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1.a Função do Direito Penal (Juarez Cirino) 1.b Características do Direito Penal 1.c Função do Direito Penal (Roxin,Jakobs) 2.a A
Problemática do conceito de Bem Jurídico 2.b Definição de Bem Jurídico 2.c Função dos conceitos de Bem Jurídico 3.a Consequências
do conceito de Bem Jurídico 3.b Bem Jurídico na constituição 3.c O Princípio da lesividade tem sede constitucional? 4.a. Apenas bens
constitucionalmente relevantes são passíveis de tutela? 4.b Está o Legislador obrigado a castigar lesões a bens Jurídicos
constitucionalmente protegidos? 4.c Concepções acerca dos mandados de criminalização (Luciano Feldes,Marinucci) 5.a Bem
Jurídico individual e coletivo 5.b Princípio da Ofensividade e Crimes de Perigo abstrato 5.c Crimes de Perigo abstrato na doutrina
tradicional e contemporânea 6.a Crimes de Perigo abstrato na Jurisprudência e o delito de Porte de armas. 6.b Como identificar
crimes de Perigo Abstrato 6.c Delitos de Acumulação 7.a Princípio da Legalidade 7.b Medida Provisória Pode versar sobre direito
Penal? 7.c Leis interpretativas autênticas e princípio da legalidade.
Direito Penal
Conceito de Direito Penal para Juarez Cirino: “o setor do ordenamento jurídico que define
Crimes, comina penas e prevê medidas de segurança aplicáveis aos autores das condutas incriminadas”.
Função do Direito Penal: Em Perspectiva trazida por Claus Roxin o conceito de bem jurídico vai permear
a sistemática do direito penal em certa medida essa perspectiva irá se materializar no princípio da
lesividade/ofensividade para grande maioria da Doutrina não existe diferença apenas Bittencourt vê uma
ligeira diferença entre as nomenclaturas, Para Jakobs o conceito de bem jurídico não se sustenta, o
Direito penal tem a função de Prevenção Geral Positiva, ou seja Reforçar a confiança na vigência da
norma.
A Problemática do conceito de bem jurídico, Luís Greco tem um artigo citando a crise desse sistema, em
uma análise rápida da problemática, Roxin visa limitar a atuação do Direito Penal (Garantista), Já
Jakobs ao não conceber essa teoria, formula uma amplitude ao direito Penal que se legitimaria apenas
pela consonância com a constituição podendo tratar de qualquer seara sob o pretexto de reforço na
vigência da norma.
Definição de Bem jurídico: Roxin: define bens jurídicos como ‘’realidades ou fins que são necessários
para uma vida social livre e segura, que garanta os direitos fundamentais dos indivíduos, ou para o
funcionamento do sistema estatal erigido para a consecução de tal fim’’ Os bens jurídicos são realidades
ou finalidades, que tem como objetivo permitir a realização pessoal dos indivíduos e por outro lado
realidades ou fins alinhados ao sistema estatal, que eregiu que tem por objetivo proteger essas realizações
ou seja, ganha um caráter instrumental não devendo Jamais se confundir bem jurídico com objeto
material do crime
A Segunda pergunta pertinente é: apenas bens constitucionalmente relevantes são passíveis de tutela?
2 correntes sobre a temática.
1 Concepção Sim – (Régis Prado) necessária previsão ao menos de forma implícita
2 Concepção Não – (Luís Greco) basta que o bem jurídico eleito seja compatível com princípios
constitucionais.
A Terceira pergunta é: está o legislador obrigado a castigar lesões a bens jurídicos constitucionalmente
protegidos? Exemplo a na constituição especial destaque para a vida, ou seja o meio de tutela deve ser
necessariamente a tutela penal? Os chamados mandados de criminalização se a resposta for positiva a
tentativa de descriminalizar o aborto assim como extinções de punibilidade mais extensas ou sanções
mais leves, configurarão hipótese de inconstitucionalidade por proteção deficiente do bem jurídico.
No entanto vale a pena se atentar para os chamados Pseudo Bens Jurídicos Luís Greco da essa concepção,
para por exemplo a saúde, não existe uma saúde pública, e sim a soma das saúdes individuais. Inexistindo
então saúde pública transindividual a identificação do bem Bem Jurídico coletivo e do Pseudo bem
Jurídico, e de grande relevância pois e possível exacerbar a pena ao se tratar de bem jurídico coletivo a
exemplo da lei de drogas, onde seria objeto de tutela a saúde pública, quando na verdade, usuários
individuais e que seriam prejudicados pelo uso do entorpecente. (saúde individual)
Seriam os crimes de perigo abstrato inconstitucionais? Já que pela adoção do conceito de bem jurídico
como centro gravitacional do direito Penal Brasileiro, inexistindo lesão ao bem seria desnecessária a
tutela. Existem 2 concepções.
Perigo Concreto – e aquele em que se exige efetiva prova do perigo para que haja condenação,
a exemplo do crime de incêndio, tendo o fogo causado efetivo risco ao patrimônio e a
incolumidade física de um número indeterminado de pessoas, se fará essa constatação nos autos.
Perigo Abstrato – No caso do crime de perigo abstrato existe uma absoluta presunção de perigo
efetivada pelo legislador, a exemplo do art.253 do C.P transporte de Gás Toxico, tal conduta traz
ao lume presunção absoluta de perigo, assim haveria crime não se admitindo prova em contrário.
Crimes de Lesão – crimes de lesão ocorrem com a efetiva lesão ao bem jurídico, vida,
patrimônio etc.
Questiona- se então, a constitucionalidade dos crimes de perigo abstrato, já que a presunção absoluta de
perigo, vai de encontro ao princípio da lesividade que exige que uma conduta seja apta a causar lesão ao
bem jurídico. Alguns autores irão defender que violaria a dignidade da pessoa humana, outros como
Damásio de Jesus, que violaria o princípio do estado de inocência, já que a presunção absoluta e em
desfavor do Réu.
Na Realidade a concepção de Perigo abstrato não está correta, pois não a presunção absoluta de perigo o
Professor Luís Greco que da uma concepção mais moderna ao tema, vai tratar da seguinte forma.
Nos crimes de perigo abstrato a uma Constatação de perigo, que em face do Perigo concreto é menos
exigente mas não é inexistente.
Perigo Abstrato a constação do perigo e feita Ex Ante ou seja se constata o perigo enquanto a
conduta e realizada, esta feita por um Observador Prudente tal observador deve perceber o
perigo enquanto ele se executa, sob Pena de avaliação Ex Post que configuraria perigo Concreto.
O que importa aqui e a sensação de perigo trazida pela conduta, a grande Diferença das duas
teorias é que aqui NÃO existe presunção absoluta de Perigo pois o perigo só e atestado no
decurso da conduta.
Perigo Concreto – No Perigo concreto a uma maior exigência, para a constação Ex Post aqui
também não a Presunção de perigo o exame de verificação e feito depois, somente após o
observador verificara o resultado da conduta, avaliando se patrimônio ou pessoas foram postas
em situação de risco.
Vale destacar que no Delito de Porte de Armas da lei 10826/03, não se faz presunção de perigo, se adota
o tratamento de ato preparatório (iter criminis) o delito do porte de arma de forma irregular traz de
antemão a sensação de risco a incolumidade, pois seria ato anterior a pratica de outro delito, O STF já
decidiu de forma que e Prescindível a realização de laudo pericial para checar se o armamento em
questão tem potencial lesivo ou não.
Delitos de acumulação
E comum tratando de Difusos/Transindividuais, que o legislador tipifique condutas, que isoladamente
causam uma lesão muito pequena, ou seja delitos individuais em perspectiva micro mas que se repetidos a
esmo, tomaram perspectiva macro, exemplo clássico o meio ambiente, nesses delitos que se estuda a
multiplicação das condutas dar-se o nome de delitos de acumulação, ou seja aqueles bens difusos que
condutas isoladas causam pequenos impactos ao bem jurídico, somente quando consideradas em
conjunto essas condutas constituem ofensa relevante. E como funcionaria a insignificância no caso de
delitos de acumulação? A Insignificância fica bastante afetada, mas ainda pode ser aplicada no caso
concreto por exemplo na pesca esportiva no período de Defeso.
Princípio da Legalidade
Pelo Brocardo ‘’Nullun Crime Nulla Pena Sine Lege’’ de origem mais remota na Magna Carta de 1215,
embasasse o princípio da legalidade, doravante quem fez essa conceituação foi Feurbach. Como centro
gravitacional que para uma conduta ser crime deveria estar prevista em Lei, a partir disso vinheram outros
desdobramentos, que são
Praevia – a lei que criminaliza condutas deve ser prévia ao fato, ou seja no momento que
aconteça a conduta já exista lei disciplinando o fato
Scripta – mesmo nos ordenamentos de comoon law, onde existe uma decadência do costume
como fonte de criminalização de condutas, já não aceitas mais na esfera federal por exemplo
principalmente por força do arbítrio, no sistema romano germânico os costumes tem uma função
interpretativa.
Stricta – Ou seja Estrita legalidade, não se amplia por analogia
Certa – Taxativa ou seja a descrição do tipo deve ser exaustiva sem espaços para interpretações
extensivas
Medida Provisória pode versar sobre Direito Penal?
Existe pacífico entendimento que M.P não versa sobre direito Penal, leis ordinárias são a via certa para
criminalização de condutas, a discussão era se havia possibilidade de que em Mellius, (Benefício)
pudesse haver essa viabilidade, e onde nasceu essa discussão? Matéria da 8137/90 crimes contra ordem
tributária e criação de MP que versasse sobre negociação de dívidas, etc. foi levada a questão ao Supremo
que decidiu que o princípio da legalidade não poderia ser invocado contra o cidadão, se trouxer base
benefíca ao acusado que se paute em outras sede não na legalidade.