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Boletim Informativo Franciscano

Ano- V - nº 598– 06/12/2018

Papa repudia violência contra imigrantes


após ataque neonazista que abalou a Itália

Philip Pullella
6 FEV2018

O papa Francisco exortou os católicos nesta terça-feira a refletirem sobre


a causa da violência contra imigrantes durante a Quaresma, apelo feito
dias depois de um ataque a tiros a africanos que inflamou ainda mais a
campanha eleitoral italiana.

Papa durante missa no Vaticano 2/2/2018 REUTERS/Max Rossi


Foto: Reuters

Em sua mensagem para a próxima Quaresma, durante a qual se espera


que os fiéis jejuem, façam sacrifícios, reflitam e realizem atos adicionais
de caridade, Francisco alertou para que "essa caridade não se esfrie
dentro de nós".

O pontífice disse que tal atitude pode levar à "violência contra qualquer
um que acreditemos ser uma ameaça às nossas própria certezas: a
criança não nascida, os idosos e enfermos, os imigrantes, os estrangeiros
entre nós..."

A Itália sofreu um choque no sábado, quando um neonazista baleou e


feriu seis imigrantes africanos enquanto dirigia por Macerata, cidade do
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Ano- V - nº 598– 06/12/2018

centro do país, um ataque com motivação racial ocorrido um mês antes


das eleições nacionais de 4 de março.

O ataque, que o papa não mencionou especificamente, agravou as


tensões de uma campanha na qual partidos de centro-direita vêm pedindo
a expulsão de centenas de milhares de imigrantes ilegais.

As palavras do pontífice se aplicam a vários outros países europeus onde


o sentimento contra os imigrantes está alto, incluindo a Alemanha, onde o
partido de extrema-direita e anti-imigrante Alternativa para a Alemanha
conquistou vagas no Parlamento no ano passado.

Francisco, que fez da defesa dos imigrantes um dos pilares de seu


papado, também ligou seu destino a duas de suas maiores preocupações -
o meio ambiente e o desarmamento.

"A terra está envenenada por dejetos, descartados por descuido ou


interesse próprio. Os mares, eles mesmo poluídos, engolfam os restos de
incontáveis vítimas de naufrágios da migração forçada", disse.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) estimou que 2.832


imigrantes morreram no ano passado tentando rumar do norte da África
para Itália -menos que os 4.581 de 2016. Cerca de 119.310 pessoas
chegaram às praias italianas vivas em 2017, e 181.436 no ano anterior.

Francisco já fez muitos apelos pelo desarmamento, e pediu uma proibição


de cumprimento obrigatório às armas nucleares em meio à intensificação
da guerra de palavras entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.

Neste ano a Quaresma vai da Quarta-Feira de Cinzas, 14 de fevereiro, à


Páscoa, no dia 1º de abril.

Fonte: Site Terra


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Ano- V - nº 598– 06/12/2018

Papa recebe Erdogan no Vaticano e debate


Jerusalém
Visita é a primeira de um presidente turco ao Vaticano em 59 anos;
curdos e simpatizantes entram em confronto com polícia italiana

06/02/2018

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, conversou com o


papa Francisco nesta segunda (5) sobre o status de Jerusalém, na
primeira visita de um presidente turco ao Vaticano em 59 anos.
O encontro foi alvo de protestos, e houve confrontos entre policiais e
manifestantes em Roma, nas proximidades do Vaticano. A polícia, que
havia fechado boa parte do centro da cidade para a visita, disse que duas
pessoas foram detidas após manifestantes tentarem furar o bloqueio na
Santa Sé.
Erdogan, que é muçulmano, conversou privadamente com o papa por
cerca de 50 minutos no escritório do pontífice no Palácio Apostólico do
Vaticano, que é usado principalmente para ocasiões cerimoniais. O
encontro é em retribuição à visita do papa Francisco à Turquia em 2014.
Segundo comunicado do Vaticano, as conversas incluíram temas como
“o status de Jerusalém, destacando a necessidade de promover a paz e a
estabilidade na região (Oriente Médio) por meio do diálogo e da
negociação, com respeito aos direitos humanos e à lei internacional”.
Tanto Erdogan quanto o papa Francisco se opõem à decisão do
presidente dos EUA, Donald Trump, de declarar Jerusalém como a capital
de Israel e mudar para lá a embaixada americana.
Opositores e mesmo aliados do republicano temem que a decisão
prejudique os esforços para retomar as negociações de paz no Oriente
Médio, já que Jerusalém é considerada sagrada pelas três religiões
monoteístas e reivindicada com capital de um futuro Estado palestino.
Ao fim do encontro, o papa deu a Erdogan um medalhão de bronze que
mostra um anjo abraçando os hemisférios Norte e Sul, ao mesmo tempo
em que supera a oposição de um dragão.
“Este é o anjo da paz que estrangula o demônio da guerra”, disse
Francisco ao entregar a joia, obra do artista italiano Guido Verol. “[É] Um
símbolo de um mundo baseado na paz e na justiça.”
A Turquia realiza há duas semanas uma operação militar contra a
região curda de Afrin, no norte da Síria. A nota do Vaticano não informou
se o tema foi abordado pelo papa no encontro dos dois.
Um protesto com cerca de 150 pessoas, entre curdos e simpatizantes,
se tornou violento quando a polícia tentou conter o grupo. Ao menos um
manifestante foi ferido.
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As forças italianas bloquearam o Vaticano e as áreas em torno do hotel


de Erdogan e dos palácios onde ele se encontrará com o presidente Sergio
Mattarella e o premiê Paolo Gentiloni.
Matteo Salvini, líder do partido de direita Liga Norte, disse que era
“vergonhoso” o governo italiano receber Erdogan, a quem chamou de
“líder de um regime islâmico sangrento e assassino de liberdades”. Desde
uma tentativa de golpe em 2016, o governo turco restringe liberdades
civis e detém opositores.

Fonte: Folha de SP

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