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Aula 11
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 13
Olá pessoal! Na aula de hoje estudaremos dois assuntos:
Processo Administrativo Federal – Lei 9.784/1999; e
Lei de Acesso à Informação - Lei 12.527/2011.
SUMÁRIO
ABRANGÊNCIA E APLICAÇÃO
4 REsp 1.092.202/DF
PRINCÍPIOS
Gratuidade
Oficialidade
O processo administrativo pode ser instaurado por iniciativa do
administrado (quando ele apresenta um requerimento, por exemplo) ou
por iniciativa da própria Administração (de ofício).
O princípio da oficialidade, também chamado de princípio do
impulso oficial do processo, é que possibilita a Administração instaurar
5Mais a frente, ao estudarmos o parágrafo único do art. 2º, faremos uma tabela que ajudará a relembrar
esses princípios.
Informalismo
Nos processos administrativos, a necessidade de obediência à forma
é muito menos rigorosa do que nos processos judiciais. Por isso é que se
diz que os processos administrativos são regidos pelo informalismo ou,
segundo alguns autores, pelo formalismo moderado.
7 Quando for admitido atos processuais produzidos verbalmente, seu conteúdo deve ser reduzido a termo,
isto é, passado a escrito.
Verdade material
Nos processos administrativos, diversamente do que ocorre nos
processos judiciais, os responsáveis pela condução do processo não
precisam ficar restritos às informações constantes dos autos para a
formação das suas convicções e para a construção das decisões a serem
proferidas.
Ao contrário, a Administração deve procurar conhecer como o fato
efetivamente ocorreu no mundo real, e não ficar presa às informações
trazidas aos autos do processo. Trata-se do denominado princípio da
verdade material, ou da verdade real ou, ainda, da liberdade da
prova10.
Em decorrência desse princípio, a Administração Pública pode trazer
aos autos quaisquer informações que possam auxiliar na apuração dos
Nos processos judiciais, ao contrário, aplica-se a chamada verdade formal ou verdade dos autos, de
10
modo que o juiz só aprecia os fatos e as provas trazidas aos autos pelas partes.
Gratuidade
Nos processos administrativos, diversamente do que ocorre nos
processos judiciais, é proibida a cobrança de despesas processuais. Não
podem ser cobrados, por exemplo, custas processuais e ônus de
sucumbência.
Em outras palavras, a regra é a gratuidade dos atos processuais.
Contudo, é possível a cobrança caso haja previsão legal. No concurso
público, por exemplo, é lícita a cobrança de taxa de inscrição.
*****
11LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e
os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
INÍCIO DO PROCESSO
De ofício
Instauração A pedido
Instrução
Decisão
Gabarito: Certo
7. (Cespe – CNJ 2013) É defeso à administração recusar imotivadamente o
recebimento de documentos. Nesse caso, o servidor deverá orientar o interessado
quanto ao suprimento de eventuais falhas.
Comentário: “Defeso” quer dizer “vedado”, “proibido”. Portanto, a
questão está de acordo com o art. 6º transcrito na questão anterior, ou seja,
está correta.
Gabarito: Certo
8. (Cespe – TJDFT 2013) O processo administrativo pode ser iniciado a pedido
do interessado, mediante formulação escrita, não sendo admitida solicitação oral.
Comentário: De fato, a regra é o requerimento inicial ser formulado por
escrito. Contudo, podem existir situações em que seja admitida solicitação
oral, conforme previsto no caput do art. 6º transcrito anteriormente, daí o erro.
Gabarito: Errado
LEGITIMADOS
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha
amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os
respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Impedimento Suspeição
Deve ser declarado pelo próprio Pode ser arguida pelo próprio
servidor servidor ou por outros interessados
Obrigatório! Facultativo!
interessado for seu primo, a menos que haja alguma norma específica para os
processos que tramitam no referido Tribunal.
Gabarito: Errado
11. (Cespe – TJDFT 2013) O servidor que estiver litigando judicialmente contra a
companheira de um interessado em determinado processo administrativo estará
impedido de atuar nesse processo.
Comentário: Estar litigando judicial ou administrativamente com o
interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro é uma das causas de
impedimento para atuar em processo administrativo (art. 18, III). O servidor que
incorrer nesse tipo de situação deve comunicar o fato à autoridade competente
e abster-se de atuar. A omissão do dever de comunicar o impedimento
constitui falta grave, para efeitos disciplinares (art. 19).
Gabarito: Certo
INTIMAÇÃO DO INTERESSADO
Finalidade da intimação;
Data, hora e local em que deve comparecer;
O art. 26, §5º, segundo o qual “as intimações serão nulas quando
feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento
do administrado supre sua falta ou irregularidade”, apresenta o já
comentado exemplo de aplicação do princípio da instrumentalidade das
formas.
Já o art. 27 consagra o princípio da verdade material, ao estabelecer
que “o desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da
verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado”. Quer dizer
que o simples fato de o administrado desatender à intimação não implica
a presunção da sua culpa, tampouco significa confissão ou renúncia a
direitos que porventura lhes sejam assegurados, como o direito à ampla
defesa. Entretanto, se o interessado desatender a intimação, seu direito
de ampla defesa será garantido no prosseguimento do processo, ou seja,
a tramitação processual não irá retroceder para lhe dar oportunidade de
se manifestar14.
14Vale lembrar que o interessado tem o direito de apresentar documentos até antes da fase de decisão,
sendo a Administração obrigada a apreciá-los (art. 3º, III). Portanto, ainda que o interessado tenha
perdido a oportunidade de se manifestar na intimação, poderá apresentar suas alegações posteriormente,
ainda antes da decisão final.
INSTRUÇÃO E DECISÃO
Gabarito: Errado
16. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que o ICMBio tenha instaurado processo
administrativo que necessite da realização de atos em município que não tenha
órgão hierarquicamente subordinado ao instituto. Nessa situação, se houver,
naquela localidade, outro órgão administrativo apto a executar os atos necessários à
instrução do processo, é possível que parte da competência do instituto lhe seja
delegada.
Comentário: Trata-se de assunto delegação de competências, estudado
na aula sobre atos administrativos. A resposta está no art. 12 da
Lei 9.784/1999:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial.
Gabarito: Certo
2ª instância
1ª instância 3ª instância
15Lei 11.417/2006, art. 7º: Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de
súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal
Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação. § 1o Contra omissão ou ato
da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias
administrativas.
18. (Cespe – Suframa 2014) Considerando que uma empresa tenha solicitado à
SUFRAMA a concessão de benefícios fiscais previstos em lei para as empresas da
ZFM que observassem o processo produtivo básico previsto em regulamento, julgue
o item abaixo.
Em caso de indeferimento do pedido da empresa, caberá recurso administrativo, que
será dirigido à autoridade que proferiu a decisão. Se não a reconsiderar no prazo de
cinco dias, a autoridade o encaminhará à autoridade superior.
Comentário: O recurso administrativo regido pela Lei 9.784/1999
desenvolve-se em três instâncias, sendo a primeira delas a própria autoridade
autora da decisão impugnada, a quem o recurso deverá ser dirigido
inicialmente. Na verdade, trata-se de um pedido de reconsideração, para que a
autoridade “pense melhor” a respeito da decisão que tomou. O prazo para ela
decidir se reconsidera ou não seu ato anterior é de 5 dias; caso não
reconsidere, deverá encaminhar o recurso à autoridade superior, aí sim
configurando um recurso hierárquico. É o que diz o art. 56 da Lei 9.784:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade
e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
Gabarito: Certo
19. (Cespe – CADE 2014) Considere que Paulo figure como interessado em
processo administrativo em tramitação em determinada autarquia e que tenha sido
prolatada decisão desfavorável pelo órgão administrativo colegiado competente.
Considere, ainda, que Paulo, em razão da delegação de competência feita pelo
órgão colegiado, tenha interposto recurso administrativo decidido pelo presidente do
órgão colegiado. Nessa situação, deverá haver nulidade na decisão prolatada pelo
presidente.
Comentário: Conforme o art. 13 da Lei 9.784, a decisão de recursos
administrativos é um ato indelegável. Portanto, o órgão colegiado não poderia
ter delegado a competência ao presidente do órgão, de modo que a decisão
por ele prolatada no recurso padece de vício insanável de competência, ou
seja, é nula.
Gabarito: Certo
CONTAGEM DE PRAZOS
16O primeiro dia da contagem seria o dia 11 (terça-feira), o segundo 12 (quarta-feira) e o terceiro, que
coincide com o vencimento, seria o dia 13 (quinta-feira).
Para todos os atos, inexistindo 5 dias, salvo força maior, prorrogáveis por até
Art. 24
disposição específica igual período, se justificado.
Manifestação do interessado
10 dias, salvo determinação legal. Art. 44
após encerrada a instrução
*****
Bem pessoal. Finalizamos aqui o estudo do processo administrativo
federal segundo a Lei 9.784/1999. Ao final da aula teremos ainda mais
algumas questões de prova sobre o tema.
Passemos agora a tratar da outra lei objeto da aula de hoje: a Lei de
Acesso à Informação – Lei 12.527/2011. Também aqui recomendo
que você tenha a lei em mãos para um melhor aproveitamento do estudo.
Em frente!
ABRANGÊNCIA
17XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
18§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta,
regulando especialmente:
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o
disposto no art. 5º, X e XXXIII;
19§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as
providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
DIRETRIZES
23. (Cespe – Ibama 2013) Considere que determinada entidade pública tenha
recebido um pedido de acesso a informação contida em estudo de impacto
ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental e esses documentos estejam
disponibilizados em formato impresso ou eletrônico na Internet, a referida entidade
ficará desonerada de fornecê-lo diretamente ao requerente, bastando que este seja
informado, ainda que oralmente, do local e da forma de consulta.
Comentário: De fato, caso a informação solicitada já esteja disponível em
meio de acesso universal, a Administração poderá simplesmente comunicar ao
requerente o lugar e a forma pela qual ele poderá fazer a consulta. O erro é que
essa comunicação deve ser feita por escrito, e não oralmente. É o que diz o
art. 11, §6º da LAI:
§ 6o Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em formato impresso,
eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal, serão informados ao
requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou
reproduzir a referida informação, procedimento esse que desonerará o órgão ou
entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo se o requerente
declarar não dispor de meios para realizar por si mesmo tais procedimentos.
Gabarito: Errado
Gabarito: Certo
27. (Cespe – CADE 2014) Considere que tenha sido requerida ao CADE
determinada informação que não seja da sua competência. Considere, ainda, que o
conselho tenha conhecimento do órgão que a detém. Nessa situação, o CADE
deverá remeter o requerimento ao órgão competente, bem como avisar o
interessado sobre a remessa do seu pedido de informação.
Comentário: Conforme o art. 11, §1º, III da LAI, se não for possível
conceder o acesso imediato à informação solicitada, o órgão ou entidade que
receber o pedido deverá indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a
entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou
entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação.
Gabarito: Certo
28. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que, em 2014, um cidadão tenha solicitado
acesso a documentação produzida e classificada como reservada pelo ICMBio em
2008. Nessa situação, o instituto poderá indeferir o pedido, a depender do conteúdo
da documentação.
Comentário: A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, a
depender o seu conteúdo e em razão de sua imprescindibilidade à segurança
da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta,
secreta ou reservada, hipótese em que o acesso a essa informação ficará
restrito, em regra, por 25, 15 ou 5 anos, respectivamente (LAI, art. 24).
Contudo, a LAI também estabelece que “as informações que puderem colocar
em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e
respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e
ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último
mandato, em caso de reeleição”. Sendo assim, a documentação classificada
como reservada pelo ICMBio em 2008, cujo prazo de restrição de acesso,
ordinariamente, terminaria em 2013 (cinco anos), poderia ficar restrita por mais
tempo caso seu conteúdo pudesse colocar em risco a segurança do PR e Vice
RECURSOS
29. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que
corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
No caso de indeferimento de acesso às informações, poderá o interessado recorrer
a autoridade superior à entidade que negou o pedido. Se for mantida a decisão, o
cidadão poderá recorrer à Controladoria Geral da União.
Comentário: De fato, em caso de negativa de acesso, o interessado
poderá recorrer à autoridade hierarquicamente superior à que negou o pedido.
Porém, o recurso à CGU só é possível quando a negativa de acesso partir de
órgão ou entidade do Poder Executivo Federal. Na questão, tratava-se de ente
estadual, daí o erro.
Gabarito: Errado
RESPONSABILIDADES
Multa;
Rescisão do vínculo com o poder público;
*****
Bem pessoal, essas foram as linhas gerais da Lei de Acesso à
Informação, em que abordamos os seus principais pontos. Para
aprofundar o assunto, recomendo a leitura completa da Lei 12.527/2011 e
também do Decreto 7.724/2012, que regulamenta a LAI no âmbito do
Executivo Federal.
Com isso terminamos a parte teórica da aula de hoje. Como já é de
praxe, vamos resolver algumas questões de prova
31. (Cespe – Auditor TCE PR 2016) À luz da Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção
correta.
A) Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se, no mês do
vencimento, não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, e referido mês
terminar em dia útil, ter-se-á como termo final do prazo o primeiro dia útil do mês
seguinte.
B) A revisão do processo administrativo que resultar em aplicação de sanção
dependerá da manifestação do apenado.
C) Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial do
interessado, incluindo-se na contagem o dia da notificação.
D) Para efeito de prioridade na tramitação dos procedimentos administrativos, são
consideradas idosas as pessoas com mais de sessenta e cinco anos de idade.
E) O recurso administrativo deve ser dirigido à autoridade que proferir a decisão
recorrida; se não reconsiderar a decisão, tal autoridade terá de encaminhar o
recurso à autoridade que lhe for superior.
Comentário:
a) ERRADA. A regra correta é a seguinte, prevista no art. 66, §3º da Lei
9.784/99:
§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do
vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como
termo o último dia do mês.
34. (Cespe – Suframa 2014) Considerando que uma empresa tenha solicitado à
SUFRAMA a concessão de benefícios fiscais previstos em lei para as empresas da
ZFM que observassem o processo produtivo básico previsto em regulamento, julgue
o item abaixo.
O eventual indeferimento do referido pedido, assim como os demais atos que
neguem direitos à empresa, deverá ser necessariamente motivado.
Comentário: O indeferimento do pedido da empresa corresponde a uma
negativa de direito por parte da Administração, afinal, o benefício fiscal estava
previsto em lei. Dessa forma, o ato administrativo que nega a concessão do
benefício deve ser necessariamente motivado, com indicação expressa dos
fatos e dos fundamentos jurídicos que levara àquela decisão. É o que diz o art.
50, I da Lei 9.784/1999:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e
dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
Gabarito: Errado
36. (Cespe – Polícia Federal 2014) Suponha que uma autoridade administrativa
delegue determinada competência a um subordinado e que, no exercício dessa
delegação, este pratique ato ilegal que fira direito líquido e certo. Nessa situação,
eventual mandado de segurança deve ser impetrado em face da autoridade
delegante.
Comentário: O ato praticado sob delegação reputa-se praticado pelo
delegado, isto é, por quem efetivamente praticou a ação, o qual, inclusive,
responderá por eventuais irregularidades no exercício da competência
delegada. É o que diz o art. 14, §3º da Lei 9.784/1999:
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
37. (Cespe – CNJ 2013) Quando uma autoridade administrativa delega parte de
sua competência, ela pode revogá-la a qualquer tempo.
Comentário: A delegação de competências é ato discricionário da
autoridade delegante, razão pela qual pode ser revogada a qualquer tempo. A
própria Lei 9.784/99, em seu art. 14, §2º, possui disposição expressa nesse
sentido:
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
Gabarito: Certo
40. (Cespe – Polícia Federal 2013) De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, que
regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, um
órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal e
quando conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial, delegar parte da sua competência a outros órgãos,
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados.
Comentário: Para responder o quesito, basta conhecer o art. 12 da
Lei 9.784/1999:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Gabarito: Certo
42. (Cespe – TCU 2013) Com relação à Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo
administrativo no âmbito da administração pública federal, julgue o item a seguir.
Gabarito: Errado
43. (Cespe – MIN 2013) Órgãos colegiados podem delegar a seus respectivos
presidentes a edição de atos de caráter normativo.
Comentário: Segundo o art. 12, parágrafo único, da Lei 9.784/99, é
possível que os órgãos colegiados, a exemplo dos conselhos administrativos
de recursos da Receita Federal, deleguem parte de suas competências aos
respectivos presidentes:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
44. (Cespe – MIN 2013) O processo administrativo pode ser instaurado de ofício
pela própria administração pública, ou a pedido do interessado, ao passo que as
atividades de instrução destinadas a averiguar os dados necessários à tomada de
decisão só podem realizar-se de ofício, mediante impulsão do órgão responsável
pelo processo.
Comentário: É certo que o processo administrativo pode ser instaurado
de ofício pela própria administração pública, ou a pedido do interessado, nos
termos do art. 5º da Lei 9.784/99.
Gabarito: Errado
47. (Cespe – Ibama 2013) De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, serão sempre
motivados os atos administrativos que decidam processos administrativos de
seleção pública e recursos administrativos e revoguem ato administrativo
anteriormente praticado.
Gabarito: Certo
51. (Cespe – TJ/RR 2013) Com base no disposto na Lei n.º 9.784/1999, que
regula os processos administrativos, assinale a opção correta.
a) A competência, irrenunciável, pode ser delegada a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não sejam hierarquicamente subordinados ao órgão originalmente
competente, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.
b) O não atendimento da intimação para ciência de decisão importa o
reconhecimento da verdade dos fatos pelo administrado.
c) O andamento do processo administrativo deve ser feito mediante atuação do
interessado, vedada a impulsão de ofício.
d) A edição de atos de caráter normativo poderá ser delegada, desde que a
delegação se mostre conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.
e) O descumprimento do regime de tramitação prioritária dos processos em que
figurem como parte ou interessado maiores de sessenta anos de idade e portadores
de deficiência física ou mental sujeitará o magistrado ou servidor público
responsável às penalidades previstas em lei e à reparação das perdas e danos
sofridos pelo beneficiado.
Comentários: Vamos analisar cada assertiva:
a) CERTA, nos termos do art. 12 da Lei 9.784/1999:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
53. (ESAF – CGU 2012) A respeito dos prazos atinentes aos processos
administrativos em geral e sua forma de contagem, nos termos da Lei n. 9.784/99,
assinale a opção correta.
a) Não há distinção na forma de contagem entre prazos fixados em dias e fixados
em meses ou anos.
b) Prazo fixado em meses cujo vencimento se daria em 28 de fevereiro, tem seu
termo em 10 de março.
c) Prazos fixados em dias ou meses contam-se de modo contínuo.
d) Os prazos começam a correr da data em que foi praticado o ato ou a tomada de
decisão.
e) Ameaça de bomba que força o encerramento do expediente, antes da hora
normal, prorroga o prazo até o primeiro dia útil seguinte.
Comentário: Vamos analisar cada alternativa.
a) ERRADA. Nos termos do art. 66, §§2º e 3º da Lei 9.784/99, os prazos
expressos em dias contam-se de modo contínuo, enquanto os prazos fixados
em meses ou anos contam-se de data a data (ex: prazo de um mês iniciado em
1º de janeiro vence em 1º de fevereiro).
b) ERRADA. Os prazos fixados em meses são contados de data a data.
Assim, um prazo iniciado em 28 de fevereiro, contado em meses, só poderia
ter seu termo em 28 de março (um mês), 28 de abril (dois meses) e assim por
diante. Jamais poderia ser em 10 de março, pois quebraria a regra do “data a
data”.
c) ERRADA. Apenas os prazos fixados em dias são contados de modo
contínuo; os fixados em meses contam-se “data a data”.
d) ERRADA. Nos termos do art. 66, caput da Lei 9.784/99, os prazos
começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da
54. (Cespe – TCU 2015) Eventuais recursos contra decisão emanada em processo
administrativo devem ser dirigidos à autoridade que a tiver proferido, que tem poder
para realizar juízo de retratação e reconsiderar a decisão.
Comentário: A questão está de acordo com o art. 56 da Lei 9.784/99:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e
de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
Gabarito: Certo
55. (Cespe – TCU 2015) Existem três níveis para a classificação da informação:
ultrassecreto, secreto e reservado, com prazos de sigilo de vinte e cinco, quinze e
cinco anos, respectivamente.
Comentário: O item está em conformidade com o art. 24 da Lei de Acesso
à Informação:
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu
teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado,
poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a
classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os
seguintes:
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
II - secreta: 15 (quinze) anos; e
Gabarito: Certo
Gabarito: Errado
58. (Cespe – STJ 2015) Os órgãos do Poder Judiciário não estão submetidos à lei
mencionada [Lei de Acesso à Informação], pois seus documentos de arquivo
possuem uma grande quantidade de informações pessoais.
Comentário: A Lei de Acesso à Informação se aplica aos órgãos públicos
integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo,
incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público.
Também abrange as autarquias, as fundações públicas, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
assim como as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para
realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do
orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de
parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
Gabarito: Errado
59. (Cespe – STJ 2015) Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei n.º
12.257/2011), julgue o item a seguir: Quando for extraviada uma informação
solicitada, o solicitante poderá requerer a abertura de sindicância para apurar o seu
desaparecimento.
Comentário: O item está em conformidade com o seguinte dispositivo da
Lei de Acesso à Informação:
Art. 7º (...)
§ 5o Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à
autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o
desaparecimento da respectiva documentação.
Gabarito: Certo
61. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que
corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
No requerimento devem constar os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as
informações, para que seja feita a devida verificação de seus interesses.
Comentário: Segundo o art. 10 da LAI, “qualquer interessado poderá
apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos
no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a
identificação do requerente e a especificação da informação requerida”.
Perceba que a lei exige que o requerimento apresente, apenas, a identificação
do requerente e a especificação da informação requerida, mas não os motivos
pelos quais o cidadão pretende obter as informações.
Aliás, para não deixar dúvidas a respeito da desnecessidade de
apresentação dos motivos da solicitação, o art. 10, §3º da LAI prescreve que
“são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da
solicitação de informações de interesse público”.
Gabarito: Errado
62. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que
corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
O acesso às informações poderá ser negado, caso exijam trabalhos adicionais de
análise, interpretação ou consolidação de dados, ou ainda serviço de produção ou
tratamento de dados que não seja de competência da entidade.
Comentário: A resposta está no Decreto 7.724/2012, que regulamenta a
LAI no âmbito do Poder Executivo federal. Vejamos:
Art. 13. Não serão atendidos pedidos de acesso à informação:
I - genéricos;
II - desproporcionais ou desarrazoados; ou
III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de
dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não
seja de competência do órgão ou entidade.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso III do caput, o órgão ou entidade deverá, caso
tenha conhecimento, indicar o local onde se encontram as informações a partir das
quais o requerente poderá realizar a interpretação, consolidação ou tratamento de
dados.
Gabarito: Certo
63. (Cespe – Bacen 2013) O órgão público não pode exigir do particular que ele
apresente os motivos determinantes da solicitação de informações de interesse
público por ele realizada.
Comentário: Segundo o art. 10, §3º da LAI, “são vedadas quaisquer
exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações
de interesse público”. Em outras palavras, a Administração não pode exigir
Gabarito: Certo
65. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que o ICMBio tenha indeferido o pedido de
acesso a informações de determinado projeto de pesquisa por ele coordenado, ao
argumento de que as informações constantes desse projeto de pesquisa seriam
sigilosas. Nessa situação, está correta a ação do instituto, pois a Lei de Acesso à
informação veda o acesso a esses projetos, independentemente de seu conteúdo.
Comentário: O art. 7º, §1º restringe o acesso a informações relativas a
determinados projetos de pesquisa, quais sejam, àqueles “cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”. Veja:
§ 1o O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações
referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
66. (Cespe – ICMBio 2014) O cidadão tem direito de receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse ou de interesse coletivo.
Comentário: A assertiva está de acordo com o previsto no art. 5º, XXXIII
da Constituição Federal:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Ressalte-se que a Lei de Acesso à Informação foi editada justamente para
regulamentar esse comando constitucional.
Gabarito: Certo
67. (ESAF – STN 2013) A chamada Lei de Acesso à Informação (Lei n. 12.527, de
18 de novembro de 2011) foi um marco nas relações entre cidadão e Estado. Ela
estabelece que as informações de interesse coletivo ou geral deverão ser divulgadas
de ofício pelos órgãos públicos, espontânea e proativamente, independentemente de
solicitações.
Sinteticamente, estabelece que o acesso à informação pública é a regra, e o sigilo, a
exceção. Sobre esta lei, avalie os itens a seguir e assinale a opção incorreta.
a) São estabelecidos prazos para que sejam repassadas as informações ao
solicitante. A resposta deve ser dada imediatamente, se estiver disponível, ou em
até 20 dias, prorrogáveis por mais 10 dias.
b) Justificado o pedido, e identificado o requerente, o serviço de busca e
fornecimento das informações é gratuito, salvo cópias de documentos.
c) Nos casos em que a informação estiver sob algum tipo de sigilo previsto em Lei, é
direito do requerente obter o inteiro teor da negativa de acesso.
68. (ESAF – DNIT 2013) Acerca dos novos conceitos trazidos pela Lei do Acesso à
Informação, correlacione as colunas abaixo e, ao final, assinale a opção que
contenha a sequência correta para a para a Coluna II.
COLUNA I COLUNA II
(1) Documento. ( ) Qualidade do que foi coletado na
fonte, sem modificações.
(2) Primariedade. ( ) Unidade de registro de informações,
qualquer que seja o suporte ou
formato.
(3) Integridade. ( ) Qualidade daquilo que não foi
modificado, inclusive quanto à
origem, trânsito e destino.
a) 1 / 2 / 3
b) 3 / 2 / 1
c) 2 / 1 / 3
d) 3 / 1 / 2
e) 1 / 3 / 2
Erick Alves
JURISPRUDÊNCIA
2. O art. 54, § 2º, da Lei nº 9.784/99 preconiza que a adoção pela Administração
de qualquer medida tendente a questionar o ato no prazo de 5 (cinco) anos de
sua edição já se mostra suficiente a afastar a decadência, não sendo
indispensável, para tanto, a instauração de procedimento administrativo.
3. A concessão da segurança exigiria profunda investigação acerca da existência
ou não de medida prévia tomada com o escopo de contestar o ato de anistia, o
que novamente não se coaduna com os estreitos contornos do mandado de
segurança, o qual, como é cediço, requer prova pré-constituída do suposto
direito líquido e certo vindicado.
5. Segurança denegada.
*****
RESUMÃO DA AULA
PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL LEI 9.784/1999
Lei 9.784 aplica-se Estados, DF e Municípios que não possuem leis próprias (jurisprudência STJ).
de forma subsidiária Processos administrativos federais regulados por leis específicas (ex: PAD).
Trâmite processual:
Início do processo -> de ofício ou a pedido (de regra, por escrito, salvo quando admitida solicitação oral).
É vedada a recusa imotivada de recebimento de documentos. O servidor deve orientar o interessado.
Vários interessados com pedido idêntico podem formular um único requerimento.
Inexistindo competência legal específica, o processo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor
grau hierárquico para decidir.
Impedimento -> situações objetivas -> Interesse direto ou indireto na matéria; participação no processo
(do servidor ou de seu cônjuge e parente e afins até 3º grau) como perito, testemunha ou representante;
litígio judicial ou administrativo com o interessado e respectivo cônjuge ou companheiro -> Deve ser
declarado pelo próprio servidor -> Obrigatório!
Suspeição -> situações subjetivas -> Amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou
com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o 3º grau -> Pode ser arguida pelo
próprio servidor ou por outros interessados -> Facultativo!
ATO PRAZO
Para todos os atos, inexistindo 5 dias, salvo força maior, prorrogáveis por até igual período, se
disposição específica justificado.
Emissão de parecer de órgão 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior
consultivo prazo.
Transparência ativa:
As informações são disponibilizadas pela Administração, independentemente de solicitação.
É obrigatória a divulgação na internet de informações de interesse geral e coletivo, exceto para
Municípios com até 10 mil habitantes.
Transparência passiva:
As informações são transmitidas em resposta a requerimento do interessado.
É vedado exigir que o solicitante apresente os motivos determinantes do pedido.
Se disponível, a informação deve ser dada de imediato; caso contrário, o órgão terá 20 dias, prorrogável
por mais 10, para disponibiliza-la, nega-la, comunicar que a não possui ou indicar quem possui.
A negativa de acesso às informações deve ser fundamentada, sob pena de sujeitar-se o responsável a
medidas disciplinares.
É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
Informações pessoais: até 100 anos; independe de classificação. O acesso pode ser autorizado por lei
ou consentimento expresso.
Recursos: perante a autoridade superior, no prazo de 10 dias. No Executivo Federal, pode recorrer à CGU.
10. (Cespe – MPTCE/PB 2014) Servidor de tribunal de contas estadual está impedido de
atuar em processo administrativo em trâmite naquele órgão quando o interessado for seu
primo, e a não abstenção em atuar nesse feito gerará nulidade processual.
11. (Cespe – TJDFT 2013) O servidor que estiver litigando judicialmente contra a
companheira de um interessado em determinado processo administrativo estará impedido
de atuar nesse processo.
15. (Cespe – Bacen 2013) Encerrada a instrução, o processo deverá ser imediatamente
remetido à autoridade competente para julgá-lo, para decisão.
16. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que o ICMBio tenha instaurado processo
administrativo que necessite da realização de atos em município que não tenha órgão
hierarquicamente subordinado ao instituto. Nessa situação, se houver, naquela localidade,
outro órgão administrativo apto a executar os atos necessários à instrução do processo, é
possível que parte da competência do instituto lhe seja delegada.
17. (Cespe – Bacen 2013) O interessado que der início a um processo administrativo não
poderá desistir do pedido formulado, devendo o processo tramitar até seu julgamento final.
18. (Cespe – Suframa 2014) Considerando que uma empresa tenha solicitado à
SUFRAMA a concessão de benefícios fiscais previstos em lei para as empresas da ZFM
que observassem o processo produtivo básico previsto em regulamento, julgue o item
abaixo.
Em caso de indeferimento do pedido da empresa, caberá recurso administrativo, que será
dirigido à autoridade que proferiu a decisão. Se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, a
autoridade o encaminhará à autoridade superior.
20. (Cespe – DP/DF 2013) Considere que, negado o pleito de um indivíduo perante a
administração pública, o chefe da respectiva repartição pública tenha inadmitido o recurso
administrativo sob a alegação de que o recorrente não teria apresentado prévio depósito ou
caução, exigidos por lei. Nessa situação hipotética, o agente público agiu de acordo com o
ordenamento jurídico brasileiro, visto que, segundo entendimento do STF, a exigência de
depósito ou caução pode ser realizada desde que amparada por lei.
21. (Cespe – CADE 2014) Nos processos administrativos, os prazos, expressos em dias,
são contados em dias úteis, de acordo com a legislação de regência.
22. (Cespe – Bacen 2013) Sendo pessoas jurídicas de direito privado, as empresas
públicas não estão sujeitas às regras previstas na referida lei.
23. (Cespe – Ibama 2013) Considere que determinada entidade pública tenha recebido
um pedido de acesso a informação contida em estudo de impacto ambiental e respectivo
relatório de impacto ambiental e esses documentos estejam disponibilizados em formato
impresso ou eletrônico na Internet, a referida entidade ficará desonerada de fornecê-lo
diretamente ao requerente, bastando que este seja informado, ainda que oralmente, do local
e da forma de consulta.
25. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Considere que determinado cidadão tenha
apresentado petição no Ministério da Justiça insurgindo-se contra o fato de não ter sido
divulgado no sítio oficial do órgão na Internet programa elaborado com vistas ao combate às
drogas. Nesse caso, tem razão o requerente, haja vista que a divulgação do programa no
sítio é obrigatória.
26. (Cespe – Bacen 2013) O órgão público pode condicionar o atendimento de solicitação
de informações de interesse público à prestação, pelo solicitante, da motivação
determinante para tal solicitação.
27. (Cespe – CADE 2014) Considere que tenha sido requerida ao CADE determinada
informação que não seja da sua competência. Considere, ainda, que o conselho tenha
conhecimento do órgão que a detém. Nessa situação, o CADE deverá remeter o
requerimento ao órgão competente, bem como avisar o interessado sobre a remessa do seu
pedido de informação.
29. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta
sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
No caso de indeferimento de acesso às informações, poderá o interessado recorrer a
autoridade superior à entidade que negou o pedido. Se for mantida a decisão, o cidadão
poderá recorrer à Controladoria Geral da União.
30. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que um servidor público tenha, intencionalmente,
fornecido informação incorreta a respeito do relatório de monitoramento de determinada
unidade de conservação. Nessa situação, se for apurada infração administrativa na conduta
do agente, a ele será aplicada a sanção de advertência.
31. (Cespe – Auditor TCE PR 2016) À luz da Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção
correta.
A) Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se, no mês do
vencimento, não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, e referido mês terminar
em dia útil, ter-se-á como termo final do prazo o primeiro dia útil do mês seguinte.
B) A revisão do processo administrativo que resultar em aplicação de sanção dependerá da
manifestação do apenado.
C) Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial do interessado,
incluindo-se na contagem o dia da notificação.
D) Para efeito de prioridade na tramitação dos procedimentos administrativos, são
consideradas idosas as pessoas com mais de sessenta e cinco anos de idade.
E) O recurso administrativo deve ser dirigido à autoridade que proferir a decisão recorrida;
se não reconsiderar a decisão, tal autoridade terá de encaminhar o recurso à autoridade que
lhe for superior.
34. (Cespe – Suframa 2014) Considerando que uma empresa tenha solicitado à
SUFRAMA a concessão de benefícios fiscais previstos em lei para as empresas da ZFM
que observassem o processo produtivo básico previsto em regulamento, julgue o item
abaixo.
O eventual indeferimento do referido pedido, assim como os demais atos que neguem
direitos à empresa, deverá ser necessariamente motivado.
36. (Cespe – Polícia Federal 2014) Suponha que uma autoridade administrativa delegue
determinada competência a um subordinado e que, no exercício dessa delegação, este
pratique ato ilegal que fira direito líquido e certo. Nessa situação, eventual mandado de
segurança deve ser impetrado em face da autoridade delegante.
37. (Cespe – CNJ 2013) Quando uma autoridade administrativa delega parte de sua
competência, ela pode revogá-la a qualquer tempo.
40. (Cespe – Polícia Federal 2013) De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, que regula o
processo administrativo no âmbito da administração pública federal, um órgão administrativo
e seu titular poderão, se não houver impedimento legal e quando conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial, delegar parte da
sua competência a outros órgãos, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados.
42. (Cespe – TCU 2013) Com relação à Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo
administrativo no âmbito da administração pública federal, julgue o item a seguir.
As disposições da referida lei aplicam-se aos órgãos e às entidades que integram o Poder
Executivo federal, mas não aos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário, que dispõem de
disciplina própria relativamente aos processos de natureza administrativa.
43. (Cespe – MIN 2013) Órgãos colegiados podem delegar a seus respectivos
presidentes a edição de atos de caráter normativo.
44. (Cespe – MIN 2013) O processo administrativo pode ser instaurado de ofício pela
própria administração pública, ou a pedido do interessado, ao passo que as atividades de
47. (Cespe – Ibama 2013) De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, serão sempre motivados
os atos administrativos que decidam processos administrativos de seleção pública e
recursos administrativos e revoguem ato administrativo anteriormente praticado.
51. (Cespe – TJ/RR 2013) Com base no disposto na Lei n.º 9.784/1999, que regula os
processos administrativos, assinale a opção correta.
a) A competência, irrenunciável, pode ser delegada a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não sejam hierarquicamente subordinados ao órgão originalmente competente,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.
52. (ESAF – MIN 2012) O desatendimento, pelo particular, de intimação realizada pela
Administração Pública Federal em processo administrativo
a) não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo
administrado.
b) não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, mas constitui renúncia a direito pelo
administrado, se se tratar de direito disponível.
c) importa o reconhecimento da verdade dos fatos, mas não constitui renúncia automática a
direito pelo administrado, tratando-se de direito indisponível.
d) importa o reconhecimento da verdade dos fatos, e a renúncia a direito pelo administrado.
e) opera extinção do direito de defesa, por opção do próprio particular.
53. (ESAF – CGU 2012) A respeito dos prazos atinentes aos processos administrativos
em geral e sua forma de contagem, nos termos da Lei n. 9.784/99, assinale a opção correta.
a) Não há distinção na forma de contagem entre prazos fixados em dias e fixados em meses
ou anos.
b) Prazo fixado em meses cujo vencimento se daria em 28 de fevereiro, tem seu termo em
10 de março.
c) Prazos fixados em dias ou meses contam-se de modo contínuo.
d) Os prazos começam a correr da data em que foi praticado o ato ou a tomada de decisão.
e) Ameaça de bomba que força o encerramento do expediente, antes da hora normal,
prorroga o prazo até o primeiro dia útil seguinte.
54. (Cespe – TCU 2015) Eventuais recursos contra decisão emanada em processo
administrativo devem ser dirigidos à autoridade que a tiver proferido, que tem poder para
realizar juízo de retratação e reconsiderar a decisão.
55. (Cespe – TCU 2015) Existem três níveis para a classificação da informação:
ultrassecreto, secreto e reservado, com prazos de sigilo de vinte e cinco, quinze e cinco
anos, respectivamente.
57. (Cespe – TCU 2015) Classificam-se como reservadas as informações que puderem
colocar em risco a segurança do presidente, do vice-presidente da República e de
respectivos cônjuges e filhos. Essas informações ficam sob sigilo pelo prazo de cinco anos,
que é o prazo máximo de restrição de acesso à informação classificada como reservada.
58. (Cespe – STJ 2015) Os órgãos do Poder Judiciário não estão submetidos à lei
mencionada [Lei de Acesso à Informação], pois seus documentos de arquivo possuem uma
grande quantidade de informações pessoais.
59. (Cespe – STJ 2015) Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei n.º 12.257/2011),
julgue o item a seguir: Quando for extraviada uma informação solicitada, o solicitante poderá
requerer a abertura de sindicância para apurar o seu desaparecimento.
60. (Cespe – STJ 2015) Os documentos de arquivo que contenham informações pessoais
relativas a intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito de acordo
com a classificação de sigilo.
61. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta
sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
No requerimento devem constar os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as
informações, para que seja feita a devida verificação de seus interesses.
62. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta
sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
O acesso às informações poderá ser negado, caso exijam trabalhos adicionais de análise,
interpretação ou consolidação de dados, ou ainda serviço de produção ou tratamento de
dados que não seja de competência da entidade.
63. (Cespe – Bacen 2013) O órgão público não pode exigir do particular que ele
apresente os motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público por
ele realizada.
64. (Cespe – TCDF 2014) Estão sujeitas às disposições da legislação federal e distrital
que rege o tema entidades que, não tendo fins lucrativos, recebem, para a realização de
ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante
subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordos, ajustes ou
outros instrumentos congêneres.
65. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que o ICMBio tenha indeferido o pedido de acesso
a informações de determinado projeto de pesquisa por ele coordenado, ao argumento de
66. (Cespe – ICMBio 2014) O cidadão tem direito de receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse ou de interesse coletivo.
67. (ESAF – STN 2013) A chamada Lei de Acesso à Informação (Lei n. 12.527, de 18 de
novembro de 2011) foi um marco nas relações entre cidadão e Estado. Ela estabelece que
as informações de interesse coletivo ou geral deverão ser divulgadas de ofício pelos órgãos
públicos, espontânea e proativamente, independentemente de solicitações.
Sinteticamente, estabelece que o acesso à informação pública é a regra, e o sigilo, a
exceção. Sobre esta lei, avalie os itens a seguir e assinale a opção incorreta.
a) São estabelecidos prazos para que sejam repassadas as informações ao solicitante. A
resposta deve ser dada imediatamente, se estiver disponível, ou em até 20 dias,
prorrogáveis por mais 10 dias.
b) Justificado o pedido, e identificado o requerente, o serviço de busca e fornecimento das
informações é gratuito, salvo cópias de documentos.
c) Nos casos em que a informação estiver sob algum tipo de sigilo previsto em Lei, é direito
do requerente obter o inteiro teor da negativa de acesso.
d) Quando a informação for parcialmente sigilosa, fica assegurado o acesso, por meio de
certidão, extrato ou cópia, com a ocultação da parte sob sigilo.
e) Informações sob a guarda do Estado que dizem respeito à intimidade, honra e imagem
das pessoas, por exemplo, não são públicas e só podem ser acessadas pelos próprios
indivíduos e por terceiros, apenas em casos excepcionais previstos na Lei.
68. (ESAF – DNIT 2013) Acerca dos novos conceitos trazidos pela Lei do Acesso à
Informação, correlacione as colunas abaixo e, ao final, assinale a opção que contenha a
sequência correta para a para a Coluna II.
COLUNA I COLUNA II
(1) Documento. ( ) Qualidade do que foi coletado na
fonte, sem modificações.
(2) Primariedade. ( ) Unidade de registro de informações,
qualquer que seja o suporte ou
formato.
(3) Integridade. ( ) Qualidade daquilo que não foi
modificado, inclusive quanto à
origem, trânsito e destino.
a) 1 / 2 / 3
b) 3 / 2 / 1
c) 2 / 1 / 3
d) 3 / 1 / 2
e) 1 / 3 / 2
*****
GABARITO
2) E 3) E 4) E 5) e
1) E
7) C 8) E 9) C 10) E
6) C
12) C 13) E 14) E 15) E
11) C
17) E 18) C 19) C 20) E
16) C
22) E 23) E 24) C 25) C
21) E
27) C 28) C 29) E 30) E
26) E
32) C 33) C 34) C 35) E
31) e
37) C 38) E 39) C 40) C
36) E
42) E 43) E 44) E 45) E
41) E
47) C 48) E 49) E 50) d
46) E
52) a 53) e 54) C 55) C
51) a
57) E 58) E 59) C 60) E
56) E
62) C 63) C 64) C 65) E
61) E
67) b 68) c 69) b 70) e
66) C
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros,
2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões
comentadas. Estratégia Concursos, 2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
Júnior, C. F; Bernardes, S. H. Licitações e Contratos. Rio de Janeiro: Elsevier: 2008
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 40ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.