Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
PRELIMINARES DE MÉRITO
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA
Preliminarmente, expõe o requerente sua condição de hipossuficiência
econômica, não podendo demandar judicialmente arcando com as custas
processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, requerendo,
portanto, os benefícios da justiça gratuita nos moldes da lei 1060/50, e artigos
98 e 99 do CPC.
DAS PUBLICAÇÕES
Requer ainda que todas as intimações e publicações sejam feitas,
EXCLUSIVAMENTE, em nome do DR. ELIAS CORDEIRO ALENCAR OAB/DF
54.153, para todos os fins, sob pena de nulidade, na forma do artigo 272, §§ 2°
e 5°, do CPC.
1- DOS FATOS
A REQUERENTE adquiriu junto ao Requerido um empréstimo consignado
no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), para ser pago em 60 (sessenta) parcelas
de R$ 90,55 (noventa reais e cinquenta e cinco centavos) mensais, com o último
vencimento em 07/2019, conforme demonstrativo anexo.
As referidas parcelas sempre vieram descontadas do valor do benefício,
até que em outubro de 2018 foi surpreendida quando tentava fazer uma compra
a crédito, ocasião em que foi informada de uma pendência em seu CPF,
referente a cobrança de um suposto débito em aberto desde março de 2017.
Procurando saber do que se tratava a Requerente dirigiu-se a agência
bancária, onde foi informada que o débito era oriundo de um empréstimo
consignado realizado em 08/2014.
Na intenção de solucionar o problema a Autora diligenciou à agência da
Previdência em busca de maiores esclarecimentos.
Ao chegar à Agência foi informada que, em relação ao empréstimo, estava
tudo normal; as parcelas estavam sendo descontadas e o crédito sendo
transferido para a instituição credora.
Ciente disso e com os documentos comprobatórios em mãos a
Requerente retornou à instituição bancária na tentativa de regularizar a situação,
contudo foi informada pelo gerente que o débito continuava em aberto e a única
maneira de sanar o problema seria efetuando o pagamento.
Transtornada, sentindo o peso do cansaço e, mesmo tendo comprovado
que o débito era indevido ouvir do gerente que a única forma de sanar o problema
seria efetuar o pagamento, a Requerente sentiu-se, não apenas profundamente
ferida, mas também diminuída e com imenso abalo psicológico e emocional
diante do sentimento de impotência em razão da conduta negligente da
instituição financeira.
2- DO DIREITO
2.1 DA ANTECIPAÇÃO PARCIAL DOS EFEITOS DA TUTELA:
O registro do nome da Autora no SERASA está lhe causando sérias
restrições de crédito, eis que ao tentar operar com instituições financeiras e
comerciais, tal movimentação lhe é negada em função do cadastramento
negativo, constrangimento este desnecessário e que está a prejudicá-la.
Desta forma, para a concessão da liminar estão presentes os requisitos
do “fumus boni juris” e do “periculum in mora”. O primeiro está caracterizado
mediante a evidência de um direito a ser questionado, tendo em vista ser ilegal
a inscrição da Requerente junto ao SERASA, vez que indevida, conforme
amplamente demonstrado através dos comprovantes de pagamento anexos.
Quanto ao “periculum in mora” exsurge do perigo da Autora vir a ficar
impossibilitada de praticar todos os atos negociais decorrentes de suas
atividades, em caso de não haver o deferimento imediato da presente liminar.
Ressalta-se ainda o fato de estarmos às vésperas de datas festivas de fim
de ano e conforme consta dos documentos juntados, a peticionante é viúva e
aposentada e não consegue fazer compras senão de forma parcelada. Todavia,
com o nome constando indevidamente no cadastro de inadimplentes será
débito, bem como que cesse todos os meios de cobranças indevidas sob pena
de multa diária no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Por todo o exposto, demonstrado está o dano sofrido pela autora, bem
como a conduta da Ré de forma comissiva e omissiva e o nexo de causalidade.
Dispõe o art. 186 do CC que:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete
ato ilícito”.
Causado o dano ilícito surge a obrigação de indenização, conforme dispõe
o art.927 do CC, in verbis:
“Aquele que por ato ilícito (art. 186 a 187), causar dano
a outrem fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo Único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para o direito de outrem.”
3 DOS PEDIDOS
a insubsistência de tal restrição, sob pena de multa diária a ser estipulada por
este douto juízo.
c) Condenar o Réu à composição do dano patrimonial no valor de R$ 300,00
(trezentos reais), contabilizados ainda os juros e a correção monetária.
d) Obrigar a Requerida a proceder a imediata baixa do suposto débito, bem como
que surta seus efeitos no que concerne aos efeitos da cobrança indevida.
e) Condenar a Ré ao pagamento de 20 (vinte) salários mínimos a título de danos
morais.
f) Aplicar a multa diária no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) em cada item
não cumprido.
g) Deferir o pedido dos benefícios da justiça gratuita nos moldes da lei 1060/50,
e artigos 98 e 99 do CPC.
H) A condenação do Requerido em custas e honorários advocatícios na fora no
art. 85 do CPC.
Por fim, requer, por oportuno, a produção de todo o gênero de provas em
direito admitidas, especialmente o depoimento pessoal da Ré sob pena de
revelia, a oitiva de testemunhas, periciais, juntada ulterior de documentos, e
todas as demais que se façam necessárias ao bom deslinde do feito.
4- DO VALOR DA CAUSA
Nestes termos,
Pede deferimento.