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Na doutrina alemã, a “falta de fundamento jurídico” tem-se prestado às seguintes considerações:

haveria que distinguir entre o enriquecimento por prestação e o enriquecimento por intervenção; no
primeiro, ter-se-iam teorias objectivistas, pelas quais o fundamento seria a relação jurídica subjacente e
teorias subjectivistas, que reconduziriam o fundamento à obtenção do fim pretendido com ela; no
segundo, a falta de fundamento radicaria na carência normativa bastante e/ou na não-verificação dos
pressupostos da aquisição de boa-fé.

Menezes Cordeiro entende que uma prestação não terá “causa justificativa” quando não advenha de
nenhuma fonte ou de nenhuma fonte válida e, ainda, quando, não obstante, o Direito não permita a sua
retenção. Só antecipando todo o regime do Direito das obrigações será possível ir mais longe. Por seu
turno, uma intervenção não terá “causa justificativa” quando corresponda à inobservância das normas
aplicáveis na área de distribuição dos bens onde o problema se ponha ou, pela positiva: quando não
tenha a cobertura das competentes regras aplicáveis.

Não se confunde com a falte de “causa justificativa” a verificação das concretas condictiones
exemplificadas no n.º 2 do art.º 473.º:
i. O que for indevidamente recebido;
ii. O que for recebido por virtude de uma causa que deixou de existir;
iii. Ou em virtude de um efeito que não se verificou.
Desde logo, a própria lei remente tais condictiones para a determinação do objecto da obrigação de
restituir. Mas, para além disso, elas abrangem todos os elementos: o enriquecimento, o
empobrecimento, o “à custa de” e a falta de causa.
A falta de causa justificativa abrange tanto as hipóteses de ausência inicial de “causa” como de
supressão ulterior da mesma causa.

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