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Questão: Em comprovado surto epilético, “A” desfere violento golpe no ventre de mulher grávida, matando-a. Do
evento, também resulta a interrupção da gravidez e a morte do feto. Haveria, neste caso, se “A” não soubesse do
estado gravídico da vítima, apenas crime de homicídio.

( ) Certo ( ) Errado

Causas de exclusão da conduta


1. Movimentos reflexos;
2. Sonambulismo;
3. Hipnose;
4. Caso fortuito ou força maior;
5. Coação física irresistível.

 Coação física irresistível:


 Coação moral irresistível:

Formas de conduta
 Comissiva (por ação):
 Omissiva (por omissão):

Crimes omissivos podem ser:


1) Próprios ou puros:

Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou ex-
traviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos,
o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

2) Impróprios (impuros, espúrios ou comissivos por omissão)

Tema: Omissão penalmente relevante


(art. 13, § 2º)

Teorias sobre a omissão


1. Teoria naturalística: a omissão é um nada, logo, nada produz.
2. Teoria normativa ou jurídica: a omissão consiste em não fazer aquilo que a lei determina que seja feito.
Obs.

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Código Penal
Art. 13, § 2º. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O
dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou ex-
traviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos,
o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir
que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

Hipóteses do dever de agir


Art. 13, § 2º. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O
dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância
b) de outra forma assumiu a responsabilidade de impedir o resultado
c) com seu comportamento anterior criou o risco da ocorrência do resultado

Detalhe importante! A omissão é penalmente relevante se o omitente PODIA e DEVIA agir.

Cuidado! A Lei de Tortura tem uma exceção a essa regra (art. 1º, §2º, da Lei 9.455/97), a qual é muita criticada pela
doutrina, que enxerga uma inconstitucionalidade neste dispositivo ao prever uma pena menor ao torturador por
omissão. Haveria uma violação ao mandado constitucional de criminalização por omissão previsto no art. 5º, XLIII,
parte final, da CF/88.

Tema: Resultado

Conceito: é a consequência da conduta.


 Resultado Jurídico (normativo): é a mera violação da lei penal com ataque ao bem jurídico.
 Resultado naturalístico (material): é a modificação no mundo exterior.

Classificação doutrinária de crimes quanto ao resultado naturalístico


 Crime material, crime formal e crime de mera conduta
 Crime material: o tipo penal descreve conduta e resultado naturalístico.
 Crime formal: o tipo descreve conduta e o resultado naturalístico.
 Crime de mera conduta: só há a descrição da conduta.
 Crimes materiais: são chamados de crimes de resultado.
 Crimes formais e de mera conduta: são chamados de crimes sem resultado

Conclusão: Elementos do fato típico

Crimes materiais Crimes formais e mera conduta

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Classificação doutrinária de crimes quanto ao resultado jurídico

 Crime de dano:

 Crime de perigo:

O crime de perigo classifica-se em:


 Perigo abstrato:
 Perigo concreto:

Atenção! Parcela da doutrina defende que os crimes de perigo abstrato são inconstitucionais, por violarem o prin-
cípio da ofensividade ou da lesividade.

Obs. A doutrina amplamente dominante e também a jurisprudência admitem os crimes de perigo abstrato. Trata-se
de uma técnica que deve ser utilizada pelo legislador para proteger de forma eficiente bens jurídicos.

Tema: Nexo causal

Conceito: é o vínculo entre a conduta (causa) e o resultado naturalístico (efeito).

Teorias do nexo causal

1. Teoria da equivalência dos antecedentes


2. Teoria da causalidade adequada
3. Teoria da imputação objetiva

Teoria da equivalência dos antecedentes causais (art. 13, caput, CP)

Relação de causalidade
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-
se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
1ª parte:
2ª parte:

Teoria da equivalência dos antecedentes


Conceito de causa: é todo e qualquer acontecimento sem o qual o resultado não teria ocorrido como ocorreu e
quando ocorreu.

# Como saber se o fato foi determinante para o resultado?

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Tício matou Caio.
1. A produção do revólver pela indústria
2. A aquisição da arma pelo comerciante
3. A compra da arma por parte de Tício
4. A refeição tomada por Tício
5. Disparos na vítima

1ª pergunta: Qual foi a causa da morte?

2ª pergunta: Como saber se a conduta antecedente foi determinante para o resultado?

Ex. Tício matou Caio.


1. A produção do revólver pela indústria.
2. A aquisição da arma pelo comerciante.
3. A compra da arma por parte de Tício.
4. A refeição tomada por Tício.
5. Disparos na vítima.

Em resumo: Nos termos desta teoria, toda ação ou omissão que de alguma forma contribui para o resultado é
considerado causa. Levando-se em conta que inúmeros fatos antecedem um resultado, a doutrina costuma somar
à teoria da equivalência dos antecedentes causais o processo de eliminação hipotética de Thyrén. De acordo com
esse método, deve-se suprimir mentalmente determinado fato que se insere na cadeia delituosa e depois verificar
se o resultado teria ocorrido da mesma maneira como se deu. Se eliminarmos hipoteticamente o fato e o resultado
deixar de ocorrer, será considerado causa.

Crítica: Não basta a causalidade física (objetiva), ou seja, a mera relação física entre a conduta e o resultado. Deve-
se demonstrar também a causalidade psíquica (subjetiva), isto é, a verificação de que o agente atuou com dolo ou
culpa para alcançar o resultado, sob pena de alcançarmos o chamado “regresso ao infinito”.

Atenção! O dolo e a culpa são filtros que evitam a imputação do crime regressar ao infinito. Graças a necessidade
de dolo e culpa é que eu evito regresso ao infinito da imputação do crime.

1º limite ao regresso ao infinito:


2º limite ao regresso ao infinito:
3º limite do regresso ao infinito:

Concausas
(2º limite ao regresso ao infinito)

Concausas: Algumas vezes, o resultado pode advir de uma pluralidade de comportamentos (um conjunto de fatores)
entre os quais a conduta do agente aparece como seu principal (mas não único) elemento desencadeante.

Espécies de concausas

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 Preexistente: a causa efetiva antecede o comportamento concorrente.
 Concomitante: a causa efetiva é simultânea ao comportamento concorrente.
 Superveniente: a causa efetiva é posterior ao comportamento concorrente.

Concausa absolutamente independente preexistente


Ex. Tício, de maneira insidiosa, serve veneno a seu inimigo Caio, visando matá-lo. Uma hora depois, Mévio, que
também é inimigo de Caio, desfere-lhe um tiro. Tício vem a falecer no dia seguinte em razão da ingestão do veneno.

 Causa efetiva:
 Causa concorrente:

Concausa absolutamente independente

Concomitante
Ex. No momento em que Tício efetua disparos de arma de fogo contra Caio, o teto da casa deste desaba sobre sua
cabeça.
 Causa efetiva:
 Causa concorrente:

Superveniente
Ex. Tício ministra veneno em Caio. Antes do psicotrópico "fazer efeito“ surge Mévio que efetua disparos de arma de
fogo em Caio, matando-o.
 Causa efetiva:
 Causa concorrente:

Conclusão: Na concausa absolutamente independente (preexistente, concomitante ou superveniente), a causa con-


corrente deve ser punida na forma tentada.

Preexistente
Ex. Caio, portador de hemofilia é vítima de um golpe de faca executado por Tício. O ataque para matar produziu
lesão leve, mas em razão da doença preexistente acabou sendo suficiente para matar a vítima.
 Causa efetiva:
 Causa concorrente:

Questão: E se o sujeito desfere o golpe para lesionar o hemofílico, mas este acaba falecendo?

Questão: E se Tício não tinha conhecimento da doença de Caio?

Atenção! Para evitar responsabilidade penal objetiva, o Direito Penal moderno, em casos como a morte do hemo-
fílico, corrige essa conclusão, de maneira que somente seria possível imputar homicídio consumado ao agente caso
ele soubesse da condição de saúde da vítima. Do contrário, haveria tentativa de homicídio.

Concausa relativamente independente

Concomitante
Ex. Tício dispara contra Caio. Este, ao perceber a ação do agente tem um colapso cardíaco e morre.
 Causa efetiva:
 Causa concorrente:

Relação de causalidade
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-
se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

Superveniência de causa independente


§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

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Concausa relativamente independente superveniente

Superveniência de causa independente


Art. 13, § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu
o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

Ex1. Tício atira para matar Caio. Caio é socorrido. Enquanto convalesce no hospital, seu quarto pega fogo e Caio
morre.

 Causa efetiva:
 Causa concorrente:

Ex2. Tício atira para matar Caio. Caio é socorrido, mas morre na mesa de cirurgia em face de erro médico.

 Causa efetiva:
 Causa concorrente:
 O resultado é uma evolução natural do quadro, um desdobramento previsível:
 O resultado não é uma evolução natural do quadro, é algo totalmente imprevisível:

Ex3. Tício atira em Caio, que é socorrido por uma ambulância. No caminho do hospital sofre um acidente e Caio
morre de traumatismo craniano.

 Causa efetiva:
 Causa concorrente:

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