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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas

Gustavo Ribeiro Chaves Pinto


Marco Antônio Barbosa de Freitas

Estudo de Fluxo de Carga para um Sistema de 5 Barras

Professor: Dr. Fabricio Augusto Matheus Moura.


Disciplina: Análise de Sistemas Elétricos

Uberaba-MG

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10/12/2018

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................2
2 ENUNCIADO..............................................................................................................3
3 RESULTADOS E DISCUSÕES.................................................................................6
3.1 SIMULAÇÃO INICIAL..........................................................................................6
3.2 EFEITO DE BANCO DE CAPACITORES............................................................9
3.3 ANÁLISE PARA REGULAÇÃO DE TENSÃO....................................................14
3.4 ANÁLISE PARA DUPLICAÇÃO DE LINHAS.....................................................17
3.5 ANÁLISE PARA ABAIXAMENTO DE TENSÃO.................................................19
3.6 ANÁLISE PARA TAP DE TRANSFORMADOR..................................................20
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................24

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1 INTRODUÇÃO

O estudo de fluxo de potência é realizado com bastante frequência em


sistemas elétricos de potência. Tal frequência é justificada pelo fato de que esse
estudo auxilia no planejamento dos sistemas de potência, assim como também, na
determinação das melhores condições de operação, controle e supervisão dos
sistemas existentes.
O objetivo desse estudo consiste em calcular os fluxos de potência ativa e
reativa nas linhas a partir de dados de entrada, tais como resistência e reatância dos
elementos, geração ativa e reativa nas barras, bem como sua carga ativa e reativa.
Além de calcular os fluxos de potência, é possível calcular as tensões de
todas as barras, verificar as condições das linhas de transmissão e, assim,
redirecionar o fluxo de potência caso o sistema entre em situação de emergência.
A partir dos resultados obtidos, também é possível avaliar a capacidade do
sistema de transferir energia para as cargas sem sobrecarregar as linhas te
transmissão. Além disso, pode-se regular a tensão através de capacitores shunt,
reatores e transformadores de TPA variável, calculados a partir do estudo do fluxo de
potência.
Como o sistema é composto por várias barras e modelado por equações não
lineares, o uso de um software é indispensável, tal como é feito nesse trabalho.

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2 ENUNCIADO

Considere o sistema de cinco barras cujo diagrama unifilar está mostrado abaixo:

Figura 1: Sistema Elétrico a ser Analisado

Fonte: Dos Autores, 2018

Gerador G1:
- Potência aparente: 400 MVA
- Tensão: 15 KV
- Frequência: 60 Hz
- Reativo mínimo: -280 MVAr
- Reativo máximo: 400 MVAr

Transformador T1:
- Potência aparente: 400 MVA
- Tensão: 15/345KV (Δ-Υ)
- Frequência: 60 Hz
- Reatância série: 0,08 pu na base de 400MVA
- Capacidade máxima: 600 MVA
- TAP variando entre 0,85 a 1,15 pu em incremento de 0,05 pu

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Gerador G2:
- Potência aparente: 800 MVA
- Tensão: 15 KV
- Frequência: 60 Hz
- Reativo mínimo: -560 MVAr
- Reativo máximo: 800 MVAr

Transformador T2:
- Potência aparente: 800 MVA
- Tensão: 15/34 5KV (Δ-Υ)
- Frequência: 60 Hz
- Reatância série: 0,04 pu na base de 400MVA.
- Capacidade máxima: 1200 MVA.
- TAP variando entre 0,85 a 1,15 pu em incremento de 0,05 pu.

Linha 1: Entre as barras 2 e 4


- Impedância série: 0,036 +j0,4 pu na base de 400 MVA
- Susceptância paralelo: 0,44 pu na base de 400 MVA
- Tensão: 345 KV
- Capacidade máxima: 1200 MVA

Linha 2: Entre as barras 2 e 5


- Impedância série: 0,018 +j0,2 pu na base de 400 MVA
- Susceptância paralelo: 0,22 pu na base de 400 MVA
- Tensão: 345 KV
- Capacidade máxima: 1200 MVA

Linha 3: Entre as barras 4 e 5


- Impedância série: 0,009 +j0,1 pu na base de 400 MVA
- Susceptância paralelo: 0,11 pu na base de 400 MVA
- Tensão: 345 KV
- Capacidade máxima: 1200 MVA

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Carga 1: 800 MW, 280 MVAr; Carga 2: 80 MW, 40 MVAr

Potência base: 400 MVA; Tensão base: 15 KV nas barras de geração,


345 KV nas demais barras.

Despacho inicial:
V1 = 1,0 pu V3 = 1,05 pu
Tap em T1: 1 pu Tap em T2: 1 pu
Pg3 = 520 MW

Obtenha as tensões de barras e fluxos de potência nos ramos do sistema e


interprete o resultado quanto a: nível de tensão, sobrecargas e perdas.
Com o resultado anterior considerado como caso base, faça as seguintes
simulações:
a) Determine o efeito de se adicionar um banco de capacitores de 200 MVAr
na barra 2;
b) Encontre o valor do banco de capacitores que será necessário instalar
na barra 2 para que sua tensão seja de 1 pu;
c) Determine o efeito de se duplicar a linha entre as barras 2 e 4;
d) Determine o efeito de se abaixar a tensão na barra 3 para 1,03 pu;
e) Determine o valor do tap necessário ao transformador T1 para levar V5 a
1,05 pu.

3 RESULTADOS E DISCUSÕES

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O software Powerworld em sua versão 20 foi utilizado para a realização das
simulações propostas. Bem como as ferramentas citadas abaixo, com o objetivo de
auxiliar na interpretação dos resultados.
 Always Show Value (Percent), nos círculos azuis, que mostra a
porcentagem de sobrecarga em cada ponto do sistema;
 Bus View, que revela os valores de tensão na barra desejada, em pu e
em kV, incluindo o angulo de tensão e o fluxo de potências ativa e reativa entre as
barras que interligadas.
 Quick Power Flow, que mostra todos os valores listados pelo Bus View
de forma tabelada, facilitando a observação os valores em todas as barras do
sistema.

3.1 SIMULAÇÃO INICIAL

Inicialmente ao simular o circuito obteve-se o seguinte resultado (Fig. 2).

Figura 2: Sistema Elétrico especificado em operação.

Fonte: Dos Autores, 2018

Posteriormente, com o auxílio das ferramentas Bus View e Quick Power Flow,
obteve-se os seguintes resultados (Tab. 1 e Fig. 3 a 7) para análise proposta.

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Tabela 1: Quick Power Flow do Sistema Elétrico Especificado.

Fonte: Dos Autores, 2018

Figura 3: Bus View para barra 1 do sistema especificado

Fonte: Dos Autores, 2018


Figura 4: Bus View para barra 2 do sistema especificado

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Fonte: Dos Autores, 2018

Figura 5: Bus View para barra 3 do sistema especificado

Fonte: Dos Autores, 2018

Figura 6: : Bus View para barra 4 do sistema especificado

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Fonte: Dos Autores, 2018

Figura 7: Bus View para barra 5 do sistema especificado

Fonte: Dos Autores, 2018

3.2 EFEITO DE BANCO DE CAPACITORES

Esta alteração consiste em acoplar um banco de capacitores shunt de valores


200 MVAr na barra 2 (Tab. 2 e Fig. 8), e assim, comparar os resultados em relação
aos obtidos para o sistema inicialmente.
O novo sistema é mostrado abaixo:

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Tabela 2: Quick Power Flow do sistema com banco de capacitores na barra 2

Fonte: Dos Autores, 2018

Figura 8: Sistema em funcionamento com banco de capacitores na barra 2.

Fonte: Dos Autores, 2018

Percebe-se na Figura 8 que o o banco de capacitores foi dimensionado com


200 MVAr, mas o sistema usufruiu apenas 187,2 MVAr, pois a tensão na barra 2
(barra em que o banco de capacitores está conectado) é 0,9686 pu e assim o banco

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de capacitores não entrega toda sua potência ao sistema. O necessário para que o
banco de capacitores entregue toda sua potência a tensão da barra 2 deveria ter 1
pu de tensão nominal. Na Figura 8, também é possível observar que o gerador G1
começou a consumir a potência reativa do sistema elétrico, e que também está com
excesso de potência reativa.
Observando a Tabela 2 pode-se ver que ao inserir este banco de capacitores,
as reatâncias das linhas de transmissão entre as barras 2 e 4, e 2 e 5 (linhas 2-4 e
2-5) sofre uma diminuição no seu valor. Assim, o gerador G1 passou a ser
encarregado de consumir a potência reativa que antes eram consumidas por estas
linhas.
Com o banco de capacitores a tensão na barra 2 saltou de 0,8438 para
0,9686, isso aconteceu, pois, o gerador G1 não necessita mais produzir potência
reativa, logo o sistema ficou com um excesso de potência reativa.
Consequentemente, aumentou seu rendimento. Pode-se concluir que a magnitude
de tensão é muito sensível a alteração do reativo na rede e são diretamente
proporcionais, o mesmo acontece se há alteração da tensão, que causa mudanças
no reativo do sistema.
Já as perdas ativas do sistema não são muito afetadas. Verificando a
diferença angular de tensão na barra 2 com as barras 4 e 5, também não foram
muito afetadas, e, portanto, conclui-se que as perdas ativas possuem uma relação
com a abertura angular entre as barras que a magnitude de tensão, assim como
acontece com a relação da amplitude de tensão e a potência reativa.
Com o auxílio do Bus View obteve-se as informações de cada barra do
sistema com o banco de capacitores Figuras 9 a 13.

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Figura 9: Bus View para barra 1 do sistema com banco de capacitores

Fonte: Dos Autores, 2018

Figura 10: Bus View para barra 2 do sistema com banco de capacitores

Fonte: Dos Autores, 2018

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Figura 11: Bus View para barra 3 do sistema com banco de capacitores

Fonte: Dos Autores, 2018

Figura 12: Bus View para barra 4 do sistema com banco de capacitores

Fonte: Dos Autores, 2018

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Figura 13: Bus View para barra 5 do sistema com banco de capacitores

Fonte: Dos Autores, 2018

3.3 ANÁLISE PARA REGULAÇÃO DE TENSÃO

Neste próximo passo deve-se encontrar um valor específico de banco de


capacitor na barra 2 que eleve a tensão da barra para 1 pu. Para obter este valor, foi
necessário apenas colocar um gerador reativo de 1 pu de tensão na barra 2 (Figura
15), configurando-o como mostrado na Figura 14.

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Figura 14: Dados de Entrada do Gerador Reativo

Fonte: Dos Autores, 2018

Figura 15: Sistema para determinação do banco de capacitores

Fonte: Dos Autores, 2018

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Deste modo utilizando a ferramenta Quick Power Flow apenas para a barra 2,
obteve-se o seguinte resultado:

Figura 16: Quick Power Flow para determinação do banco de capacitores

Fonte: Dos Autores, 2018

Assim percebe-se que o banco de capacitores que causara a mudança


desejada na tensão da barra 2 é um banco de capacitores de 247,1 MVar. Assim o
gerador reativo foi retirado da barra 2 e no seu lugar foi inserido um banco de
capacitores de 247,1 MVar para verificar se esta era realmente a escolha correta
(Figura 17).

Figura 17: Sistema elétrico em operação com banco de capacitores para


regulação de tensão.

Fonte: Dos Autores, 2018

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Tabela 3: Quick Power Flow do sistema com banco de capacitores para
regulação de tensão.

Fonte: Dos Autores, 2018

Observa-se que as magnitudes de tensão em todas as outras barras foram


alteradas para valores próximos de 1 pu. Além de um reajuste nos valores dos
ângulos nas demais barras (3,4 e 5) e nas linhas que interligam essas barras.
Consequentemente as perdas ativas foram minimizadas. Como a variação de
magnitude entre as barras também foi diminuída, as perdas reativas foram
minimizadas.
Comparando com o caso anterior, o gerador G1 teve que consumir mais
potência reativa neste caso atual pois o banco de capacitores conseguiu entregar
toda sua potência reativa para o sistema, e o gerador G2 teve que produzir menos,
assim, a sobrecarga em todo o sistema foi aliviada.

3.4 ANÁLISE PARA DUPLICAÇÃO DE LINHAS

Neste ponto do estudo foi feita a análise de linhas duplicadas (em paralelo). A
linha a ser duplicada é a de 2-4 e os mesmos parâmetros são utilizados para essa
segunda (Figura 18). Com o Quick Power Flow obteve-se a Tabela 4 com alguns

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parâmetros de cada linha do sistema.

Figura 18: Sistema em funcionamento com linhas duplicadas

Fonte: Dos Autores, 2018

Tabela 4: Quick Power Flow do sistema com linhas duplicadas

Fonte: Dos Autores, 2018

Observando a Figura 18, pode-se notar que duplicação de linha aliviou muito a
sobrecarga nas linhas de transmissão 2-4 e 2-5, consequentemente resultou em um
aliviamento do restante do sistema. Com a duplicação da linha, indutiva, obteve-se

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uma diminuição de carga reativa indutiva (indutores em paralelo tem o seu valor
diminuído) e consequentemente o gerador G1 teve que consumir potência reativa para
suprir o excedente de reativo que G2 e as cargas de barras produzem.
Já o nível de tensão na barra 2 teve sua magnitude aumentada (aumento da
potência reativa), assim como a análise de inserção do banco de capacitores, mas a
diferença angular entre as barras 2-4 e 2-5 aumentou e como consequência as perdas
ativas aumentaram. Com a duplicação da linha de transmissão, pode-se entregar mais
potência ativa ao sistema com um alívio de reativo nas linhas de transmissão.
Essa duplicação de linhas de transmissão na realidade não é muito viável por
causa dos custos que essa pratica demanda.

3.5 ANÁLISE PARA ABAIXAMENTO DE TENSÃO

Neste passo é regulada a tensão da barra 3 de 1,05 pu para 1,03 pu, ou seja,
trabalha-se com 98% da magnitude de tensão. Alterando-se o valor do campo Desired
Reg. Bus Voltage, nas configurações do gerador 2, para 1,03, obteve-se o sistema
mostrado na Figura 19 juntamente com o Quick Power Flow da Tabela 5.

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Figura 19: Sistema em funcionamento com redução de tensão na barra 3

Fonte: Dos Autores, 2018

Tabela 5: Quick Power Flow do sistema com redução de tensão na barra 3

Fonte: Dos Autores, 2018

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Percebe-se que a diminuição de tensão na barra 3 causou uma geração menor
de potência reativa do gerador G2 para o sistema e como consequência as linhas 2-4 e
2-5 sobrecarregaram para atender a carga na barra 2. Assim, o gerador G1 teve que
produzir mais potência reativa para atender a falta que G2 causou.
Com essa redução de tensão, a barra 2 teve uma ligeira queda na magnitude de
tensão, visto que consumiu menos reativo da linha 2-4 (ligação com o gerador G2) e
consequentemente o gerador G1 teve que compensar esta potência para que a carga
acoplada a barra 2 seja atendida. Porém, a máquina G1 não consegue produzir toda a
potência reativa que o sistema necessita, pois já opera em seus limites máximos (não
é possível alterar a sua tensão para gerar reativo, pois ela é fixa em 1,00 pu).
A linha 4-5 teve que seu fluxo de potência reativo diminuído e como
consequência a potência aparente diminui, visto que ainda as perdas ativas nesta linha
aumentaram em quase 1 MW.

3.6 ANÁLISE PARA TAP DE TRANSFORMADOR

No item “e” do enunciado propõe-se que seja regulado o TAP do transformador


1 para se obter uma magnitude de tensão na barra 5 de 1,05pu. Para que isso seja
possível, deve-se mudar um parâmetro do transformador mostrado na figura abaixo,
com o sistema ainda em operação é possível alterar o valor da variável Off-Nominal
TAP Ratio (Figura 20).
Quanto menor o valor desta variável mais alta será a magnitude de tensão na
barra 5 que para o caso o default era de 1,0. A faixa de valores de TAP’s que geram
uma tensão de 1,05 pu na barra 5 variam de 0,906 até 0,917 aproximadamente (Figura
21). Deve-se tomar cuidado com alterações bruscas pois é muito sensível, mesmo em
quando a mudança ocorre somente nas terceiras e quartas casas decimais.
Também foi montada a Tabela 6 com o Quick Power Flow para melhor análise
da situação atual do sistema, nela o valor do TAP era de 0,91177.

Figura 20: Como alterar o valor do TAP de um transformador via Powerworld

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Fonte: Dos Autores, 2018

Figura 21: Sistema em funcionamento com mudança de TAP do


transformador 1.

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Fonte: Dos Autores, 2018

Tabela 6: : Quick Power Flow do sistema com mudança de TAP do


transformador 1.

Fonte: Dos Autores, 2018

Observamos que a mudança do TAP do transformador obrigou o gerador G1


a produzir mais potência reativa para suprir essa mudança, causando uma redução

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em sua potência ativa. Assim, o sistema se adequou fazendo o gerador G2 produzir
menos potência reativa. Dessa forma, o fluxo reativo na linha 4-5 decaiu muito
ocasionando no aumento da abertura angular entre as barras 4 e 5, aliviando sua
sobrecarga embora a perda reativa nesta linha aumentou.
Com o aumento do TAP, diretamente aumentou-se a magnitude de
tensão na barra 5, sobrecarregando o transformador para que seja capaz de
entregar toda a potência gerada por G1 para a barra 5, diminuindo sua perda ativa,
mas aumentando a perda reativa.

BIBLIOGRAFIA

25
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, Resolução Nº 505, 2001.

RESENDE, JOSE W.. “Montando uma entrada de dados para os estudos de Fluxo
de Potência no programa PowerWorld”, Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia, (Apostila).

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