrição consiste a operação de varrição manual, incluindo recolhimento e
remoção dos resíduos espalhados pelas vias públicas e logradouros públicos, compreendendo:
sarjetas (linhas d’água), canteiros centrais e respectivos passeios, desde que pavimentados. A
largura média de varrição a ser adotada é de 0,80metros a partir o meio fio.

No plano de varrição, assim como os demais panos, a divisão da cidade será por bacias
hidrográficas, como a lei Federal 11.445/07 define. Em seguida com a divisão da cidade em
Zonas de Limpeza – ZL, os trechos, com extensão de 1.500m, medidos no eixo da via, representa
uma unidade de varrição de cada ZL.

As ZL dividirão-se em trechos/itinerários de varrição complementará as ações de ordem


espacial. A adoção de frequências diária na área central e alternada nas demais, e a definição do
período de realização dos serviços, diurno e/ou noturno determinarão as ações de ordem
temporal.

Os trechos de varrição terão uma produtividade média de 230 m/homem/hora para sete
horas efetivamente trabalhadas, com frequência diária nas áreas centrais e alternadas nas demais.
De acordo com o PGRS/2011, ―a frequência dos serviços de varrição também deverá ser
apresentada em cumprimento da legislação trabalhista e acordos coletivos de trabalho
(totalizando em cada semana 44 horas)‖.

Como nos demais serviços, a varrição manual deve ser programada das segundas-feiras
aos sábados e, em locais essenciais e/ou eventos especiais (plantões) aos domingos e feriados. O
horário proposto para os serviços de varrição será:

 7:00h às 11:00h e 12:00h às 15:30h de segunda-feira a quinta-feira;


 7:00h às 11:00h e 12:00h às 15:00h às sextas-feiras e sábados;
 Exceto para o centro comercial, onde a limpeza ocorra no período noturno,
devido a grande movimentação no local durante o dia.
Cada trecho deverá ser executado por 02 homens de forma concomitante nos dois lados
da via; A operação consistirá na varrição dos resíduos ao longo do meio – fio e calçadas. As
praças, largos e calçadões serão considerados trecho de varrição com o dimensionamento do
pessoal correspondente.

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Em cada dupla um dos homens irá à frente varrendo e amontoando os detritos, bem como
mudando o cone de lugar enquanto o outro irá recolhendo os detritos auxiliados por vassoura
comum de piaçava e pá quadrada, e colocando no lutocar ou carrinho de mão quando for o caso.

A área de abrangência da varrição e os trechos correspondentes ocorrerão na


totalidade das vias pavimentadas do Município de Belém. Nas Vilas, Distritos e Agrupamentos
Urbanos, são áreas com pequena quantidade de ruas pavimentadas, de passeios e guias; assim, a
equipe de varrição realize também os serviços congêneres de: Roçagem, Capinação, catação,
pinturas e guias e postes, limpeza de praças e jardins.

Na composição das equipes deverá ser levada em conta que a varrição será sem0re
identificada com a logotipo da SESAN/PMB, nos carrinhos lutocar ou similar. Os sacos para o
armazenamento do material deverão ser suficientemente resistentes, a fim de evitar o
derramamento do resíduos. Cada chefe de setor da varrição, o encarregado, será um responsável
pela fiscalização da execução da varrição, obedecendo a relação máxima de 01 (um) encarregado
para cada 30 (trinta) varredores e 01 (um) caminhão basculante de 10m³.

a. Rotina
As rotinas se dividem conforme os turnos de varrição, podendo ser matutino, vespertino
ou noturno todos com 6horas trabalhadas, os inícios dos serviços são respectivamente às 07h, às
13h e 19h. Com base no planejamento, cada setor pré-determinado terá o seu ponto de apoio,
onde estarão guardados seus equipamentos e ferramentas, podendo ser em estabelecimento
comercial, escola municipal ou repartição pública.

Os critérios de frequência obedecerão ao planejamento diário com base na quantidade de


detritos dispostos na via pública. Deverá ser recolhido todo o lixo ou detrito espalhado, não
acondicionado em latões ou sacos plásticos nas calçadas, sarjetas e canteiros, através de varrição
com vassourões, sendo o resultado acondicionado em lutocares ou carrinhos de mão, quando for
o caso.

É dever do agente de serviços urbanos ao dirigir-se ao local de trabalho, deverão levar no


lutocar ou carrinho de mão, sacos de lixo e carregar as ferramentas (pá quadrada, enxada,
vassourão e vassoura comum) que estarão guardadas nos pontos de apoio. Os agentes tem com
obrigação antes de iniciar a varrição, colocar (em média 20 unidades) deverão ser colocados no

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fundo do lutocar todos os sacos de lixo, deixando-se um que será acondicionado na boca do
lutocar para início dos trabalhos.

Para que haja um bom acondicionamento do lixo, os sacos deverão ser preenchidos
obedecendo-se espaço suficiente para permitir o fechamento por amarramento e quando houver
resíduo com muito peso (areia ou terra, por exemplo), o volume deverá ser reduzido até metade
do total do saco, para evitar rompimento. Em locais em que as vias não forem pavimentadas ou
que tiverem excesso de terra, a operação será feita com carrinho de mão e o material sempre
depositado na calçada.

Ao término do serviço de varrição, a coleta tem que ser realizada com o menor tempo de
operação possível, a fim evitar o carreamento para a via pública, por ventos, animais ou mesmo
vandalismo. Os agentes de serviços urbanos deverão coletar todos os resíduos das sarjetas para
que, de modo algum, eles não entrem nas bocas de lobo.

6.1.3.2 Plano de Serviços Congêneres


Todos os componentes das equipes de coleta deverão usar, permanentemente durante o
horário de trabalho, uniformes padronizados completos, conforme modelos aprovados pela
SESAN/PMB, e equipamentos de proteção individual (EPI), necessários e apropriados ao
desempenho de suas atividades específicas, caso a caso.

Deverá ser prevista a utilização de cavaletes para sinalização do tráfego, com a


logomarca da SESAN/PMB, a serem colocados no início dos serviços e retirados após o seu
término. A contratada deverá fornecer os cavaletes.

Para a composição das equipes, deverá ser levado em conta que os serviços de limpeza e
lavagem de feiras e mercados serão efetuados com equipe munida de todo material necessário e
suficiente, para a boa execução dos trabalhos, obedecendo-se a relação máxima de 01 (um)
encarregado para cada 20 (vinte) habitantes.

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7 Custos para o manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana

7.1 Estimativa de custos


A estimativa de custos para a varrição baseou-se na produção atual e na média diária de
produção de varredor por hora, adotado pelo Senge (2015). A composição por equipe adotada é
referencial por Contrato. Assim, seguem os cálculos:

7.1.1 Coleta de resíduos sólidos Domiciliares



[ ]

[ ] ⁄

7.1.2 Coleta de resíduos sólidos de Entulho



[ ]

[ ] ⁄

7.1.3 Varição

[ ]

[ ] ⁄

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7.1.4 Limpeza de praças, feiras e mercados.


⁄ ⁄

[ ]

[ ] ⁄

7.1.5 Roçagem manual e mecânica


⁄ ⁄

[( ) ]

[ ] ⁄

7.1.6 Capinação e raspagem de guias e logradouros públicos


⁄ ⁄

[( ) ]

[ ] ⁄

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7.1.7 Equipe de limpeza urbana para mutirão


⁄ ⁄

[( ) ]

[ ] ⁄

7.2 Custo do manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana por bacia urbana.

VALOR
ITEM HISTORICO UNID. QUANTITATIVO VALOR TOTAL
UNITÁRIO R$

1.0 COLETA E TRANSPORTE DE RESIDUOS


Coleta e transporte de Resíduos
1.1 ton. 128,10 27.297,50 3.496.810,36
Sólidos Domiciliares
1.1.1 Ariri Bolonha ton. 128,10 475,87 60.958,50
1.1.2 Maguari ton. 128,10 1.324,07 169.613,24
1.1.3 Anani ton. 128,10 1.260,75 161.502,01
1.1.4 Outeiro ton. 128,10 177,16 22.693,85
1.1.5 Paracuri ton. 128,10 2.078,30 266.230,46
1.1.6 Cajé ton. 128,10 271,46 34.773,40
1.1.7 Mata Fome ton. 128,10 1.087,62 139.323,99
1.1.8 Val de Cães ton. 128,10 2.666,06 341.522,17
1.1.9 Aurá ton. 128,10 828,99 106.193,57
1.1.10 Murucutum ton. 128,10 691,80 88.619,31
1.1.11 Tucunduba ton. 128,10 3.817,04 488.963,05
1.1.12 Una ton. 128,10 7.781,87 996.857,39
1.1.13 Reduto ton. 128,10 253,39 32.459,23
1.1.14 Tamandaré ton. 128,10 648,90 83.123,66
1.1.15 Estrada Nova ton. 128,10 3.934,24 503.976,53

Coleta e transporte de entulhos


1.2 ton. 98,35 8.256,43 812.019,58
sólidos e focos de resíduos
1.2.1 Ariri Bolonha ton. 98,35 143,91 14.153,81
1.2.2 Maguari ton. 98,35 400,43 39.382,11

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1.2.3 Anani ton. 98,35 381,28 37.498,78


1.2.4 Outeiro ton. 98,35 53,58 5.269,23
1.2.5 Paracuri ton. 98,35 628,53 61.815,44
1.2.6 Cajé ton. 98,35 82,09 8.073,96
1.2.7 Mata Fome ton. 98,35 328,92 32.349,32
1.2.8 Val de Cães ton. 98,35 806,28 79.297,25
1.2.9 Aurá ton. 98,35 251,75 24.760,04
1.2.10 Murucutum ton. 98,35 209,22 20.576,31
1.2.11 Tucunduba ton. 98,35 1.154,36 113.531,21
1.2.12 Una ton. 98,35 2.353,41 231.458,03
1.2.13 Reduto ton. 98,35 76,63 7.536,63
1.2.14 Tamandaré ton. 98,35 196,24 19.300,29
1.2.15 Estrada Nova ton. 98,35 1.189,80 117.017,16

2.0 LIMPEZA URBANA


Varrição manual de vias
2.1 m² 1,73 1.150.934,30 1.991.116,35
públicas
2.1.1 Ariri Bolonha m² 1,73 31.614,30 54.692,74
2.1.2 Maguari m² 1,73 144.163,92 249.403,59
2.1.3 Anani m² 1,73 16.936,87 29.300,78
2.1.4 Outeiro m² 1,73 8.937,35 15.461,61
2.1.5 Paracuri m² 1,73 106.228,11 183.774,63
2.1.6 Cajé m² 1,73 11.228,12 19.424,64
2.1.7 Mata Fome m² 1,73 33.215,86 57.463,43
2.1.8 Val de Cães m² 1,73 95.856,53 165.831,79
2.1.9 Aurá m² 1,73 53.224,05 92.077,61
2.1.10 Murucutum m² 1,73 33.514,75 57.980,53
2.1.11 Tucunduba m² 1,73 116.617,30 201.747,93
2.1.12 Una m² 1,73 352.433,02 609.709,13
2.1.13 Reduto m² 1,73 14.020,24 24.255,02
2.1.14 Tamandaré m² 1,73 28.382,33 49.101,44
2.1.15 Estrada Nova m² 1,73 104.561,54 180.891,47
Limpeza e lavagem de feiras e
2.2 m² 5,02 28.773,36 144.442,26
mercados
2.2.1 Ariri Bolonha m² 5,02 790,36 3.967,60
2.2.2 Maguari m² 5,02 3.604,10 18.092,57
2.2.3 Anani m² 5,02 423,42 2.125,58
2.2.4 Outeiro m² 5,02 223,43 1.121,64
2.2.5 Paracuri m² 5,02 2.655,70 13.331,63
2.2.6 Cajé m² 5,02 280,70 1.409,13
2.2.7 Mata Fome m² 5,02 830,40 4.168,59
2.2.8 Val de Cães m² 5,02 2.396,41 12.029,99
2.2.9 Aurá m² 5,02 1.330,60 6.679,62
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2.2.10 Murucutum m² 5,02 837,87 4.206,10


2.2.11 Tucunduba m² 5,02 2.915,43 14.635,47
2.2.12 Una m² 5,02 8.810,83 44.230,34
2.2.13 Reduto m² 5,02 350,51 1.759,54
2.2.14 Tamandaré m² 5,02 709,56 3.561,98
2.2.15 Estrada Nova m² 5,02 2.614,04 13.122,47

2.3 Roçagem manual e mecânica m² 14,36 143.866,79 2.065.927,08

2.3.1 Ariri Bolonha m² 14,36 3.951,79 56.747,67


2.3.2 Maguari m² 14,36 18.020,49 258.774,24
2.3.3 Anani m² 14,36 2.117,11 30.401,68
2.3.4 Outeiro m² 14,36 1.117,17 16.042,54
2.3.5 Paracuri m² 14,36 13.278,51 190.679,46
2.3.6 Cajé m² 14,36 1.403,51 20.154,47
2.3.7 Mata Fome m² 14,36 4.151,98 59.622,46
2.3.8 Val de Cães m² 14,36 11.982,07 172.062,47
2.3.9 Aurá m² 14,36 6.653,01 95.537,17
2.3.10 Murucutum m² 14,36 4.189,34 60.158,98
2.3.11 Tucunduba m² 14,36 14.577,16 209.328,06
2.3.12 Una m² 14,36 44.054,13 632.617,28
2.3.13 Reduto m² 14,36 1.752,53 25.166,33
2.3.14 Tamandaré m² 14,36 3.547,79 50.946,29
2.3.15 Estrada Nova m² 14,36 13.070,19 187.687,97
Capinação e rasp. De guias e
2.4 m² 13,26 503.533,76 6.676.857,63
log. Públicos
2.4.1 Ariri Bolonha m² 13,26 13.831,26 183.402,47
2.4.2 Maguari m² 13,26 63.071,72 836.330,96
2.4.3 Anani m² 13,26 7.409,88 98.255,01
2.4.4 Outeiro m² 13,26 3.910,09 51.847,78
2.4.5 Paracuri m² 13,26 46.474,80 616.255,82
2.4.6 Cajé m² 13,26 4.912,30 65.137,12
2.4.7 Mata Fome m² 13,26 14.531,94 192.693,48
2.4.8 Val de Cães m² 13,26 41.937,23 556.087,68
2.4.9 Aurá m² 13,26 23.285,52 308.766,03
2.4.10 Murucutum m² 13,26 14.662,71 194.427,47
2.4.11 Tucunduba m² 13,26 51.020,07 676.526,13
2.4.12 Una m² 13,26 154.189,45 2.044.552,09
2.4.13 Reduto m² 13,26 6.133,86 81.334,92
2.4.14 Tamandaré m² 13,26 12.417,27 164.653,02
2.4.15 Estrada Nova m² 13,26 45.745,67 606.587,65
Limpeza e desobstrução manual
2.5 m 14,36 251.245,00 3.607.878,20
de valas e canais
2.5.1 Ariri Bolonha m 14,36 7.750,00 111.290,00
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

2.5.2 Maguari m 14,36 3.960,00 56.865,60


2.5.3 Anani m 14,36 4.666,00 67.003,76
2.5.4 Outeiro m 14,36 4.389,00 63.026,04
2.5.5 Paracuri m 14,36 7.780,00 111.720,80
2.5.6 Cajé m 14,36 1.809,00 25.977,24
2.5.7 Mata Fome m 14,36 14.530,00 208.650,80
2.5.8 Val de Cães m 14,36 15.074,00 216.462,64
2.5.9 Aurá m 14,36 17.166,00 246.503,76
2.5.10 Murucutum m 14,36 6.580,00 94.488,80
2.5.11 Tucunduba m 14,36 37.770,00 542.377,20
2.5.12 Una m 14,36 93.771,00 1.346.551,56
2.5.13 Reduto m 14,36 1.080,00 15.508,80
2.5.14 Tamandaré m 14,36 3.300,00 47.388,00
2.5.15 Estrada Nova m 14,36 31.620,00 454.063,20
Equipe de limpeza urbana para
2.6 m² 2,72 21.580,02 58.697,65
multirão
2.5.1 Ariri Bolonha m² 2,72 592,77 1.612,33
2.5.2 Maguari m² 2,72 2.703,07 7.352,36
2.5.3 Anani m² 2,72 317,57 863,78
2.5.4 Outeiro m² 2,72 167,58 455,80
2.5.5 Paracuri m² 2,72 1.991,78 5.417,63
2.5.6 Cajé m² 2,72 210,53 572,63
2.5.7 Mata Fome m² 2,72 622,80 1.694,01
2.5.8 Val de Cães m² 2,72 1.797,31 4.888,68
2.5.9 Aurá m² 2,72 997,95 2.714,43
2.5.10 Murucutum m² 2,72 628,40 1.709,25
2.5.11 Tucunduba m² 2,72 2.186,57 5.947,48
2.5.12 Una m² 2,72 6.608,12 17.974,08
2.5.13 Reduto m² 2,72 262,88 715,03
2.5.14 Tamandaré m² 2,72 532,17 1.447,50
2.5.15 Estrada Nova m² 2,72 1.960,53 5.332,64

3.0 COLETA, TRANSPORTE E TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE


Coleta e transporte dos resíduos
3.1 kg 2,38 28.407,66 67.610,23
dos serviços de saúde
Tratamento e destinação final
3.2 dos resíduos dos erviçõs de kg 2,42 28.407,66 68.746,54
saúde
Fonte:

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

UNIDADE V: SISTEMA DE APOIO AO SANEAMENTO BÁSICO

1 Introdução
―A malha viária urbana é um dos principais componentes do sistema de infraestrutura
municipal‖ (BARRA 2017), pois esta protege o sistema de saneamento enterrado além de
possuir a característica de um ambiente mais limpo e saneado à população, demonstrando em
muitos casos até sensação de segurança.

De acordo com o Plano Diretor Urbano de 2008, o Sistema Viário – SV é constituído pela
infraestrutura física das vias que compõem a malha por onde circulam os veículos, pessoas e
animais, compreendendo: calçadas, passarelas e faixas de pedestres; ciclovias e ciclo faixas; rede
viária urbana (via, acostamento e canteiro central); estacionamentos. Conforme a Erro! Fonte
de referência não encontrada., o sistema viário do Município de Belém é classificado nas
seguintes categorias funcionais: estrutural de transporte coletivo; estrutural; arterial principal;
arterial secundária; coletora principal; coletora secundária; local.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Figura 35 Categorização da malha viária de Belém.


Fonte: PMB, 2008.

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

A Prefeitura Municipal de Belém – PMB, é responsável pela operação e administração,


direta ou através de terceiros, do sistema viário e obra de artes especiais. A PMB, de modo
institucionalizado, delega a Secretaria Municipal de Saneamento operacionalização da
manutenção e conservação dos sistemas já citados.

Assim, o sistema viário e obras de artes especiais são de competência do Departamento


de Obras Viárias – DEOV, e este opera os seus serviços com base no organograma da Secretaria
Municipal de Saneamento – SESAN. Ao DEOV é delegada a responsabilidade de manutenção e
operação do sistema viário, das pontes, passarelas e estivas. Caso haja a necessidade, e esta seja
justificada, pode ser realizada a contratação/terceirização da execução dos serviços de
manutenção e operação dos sistemas. Porém, os serviços devem ser orientados e fiscalizados
pelos Departamentos responsáveis.

1.1 Estrutura organizacional


A Prefeitura Municipal de Belém administra os serviços de drenagem urbana através da
Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN, e o gerenciamento deste sistema é da
competência do Departamento de Obras Viárias – DEOV. O DEOV é diretamente subordinado
ao Secretário e tem por finalidade a execução, coordenação, o controle e avaliação das atividades
relacionadas às políticas, procedimentos e diretrizes do sistema viário do Município de Belém.

O DEOV está localizado na Avenida Almirante Barroso n° 3110, CEP 66613-906. As


atividades desenvolvidas pelo DEOV obedecem o organograma institucional que organizam as
suas ações e os seus serviços por meio de quatro divisões operacionais: Terraplenagem,
Pavimentação, Obras especiais e Coordenação.

Conforme a Erro! Fonte de referência não encontrada., a divisão de Terraplenagem é


unidade administrativa e a ela cabe a execução, o controle das atividades de terraplenagem e de
manutenção, competindo lhe essas ações por meio das seções de: construção de aterro;
Recuperação de base; Regularização. A divisão de Pavimentação é uma unidade administrativa,
em que lhe cabe a execução e o controle das atividades de manutenção viária, a partir das
seguintes seções: Revestimento asfáltico; Manutenção asfáltica. A divisão de Obras Especiais
também é unidade administrativa e que lhe compete a execução, manutenção e o controle das
atividades de obras e revestimentos especiais, envolvendo paralelepipedos, blokrets, poliedros,
concretos, tijolos cerâmicos, bem como pontes para veículos e pedestres. Todos os serviços do
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setor de obras de artes especiais se dão a partir das seguintes seções: Revestimentos especiais;
Pontes para veículos; Passarelas para pedestres. Por fim, a divisão de Coordenação de obras
viárias é unidade administrativa e tem como responsabilidade a coordenação geral e o controle
das atividades inerentes ao DEOV, por meio das seções: Coordenação de obras viárias;
Supervisão de obras viárias; Apoio de obras viárias.

Departamento de
Diretoria
Obras Viárias

Coordenação de
Pavimentação Obras especiais Terraplenagem Divisões
obras viárias

Revestimento Revestimentos Construção de Coordenação de


Seções
asfáltico especiais aterro obras viárias

Manutenção Pontes para Recuperação de Supervisão de


asfaltica veículos base obras viárias

Pontes para
Regularização Apoio de obras
pedestres

Figura 36 Organograma Departamento de Obras Viárias.


Fonte: SESAN, 2018..

1.2 Caracterização do sistema viário da cidade de Belém


―O gerenciamento da manutenção dos pavimentos urbanos é importante para uma boa
gestão dos serviços públicos oferecidos por um órgão municipal, sendo um grande desafio a seus
gestores‖ (BARRA 2017).

Conforme Figura 37, o diagnóstico por bacias observa-se que as bacias de drenagem
possuem 1.438.667m de vias pavimentadas, destas 72,66% correspondem ao pavimento CBUQ e
27,34% de pavimento dos tipos blokret e cimento. A bacia hidrográfica com maior índice de
pavimentação da cidade é a do Una e a menor é a do Outeiro, com 30,64% e 0,78%
respectivamente. A pesar das bacias do Reduto, Tamandaré encontrarem-se 100% urbanizadas,
estas possuem pouca abrangência devido, as mesmas, deterem uma pequena parte do sistema
viário municipal.

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2,75% Ariri Bolonha


2,47%
9,08% Maguari
1,22%
12,53% 1,47% Anani
0,78% Outeiro
Paracuri
9,23% Cajé

30,62% 0,98% Mata Fome


2,89% Val de Cães
8,33% Aurá
Murucutum
10,13% Tucunduba
4,62%
2,91% Una

Figura 37 Abrangência de vias pavimentadas nas bacias hidrográficas do Município de Belém.


Fonte: Elaborado pelo autor.

O sistema de obra de artes especiais do município é composto por 155 pontes, 119
passarelas, 68 estivas e 37 comportas. Assim como o sistema viário, o sistema de obras de arte
especiais segue na mesma corrente de bacias mais estruturadas, pois a bacia do Una, Tucunduba
e Estrada Nova são as que possuem maiores quantidades de pontes, passarelas, comportas e
estivas. Podendo ser observado na Figura 38.

40
35
30
25
20 Soma de Pontes (und.)

15 Soma de Passarelas (und.)


Soma de Estivas (und.)
10
Soma de Comportas (und.)
5
0

Figura 38 Quantitativo das obras e ate especiais por bacia de drenagem.


Fonte: Elaborado pelo autor.

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2 Dificuldades e remediação na operação dos sistemas

2.1 Sistema viário


Os maiores problemas das rodovias são a idade, clima, oxidação e o tráfego. Ao
envelhecer, o pavimento sofre oxidação e perde os elementos que o fazem flexíveis. Quando o
pavimento perde flexibilidade, ele racha sob pressão. O clima faz o pavimento oxidar ainda mais
rápido.
Outro fator degradante, são as águas das chuvas que quando não são drenadas
rapidamente, enfraquecem a capacidade de suporte do pavimento e acelera o surgimento de
rachaduras, trincas e buracos. O recapeamento é necessário como controle de manutenção para a
melhoria das vias
Os buracos são problemas pontuais, geralmente causam transtornos ao tráfego e podem
causar acidentes. No geral, este serviço está ligado a recomposição de uma parte ou o todo o
revestimento asfáltico, sendo dividido em superficiais ou profundos.
a. superficial: São aqueles que exigem a recomposição apenas da camada de
revestimento asfáltico.
b. Profundo: São aqueles que exigem recomposição da estrutura do pavimento
(Revestimento, base, sub-base ou subleito). Portanto, a ―operação‖ tem diferenças
daquelas estabelecidas para os ―tapa Buracos‖ superficiais.

No município a topografia é pouco variável e baixa, atingindo 25 metros na


ilha de Mosqueiro, ponto de altitude máxima. Na área urbana da cidade de Belém,
grandes áreas estão abaixo da cota de 4 metros, sofrendo influência das marés altas e
tendo dificuldade no escoamento nas águas da chuva (P. PMB 2011).
Devida a geografia local, o Município de Belém possui um relevo com poucas variações
altimetricas significativas e o seu solo latossolo amarelodistrófico textura média, há a facilidade
de áreas alagadas que reduzem a durabilidade dos material usado para a pavimentação de vias.
Isto permite fragilidade no sistema de manutenção e operação.

Foram considerados como principais itens de manutenção anual os seguintes:

 Reposição de material granular, com espalhamento de camada de


regularização em toda a área de revestimento primário;
 Restauração de danos imprevistos na capa asfáltica das vias pavimentadas.

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2.2 Sistema de obras de artes especiais


Os maiores problemas dos sistemas de obras de artes especiais identificados na inspeção
são particulares das estruturas. Pois conforme dito anteriormente ―Ao envelhecer, o pavimento
sofre oxidação e perde os elementos que o fazem flexíveis. Quando o pavimento perde
flexibilidade, ele racha sob pressão. O clima faz o pavimento oxidar ainda mais rápido.‖

2.2.1 Pontes, Passarelas e estivas


A relação das maiores dificuldades de operação e manutenção do sistema de oras de artes
especiais:

- Abatimento nos encontros da ponte;


- Fuga de material de aterro nas cabeceiras;
- Deformações nos tabuleiros, nos guarda-corpos e na face interior das vigas e dos
blocos;
- Fissuras ou trincas;
- Desgaste dos aparelhos de apoio elastômero;
- Desgaste nas juntas soldadas;
- Desgaste nas ligações parafusadas;
- Deformações ou amassamento das partes metálicas;
- Pontos de ferrugem.

3 Descrição do sistema a ser operado e mantido

3.1 Sistema viário.


No município a topografia é pouco variável e baixa, atingindo 25 metros na
ilha de Mosqueiro, ponto de altitude máxima. Na área urbana da cidade de Belém,
grandes áreas estão abaixo da cota de 4 metros, sofrendo influência das marés altas e
tendo dificuldade no escoamento nas águas da chuva (P. PMB 2011).
Devida a geografia local, o Município de Belém possui um relevo com poucas variações
altimetricas significativas e o seu solo latossolo amarelodistrófico textura média, há a facilidade
de áreas alagadas que reduzem a durabilidade dos material usado para a pavimentação de vias.
Isto permite fragilidade no sistema de manutenção e operação.

A conservação do sistema viário é feita pelas ordens de serviços emitidas pela Secretaria
Municipal de Saneamento – SESAN por meio de contratação de serviços de terceiros,
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principalmente aluguéis de caminhões. Para as operações sazonais, em caso de emergência, os


serviços adicionais são contratados por terceiros.

Deve ser considerado, entretanto, que 40% das vias do sistema viário vêm sendo
conservadas pela Prefeitura, recebendo melhoramentos, ou seja, serviços de tapa-buraco.

3.2 Sistema de obras de artes especiais


Os serviços de reparo e limpeza de obras de artes especiais são executados somente
quando solicitados ou identificadas as necessidades, são serviços fora da rotina da Prefeitura
Municipal de Belém e quando são executados é obedecido o manual específico elaborado pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, que define todas as normas
para a realização desta operação.

A execução dos serviços se distinguem a partir de dois grupos e neles são especificados
os materiais, equipamentos e meios execução:

a. Serviço de Reparo de Obras D’arte Especiais – operação destinada a recompor as


partes danificadas dos guarda-corpos para reestabelecer condições de segurança e
manter o aspecto estético da obra.
b. Serviço de Limpeza de Obras D’artes Especiais – operação destinada a pintar os
guarda-corpos par reestabelecer e manter o aspecto estético da obra.

Tabela 44 Relação de material, equipamento e método de execução da manutenção das obras de artes especiais.

Serviço Material Equipamento Método de execução


Reparo Cimento; 01 (um) Marlete compressor Colocar e mantr a sinalização dequada;
Areia; de ar; Retira as partes danificadas;
Brita. Ferramentas de pedreiro Descobrir com o marlete ou ponteira a armadura da ponte
em local apropriado;
Engasgar as peças;
Efetuar o acabamento necessário;
Retirar a sinalização
Limpeza Cal; Ferramentas de pintor Colocar e manter a sinalização adequada;
Tinta Pintar os guardas corpos;
óleo Efetuar o acabamento necessário;
Retirar a sinalização

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

4 Operações e manutenção preventivas e corretivas propostas

4.1 Sistema viário


O plano de manutenção do sistema viário é composto por serviços preliminares e de
pavimentação. A execução de tais serviços devem obedecer especificações técnicas e
recomendações descritas a seguir.

4.1.1 Serviços preliminares:


Em cada frente de trabalho deverá ter 1 (um) encarregado responsável pelos serviços
e pela segurança dos trabalhadores. Deverão ser utilizados dispositivos de sinalização de obra, de
acordo com as normas de Trânsito e de Segurança no Trabalho vigentes, com utilização de
placas, cones e barreiras, entre outros.

Deverá ser feita a remoção de água, umidade e de sujeira e, quando necessário,


reparo nos elementos de drenagem ou execução de novos, se a presença de água for a causa do
defeito, além da recuperação das ligações domiciliares que se fizerem necessárias.

Deverão ser tomados os cuidados necessários e indispensáveis, de reconhecimento


do local onde será executado o serviço para levantamento das interferências com utilidades e
outros serviços urbanos ali existentes, além da programação dos serviços de modo a minimizar
os transtornos para os usuários e moradores circunvizinhos. Daí a necessidade de experiência da
empresa e de sua equipe na execução de serviços similares, em vias urbanas.

 Barracão de obra:

Deve ser construído em chapas de madeira compensada resinada, podendo, a critério


da contratada e mediante a aprovação da fiscalização, ser construídos em outro tipo de material,
será cobertas com telhas fibrocimento, forro em PVC, contendo dependências para
Administração da obra, Fiscalização, Desenhos, Almoxarifado, Vestuário, Refeitório e Banheiro.

Incluem-se neste item de serviço, consumos de água, luz, telefone, força, além de
móveis e equipamentos necessários para o bom desempenho das atividades exigidas pela obra. A
segurança, guarda e conservação de todos os materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios e
instalações de obra, além da manutenção da ordem dos locais de trabalho, inclusive as
necessárias providências para garanti-las são se obrigações dos executores das obras, podendo
ser terceirizada ou não.
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

 Placas de obras:

Deverão ser colocadas placas indicativas de obras, conforme modelo fornecido pelo
Manual de aplicação de marcas da Prefeitura municipal (Dimensões de 3,00 x 2,00m; 4,00 x2,00
6,00 x 3,00 ou 8,00 x 4,00m, que deverão ser fixadas com quatro peças de madeira de 4" x 4" em
profundidade adequada, suspensas à 2,00m em relação ao nível do passeio, em locais indicados
pela Fiscalização.

 Sinalização diurna e noturna:

A sinalização diurna - Será executada com placas de advertência, composta por placa
metálica pintada com tinta esmalte, com inscrições definidas pela SESAN, sobre requadro de
madeira apoiada em tripé, e por cones plásticos pintados, segundo as normas vigentes de trânsito.
Será exigida uma placa em cada interseção viária. Serão utilizados 05 (CINCO) cones plásticos,
pintados no padrão exigido pela legislação de trânsito, espaçados de 5,00 metros, para alerta à
proteção de trabalhadores da empresa.

A sinalização noturna - Será executada em lâmpadas com luz incandescente, de 100 w,


protegidas por baldes de plástico vermelho; com um ponto a cada 5,00m de distância máxima,
suspensos a 1,20m em relação ao nível do passeio.

 Serviços topográficos:

O levantamento topográfico representa as curvas de níveis e perfis da área de projeto, em


escala mínima de 1:250. Pode estar sobreposto aos demais elementos urbanos, as obras/serviços
deverão ser locados topograficamente. Quando o serviço for terceirizado deve ser executado sob
a supervisão e aprovação da SESAN, sendo de inteira responsabilidade e ônus da Contratada
todos os serviços topográficos necessários e a SESAN fornecerá as referências de nível e as
locações de pontos básicos.

Todos os nivelamentos e locações deverão obedecer rigorosamente às indicações de


projeto básico e da SESAN. Todos os desenhos realizados pelo levantamento topográfico
planialtimétrico deverão respeitar as NBR’s para desenho técnico, principalmente a que se refere
a execução de levantamento topográfico (NBR 13133/1994).

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

4.1.2 Serviços de pavimentação


 Demolição e remoção de revestimento asfáltico:

A camada de revestimento asfáltico existente, em espessura média de 0,05m, será


demolida com equipamento convencional dotado de escarificador ou outros. Após a
escarificação, o material demolido será removido para locais de bota-fora da SESAN, com
distância média de transporte não superior a 20 Km.

O transporte para os locais de bota-fora, será executado com o devido cuidado, para não
permitir que o material transportado seja lançado, indevidamente, por desprendimento do interior
do basculante, no leito das vias que irão constituir o itinerário para a descarga do material.

A área trabalhada será determinada pela largura e comprimento do corte. Incluem-se a


demolição da camada de revestimento e a remoção do material resultante, para os locais de bota-
fora da SESAN.

 Demolição e remoção de sub-base e base:

As camadas de sub-base e base, em laterita, comprometidas em espessuras médias de


0,20m, serão demolidas com equipamento convencional dotado de escarificador ou outros. Após
a escarificação, o material demolido será removido para locais de bota-fora, indicados pela
SESAN, com distância média de transporte não superior a 20 Km.

O transporte para os locais de bota-fora, será executado com o devido cuidado, para não
permitir que o material transportado seja lançado, indevidamente, por desprendimento do interior
do basculante, no leito das vias que irão constituir o itinerário para a descarga do material.

A área trabalhada será determinada pela largura e comprimento do corte. Incluem-se a


demolição das camadas e a remoção do material resultante, para os locais de bota-fora da
SESAN.

A altura máxima do material de bota-fora transportado, não poderá ultrapassar a altura


útil do basculante. Todo material ao ser transportado deverá ser coberto com lona apropriada.

 Sub-base e base estabilizada em laterita:

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Os locais estudados, para retirada de material selecionado para execução de base, em


laterita, serão explorados utilizando-se trator de esteira do tipo D-6 e pá carregadeira com
capacidade mínima de 1,50m³.

O transporte do material, para a via urbana, será executado em caminhões basculantes,


em distância média de transporte (DMT) não superior a 30 Km. Os materiais a serem
empregados em bases estabilizadas granulometricamente, devem apresentar índice de suporte
Califórnia igual ou superior a 60%, com as demais características dos materiais seguindo as
recomendações das normas da ABNT e do DNIT.

As operações de construção das bases compreendem o espalhamento, umedecimento


ou secagem, compactação e acabamento final do material. O espalhamento em camadas não
superiores a 0,20m de espessura, será executado com motoniveladora, umedecendo ou secando o
material através de carro-pipa ou grade de disco, respectivamente, conforme seja a umidade do
material.

Após o espalhamento da camada, será procedida a compactação mecânica através de


rolos compactadores, dos tipos pneumáticos de carga variável e de ferro vibratório liso ou pé de
carneiro. O controle tecnológico para execução da camada será regido pelas normas da ABNT e
do DNIT, aplicadas ao caso.

 Base estabilizada em seixo:

Os defeitos localizados, junto aos bordos do pavimento, apresentam teores de unidade


muito elevados, necessitando de tratamentos especiais. Após a demolição das camadas de sub-
base e base, essa umidade permanece se manifestando em camadas mais profundas.

Diante das dificuldades operacionais com material convencional, do tipo laterita,


emprega-se o seixo natural para recomposição da base, não sensível à umidade existente. A
estabilização dar-se-á com a utilização de equipamentos mecânicos ou manuais, conforme sejam
as condições exigidas.

 Imprimação:

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Consiste na aplicação de uma camada de material betuminoso sobre a superfície de base


concluída que servirá para aumento de coesão da superfície da base, promover aderência entre a
base e o revestimento e para impermeabilizar a base.

Podem ser empregados, na imprimação, asfaltos líquidos do tipo CM-30 ou CM- 70,
principalmente, e emulsão do tipo RL-IC. A taxa de aplicação varia de 0,8 a 1,6 litro por metro
quadrado, conforme o tipo e textura da base e do material betuminoso escolhido.

O equipamento para executar a imprimação é constituído de vassoura rotativa e carro


espargidor de asfalto com bomba reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento do
asfalto líquido. A varrição da superfície da base também pode ser executada manualmente.

Após a perfeita conformação geométrica da base, procede-se à varredura de sua


superfície, de modo a eliminar o pó e material solto existente. Aplica-se a seguir, o material
betuminoso selecionado, na temperatura compatível com o seu tipo e de modo mais uniforme. A
temperatura de aplicação do material betuminoso deve ser fixada para cada tipo empregado. O
controle da execução será feito em obediência à metodologia indicada em norma do DNIT.

 Pintura de ligação:

Consiste na aplicação de uma camada de material betuminoso sobre a superfície de base


imprimada ou de capa existente, antes da execução de um revestimento e servirá para promover a
aderência entre este e a camada subjacente.

Podem ser empregados, na pintura de ligação, asfaltos líquidos dos tipos CM-30 e CM-70
e Emulsão do tipo RR-1C, principalmente. A taxa de aplicação varia em tomo de 0,5 litro por
metro quadrado, conforme seja o tipo do material betuminoso empregado.

O equipamento a utilizar na pintura de ligação é o mesmo indicado para a imprimação. A


maneira de executar a pintura de ligação, também segue os mesmos critérios da imprimação. O
controle tecnológico de execução obedece às normas e métodos do DNIT, aplicadas ao caso.

 Revestimento em CBUQ:

O concreto betuminoso é um produto para revestimento flexível, resultante da mistura à


quente, em usina própria, de agregado mineral graduado, material de enchimento (filler) e
material betuminoso.
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Para composição do CBUQ, aplicar-se-ão o CAP-50/60, filler, pedra britada ou seixo


rolado e areia. Esses materiais serão empregados segundo as normas e métodos do DNIT
referidos ao caso. O transporte da mistura para o local de aplicação será efetuado em caminhões
basculantes, com caçambas limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas, de modo a evitar a
aderência às chapas.

A temperatura do CBUQ, na saída do caminhão da Usina, deverá estar entre 135 a 170°C.
Toda mistura ao ser transportada deverá estar coberta com lona impermeável, desde a saída do
caminhão da usina, até o ponto de descarga do CBUQ. Os equipamentos de aplicação do CBUQ
compreendem máquina vibro-acabadora, capaz de espalhar no alinhamento, cotas e acabamentos
requeridos, rolo pneumático de carga variável, com calibragens de 35 a 120 libras por polegadas
quadradas, e rolo metálico liso, tipo Tandem, com carga de 8 a 12 toneladas.

O CBUQ espessura média de 0,05m para o revestimento, e será aplicado com vibro-
acabadora, devendo apresentar temperatura mínima de 125°C. A temperatura de rolagem do
CBUQ é a mais elevada que a mistura possa suportar. O controle tecnológico da execução
seguirá as normas e métodos do DNIT.

 Recapeamento em CBUQ:

O CBUQ terá espessura média de 0,03m para o recapeamento, e será aplicado com vibro-
acabadora, devendo apresentar temperatura mínima de 125°C. O controle tecnológico da
execução seguirá as normas e métodos do DNIT.

 O Fornecimento e a usinagem de concreto betuminoso usinado à quente (CBUQ):

Deverão atender o que se segue:

a. Material asfáltico - O ligante asfáltico a utilizar na usinagem do CBUQ, é o


Cimento Asfáltico de Petróleo - CAP-50/60 segundo a classificação por
penetração.
b. o agregado será constituído pela mistura de agregado graúdo, agregado miúdo
e filler, satisfazendo a faixa granulométrica C conforme indicado na Tabela
45.

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Tabela 45 Faixa granulométrica.


PENEIRA MILÍMETRO PORCENTAGEM PASSANDO, EM PESO – FAIXA C
¾” 19,1 -100
½” 12,7 85 -100
3/8" 9,5 75 – 100
N°4 4,8 50 – 85
N° 10 2,0 30 – 75
N° 40 0,42 15 – 40
N° 80 0,18 8-30
N° 200 0,074 -10
c. Agregado graúdo - Podem ser empregados a pedra britada ou seixo rolado,
livres de impurezas e que apresentem as seguintes características principais:
c.1. Durabilidade (DNIT-ME 89/64) - Quando submetido a 5 cicios de sulfato
de sódio: Perda=12%.
c.2. Resistência ao choque e à abrasão (Los Angeles - DNIT-ME 35/64): LA =
50%.
c.3. Adesividade - O "dope" deverá ser utilizado como um adesivo especial a
fim de melhorar a adesividade do ligante aos agregados. A mistura de
"dope" ao CAP deverá variar de 0,4 a 1,0%, observando-se a quantidade
adequada que resulte em adesividade satisfatória.
c.4. Forma satisfatória - Deverá obedecer ao índice de forma (DNIT-ME
86/64), não inferior 0,40.
d. Agregado miúdo - Podem ser empregados a areia e o pó de pedra, livres de
impurezas e que apresentem equivalente de Areia (DNIT-ME 54/63): LA =
55%. O filler, destinado a diminuir os vazios da mistura de agregados e a
melhorar a adesividade com a maioria destes, deverá apresentar a
granulometria, considerada tradicional, conforme Tabela 46

Tabela 46 Agregados miúdos.


PENEIRA PORCENTAGEM
PASSANDO, EM PESO
N° 40 - 0,42mm 100
N° 200 - 0,074mm Mínimo de 65
e. Mistura asfáltica - Deverá obedecer as seguintes características (DNIT-ME
43/64), quando dosada pelo Método Marshall:
e.1. Porcentagem de vazios 3 - 5
e.2. Estabilidade mínima (60°C) 75 golpes - 350Kgf
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

e.3. Relação betume/vazios (%) 75 - 82:


e.4. Fluência (60°C): 1/100" 8 - 18
f. Usinagem - A usinagem do CBUQ poderá ser executada através de usinas
gravimétricas, volumétricas ou outras, que possuam equipamentos de
classificação de agregados, após secador, e que tenham capacidade de
produção mínima de 60 toneladas por hora.
 Regularização de base em PMQ:
a. Material asfáltico - O ligante asfáltico a utilizar, na usinagem do PMQ, é o
Cimento Asfáltico de Petróleo - CAP 50/60, segundo a classificação por
penetração.
b. O agregado será constituído pela mistura de agregado graúdo, agregado
miúdo e filler, satisfazendo uma das quatro faixas granulométrica conforme a
Tabela 47.

Tabela 47 Mistura de agregado.


PENEIRA MILÍMETRO PORCENTAGEM, EM PESO
A B C D
2" 50,8 100 -- -- --
1 %" 38,1 95-1 00 -- 100 --
1" 25,4 70-90 100 95-1 00 --
" 19,1 68-85 -- 75-100 100
%" 12,7 50-80 45-70 -- 95-1 00
3/8" 9,5 -- -- 30-70 45-85
N°4 4,8 10-30 10-20 1 0-40 25-45
N°10 2,0 0,6 0,10 10-20 15-20
N°40 0,42 -- -- -- --
N° 200 0,074 0-2 0-5 2-5 --

b.1.Agregado graúdo - Podem ser empregados a pedra britada ou seixo rolado


livres de impurezas e que apresentem: Durabilidade (DNIT-ME 89/64) -
Quando submetido a 5 ciclos de sulfato de sódio: perda = 12%.
b.2.Agregado miúdo - Podem ser empregados a areia e o pó de pedra, livres de
impurezas e que apresentem equivalente de Areia (DNIT-ME 54/63): LA =
55%. O filler, destinado a diminuir os vazios da mistura de agregados e a
melhorar a adesividade com a maioria destes, deverá apresentar a seguinte
granulometria (conforme a Tabela 48), considerada tradicional:
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Tabela 48 Granulometria de agregados miúdos.


PENEIRA PORCENTAGEM
PASSANDO, E1\'I PESO
N° 40 - 0,42mm 100
N° 200 - 0,074mm Mínimo de 65
c. Mistura asfáltica - Deverá obedecer as seguintes características (DNIT-ME
43/64), quando dosada pelo Método Marshall:
c.1. Porcentagem de vazios 3 - 5
c.2. Estabilidade mínima (60°C) 75 golpes - 350 kgf
c.3. Relação betume/vazios (%) 75 - 82
c.4. Fluência (60°C): 1/100" 8 - 18
d. Usinagem - A usinagem do PMQ poderá ser executada através de usinas
gravimétricas, volumétricas ou outras, que possuam equipamentos de
classificação de agregados, após secador, e que tenham capacidade de
produção mínima de 60 toneladas por hora.
e. Transporte - O transporte da mistura, para os locais de aplicação, será
efetuado em caminhões basculantes, com caçambas limpas, ligeiramente
lubrificadas, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas do basculante.
A temperatura do PMQ, na saída do caminhão, da usina, deverá estar entre
135° a 170°C. Na chegada do caminhão, no local de aplicação, a temperatura
deverá estar próxima de 125°C. Toda a mistura ao ser transportada deverá
estar coberta por lona impermeável, desde a saída do caminhão da usina, até o
ponto de descarga do Pré-Misturado a Quente - PMQ.
f. Aplicação da mistura Betuminosa - Concluídas as operações de preparo da
depressão e executada a pintura de ligação aplica-se manual ou
mecanicamente, o PMQ em temperatura não inferior a 100°C. A camada
espalhada deve ter espessura compatível, com a da base existente, não
podendo ser superior a 0,15m. Para espessuras maiores de 0,15m, que
envolvam a sub base, as camadas seguintes terão espessuras sempre no limite
de 0,15m.
g. Compactação - Concluído o espalhamento inicia-se a compactação do PMQ
aplicado, utilizando-se rolo pneumático de carga variável, com calibragem de
35 a 120 libras por polegadas quadradas e rolo metálico liso tipo tandem, com

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

carga de 8 a 12 toneladas. A temperatura, para inicio da compressão, não


poderá ser inferior a 100°C.
g.1. A superfície final, rolada, deverá ficar a menos 0,05m da superfície
do revestimento existente, cuja diferença será completada com CBUQ.
Concluída a rolagem o PMQ compactado deve apresentar as
características resultantes da aplicação de Normas e Métodos do DNER
aplicáveis ao caso.

5 Custos de manutenção e operação


O levantamento dos custos de manutenção e operação dos sistemas form divididos por
Bacias hidrográficas, visando a gestão Municipal por bacias. Assim, cada título tem seus custos
gerais e específicos.

5.1 Sistema viário


O levantamento dos custos para a manutenção foram baseados nos dados quantitativos de
pavimentação, as metodologias de execução e ―foi adotado um percentual de 10% da malha para
fazer tapa-buraco com espessura de 3cm. Os serviços serão executados durante 12 (doze) meses
por ano‖ (HBS 2001).

A operação e manutenção asfáltica é composta por onze serviços: Demolição e remoção


de revestimento asfáltico; Demolição e remoção de subbase e base em laterita; Sub-Base e Base
compactado em material Laterítico; Base com brita grb b aduada ou seixo; Imprimação de base
de pavimento com ADP CM-30; Pintura de ligação com emulsão RR-2C; Revestimento ou
recapeamento em CBUQ; Remendo de pavimento em C.B.U.Q. (Tapa buraco); Regularização de
base em PMQ; e, Fornecimento de C.B.U.Q. para capa de rolamento.

Assim, adotou-se o valor de o Município de Belém possuir 104.534,48 metros de trechos


de vias a serem recompostos por tipo de pavimento em C.B.U.Q., resultando total de operação e
manutenção de R$ 17.122.748,55. A composição de custos do Município e o orçamento
detalhado está descrito na Tabela 49, porém segue em mais específico para casa bacia a seguir.

Tabela 49 Orçamento dos serviços de manutenção e recuperação do sistema viário do Município de Belém.

Item Histórico Unid. Quant. Data: 26/09/2018.


Unit. Parcial Sub-total

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1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 17.591.556,36


1.1 Execução de escritório em canteiro m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 731.741,39 23,40 17.122.748,55
1.4 Sinalização de obra noturna m 143.866,79 2,75 395.633,67
1.5 Serviços topográficos para m² 182.935,35 0,40 3.174,14
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 172.603.656,93
2.1 Demolição e remoção de m³ 21.952,24 41,27 905.969,02
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e m² 731.741,39 22,12 16.186.119,57
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em m³ 182.935,35 70,15 12.832.914,65
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 182.935,35 234,58 42.912.973,88
2.6 Imprimação de base de pavimento m² 731.741,39 6,56 4.800.223,53
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão RR- m² 731.741,39 2,36 1.726.909,68
2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em ton 52.685,38 545,00 28.713.532,19
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em ton 52.685,38 545,00 28.713.532,19
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 35.123,59 390,53 13.716.814,34
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para capa ton 52.685,38 419,37 22.094.667,88
de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I R$ 17.122.748,55

5.1.1 Bacia do Arari Bolonha


Item Histórico Unid. Quant. Data: 26/09/2018.
Unit. Parcial Sub-total
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 379.104,96
1.1 Execução de escritório em canteiro m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 11.507,69 23,40 269.280,02
1.4 Sinalização de obra noturna m 39.517,88 2,75 108.674,17
1.5 Serviços topográficos para m² 2.86,92 0,40 1.150,77
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 2.714.442,56
2.1 Demolição e remoção de m³ 345,23 41,27 14.247,68
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e m² 11.507,69 22,12 254.550,18
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em m³ 2.876,92 70,15 201.816,17
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 2.876,92 234,58 674.868,68
2.6 Imprimação de base de pavimento m² 11.507,69 6,56 75.490,47
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

com ADP CM-30


2.7 Pintura de ligação com emulsão RR- m² 11.507,69 2,36 27.158,16
2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em ton 828,55 545,00 451.561,89
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em ton 828,55 545,00 451.561,89
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 552,37 390,53 215.716,78
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para capa ton 828,55 419,37 347.470,66
de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I R$ 3.093.547,52

5.1.2 Bacia do Maguari


Data: 28/09/2018
Item Histórico Unid. Quant. Unit. Parcial Sub-total
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 2.438.761,98
1.1 Execução de escritório em canteiro m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 65.895,73 23,40 1.541.960,18
1.4 Sinalização de obra noturna m 180.204,90 2,75 495.563,49
1.5 Serviços topográficos para m² 16.473,93 0,40 6.589,57
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 15.854.558,46
2.1 Demolição e remoção de m³ 1.976,87 41,27 81.585,51
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e m² 65.895,73 22,12 1.457.613,64
base em laterita
Sub-Base e Base compactado em m³ 16.473,93 70,15 1.155.646,44
2.4 material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 16.473,93 234,58 3.864.455,33
2.6 Imprimação de base de pavimento m² 65.895,73 6,56 432.276,02
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão RR- m² 65.895,73 2,36 155.513,93
2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em ton 4.744,49 545,00 2.585.748,61
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em C.B.U.Q. ton 4.744,49 545,00 2.585.748,61
(Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 3.163,00 390,53 1.235.244,53
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para capa ton 4.744,49 419,37 1.989.697,97
de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 18.293.320,44

5.1.3 Bacia do Anani


Data: 28/09/2018
Item Histórico Unid. Quant. Unit. Parcial Sub-total

1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 343.248,48

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

1.1 Execução de escritório em canteiro m² 0,00 750,21 -


de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 10.155,89 23,40 237.647,72
1.4 Sinalização de obra noturna m 21.171,09 2,75 58.220,49
1.5 Serviços topográficos para m² 2.538,97 0,40 1.015,59
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 2.449.893,50
2.1 Demolição e remoção de m³ 304,68 41,27 12.574,00
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e m² 10.155,89 22,12 224.648,19
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em m³ 2.538,97 70,15 178.108,84
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 2.538,97 234,58 595.591,91
2.6 Imprimação de base de pavimento m² 10.155,89 6,56 66.622,61
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão RR- m² 10.155,89 2,36 23.967,89
2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em ton 731,22 545,00 398.516,95
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em C.B.U.Q. ton 731,22 545,00 398.516,95
(Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 487,48 390,53 190.376,54
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para capa ton 731,22 419,37 306.653,31
de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 2.793.141,98

5.1.4 Bacia do Outeiro


Data: 28/09/2018
Item Histórico Unid. Quant. Unit. Parcial Sub-total
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 160.550,42
1.1 Execução de escritório em canteiro m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 4.483,50 23,40 104.913,96
1.4 Sinalização de obra noturna m 11.171,68 2,75 30.722,13
1.5 Serviços topográficos para m² 1.120,88 0,40 448,35
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 1.111.887,92
2.1 Demolição e remoção de m³ 134,51 41,27 5.551,02
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e m² 4.483,50 22,12 99.175,07
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em m³ 1.120,88 70,15 78.629,42
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 1.120,88 234,58 262.935,00
2.6 Imprimação de base de pavimento m² 4.483,50 6,56 29.411,78
com ADP CM-30

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

2.7 Pintura de ligação com emulsão RR- m² 4.483,50 2,36 10.581,07


2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em ton 322,81 545,00 175.932,64
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em C.B.U.Q. ton 322,81 545,00 175.932,64
(Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 215,21 390,53 84.045,23
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para capa ton 322,81 419,37 135.377,74
de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 1.272.438,34

5.1.5 Bacia do Paracuri


Item Histórico Und Qtde. Unit. Parcial Subtotal
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 1.619.066,89
1.1 Execução de escritório em canteiro
m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa
m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 52.316,67 23,40 1.224.210,11
1.4 Sinalização de obra noturna m 132.785,14 2,75 365.159,13
1.5 Serviços topográficos para
m² 13.079,17 0,40 5.231,67
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 12.394.808,30
2.1 Demolição e remoção de
m³ 1.569,50 41,27 64.773,27
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e
m² 52.316,67 22,12 1.157.244,77
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em
m³ 13.079,17 70,15 917.503,62
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 13.079,17 234,58 3.068.111,19
2.6 Imprimação de base de pavimento
m² 52.316,67 6,56 343.197,36
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão
m² 52.316,67 2,36 123.467,34
RR-2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em
ton 3.766,80 545,00 2.052.906,18
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em
ton 3.766,80 545,00 2.052.906,18
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 2.511,20 390,53 980.699,02
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para
ton 3.766,80 419,37 1.579.683,06
capa de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 14.013.875,19

5.1.6 Bacia do Cajé


Item Histórico Und Qtde. Unit. Parcial Subtotal
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 218.666,52
1.1 Execução de escritório em canteiro
m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa
m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 6.621,44 23,40 154.941,74
1.4 Sinalização de obra noturna m 14.035,15 2,75 38.596,66
1.5 Serviços topográficos para
m² 1.655,36 0,40 662,14
pavimentação
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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 1.616.182,52


2.1 Demolição e remoção de
m³ 198,64 41,27 8.198,01
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e
m² 6.621,44 22,12 146.466,29
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em
m³ 1.655,36 70,15 116.123,54
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 1.655,36 234,58 388.314,46
2.6 Imprimação de base de pavimento
m² 6.621,44 6,56 43.436,66
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão
m² 6.621,44 2,36 15.626,60
RR-2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em
ton 476,74 545,00 259.825,38
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em
ton 476,74 545,00 259.825,38
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 317,83 390,53 124.121,84
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para
ton 476,74 419,37 199.932,05
capa de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 1.834.853,04

5.1.7 Bacia do Mata Fome


Item Histórico Und Qtde. Unit. Parcial Subtotal
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 607.676,51
1.1 Execução de escritório em canteiro
m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa
m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 19.958,77 23,40 467.035,15
1.4 Sinalização de obra noturna m 41.519,82 2,75 114.179,50
1.5 Serviços topográficos para m²
14.568,04 0,40 5.827,22
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 4.762.203,90
2.1 Demolição e remoção de
m³ 598,76 41,27 24.710,95
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e
m² 19.958,77 22,12 441.487,93
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em
m³ 4.989,69 70,15 350.026,88
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 4.989,69 234,58 1.170.481,91
2.6 Imprimação de base de pavimento
m² 19.958,77 6,56 130.929,51
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão
m² 19.958,77 2,36 47.102,69
RR-2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em
ton 1.437,03 545,00 783.182,03
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em
ton 1.437,03 545,00 783.182,03
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 958,02 390,53 374.135,87
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para
ton 1.437,03 419,37 602.647,79
capa de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 5.369.880,41

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

5.1.8 Bacia do Val de Cães


Item Histórico Und Qtde. Unit. Parcial Subtotal
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 1.723.368,56
1.1 Execução de escritório em canteiro m²
0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa m²
0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 58.272,16 23,40 1.363.568,55
1.4 Sinalização de obra noturna m 119.820,66 2,75 329.506,81
1.5 Serviços topográficos para m²
14.568,04 0,40 5.827,22
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 13.799.593,09
2.1 Demolição e remoção de
m³ 1.748,16 41,27 72.146,76
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e
m² 58.272,16 22,12 1.288.980,18
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em
m³ 14.568,04 70,15 1.021.948,01
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 14.568,04 234,58 3.417.370,84
2.6 Imprimação de base de pavimento
m² 58.272,16 6,56 382.265,37
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão
m² 58.272,16 2,36 137.522,30
RR-2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em
ton 4.195,60 545,00 2.286.599,57
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em
ton 4.195,60 545,00 2.286.599,57
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 2.797,06 390,53 1.092.337,28
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para
ton 4.195,60 419,37 1.759.506,90
capa de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 15.522.961,65

5.1.9 Bacia do Aurá


Item Histórico Und Qtde. Unit. Parcial Subtotal
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 925.256,21
1.1 Execução de escritório em canteiro
m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa
m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 30.546,07 23,40 714.777,94
1.4 Sinalização de obra noturna m 66.530,06 2,75 182.957,68
1.5 Serviços topográficos para
m² 7.636,52 0,40 3.054,61
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 7.259.543,02
2.1 Demolição e remoção de
m³ 916,38 41,27 37.819,08
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e
m² 30.546,07 22,12 675.678,97
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em
m³ 7.636,52 70,15 535.701,63
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 7.636,52 234,58 1.791.374,02
2.6 Imprimação de base de pavimento
m² 30.546,07 6,56 200.382,19
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão m² 30.546,07 2,36 72.088,71

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

RR-2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em
ton 2.199,32 545,00 1.198.627,61
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em
ton 2.199,32 545,00 1.198.627,61
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 1.466,21 390,53 572.599,44
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para
ton 2.199,32 419,37 922.327,45
capa de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 8.184.799,23

5.1.10 Bacia do Murucutum


Item Histórico Und Qtde. Unit. Parcial Subtotal
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 669.439,97
1.1 Execução de escritório em canteiro
m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa
m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 22.543,28 23,40 527.512,69
1.4 Sinalização de obra noturna m 41.893,44 2,75 115.206,97
1.5 Serviços topográficos para
m² 5.635,82 0,40 2.254,33
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 5.371.839,86
2.1 Demolição e remoção de
m³ 676,30 41,27 27.910,83
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e
m² 22.543,28 22,12 498.657,29
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em
m³ 5.635,82 70,15 395.352,72
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 5.635,82 234,58 1.322.050,49
2.6 Imprimação de base de pavimento
m² 22.543,28 6,56 147.883,90
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão
m² 22.543,28 2,36 53.202,13
RR-2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em
ton 1.623,12 545,00 884.598,20
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em
ton 1.623,12 545,00 884.598,20
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 1.082,08 390,53 422.583,65
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para
ton 1.623,12 419,37 680.686,14
capa de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 6.041.279,83

5.1.11 Bacia do Tucunduba


Item Histórico Und Qtde. Unit. Parcial Subtotal
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total item 1 2.285.006,18
1.1 Execução de escritório em canteiro m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 79.134,82 23,40 1.851.754,74
1.4 Sinalização de obra noturna m 145.771,63 2,75 400.871,98
1.5 Serviços topográficos para m² 19.783,70 0,40 7.913,48
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 18.720.690,99

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

2.1 Demolição e remoção de m³ 2.374,04 41,27 97.976,82


revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e m² 79.134,82 22,12 1.750.462,17
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em m³ 19.783,70 70,15 1.387.826,87
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 19.783,70 234,58 4.640.861,40
2.6 Imprimação de base de pavimento m² 79.134,82 6,56 519.124,41
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão m² 79.134,82 2,36 186.758,17
RR-2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em ton 5.697,71 545,00 3.105.250,26
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em ton 5.697,71 545,00 3.105.250,26
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 3.798,47 390,53 1.483.416,98
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para ton 5.697,71 419,37 2.389.447,34
capa de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 21.005.697,17

5.1.12 Bacia do Una


Item Histórico Und Qtde. Unit. Parcial Subtotal
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total item 1 7.508.594,13
1.1 Execução de escritório em canteiro m² 0,00 750,21 -
de obra
1.2 Fornecimento e instalação de placa m² 0,00 535,03 -
de obra (5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 266.920,84 23,40 6.245.947,55
1.4 Sinalização de obra noturna m 440.541,28 2,75 1.211.488,52
1.5 Serviços topográficos para m² 66.730,21 0,40 26.692,08
pavimentação
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 63.015.784,51
2.1 Demolição e remoção de m³ 8.007,63 41,27 330.474,69
revestimento asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e m² 266.920,84 22,12 5.904.288,88
base em laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em m³ 66.730,21 70,15 4.681.124,15
material Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 66.730,21 234,58 15.653.572,40
2.6 Imprimação de base de pavimento m² 266.920,84 6,56 1.751.000,68
com ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão m² 266.920,84 2,36 629.933,17
RR-2C
2.8 Revestimento ou recapeamento em ton 19.218,30 545,00 10.473.973,59
CBUQ
2.9 Remendo de pavimento em ton 19.218,30 545,00 10.473.973,59
C.B.U.Q. (Tapa buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 12.812,20 390,53 5.003.548,51
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para ton 19.218,30 419,37 8.059.578,54
capa de rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 70.524.378,64

5.1.13 Bacia do Reduto


Quant. Data: 29/09/2018

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

Item Histórico Unid Unit. Parcial Sub-total


1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 354.621,05
1.1 Execução de escritório em canteiro de obra m² 0,00 750,21 -
1.2 Fornecimento e instalação de placa de obra m² 0,00 535,03 -
(5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 11.998,32 23,40 280.760,66
1.4 Sinalização de obra noturna m 17.525,30 2,75 48.194,58
1.5 Serviços topográficos para pavimentação m² 2.999,58 0,40 1.199,83
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 2.884.487,92
2.1 Demolição e remoção de revestimento m³ 359,95 41,27 14.855,12
asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e base em m² 11.998,32 22,12 265.402,81
laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em material m³ 2.999,58 70,15 210.420,52
Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 2.999,58 234,58 703.641,41
2.6 Imprimação de base de pavimento com ADP m² 11.998,32 6,56 78.708,97
CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão RR-2C m² 11.998,32 2,36 28.316,03
2.8 Revestimento ou recapeamento em CBUQ ton 863,88 545,00 470.814,03
2.9 Remendo de pavimento em C.B.U.Q. (Tapa ton 863,88 545,00 470.814,03
buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 575,92 390,53 224.913,77
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para capa de ton 863,88 419,37 362.284,92
rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 3.239.108,97

5.1.14 Bacia do Tamandaré


Quant. Data: 29/09/2018
Item Histórico Unid Unit. Parcial Sub-total
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 678.826,29
1.1 Execução de escritório em canteiro de obra m² 0,00 750,21 -
1.2 Fornecimento e instalação de placa de obra m² 0,00 535,03 -
(5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 23.693,45 23,40 554.426,29
1.4 Sinalização de obra noturna m 35.477,92 2,75 97.564,28
1.5 Serviços topográficos para pavimentação m² 5.923,36 0,40 2.369,34
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 5.643.143,06
2.1 Demolição e remoção de revestimento m³ 710,80 41,27 29.334,86
asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e base em m² 23.693,45 22,12 524.099,08
laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em material m³ 5.923,36 70,15 415.523,85
Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 5.923,36 234,58 1.389.502,29
2.6 Imprimação de base de pavimento com m² 23.693,45 6,56 155.429,02
ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão RR-2C m² 23.693,45 2,36 55.916,54

Página 242 de 246


Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

2.8 Revestimento ou recapeamento em CBUQ ton 1.705,93 545,00 929.730,92


2.9 Remendo de pavimento em C.B.U.Q. (Tapa ton 1.705,93 545,00 929.730,92
buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 1.137,29 390,53 444.144,12
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para capa de ton 1.705,93 419,37 715.415,15
rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 6.321.969,35

5.1.15 Bacia da Estrada Nova


Quant. Data: 29/09/2018
Item Histórico Unid Unit. Parcial Sub-total
1 SERVIÇOS PRELIMINARES Total Item 1 1.974676,40
1.1 Execução de escritório em canteiro de obra m² 0,00 750,21 -
1.2 Fornecimento e instalação de placa de obra m² 0,00 535,03 -
(5,0 x 3,0 m)
1.3 Sinalização de obra diurna m² 11.998,32 23,40 1.584.010,84
1.4 Sinalização de obra noturna m 17.525,30 2,75 359.430,30
1.5 Serviços topográficos para pavimentação m² 2.999,58 0,40 6.769,28
2 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Total Item 2 16.021.733,15
2.1 Demolição e remoção de revestimento m³ 359,95 41,27 83.810,42
asfáltico
2.3 Demolição e remoção de subbase e base em m² 11.998,32 22,12 1.497.364,97
laterita
2.4 Sub-Base e Base compactado em material m³ 2.999,58 70,15 1.187.161,97
Laterítico
2.5 Base com brita graduada ou seixo m³ 2.999,58 234,58 3.969.842,55
2.6 Imprimação de base de pavimento com m² 11.998,32 6,56 444.064,58
ADP CM-30
2.7 Pintura de ligação com emulsão RR-2C m² 11.998,32 2,36 159.754,94
2.8 Revestimento ou recapeamento em CBUQ ton 863,88 545,00 2.656.264,33
2.9 Remendo de pavimento em C.B.U.Q. (Tapa ton 863,88 545,00 2.656.264,33
buraco)
2.10 Regularização de base em PMQ ton 575,92 390,53 1.268.930,78
2.11 Fornecimento de C.B.U.Q. para capa de ton 863,88 419,37 2.043.958,85
rolamento
TOTAL GERAL COM B.D.I 17.996.409,55

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Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ABRELPE. ―Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2013.‖ ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS.,
2014.
2. BARRA, Renata Brabo Mascarenhas. ―Análise da manutenção de pavimentos urbanos:
uma proposta de implantação de um sistema de gerência de pavimentos.‖ 2017. 89 f.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Tecnologia, Belém,
2017. (Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil.), 2017: 89.
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Modelling with GIS. Oxford: Pergamon, 1994.
4. BRAGA, Luiz. A samaumeira defronte ao Ateliê de Arquitetura. 25 de Mar de 2015.
https://fauufpa.org/2015/03/27/doca-do-reduto-%E2%80%95-aterramento-1910/ (acesso
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5. BRASIL. ―Lei nº 12.305.‖ Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília,
Distrito Federal: Diário Oficial da União, 02 de agosto de 2010.
6. BRASIL, Departameto Nacional de Infraestrutura de TRansportes. Manual de
Manutenção de Obras de Arte Especiais. 1ª Ed. Brasília - DF: Diretoria Geral. Diretoria
de Planejamento e Pesquisa. Instituto de Planejamento, 2016.
7. CÁNEPA, Eugenio Miguel. ―Economia da Poluição.‖ Em Economia do meio ambienta:
Teoria e prática, por Peter H MAY, Maria Cecília LUSTOSA e Valéria da VINHA, 60-
79. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2003.
8. CARMONA, K D, A. S. M. MATTA, e I. N. CAVALCANTE. ―Ocupação urbana da
bacia do mata fome, belém-pa e sua relação com a qualidade das águas superficiais e
subterrâneas.‖ Água Subterrânea, 2016.
9. CODEM. BACIAS HIDROGRÁFICAS. 30 de Julho de 2008.
http://www.belem.pa.gov.br/app/c2ms/v/?id=18&conteudo=4756 (acesso em 12 de
março de 2018).
10. CPTR GUAMÁ. ―ANÁLISE GRAVIMÉTRICA - BELÉM.‖ Central de Processamento
e Tratamento de Resíduos, 2016: 1-13.
11. Department of Economic and Social Affairs. ―Relatório da ONU mostra população
mundial cada vez mais urbanizada, mais de metade vive em zonas urbanizadas ao que se
podem juntar 2,5 mil milhões em 2050.‖ unric.org. 10 de Jul de 2015.
Página 244 de 246
Manual de operação e manutenção do sistema de saneamento básico do Município de Belém

http://www.unric.org/pt/actualidade/31537-relatorio-da-onu-mostra-populacao-mundial-
cada-vez-mais-urbanizada-mais-de-metade-vive-em-zonas-urbanizadas-ao-que-se-
podem-juntar-25-mil-milhoes-em-2050 (acesso em 26 de 01 de 2016).
12. DIAS, Monique Sandra Oliveira. ―Sistema de esgotamento sanitário no município de
Belém: proposta de concepção para universalização do atendimento até 2030 .‖
Dissertação de mestrado em Engenharia Civil do Programa de Pós graduação em
Engenahria Civil da UNiversidade Feeral do Pará., 2009: 177p.
13. DIAS, R. P. , M. S. RODRIGUES, e J. F. SILVA. ―Análise da dinâmica da perda de
cobertura vegetal e do avanço das áreas verticalizadas com o crescimento da urbanização
na bacia hidrográfica urbana de armasreduto, Belém-PA.‖ Anais do XXVII Congresso
Brasileiro de Cartografia e XXVI Exposicarta, SBC , Nov 2017: 248-253.
14. GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ, Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA
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