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O conceito de Pessoa - o problema das máscaras

Peter Singer

A origem etimológica a palavra 'pessoa' é muito interessante porque nos coloca


perante uma das principais dimensões da pessoa: a dimensão psicossocial.

O ser humano desenvolve-se em relação com os outros seres humanos, e não


poderia ser de outra forma já que o recém-nascido vem ao mundo num estado
inacabado: o seu cérebro ainda está em construção e o seu corpo não possui
ainda uma estrutura que lhe permita enfrentar o meio sem a ajuda dos seus
semelhantes.

Por isso na nossa relação com os outros assumimos diversos estatutos e papéis.
A forma como assumimos esses estatutos e desempenhamos esses papéis
assemelha-se a uma representação teatral, nós ao interagir com os outros em
contextos sociais diversos é como se usássemos máscaras diferentes consoante
a situação: com os nossos familiares mais próximos adoptamos um
comportamento, com os desconhecidos outro, com os colegas podemos ser
mais extrovertidos e mais introvertidos com os professores...

A questão que se coloca é a de saber o que é que há por detrás das máscaras:
aquilo que somos é o somatório das máscaras (uma síntese dos nossos
comportamentos)? Há um verdadeiro rosto para além das máscaras? Para lá
das máscaras está o vazio? Afinal, quem somos? Será que sabemos realmente
quem somos?
Em psicologia há uma ferramenta que permite equacionar de forma gráfica o que
está em causa nestas questões: a janela de Johari.

Segundo esta teoria, a nossa identidade é intercomunicativa, sendo composta


pela interseção de quatro planos que se arruma como quatro caixilhos de uma
janela: a área da nossa personalidade que é conhecida por nós e pelos outros;
a área que é nos é desconhecida e que os outros conhecem (por exemplo, o que
é dito nas nossas costas); uma área que é conhecida por nós mas que os outros
não conhecem (os nossos segredos) e uma área que é desconhecida tanto por
nós como pelos outros (a nossa área oculta - que em certas correntes da
psicologia é definida como o inconsciente).

Texto: O que é a janela de Johary?

A Janela de Johari é uma representação das dinâmicas das relações


interpessoais e dos processos de aprendizagem em grupo e foi idealizada por
Joseph Luft e Harry Ingham.

O termo janela alude à figura das janelas das casas, com o perímetro externo
rígido e, no local onde se encaixariam os vidros, encontram-se as áreas
separadas por divisões (caixilhos) que podem ser móveis. A palavra JOHARI é
uma configuração dos nomes Joseph e Harry.
O comportamento de auto exposição e o de buscar feedback são ferramentas
indispensáveis ao funcionamento da Janela de Johari, na qual pessoas e grupos
são observados e observadores quanto a componentes comportamentais, tais
como: pensamentos, impulsos, desejos, temores, fantasias, preconceitos,
esperanças, sonhos, objetivos, formas de ser e de agir, etc.

Como ler ou compreender essa janela?

• Área aberta: onde se incluem todos os comportamentos sobre os quais o eu e


os outros têm conhecimentos. São percepções mutuamente participadas (isto é,
as pessoas veem um indivíduo do mesmo modo como ele vê), tais como
características do modo de falar, da atitude geral, habilidades, etc.

• Área fechada ou secreta: onde estão os comportamentos que vemos em nós


mesmos, mas que escondemos dos outros. EX.: “Eu sinto medo, mas eu luto
para projetar a imagem de muita coragem pessoal”. Nesta área, as pessoas
veem um “eu falso”, e o sujeito precisa estar sempre atento para que elas não
percebam o seu “eu real”.

• Área encoberta ou cega: onde estão os fatores e as


características de comportamento que as outras pessoas percebem no
indivíduo, mas que ele não consegue perceber. Ex.: “Os outros percebem o meu
nervosismo, mas eu não vejo, não percebo que sou e estou nervoso”. Por outras
palavras, outras pessoas conhecem peculiaridades nossas de que nós próprios
não temos conhecimento.

• Área desconhecida: onde há fatores que não percebemos em nós mesmos


nem as outras pessoas percebem. Constituem as memórias da infância, as
potencialidades latentes e os aspectos escondidos da dinâmica interpessoal.
Alguns desses componentes desconhecidos podem tornar-se conscientes com
o aumento da abertura para auto exposição e para o feedback dos outros.

A mudança num dos quadrantes provoca uma modificação em todos os demais.


O modelo de representação gráfica da Janela de Johari possibilita verificar as
informações decorrentes de duas fontes – “eu” e os “outros”. Existem dois
processos que regulam esse fluxo interpessoal quando determinado o tamanho
de cada um dos quadrantes da janela:
• Busca de feedback: consiste em aceitarmos e incentivarmos a percepção
dos outros sobre nós mesmos, para identificarmos como nossos
comportamentos estão afetando os outros, vendo-nos por intermédio dos outros.

• Dar feedback ou auto exposição: consiste em darmos feedback aos outros,


identificando, por meio das suas percepções e sentimentos, como o
comportamento dos outros nos estão a afetar.

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