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ECONOMIA

Professor: Luís Oscar S. Martins


luisoscar2007@hotmail.com
Referência

• MANKIW, N. Gregory. Introdução à


Economia (Cap. 2).
Capítulo 1: Introdução à Economia
Conceito de Economia
Problemas Econômicos Fundamentais
Sistemas Econômicos
Curva (Fronteira de Possibilidades de Produção.
• Conceito de Custos de Oportunidade
Análise Positiva e Análise Normativa
Inter-relação da Economia com as demais ciências
Divisão do Estudo Econômico
Sua concepção:

A economia repousa sobre os atos humanos e é por


excelência uma ciência social. Apesar da tendência atual
ser a de se obter resultados cada vez mais precisos para os
fenômenos econômicos é quase que impossível se fazer
análises puramente frias e numéricas, isolando as
complexas reações do homem no contexto das atividades
econômicas.
Conceito de Economia
Deriva do grego: “aquele que administra o lar”.
Economia é uma ciência social que estuda como os
indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos
produtivos escassos na produção de bens e serviços, de
modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a
finalidade de satisfazer as necessidades humanas.
• A ciência que estuda a escassez.
• A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na
produção de bens alternativos.
• O Estudo da forma pela qual a sociedade administra
seus recursos escassos.
Problemas econômicos fundamentais

Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas.


Versus
Recursos Produtivos (Fatores de Produção)
(Recursos naturais, Mão de Obra, Capital)
Limitados e Finitos

Problema
Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade.
(restrição física dos recursos)
Problemas econômicos fundamentais
O QUE e QUANTO produzir ?
A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de
capital, e quanto ?

COMO produzir ?
Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra
intensiva.

PARA QUEM produzir ?


Como será a distribuição de renda gerada pela atividade
econômica. Quais os setores beneficiados.
Sistema Econômico / Organização Econômica

É a forma como a sociedade está organizada para


desenvolver as atividades econômicas.

Atividades de produção, circulação,


distribuição e consumo de bens e serviços.
Sistema Econômico / Organização Econômica

Principais formas:

Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista)

Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)


Economias de Mercado

- Sistema de concorrência pura


(sem interferências do governo)

- Sistema de concorrência mista


(com interferência governamental)
Sistema de concorrência pura

Laissez-faire: O mercado resolve os problemas


econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para
quem produzir), como guiados por uma mão invisível,
sem a intervenção do governo.

Mão invisível: mecanismo de preço que promove o


equilíbrio dos mercados.
Sistema de concorrência pura

Excesso de oferta (escassez de demanda)

Formam-se estoques

Redução de preços Até o equilíbrio

Existirá concorrência entre empresas para vender os


bens aos escassos consumidores.
Sistema de concorrência pura

Excesso de demanda (escassez de oferta)

Formam-se filas

Tendência ao aumento de preços Até o equilíbrio

Existirá concorrência entre consumidores para compra.


Sistema de concorrência pura

O QUE e QUANTO produzir ?


(o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor).
(quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de
mercado.

COMO produzir ?
Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das
empresas.
PARA QUEM produzir ?
Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta
de fatores de produção). Questão distributiva.
Sistema de concorrência pura

Base da filosofia do liberalismo econômico.

Advoga a soberania do mercado, sem interferência do


Estado. Este deve responsabilizar mais com justiça, paz,
segurança, e deixar o mercado resolver as questões
econômicas fundamentais.
Sistema de concorrência pura
MODELO CIRCULAR

Oferta de bens Mercado de Demanda de bens


e serviços Bens e Serviços e serviços

O que e quanto
produzir
Empresas Como Famílias
produzir
Demanda de Para quem
serviços dos produzir Oferta de
fatores de serviços dos
produção. Mercado de fatores de
(mão-de-obra, terra, produção
capital) Fatores de
Produção
Sistema de concorrência pura
Críticas:
 Grande simplificação da realidade;
 Os preços podem variar não devido ao mercado mas,
em função de:
• força de sindicatos ( através dos salários que remuneram
os serviços de mão-de-obra);
• poder de monopólios e oligopólios na formação de preços
no mercado;
• intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas,
política salarial, fixação de preços mínimos, política
cambial);
Sistema de concorrência pura
Críticas:
• o mercado sozinho não promove perfeita alocação de
recursos. A produção ou consumo de um
determinados bens ou serviços pode produzir efeitos
colaterais externalidades); além disso, existem bens
públicos, disponibilizados pelo Governo.
• o mercado sozinho não promove perfeita distribuição
de renda, pois as empresas estão procurando a
obtenção do máximo lucro, e não com questões
distributivas.
Sistema de concorrência pura

Essas críticas justificam a atuação governamental para


complementar a iniciativa privada e regular alguns
mercados.

Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como


um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro.
Sistema de mercado misto
O papel econômico do governo

Séc. XVIII - XIX Predominância : Sistema de mercado,


próximo ao da concorrência pura.

Início do Séc. XX O mercado sozinho não garante que


a economia opere sempre com pleno
emprego dos seus recursos.
Necessitando de maior atuação do
Setor Público na economia.
De que forma ?
Sistema de mercado misto

Atuação do setor público com o objetivo de evitar


distorções alocativas e distributivas:
• sobre a formação de preços, (via impostos, etc.);
• complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.);
• fornecimento de serviços públicos;
• fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado)
Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.);
• compra de bens e serviços do setor privado.
Economia Centralizada
Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a
forma como resolver os problemas econômicos
fundamentais.

Meios de produção Estado


Matéria-prima, imóveis
capital.

Meios de sobrevivência Indivíduos


Carros, roupas, televisores, etc.
Economia Centralizada

Processo Produtivo: os preços representam apenas


recursos contábeis que permitem o controle da
eficiência das empresas (não há desembolso onerário);

Distribuição do Produto: os preços dos bens de


consumo são determinados pelo governo;

Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa


e o restante dividido entre os administradores e os
trabalhadores.
Sistemas Econômicos - Síntese

Mercado Centralizada

Propriedade Privada X Propriedade Pública


Problemas econômicos fundamentais resolvidos

pelo mercado pelo orgão central

Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva


Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção

Gráfico que mostra as várias combinações de produto


que a economia pode produzir potencialmente, dados
os fatores de produção e a tecnologia disponíveis.

É a fronteira máxima que a economia pode produzir,


dados os recursos produtivos limitados. Mostra as
alternativas de produção da sociedade, supondo os
recursos plenamente empregados.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
Modelo: 2 bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção
Quantidade
Produzida (bem y )

ymax
x0

Quantidade
xmax Produzida (bem x)
y0

A CPP mostra o tradeoff da sociedade, ou seja, a obtenção de alguma coisa, está


sujeita a abrir mão de outra. “Nada é de graça”!
Razão da Concavidade: lei dos custos de oportunidade crescentes, devido à
inflexibilidade dos custos de produção.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção

Lei dos custos de oportunidade crescentes:


Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de
produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis
de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de
determinada classe de produto implica necessariamente a redução
das quantidades de outra classe.

Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará


sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez
menos expressivas da classe cuja produção estará sendo
aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos
recursos de produção disponíveis e em uso.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na
obtenção dos bens x e y.

A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste Quantidade


ponto o custo de oportunidade é zero, Produzida (bem y )
pois não é necessário sacrifício de recursos ymax
produtivos para aumentar a produção de x0
um bem, ou mesmo, dois bens. B D

B e C: Não há como produzir mais, sem C


reduzir a produção do outro. Combinações A
de produto; (Nível de produto Eficiente
/Pleno Emprego). Quantidade
xmax Produzida (bem x)

D: Nível impossível de produção. Posição y0


inalcançável no período imediato. Depende
de fatores como inovação tecnológica.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na
obtenção dos bens x e y.
Quantidade
Produzida (bem y )
Deslocamentos positivos: decorrem da
expansão ou melhoria dos fatores de
produção disponíveis (Crescimento ymax
Econômico). Inovações tecnológicas: com x0 D
B
a mesma quantidade de insumos obtém-se
maior quantidade de produtos
C Deslocamentos

A Positivos

Deslocamentos negativos: decorrem da


Deslocamentos
redução, sucateamento ou progressiva Negativos
desqualificação do fatores de produção
xmax Quantidade
disponíveis.
y0 Produzida (bem x)
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção:
Custo de Oportunidade / Custo alternativo / Custo implícito

É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da


produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para
obtê-la.
Quantidade
Produzida (bem y )
Trade off
ymax
+ Produto x
BC x0
- Produto y 450  B 150; 450 
D
250  C  200; 250 
Custo de Oportunidade A

C  B  custo de oportunidade de
Quantidade
200 unidades de y é 50 de x.
150 200 xmax Produzida (bem x)
y0
Análise Positiva – Análise Normativa

Declarações Positivas: os economistas tentam descrever


(Descritivas) o mundo como ele é.
Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda
reduziria a Taxa de Inflação. (Cientistas econômicos)

Declarações Normativas: os economistas prescrevem


(Prescritivas) como o mundo deveria ser.
Ex.: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de moeda emitida.
(Envolve: Valores, ética, religião, política,etc.) (Formuladores de
políticas)
Autonomia e Inter-relação:

A Economia repousa sobre os


Com o passar do tempo: atos humanos, objetivando a
Concepção Humanística satisfação das necessidades
humanas (Ciência Social).
Autonomia e Inter-relação:

Dificuldade de separar os fatores essencialmente


econômicos dos extra-econômicos.

A Autonomia da cada um dos ramos das Ciências Sociais


não deve ser confundida com um total isolamento, mas sim
observada sob diferentes óticas e investigada em termos
não unilaterais.

As manifestações das modernas sociedades encontram-se


interligadas.
Aspecto Econômico
Aspecto Político Aspecto Social

Realidade
Aspecto Material do
Objeto

Aspecto Histórico Aspecto Demográfico

Aspecto Geográfico
Autonomia e Inter-relação: Economia e Política

Política é a arte de governar. O exercício do poder. É


natural que este poder tente exercer o domínio sobre a
coisa econômica.

Uso da política do Estado para concessão de vantagens


econômicas pelos grandes grupos econômicos.

Ex.: Agricultores na época da política do café com leite.


Crédito subsidiado e tarifas protecionistas para grandes
industrias.
Autonomia e Inter-relação: Economia e História

Os próprios sistemas econômicos estão condicionados à


evolução histórica da civilização. As idéias que
constroem as teorias são formuladas num contexto
histórico onde se desenvolvem as atividades e as
instituições econômicas.
Autonomia e Inter-relação: Economia e Geografia

Os acidentes geográficos interferem no desempenho


das atividades econômicas e, inúmeras vezes, as
divisões regionais são utilizadas para se estudar as
questões ligadas aos diferenciais de distribuição de
renda, de recursos produtivos, de localização de
empresas, dos efeitos da poluição, das aglomerações
urbanas, etc.
Autonomia e Inter-relação:Economia e Sociologia

Quando a política econômica visa atingir os indivíduos


de certas classes sociais, interfere diretamente no objeto
da sociologia, isto é, a dinâmica da mobilidade social
entre as diversas classes de renda.

Políticas salariais e gastos sociais ( educação, saúde,


transporte, alimentação etc. ) são exemplos que direta
ou indiretamente influenciam essa mobilidade.
Autonomia e Inter-relação: Economia e Direito

Leis Anti-truste: atuam sobre as estruturas de mercado,


assim como o comportamento das empresas.

Agências de Regulamentação: ditam as regras de atuação


em determinadas áreas (ex.: petróleo, telecomunicações,etc)

Constituição Federal: Determina a competência para


execução de política econômica. Estabelece os direitos e
deveres dos agentes econômicos.
Autonomia e Inter-relação: Economia, Matemática e Estatística

A Economia faz uso da lógica matemática e das


probabilidades estatísticas. Muitas relações do
comportamento econômico podem ser expressas através
de funções matemáticas.

Econometria: a estratégia de se estimar as relações


econômicas, matematicamente formuladas, a partir da
minimização dos desvios aleatórios.
Divisão do Estudo Econômico
Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o
funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de
produtos, ou seja, o comportamento dos compradores
(consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens.

Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado


no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e
quantidades em mercados específicos.

Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível


de vendas no varejo, numa capital.
Divisão do Estudo Econômico

Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que


estuda o funcionamento como um todo, procurando
identificar e medir as variáveis (agregadas) que
determinam o volume da produção total (crescimento
econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços
(Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção
do mesmo na economia mundial.
Divisão do Estudo Econômico

Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de


desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida
(bem estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo
prazo (crescimento da renda per capita, distribuição de
renda, evolução tecnológica).
Economia Internacional: estuda as relações de troca
entre países (transações de bens e serviços e transações
monetárias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio,
do comércio exterior e das relações financeiras
internacionais.
Capítulo 2: Demanda, Oferta e
Equilíbrio de Mercado.

Fundamentos de Microeconomia
Análise da Demanda de Mercado
Análise da Oferta de Mercado
O Equilíbrio de Mercado
Fundamentos de Microeconomia

Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda o


comportamento das
famílias e (Consumidores)
das empresas e (Firmas)
os mercados (Mercados específicos)
nos quais operam.
Fundamentos de Microeconomia

Microeconomia analisa a formação de preços no mercado.


Os preços formam-se com base em dois mercados:

mercado de preços dos bens e serviços


bens e serviços Remuneração

Mercado dos
serviços dos fatores Remuneração salários, juros, aluguéis e lucros
de produção
Fundamentos de Microeconomia
coeteris Paribus

Expressão latina traduzida como “ outras coisas


sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as
variáveis, que não aquela que está sendo estudada,
são mantidas constantes.

- “tudo o mais constante”.


Fundamentos de Microeconomia
coeteris Paribus

Analisar um mercado Supor todos os demais


isoladamente mercados constantes
- O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos
demais.
Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos
efeitos de outras variáveis.

Ex.:  Preço sobre a procura de determinado bem


Independente
Outras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc.
Análise da Demanda de Mercado

Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado


bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir,
num dado período.
A Demanda não representa a compra efetiva, mas a
intenção de comprar, a dados preços.

A escala de demanda indica quanto (quantidade) o


consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de
preços de um bem ou serviço.
Análise da Demanda de Mercado

Fundamentos da Teoria da Demanda

Baseia-se na teoria
do Valor Utilidade.
Dada uma Renda Ao demandar um
Consumidor
bem ou serviço
Dados os preços de mercado

Maximizando a utilidade (satisfação)


que atribui ao bem ou serviço.
Análise da Demanda de Mercado

Utilidade Total e Utilidade Marginal

Aumenta quanto maior a Satisfação adicional (na margem)


quantidade consumida do bem obtida pelo consumo de mais uma
unidade do bem

É decrescente porque o consumidor vai


saturando-se desse bem, quanto mais o consome.
Análise da Demanda de Mercado

Utilidade Total e Utilidade Marginal

U t Quantidade que o consumidor


U mag 
q deseja consumir.
Utilidade Utilidade
Total Marginal

Quantidade Quantidade
Consumida Consumida
Análise da Demanda de Mercado

Ex: Utilidade
Marginal
Paradoxo da Água e do Diamante

Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata,


e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado ?
Grande Utilidade Total
Água Baixa Utilidade Marginal
(encontrada em abundância)

Diamante Grande Utilidade Marginal


(escasso)
Análise da Demanda de Mercado

Variáveis que afetam a Demanda:


• Riqueza (e sua distribuição)
• Renda (e sua distribuição)
• Preço do bem
• Preço dos outros bens
• Fatores climáticos e sazonais
• Propaganda
• Hábitos, gostos, preferências dos consumidores
• Expectativas sobre o futuro
• Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos)
Análise da Demanda de Mercado

Variáveis que afetam a Demanda


qdi = f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda
qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i
pi = preço do bem i
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes
pc = preço dos bens complementares
R = renda do consumidor
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor

Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à
hipótese coeteris paribus.
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem

Função Convencional

q  f  pi 
d
i
Supondo ps , pc , R e G constantes

qid
0 Lei Geral da Demanda
pi

Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade demandada


de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço.
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem.

Efeito preço total:


O bem fica mais barato relativamente aos
Efeito substituição concorrentes, fazendo com que a qtd.
demandada aumente.

Com a queda do preço, o poder


Efeito renda aquisitivo do consumidor aumenta, e a
qtd. demandada do bem deve aumentar.
Análise da Demanda de Mercado

Ex: Gráfico- Curva de Demanda – Função Linear


Representa o efeito do preço Preço do qdi = a – b.pi
Livro(R$)
de um bem sobre a quantidade qdi = 25 – 0,25pi
do bem que os consumidores
80
estão dispostos a comprar e não
a compra efetiva (coeteris Ex.Renda de
60
R$ 2 mil
paribus).
40

Como o preço e a quantidade 20

demandada têm relação 0 5 10 15 20


Qtd adquirida
negativa, a curva de demanda se de livros

inclina para baixo.


Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e


serviços

Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo ou


concorrente do outro.

qid  f  ps  Supondo pi , pc , R e G constantes


Dois bens para os quais, tudo o mais
mantido constante (coeteris paribus), um
>0 aumento no preço de um deles aumenta a
demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e
margarina.
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e preços de outros


bens e serviços
Preço da
Coca-cola(R$)
Bem substituto (Supondo um aumento
ou concorrente no preço da Pepsi)
80
Ex.: 1. Carne de vaca,
frango e peixe.
60
2. Cerveja Antarctica 40
D1
e Brahma. 20
3. Coca-cola e Pepsi. D0
0 5000 10000 15000 20000
Qtd. consumida de Coca-cola
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e preços de outros


bens e serviços
Bens complementares = são bens consumidos em conjunto.

qdi = f( pc ) Supondo pi , ps , R e G constantes

q di Bens para os quais o aumento no preço de


<0 um dos bens leva a uma redução na demanda
pc pelo outro bem. Ex.: Computador e software.
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e preços de outros


bens e serviços
Preço do litro
de gasolina (R$)
Bens (Supondo um aumento
complementares: no preço dos automóveis)
8
1. Camisa social e 6
gravata;
2. Pneu e câmara; 4
3. Pão e manteiga; D0
4. Sapato e meia;
2
D1
5. Litro de gasolina e
automóvel. 0 10000 20000 30000 40000
Qtd. de litros de gasolina
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)

qdi = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes


Em relação à renda dos consumidores, há três situações
distintas:
q di Bem Normal: tudo o mais constante, um
>0 aumento na renda provoca um aumento
R
na quantidade demandada do bem.
Análise da Demanda de Mercado

Bem Inferior: tudo o mais constante, um


qd i
< 0 aumento na renda provoca uma diminuição
R na quantidade demandada do bem.
Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda.

Bem de consumo saciado: se aumentar a


q di renda do consumidor, não aumentará a
= 0 demanda do bem.
R
Ex: demanda de alimentos básicos, como o
açúcar, sal, arroz.
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)

Essa classificação depende da classe de renda dos


consumidores.

Para consumidores de baixa renda não existem muitos


bens inferiores. Com a renda mais elevada, maior nº de
produtos passa a ser classificado como bem inferior.
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)
Preço da carne
Bem normal de 1ª (R$)
(Supondo um aumento
na renda do consumidor)

D1
D0
Qtd. de carne de 1ª
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)
Preço da carne
Bem inferior de 2ª (R$)
(Supondo um aumento
na renda do consumidor)

D0
D1
Qtd. de carne de 2ª
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)

Bem saciado Preço do arroz (R$)


(Supondo um aumento na
renda do consumidor)

Qtd. de arroz
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos


consumidores (G).

qdi = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes

Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados,


“manipulados” por propaganda e campanhas promocionais,
incentivando ou reduzindo o consumo de bens.
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos


consumidores (G).
Preço do
Campanha do Bem (R$) Campanha do
tipo “beba mais D0 D1-Leite tipo “o fumo
leite” 80 Redução é prejudicial
Aumento
60 à saúde”
40 D1-Cigarro
Desloca p/ 20 Desloca p/
direita esquerda
0 5 10 15 20
Quantidade adquirida do bem
Análise da Demanda de Mercado

Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço


A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais.
n
Dmercado   dconsumidores individuais
i 1

para i  1, 2,3,...n
A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas
dos consumidores individuais.
Análise da Demanda de Mercado

Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço


Preço do Preço do
Bem (R$) Bem R$)

80
60
40
20
0 50 100 150 200 0 100 200 300 400
Qtd - Consumidor A Qtd - Consumidor B
Análise da Demanda de Mercado

Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço


Preço do
Bem R$)

80
60
40
20
0 150 300 450 600
Total do Mercado
Análise da Demanda de Mercado

Importante:
variações na demanda  variações na quantidade demandada
Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento
da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc,
R, G (ou seja, mudança na condição coeteris paribus).
Variações na quantidade demandada: refere-se ao
movimento ao longo da própria curva de demanda, em
virtude da variação do preço do próprio bem pi,
mantendo as demais variáveis constantes (coeteris
paribus).
Análise da Demanda de Mercado

Variações na Quantidade Demandada

Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de demanda

Variações na Demanda

Renda
Preços de bens relacionados
Gostos Desloca a curva de demanda
Expectativas
Número de compradores
Análise da Demanda de Mercado
Variação na quantidade demandada Variação na Demanda

Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva


Preço do Preço do
Cigarro (R$) Ex.: Imposto que Cigarro (R$) Ex.: Política de
aumenta o preço combate ao fumo.
D do cigarro. D’ D
80 80
60 60
40 40
20 20
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
No. Cigarros fumados/dia. No. Cigarros fumados/dia.
Análise da Demanda de Mercado
Excedente do consumidor: bem-estar gerado pela diferença entre
a disposição máxima a pagar (preço de reserva) e o preço
efetivamente efetivamente pago por um bem ou serviço.
Preço

E. C.
E
P

q quantidade
Análise da Demanda de Mercado

Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à “Lei Geral da


Demanda”, em que a curva é positivamente inclinada (relação
direta) entre a quantidade demandada e o preço do bem.

Preço da batata
(R$)

Quantidade demandada de batata


Análise da Demanda de Mercado
Paradoxo (Bem) de Giffen

Comunidade Inglesa muito pobre.


Ocorreu uma queda no preço da Batata.
Como a população gastava a maior parte da renda
com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou
e como estavam saturados de batata, passaram a gas-
tar com outros produtos.

O preço da Batata caiu, bem como a quantidade


demandada (curva positivamente inclinada).
Análise da Demanda de Mercado
Formato da Curva de Demanda

Calculada estatisticamente e empiricamente, através de


modelos econométricos.
Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc.

qdi = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R

Coeficientes <0 >0 <0 >0


em relação a qdi

Obs: a variável “Gosto” não é observável empiricamente.


Análise da Demanda de Mercado
Exercícios sobre a demanda de mercado
1- Dados:
qdx = 3 – 0,5.px – 0,2.py + 5.R

Pede-se:

1. O Bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ?


2. O bem x é normal ou inferior? Por que?
3. Supondo (px = 1, py = 2, R = 100) qual a quantidade procurada
de x ?
Análise da Demanda de Mercado
Exercícios sobre a demanda de mercado
2- Dados:
qdx = 500 – 1,5.px + 0,2.py – 5.R
Pede-se:
1. O bem x é normal ou inferior? Por que?
2. O bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ?
3. O bem x seria um bem de Giffen ? Por que ?
4. Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 40 ) qual a quantidade demandada
de x ?
5. Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade
demandada de x ?
Análise da Demanda de Mercado
Exercícios sobre a demanda de mercado
3- Dados:
qdx = 30 – 0,3Px + 0,7Py +1,3R
Sendo Px e Py os preços dos bens x e y, e R a renda dos
consumidores, assinale a alternativa correta:
a) O bem x é um bem inferior, e x e y são bens complementares.
b) O bem y é um bem normal, e x e y são bens substitutos.
c) Os bens x e y são complementares, e x é um bem normal.
d) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem normal.
e) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem inferior.
Análise da Demanda de Mercado
Exercícios sobre a demanda de mercado
4- Dados:
qdx = 30 – 1,5Px + 0,8Py + 10R

Pede-se:
1. O bem y é complementar ou substituto de x? Por que?
2. O bem x é normal ou inferior? Por que ?
3. O bem x seria um bem de Giffen ? Por que ?
4. Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 100 ) qual a quantidade
demandada de x ?
Análise da Oferta de Mercado

Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que


os produtores desejam vender, em função dos preços, em
um determinado período.
Considera-se que os produtores são racionais, já que estão
produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de
custos de produção.
Análise da Oferta de Mercado
Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço
q  f  pi , p fp , pn , T , M 
0
i

qi0  quantidade ofertada do bem i


pi  preço do bem i
p fp  preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.)
pn  preço de outros n bens, substitutos na produção
T  tecnologia
M  metas e objetivos do empresário
Análise da Oferta de Mercado
Função Geral da Oferta

Tudo o mais constante (coeteris paribus),


q 0
se o preço do bem aumenta, estimula as
i
0
pi empresas a produzirem mais. Para
produzir mais, os custos serão maiores, e o
preço do bem deve ser aumentado.
Como os empresários reagem, quando se altera o preço do
bem ou serviço, coeteris paribus.
Aumentando a quantidade ofertada
Análise da Oferta de Mercado
Função Geral da Oferta

Preço do
Livro(R$)

O
80
60
40
20
0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e preço do fator
(Insumo) de produção (Pfp)

qi0  f  p fp  Supondo pi , pn , T, M constantes

Preço do Fator de produção (pfp). Se o preço


qi0 do fator mão-de-obra aumenta, diminui a
0
p fp oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um
deslocamento). O mesmo vale para os
demais fatores de produção, como terra,
matérias-primas, etc.
Análise da Oferta de Mercado
Deslocamentos da curva
a) Aumento do preço do Preço do Redução
Livro(R$) Aumento da oferta.
fator de produção,
coeteris paribus, há O” O O’
uma redução na oferta 80 a)
do bem. 60 b)
b) Redução do preço do 40
fator de produção, 20
coeteris paribus, há um
0 5 10 15 20
aumento na oferta do
Quantidade oferecida de livros
bem.
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens,
substitutos na produção (pn)

qi0  f  pn  Supondo pi , pfp , T, M constantes

Preço de outro bem substituto na produção


(pn). Ex.: Se o preço do bem substituto
qi0 aumenta, e dado o preço do bem (coeteris
0
pn paribus), os produtores diminuirão a
produção do bem, para produzir mais do
bem substituto.
Análise da Oferta de Mercado
Deslocamentos da curva
a) Aumento do preço do Preço do Redução
bem substituto, Livro(R$) Aumento da oferta.
coeteris paribus, há
O” O O’
uma redução na 80 a)
oferta do bem. 60 b)
40
b) Redução do preço do
bem substituto, 20
coeteris paribus, há 00 5 10 15 20
um aumento na oferta Quantidade oferecida de livros
do bem.
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T)

qi0  f T  Supondo pi , pfp , pn , M constantes

qi0 Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia,


0
T coeteris paribus, aumenta a oferta do bem.
Análise da Oferta de Mercado
Deslocamentos da curva
a) Aumento da Preço do Redução
Livro(R$) Aumento da oferta.
tecnologia, coeteris
paribus, há um O” O O’
aumento na oferta do 80 b)
bem. 60 a)
b) Redução da 40
tecnologia, coeteris 20
paribus, há uma 00 5 10 15 20
redução na oferta do Quantidade oferecida de livros
bem.
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas
do empresário (M)

qi0  f  M  Supondo pi , pfp , pn , T constantes

Objetivos e Metas dos empresários.


q 0
 0
i
Poderá haver interesse do empresário de
M
aumentar ou reduzir a produção.
Análise da Oferta de Mercado
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço

A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas


individuais, que produzem um dado bem ou serviço.
n
Omercado   qfirmas individuais
j 1

para j  1, 2,3,...n
Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas
das firmas individuais.
Análise da Oferta de Mercado
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço

Preço do Preço do
Bem (R$) Bem (R$)

O O
80 80
60 60
40 40
20 20
0 5 10 15 20 00 10 20 30 40
Quantidade oferecida pela Firma A Quantidade oferecida pela Firma B
Análise da Oferta de Mercado
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço

Preço do
Bem (R$)

O
80
60
40
20
0 15 30 45 60
Quantidade oferecida pelo mercado
Análise da Oferta de Mercado
Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço

Importante:
variações da oferta  variações da quantidade ofertada
Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em
virtude de alterações em pfp, pn, T, M (ou seja, mudança na
condição coeteris paribus).

Variações na quantidade ofertada: refere-se ao


movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude
da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as
demais variáveis constantes (coeteris paribus).
Análise da Oferta de Mercado
Variações na quantidade ofertada
Movimento ao longo da
Preço
curva de oferta

Variações na oferta

Preços dos Insumos


Preços dos Bens Substitutos
Tecnologia Desloca a curva de oferta
Objetivo do empresário
Número de Vendedores
Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato do
produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo
que viabilizaria sua produção.
Preço do
Bem (R$)

O
80
60 E. P.
40

20

0 15 30 45 60
Quantidade oferecida
O Equilíbrio de Mercado
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço

O preço em uma economia de Preço do


mercado é determinado tanto Bem
pela oferta como pela demanda. Equilíbrio Oferta
80
O equilíbrio se encontra onde as
curvas de oferta e de demanda se
60
40 Demanda
cruzam. Ao preço de equilíbrio, a
quantidade oferecida é igual a 20
quantidade demandada
(quantidade de equilíbrio). 0 5 10 15 20
Quantidade do Bem.
O Equilíbrio de Mercado
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço

Lei da Oferta e da Demanda

O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a


oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço).

Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda:


quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender
O Equilíbrio de Mercado
O Excesso de Oferta

Situação em que a quantidade


Preço do Excesso de
oferecida (Ex.: 15 unidades) Bem Oferta
é maior que a quantidade O
demandada (Ex.: 5 unidades). 80
Excesso do Bem 60
40
D
Fornecedores reduzem preços 20
0 5 10 15 20
Mercado atinge o Equilíbrio Quantidade do Bem.
O Equilíbrio de Mercado
O Excesso de Demanda

Situação em que a quantidade


Preço do Excesso de
demandada (Ex.: 15 unidades) Bem Demanda
é maior que a quantidade O
oferecida (Ex.: 5 unidades). 80
Escassez do Bem 60
40
D
Fornecedores aumentam preços 20
0 5 10 15 20
Mercado atinge o Equilíbrio Quantidade do Bem
O Equilíbrio de Mercado
O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio

Preço do
Bem
Excesso de
O Equilíbrio
Oferta
80
60 Excesso de
40 Demanda
D
20
0 5 10 15 20
Quantidade do Bem
O Equilíbrio de Mercado
Como um aumento na demanda afeta o equilíbrio.

Ex: as pessoas passam a cultivar


o hábito de leitura (coeteris paribus). Preço do
Livro
1. O “hábito” aumenta a demanda. O
A oferta permanece inalterada,
pois este determinante não afeta
80
diretamente as livrarias. 60
2. A curva de demanda se desloca 40 D2
para a direita. 20
D1
3. O preço e a quantidade são
0 5 10 15 20
aumentados (novo ponto de Quantidade de livros
equilíbrio).
O Equilíbrio de Mercado
Como um redução na oferta afeta o equilíbrio.

Ex: Um terremoto destrói várias editoras. Preço do


1. O terremoto afeta a curva de Livro
oferta. A curva de demanda O’
permanece inalterada, pois o
terremoto não muda diretamente a 80 O
quantidade demandada pelos 60
compradores.
2. A curva de oferta se desloca para a 40
D
esquerda (a qualquer preço a 20
quantidade ofertada é menor).
3. O preço aumenta e a quantidade 0 5 10 15 20
diminui (novo ponto de Quantidade de livros
equilíbrio).
O Equilíbrio de Mercado
Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda

Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito 1o Caso


de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto
Preço do
Livro
1o
destruindo várias editoras.
O2 O 1
1. Ambas as curvas se deslocam. 8065
2. A curva de Demanda se desloca para 65
direita e a de Oferta para a esquerda.
40 D2
3. Há dois resultados possíveis
dependendo da extensão dos
20
D1
deslocamentos das curvas. (a) A
quantidade o preço aumentam. 0 5 7 10 15 20
Quantidade de livros
O Equilíbrio de Mercado
Uma Mudança simultânea na oferta e na demanda

Ex: As pessoas passam a cultivar o 2o Caso


hábito de leitura e ao mesmo tempo, um
Preço do
Livro
1o
terremoto destruindo várias editoras. O2
1. Ambas as curvas se deslocam. O1
8065
2. A curva de Demanda se desloca
para direita e a de Oferta para a
65
esquerda. 40
3. Há dois resultados possíveis 20 D1 D2
dependendo da extensão dos
deslocamentos das curvas. (b) A
0 5 7 10 15 20
quantidade diminui e o preço Quantidade de livros
aumenta.
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado

1. Dados D = 22 – 3p (função demanda)


S = 10 + 1p (função oferta)

a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade.

b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de


demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ?
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado

2. Dados: qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R


qox = 2 + 0,1.px

e supondo a renda R = 100, pede-se:

a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x.


b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o
novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado

3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um


produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes
equações:
Qo = 48 + 10.p
Qd = 300 – 8.p
Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade
ofertada, quantidade demandada e o preço do produto.
Qual será a quantidade transacionada nesse mercado,
quando ele estiver em equilíbrio ?
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado

4. Dada as funções oferta e demanda do bem 1,


D1 = 20 – 0,2p1 – p2 + 0,1R S1 = 0,8p1

E a renda do consumidor R = 1.000, o preço do bem 2 p2


= 20, assinale a alternativa errada:
a) O preço de equilíbrio do bem 1 é 100
b) A quantidade de equilíbrio do bem 1 é 80
c) Os bens 1 e 2 são bens complementares
d) O bem 2 é um bem normal
e) O bem 1 não é um bem inferior
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
5. São dadas as seguintes funções demanda e oferta:
Qx = 100+ 5Px
Dx = 300 – Px – 2Py - R
Onde Px e Qx são o preço e quantidade; Py, o preço de outro
produto, igual a R$ 10,00; e R, a renda dos consumidores, igual a
100. Calcular:
a) O preço e a quantidade de equilíbrio da mercadoria X.
b)Os bens x e y são substitutos ou complementares? Por que?
c) Classifique o bem x de acordo com a renda dos consumidores.
Justifique sua resposta.
d) Supondo que haja um aumento de 10% na renda, calcule o novo
PE.
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
6. Uma empresa fabrica e vende um produto por R$
100,00 a unidade. O departamento de marketing da
empresa tarabalha com a equação da demanda
apresentada abaixo, onde Yd e Xd representam
respectivamenteo preço e a quantidade demandada.
Yd = -2Xd + 10.100
Como um primeiro passo para elaboração do plano de
produção dessa empresa indique quanto ela deve
produzir.
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado

Resolver os exercícios do livro texto


referente ao capítulo 2
Capítulo 3: Elasticidades

Conceito
Elasticidade-Preço da Demanda
Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda
Elasticidade-Renda da Demanda
Elasticidade-Preço da Oferta
Exercícios
Elasticidades

Conceito:

É a alteração percentual em uma variável, dada uma


variação percentual em outra, coeteris paribus.

Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma


variável, em face de mudanças em outras variáveis.
Elasticidades
Exemplos na Microeconomia
Elasticidade-preço da demanda : variação percentual na quantidade
demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.

Elasticidade-renda da demanda : variação percentual na quantidade


demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus.

Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidade


demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris
paribus.

Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada,


dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda:
É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma
variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a
sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma
variação no preço de um bem ou serviço.
A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é
expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd =
-1,5 ).
q1  q0 qi d

%qid qo qid pi qid


E pd     d
% pi p1  p0 pi qi p
p0 pi
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Exemplo: Calcule a Elasticidade- Preço do


preço da demanda em um ponto Bem (R$)
específico.
D
P0 = preço inicial = R$ 20,00 30
p0
P1 = preço final = R$ 16,00 20 p1
Q0 = quantidade demandada,
ao preço p0 = 30
16
Q1 = quantidade demandada, 8
ao preço p1 = 39
0 15 30 39 50
Quantidade demandada
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

p p1  p0 16  20
   0, 2  20%
Solução: p p0 20
Variação
q q1  q0 39  30
   0,3  30%
Percentual (%)

q q0 30
0,3
E pd   1,5  E pd  1,5
0, 2
Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidade
demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris
paribus.
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Classificação: demanda elástica, inelástica e de


elasticidade unitária.
Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação
percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade
demandada em sentido contrário.
Por exemplo: |Epd |=1,5
Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10%
no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em
15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que a
quantidade é bastante sensível à variação de seu preço.
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação


percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade
demandada em sentido contrário, porém muito pequana.
Por exemplo: |Epd|=0,4
Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de
preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma
variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido
contrário) coeteris paribus.
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): neste


caso uma variação percentual no preço, implica na mesma
varição percentual na quantidade demandada em sentido
contrário.
Por exemplo: |Epd|=1
Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%,
coeteris paribus.
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Fatores que afetam:


• Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais
elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem
mais opções para “fugir” do consumo desse bem;
• Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais
inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como
por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus;
• Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior
o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda.
• Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a
demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de
determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu
preço aumenta.
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Interpretação geométrica
|Epd|ponto b > 1 (elástica)
Preço do
A elasticidade-preço Bem (R$) |Epd|ponto a = 1 (unitária)
da demanda varia, ao |Epd|ponto c < 1 (inelástica)
b
longo de uma mesma a
curva de demanda.
c
Quanto maior o
preço do bem, maior
a elasticidade.
Quantidade demandada
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Preço
do
Inclinação acentuada: as Sal
(R$)
compras variam pouco com o
aumento dos preços. (Insensível
aos preços: inelástica)
Qtd adquirida de sal
Preço
Inclinação pequena: as compras do
CD´s
variam muito com o aumento dos (R$)
preços. (Sensível aos preços:
elástica)

Qtd adquirida de CD´s


Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda:
Preço
casos extremos do
Bem
Inclinação infinita: as compras (R$)
não variam com o aumento dos preços.
Perfeitamente Inelástica: Epd=0
(Ex.: Bens Essenciais)
Qtd adquirida do Bem
Preço
Inclinação zero: as compras variam do
Bem
muito com o aumento dos preços. (R$)
Sensível aos preços.
Perfeitamente Elástica: Epd=
(Ex.: Mercados perfeitamente competitivos)
Qtd adquirida do Bem
Elasticidades

• No ponto: Calculado em um ponto


específico da curva;

• No ponto médio ou arco: Calculada em um


trecho da curva
Elasticidades

• Calculada por: acréscimo finito;

• Calculada por: derivada


Elasticidades
Exercício 1
• Dada a função demanda Qd = 10 – 2p, calcular:
a) Elasticidade no ponto onde Po = 2, por acréscimo finito;
b) Elasticidade no ponto onde P1 = 3, por acréscimo finito;
c) Elasticidade no ponto onde Po = 2, por derivada;
d) Elasticidade no ponto onde P1=3, por derivada;
e) Elasticidade no arco, entre os pontos Po=2 e P1=3 por
acréscimo finito;
f) Elasticidade no ponto médio, entre os pontos Po=2 e P1=3,
por derivada.
Elasticidades
Exercício 2
• Dada à função Q = 1.600 - 20p, pede-se:
a) A quantidade demandada quando o preço é de R$ 32,00. (P0)
b) A quantidade demanda diante de uma alteração no preço para R$
31,80. (P1)
c) Construa uma tabela e um gráfico demonstrando a situação.
d) A elasticidade por acréscimo finito e derivada para os pontos P0 e P1.
e) A Elasticidade no arco para os pontos P0 e P1 por acréscimo finito.
f) A Elasticidade no arco para os pontos P0 e P1 por derivada.
Elasticidades
Exercício 3
• Considerando-se os pontos A(P1,Q1) = (12, 8) e B(P2,Q2)
= (14, 6), a Elasticidade-preço da demanda no ponto médio
é igual a:
a) - 7/13
b) + 7/13
c) - 13/7
d) + 13/7
e) N.R.A.
Elasticidades
Exercício 3
• Considerando-se os pontos A(P1,Q1) = (12, 8) e B(P2,Q2)
= (14, 6), a Elasticidade-preço da demanda no ponto médio
é igual a:
a) - 7/13
b) + 7/13
c) - 13/7
d) + 13/7
e) N.R.A.
Elasticidades
Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio
total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda
Receita Total RT = preço unitário x quantidade comprada do bem

RT  p * q
O que pode acontecer com a receita total (RT),
quando varia o preço de um bem?
Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda
Elasticidades
a) Se a Epd for elástica: % qd > % p
• se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá;
• se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará.

b) Se Epd for inelástica: % qd < % p


• se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará.
• se p cair, qd aumentará, e a RT cairá.

c) Se Epd for unitária: % qd = % p


• Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT)
permanece constante.
Elasticidades
Conclusão:

Demanda É vantajoso aumentar o preço Até onde


inelástica (ou diminuir a produção) Epd = -1

Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais


que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta.
Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumento
do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da
demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT).
AB
E pd 0

Elasticidades
Elasticidade-preço cruzada da Demanda
Variação percentual na quantidade demandada, dada a
variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus.

pB q A
E AB
pd 
q A pB
EpdAB > 0  A e B são substitutos (o aumento do preço
de B aumenta o consumo de A, coeteris paribus).
EpdAB < 0  A e B são complementares (o aumento do
preço de B diminui o consumo de A, coeteris paribus).
Elasticidades
Elasticidade-renda da Demanda
Rq
Variação percentual na quantidade demandada,
dada uma variação percentual na renda do
ERd 
consumidor, coeteris paribus.
q r
ERd>1 Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda,
o consumo varia mais que proporcionalmente.
Erd >0 Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta.
ERd<0 Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta.
ERd=0 Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o
consumo do bem.
Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é
superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos.
Elasticidades
Elasticidade-preço da oferta

Variação percentual na quantidade Preço


do
ofertada, dada uma variação Bem Epo > 1 Epo = 1
percentual no preço do bem,
coeteris paribus.
p q0
E pd  Epo < 1

q0 p
Quantidade do Bem.
Epo>1 Bem de oferta elástica.
Epo<1  Bem de oferta inelástica.
Epo=1  Elasticidade-preço de oferta unitária.
Elasticidades
• Dados: Dx=30-px-2py-R, Ox=5px, Py=1 e R=10
• Pede-se:
• Calcular o preço e a quantidade de equilíbrio;
• Calcular a Epd, ao nível de preços de equilíbrio. Classifique a demanda, de
acordo com a elasticidade nesse ponto:
• Calcular a Epo ao mesmo nível de preços. Classifique a oferta de acordo com a
elasticidade nesse ponto.
• Calcular a Elasticidade-preço cruzada ente os bens x e y. Classifique a
demanda de acordo com essa elasticidade.
• Calcular a elasticidade-renda da demanda. Classifique a demanda de acordo
com essa elasticidade.
Exercício

Suponha que a oferta de trabalhadores pouco qualificados seja bastante


elástica, mas a demanda dos empregadores para esses trabalhadores seja
bastante inelástica. Se o objetivo da política é expandir o emprego para os
trabalhadores pouco qualificados, é melhor concentrar-se em ferramentas
políticas para deslocar o fornecimento de mão de obra não qualificada ou
em ferramentas para deslocar a demanda por mão de obra não qualificada?
E se o objetivo da política é aumentar os salários para esse grupo? Explique
suas respostas com os diagramas de oferta e demanda.
Capítulo 4: Aplicação da Análise
Econômica em Políticas Públicas

Introdução
Incidência de um Imposto sobre Vendas
Fixação de Preços Mínimos na Agricultura
Externalidades
Bens públicos
Exercícios
Oferta, Demanda e Políticas do Governo
• Em um mercado competitivo livre de
regulamentos governamentais, as forças de
mercado estabelecem os preços e as quantidades
de equilíbrio.
• Mesmo que as condições de equilíbrio sejam
eficientes, pode ser que nem todos fiquem
satisfeitos.
• Um dos papéis do economista é utilizar suas
teorias para auxiliar no desenvolvimento de
políticas.
Controle de Preços
São aplicados, em geral, quando os formuladores de
políticas acreditam que o preço de mercado de um bem
ou serviço é injusto para o comprador ou para o
vendedor. Resultam em preços fixados pelo governo:

Preço Máximo
• Teto legal máximo para o preço de venda de um bem.

Preço Mínimo
• Piso legal mínimo para o preço de venda de um bem.
Preço Máximo
Quando o governo fixa um preço máximo,
aparecem duas possíveis consequências:
• O preço máximo não é compulsório se for fixado
acima do preço de equilíbrio.

• O preço máximo é compulsório se for fixado


abaixo do preço de equilíbrio, provocando uma
escassez.
Preço Máximo Não Compulsório
p

Oferta

$4 Preço
Máximo
Preço de $3
equilíbrio

Demanda

0 100 q
Quantidade de
equilíbrio
Preço Máximo Compulsório
p

Oferta

Preço de
$3
equilíbrio

2 Preço
máximo

Escassez
Demanda

0 75 125 q
Quantidade Quantidade
ofertada demandada
Preço Máximo Compulsório
Preço da
gasolina

1. Inicialmente o
preço máximo
Oferta
não é
compulsório…

$4 Preço
máximo

P1

Demanda

0
Q1 Quantidade
de gasolina
Preço Máximo Compulsório
S2
Preço da 2. …mas
gasolina quando a oferta
cai...
S1
P2
Preço
máximo

P1 3. …o preço máximo
torna-se
compulsório...
4. …provocando a
escassez.

Demanda

0 Q1
Quantidade de
gasolina
Preço mínimo

Quando o governo impõe um preço


mínimo, aparecem duas possíveis
consequências.
i. O preço mínimo não é compulsório se fixado abaixo
do preço de equilíbrio.
ii. O preço mínimo é compulsório se fixado acima do
preço de equilíbrio, provocando um excedente.
Preço mínimo não compulsório
p

Oferta

Preço de
equilíbrio

$3
Preço
2 mínimo

Demanda
q
0 100
Quantidade de
equilíbrio
Preço mínimo compulsório
p

Oferta
Excedente

$4 Preço mínimo

$3

Preço de
equilíbrio

Demanda
q
0 80 120
Quantidade Quantidade
demandada ofertada
Efeitos de um preço mínimo
Um preço mínimo impede a oferta e a demanda de moverem-se na
direção do preço e quantidade de equilíbrio. Quando o preço de
mercado atinge o piso, não pode prosseguir na queda, e o preço de
mercado se torna igual ao mínimo.
Um preço mínimo compulsório provoca um excedente porque
QS>QD. Somente uma parte da produção é vendida ao preço
mínimo, ou então somente alguns vendedores conseguem vender
sua produção ao preço mínimo.
Exemplos: um exemplo importante de preço mínimo é o salário
mínimo. A legislação trabalhista determina piso para o salário que
o empresário pode pagar; garantia de preços mínimos para produtos
agrícolas.
Salário mínimo
Mercado de trabalho livre
Salário
Oferta de
mão-de-obra

Salário de
equilíbrio

Demanda de
mão-de-obra

0 Emprego de Quantidade de
mão-de-obra
equilíbrio
Salário mínimo
Mercado de trabalho com
Salário salário mínimo compulsório

Excedente de mão-de-obra Oferta de


(desemprego) mão-de-obra

Salário
mínimo

Demanda de
mão-de-obra

0 Quantidade Quantidade Quantidade de


mão-de-obra
demandada ofertada
Impostos e Incidência Tributária
Os governos utilizam impostos para arrecadar receita para
objetivos públicos, porém apresentam impactos como:
desestímulo a atividade do mercado;
 queda na quantidade vendida;
 compradores e vendedores compartilham o ônus do imposto.

Incidência tributária é o estudo da distribuição do ônus de um


imposto.
 Como se divide o ônus de um imposto?
Como os efeitos dos impostos sobre os vendedores se comparam com os
efeitos sobre os compradores?
As respostas para esta questões dependem da elasticidade da demanda e da elasticidade
da oferta.
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores

Preço
Oferta, S1

Um imposto sobre
os compradores
3.00 desloca a curva de
demanda para baixo
em montante igual
ao imposto ($ 0,50)

D1
D2

0 100 Quantidade
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores

Preço Oferta, S1
Preço
pago pelos
compradores
$3.30 Equilíbrio sem imposto
Preço 3.00 Imposto ($0,50)
sem 2.80
imposto
Preço
recebido pelos Equilíbrio
vendedores com
imposto
D1
D2

0 90 100 Quantidade
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Vendedores

Um imposto sobre
Preço pago Preço os vendedores
pelos Equilíbrio
S2
compradores desloca a curva de
com imposto oferta para cima
$3.30 em montante igual
S1 ao imposto
Preço
3.00 Imposto ($0,50)
($0,50).
sem 2.80
imposto
Equilíbrio sem imposto
Preço
recebido
pelos
vendedores

Demanda, D1

0 90 100 Quantidade
Imposto Sobre a Folha de Pagamento

Salários Oferta de
mão-de-obra

Salário pago
pelas
empresas
Salário sem Cunha
imposto tributária

Salário
recebido pelos
trabalhadores
Demanda de
mão de obra

0 Quantidade de
mão de obra
Oferta Elástica, Demanda Inelástica

Preço 1. Quando a oferta


é mais elástica que
Preço pago pelos a demanda...
compradores Oferta

Imposto 2. ...a incidência do


imposto recai mais
Preço sem imposto pesadamente
sobre os
consumidores...
Preço recebido pelos
vendedores

3. ...do que Demanda


sobre os produtores.

0 Quantidade
Oferta Inelástica, Demanda Elástica

Preço 1. Quando a demanda é mais


elástica que a oferta...

Preço pago pelos Oferta


compradores
Preço sem imposto
3. ...do que sobre
Imposto
os consumidores.

Demanda
Preço recebido pelos
vendedores
2. ...a incidência
do imposto recai
mais pesadamente
sobre os produtores...

0 Quantidade
Exercício 1
• Dadas as curvas de oferta e demanda:
• S=p D=300-2p
• Qual o preço de equilíbrio após um imposto
específico de $ 15 por unidade?
• Qual a arrecadação do governo após o
imposto?
• Qual a parcela de arrecadação paga pelo
consumidor e pelo vendedor?
• Represente graficamente a situação.
Exercício 2

• Suponha que a demanda seja dada por


D=130-10p e a oferta S=10+2p. Com o
objetivo de defender o produtor é
estabelecido um preço mínimo de $ 12 por
unidade. Qual é a política mais econômica?
De preços ou de subsídios?
Capítulo 5: Produção

Introdução
Conceitos Básicos
Produção com um Fator Variável e um Fixo
(uma análise de curto prazo)
Produção a Longo Prazo
Exercícios
Introdução

Curva de Oferta
Teoria da Produção
(relações entre a quantidade produzida e as
quantidades de insumos utilizados)
Teoria da Firma
Teoria dos Custos de produção
(inclui os preços dos insumos)
Produção – Conceitos Básicos
Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de
produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado.
Insumos
• Mão-de-obra
Produtos
• Capital Físico
Processo de Produção • Bens & Serviços
• Área, Terra Finais
• Matérias-primas

•Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que


produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de
insumo;
•Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que
permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de
produção.
Produção – Conceitos Básicos
Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física
de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do
produto (q) em determinado período de tempo.

q  f  N, K, M 
onde:
N = mão-de-obra utilizada / tempo
K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo
M = matéria-prima utilizada / tempo

Observação: função de produção  função de oferta


•Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção.
•Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos
fatores de produção.
Produção – Conceitos Básicos
Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a
produção varia.
Ex: o capital físico e as instalações da empresa
Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade
produzida varia.
Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas

Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de


produção fixo;

Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis.


Produção: Produto Total, Produtividade Média e
Produtividade Marginal

Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado


período de tempo.
PT  q
Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e
a quantidade do fator de produção, em determinado período de
tempo.
PMeN  PT (produtividade média da mdo)
N
PMeK  PT (produtividade média do capital)
K
Produção: Produto Total, Produtividade Média e
Produtividade Marginal

Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma


variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em
determinado período de tempo.

PT q dq
PMg N  = ou (produtividade marginal da mdo)
N N dN
PT q dq
PMeK  = ou (produtividade marginal do capital)
K K dK
Produção: Produto Total, Produtividade Média e
Produtividade Marginal
PT
K N PT Pme N PMg N
10 0 0
10 1 3 3.0 3 PT
10 2 8 4.0 5
10 3 12 4.0 4
10 4 15 3.8 3
10 5 17 3.4 2
10 6 17 2.8 0
10 7 16 2.3 -1
10 8 13 1.6 -3
6 N
PMe N
PMg N
OBS:
O formato das curvas PMgN e
PMeN dá-se em virtude da Lei dos
PMeN
Rendimentos Decrescentes.

0 6 N
PMg N
Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes

Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N),


sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável
cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se
negativa.”
Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada).

Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só


vale a curto prazo).
Produção: Isoquanta de produção
Isoquanta: significa de igual
quantidade. Pode ser definida
como sendo uma linha na qual K
todos os pontos representam
infinitas combinações de fatores, 6
que indicam a mesma quantidade
produzida. Uma firma pode 4
apresentar várias isoquantas de q3  3.000
produção (mapa de produção). q2  2.000
2
q1  1.000
A escolha de uma isoquanta,
corresponde à escolha que o N
50 80 150
fornecedor deseja produzir,
dependendo dos custos de
produção e da demanda pelo
produto.
Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala

Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem,


a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho,
demandando mais fatores de produção.
• Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na
quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um
aumento de mais de 10% na produção;

• Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de


produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa
proporção menor;

• Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção


crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção,
neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes.
Exercícios
• 1. Quando o produto total cai:
• a) A produtividade média do trabalho é nula
• b) A produtividade marginal do trabalho é nula
• c) A produtividade média do trabalho é negativa
• d) A produtividade marginal do trabalho é
negativa
• e) A produtividade marginal é maior que a
produtividade marginal do trabalho.
Exercícios
• 2. Assinale a alternativa correta:
• A) A produtividade média é a variação do produto sobre a
variação da quantidade de um fator de produção
• B) Produtividade marginal é a relação entre o produto e a
quantidade de um fator de produção
• C) No máximo do produto total a produtividade média é
máxima
• D) No máximo do produto total, a produtividade marginal
é zero
• E) A produtividade média pode tornar-se negativa, após
atingir o máximo do produto total
Exercícios
• 3. Assinale a alternativa errada:
• A) A lei dos rendimentos decrescentes prevalece quando tivermos pelo
menos um fator de produção fixo.
• B) Temos rendimentos decrescentes de escala quando, ao
aumentarmos todos os fatores de produção, a produtividade média dos
fatores se reduz.
• C) A lei dos rendimentos decrescentes é a mesma que a dos
rendimentos decrescentes de escala.
• D) Rendimentos de escala supõem que nenhum fator de produção de
mantém fixado.
• E) A lei dos rendimentos decrescentes diz que se tivermos um fator de
produção fixo, ao aumentarmos a quantidade do fator variável a
produção cresce inicialmente a taxas crescentes, depois decrescentes,
para finalmente cair.
REVISÃO
Capítulo 6: Custos de Produção

Introdução
Custo de oportunidade X Custos Contábeis
Conceito de Externalidade
Custos de Curto Prazo
Custos de Longo Prazo
Maximização do Lucro Total
Exercícios
Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social

Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa.


Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem
(automóvel);
Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade,
derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição
advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa).
Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade,
derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos
e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa.
•Externalidades positivas
•Externalidades negativas
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo

Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia.


Ex.: Aluguéis, depreciação, etc.

Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja,


depende da quantidade produzida.
Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc.

CVT  f  q 
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo
total.
CT  CVT  CFT
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
Custos Totais ($) CT  CVT  CFT

CVT

CFT

OBS:
Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo

CFT
Custo Fixo Médio (CFMe): CFMe 
q

CVT
Custo Variável Médio (CVMe): CVMe 
q

CT
Custo Médio (CMe ou CTMe): CTMe 
q

CTMe = CVMe + CFMe


Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
Custos Médios ($)
O formato de U das curvas
CTMe
CTMe e CVMe “a curto
CVMe
prazo” também se deve à lei
dos rendimentos decrescentes,
ou lei dos custos crescentes.

CFMe
q

Em certo ponto, satura-se a utilização


Custos médios declinantes: Vantajoso absorver mão-de- do capital (que é fixo) e a admissão de
Pouca mão-de-obra obra e aumentar a produção, mais mão-de-obra não trará aumentos
p/ grande capital. pois o custo médio cai. proporcionais de produção (custos
médios ou unitários começam a
elevar-se).
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo

Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos


marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a
produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de
produto.
CT dCT
CMg  ou CMg 
q dq

Custos Mg ($) CMg OBS:


Os custos marginais
não são influenciados
pelos custos fixos
(invariáveis a curto
prazo).

q
Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os
Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo)
Custos Médios e
Marginais ($)
CTMe
CMg CVMe

q
Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo
médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio,
o médio só poderá cair.
Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o
marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio.
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo

No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos


são variáveis, sendo assim, um agente econômico:
1. Opera no curto prazo e;
2. Planeja no longo prazo.

Os empresários têm um elenco de possibilidades de


produção de curto prazo, com diferentes escalas de
produção (tamanho), que podem escolher.
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 30 máquinas. Neste caso, as
curvas de custo médio de longo prazo serão:
I. Produção de q1  CMeC1 < CMeC2 e CMeC3
II. Produção de q3  CMeC2 < CMeC1 e CMeC3
III. Se planeja produzir em:
- q2  CMeC2 = CMeC1
- q4  CMeC2 = CMeC3
- são as opções normalmente escolhidas.

CMeC1 CMeC2
Custos ($) CMeC3
K  10 K  15
K  20

q1 q2 q3 q 4
q
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva de
Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o
menor custo unitário.
Custos ($)
Lei dos rendimentos decrescentes
(Curto Prazo) CMeLP

q
qótimo
Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas
diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes
(ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo
prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa.
EXERCÍCIOS

• Digamos que a taxa de remuneração da mão-de-obra é


w=200. Seja a função custo total CT=100+50Q onde Q é o
volume de produção. Calcule:
• a) O custo fixo (CF).
• b) O custo variável médio (CVMe).
• c) O custo marginal (CMg).
• d) A produtividade média (PMeL) e marginal (PMgL) da
mão-de-obra.
• e) Faça um gráfico com as curvas CT, CF e CV.
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo

K
Isocusto: conjunto de todas Isocusto
as combinações possíveis de
fatores de produção (K, L)
que mantém constante o custo
ou orçamento total da
empresa.

Dados os preços dos fatores,


se a empresa aumenta a
contratação de um fator,
deverá reduzir a aquisição de
outro fator, se deseja manter L
constante o orçamento gasto
 Inclinação negativa.
Custos de Produção

Resolver os exercícios do
livro texto
Capítulo 7: Estruturas de Mercado

Introdução
Mercado em Concorrência Perfeita
Monopólio
Oligopólio
Concorrência Monopolística
Estruturas do Mercado de Fatores
Estruturas de Mercado: Introdução

As várias formas ou estruturas de mercado dependem


fundamentalmente de 3 características:

a) número de empresas que compõem esse mercado;


b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos;
idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas
empresas nesse mercado.
ESTRUTURAS DE MERCADO

Fonte: Cabral (2014).


Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita

As principais características são:


Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como
átomos”), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de
mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e
consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado);
Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante,
homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado;
Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado.
Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores
maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os
agentes agem racionalmente.
Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda
informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos,
as receitas e os lucros dos concorrentes.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
OBS:

Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a


longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as
receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais,
que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de
oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra
atividade.
CONCORRÊNCIA PERFEITA

• Condições principais:
• Bens Homogêneos;
• Informação simétrica;
• Agentes tomadores de preço (atomicidade);
• Equilíbrio competitivo paretiano (ponto
ótimo em que há ganhos sem que ninguém
perca).
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)

Teoria Microeconômica Empresas têm como objetivo


( Teoria Neoclássica ou maior a maximização dos lucros
Teoria Marginalista) (a curto ou a longo prazo)

LT = RT – CT
LT = Lucro total;
RT = Receita total de vendas;
CT = Custo total de produção.
HORIZONTE TEMPORAL
CONCORRÊNCIA PERFEITA

• CURTO PRAZO:
• Não há livre entrada e saída
• Lucro Econômico igual a zero
• MÉDIO PRAZO:
• Não há livre entrada e saída
• Lucro econômico # de zero
• LONGO PRAZO:
• Livre entrada e saída
• Lucro econômico igual a zero
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)

Deverá escolher o nível de produção para qual a diferença positiva


entre RT e CT seja a maior possível (máxima).

Definição:
• Receita Marginal (RMg): é o acréscimo da receita total pela
venda de uma unidade adicional do produto.
• Custo Marginal (CMg): é o acréscimo do custo total pela
produção de uma unidade adicional do produto.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
A maximização do lucro ocorre, em um nível de produção tal que a
receita marginal da última unidade produzida seja igual ao custo
marginal desta última unidade produzida.

RMg = CMg
Se:
• RMg > CMg  há interesse de aumentar a produção, pois cada
unidade adicional fabricada aumenta o lucro;
• RMg < CMg  há interesse de diminuir a produção, pois cada
unidade adicional que deixa de ser fabricada aumenta o lucro;
• RMg = CMg  há a maximização do lucro, sendo CMg
crescente.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)

Custos ($)

CMg CTMe

p0 RMg  p0  RMe

q
q0
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)

A firma estará maximizando o Equilíbrio do produtor


K
lucro no ponto onde a taxa de
intercâmbio dos fatores
permitida pela tecnologia
(T.M.S.T.) é igual à taxa de
intercâmbio permitida pelo
mercado (preços dos fatores); K*

Essa combinação ótima de


fatores é, ao mesmo tempo a que
minimiza o custo e maximiza a
receita  Dualidade L*
L
EXERCÍCIOS
• Completar a tabela abaixo com os valores da receita total,
lucro total, custo e receita marginal:
P/V CT PREÇO RT LT CMg RMg • Qual a produ-
0 10 5
cão em que o
1 15 5
2 18 5
Lucro é máximo?
3 20 5
4 21 5
5 23 5
6 26 5
7 30 5
8 35 5
9 41 5
10 48 5
11 56 5
EXERCÍCIOS

• Dados:
• CT = 1 + 2q + 3q2
• P = 20
a) Qual a quantidade que maximiza o lucro?
b) Qual a magnitude desse lucro?
EXERCÍCIOS
• Dados: CT = 0,04q3 – 0,9q2 + 10q + 5
• RT = 4q
• Pede-se:
a) Qual o ponto de equilíbrio da firma?
b) Qual a magnitude do resultado?
c) Supondo uma situação de curto prazo, a
firma deve paralisar a produção?
Justifique.
Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística
Características básicas:
• muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com
substitutos próximos;
• cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os
produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de
escolha, de acordo com sua preferência.
OBS:
Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há
tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência
perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas
para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em
que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.
EXERCÍCIO

• A análise microeconômica é o estudo do comportamento individual


dos agentes econômicos e, por essa razão, constitui fundamento sólido
para a análise de grandes agregados econômicos. A esse respeito,
julgue o item a seguir:
• No Brasil diversas faculdades e universidades podem ser corretamente
consideradas firmas em uma indústria que opera sob concorrência
monopolística, já que oferecem um produto similar, a educação
superior, porém diferenciado, sendo a qualidade do ensino e o prestígio
da instituição os elementos da diferenciação do produto.
Estruturas de Mercado: Oligopólio

Definido de duas formas:


• oligopólio conecentrado: pequeno nº de empresas no setor.
Ex. Indústria automobilística ou;
• oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina
um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica.

Características básicas:
• devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder
de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se
normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que
os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de
preços;
• no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a
entrada de novas empresas no setor.
Estruturas de Mercado: Oligopólio

Tipos de oligopólio:
• com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento);
• com produto diferenciado (por exemplo, automóveis).
OBS:
A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à
entrada de novas firmas persistirão.

Formas de atuação das empresas:


• concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (forma de
atuação pouco freqüente);
• formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização (formal
ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política
para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição
(cota) do mercado entre as empresas.
Estruturas de Mercado: Oligopólio

Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são muito


diferentes entre si. O modelo mais tradional parte da maximização
dos lucros pelo empresário, e neste caso a RMg = CMg.

Modelo de mark-up:

Mark-up = Receitas de Vendas – Custos Diretos de Produção

e neste caso o preço é calculado: p  m 1  c 


onde:
p = preço do produto
c = custo unitário direto ou variável
m = taxa (%) de mark-up
CARACTERÍSTICAS DO
OLIGOPÓLIO
• Número relativamente pequeno de
empresas;
• Produto pode ser diferenciado ou não;
• Condições de lucro vantajosas a longo
prazo;
• Existência de barreiras a entrada;
• As atividades de cada empresa repercutem
nas demais.
EXEMPLO

• Automóveis;
• Aço;
• Alumínio;
• Cimento;
• Energia;
• Aviação;
• Telefonia.
EQUILÍBRIO NO MERCADO
OLIGOPOLÍSTICO
• Os produtores devem levar em consideração a
reação dos concorrentes na determinação de
sua produção e preços;
• Cada empresa vai fazer o melhor que puder em
função daquilo que os concorrentes estão
fazendo (Equilíbrio de Nash).
TIPOS DE OLIGOPÓLIO

• Conveniente e organizado
• Conveniente e não organizado;
• Não conveniente e não organizado.
MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO

• Competição entre as firmas:


• Propaganda;
• Diferenciação do produto;
• RMg = CMg
EFEITOS DO MERCADO
OLIGOPOLISTA
• Produção e preço;
• Custos de produção;
• Distribuição de renda;
• Satisfação do consumidor.
MODELOS TEÓRICOS
(DUOPÓLIOS)
• Modelo de Cournot;
• Modelo de Bertrand;
• Modelo de Stackelberg;
• Liderança de preços.
MODELO DE COURNOT

• Duopólio:
• Duas empresas competem entre si;
• Produto homogêneo;
• Cada empresa considera fixo o nível de
produção da rival ao tomar sua decisão de
produção.
MODELO DE COURNOT

• Curva de Reação:
• A produção ótima de uma empresa é uma
função decrescente do nível de produção da
outra.
MODELO DE BERTRAND

• Produto homogêneo;
• Concorrência por meio de preços;
• Assim:
1. Praticar preço > P1;
2. P1 = P2
3. P2 < P1
MODELO DE STACKELBERG

• Uma empresa determina seu nível de


produção antes das outras;
• CMg = 0;
• A Empresa 1 determina sua produção
primeiro; em seguida, a empresa 2 toma sua
decisão de produção.
LIDERANÇA DE PREÇOS

• Uma empresa líder de mercado anuncia o


preço e todas as outras a seguem;
• Modelo da empresa dominante;
CARTEL

• O fato de muitos postos de gasolina


praticarem paralelismo de preço, é
suficiente para estabelecer que essas
empresas pratiquem cartel, caso em que são
passíveis de punição no âmbito da
legislação antitruste.
CARTÉIS

• Acordos explícitos de determinação de


níveis de produção e preços;
• Não incluem necessariamente todas as
empresas da indústria;
• Frequentemente operam em escala
internacional;
• Diferença entre os lucros do cartel e sob a
alternativa não-cooperativa.
FATORES QUE AFETAM A
PROBABILIDADE DE CONLUIO
• Número e distribuição por tamanho de
vendedores;
• Heterogeneidade do produto;
• Estruturas de custo;
• Tamanho e frequencia dos pedidos;
• Ameaça de retaliação
RESUMO
• Em um mercado oligopolístico apenas
algumas empresas são responsáveis por toda
ou maior parte da produção;
• No modelo de Cournot, as empresas tomam
simultaneamente suas decisões sobre a
quantidade que produzirão;
• Em Stackelberg, uma empresa determina
seu nível de produção primeiro;
• As empresas poderiam auferir lucros
maiores por meio de conluios;
Estruturas de Mercado: Monopólio
Características básicas:
• uma única empresa produtora do bem ou serviço;
• não há produtos substitutos próximos;
• existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.

As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:


• Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção requerida,
exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já
está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com
baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a
um preço equivalente à firma monopolista;
• Patentes: direito único de produzir o bem;
• Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das
minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio;
• Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação,
normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura;
Características para o caso do
monopólio
• A receita média é igual a demanda de
mercado;
• Para vender mais, o monopolista precisará
baixar o preço, pois s depara com a reação
do consumidor;
• A receita total tende a aumentar, atinge um
máximo e depois cai;
• A RMg < P.
Estruturas de Mercado: Monopólio

Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas


empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em
mercados monopolizados. Porém, como em concorrência perfeita, o ponto de
equilíbrio do monopolista (ponto de maximização do lucro), ocorre onde:

($) RMg = CMg

CMg
RT  RMe . q0  área0.RMe.A.q0
CMe
CT  CMe0 . q0  área0.CMe0 .B.q0

RMe0
A LT  RT  CT   RMe0  CMe0  q0

CMe0
B  áreaCMe0 .RMe0 . A.B

RMg  CMg D  RMe

0 q0 RMg
q
EXERCÍCIO

• Dados:
• CT = 2q3 – 40q2 + 220q
• P = Rme = 45 – q/2
• Pede-se:
• A quantidade ótima para a empresa;
• A magnitude do lucro total
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos

Descrição de um jogo:
Jogadores: quem está envolvido;
Regras: quem joga e quando? O que ele sabe, quando joga? O que ele pode
fazer?
Resultados: para cada conjunto de ações possível, qual é o resultado do jogo.
Payoffs: quais são as preferências dos jogadores sobre os possíveis resultados
do jogo?
Estratégia dominante: é uma estratégia que é ótima para um jogador
independentemente da(s) estratégia(s) escolhida(s) pelo(s) outro(s)
jogador(es). Quando cada jogador possui uma estratégia dominante, dizemos
que a combinação dessas estratégias é um equilíbrio com estratégias
dominantes.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o
dilema dos prisioneiros)

Dois parceiros em um crime são presos por um policial. Para cada


ladrão, o policial propõe que ele confesse o crime e sirva de
testemunha de acusação. Se um dos ladrões confessa o crime e o
outro não, aquele que confessou será posto em liberdade e o outro
cumprirá pena de 10 anos. Caso os dois confessem, ambos ficarão
presos por 3 anos. Se nenhum dos dois confessarem, a penalidade
será de apenas um ano.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o
dilema dos prisioneiros)
Prisioneiro B
confessa não confessa

confessa (-3,-3) (0,-10)


Prisioneiro A

não confessa (-10,0) (-1,-1)

Uma estratégia é dita estritamente dominada quando há uma outra estratégia


que gera sempre um melhor resultado independentemente da estratégia
escolhida pelo outro jogador.
Uma estratégia é dita fracamente dominada quando há uma outra estratégia
que gera sempre um resultado melhor ou igual independentemente da
estratégia escolhida pelo outro jogador.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Equilíbrio de Nash)

O conjunto das estratégias escolhidas pelos jogadores de um jogo


constitui um equilíbrio de Nash se, para cada jogador, a sua
estratégia é ótima dadas as estratégias adotadas pelos outros
jogadores.

• Todo equilíbrio com estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash mas


nem todo equilíbrio de Nash é um equilíbrio com estratégias dominantes.
Estruturas de Mercado: Resumo

Entrada de
Tipo de
Estrutura Objetivo da Empresa Número de Firmas Novas Lucros a LP
Produto
Empresas

Maximização de Lucros Não existem


Concorrência Perfeita Infinitas Homogêneo Lucros Normais
(RMg=CMg ) barreiras

Maximização de Lucros Lucros


Monopólio Uma Único Barreiras
(RMg=CMg ) Extraordinários

Maximização de Lucros Não existem


Concorrência Monopolística Muitas Diferenciado Lucros Normais
(RMg=CMg ) barreiras

Oligopópilo

Maximização de Lucros Oligopólio Concentrado:


Modelo Clássico Homogêneo
(RMg=CMg ) poucas empresas Lucros
ou Barreiras
Extraordinários
Oligopólio Competitivo: diferenciado
Maximização Mark -up =
Modelo de Mark-up poucas dominam o
Rec. Vendas - Custos Dir.
setor
Estruturas de Mercado: fatores de produção

Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator de


produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o preço
desse fator constante.
Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedores
dos serviços dos insumos.
Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam o
mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
Monopólio bilateral: ocorre quando um monopsonista, na compra
do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda
desse fator.

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