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UNIVERSIDADE FEDERAL DE

JUIZ DE FORA –
FACULDADE DE ECONOMIA
Economia Brasileira
Contemporânea
Profª Dra Maria Isabel da Silva
Azevedo Alvim
PROGRAMA
I - Origens do desenvolvimento
Industrial Brasileiro
– Principais interpretações
- O Processo de Substituição de Importações
- Conceitos básicos
- Características da industrialização por substituição de
importações
- Mecanismos de proteção à indústria nacional
- papel da agricultura na industrialização de um país
PROGRAMA
II - O Governo JK e o Nacional
Desenvolvimentismo
2.1 – A política cambial e os
instrumentos de apoio financeiro ao
crescimento intensivo
2.2 – O Plano de Metas
2.3 – O desenvolvimento regional
2.4 – O surto industrial automobilístico
PROGRAMA
III – O Período de 1960 a 1973 – Da Crise ao
Milagre
3.1 – Período de instabilidade – 1961/63
3.2 – A crise dos anos 60
3.3 – O período de reajuste (1964/67)
3.4 - PAEG e o combate à inflação
3.5 – O período do Milagre – expansão da
economia
3.6 – O primeiro plano nacional de desenvolvimento
– I PND
IV – Economia Após a Primeira Crise do
Petróleo

4.1 – A origem e a repercussão da crise na


economia brasileira
4.2 – O segundo plano nacional de desenvolvimento
– II PND
4.3 – A heterodoxia delfiniana
4.4 – A crise da dívida externa
4.5 – A crise do petróleo de 1979
I - O Desenvolvimento
Industrial
A industrialização traduz uma tomada de
poder pela burguesia industrial contra a
oligarquia rural – trata-se de um período
de readaptação da classe dirigente, no
seu conjunto, às novas exigências do
capitalismo mundial cuja ordem é a
atividade industrial.
1 – Principais
Interpretações:
teoria dos choques adversos – a
industrialização começa como uma
resposta às dificuldades impostas às
importações pelos choques da Primeira
Guerra Mundial, Grande Depressão de
1930 e da Segunda Guerra Mundial
INTERPRETAÇÕES
expansão das exportações – existência de
uma relação linear entre a expansão do
setor exportador (café) e a industrialização
– o crescimento industrial ocorria durante
períodos de expansão das exportações e
era interrompido pelas crises do setor
exportador, as guerras e a grande
depressão da década de trinta
INTERPRETAÇÕES
capitalismo tardio - o crescimento industrial
deu-se como parte do processo de
desenvolvimento do capitalismo no Brasil
– a acumulação de capital industrial
ocorreu juntamente como a acumulação
de capital do setor exportador dos
períodos de expansão das exportações
industrialização intencionalmente promovida
por políticas de governo – proteção
aduaneira e concessão de incentivos e
subsídios.
– O Processo de Substituição de
Importações
Processo de desenvolvimento “parcial” e “fechado” que
respondendo `as restrições do comércio exterior
procurou repetir aceleradamente, em condições
históricas distintas, a experiência da industrialização
dos países desenvolvidos (TAVARES)
Industrialização fechada em função de 2 elementos:

 ser voltada para dentro, isto é, visar ao atendimento do


mercado interno, não ser uma industrialização que
produz para exportar;

> depender em boa parte de medidas que protegem a


indústria nacional dos concorrentes externos.
– Características do PSI:
inicia-se com um estrangulamento externo – a queda
do valor das exportações que, junto com a
manutenção da demanda interna, mantendo a
demanda por importações, gera escassez de
divisas
A Substituição de Importações vai implicar na perda
do dinamismo do setor externo
Observa-se estrangulamento externo, em função do
próprio crescimento da demanda que se traduz
em aumento das importações e de parte dos
investimentos que se transformam em matérias
primas e equipamentos importados – como, em
geral, o ritmo do crescimento das importações é
mais rápido do que o crescimento das
exportações, nova crise recoloca-se, retomando o
processo.
– Características do PSI:
Motor dinâmico - Estrangulamento exterior:
caráter recorrente – capacidade de importar
estancada ou declinante ; caráter relativo –
não poderia haver um desequilíbrio externo
absoluto que significasse um limite completo
às importações – manter minimamente as
necessidades relativas aos investimentos e à
ampliação da capacidade produtiva do país.
Aumento da participação doméstica em uma
oferta interna crescente
Surgimento de novos produtos
PSI

– Política cambial discriminatória


– Medidas governamentais de proteção à industria
nacional preexistente, aumentando a competitividade
e a rentabilidade da produção doméstica
– Gera-se uma onda de investimentos nos setores
substituidores de importação, produzindo-se
internamente parte do que antes era importado,
aumentando a renda nacional e a demanda agregada
– Dinâmica do processo: 1º necessidade de satisfazer
a demanda interna; 2º comprimir importações menos
essenciais
– Condicionantes internos: dimensão e estrutura dos
mercados nacionais, natureza da evolução
tecnológica e disponibilidade de recursos produtivos
PSI

• Conclusão: O PSI é complexo e sua interrupção


se justifica na medida em que passa de indutor do
crescimento industrial, para um obstáculo a este
mesmo processo;
• É uma reação contra a predominância exclusiva,
trata-se, portanto, de uma conciliação de
interesses;
• Somando os efeitos modernizadores de três
correntes: investimentos de infra-estrutura,
industria nacional e industria estrangeira, a
industrialização adquire força para se expandir
Primeira Fase – 1914/1930
– dificuldades de compra no exterior provocaram um
aumento da demanda interna por produtos
substitutos de importações, entendido em grande
parte pelo aproveitamento da capacidade ociosa de
setores industriais
– 1910/14 – Governo Hermes da Fonseca ⇒
consolidação de empréstimos
– 1914/18 ⇒ Governo Venceslau Brás ⇒ obras de
infra-estrutura
– 1920 ⇒ surto industrial
• aproveitamento da capacidade ociosa ampliou e intensificou
o PSI ⇔ Produto Real cresceu 18,9% (1915/1919)
PRIMEIRA FASE

• - Governo Epitácio Pessoa ⇒ 1919/22 ⇒


oposição a medidas protecionistas
– Década de 30 ⇒ faltam capital e tecnologia
para manter o ritmo de crescimento da
década de 20.
– O Papel da Agricultura na
Industrialização
• 1923/1928 – fase áurea da economia
agroexportadora;
• 1921 – Plano de Valorização do Café ⇒ ⇑
da demanda mundial e recuperação
econômica dos Estados Unidos
∀ ⇑ do preço do produto no mercado
internacional
PAPEL DA AGRICULTURA
• 1925 – receita de exportação do café
chegou a seu nível recorde de 74 milhões
de libras esterlinas
∀ ⇑ capital estrangeiro em investimentos no
país
• retomada do fluxo imigratório,
aumentando a oferta de capital e trabalho
AGRICULTURA E MERCADO INTERNO

• GRANDE DEPRESÃO >> queda no nível de renda entre 25% e


30% > índice de preços dos produtos importados subiu 33% >
consequência:reduçao de 60% nas importações > atendimento pela
oferta interna
• Demanda interna > setor dinâmico na conjuntura de recessão
mundial
• ... O fator dinâmico principal nos anos que seguem a crise passa a
ser, o mercado interno. A produção industrial, que se destinava em
sua totalidade ao MI, sofre durante a depressão uma queda de
menos de 10%, e já em 1933 recupera o nível de 1929 Furtado,
1980.
AGRICULTURA E MERCADO INTERNO

• Principais dados da produção agrícola e industrial do


período mostram grande dinamismo no contexto da
crise mundial, com aumento da renda nacional induzido
a partir do mercado interno – 1929 a 1937
• Produção agrícola – a exportação diminuiu de 70% para
57% da produção agrícola total
• Produção industrial – crescimento de 50%
• Produção primária para o mercado interno –
crescimento de 40%
• Renda nacional – aumento de 20% e renda per capita
aumento de 7%
– Funções da agricultura no processo de
industrialização
• 1 – liberação de mão-de-obra;
• 2 – fornecimento de alimentos e matérias-
primas;
• 3 – transferência de capital;
• 4 - geração de divisas;
• mercado consumidor
4.2 – A crise de 30 e a economia brasileira
na década de 40 e 50
• queda no preço internacional do café ⇒ acúmulo
de estoques
• supersafra em 1929/30
• retração do crédito por parte dos bancos norte-
americanos
• concentração excessiva dos fatores de produção
em um único produto: o café.
5 - Aspectos Gerais

• política monetária visa a valorização


cambial ⇔ equilíbrio orçamentário
∀ ⇔ conter a expansão da moeda.
• Déficits orçamentários cobertos por novas
emissões e drásticos cortes nas despesas
públicas
ASPECTOS GERAIS

• Política Cambial ⇔ efeitos de interesses


antagônicos ⇒ governo interessado em manter
a taxa elevada para despender o mínimo
possível, em moeda nacional, na compra de
notas de exportação e de divisas para atender o
serviço da dívida externa;
∀ ⇒ produtores de café e comerciantes-
exportadores, pressionando no sentido da
queda da moeda, de modo a serem
compensados da baixa do preço do produto no
mercado internacional
ASPECTOS GERAIS

• imposto de importação ⇒ principal fonte


de receita do Tesouro até 1914;
• imposto de consumo - ⇑ da arrecadação
com o ⇑ das atividades manufatureiras;
∀ ⇑ do consumo de energia elétrica;
∀ ⇑ da produção de café gerou crises de
superprodução ⇒ parte do capital da
economia cafeeira se desloca para outros
setores produtivos
ASPECTOS GERAIS

∀ ⇒ estradas de ferro e setores industriais;


• grande parte da força de trabalho das
regiões cafeeiras foi absorvida pelas
industrias ⇒ queda nos salários dos
trabalhadores rurais
– Da Depressão à Industrialização
• crise de superprodução do café, em 1929, e a
Grande Depressão, agravam a situação política
nacional ⇔ Revolução de outubro de 1930 ⇒
grupo de militares e profissionais civis ⇒ Getúlio
Vargas
• Estado passa a intervir na economia
• Economia ⇒ mais para o mercado interno.
INDUSTRIALIZAÇÃO

• A Revolução de Trinta mantém a mesma


estrutura fundiária, mas o setor agrícola
revela elasticidade suficiente para permitir
que a crise não tivesse repercussões
recessivas mais graves no campo – os
que dependiam mais da terra sofreram
menos do que os assalariados urbanos
onde o índice de desemprego foi maior.
CAFÉ
• Queda do café provoca uma modificação estrutural da agricultura:
∀ ⇒ aumenta a oferta de gêneros alimentícios no mercado interno ⇒
arroz, feijão, cana-de-açúcar, mandioca, milho, trigo;
∀ ⇒ pauta de exportações: café ⇓ 71,7% em 1935, para 47,1% em
1939
• algodão ⇒ 2,1% em 1935 para 18,6%
• setor têxtil nacional liderou o crescimento industrial;
• câmbio passa a ser controlado pelo Banco do Brasil ⇒racionar as
despesas com importações, evitar a fuga de capitais e impedir a
especulação cambial
• crise cambial torna-se mais aguda devido a perda da receita de
exportação ⇒ queda de divisas ⇒ ⇓ entrada de capital estrangeiro
CAFÉ E INDÚSTRIALIZAÇÃO
• 1934 – Esquema Oswaldo Aranha ⇒ reescalonamento
do pagamento da dívida externa, condicionando-o ao
saldo da conta corrente do balanço de pagamentos,
durante 4 anos ⇒ 2 primeiros anos, saldo médio
satisfaz os compromissos, mas a deterioração das
relações de troca e a diminuição do volume de entrada
de capital estrangeiro no país levam à suspensão do
pagamento até 1940.
• 1934 – criado o Instituto de Pesquisas de São Paulo ⇒
apoio ao setor de ferro e de cimento;
• processo intensivo de industrialização de bens de
consumo ⇒ indústria tradicionais ⇒ têxtil, alimentação,
vestuário, bebidas ⇒ maior participação;
INDUSTRIALIZAÇÃO
• 1930 ⇒ ⇑ indústrias química e farmacêutica ⇑ 300%
• aumento da produção de minerais não-metálicos oferece condições
para expansão da indústria de base (cimento, siderurgia, papel,
carvão)
• Henrique Lage ⇒ trilogia – carvão, ferro e transporte ⇒
indústria naval
• ⇒ Fábrica Brasileira de
Aviões
• ⇒ Companhia Nacional
de Navegação Aérea
• - falta de tecnologia mais avançada ⇒ liberação de
importações de equipamentos ⇒ 1938 ⇒ discriminação
de indústrias que passaram a gozar de ampla isenção
tarifaria para os bens de produção que viessem a
importar
industrialização
• 1942 – Coordenação da Mobilização Econômica – economia de guerra
∀ ⇑ 42% nas relações de troca ⇒ ⇑ do preço dos produtos tradicionais : café,
algodão em pluma e cacau e maior diversificação da pauta de exportação;
∀ ⇓ de importações (bens de consumo e combustíveis) e ⇑ da receita de
exportação geraram saldos comerciais que provocaram uma expansão
maior da moeda ⇒ pressionou os preços para cima ( ⇑ de 110% entre 1940
e 1945)
• administração de preços pelo governo;
• Decreto-lei nº 6.019/43 – Plano Souza Costa atender serviço da dívida
externa
• Flexibilidade do setor rural – valor da produção algodoeira > produção de
café (34%)
• Setor industrial sofre limitações impostas pela 2ª GM ⇒ 1944 – Certificado
de Equipamentos (reserva de divisas) incentivo à industrialização.
industrialização
• Decreto 7.293/45 – criação de um órgão de execução
de política monetária ⇒ Superintendência da Moeda e
do Crédito ⇔ fixar taxas de juros, de redesconto e do
depósito compulsório dos bancos, operar os títulos
públicos, executar a política cambial e coordenar a
execução da política orçamentária com a da política
monetária
• Políticas de Planejamento: Roberto Simonsen -
participação do Estado na economia

• Eugênio Gudin – Escola Clássica Liberal - aumento da


produtividade como principal fator de crescimento
econômico e formação do capital do setor privado
industrialização
• Plano Especial de Obras Públicas e Reaparelhamento
da defesa Nacional⇒ crescimento econômico ⇒
transporte, energia e ferro
• 1944 – Plano de Obras e Equipamentos ⇒ infra-
estrutura e implantação de indústrias de base;
• 1940 - Comissão Executiva do Plano Siderúrgico
Nacional – na falta de capitais privados nacionais para
investimentos em setores básicos da indústria,
abundantes em economia de escala e intensivos em
capital, o governo procura atrair capital externo (não
ocorre) e então assume esta ação e cria a Companhia
Siderúrgica Nacional, em 1941 (capitais nacionais);
• 1942 – Companhia Vale do Rio Doce – exploração de
minério de ferro;
industrialização
• 1944 - Aços Especiais Itabira – capital privado até 1954
- ⇒ Banco do Brasil
• 1943 – Fábrica Nacional de Álcalis
• Fábrica Nacional de Motores - produzir motores
para a aviação nacional ⇒ fabricação de veículos
rodoviários
• 1945 – Departamento Nacional de Estradas de
Rodagem - centralização dos assuntos rodoviários
• Economia Regional – maior crescimento do estado de
São Paulo e dificuldades no Nordeste. Região
Amazônica continua inerte com economia extrativa
florestal de pouco valor agregado. Em 1942 – Rubber
Reserve Company iniciou a extração intensiva do látex
⇒ é criado o Banco de Crédito da Borracha.
Problemas industriais após a 2ª GM:

• falta de reposição tecnológica ⇒ máquinas e


equipamentos obsoletos;
• deficiência nos sistemas de transportes;
• esgotamento de reservas cambiais;
• desajuste do balanço de pagamentos;
• intensificação da produção de substitutos de
importação – sistema de licença prévia – incentiva
a produção interna
SETOR AGRÍCOLA

• Setor agrícola ⇒ maior gerador de divisas para a


sustentação do processo de industrialização;
• Maior densidade populacional dos centros urbanos ⇒
mão-de-obra abundante e barata;
• Produto Real evoluiu à taxa de 6,4% entre 1947-56 ⇒
produto industrial cresceu à taxa média anual de 8,8%
• Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-51) Plano Salte
⇒conjunto de programas econômicos e sociais ⇒
saúde
• Alimentação
• Transportes
• Energia
PLANO SALTE

• Efeitos do Planto SALTE:


• crescimento da agricultura e da indústria de transformação;
• maior ajuste das contas públicas;
• inflação em torno de 11% aa;
• equilíbrio nas contas externas;
• hidrelétrica de Paulo Afonso (CHESF, 1946);
• início da construção da refinaria de petróleo Presidente Bernardes,
Cubatão/SP – inaugurada em 1955;
• ampliação da refinaria Landulfo Alves, em Mataripe (BA);
• instalação do oleoduto Santos-Jundiaí;
• aquisição de navios petroleiros;
• construção e pavimentação da rodovia Rio- São Paulo, inaugurada
em 1951;
• construção de aeroportos e instalações portuárias
COMISSÃO TÉCNICA BRASIL –ESTADOS
UNIDOS
• 1948 – Comissão Técnica Brasil-Estados Unidos
⇒técnicos americanos ⇒ John Abbink e técnicos
brasileiros ⇒ Octávio Gouveia de Bulhões ⇔ objetivo:
identificar os fatores que inibiam, bem como os que
estimulavam, o desenvolvimento econômico. Idéias
liberais -⇒ iniciativa privada contra o intervencionismo
estatal na economia
• ⇒ contenção de inflação;
• ⇒ ajuste da balança de pagamentos
• ⇒ reforma fiscal
• ⇒ recuperação do setor ferroviário.
1951/53 – Comissão Mista Brasil – Estados
Unidos para o Desenvolvimento Econômico-
• estudos técnicos e medidas no sentido de eliminar os obstáculos ao
fluxo de investimentos públicos e particulares, estrangeiros e
nacionais.
• Em 1953, com a mudança de governo nos Estados Unidos, o país
não recebeu o crédito de 500 milhões de dólares para atender
obras de infra estrutura.
• Contribuição: formulação de políticas de desenvolvimento
econômico a partir da identificação dos pontos de estrangulamento
e promoção da criação do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico – BNDE, Lei 1.628/52 ⇒ concessão de empréstimos a
longo prazo e com baixa taxa de juros, a setores de interesse
econômico e aval às operações financeiras externas ⇔ principal
agente de execução da política de investimentos do governo
federal.
DESENVOLVIMENTO ECONÕMICO

• Lei 2.004/53 – Petrobrás ⇒ finalidade de pesquisar, explorar,


produzir, refinar e transportar o óleo cru e derivados de produção
nacional
• Crise de energia - 1949/52 – elaboração e implementação do
Plano de Desenvolvimento de Energia, e, 1952. com recursos do
Fundo Federal de Eletrificação
• Setor Siderúrgico: Companhia Siderúrgica Mannesmann, Belo
Horizonte, 1952 e Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA -, em
1953
• Aços Especiais Itabira – ACESITA – passa para o controle do
Banco do Brasil, em 1952
• Aumento da produção siderúrgica nacional, entre 1948-53, foi
essencial para a expansão das atividades industriais no processo
de substituição de substituição de importações
GOVERNO VARGAS

• 1950-54 – segunda fase do governo


Vargas – Plano Lafer - a ser executado
pelo BNDE e, 5 anos, com recursos do
Fundo de Reaparelhamento Econômico ⇒
US$ 1 bilhão para investimentos em
indústria de base (energia e transportes)
II – O GOVERNO JK E O NACIONAL
DESENVOLVIMENTISMO

• - A Política Cambial e os Instrumentos de Apoio


Financeiro ao Crescimento – 1953-54
• Lei 1.807, de janeiro de 1953 ⇒ maior
flexibilidade ao sistema cambial, liberando as
taxas de câmbio para operações relativas a
remessas de lucros e de juros, bem como para
as transações com moedas estrangeiras para
turismo
JK
• Outubro/53 - reforma cambial ⇒ sistema de taxas
múltiplas de câmbio e criação da Carteira de Comércio
Exterior
∀ ⇒ encarecer o produto importado que pudesse competir
com o nacional;
∀ ⇒ subsidiar, pela taxa de câmbio mais baixa, a
importação de bens de capital e insumos básicos
essenciais ao crescimento econômico;
• permitir maiores recursos para o governo investir na
infra-estrutura nacional;
• diferença entre inflação interna e a externa desestimulou
as exportações e a entrada de capital estrangeiro;
JK
• 1954 – desajustes no plano externo ⇒ despesa com importação
aumentou a uma taxa superior à da receita com exportações ⇒
agrava o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos;
• âmbito interno ⇒ ⇑ do índice geral de preços ⇒ ⇓ no poder
aquisitivo
• agosto de 1954 – crise política e morte de Getúlio Vargas;
• Governo Café Filho (1954/55) ⇒ política econômica ortodoxa;
• Janeiro de 1955 – legislação favorece a entrada de capital
estrangeiro ⇒ Instrução 113 (SUMOC) isentava de cobertura
cambial a importação de máquinas e equipamentos julgados de
interesse para o desenvolvimento econômico do País por empresas
estrangeiras associadas às nacionais.
JK
∀ ⇒ saída de capitais estrangeiros:
remessas conversíveis à taxa de câmbio
oficial, tanto os lucros quanto as
amortizações e juros de financiamentos
externos
∀ ⇒ incentivos aos investimentos
estrangeiros (empresas multinacionais)
– Plano de Metas ( 1956-1960)
• 2.2.1 – Principal objetivo: estabelecer as bases de uma
economia industrial madura no país, especialmente
aprofundando o setor produtor de bens de consumo
duráveis
• 2.2.2 – estrutura – BNDE/CEPAL – identifica a
existência de uma demanda reprimida por bens de
consumo duráveis e via nesse setor importante fonte de
crescimento pelos efeitos interindustriais que gera sobre
a demanda por bens intermediários e, por meio da
geração de emprego, sobre os bens de consumo leves;
∀ ⇒ estimular o desenvolvimento de novos setores na
economia, principalmente os fornecedores de
componentes para o setor de bens de consumo
duráveis.
– Pontos Principais:
• 1 – investimentos estatais em infra-estrutura, com destaque para os
setores de transporte e energia elétrica;
• 2 – indústria de base - estímulo ao aumento da produção de bens
intermediários, como o aço , o carvão, o zinco, etc.; - siderurgia,
alumínio, metais não-ferrosos, cimento, álcalis, celulose e papel,
borracha, exportação de minério de ferro, indústria automobilística,
indústria de construção naval, indústria mecânica e de material
elétrico pesado
• 3 – incentivos à introdução dos setores de consumo duráveis e de
capital
• 4 – alimentação – trigo, silos, armazéns frigoríficos, matadouros
industriais, mecanização da agricultura e fertilizantes
• 5 – educação – formação de pessoal técnico
– Implementação ⇒ criação de uma série de comissões
setoriais que administravam e criavam os incentivos
necessários para atingir as metas setoriais
∀ ⇒ CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO –
coordenado por Lucas Lopes e com assistência técnica
do BNDE, presidido por Roberto de Oliveira Campos;
∀ ⇒ GRUPOS DE TRABALHO órgão de assessoria do
Conselho – técnicos da Comissão Mista Brasil-Estados
Unidos, do grupo BNDE-CEPAL e da Fundação Getúlio
Vargas ⇔ estudar e viabilizar projetos já existentes,
estabelecer metas quantitativas de produção e elaborar
normas reguladoras, visando à mobilização dos recursos
necessários à execução do Plano
IMPLEMENTAÇÃO

∀ ⇒ GRUPOS EXECUTIVOS órgãos


instituídos por Decreto com autoridade
para coordenar esforços no sentido de
realização das metas que envolvessem o
setor privado ⇔ GEIA (indústria
automobilística), GEICON (construção
naval), GEIMAR (máquinas agrícolas e
rodoviárias), GEIMAP (mecânica
pesada), GEIMF (material ferroviário)
– Recursos:

• nova legislação fiscal que estabeleceu os fundos


financeiros e empréstimos compulsórios;
• captação de investimentos diretos – sob a forma
de capital físico e financeiro – fundamentais para
atrair poupança externa e tecnologia avançada;
• financiamentos e empréstimos concedidos por
agências governamentais e internacionais.
– Técnicas de Planejamento:

• pontos de estrangulamento ⇒ áreas de


demanda insatisfeita em função das
características desequilibradas do
desenvolvimento econômico feito por partes
(oferta de infra-estrutura e de bens
intermediários)
• áreas de germinação ⇒ áreas que geram
demanda derivada (investimentos que
sustentavam a taxa de crescimento ⇒
construção de Brasília)
PLANO DE METAS
• Taxas de crescimento do Produto e Setores (1955-1961)
• ANO PIB INDÚSTRIA AGRICULTURA
SERVIÇOS
• 1955 8,8 11,1 7,7
9,2
• 1956 2,9 5,5 -2,4
0
• 1957 7,7 5,4 9,3
10,5
• 1958 10,8 16,8 2
10,6
• 1959 9,8 12,9 5,3
10,7
• 1960 9,4 10,6 4,9
9,1
• 1961 8,6 11,1 7,6
8,1
• Fonte: IBGE
PLANO DE METAS

• Taxas de crescimento entre os anos


1955/62:
• * materiais de transporte + 711%
• * materiais elétricos e de comunicação+
417%
• * têxtil + 34%
• * alimentos + 54%
• * bebidas + 15%
PLANO DE METAS
• Alguns Indicadores Econômicos – Plano de Metas – 1955/61
• Anos Inflação Variação do Dívida Externa
(%) salário mínimo US$ milhões
• real (%)

• 1955 23 - 9,5 1.445
• 1956 21 - 1,3 1.580
• 1957 16,1 - 9,6 1.517
• 1958 14,8 14,5 2.044
• 1959 39,2 - 12,7 2.234
• 1960 29,5 19,4 2.372
• 1961 33,2 - 14,7 2.835
PLANO DE METAS

• Superação do Modelo de Substituição de


Importações ⇒ a concepção do Plano vai
além de uma resposta a um problema de
estrangulamento externo ⇒ interação
entre os diferentes setores da economia.
METAS
• Indústria automobilística ⇒ ampliação de malha
rodoviária ⇒ Belo Horizonte – Brasília; Belém –
Brasília, Brasília – Acre ⇔ Integração Nacional
com dependência externa de combustíveis
líquidos em torno de 70% do consumo
• 1958 – Criação da Rede Ferroviária S. A –
RFFSA – incorporou as estradas de ferro
existentes no País ⇒ dificuldades para
integração: diferença de bitolas e
descontinuidade na interligação Norte-Sul.
PLANO DE METAS

• 1957 – construção de usinas


hidrelétricas: Furnas e Três Marias
• Lei 3.244/57 – Lei das Tarifas Aduaneiras
– instrumento de proteção ao produto
nacional
• 1957 – Conselho de Políticas Aduaneiras -
CPA ⇒ políticas de importação
(favoreceu empresas multinacionais)
PLANO DE METAS
• 1958 - Plano de Estabilização Monetária
– rigorosas medidas de estabilização
monetária ⇒ conter alta de preços
internos ⇔ taxa de expansão dos meios
de pagamentos atrelada à taxa de
crescimento do PNB
• redução de emissões do tesouro,
mediante a eliminação do déficit público;
• limitação do crédito privado;
• contenção de preços e salários;
PLANO DE METAS
• Efeitos: medidas adequadas para superar crises
nas economias desenvolvidas, mas
inadequadas para países em desenvolvimento
por falta de políticas compensadoras dos efeitos
recessivos causados (ex. salário-desemprego)
∀ ⇒ final de 1959 PEM foi suspenso e FMI
impede novo empréstimo ao País (300 milhões
de dólares) ⇒ crise financeira, com
esgotamento de linhas de crédito externas,
queda de operações no mercado financeiro e de
capitais e aceleração do aumento da taxa anual
de inflação (24,3% em 1958 e 39,5%, em 1959)
– Desenvolvimento Regional e o Papel
do Setor Público
• - surto desenvolvimentista – industrialização intensiva
concentrada na região Sudeste ⇒ desequilíbrios
regionais com migração para os centros de maior
capacidade geradora da economia.
• 1958 – Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do
Nordeste – GTDN (Celso Furtado) ⇒ política de
desenvolvimento para o Nordeste ⇒ criação da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
SUDENE, Decreto 3.629/59
∀ ⇒ órgão de planejamento e coordenação das atividades
públicas e privadas destinado a promover o crescimento
da região e oferecer condições para a elevação do nível
de vida da população.
Linhas Gerais:
• - Maior aproveitamento do solo;
• abertura de frentes de colonização na periferia do Polígono
das Secas, principalmente Maranhão e Goiás, com
atividades pecuárias e culturas típicas da região;
• implantação de indústria de base (siderurgia) e de
transformação, utilizando os recursos minerais da
região(cimento, algodoeira, pesca);
• maior aproveitamento da energia elétrica gerada pela usina
de Paulo Afonso e expansão de suas linhas de transmissão;
• ênfase no aproveitamento de mão-de-obra local e maior
oferta de alimentos;
• assistência técnica aos governos estaduais no
aperfeiçoamento de seus planos e maior unidade de ação
na política regional.
SETOR PÚBLICO
• Ao Setor Público coube o provimento de insumos
básicos, bem como a criação de infra-estrutura
básica, vital para o processo de industrialização
• Controle do Estado: - produção de aço ⇒
CSN, COSIPA, USIMINAS;
∀ ⇒ produção e refino de petróleo:
PETROBRÁS;
SETOR PÚBLICO
∀ ⇒ produção e exportação de minério de ferro :
Companhia Vale do Rio Doce
∀ ⇒ produção de soda cáustica: Companhia Nacional de
Álcalis;
∀ ⇒ produção de energia elétrica: CHESF e Furnas;
∀ ⇒ transporte ferroviário – Rede Ferroviária Federal
• navegação de cabotagem – Lloyd Brasileiro e
Companhia de Navegação Costeira;
• controle e construção de novas rodovias – DNER e
DERs;
• controle sobre o crédito – Banco do Brasil
• comercialização de diversos produtos de exportação tais
como café, cacau, pinho, mate, açúcar, borracha e sal
INDUSTRIALIZAÇÃO
• – Industrialização - o surto da indústria automobilística
• 1928 – instalação de pequenas fábricas de autopeças
• década de trinta ⇒ fatores negativos: baixa renda per
capita;
• política aduaneira (favorece importação de veículos
montados);
• incipiente indústria nacional de autopeças;
• precária rede de estradas de rodagem;
• dependência de importação de combustíveis líquidos
INDUSTRIALIZAÇÃO

• Década de quarenta ⇒ ⇑ indústria de


substituição de peças importadas;
• 1941 ⇑ índice de nacionalização de
autopeças e potencial de mercado de
veículos automotores
• 1947 – controle cambial restringe
importações e
∀ ⇑ a demanda de automóveis
Década de 50

• 1952 - - Comissão de Desenvolvimento


Industrial ⇒ parecer favorável à liberação da
compra no exterior de automóveis, restringindo
apenas a importação de cerca de 100 tipos de
autopeças cujos similares já eram fabricados
internamente ( não havia condições para
instalação de montadoras de veículos devido
problemas de energia elétrica e siderurgia)
• 1953 – havia no país as montadoras: Ford,
General Motors, Alfa Romeo, Internacional e
Simca
PLANO DE METAS
• Brasil: Plano de Metas, Previsão e Resultados – 1957-1961
• Previsão Realizado %
• Energia Elétrica (1000 kw) 2.000 1.650 82
• Carvão (1000 toneladas) 1.000 230 23
• Petróleo-Produção (1000 barris/dia) 96 75 76
• Petróleo-Refino (1000 barris/dia) 200 52 26
• Ferrovias (1000 km) 3 1 32
• Rodovias-Construção (1000 km) 13 17 138
• Rodovias-Pavimentação (1000 km) 5 - -
• Aço (1000 ton.) 1.100 650 60
• Cimento (1000 ton.) 1.400 870 62
• Carros e Caminhões (1000 unid.) 170 133 78
• Nacionalização (carros) (%) 90 75
• Nacionalização ( caminhões) (%) 95 74
PLANO DE METAS

• ⇒ Mudança da estrutura econômica com


o crescimento e modernização do setor
industrial;
∀ ⇒ aprofundamento dos desequilíbrios
regionais e sociais;
∀ ⇒ construção da nova capital ⇔
ocupação da faixa não litorânea
PLANO DE METAS
∀ ⇒ ⇑ da carga fiscal ⇔ forte resistência por
parte dos empresários (não aceitação de
programas de investimento comprimidos por
impostos) ⇔ financiamento inflacionário ⇔
aumento dos lucros, da tributação nominal, e
diferencial e da emissão de moedas
• Programas econômicos de estabilização ⇒
tentativas de reduzir ritmo inflacionário ⇒ sem
sacrificar o desenvolvimento pela estabilidade
– PERÍODO DE 1960 – 1973 DA
CRISE AO MILAGRE

• 1 – Período de Instabilidade – 1961/63


• Ano Taxa de crescimento Taxa de inflação
do produto real
• 1961 10,6% 30,5%
• 1962 5,3% 47,7%
• 1963 1,5% 81,3%
crise
∀ ⇒ Causas: limite do número de substituições de
importados;
• aumento das taxas de inflação desestimula a poupança
interna inibe investimentos;
• desajustes do balanço de pagamentos;
• dificuldades de obtenção de novos empréstimos e
financiamentos
∀ ⇒ dificuldade para importação de maquinaria e insumos
essenciais à produção industrial
∀ ⇒ instabilidade política compromete a credibilidade
externa⇒ ⇓ de empréstimos e financiamentos e
investimentos diretos
crise
∀ ⇒ Lei 4.131/62 – regulou o registro de capital
estrangeiro e remessa de lucros para o exterior
∀ ⇒ dívida externa: 1961> 2,2 bilhões de dólares
• 1963 > 3,17 bilhões de dólares
∀ ⇒ exportações não acompanham taxa de
crescimento da dívida, elevando o coeficiente de
endividamento ⇒ ⇑ incapacidade para captar
recursos externos
JANIO QUADROS
• Governo Janio Quadros – janeiro de 1961
a agosto de 1961 ⇔ medidas de
estabilidade econômica pela reforma
cambial ⇒ desvalorização da moeda,
unificação da taxa de câmbio e suspensão
do subsídio à importação
∀ ⇒ renegociação de dívida com FMI e
empréstimo de 2 bilhões de dólares
∀ ⇒ ajuste do balanço de pagamentos
Governo Janio Quadros
∀ ⇒ criação da Centrais Elétricas
Brasileiras – 1961 – empresa holding das
empresas elétricas estatais ⇒ centralizar
e coordenar estudos, projetos, construção
e operações de usinas geradoras, bem
como a instalação de linhas de
distribuição e transmissão de energia
elétrica
Governo João Goulart – setembro de 1961 a
março de 1964

∀ ⇒ 1962 – criação do Ministério do Planejamento


e Desenvolvimento ⇔ centralizar a ação de
planejamento e execução dos programas e
projetos essenciais ao crescimento econômico
∀ ⇒ Plano Trienal de Desenvolvimento
Econômico e Social – Plano Trienal – Celso
Furtado: problemas do desequilíbrio regional,
reforma agrária, fiscal, bancária e administrativa
– A crise dos anos 60

• Crises Conjunturais Estruturais

• Políticas Instabilidade política Crise do populismo

• Econômicas Política econômica 1 – Estagnacionismo -


Recessiva de combate do PSI
• à inflação 2 – Crise cíclica endógena
• de uma economia industrial
• 3 – Inadequação
• institucional
– O período de reajuste – 1964 –1967 O PAEG

• Governo Castelo Branco (1964-67) ⇒ conter a inflação e


retomar o ritmo de crescimento econômico
• Plano de Ação Econômica do Governo – PAEG –
mentores: Roberto Campos e Octavio Gouvêa de
Bulhões
• Objetivos: acelerar o ritmo de desenvolvimento
econômico
• Conter o processo inflacionário
• Atenuar os desequilíbrios setoriais e regionais
• Aumentar o investimento
• Aumentar nível de emprego
• Corrigir a tendência ao desequilíbrio externo
- Medidas de Combate à inflação:
∀ ⇒ redução do déficit público mediante a redução dos
gastos e da ampliação das receitas por meio da reforma
tributária e do aumento das tarifas públicas
∀ ⇒ restrição do crédito e aperto monetário
• supunha se a existência de uma taxa de desemprego
relativamente baixa, o que levava a elevados salários
reais e inflação crescente. Para romper essa dinâmica, o
governo passou a determinar os reajustes salariais via
política salarial, objetivando romper as expectativas e
conter as reivindicações ⇒ grande redução do salário
real
inflação
• Correção Monetária / indexação ⇒ a
inflação era um mal inevitável do
acelerado desenvolvimento brasileiro
• ⇒ diminuir seus impactos negativos
• Combate gradualista da inflação
inflação
• Produto e Inflação: 1964-1968
• Ano Crescimento do PIB Crescimento do Produto Taxa de Inflação
• (%) Industrial (%) IGP-DI (%)

• 1964 3,4 5,0 91,8


• 1965 2,4 - 4,7 65,7
• 1966 6,7 11,7 41,3
• 1967 4,2 2,2 30,4
• 1968 9,8 14,2 22,0
- Reformas Institucionais do PAEG

• 1 – reforma tributária – destinada a


fortalecer a base da arrecadação
– – Principais medidas:

• ◙ alteração no sistema tributário: criação do IPI.


ICM e ISS;
• ◙ redefinição do espaço tributário: União (IR,
Imposto do Comércio exterior e ITR “Imposto
Territorial Rural”); Estados ficaram co ICM e os
municípios com o ISS e com o IPTU (imposto
sobre propriedade urbana)
Reforma tributária

• ◙ Surgimento de fundos parafiscais: FGTS


e PIS (programa de integração social)
• ◙ transferências intergovernamentais –
parte da arrecadação com IPI e IR seriam
destinadas aos estados e municípios
• ◙ fundos como fonte de poupança privada
forçada
Reforma Monetária –
• → Instituição da correção monetária e criação
da ORTN
• ( Correção monetária era um mecanismo de
indexação sobre o qual o principal e os juros de
uma dívida ou contrato eram reajustados
automaticamente de acordo com a taxa de
inflação. ORTN era um título da dívida pública
corrigido em função da taxa de inflação, que era
utilizado como índice de correção monetária →
fonte de financiamento.
Reforma monetária
• → Criação do Conselho Monetário
Nacional – CMN – e do Banco Central
(BACEN)
• → Criação do Sistema Financeiro de
Habitação – SFH – e do Banco Nacional
de Habitação – BNH –
– Reforma Financeira -
• bancos comerciais – ofereciam crédito de C.P.
mediante a captação de depósitos à vista
• financeiras - crédito ao consumidor por meio de
venda de letras de câmbio
• bancos de investimento – crédito de médio e
longo prazo mediante captação dos depósitos à
prazo e recursos externos
• bancos de desenvolvimento – crédito a projetos
e setores específicos
- Reforma da Política Externa –
• → estímulo às exportações
• → sistema de mini desvalorização cambial
• → atração de capital externo mediante
uma reaproximação com a política externa
norte americana
- ↔ A Ortodoxia e o PAEG
• inflação como conseqüência imediata da
excessiva expansão monetária e de crédito ↔
emissão de moeda sem lastro produtivo
• para o período as causas materializaram-se no
excesso de despesa governamental e no
financiamento desse déficit através das emissões
monetárias
• Receita ortodoxa do controle da inflação: política
monetária e creditícia restritiva, política fiscal
restritiva e arrocho salarial
Resultados:
• – controle fiscal→ contenção significativa
dos déficits governamentais;
– – aperto da moeda e do crédito paralisam a
atividade industrial → parada do crescimento
durante o período 1963/67;
– – setores mais atingidos: vestuário,
alimentos e construção civil
– → + que triplicou o número de falências e
concordatas
– O Milagre Econômico (1967-73)
Governos Costa e Silva (1967-69) e Médici (1959-73)
- Cenário geral

• → déficit público: de 4,2% do PIB (1963) ↓ 3,2% em 1964


• 1,6% em 1965
• 1,1% em 1966
• → taxa de inflação de quase 100%aa em, 1964 para 20%aa em
1969
• → taxa de crescimento da economia: 6,6% em 1962 ↓ 0,6% em
1963 e passa para 3,4% em 1964 ↔ no período de 69 a 73 fica
próxima de 11%aa (PIB
• 1967 – Castelo Branco é substituído por Costa e Silva e Delfim
Netto substitui Roberto Campos no comando da economia
Estratégia do Novo Governo:

• -crescimento econômico e controle da


inflação
• novo diagnóstico do processo inflacionário
↔ inflação de custos decorrente da
elevação dos custos da economia
Medidas:
• política de forte controle dos preços com a criação
do Conselho Interministerial de Preços – CIP
• ampliação dos gastos públicos
• ampliação do crédito – expansão do crédito
agrícola e ao consumidor
• ampliação de incentivos fiscais e de subsídios
para setores prioritários
• política salarial ajustada
medidas
• Mudança de postura para legitimar o governo
militar: crescimento a qualquer custo ↔ a
capacidade ociosa existente decorrente dos
anos de estagnação anterior junto com políticas
econômicas expansionistas produzem
crescimento do produto sem significativas
pressões inflacionárias
• Setor líder de crescimento: bens de consumos
duráveis (transportes e eletro domésticos e
recuperação da construção civil.
Início dos anos de 1970
• – vários setores aproximam-se da capacidade plena ↔
necessidade de importação de máquinas e
equipamentos
• Pontos Principais:
• 1 – elevada participação do setor público na economia
↔ controle de preços e decisões de investimentos
(investimentos da administração pública correspondia a
quase 50% da formação bruta de capital)
• 2 – recursos para as importações provenientes do bom
desempenho das exportações
• 3 – crescimento econômico desequilibrado
• 4 – concentração de renda
Política Econômica do Governo Costa e
Silva
• Dezembro de 1967 é decretado o Ato
Institucional nº 5 (AI 5) – amplos poderes
jurídico-legais ao executivo federal – controle
absoluto do governo sobre a sociedade
brasileira
• ∆ formalização de um novo bloco hegemônico,
empresariado/tecno-burocracia/oficialato ↔
modelo de desenvolvimento baseado no tripé
Estado/empresas multinacionais/grande capital
nacional
∆ Plano Estratégico de
Desenvolvimento – PED
• crescimento do PIB e maior controle da inflação;
novos investimentos em infra –estrutura: usinas
de energia elétrica de Jaguara e Volta Grande –
MG e Promissão e Ilha Solteira – SP - ↑ áreas
de construção pesada e de bens de capital
• → política industrial baseada em um amplo
esquema de subsídios e incentivos fiscais;
• → adoção em 1968 do regime de
minidesvalorizações cambiais periódicas↔
investimento direto estrangeiro e acesso a
empréstimos externos.
PED
• ↑ 11% das exportações de produtos
manufaturados
• ↑ indústria automobilística cresce a uma taxa de
20% favorecida pela inovação do consórcio;
• concentração financeira – dos 336 bancos
existentes em 1964 restaram 195 em 1970;
• associação do capital nacional às
multinacionais;
• consolidação das empresas estatais
- Situação Política
• 28 de agosto de 1969 – trombose cerebral
deixa Costa e Silva semi paralisado e o
governo passa a ser exercido pelos
militares: General Aurélio Lyra Tavares,
almirante Augusto Hamann Rademaker
Grünewald e brigadeiro Márcio de Souza
e Melo
SITUAÇÃO POLÍTICA

• 14 de outubro de 1969 a Junta Governamental


declara vagos os cargos de presidente e vice
presidente dando início a um processo de consulta
entre os 240 oficiais-generais das Três Armas que
indicam o nome do general Emílio Garrastazu
Médici
• 30 de outubro – Congresso Nacional –elege
o general Médici presidente da república e
o almirante Rademaker vice-presidente
∆ - Governo Médici (1969-74)

• Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento – I PND –


continuidade como os planos anteriores – permanência
do profº Delfim Netto na pasta da fazenda
• primeiro período - 1946 a 1966 ↔ reconstrução e
modernização das instituições;
• segundo período - 1967 a 1971 ↔ retomada do
crescimento
• terceiro período - 1972 a 1974 ↔ elevação do
Brasil à categoria de país desenvolvido
PND
• I PND estabeleceu como principal pólo
gerador do desenvolvimento nacional a
região dos estados de São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais, partindo do
princípio de que esta região seria capaz
de assegurar a expansão das indústrias,
com o aporte científico e tecnológico
nacional decorrente de um sistema
educacional avançado.
∆ Realizações:
• → crescimento do PIB à taxa de 11,1% em 1972, 13,6%
em 1973 e 9,7% em 1974;
• → o Brasil sai da posição de 15ª economia mundial para
a 8ª posição em 1973;
• → elevação de 174% nas exportações
• → entrada maciça de capitais estrangeiros
(empréstimos e financiamentos) elevou os saldos da
dívida externa, chegando a 12.572 milhões de dólares;
• → concentração de renda: a participação na receita
nacional de 40% dos que pertencem aos grupos de
renda mais baixa caiu de 11,2% em 1960 para 9% em
1970 e os 15% representantes da camada de renda
mais alta aumentaram sua participação de 27,4% para
36,3%.
A CRISE DO PETRÓLEO – 1973 –
1979
• 1 – Origens:
• Acordo de Bretton Woods (1944) ao criar o sistema de
taxas fixas de câmbio, adotou o dólar norte-americano
como referência para a cotação das demais moedas no
mercado monetário internacional – problemas internos
de emissões/ Guerra do Vietnã (1965-73)/ aumento do
déficit fiscal dos Estados Unidos provocam instabilidade
real da moeda.
• →o dólar norte americano desvalorizou-se, em outubro
de 1971, cerca de 17% em relação ao marco alemão e
12% em relação ao iene japonês
ORIGENS
• ↔ a desestabilização do sistema
monetário internacional atingiu a
economia dos países em
desenvolvimento, que tinham seus
principais produtos de exportação cotados
em dólares e dependiam de captação
nessa moeda para satisfazer suas
necessidades de importações e atender
seus compromissos externos.
– A crise do petróleo
• ∆ - queda do valor real da moeda norte-
americana causa grande desajuste na balança
comercial dos países do Oriente Médio que se
constituíam nos principais fornecedores de
petróleo ao Ocidente
• ∆ - OPEP – Organização dos Países Produtores
de Petróleo decide elevar, em 1971, o preço
oficial do barril de petróleo, de 1,80 dólar para
2,40 a 2,50 dólares, preço que deveria
permanecer estável por 5 anos.
– A crise do petróleo

• ∆ componente político – Guerra árabe-


israelense do Yom Kippur, de 6 a 25 de
outubro de 1973 ↔ 21 de outubro de 1973
a OPEP decide adotar um corte seletivo
nos fornecimentos de petróleo como arma
de pressão dos árabes para recuperar os
territórios ocupados por Israel (alta
dependência dos Estados Unidos, Japão
e a Holanda ao petróleo árabe)
A OPEP fez o mundo refém na década
de setenta
• ↔ ante a ameaça de um colapso energético,
alguns países (França, Inglaterra e Japão)
apressaram-se em negociar acordos bilaterais
com países produtores de petróleo, estimulando
os países árabes a impor seus preços através
da OPEP e a estabelecer níveis reduzidos de
produção para melhor controle da oferta
• A oferta de petróleo no mercado mundial
elevara-se de 3,7 milhões de barris/dia em 1950
para 34,2 milhões de barris/dia em 1973
A crise do petróleo na economia
brasileira
• 1973 – participação percentual no
transporte de carga por modalidade:
• rodoviário – 69,8%
• ferroviário - 19,9%
• marítimo – 10,7%
• aéreo – 0,1%
A crise do petróleo na economia
brasileira
• - o petróleo participava, em 1973, de 42,9% da energia
consumida no País e a produção interna atendia
apenas a 23,5%
• O impacto causado na balança comercial
brasileira pelo aumento do preço do petróleo foi
atenuado pelo aumento dos preços de alguns
produtos de exportação (café) e pelas reservas
internacionais ( > 6,4 bilhões de dólares).
• - Petrobrás se manteve mais voltada para a
comercialização do petróleo e seus derivados do que
para a sua auto-suficiência do produto;
A crise do petróleo na economia
brasileira
• - aumentos de preços da gasolina não
compromete a expansão da indústria
automobilística e o preço do óleo cru,
usado pelas indústrias mantinha-se
subsidiado ↔ estimula seu consumo em
detrimento de outras fontes de energia
abundantes no país (hidráulica, carvão-
vapor, lenha)

A crise do petróleo na economia
brasileira
• ∆ - efeito direto: acelerar a taxa de
inflação ↔ 15% em 1972 e 1973, para
34,5% em 1974
• ∆ - efeito indireto: aumenta o grua de
incerteza provocando o deslocamento de
investimentos para o mercado financeiro,
onde os títulos públicos federais tornaram-
se atraentes por sua maior rentabilidade
A crise do petróleo na economia
brasileira
• ∆ - importação da inflação dos parceiros
comerciais > – compra de bens de capital
e insumos ↔ receita de exportação
aumenta 28%, mas as despesas de
importação elevam-se em 104% - 1974
• ∆ - desajuste no balanço de pagamentos:
• aumento de 300% no valor das compras
de petróleo bruto
A crise do petróleo na economia
brasileira

• déficit na conta de serviços de 2,4 bilhões


de dólares ( maior despesa com juros da
dívida externa)
O GOVERNO GEISEL 1974-79 e o II PND

• O plano condiciona o crescimento acelerado da


economia nacional à conjuntura internacional
• Base: “Brasil como potência emergente”
• mantém política de endividamento para promover
o crescimento econômico
• previu a retomada do PSI, principalmente
nos setores de bens de capital, eletrônica
pesada e insumos básicos
II PND
• investimentos no Plano Siderúrgico Nacional
• programas setoriais para celulose e papel,
metais não-ferrosos, fertilizantes,
defensivos agrícolas e produtos
petroquímicos
• aumento de 115% dos investimentos no
setor energético: produção, exploração e
refino de petróleo e autoriza a Petrobrás
(1976) a firmar contratos de riscos com
companhias petrolíferas estrangeiras
(pesquisa e lavra de petróleo em alto mar)
II PND

• 1976 – PROALCOOL – álcool como combustível


automotivo e para a indústria química
• Programa Nacional do Carvão – produção do
carvão energético como substituto do óleo
combustível
• Programa Nuclear Brasileiro, substituído em 1980
pelo Programa Autônomo de Energia Nuclear
II PND

• Viabilidade técnica e econômica para


expansão e transmissão de energia a
longas distâncias
• Subsídios à exportação de produtos
industrializados (manufaturados e semi
manufaturados)
• Crescimento das taxas globais de
exportação de 13,9%aa – 1974-79
II PND
• Aumentos da receita de exportação não foram
suficientes para o ajustamentos das contas
correntes do balanço de pagamentos – despesas
com importações de petróleo aumentaram 490%,
em 1973-78; divida externa bruta aumenta 246%
entre 1973-78
• Produto real cresceu à taxa média de 6,9%aa –
1973-78
• Renda per capita elevou-se de 1.308 dólares em
1973 para 1.580 dólares em 1978
II PND
• Volume de papel moeda em circulação aumentou
493% entre o final de 1973 e o de 1978
• Altas taxas de inflação
• Maior rentabilidade dos títulos públicos federais
pressionou para cima as taxas de juros internos,
elevando os custos financeiros da produção e dos
serviços↔ efeitos depressivos sobre a economia.
A CRISE DO PETRÓLEO DE 1979
• Março de 1979 a OPEP decidiu aumentar em 8,7% o
preço do barril de petróleo – crise política no Irã –
destituição do xá Reza Pahlevi e ascensão do aiatolá
Khomeini ao poder ↔ retração da oferta de petróleo no
mercado mundial
• Nova política do Irão decide vender o petróleo no
mercado livre de Roterdam (Holanda), onde o preço era
mais alto ↔ preço médio do petróleo aumenta 84%
(22,77 dólares por barril)
• Conseqüências: escalada de preços;
• queda do consumo interno, restringindo importações;
• medidas protecionistas nos países industrializados;
CRISE DO PETRÓLEO
• retração do comércio internacional;
• rígida política monetária de combate à inflação
seguida pelos países de moeda de maior
conversibilidade provoca elevação da taxa de
juros do sistema financeiro internacional;
• perda de liquidez dos países tomadores de
crédito ↔ ↓ do crédito e ↑ ônus dos
empréstimos internacionais com aumento da
taxa de risco
A Economia Brasileira de 1980/92
• Governo Figueiredo (1979/85) – manter a
continuidade da política econômica completando
a execução do II PND e implementar o III PND
• Março de 1979 – Assume a presidência o chefe
do SNI, Gen. João Batista Figueiredo tendo
como vice o engenheiro Aureliano Chaves
• Função Básica – completar a abertura política
A Economia Brasileira de 1980/92

• 1979 – 400 Movimentos grevistas > Lei


da Anistia
• Nove./79 – reforma partidária → PDS,
PMDB, PTB, PDT, PT e PP
• 1982 – eleições
• Movimento popular “Diretas Já”
A Economia Brasileira de 1980/92

• 1984 – aprovação da emenda


constitucional Dante de Oliveira – eleição
direta para presidente
• 15 de janeiro de 1985 – Colégio Eleitoral
elegeu Tancredo Neves para presidente.
A Economia Brasileira de 1980/92

• A transição para a democracia permitiu


aos antigos integrantes do bloco
hegemônico, os tecnocratas e o
empresariado, preservar seu poder de
influência
O III PND
• Setores: energético, agrícola e exportador
• energético: maior prioridade à produção interna
de petróleo e soluções energéticas alternativas
• alta tecnologia nativa para exploração de
petróleo na plataforma marítima – Bacia de
Campos (RJ) → 350 mil barris/dia →
participação do produto nacional passou de 17%
para 55% do consumo interno
• PROÁLCOOL - ↑ 87% da produção de cana de
açúcar entre
O III PND
• agrícola – subsídios ao crédito agrícola
• ↑ 6% do produto agrícola – cana, laranja
e café – 1979/81
• produção de laranja ↑ 35,3% entre 1970
a 1984
• 1982 - ↓ da produção cafeeira
O III PND
• exportador – expandir exportações e conter
importações
• 1981 - ↓ 11% dos preços dos produtos
brasileiros no mercado externo
• receita de exportações ↑ 130% ( ↑ 36% no
quantum de vendas) ↔ resultado positivo de
1,2 bilhões de dólares da B.C.
• 1982 – geadas comprometem safra 1981/82 e
conjuntura internacional – Conflito do Atlântico
Sul (Malvinas) ↔ retração do comércio
internacional ↓ 2% em volume e 6% em valor.
O III PND
• Delfim Neto = alteração da taxa cambial
↔ dezembro/79 ↔ maxidesvalorização de
30% no cruzeiro ↔ reduzir as
expectativas de inflação futura
O III PND

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