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º 04
julho 2006
ENTREVISTA FUTSAL
JOSÉ CARLOS ARAÚJO FONTAINHAS FAZ
PRESIDENTE DO MESSINENSE FESTA DO TÍTULO DA 3ª
Futebol algarvio
Desporto
APOIO AO ASSOCIATIVISMO DESPORTIVO
Associação Académica da Universidade do Algarve
Associação Algarvia de Pais e Amigos de Crianças Diminuídas Mentais
Associação Cultural e Desportiva da Coobital
Associação Cultural Recreativa Desportiva Nexense
Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral
Associação de Montanhismo e Escalada do Algarve
Associação do Centro de Ténis do Algarve
Associação Portuguesa de Kempo
Casa do Benfica de Faro
Centro de Estudos Espeleológicos e Arqueológicos do Algarve
Clube dos Amadores de Pesca
Clube de Ciclismo de Estoi
Clube de Danças da Escola Secundária João de Deus
Clube de Futebol “Os Bonjoanenses”
Clube de Natação de Faro
Clube de Petanca de Faro
Clube de Surf de Faro
Clube de Ténis da Quinta do Eucalipto
Clube Desportivo do Montenegro
Clube Desportivo Faro XXI
Clube União Culatrense
Futebol Clube “Os 11 Esperanças”
Futebol Clube São Luís
G. D. e C. Jograis António Aleixo
Ginásio Clube Naval
Grupo de Operações de Paintball
Grupo Desportivo da Torre Natal
Grupo Desportivo dos Salgados
Instituto D. Francisco Gomes
Judo Clube do Algarve
Ju-Jutsu Clube de Faro
Karaté Clube de Faro
Motoclube de Faro
Moto Malta de Faro
Núcleo de Xadrez de Faro
Núcleo Sportinguista de Faro
Off Road 4X4 Club, Clube TT de Faro
São Pedro Futsal Clube
Sociedade Columbófila de Faro
Sport Faro e Benfica
Sporting Clube Farense
Sociedade Recreativa Agricultora do Patacão
União dos Amigos da Pesca
INICIAÇÃO DESPORTIVA
A.C.D. Coobital
Futebol Clube de São Luís
Judo Clube do Algarve
Karaté Clube de Faro
Casa do Benfica de Faro
Clube de Amadores de Pesca de Faro
Centro Espeleológico e Arqueológico do Algarve
Clube Kempo de Faro
Clube de Surf de Faro
PROTOCOLOS COM ATLETAS
Sporting Clube Farense DE ALTA COMPETIÇÃO
Ginásio Clube Naval Ana Dias | Casa do Benfica de Faro
GimnoFaro Ginásio Clube José Monteiro | Casa do Benfica de Faro
G. Folclórico Infantil de Faro Ana Cachola | Judo Clube do Algarve
G. D. e C. Jograis António Aleixo Jorge Costa | Clube Desportivo dos CTT
Clube Desportivo de Montenegro Adélia Elias | Sporting Clube Farense
Sport Faro e Benfica Ricardo Colaço |
www.cm-faro.pt
o Obrigado, Portugal!
Foram dignos, foram heróis, fizeram-nos sonhar: Portugal mostrou ao Mundo a qualidade do seu futebol e teve um
desempenho que constitui motivo de orgulho para todos nós. Parabéns, campeões!
3
SUMÁRIO
3 – OBRIGADO, PORTUGAL!
5 – SUMÁRIO
6 – ABERTURA
7 – MENSAGEM DO PRESIDENTE DA AF ALGARVE
8 – FUTSAL: ESCREVE JOSUÉ SANTOS
9 – TAÇA AF ALGARVE
10 – REPORTAGEM COM OS OLHOS D’ÁGUA
13 – QUADROS COMPETITIVOS: ESCREVE CARLOS PEREIRA
15 – CAMPEÕES DO ALGARVE
16 – JUNIORES DO QUARTEIRENSE SOBEM À 2ª DIVISÃO
18 – FONTAINHAS CAMPEÃO NACIONAL DA 3ª DIVISÃO
21 – VERDADE DESPORTIVA: ESCREVE VÍTOR FARIA
23 – IVO SANTOS SOBE À 2ª CATEGORIA
24 – A ÉPOCA DA ARBITRAGEM ALGARVIA
25 – BALANÇO DO ANO: ESCREVE ANTÓNIO MATOS
26 – FUTSAL: ALGARVE VENCE ANDALUZIA
27 – BOA PRESENÇA NO TORNEIO LOPES DA SILVA
29 – BENFICA-SPORTING NO TORNEIO DO GUADIANA
30 – ENTREVISTA COM JOSÉ ARAÚJO, LÍDER DO MESSINENSE
32 – UMA VISITA DO FARENSE A LOULÉ: ESCREVE BRUNO
COELHO
33 – MANUEL BALELA FESTEJA ÊXITO EM MARROCOS
34 - NOTICIÁRIO
FICHA TÉCNICA
Revista AF Algarve Fotos: Carlos Vidigal Jr, Mira, Nuno Eugénio, José Carlos Campos,
Nº4 – Julho de 2006 Vasco Célio, arquivos dos jornais Correio da Manhã e Record e
Director: José Manuel Viegas Ramos arquivo da Associação de Futebol do Algarve
Sub-director: José Faísca Montagem e impressão: Gráfica Comercial, Parque Industrial, Loulé
Coordenador editorial: Armando Alves Propriedade: Associação de Futebol do Algarve, Complexo
Textos de: António Matos, Armando Alves, Bruno Coelho, Carlos Desportivo, 8000 FARO
de Deus Pereira, Josué Santos e Victor Faria Depósito legal: 242121/06
Colaboração: António Martins, Hélder Baptista, João Barbosa, Luís Distribuição gratuita
Baptista e Luís Rosário
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Abertura
A bandeira do futebol
O Campeonato do Mundo teve o con- incluídos no escudo nacional represen- nos estádios e campos e espectáculos
dão de voltar a unir os portugueses em tam as vitórias sobre os inimigos mas de melhor qualidade. É um desafio que
torno da selecção nacional, com o apoio são, também, o símbolo do antigo Reino precisa de resposta. A nossa está dada:
à equipa a ser visível das mais diversas dos Algarves. contem connosco, na medida das res-
formas - em particular através da colo- Ao colorido do estandarte desenhado ponsabilidades que nos cabem e dos
cação de bandeiras nas janelas e nos por Columbano Bordalo Pinheiro, João meios de que dispomos.
carros. Nenhuma outra manifestação Chagas e Abel Botelho juntava-se o gri-
para além do futebol gera o interesse e to patriótico proporcionado pela “Portu-
a paixão de tantos e vivemos um mês guesa”, o Hino Nacional. E quantos, mais COLABORAÇÃO
de sonho, de expectativa, de forte palpi- atentos à história, não terão mostrado
tar dos corações, de sorrisos de orelha a um redobrado sorriso depois de Portu- A Revista AF ALGARVE vai no seu quarto
orelha, de lágrimas, de emoções... gal vergar a Inglaterra – a música (de número e, tratando-se de um projecto
Um país pequeno, com uma mais débeis Alfredo Keil) e a letra (de Henrique Lo- essencialmente virado para o interior do
economias da Comunidade Europeia, pes Mendonça) do hino datam de 1890 movimento associativo, precisamos de
conseguiu o feito de colocar-se entre os e traduzem a resposta lusa ao ultimato todos para o levar por diante, através
quatro melhores do Mundo. Queríamos o britânico para a retirada das nossas tro- da colaboração mais diversa – envio de
título, claro, e voltámos a perder de for- pas de África, no âmbito do mapa “Cor comentários, artigos de opinião, material
ma pouco convincente com uma França de Rosa”. A tal ponto que, onde se can- com interesse para publicação.
que se atravessa na nossa frente nos ta agora “Contra os canhões” cantava- Elogiar o trabalho desenvolvido não nos
momentos menos desejáveis, mas te- se então “Contra os bretões”, surgindo satisfaz: é preciso uma participação ac-
mos motivos para sentir orgulho. Quan- mais tarde emendas que modificaram o tiva para que este projecto atinja a sua
tos, mais poderosos, saíram de cena nas articulado original. principal finalidade – servir de fórum de
primeiras semanas? Alguns aos nossos Concluído o Campeonato do Mundo, im- discussão sobre o futebol da nossa re-
pés, como a Holanda e a Inglaterra... porta retirar uma conclusão bem sim- gião. Queremos ideias, queremos de-
Um país pintado de vermelho e verde ples: os portugueses adoram futebol! bate, queremos conhecer perspectivas
mostrou união em torno de um objecti- Cabe agora, a todos os agentes ligados à de futuro, queremos ouvir críticas, que-
vo: chegar o mais longe possível. A ban- modalidade, nos quais, naturalmente, a remos apresentar diferentes pontos de
deira lusa esvoaçou bem alto e a nossa Associação de Futebol do Algarve se in- vista e suscitar a discussão. A revista
região andou pelos ares nas sete parti- clui, canalizar esse entusiasmo para que nasceu para ajudar o futebol algarvio a
das do Mundo, onde houvesse um por- dele resulte o incremento da modalida- crescer, contando com a ajuda de todos.
tuguês – aqueles sete castelos de ouro de, um maior número de espectadores Da sua, por exemplo.
6 afalgarve 7.06
Mensagem
4 – A nossa região vai, pela primeira vez, ser palco de um jogo entre os eternos rivais
Benfica e Sporting, que participam na jornada de abertura do Torneio do Guadiana,
Jovens
em Vila Real de Santo António. Um acontecimento importante, a fazer-nos lembrar
as saudades que já temos das regulares visitas das melhores equipas do País à nossa
região. Infelizmente, o Algarve não conta com representantes no escalão principal
desde 2002, o que nos causa prejuízos de vária ordem – o primeiro dos quais a impos-
sibilidade de apreciarmos, nos nossos relvados, encontros do campeonato maior.
6 – Muitos clubes estão a ser afectados por problemas económicos que colocam
Jamor
em causa a continuidade da actividade desportiva, em particular no escalão sénior.
A Associação de Futebol do Algarve lamenta a ocorrência desses casos, muitos dos
quais derivados de situações herdadas do passado, e apela, em todas as localidades
da nossa região onde existe futebol, ao empenhamento de dirigentes, adeptos, em-
presários, autarcas e de todos aqueles que gostam de futebol. Dando as mãos, será
mais fácil superar as dificuldades.
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FUTSAL
O desenvolvimento
psicológico como factor
de sucesso no jogo
O futsal, como modalidade desportiva, tem uma grande influên-
cia na sociedade e vem capitalizando grandes incentivos, de or-
ganização e gestão financeira, tais como melhorias significativas
quanto ao desenvolvimento dos processos de treino, com apoio
de uma vasta comunidade científica multidisciplinar.
Estudam, analisam e ajudam a melhorar a compreensão dos
fundamentos treináveis e não treináveis, e o resultado dessa
intensa actividade está em alguns trabalhos nas diversas áreas
do conhecimento tais como: técnica, táctica, física e psicológica,
visando uma estruturação destes conteúdos treináveis.
Este jogo é caracterizado por movimentos acíclicos, alta velo-
cidade de deslocamentos, alto grau de precisão técnica e de-
senvolvimento da capacidade táctica/estratégica. Quanto aos
aspectos físicos: movimentos intensos e muita mudança de di-
recção e recuperação respiratória dinâmica; no que diz a respeito
às capacidades psíquicas, tornam-se necessárias alta doses de
motivação e bom controlo de stress em condições o mais adver-
sas possíveis nos treinos e jogos.
Deste conjunto de variáveis fazem parte: auto-confiança, acti- Adaptado de Weinberg e Williams, 1997. p. 345
vação, orientação, concentração e coesão de equipa, além dos
tipos de personalidade e estados psicológicos e emocionais e
estilos cognitivos (impulsivos e reflexivos) que são determinan- O quadro acima tem como finalidade oferecer uma referência
tes na optimização do rendimento desportivo e na obtenção de como suporte para o desenvolvimento didáctico-pedagógico do
êxitos pessoais e colectivo. E tudo isto é fascinante, ao conviver treino no futsal e qualificar a mentalidades ganhadoras que pas-
e sentir as emoções causadas através da participação no futsal sam pelas atitudes positivas do “querer fazer mais e melhor”.
recreativo (rico em criatividade) ou competitivo (rico em respon- Estão salientes as principais informações que envolvem o jogo,
sabilidades). mesmo tendo em conta as múltiplas adversidades possíveis e
imagináveis que se vivem na modalidade e ao longo de cada
partida. Preparação e ambição superam tudo, para vencer, ca-
bendo aos intervenientes assumir o compromisso da superação
pessoal em prol do colectivo. Esses são factores determinantes
para atingir o sucesso desportivo a cada história de participação
colectiva ao jogar.
Josué Santos
Mestre em Psicologia Desportiva
Treinador de futsal
8 afalgarve 7.06
Segunda Taça
AF Algarve
apadrinhada
por Rui Costa
A Taça AF Algarve conta, esta época,
com uma novidade de monta: o mé-
dio benfiquista Rui Costa é o patrono da
segunda edição da prova – o vencedor
arrecadará um troféu com o seu nome
– e brevemente o jogador estará entre
nós, a fim de participar numa iniciativa
ligada à apresentação desta importante
iniciativa.
Com interesses imobiliários em vários
pontos da região e desde há longos anos
ligado ao Algarve, pois passa aqui férias
regularmente, Rui Costa mostrou ime-
diata disponibilidade quando confronta-
do com o convite dirigido pela AFA, sur-
gido na sequência de uma reunião com
os clubes participantes, que deram o seu
aval à proposta apresentada.
Distinguido pela Região de Turismo do
Algarve com a Medalha de Mérito Turís-
tico, grau ouro, em Junho de 2005, Rui
Costa tem desempenhado, em particu-
lar em Itália, onde residiu até há pou-
co tempo, um importante papel como
embaixador da nossa região, pela qual
nutre conhecido carinho, o que justifica o
convite formulado.
Esta época a Taça AF Algarve conhece
um formato diferente do utilizado no ano monense-Selecção do Algarve, 4-0. Em
passado: na primeira edição participaram Loulé, os desfechos foram os seguintes:
seis equipas (Olhanense, Portimonense, Louletano-Imortal, 1-0; Louletano-Olha-
Louletano, Imortal, Silves e Selecção do nense, 0-0; Imortal-Olhanense, 1-2. A
Algarve) mas, a prova a disputar a 4 e ronda final teve lugar em Loulé: apura-
6 de Agosto contará com apenas quatro mento do 5º e 6º - Olhanense-Selecção
formações (aos ‘repetentes’ Olhanense, do Algarve (0-0 e 6-5 g.p); apuramen-
Portimonense e Louletano vai juntar-se to do 3º e 4º - Imortal-Silves, 1-0; final
o Messinense), com jogos em Loulé e - Portimonense-Louletano, 4-0. Classifi-
Faro, conforme calendário anexo, faltan- cação final: 1º Portimonense; 2º Loule-
do, apenas, definir as horas das partidas, tano; 3º Imortal; 4º Silves; 5º Olhanense;
em princípio 19h00 e 21h00. 6º Selecção do Algarve. Melhor jogador:
Na época passada, a primeira jornada Luís Marques (Portimonense); melhor
foi dividida por Portimão e Loulé. Em marcador: Mateus (Portimonense), 3
Portimão registaram-se os seguintes golos; guarda-redes menos batido: Nuno
resultados: Portimonense-Silves, 2-0; Ricardo (Portimonense), 0 golos; equipa
Silves-Selecção do Algarve, 1-1; Porti- fair-play: Selecção do Algarve.
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FUTSAL
ÉPOCA 100% VITORIOSA DOS INICIADOS DO OLHOS D’ÁGUA
A equipa de iniciados dos Grupo Desportivo e Recreativo Olhos D’Água rubricou uma campanha notável, sem pontos perdidos no campeonato distrital
Ninguém mais conseguiu tamanho feito: no campeonato de escolas e chegaram à freguesia de Olhos D’Água” e elogia o es-
a equipa de iniciados masculinos de futsal final da Taça e na época seguinte sagra- forço dos pais. “Têm-nos ajudado bastan-
do Grupo Desportivo e Recreativo Olhos ram-se campeões do Algarve de infan- te. Acompanham regularmente a equipa
D’Água foi a única, no Algarve, a contar tis.” e dão um apoio fundamental.”
por vitórias os jogos por vitórias, vencen- Após duas temporadas de paragem, na
do com larga superioridade o campeona- qual alguns dos jovens se dedicaram ao JOGADORES FELIZES
to da categoria. Os jovens do concelho de futebol de onze, o grupo voltou a jun-
Albufeira somaram 24 triunfos consecuti- tar-se. “Há um grande espírito de união, João Miguel, de 14 anos, foi um dos heróis
vos, 14 na Zona Barlavento e mais 10 na conhecemo-nos todos muito bem, e es- da temporada e não esconde a alegria
fase final, marcando 211 golos – média ses argumentos constituíram alguns dos que lhe vai na alma. “Correu tudo muito
próxima dos 9 por jogo... -, contra apenas nossos principais trunfos, a par da entrega bem! Foi uma época brilhante. O grupo
40 sofridos. Uma época de sonho. ao trabalho, da assiduidade aos treinos e, acreditou sempre na vitória e mesmo nos
“Estou muito feliz pelos miúdos. Tiveram a dado passo, de um importante factor momentos mais difíceis conseguimos ter
um comportamento espectacular”, refe- psicológico – tínhamos ganho sempre até sucesso, como sucedeu nos jogos com a
re Carlos Santos, o treinador campeão. A ali e queríamos continuar a vencer... Em Pedra Mourinha e o Gejupce.”
extraordinária campanha rubricada esta alguns momentos precisei de ser severo, O jovem atleta do Olhos D’Água já jogou
época é fruto de um trabalho iniciado em mas fi-lo para bem da equipa, obedecen- futebol de onze mas prefere o futsal. “É a
2001. “Na altura, coordenava o futsal do do à regra dos três erres: respeito, res- minha modalidade preferida e, no próxi-
clube e 90% dos elementos desta equipa ponsabilidade e rigor.” mo ano, espero conseguir novo título, já
começaram aí a dar os primeiros passos: Carlos Santos orgulha-se da circunstância como juvenil.”
em 2001/02 alcançaram o segundo posto da quase totalidade dos atletas “ser da Um outro jovem campeão, Carlos Rodri-
10 afalgarve 7.06
O conceito de jogador
“formado localmente”
O presidente Rogério Rocha entrega a taça de campeão do Algarve ao capitão da equipa O treinador Carlos Santos conduziu os albufeirense ao êxito
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Redução dos quadros competitivos:
Solução ou consequência?
A redução dos quadros competitivos foi te de hoje é o consumidor de amanhã. Nacional. Perante este cenário, fácil será
apresentada como uma das soluções Desde logo e em face deste dado era de concluir que a tendência dos pró-
prioritárias para a resolução de grande fundamental limitar a 1.ª Liga a clubes ximos anos é para que haja um maior
parte dos problemas do futebol portu- que reunissem determinados requisitos: fosso entre os três grandes e os outros,
guês. Inclusive no tão falado, mas algo Mais de 30.000 adeptos, estádios com porque o encaixe financeiro daqueles é
inócuo, Congresso do Desporto, foi o condições óptimas que comportassem muitíssimo superior a estes. Tal cenário
medicamento que se prescreveu. zonas de lazer associadas à prática do a acontecer seria a morte do negócio, os
Com a humildade que nos caracteriza e futebol, apresentação de orçamen- campeonatos perderiam o interesse até
salvo melhor opinião, entendemos que to apenas com proveitos certificados e pela forma como estão estruturados.
tal medida poderia ser adoptada, mas identificação, com o consequente com- Nas restantes divisões, o princípio se-
como consequência de um plano, cuja prometimento, dos parceiros de negócio ria sempre o de dividir regionalizando.
estratégia passaria pela prossecução da fossem eles públicos ou privados. Contêm-se custos e ninguém duvida do
consistência do “negócio futebol” e da Em suma, profissionalização, especializa- interesse de um Lusitano-Beira-Mar de
sua organização. Especificando: ção, condições estruturais e mercado. Monte Gordo ou um outro qualquer der-
O futebol profissional está mal organiza- Quantos clubes reuniriam estes requi- by regional.
do por uma simples razão: é deficitário. sitos? 10, 15, 20..., eram esses os que A matéria ora abordada é sem dúvida
Porém, tem potencial para o não ser. caberiam na 1.ª Liga e todos aqueles complexa e difícil de tratar em espaço
Tem um vasto mercado, tem muita pro- que desportivamente conseguissem um exíguo. Contudo cumpre-se o essencial,
cura e por consequência condições para resultado que lhes permitisse subir só o que também faz parte da missão asso-
se vender. Deveria ter sido esta consta- poderiam fazer reunindo os supra cita- ciativa, que é a promoção da discussão
tação, o ponto de partida para se che- dos requisitos. Estaria assim feita a se- das ideias, formar opinião, no fundo ser
gar a uma conclusão, aliás, tornava-se lecção de modo a sustentar o negócio. activos no, ainda pouco pensado, mundo
fundamental identificar correctamente Bem diferente da simples redução dos do futebol.
o problema para numa fase posterior se quadros competitivos.
poder trabalhar correctamente um antí- A outra face do problema reside na or-
doto. ganização institucional do futebol.
Para um produto se vender é necessá- Façamos este exercício. Para que serve a
rio que tenha clientes e portanto é fun- FPF? Resulta fácil a resposta, estruturar,
damental que numa 1ª Liga se dote os organizar, implementar todo o futebol
seus componentes de requisitos funda- nacional. E a Liga? Resposta mais difí-
mentais para se vender o futebol. Não cil, sob pena de nos termos que repetir
é rentável explorar o futebol profissional acrescentando apenas ... mas só para o
em cidades ou comunidades com menos futebol profissional. Quais as vantagens
de 30.000 consumidores, leia-se que a retirar pelos clubes pelo facto de ser a
consumidor não é só o adepto que está Liga a organizar os campeonatos? Pouca
presente no estádio, mas todos aqueles ou nenhuma.
que podem ir ao estádio e não indo, que A Liga tem absoluta razão de existir.
compram jornais desportivos, que que- Porém, para além da organização dos
rem saber o resultado da sua equipa, campeonatos profissionais, teria que ter
que vêm as apresentações televisivas a responsabilidade de definir a política
onde o seu clube aparece, etc. Existindo de gestão do “negócio futebol”, vender
um mercado com estes requisitos, ca- o futebol como um todo e assumir a tu-
berá aos clubes dotar as suas organiza- tela da sponsorização do futebol profis-
ções de profissionais especializados para Carlos de Deus Pereira
sional em proveito de todos os clubes.
Vice-presidente da Associação de Futebol do
explorar devidamente este potencial Senão vejamos: as grandes empresas Algarve e professor universitário, especializado
sem deixar de pensar no incremento da apenas têm interesse nos três grandes em Direito do Desporto pela Faculdade
modalidade, porque o jovem pratican- clubes do nosso futebol, ou na Selecção de Direito de Coimbra
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OS CAMPEÕES DO ALGARVE
SPORTING CLUBE
OLHANENSE
CAMPEÕES DA 1ª
DIVISÃO INICIADOS
Em cima, da esquerda para a direita: Carlos (director), Tozé (treinador), João, Thiago, Diogo, Domingos, Gonçalo, Edon, Diogo,
Pedro, André, Ruben, Patrick, Angelo (treinador), Mascote (treinador) e Rossana (directora); em baixo, pela mesma ordem:
Nuno, Ruben, Pedro, Tiago, Jorge, Gerson, Carlos, Ivan, Alexandre, Filipe e Diogo.
INTERNACIONAL
CLUBE DE ALMANCIL
CAMPEÕES DA 2ª
DIVISÃO JUVENIS
Em cima, da esquerda para a direita: Paulo Bernardo (vereador da Câmara de Loulé), José Fernandes (vice-presidente), Tiago,
Joel, Pedro, Hugo, Rony, Igor, Bruno Saraiva (treinador), Ramos (adjunto), Richard (vice-presidente) e Erick de Weerdt (presi-
dente); em baixo, pela mesma ordem: Márcio, Jorge, Diogo, Luís, Valter, Bruno, Teófilo, Iuri, Duarte, Ivo e Ivan.
SOCIEDADE
RECREATIVA 1º
DE JANEIRO
CAMPEÕES DA 2º
DIVISÃO SÉRIE B INFANTIS
Em cima, da esquerda para a direita: João Luís (director), João Pedro, Tiago, Luís, Diogo, Gy, Rafael, David, Hidálio, Cantante e
Paulo (treinador); em baixo, pela mesma ordem: Wallace, Filipe, Ana, André, Branquinho, Eunice e João Carlos. Gerson e Ivo
também integraram o grupo vencedor.
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CLUBE DESPORTIVO E RECREATIVO QUARTEIRENSE
OS CAMPEÕES – Em cima da esquerda para a direita: Alexandre, Nicola, Ivan, Baião, Lourenço, Patrick e Freitas; no meio, pela mesma ordem: Diogo, Madeira, Radosav Zugic (treinador
principal), Agostinho Mota (vice-presidente), José Matos Lima (director), João Bragança (técnico adjunto), Athos e Eduardo; em baixo, pela mesma ordem: Baía, Pardal, Marco Fonseca,
Hugo, Nené, Tété, Rogério, Vando, Mark Mota e Tiago. Também fizeram parte do grupo vencedor o jogador Marcelo e o massagista Carlos Luz.
16 afalgarve 7.06
num futuro próximo, teremos mais equi-
pas nos campeonatos nacionais, o que
ajudará os jogadores no seu crescimen-
to e afirmação, pois serão confrontados
com uma realidade competitiva diferen-
te, propícia a uma melhor e mais rápida
evolução.”
O Quarteirense orgulha-se de contar
“apenas com jogadores da terra” nos seus
escalões de formação. “Queremos servir
a juventude de Quarteira, é para eles o
nosso esforço, e não se justifica, na nos-
sa perspectiva, ir buscar um jogador aqui
e outro acolá. Temos boa matéria prima
e muitos miúdos que adoram futebol – é
só uma questão de enquadrá-los e dar-
lhes as melhores condições possíveis para
evoluírem.”
GERAÇÃO TALENTOSA
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FONTAINHAS ALCANÇA TÍ
A cereja no topo do bolo: a Juventude que a festa tivesse mais sabor... o Algarve”, frisa Rosa Coutinho, salien-
Desportiva Fontainhas rubricou a melhor “Foi uma época brilhante a todos os ní- tando o esforço “de todos, de jogadores
época da sua história, no futsal, e o títu- veis”, reconhece o treinador Rosa Cou- a dirigentes, passando também pelos
lo nacional da 3ª Divisão, conseguido em tinho. “Tratava-se da nossa segunda patrocinadores e adeptos”, na excelente
casa, perante dezenas de adeptos eufó- temporada na 3ª Divisão e a meta inicial campanha rubricada.
ricos, constituiu o melhor encerramento apontava apenas para a permanência. O Fontainhas concluiu a série D da 3ª Di-
possível para uma campanha a todos os Os resultados positivos sucederam-se e visão no primeiro lugar, com 14 pontos
títulos notável. a qualidade do grupo proporcionou uma de vantagem sobre o segundo, Portela,
Depois de um percurso surpreendente alegria imensa, a subida.” e apenas três derrotas sofridas. Na fase
na série D da 3ª Divisão, com a turma Apurados para a fase final, os algarvios final, os algarvios começaram com dois
albufeirense a terminar no primeiro pos- entraram na competição sem comple- triunfos fora (Gondomar, 9-7, e Amaren-
to e a garantir a subida, seguiu-se a fase xos. “Não sabíamos a valia dos adver- se, 7-2), perderam no reduto do Acadé-
de apuramento do campeão, selada com sários e procuramos utilizar os mesmos mico de Leça (2-4) e, disputando os três
apenas uma derrota, no reduto do Aca- argumentos que nos conduziram à subi- últimos jogos em casa, contaram-nos
démico de Leça. No resto, apenas vitó- da: humildade, entrega e disciplina. Fei- por triunfos – Gondomar (11-4), Ama-
rias. Na última jornada, bastava um em- tas as contas, conseguimos um feito que rense (7-4) e Académico de Leça (7-4),
pate mas o ‘vício’ pelos triunfos levou a honra o clube, a cidade de Albufeira e garantindo o título.
18 afalgarve 7.06
A TÍTULO NACIONAL DA 3ª
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Em nome e na defesa
da verdade desportiva
Num artigo anterior demos nota do dívidas àquelas instituições. A todos os decer a um esforço comum que garanta
processo de revisão da Lei de Bases do restantes credores, principalmente aos participação, equilíbrio, desenvolvimen-
Sistema Desportivo actualmente em jogadores, as dívidas acumulam-se ao to, transparência e verdade desportiva.
curso e da importância da participação longo de anos e só uma sentença transi- Importa, por isso:
do movimento associativo na sua refor- tada em julgado constitui impedimento - Valorizar e apoiar as actividades regu-
mulação. de registar novos contratos na FPF. lares das federações desportivas e dos
Voltamos a abordar o tema, após a con- Aos inconvenientes supra referidos respectivos clubes, estimulando a parti-
juntura de euforia determinada pela acresce outro, bem mais grave, ainda cipação e a democracia interna, o equilí-
participação da selecção nacional no que praticamente invisível – o falsea- brio financeiro, o cumprimento e fiscali-
campeonato do mundo de futebol, que mento da verdade desportiva. zação dos seus planos de actividades e
alimentou o tradicional alheamento dos Como se sabe, são muitos os clubes orçamentos anuais e plurianuais;
agentes desportivos da análise e debate em situação de incumprimento a dispu- - Aperfeiçoar o regime fiscal dos clubes e
de um assunto de primordial importân- tarem competições com outros clubes, sociedades desportivas e normalizar cri-
cia para o futuro do desporto nacional. cumpridores das suas obrigações para térios mínimos de organização e gestão
É sabido que, no quadro da actual Lei com os seus jogadores e técnicos. Estes, contabilística e financeira, como garantia
de Bases do Sistema Desportivo, ainda os clubes cumpridores, os que limitam a de equilíbrio e leal concorrência …”.
em vigor, não obstante ser do domínio contratação de jogadores às suas reais Na hora de passar do mero plano de in-
público que um elevado número de Clu- possibilidades orçamentais, apresen- tenções à prática, será importante que o
bes se encontrava sistematicamente tam-se na competição com uma equipa movimento associativo, através das Fe-
em situação de incumprimento das suas bem mais modesta e que, não raras ve- derações Desportivas, tenham a sensa-
obrigações patrimoniais, não foi possí- zes, acaba por ser despromovida ao es- tez de não se oporem à consagração na
vel instituir mecanismos impeditivos de calão inferior. nova Lei de Bases do Sistema Desportivo
participação em competições oficiais aos Esta desigualdade tem reflexos directos de mecanismos de fiscalização do cum-
Clubes incumpridores. nos resultados desportivos e no desfe- primento dos planos de actividades e or-
Ainda temos bem presentes as inúme- cho final de uma competição. A verdade çamentos e, posteriormente, assumam
ras situações de ameaça de rescisão de desportiva é sistematicamente desvir- com o necessário rigor a fiscalização do
contratos de jogadores profissionais por tuada, sendo certo que nem sempre os seu cumprimento.
falta de pagamento de vários meses de vencedores o deveriam ser. É urgente por cobro à ausência absolu-
ordenado, ocorridas ao longo da época Às Federações Desportivas competiria ta de mecanismos de fiscalização que
que agora terminou. criar os mecanismos que impedissem a apurem em tempo real as situações de
A par das situações dramáticas que al- manutenção desta conjuntura, contudo incumprimento dos clubes e os impe-
guns jogadores profissionais viveram, a fragilidade do poder político desporti- çam de falsear a verdade desportiva das
fruto do não recebimento dos salários a vo, assente em apoios e solidariedades competições em que participam.
tempo e horas, assistimos com o mais cúmplices têm impedido um ataque A verdade desportiva exige-o!
descarado despudor aos mesmos clubes frontal e eficaz a esta problemática. Os Clubes cumpridores devem exigi-lo!
incumpridores a fazerem novas contra- Para não fugir à regra, o Estado a quem
tações, reforçando o plantel. competiria impor às Federações Des-
Ainda que nestes últimos anos alguns portivas a adopção de mecanismos que
clubes tenham sido compulsivamente ponham cobro ao falseamento da ver-
despromovidos aos escalões inferiores dade desportiva, nada tem feito nesse
e outros obrigados a fechar as portas, sentido, ainda que conheça a gravidade
como foi o caso do Farense, continua- da situação.
mos a assistir a uma total ausência de Não foi por acaso que o programa do
coragem para tomar medidas de fundo, actual Governo incluiu uma referência
que impeçam os Clubes de prosseguir expressa sobre tal matéria:
nos devaneios de assumirem orçamen- “… Partilha de competências entre Ad-
tos astronómicos, que à partida já sabem ministração Pública e o Movimento As-
não poderem cumprir. sociativo
A exibição de certidões comprovativas No quadro das relações com o sistema
de uma situação regularizada perante desportivo, a partilha de competências
a Administração Fiscal e a Segurança entre a Administração Pública e o movi- Victor Faria
Social apenas garante a inexistência de mento associativo deverá sempre obe- Ex-Presidente da AFA
21
ARBITRAGEM
23
A época da arbitragem algarvia
Liga Profissional de Futebol Observadores de 2ª categoria:
Artur Cadilhe – 10º lugar, mantendo-se
Provas de acesso aos
Árbitros: no respectivo quadro quadros da Federação
Nuno Almeida – 20º lugar, mantendo-se Andrelino Pena – 22º lugar, mantendo- Portuguesa de Futebol
no respectivo quadro se no respectivo quadro
Manuel Montes – 23º lugar, mantendo-
Observadores: se no respectivo quadro
Árbitros de futebol de onze:
Natálio Silva – 26º lugar, desceu para o José Augusto Almeida – 51º lugar, man-
tendo-se no respectivo quadro Nuno Brito – subiu à 3ª categoria
quadro da FPF
nacional
Humberto Viegas – 29º lugar, desceu
para o quadro da FPF, embora o seu caso João Valentim – prestou exame mas não
não esteja totalmente esclarecido, pois Futsal ficou apurado
havia pedido licença
Árbitros 1ª categoria:
Árbitros assistentes de futebol de onze:
Hélder Carmo – 8º lugar, mantendo-se
João Ferreira – não atingiu média para
Federação Portuguesa no respectivo quadro
Rui Pinto – 13º lugar, mantendo-se no ficar no quadro
de Futebol Observadores de futebol de onze:
respectivo quadro
Futebol de onze Fernando Mendes – subiu à 2ª categoria
Árbitros 2ª categoria: nacional
Árbitros 2ª categoria: Luís Miguel Santos – 9º lugar, manten-
José Martins Albino – 22º lugar, manten- do-se na respectiva categoria
Árbitros de futsal:
do-se no respectivo quadro Marco Correia – prestou exame mas não
Nuno Filipe – 40º lugar, desce à 3ª Árbitros 3ª categoria:
Pedro Bernardino – 11º lugar, manten- ficou apurado, pois as vagas eram em
categoria
do-se na respectiva categoria número reduzido e não atingiu a média
Paulo Silva – 42º lugar, desce à 3ª cate-
goria Cândido Pereira – 13º lugar, mantendo- necessária
se na respectiva categoria Ruben Guerreiro – foi suplente, não
Árbitros 3ª categoria: Luís Miguel Rosa – 30º lugar, mantendo- conseguindo classificação
Ivo Santos – 6º lugar, sobe à 2ª categoria se na respectiva categoria
Eugénio Arez – 28º lugar, mantendo-se Observadores de futsal:
no respectivo quadro Observadores (categoria única):
António José Pincho Correia – 27º lugar, António Amaral Duarte – não atingiu
Nuno Ferreira – 37º lugar, mantendo-se
mantendo-se na respectiva categoria média para entrar no quadro nacional
no respectivo quadro
Paulo Filipe – 96º lugar, mantendo-se no
respectivo quadro
Luís Reis – 116º lugar, desde aos regio-
nais
Rui Silva – 130º lugar, atingiu o limite
de idade de permanência nos quadros
nacionais
24 afalgarve 7.06
Uma palavra para
quem se esforçou
Finalizada a época 2005/06, importa sa- a árbitros ou observadores, até que as A todos os que serviram a arbitragem al-
lientar o esforço que foi desenvolvido classificações finais da época fossem co- garvia na época 2005/06 fica uma sim-
pelo Conselho de Arbitragem, Comissão nhecidas. Isso só aconteceu a 8 de Junho, ples palavra: obrigado! Foi um ano mar-
de Apoio Técnico e Núcleos de Árbitros quando aos Conselhos de Arbitragem cado por conhecidas dificuldades – basta
que, no seu todo, procuraram apoiar os das associações os mesmos são exigidos recordar as alterações registadas a nível
seus filiados e observadores, de forma a bem cedo. Não é uma justificação para o fiscal, que provocaram o abandono de um
que a Associação de Futebol do Algarve que aconteceu à arbitragem algarvia, lon- bom número de filiados –, tornando ne-
registasse um comportamento prestigian- ge disso, mas apenas um reparo. cessário um apelo mais profundo ao que
te neste sector, reconhecidamente difícil. Gostaria de manifestar apreço pelas subi- move um árbitro: o gosto pelo futebol e
Sabemos da luta constante que é neces- das do árbitro Ivo Santos à segunda cate- por ter uma participação na modalidade
sária para chegarmos aos resultados de- goria nacional, de Filipe Pereira a árbitro da sua predilecção.
sejados, mas também sabemos quantas assistente da Liga Profissional e de Fer- Aproxima-se uma nova época e fica des-
dificuldades se nos deparam nesse árduo nando Mendes a observador de segunda de já o desafio a todos os agentes des-
caminho. Prefiro ficar por aqui, no balan- categoria. Nota, ainda, para o honroso ter- portivos do Algarve, na sua relação com a
ço de uma época que pouco feliz para a ceiro lugar de Sílvia Domingos no quadro arbitragem: colaborem e ajudem! Temos
arbitragem, pois os saldos implicam estu- feminino. um quadro de efectivos muito abaixo das
dos profundos e a análise de uma série de Queremos comungar a derrota com os necessidades dos quadros competitivos
factores com influência directa nos resul- que desceram de escalão: a frustração do nosso futebol e, para além de neces-
tados apurados. também é nossa, como responsáveis pelo sitarmos de recrutar novos elementos
Não queria, no entanto, deixar de fazer sector no Algarve. Nestes momentos pre- – apelando à colaboração de todos nesse
uma referência, ao correr da pena, a uma cisamos de apelar a todas as nossas for- sentido -, pedimos respeito e carinho por
situação que merece o meu lamento. ças para, de cabeça levantada, seguirmos aqueles que, em cada fim-de-semana,
Terminaram as principais competições em frente e confiamos que a um passo apitam os jogos das vossas equipas.
nacionais, disputou-se a final da Taça de atrás poderá seguir-se, com trabalho, per-
António Coelho Matos
Portugal, e sucedeu-se um longo espa- severança e humildade, um passo em
Presidente do Conselho de Arbitragem
ço de tempo, sem acções de apreciação frente num futuro não muito distante. da Associação de Futebol do Algarve
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FUTSAL FEMININO
26 afalgarve 7.06
SELECÇÃO DE SUB-15
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28 afalgarve 7.06
Vila Real de Santo António
TORNEIO DO GUADIANA
recebe Benfica-Sporting
Os dois maiores rivais do futebol portu-
guês, Benfica e Sporting, vão encontrar-
se pela primeira vez em solo algarvio.
A cidade de Vila Real de Santo António
receberá as duas formações lisboetas no
próximo dia 27 de Julho, na primeira jor-
nada da 5ª edição do Torneio do Guadia-
na, competição que conta também com
a presença dos espanhóis do Corunha,
ainda sem o português Jorge Andrade, a
recuperar de grave lesão.
“É uma satisfação enorme poder promo-
ver este jogo entre os dois velhos rivais”,
refere João Peres, antigo guarda-redes
do Portimonense e do Farense, entre
outras formações, e desde a primeira
hora ligado à organização do Torneio do
Guadiana, prova este ano de regresso ao
modelo inicial (triangular) e às suas ori-
gens (Vila Real de Santo António).
O Estádio Municipal da cidade pombali-
na, dotado de modernos equipamentos
e cada vez mais funcional, receberá nos
próximos dias bancadas amovíveis, a
fim de comportar cerca de 14 mil espec-
tadores, número seguramente aquém
da procura, face ao interesse suscitado
pelo eterno ‘derby’. “Temos recebido
imensos pedidos e solicitações e con-
fio numa boa moldura humana nos três
dias”, diz João Peres, esperançado numa
boa afluência de adeptos benfiquistas e
sportinguistas e ainda de espanhóis, em
particular galegos em férias no sul. Os
três jogos do Torneio do Guadiana serão
transmitidos em directo pela SIC, que
garantiu a exclusividade dos direitos te-
Historial do torneio
levisivos. 2001 – Vencedor: VITÓRIA DE GUIMARÃES.
Em cinco edições, a prova conheceu Jogos: Farense-Sevilha, 2-0; Vitória de Gui-
marães-Farense, 1-0; Sevilha-Vitória de Gui-
sempre vencedores diferentes e Benfi-
marães, 0-0.
ca ou Sporting dispõem da possibilida- 2002 – Vencedor: BENFICA. Jogo: Benfica-Vi-
de de serem os primeiros a somar dois tória de Setúbal, 2-1.
triunfos. Em 2001, num formato triangu- 2003 – Vencedor: BELENENSES. Jogo: Bele-
nenses-Benfica, 2-2 (2-1, g.p.).
lar que agora está de regresso, venceu
ting-Middlesbrough) e Estádio Algarve 2004 – Vencedor: BÉTIS. Jogo: Bétis-Benfica,
o Vitória de Guimarães, e nos três anos 3-0.
(jornada final), com o Sporting, que se
seguintes o troféu disputou-se num só 2005 – Vencedor: SPORTING. Jogos: Vitória
apresenta como detentor do troféu, a de Setúbal-Bétis, 2-1; Sporting-Middlesbrou-
jogo. O Benfica esteve sempre presente
vencer. gh, 4-0; Middlesbrough-Bétis, 0-0 (3-1, g.p);
mas só venceu em 2002, perdendo em Sporting-Vitória de Setúbal, 2-0.
O primeiro medir de forças da época
2003 para o Belenenses e em 2004 para
entre águias e leões vai ter o Algarve
o Bétis, em jogo disputado em Ayamon- Calendário
como palco e, no final do mês, Vila Real
te, na primeira ocasião em que a prova
de Santo António estará no centro das
saiu de Vila Real de Santo António. No 27 de Julho, 21h15 – BENFICA-SPORTING
atenções – os vizinhos Benfica e Sporting 28 de Julho, 21h15 – BENFICA-CORUNHA
ano passado a competição disputou-se
defrontam-se na nossa região, o que 29 de Julho, 21h15 – SPORTING-CORUNHA
em três locais distintos: Ayamonte (Vi-
nunca dantes sucedeu.
tória de Setúbal-Bétis), Portimão (Spor-
29
Sensação da temporada finda, a União Desportiva Messinense alcançou um feito inédito no seu historial,
garantindo a subida à 2ª Divisão nacional, e é, pela primeira vez, o principal representante do concelho de
Silves no universo futebolístico, pois o emblema da sede do município fez o percurso inverso e regressou
à 3ª Divisão. O momento de festa coincidiu com o regresso de José Carlos Araújo à presidência, após dois
anos de ausência, e a meta para a próxima campanha já está traçada: garantir a continuidade no escalão
secundário através de uma gestão rigorosa, que não comprometa o futuro do clube.
JOSÉ ARAÚJO
PRESIDENTE
DO MESSINENSE
“ACREDITO NA PERMANÊNCIA
MAS APOIO É FUNDAMENTAL”
- O que o fez voltar à presidência do clu- subida à 3ª Divisão nacional figurava ain- no nos poderá ajudar, num campeonato
be, após dois anos de afastamento? da como propósito, a par do incremento em que teremos, seguramente, um dos
- Gosto deste clube. Não nasci em do sector de formação, concretizado com orçamentos mais baixos, para além de
S.Bartolomeu de Messines, nem sequer subidas em todos os escalões. Por fim, no sermos estreantes, com tudo o que isso
no Algarve – sou minhoto – mas estou terceiro mandato conseguimos estabilizar implica – falta-nos experiência e conhe-
muito ligado a esta comunidade, há vários o clube no escalão terciário, com presta- cimento a este nível. Sempre atingi os
anos, e, por consequência, ao seu emble- ções reconhecidamente positivas para objectivos a que me propus na direcção
ma mais representativo. Além disso, sinto um emblema acabado de chegar àquele do Messinense e, para quem já conse-
que posso ser útil. Mas o que mais pesou patamar. Saímos e entrou uma direcção guiu tanta coisa tida como impensável há
na decisão do regresso foi a circunstân- que conseguiu conduzir o Messinense à uns anos, não pode haver desânimo nem
cia do convite ter partido de pessoas com 2ª Divisão nacional. Um feito extraordiná- descrença. Antes pelo contrário. No en-
quem já trabalhara no Messinense, as rio. tanto, reconheço a dificuldade da tarefa,
quais me transmitiram grande motivação, - E agora? a exigir grande esforço e dedicação. Os
garantindo ainda total disponibilidade e - Quando decidi regressar à liderança do sócios e adeptos serão uns privilegiados,
colaboração. Vou contar com uma equipa clube as possibilidades de subida já eram pois vão assistir a espectáculos do escalão
de gente conhecida, de amigos pessoais muito fortes e não fomos apanhados de mais alto do futebol dito não profissional,
e, sobretudo, de amigos do clube, para o surpresa com a saborosa conquista do se- e cumpre-nos criar um grupo unido, ca-
qual todos trabalharemos de forma em- gundo lugar na série F da 3ª Divisão. Este paz de dar boa conta de si. Vamos tentar
penhada, a fim de cumprirmos as metas ‘salto’ competitivo, inédito na história do oferecer as melhores condições possíveis
traçadas. clube, trás mais responsabilidades para a jogadores e equipa técnica, de forma
- Iniciou o primeiro de três mandatos a direcção mas também para os sócios, a vivermos uma época positiva. Sincera-
de dois anos com o clube na 1ª Divisão para os simpatizantes e para as entida- mente, estou esperançado e optimista.
da Associação de Futebol do Algarve e des oficiais e empresas que nos ajudam Acredito na capacidade de mobilização
encontra-o agora na 2ª Divisão nacional. – mais do que nunca precisamos da ajuda dos messinenses e no valor da equipa
Como analisa este crescimento? de todos para fazer uma boa figura num técnica e seremos criteriosos na forma-
- Em 1998, quando assumi a presidência, o campeonato mais exigente. Os messi- ção do plantel, de forma a dispormos de
objectivo era a permanência na 1ª Divisão nenses precisam de dar as mãos, pois a um grupo de qualidade, capaz de atingir
da Associação de Futebol do Algarve e a vila é pequena, não tem muita actividade os objectivos propostos, sem serem ultra-
redução do passivo que então se regista- económica, e se não sentirmos um forte passados os (curtos) limites financeiros a
va. No segundo mandato, passamos a ter apoio da terra a nossa tarefa ficará bem que estamos obrigados. Precisaremos de
como metas a colocação de relva natural mais complicada. alguma sorte, que faz parte do futebol, e
ou de piso sintético no Estádio Municipal - Acredita na permanência? oxalá ela esteja do nosso lado...
– a escolha recaiu nesta última opção - e a - Sou católico e acredito que algo de divi- - Já há noção, na terra, da visibilidade
30 afalgarve 7.06
que S.Bartolomeu de Messines vai ter rios mais abastados – um orçamento alto tilhar o campo com os juniores, durante
com a promoção à 2ª Divisão nacional? não é garantia de êxitos, assim como um boa parte dos treinos e, face à falta de
- O futebol é um interessante indica- orçamento baixo não significa insucesso condições de trabalho, chegou a consi-
dor do crescimento de uma localidade. garantido. derar a subida um autêntico milagre.
S.Bartolomeu de Messines vai beneficiar - Que alterações preconiza para o fute- S.Bartolomeu de Messines já teve um
imenso com esta subida, pois a vila terá bol juvenil? recinto secundário e perdeu-o. Alguma
um espaço alargado na comunicação so- - Estamos a perspectivar uma reorgani- solução em vista para essa insuficiência,
cial e importa capitalizar isso em ajudas zação profunda. Nos últimos tempos o mais aguda agora, face à subida à 2ª Di-
e colaboração, sendo fundamental man- sector vinha a funcionar devido ao empe- visão?
ter os pés bem assentes no chão, a fim nho de um reduzido núcleo de pessoas, - Deixamos à Câmara Municipal de Silves
de não cometermos erros, dos quais nos longe da dimensão que se registava há o desafio de olhar para as infra-estruturas
poderemos arrepender depois. O entu- dois anos. Importa fazer regressar ao clu- desportivas existentes na vila. É notória a
siasmo em redor da equipa de futebol be todos os que ajudaram ao crescimen- falta de um campo de treinos e isso preju-
sénior não poderá, em caso algum, levar to do futebol juvenil, na perspectiva de dica grandemente a nossa actividade, em
a uma má gestão. Queremos ter uma boa prestarmos um melhor serviço à juven- particular no que concerne às camadas
participação na 2ª Divisão sem gastarmos tude local e de engrandecermos o clube. jovens. Um só recinto é manifestamente
mais do que aquilo que o clube pode. A formação deve ser olhada sob duas insuficiente e a autarquia está a par dessa
Nada de loucuras! O momento presente é perspectivas porventura não coincidentes dificuldade e da necessidade de a suprir
muito bonito e vamos fazer tudo quanto mas seguramente também não opostas: no mais curto espaço de tempo. Confia-
estiver ao nosso alcance para rubricarmos o Messinense tem a obrigação de propor- mos nas pessoas e na sua sensibilidade
uma campanha 2006/07 bem agradável, cionar a prática do futebol à juventude da para este tipo de problemas, pois em cau-
sem, porém, comprometermos o futuro. zona e deve aproveitar os melhores valo- sa está a prestação de um serviço de me-
Isso, garanto, não sucederá. Manterei a res, criando o necessário enquadramento lhor qualidade aos jovens de uma vasta
linha condutora dos meus três anteriores para que possam vir a afirmar-se na equi- área geográfica e a criação de melhores
mandatos, fazendo uma gestão rigorosa. pa principal. condições de trabalho para a que, neste
Procuraremos, com pouco dinheiro, con- - O treinador Luís Coelho queixou-se, momento, é a principal representação
seguir melhores resultados que adversá- durante a última época, de ter de par- desportiva do município.
31
Um conto retirado
de dentro de uma história
Luís Vaz da Costa, autor da “História e sas aguardavam os forasteiros. Como se cão! Na altura do desafio, mais modesta-
Vida do Sporting Clube Farense”, conta- sabe, os louletanos são muito bairristas. mente, queriam ganhar o jogo, desse por
nos que a União de Futebol de Faro, foi Ainda não exigiram que o Governo Civil onde desse, doesse a quem doesse. Não
o primeiro organismo colectivo de clubes do distrito para lá fosse transferido, mas hesitaram quanto à escolha dos meios,
do Algarve, que praticou o futebol. Segun- qualquer dia hão-de fazê-lo. Para já, oh servindo-se aliás, valha a verdade, de
do Luís Vaz da Costa, este órgão futebo- um estratagema então muito posto em
lístico foi fundado em 1916. No ano se- prática: contrataram todos os bons joga-
guinte é fundada a Associação de Futebol dores das redondezas. Até a Olhão foram
de Faro, com o mesmo intuito: coordenar buscar elementos e chegaram a tentar
o futebol na província, mas que passado “seduzir” José Nugas. Mas a mini-selec-
um ano, seria de novo extinta. Só em ção constituída foi impotente frente ao
1923, depois de um convite aos clubes furacão farense. E o team de Loulé teve
algarvios que praticavam futebol, a asso- que dar graças à Mãe Soberana por só ter
ciarem-se na A.F.F., esta voltou a liderar as apanhado duas ou três bolinhas...”.
competições da modalidade na província.
Foram sócios fundadores da A.F. Faro, o No que se refere à partida de futebol, en-
S.C. Farense, Sport Lisboa e Faro, Boxing tre louletanos e farenses, com seduções e
F.C., S.C.Olhanense, Lusitano F.C., Esperan- reforços, a equipa de Loulé, até foi correc-
ça, Glória, Portimonense S.C., S.C. União e ta, porque quando se reforçava era para
S.C. “Os Leões Portimonenses”. valorizar o espectáculo e pelo respeito ao
Conta ainda o autor da “História e Vida do adversário. Nesse tempo quando a equipa
S.C.F.”, (página22) uma visita a Loulé, do da “casa” queria vencer um jogo de con-
Farense, que passamos a transcrever: fraternização, só havia um caminho: No-
mear um árbitro “caseiro” ou “habilidoso”!
“Naqueles tempos, os transportes eram Tantos o fizeram!
um grande problema e as finanças do clu- Quanto à divisão dois concelhos, porque
be nunca eram famosas. Qualquer deslo- essas partilhas não teriam sido realizadas
cação era o Cabo das Tormentas. António nem por farenses nem por louletanos,
Gago lembrou-nos a viagem pitoresca faz-me lembrar uma notícia de um co-
que fez, em 1917 ou 18, com a sua equi- laborador de um jornal de Loulé, que se
pa a Loulé, a fim de participarem num en- publicava há mais de meio século, numa
contro que se devia integrar na Festa de secção titular “Postal de Faro”, dizia assim:
Nossa Senhora da Piedade (Mãe Sobera- “Ao longo destes anos, os farenses permi-
na), festa semi-pagã que se realiza todos tiram que uma linha férrea tenha castrado
os anos naquela vila. A viagem foi feita uma parte da cidade ao acesso directo à
em carro de mula. Como no poema de Ria e ao Mar, privando-os dessa dádiva
Paul Fort, todos aqueles matulões vinham divina surpresa!, querem, ou pelo menos que Deus e a Natureza lhes legou. Como
atrás, muito bem repimpados, ainda que chegaram a sugeri-lo, que a Universidade isso não basta-se teimam em manter a
sem confortos excessivos, na carroça atre- do Algarve lá seja instalada, bem como o entrada terrestre à Praia de Faro, através
lada à azémola, e o pobre animal ia só, à parque industrial. E, num plano adminis- de uma ponte que não permite o cruza-
frente, a puxar corajosamente por aquela trativo, conseguiram criar o maior conce- mento de dois burros carregados de pes-
malta toda. Mas na subida final, cheio de lho da região, à custa das “dentadas” que cado!”
dignidade ou de asinina teimosa, recusou- deram, quer no concelho de Faro, quer no Uma crítica ainda actualizada, não obstan-
se a dar mais um passo. Foi a pé que a concelho de Albufeira. Ultimamente, por te os imensos anos que já passaram.
turma visitante fez o derradeiro troço. No exemplo, queriam empurrar a “fronteira”
campo de futebol de Loulé, novas surpre- do seu concelho até às portas do Pata- Bruno Coelho
32 afalgarve 7.06
SUBIDA INÉDITA À 1ª DIVISÃO
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Manuel José distinguido em Monte Gordo
O treinador algarvio Manuel José, vence- representaram as equipas Sul Sport e “O
dor de todas as competições do Egipto Tapas”, numa grande jornada de convívio,
e de África ao serviço do Al Ahly, numa sentiu o carinho dos algarvios e em par-
época verdadeiramente soberba – confor- ticular do seu amigo Arménio Gonçalves.
me a nossa revista deu eco no número O técnico descerrou uma placa com pala-
anterior -, voltou de férias ao concelho de vras elogiosas a seu respeito, a qual passa
onde é natural, Vila Real de Santo António, a figurar nas paredes de “O Tapas”, que
e em Monte Gordo, após um jogo entre contam boa parte da história do futebol
várias figuras conhecidas do futebol, que algarvio e nacional.
Lagoa Messinense
Novos nos Paços do Concelho
Jogadores, técnicos, dirigentes e demais mãos da líder da autarquia, Isabel Soares,
dirigentes elementos que contribuíram para a subi-
da da União Desportiva Messinense à 2ª
que teceu rasgados elogios ao excelente
desempenho da equipa, a qual alcançou
Divisão, feito inédito no historial do clu- o segundo posto na Série F da 3ª Divisão,
be, foram recebidos nos Paços do Conce- numa cerimónia acompanhada por vários
Aníbal Domingos foi reeleito para o lho de Silves, recebendo lembranças das vereadores..
terceiro mandato (de dois anos) à
frente da Direcção do Grupo Despor-
tivo de Lagoa, voltando a merecer a
confiança dos sócios do clube lago-
ense, que assegurou a permanência Silves – Festival da Cerveja
na Série F da 3ª Divisão. Joaquim
Piscarreta, antigo líder da Câmara O Silves Futebol Clube promove entre os aí criando raízes, passou mais tarde para
dias 26 e 30 de Julho a 29ª edição do Fes- a Fábrica do Inglês, e vai, este ano, reali-
de Lagoa e Deputado do Parlamen-
tival da Cerveja, um dos mais antigos car- zar-se pela primeira vez num novo local,
to Europeu, comanda a Assembleia
tazes de animação do Verão algarvio, co- a zona ribeirinha, perto das instalações
Geral e José Manuel Pacheco preside
nhecido além fronteiras. O certame, que da FISSUL, alvo dos necessários arranjos
ao Conselho Fiscal. teve a sua origem no Castelo de Silves, urbanos.
34 afalgarve 7.06