Вы находитесь на странице: 1из 7

O RABO DO GATO

O RABO DO GATO 6-Foi o gato ter a uma mestra de meninas que não tinha que lhes
dar à merenda e disse-lhe: «Toma lá esta taleiga de farinha para papas.»
O RABO DO GATO

1-Era uma vez um gato que foi ao barbeiro para que lhe fizesse a
barba. O barbeiro disse ao gato: «Se tu tivesses o rabo mais curto ficarias

O RABO DO GATO
muito mais bonito.» Disse-lhe o gato: «Pois corta-lhe um bocado.» 7-Mas depois arrependeu-se e voltou atrás e disse à mestra: «Dá cá
a minha taleiga de farinha, senão furto-te uma menina.»
O RABO DO GATO

2-Cortou o barbeiro o rabo do gato e ele foi-se embora; mas no


meio do caminho disse para consigo: «E o barbeiro que me ficou com o
8-Saiu com a menina e foi ter com uma lavadeira e disse-lhe: «Tu

O RABO DO GATO
meu rabo! Deixa-me ir pedir-lho.»
estás a lavar a roupa sozinha; toma lá esta menina para te ajudar.»
Deixou ficar a menina, mas depois voltou atrás a pedi-la à lavadeira, e,
O RABO DO GATO

3-Foi ter com o barbeiro e disse-lhe: «Dá me o meu rabo, senão como esta lha não quisesse dar, furtou-lhe uma camisa.
furto-te uma navalha.» Como o barbeiro lhe não desse o rabo, furtou-lhe
a navalha.
9-Foi-se mais para diante; viu um violeiro sem camisa e disse-lhe:
«Coitado estás sem camisa; toma lá, vai-te vestir. «Em quanto ele foi
4-Foi-se o gato por ali fora e viu uma peixeira que não tinha faca
O RABO DO GATO

vestir a camisa, furtou-lhe o gato uma viola e depois subiu para cima de
para cortar o peixe e disse-lhe: «Toma lá esta navalha.» Mais adiante
uma árvore e começou a tocar viola e a cantar:
voltou atrás e disse à peixeira: «Dá cá a navalha, senão furto-te uma
«Do meu rabo fiz navalha;

O RABO DO GATO
sardinha.»
Da navalha fiz sardinha;
5-Como a peixeira lhe não desse a navalha, furtou-lhe a sardinha. Da sardinha fiz farinha;
O RABO DO GATO

Foi-se e mais adiante viu um moleiro a comer pão seco e disse-lhe: Da farinha fiz menina;
«Toma lá esta sardinha.» Mais adiante voltou atrás e disse ao moleiro: Da menina fiz camisa;
Dá cá a minha sardinha, senão furto-te uma taleiga de farinha.» Como o Da camisa fiz viola;
moleiro já tivesse comido a sardinha, furtou-lhe a taleiga de farinha.» Frum, fum, fum,
Vou para a minha escola.»
1-Era uma vez um pinto borrachudo que andava a esgravatar em um
4-Chegado ao palácio do rei disse que lhe queria falar e entregou-
O PINTO BORRACHUDO

monte de terra e achou lá uma bolsa de moedas e disse: «Vou levar esta lhe a bolsa das moedas e o rei ordenou logo que o metessem na capoeira

O PINTO BORRACHUDO
bolsa ao rei.» das galinhas e que o tratassem muito bem. O borrachudo, logo que ali se
viu, começou a cantar:
Pôs-se a caminho com a bolsa no bico, mas como tivesse de
atravessar um rio e não pudesse disse: «Ó rio, arreda-te para eu passar!» — «Qui qui ri qui,
Mas o rio continuou a correr e ele bebeu a água toda. Minha bolsa de moedas
Quero para aqui.»

2-Foi mais para diante e viu uma raposa no caminho e disse-lhe:


O PINTO BORRACHUDO

5-E como vissem que lha não levavam, lançou a raposa que tinha
«Deixa-me passar.» Como a raposa se não movesse, comeu-a. Foi
comido, e ela comeu as galinhas todas.
andando e encontrou um pinheiro e disse-lhe: «Arruma-te para eu

O PINTO BORRACHUDO
passar.» Como ele se não arrumasse, engoliu-o. Foram dar parte a el-rei do sucedido e ele ordenou que metessem
o borrachudo dentro da copeira. Cumpriram-se as ordens, mas o
borrachudo continuou sempre a cantar:

— «Qui qui ri qui, etc.»


O PINTO BORRACHUDO

3-Mais adiante encontrou um lobo e comeu-o; depois encontrou


ainda uma coruja e fez-lhe o mesmo.
6-Depois como lhe não levassem o dinheiro, lançou o pinheiro e os
O PINTO BORRACHUDO

copos da copeira foram todos quebrados.

Então o rei ordenou que metessem o borrachudo na cavalariça, e


ele sempre a cantar:
«Qui qui ri qui, etc.
O PRINCIPE COM ORELHAS DE BURRO
O PINTO BORRACHUDO

O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO


7-Lançou fora o lobo e o lobo comeu os cavalos.
1-Era uma vez um rei que vivia muito triste por não ter filhos e
O rei mandou então que o metessem no pote do azeite, mas ele
mandou chamar três fadas para que fizessem com que a rainha lhe desse
lançou lá a coruja e ela bebeu o azeite.
um filho. As fadas prometeram-lhe que os seus desejos seriam
satisfeitos. e que elas viriam assistir ao nascimento do príncipe.
O PINTO BORRACHUDO

8-Então o rei, não sabendo já o que havia de fazer, mandou que

O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO


2-Ao fim de nove meses deu a rainha à luz um filho e as três fadas
aquecessem o forno e que metessem lá o borrachudo; mas ele, mesmo
fadaram o menino. A primeira fada disse: «Eu te fado para que sejas o
dentro do forno começou a gritar:
príncipe mais formoso do mundo.» A segunda fada disse: «Eu te fado
— «Qui qui ri qui, etc.»
para que sejas muito virtuoso e entendido.» A terceira fada disse: «Eu te
fado para que te nasçam umas orelhas de burro.»
O PINTO BORRACHUDO

9-E foi lançando o rio que tinha bebido e já o palácio do rei estava

O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO


quase a afundar-se quando o rei ordenou que fossem levar a bolsa de
3-Foram-se as três fadas e logo apareceram ao príncipe as orelhas de
moedas ao borrachudo e o mandassem embora, antes que ele lançasse o
burro. O rei mandou sem demora fazer um barrete que o príncipe devia
rio todo.
sempre usar para lhe cobrir as orelhas. Crescia o príncipe em formosura
O PINTO BORRACHUDO

e ninguém na corte sabia que ele tinha as tais orelhas de burro.


10-E lá se foi embora outra vez o borrachudo com a bolsa de
moedas no bico.
O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO

4-Chegou a idade em que ele tinha de fazer a barba, e então o rei


mandou chamar o seu barbeiro e disse-lhe: «Farás a barba ao príncipe,
mas se disseres a alguém que ele tem orelhas de burro, morrerás.»
O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO
O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO

5-Andava o barbeiro com grandes desejos de contar o que vira, mas,


9-Então o rei mandou chamar as fadas e pediu-lhes que tirassem
com receio de que o rei o mandasse matar, calava consigo. Um dia foi-se
as orelhas de burro ao príncipe. Então elas mandaram reunir a corte toda
confessar o disse ao padre: «Eu tenho um segredo que me mandaram
e ordenaram ao príncipe que tirasse o barrete; mas qual não foi o
guardar, mas eu se não o digo a alguém morro, e se o digo o rei manda-
contentamento do rei, da rainha e do príncipe ao ver que já lá não
me matar; diga padre, o que eu hei de fazer.»

O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO


10-Desde esse dia as gaitas que os pastores faziam das canas do tal
O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO

6-Responde-lhe o padre que fosse a um vale, que fizesse uma cova canavial deixaram de dizer: «Príncipe com orelhas de burro.»
na terra e que dissesse o segredo tantas vezes até ficar aliviado desse
peso, e que depois tapasse a cova com terra. O barbeiro assim fez; e,
depois de ter tapado a cova, voltou para casa muito descansado.
O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO

7-Passado algum tempo nasceu um canavial onde o barbeiro


tinha feito a cova. Os pastores quando ali passavam com os seus
rebanhos cortavam canas para fazer gaitas, mas quando tocavam nelas
saiam umas vozes que diziam: «Príncipe com orelhas de burro».
O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO

8-Começou a espalhar-se esta notícia por toda a cidade e o rei


mandou vir à sua presença um dos pastores para que tocasse na gaita; e
saíam sempre as mesmas vozes que diziam: «Príncipe com orelhas de
burro». O próprio rei também tocou e sempre ouvia as vozes.
uns feijões para o jantar. O João Ratão foi para junto do lume e para ver se os
feijões já estavam cozidos metteu a mão na panella e a mão ficou-lhe lá;
HISTORIA DA CAROCHINHA metteu a outra; também la ficou; metteu-lhe um pé; succedeu-lhe o mesmo, e
assim em seguida foi caindo todo na panella e cozeu-se com os feijões.
Era de uma vez uma carochinha que andava a varrer a casa e achou cinco Voltou a carochinha da missa e como não visse o João Ratão, procurou-o por
reis e foi logo ter com uma vizinha e perguntou-lhe: «Oh vizinha, que hei de todos os boracos e não o encontrou e disse para comsigo. «Elle virá quando
eu fazer a estes cinco reis?» Respondeu-lhe a vizinha: «Compra doces.» — quizer e deixa-me ir comer os meus feijões.» Mas ao deitar os feijões no prato
«Nada, nada, que é lambarice. «Foi ter com outra vizinha e ella disse-lhe o encontrou o João Ratão morto e cozido com elles. Então a carochinha
mesmo; depois foi ainda ter com outra que lhe disse: «Compra fitas, flores, começou a chorar em altos gritos e uma tripeça que ella tinha em casa
braceletes e brincos e vai-te pôr á janella e diz: perguntou-lhe:

«Que tens, carochinha,


Quem quer casar com a carochinha
Que é bonita e perfeitinha? Que estás aí a chorar?»
«Morreu o João Ratão
Foi a carochinha comprar muitas fitas, rendas, flores, braceletes d’ouro e
brincos; enfeitou-se muito enfeitada e foi-se pôr á janella, dizendo: E por isso estou a chorar»
«E eu que sou tripeça
«Quem quer casar com a carochinha
Que é bonita e perfeitinha?» Ponho-me a dançar.»

Passou um boi e disse: «Quero eu.» «Como é a tua falla?» «Ú, ú…» «Nada, Diz d’ali uma porta:
nada não me serves que me acordas os meninos de noite.» Depois tornou
outra vez a dizer: «Que tens tu, tripeça,
«Quem quer casar com a carochinha
Que estás a dançar?»
Que é bonita e perfeitinha?»
«Morreu o João Ratão,
Passou um burro e disse: «Quero eu.» «Como é a «tua falla?» «Eu ó…
eu ó…» «Nada, nada não me serves, que me acordas os meninos de noite.» Carocinha está a chorar,
Depois passou um porco e a carochinha disse-lhe: «Deixa-me ouvir a tua E eu que sou tripeça
falla.» «On, on, on.» «Nada, nada não me serves, que me acordas os
meninos de noite.» Passou um cão e a carochinha disse-lhe: «Deixa-me ouvir Puz-me a dançar.»
a tua falla.» «Béu, béu.» «Nada, nada não me serves, que me acordas os
«E eu que sou porta
meninos de noite.» «Passou um gato. «Como é a tua falla?» «Miau, miau.»
Nada, nada, não me serves, que me acordas os meninos de noite.» Passou Ponho-me a abrir e a fechar.»
um ratinho e disse: «Quero eu.» «Como é a tua falla?» «Chi, chi, chi.» «Tu
sim, tu sim; quero casar comtigo,» disse a carochinha. Então o ratinho casou Diz d’ali uma trave:
com a carochinha e ficou-se chamando o João Ratão. Viveram alguns dias
muito felizes, mas tendo chegado o domingo, a carochinha disse ao João
Ratão que ficasse elle a tomar conta na panella que estava ao lume a cozer
«Que tens tu, porta, A tripeça está a dançar,
Que estás a abrir e a fechar? A porta a abrir e a fechar,
«Morreu o João Ratão,
Carochinha está a chorar, A trave quebrou-se,

A tripeça está a dançar, E eu arranquei-me.»

E eu que sou porta «E nós que somos passarinhos

Puz-me a abrir e a fechar.» Vamos tirar os nossos olhinhos.

«E eu que sou travo Os passarinhos tiraram os olhinhos, e depois foram á fonte beber agua.
E diz-lhe a fonte:
Quebro-me.»

Diz d’ali um pinheiro: «Porque foi passarinhos,


Que tirastes os olhinhos?»
«Que tens, trave,
«Morreu o João Ratão,
Que te quebraste?»
A carochinha está a chorar,
«Morreu o João Ratão,
A tripeça está a dançar,
Carochinha está a chorar,
A porta a abrir e a fechar,
A tripeça está a dançar,
A trave quebrou-se,
A porta a abrir e a fechar,
O pinheiro arrancou-se,
E eu quebrei-me.»
E nós, passarinhos,
«E eu que sou pinheiro
Tirámos os olhinhos»
Arranco-me.»
«E eu que sou fonte
Vieram os passarinhos para descançar no pinheiro e viram-n’o Secco-me.»
arrancado e disseram:
Vieram os meninos do rei com os seus cantarinhos para levarem agua
da fonte e acharam-na secca e disseram:
«Que tens, pinheiro,
Que estás no chão?»
«Que tens, fonte,
«Morreu o João Ratão,
Que seccaste?
Carochinha está a chorar,
«Morreu o João Ratão,
A carochinha está a chorar, «E eu vou arrastar o c…
A tripeça a dançar, Pelas brasas.»
A porta a abrir e a fechar,

O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO


A trave quebrou-se,
O pinheiro arrancou-se,
Os passarinhos tiraram os olhinhos,
E eu sequei-me.»
«E nós quebramos os cantarinhos.»

Foram os meninos para palacio e a rainha perguntou-lhe:

«Que tendes, meninos,


Que quebrastes os cantarinhos?»
«Morreu o João Ratão,
A carochinha está a chorar,

A tripeça a dançar,
A porta a abrir e a fechar,
A trave quebrou-se,
O pinheiro arrancou-se,
Os passarinhos tiraram os olhinhos,
A fonte seccou-se,
E nós quebrámos os cantarinhos.»
«Pois eu que sou rainha
Andarei em fralda pela cozinha.»

Diz d’alli o rei:

Вам также может понравиться