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As citações bíblicas utilizadas nesta apostila foram extraídas


da Bíblia versão Almeida Corrigida e Fiel (ACF), © Copyright
2007 –. Sociedade Bíblica Trinitariana e da Bíblia de Estudo
Pentecostal versão Almeida revista e corrigida (ARC), ©
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de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nr 9394, de 20
dezembro de 1996).

A presente apostila foi baseada nos princípios basilares e mais importantes da


disciplina em pauta.
A orientação pedagógica seguiu a metodologia do “CORE” no qual é empregado o
direcionamento útil e a abordagem prática do ensino, procurando apontar os
tópicos necessários para uma excelente práxis pedagógica.
O material produzido é de excelente qualidade e revisada por pedagogos, teólogos
e professores com o objetivo de apresentar uma apostila de propriedade
incomparável.
Seminarista,
Aproveite esta oportunidade ímpar que o Senhor lhe concede para se preparar para
sua obra.
Lembre-se:
“O meu povo foi destruído porque lhe faltou conhecimento.” Os 4.6

A Direção
Obs: Os seminaristas poderão opinar, comentar e nos mandar, via e-mail, qualquer
contribuição para esta apostila e caso não concorde com qualquer opinião aqui
assinalada, fique a vontade para comentar.
O Itemol agradece a sua colaboração.

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Apresentação

"Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. E aconteceu que, semeando

ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu

e a comeram. E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e

nasceu logo, porque não tinha terra profunda. Mas, saindo o sol, queimou-se

e, porque não tinha raiz, secou-se. E outra caiu entre espinhos, e, crescendo

os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto. E outra caiu em boa terra e deu

fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro,

cem. E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça" (Marcos 4. 3 - 8).

Meus queridos irmãos, o que aprendemos desta passagem bíblica, é que o

Mestre Jesus compara semear com a pregação do evangelho de Cristo, e a

lição extraída do texto, é, que nem sempre o resultado é o esperado, haja

vista, os vários tipos de terrenos em que a semente foi semeada. Logo, não

depende do semeador (pregador), ou da semente (evangelho), para

obtermos boa colheita, mas sim, do tipo de terreno (coração), em que a

semente caiu.

Vejamos os tipos de terrenos que a parábola sugere:

1 - Beira do caminho - A Palavra é semeada, mas facilmente satanás a tira

dos corações.

2 - Pedregais - Esses recebem com prazer, e logo a semente germina, mas

infelizmente não tem terra e conseqüentemente não tem raízes profundas, o


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que as deixam vulneráveis às perseguições e tribulações, por causa da

Palavra. Esses logo se escandalizam e morrem.

3 - Espinhos - Essa não consegue ser frutífera, em virtude de os espinhos

(prazeres deste mundo, riqueza, cobiças) a sufocarem, e impedir que os seus

frutos apareçam.

4 - Boa Terra - São os que receberam a Palavra do Senhor e nunca se

desviaram.

A disciplina que o caro aluno tem em mãos fala da tarefa primordial

da Igreja (Missão). Portanto, estude, pesquise, busque um pouco mais

daquilo que Deus tem para nos oferecer.

A Igreja tem várias tarefas, entre elas a evangelização e as missões.

Mas o que é missões? Segundo o missiólogo presbiteriano Ronaldo Lidório,

missões é um movimento salvífico e kerygmático que parte do coração e da

volição de Deus, revelado nas Escrituras, onde o Evangelho é prometido, no

Messias, a todas as pessoas em todas as etnias espalhadas pelo mundo. O

teólogo assembleiano Claudionor de Andrade define missões como a

transmissão consciente e planejada das Boas Novas de Cristo além das

fronteiras nacionais e culturais. A missão principal da Igreja é adorar a Deus,

anunciar o evangelho a toda criatura e fazer discípulos por meio do ensino.

A igreja evangélica só é evangélica se anunciar o evangelho.

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Um pouco de história

O Brasil é o terceiro país protestante do mundo. Esse status deve-se ao

trabalho de incansáveis missionários que atuaram no Brasil, desde primeiros

calvinistas até ao grande trabalho dos pentecostais. Mas a obra missionária

começou a atuar no Brasil, por meio de cristãos calvinistas, que chegaram

ao país em 10 de novembro de 1555. Os primeiros pastores-missionários que

chegaram ao Brasil formam os pastores franceses Pierre Richer e Guillaume

Chartir e um seminarista chamado Jean de Lery, mandados pelo próprio

João Calvino. O grupo de pastores chegou no dia 10 de março de 1957,

sendo assim, quase dois anos depois do primeiro grupo, que estavam sendo

comandados pelos almirantes franceses Coligny e Villegaignon. O primeiro

culto da América, realizado na chegada dos missionários, teve como leitura

o Salmo 27.4 e a primeira Ceia do Senhor, celebrada na América, foi no

domingo de 21 de março de 1557, pelo pastor Pierre Richer.

Esse primeiro grupo de missionários evangelizou vários índios Tamoios,

não por meio de um catecismo jesuíta, mas pela proclamação das boas

novas. Chegaram a traduzir o Salmo 103 para a língua indígena, sendo a

primeira tradução genuinamente brasileira. Devido às divergências com o

almirante Villegaignon, ele traiu todos os pastores franceses instalados na

colônia. Portugal, com ajuda de Villegaignon, expulsou os invasores

franceses e matou vários protestantes que já estavam no Brasil, entre eles, o

pastor Pierre, que foi estrangulado e lançado ao mar, na Baia de

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Guanabara. O sangue dos mártires foi derramado no Brasil (Terra de Vera

Cruz), o primeiro país da América a receber missionários protestantes.

No século 19, os missionários europeus e norte-americanos começaram

a desembarcar no Brasil católico e que considerava os protestantes de

hereges. Dentro do Império Deus coloca como destaque, o casal inglês

Robert e Sarah Kalley. Nesse tempo surge o primeiro missionário presbiteriano

Ashbell Grenn Simonthon; os primeiros batistas como Thomas Jefferson

Bowen, Richard Ratcliff e William Burk Bagby; os metodistas Justus E. Newman

e John Ransom e outros protestantes de igrejas históricas e reformadas que

chegaram ao Sul e Sudeste do país.

Em 1906, explode na Califórnia um grande avivamento, o

pentecostalismo da Rua Azuza. O Movimento Pentecostal, logo enviou

missionários por todo o mundo, sendo um despertamento missiológico muito

forte. Dois jovens suecos chegam ao Brasil, influenciados pelo avivamento

em Los Angeles, eram eles Daniel Berg e Gunnar Vingren. Esses jovens

batistas desembarcaram em Belém do Pará, no norte do Brasil, fundando

nessa cidade a Missão da Fé Apostólica, que depois passou a se chamar de

Assembléia de Deus. Os pentecostais chegaram, também, por meio de um

italiano chamado Luís Francescon, que fundou a Congregação Cristã do

Brasil.

O pentecostalismo brasileiro e a missiologia autóctone

A Assembléia de Deus no Brasil recebeu poucos missionários

estrangeiros, comparado ao contingente que as igrejas históricas mandaram

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de seus países. O pentecostalismo clássico desenvolveu uma missiologia

autóctone, ou seja, os pentecostais desenvolveram uma evangelização

dentro da cultura brasileira. A Assembléia de Deus produziu em poucos anos

os obreiros nacionais, os missionários suecos ensinaram os crentes brasileiros a

se envolver na evangelização e logo surgiram os primeiros pastores e

missionários. As igrejas que menos enviaram missionários estrangeiros

(pentecostais) foram as que mais cresceram isso por causa da

evangelização com cristãos nacionais.

É Intrigante observar, por exemplo, a desproporção entre o

pentecostalismo e o protestantismo de tradição no que tange à presença

numérica de missionários estrangeiros em seus quadros ao logo destes 94

anos de existência no Brasil. As igrejas históricas receberam muitos

missionários, enquanto o pentecostalismo clássico teve um número ínfimo de

missionários, proporcionalmente falando e se comparado com o tamanho

do protestantismo de tradição. O fato inédito está em que os grupos que

menos cresceram foram justamente os que receberam mais missionários. Em

contrapartida, os que menos receberam missionários os que mais cresceram.

O batismo no Espírito Santo e a obra missionária

O fator do crescimento pentecostal no Brasil foi à ênfase no

revestimento de poder para comissionamento missionário. Essa ênfase é

bíblica: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e

ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e

Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). O batismo com o Espírito Santo

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tem como propósito principal, revestir o crente de poder, para testemunhar

de Cristo. A ênfase desse testemunho é Cristo, uma mensagem

cristocêntrica. Aquele que foi um mestre em teologia, Donald Stamps,

escreveu: “O batismo no Espírito Santo outorgará ao crente ousadia e poder

celestial para realizar grandes obras em nome de Cristo e ter eficácia no seu

testemunho e pregação”.

Infelizmente, hoje há grandes congressos pentecostais, pregadores de

renome, vídeos e DVDs, incentivando uma vida de poder, mas sem destacar

o papel do serviço cristão. Querem poder para vencer materialmente ou ter

poder político, um destaque triunfalista e antibíblico do Batismo no Espírito

Santo. George Wood, erudito pentecostal, escreveu: “O batismo no Espírito

Santo, como se entendeu em Azuza, não era somente para benefício

pessoal; seu propósito central era conceber poder. Esta é uma distinção

vital, porque alguns têm buscado o Espírito por uma experiência mística, e

não por um novo arrojo e competência para ser testemunha de Cristo”. 6

Fugir do propósito principal do Batismo no Espírito Santo é perigoso e têm

levado muitos a um espiritualidade rasa e herética. Vale transcrever a

observação do professor John V. York, da Assembléia de Deus norte-

americana:

“O batismo no Espírito Santo não deve ser confundido com

emocionalismo ou alguma outra reação humana à presença do Espírito

Santo. Personalidades humanas são diferentes, e reações aprendidas variam.

O que é essencial é a realidade da concessão de poder divino focalizado

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em testemunho e serviço. Existem aqueles que confundem o

pentecostalismo com a exuberância na adoração ou com um

comportamento emocional. Ao passo que não seria sábio diminuir o

significado das emoções humanas ou da adoração vivaz, esses conceitos

não são a essência do pentecostalismo. Seu princípio fundamental é a

capacitação sobrenatural de crentes com poder para que possam, em

palavras e em obras, adequadamente testemunhar de Cristo às nações do

mundo.”

A missiologia pentecostal valoriza o papel de cada crente na

evangelização, pois todos devem buscar o revestimento de poder para

testemunharem de Cristo. A evangelização assembleiana foi baseada em

leigos e não em clérigos. A doutrina do sacerdócio universal mostra a

importância do Corpo de Cristo (Igreja), como uma comunidade unida que

cada um mostra o seu serviço em cooperação. A doutrina pentecostal do

Batismo no Espírito Santo e a doutrina evangélica do sacerdócio universal

fazem de cada crente pentecostal um missionário. Como lembra Loren

Triplett: O pastor pentecostal que não leva a igreja a obedecer

mundialmente à Grande Comissão é, em termos, uma contradição. O pastor

pentecostal terá um coração missionário e reconhecerá que recebeu esse

coração missionário, quando foi batizado com o Espírito Santo. Ser

pentecostal é ser missionário.

A ajuda do Espírito Santo na obra missionária

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No livro Verdades Pentecostais, o pastor Antonio Gilberto descreve a

assistência do Espírito Santo na obra missionária. O Espírito Santo escolhe,

envia capacita e direciona os evangelizadores. No livro de Atos dos

Apóstolos, se observa o Espírito Santo agindo em meio a Igreja. A igreja que

dá espaço para a atuação do Espírito Santo será um celeiro do

evangelismo, com eficácia e na direção divina. O evangelismo e a obra

missionária são o fruto natural de uma vida e testemunho para Jesus Cristo

de uma igreja cheia do Espírito.

A necessidade da evangelização

O Brasil é o maior país espírita do mundo; as seitas pseudocristãs

crescem a todo o vapor; em torno de dois bilhões de pessoas no mundo,

nunca ouviram falar de Jesus Cristo. Esses são apenas alguns dados que

mostram a necessidade da evangelização na cultura local e as missões

transculturais. Os apóstolos chegaram a evangelizar todo o mundo

conhecido da época, apesar das perseguições e falta de recursos. A

urgência é enorme, mas enquanto isso as igrejas ocidentais se envolvem em

doutrinas materialistas, que buscam o reino da terra, e esquece-se de

proclamar o reino de Deus.

A prosperidade das igrejas ocidentais só leva os lideres a alimentarem

a vaidade própria. O evangelismo atual está mais preocupado em construir

catedrais, do que escolas de missão; gastam mais dinheiro com shows, do

que com o caixa de missões. Conta-se a história que Tomás de Aquino foi ao

encontro de Sumo Pontífice; o Papa, então com uma sacola de dinheiro,

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disse a Tomás de Aquino: “não precisamos mais dizer que não temos prata e

ouro” e Tomás respondeu: “e nem podemos mais responder 'levanta-te e

anda'.” Alguns dados são assustadores, o missiólogo Ronaldo Lidório

enumerou alguns deles:

“Há ainda em nossos dias cerca de 8.000 PNAs (Povos Não

Alcançados), 300 milhões de aborígenes que nada sabem de Jesus

(e isto é quase o dobro da população de todo o Brasil), mais de 300

ilhas onde mais de 90% de seus habitantes nunca receberam sequer

um testemunho do evangelho de Cristo e 4244 línguas sem sequer

João 3:16 traduzido em seu idioma. No norte africano e mundo

oriental há em média apenas 1 missionário para cada 7 milhões de

habitantes, em diversos países mais de 200 grupos nômades

permanecem ainda intocados pelo evangelho e apenas ao meu

redor, entre os Konkombas, posso nomear pelo menos 40 aldeias

com uma população total de 50.000 pessoas que nunca, sequer

uma só vez, ouviu o nome Jesus. É necessário chamar.”

As seitas, um desafio missionário

A igreja hodierna precisa investir em missiologia e em apologética. O

império das seitas, sejam elas pseudocristãs ou orientais, é um grande desafio

missionário, que só pode ser vencido por meio da apologética. O

naturalismo e outras filosofias estranhas ao evangelho necessitam de

respostas dos apologistas. Para ser apologista é necessário ter um

conhecimento bíblico, teológico e cultural, a igreja na obra evangelizadora

não pode esquecer-se de estudar; como lembra Claudionor de Andrade:

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“Há obreiros que no ímpeto de evangelizar, não aplicam a aprender a

doutrina bíblica. Acham que o ensino sistemático das Sagradas Escrituras é

perca de tempo”. O teólogo Claudionor lembra ainda uma frase de Charles

Spurgeon, o príncipe dos pregadores: “Os homens, para serem

verdadeiramente ganhos, precisam ser ganhos pela verdade.” Não adianta

evangelizar, se o conteúdo dessa pregação for estranho as Sagradas

Escrituras.

Conclusão

A igreja que cumpre a grande comissão pode ser verdadeiramente

chamada de evangélica e pentecostal. Caso contrário, ela torna-se indigna

do nome. Robert Coleman escreveu: “Uma igreja que não sai para i mundo

anunciando as verdades do reino não reconheceria o avivamento, mesmo

que este viesse.”

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1 - Visão Panorâmica

Missiologia: é a ciência que tem por objetivo o estudo da grande

comissão dada por Cristo Jesus em sua Igreja. A missiologia dedica-se,

principalmente, ao caráter transcultural da tarefa evangelizadora. É o estudo

da obra missionária ordenada por Jesus Cristo aos seus discípulos, no sentido

nacional e transcultural (Mt 28. 19 / Mc 16. 15 / At 1. 8).

O estudo de missiologia é de fundamental importância, por se tratar

da tarefa suprema da igreja, que é a evangelização dos povos. Durante

muitos anos, ouvimos falar essa conhecida frase: “Missão esta no coração de

Deus”. Nós sabemos que o interesse de Deus sempre foi, e sempre será,

alcançar a todos os povos, raças, nações e tribos de todas as línguas.

Entretanto, nesses últimos dias, Deus está interessado em saber se missões

estão também em nossos corações. O ponto fundamental da missiologia é

definir as estratégias e os parâmetros da grande comissão dada por Jesus,

tais como: Quem envia e quem é enviado; quais são os obstáculos das

missões contemporâneas; como será o alcance dos povos não alcançados

e a evangelização de todos os povos, de uma maneira geral.

Deus fez o papel do primeiro missionário, quando desceu até o Jardim

do Éden e proclamou o evangelho aos pais de toda raça humana,

escondido nos lombos de Adão. Depois disso, Jesus fez o papel de enviado,

quando completou a missão daquele que o lhe confiou.

O Espírito Santo é o agente das missões contemporâneas. Entretanto,

aprendemos que a trindade formou o primeiro concílio missionário.

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2 - Deus, o Primeiro Missionário

Toda criação de Deus é importante. Porém, Deus escolheu o homem

de um modo especial, formando-o à sua imagem e semelhança (Gn. 1. 26 -

28).

Deus criou os seres angelicais, com graus distintos de responsabilidades

e autoridades. Deu a um querubim uma formosura jamais vista nos outros

anjos e sabedoria esplêndida (Ez. 28. 12-17). Esse anjo atuava como primeiro

ministro de Deus, tendo além das qualidades citadas, grande poder e livre

arbítrio. Mas, com tanto poder e formosura, Lúcifer, conforme ficou

conhecido ficou tão deslumbrado com o que Deus lhe dera que desejou

“ser semelhante ao altíssimo” (Is. 14. 14), com isso encabeçou uma rebelião

jamais vista em toda história, com o propósito de estabelecer um reino

espúrio, juntamente com os anjos que lhe acompanharam nesta rebelião

(Ap.12:4-9). Por ter incitado a rebeldia, Lúcifer, agora chamado de Satanás,

recebeu o juízo de Deus e a expulsão dos céus. Tempos depois da rebelião,

Deus fez outra criação, a qual também concedeu livre arbítrio: o homem. Ao

criá-lo, Deus mostrou o seu cuidado especial: fez um jardim de delícias para

a sua nova criação habitar. Satanás, observando isso, encheu-se de ira e

ciúme, e partiu para perturbar e atacar o homem, a nova criação de Deus.

Deus estabeleceu um relacionamento de companheirismo, e

comunhão com Adão e Eva, no Jardim do Éden, mediante o amor. Para

que eles continuassem esse relacionamento com Deus, teriam apenas que

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passar na prova de obediência total à vontade divina, mas eles falharam.

Com a queda, o amor de Deus escreveu e história da redenção. Pois Ele já

havia previsto a possibilidade do homem pecar e idealizou um meio para

resgatá-lo. E foi assim que Deus desceu ao Jardim do Éden, naquela tarde

sombria, e proclamou, como autêntico missionário, a primeira mensagem

evangelística, registrada em Gênesis 3.15, “... porei inimizade entre ti e a

mulher, entre a sua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a

cabeça e tu lhe ferirá o calcanhar”. Esta é a primeira referência a Cristo na

Bíblia, relacionando a derrota de satanás, a sua sentença e as boas novas

da vitória sobre o fracasso.

Naquele momento, Deus estava anunciando Cristo a todos os

descendentes de Adão, que iriam nascer no decorrer dos séculos.

3 - Jesus, o Missionário enviado por Deus

Em João 3. 16 encontramos o plano de Deus se caracterizando, ao

enviar o seu único Filho ao mundo, para construir a história da redenção,

numa inexplicável expressão de amor, a ponto, do apóstolo João, que

soube tão bem descrever a cena apoteótica do amor de Deus, ter usado a

expressão “de tal maneira”, como uma forma de tentar explicar a

profundidade do amor de Deus ao mundo. Amor este que ultrapassa as

fronteiras culturais, racionais e lingüísticas, não se restringindo a uma raça,

nação ou grupo cultural especifica. Ele ama a todos os povos e deseja que

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todos os homens se arrependam e sejam salvos, mediante a obra realizada

por Jesus Cristo.

Conforme o texto de (2Pd. 3. 9) “... Ele é longânimo para convosco,

não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a

arrepender-se".

4 - A Grande Comissão feita por Jesus Cristo

Após a ressurreição, o Senhor Jesus Cristo priorizou três ordens aos

discípulos, a saber: "Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda

criatura” (Mc. 16. 15). "Ide, portanto fazei discípulos de todas as nações" (Mt.

28. 19). "E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém..., até aos confins

da terra". (At. 1. 8). Estas três passagens bíblicas são suficientes para

descrever as prioridades do Senhor Jesus, que é a evangelização do mundo.

Antes mesmo da ressurreição, o Senhor Jesus Cristo já havia dito que

primeiro, o evangelho seria pregado a todas as nações e depois viria o fim

(Mt. 24. 14). Já naqueles dias, o Senhor Jesus sentia tanto a necessidade da

obra missionária que certa vez, ao olhar para seara, e ainda faltando quatro

meses para a colheita! Já via os campos brancos para a ceifa: “Não dizeis:

Ainda há quatro meses até a ceifa? Eu vos digo: Erguei os vossos e vede os

campos, que já estão brancos para a ceifa” (João 4. 35).

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5 - Espírito Santo, o Propagador das Missões

O livro de Atos dos apóstolos menciona os grandes feitos dos apóstolos

no início do cristianismo, em Jerusalém. Nós sabemos, entretanto, que os

discípulos nada fariam se não fosse o preceito dado pelo Senhor Jesus, antes

da sua ascensão aos céus: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vos o

Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em

toda Judéia, Samaria, e até os confins da terra" (At. 1. 8).

Após terem sido cheios do Espírito Santo, o mundo foi alcançado pela

pregação do evangelho, e isso se deve ao grande propagador de missões,

o Espírito Santo. É ele o maior incentivador da obra missionária, pois

impulsiona, encoraja e chamam os missionários, nós percebemos tal

afirmação no livro de Atos, capítulo 13, quando a Igreja de Antioquia estava

reunida: "Disse o Espírito Santo: Separai-me agora, Saulo e Barnabé, para

obra que os tenho chamado” (At 13. 2). A missão do Espírito Santo é chamar

os missionários, como também é convencer o mundo do pecado da justiça

e do juízo (Jo. 16. 8).

Os missionários são enviados para pregar ao pecador, mas é o Espírito

Santo quem os convence a aceitar a mensagem pregada pelos missionários.

6 - Bíblia, o Livro Missionário

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Sem a Bíblia, a evangelização do mundo seria não só impossível, mas

também inconcebível. Ela nos dá o mandato, o modelo e o poder para

evangelização do mundo. A Bíblia não apenas contém o evangelho, como

ela é o próprio evangelho (boas novas). Através dela, Deus está

evangelizando, isto é, comunicando as boas novas ao mundo. Jesus mesmo

ordenou aos seus discípulos, dizendo: “Ide por todo mundo pregai o

evangelho a toda criatura” (Mc. 16. 15).

A Bíblia é o manual do missionário, sem ela não há salvação: “De sorte

que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir a palavra de Deus" (Rm. 10. 17). ”E

conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo. 8. 32), portanto a

Bíblia é a ferramenta inseparável do bom soldado (Js. 1. 8).

7 - Missões no Antigo Testamento

Já aprendemos no primeiro capítulo desta apostila que o Deus vivo, é

um Deus missionário. E o maior exemplo de missões no Antigo Testamento,

começa com o chamado de Abrão, cerca de quatro mil anos atrás.

Em Gênesis 12, começa a grande promessa feita a Abraão: “Em ti

serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12. 1-4). A promessa de Deus,

feita a Abraão se divide em três aspectos principais:

 A promessa de uma terra.

 A promessa de uma benção.

 A promessa de uma posteridade.

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Após Ló ter se separado de Abraão, Deus disse a esse: "Ergue os olhos

e olha desde onde estás para norte, para o sul, para o oriente e para o

ocidente, porque toda essa terra que vês, Eu darei a ti, e a tua

descendência, para sempre" (Gn. 13. 14 - 15), ali foi confirmada a promessa

de uma terra a Abraão e sua descendência.

Em Gênesis 12. 1 - 4 aparecem cinco vezes as palavras: bênçãos e

abençoar. A bênção que Deus prometeu a Abraão transbordaria sobre toda

humanidade.

Um pouco mais tarde, Deus confirma a Abraão a promessa de sua

posteridade, simbolizada como o pó da terra e como as estrelas do céu de

tão inumerável que seria.

Deus cumpriu esta promessa, porque o pó da terra simbolizava a

descendência natural de Abraão, os filhos de Israel, que nasceram através

de seu neto Jacó (Gn. 32. 12).

As estrelas do céu simbolizavam a descendência espiritual, que são

todos os que aceitam a Jesus Cristo, que é descendente de Abraão na

carne (Gl. 3. 29), portanto a promessa de Deus feita a Abraão, dizendo: "Em

ti serão bendita todas as famílias da terra" (Gn. 12. 3), se cumpre

perfeitamente porque o Novo Testamento inicia-se dizendo: ”Livro da

genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão" (Mt. 1. 1). Todas as

famílias da terra que aceitam Jesus se tornam também filhos de Abraão e

herdeiros da mesma promessa dada a ele (Gl. 3. 7 - 29 / Rm. 4. 16 - 17).

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Jesus Cristo é esta promessa missionária, feita por Deus no Antigo

Testamento, ao afirmar: "Digo-vos que muitos virão do oriente e do ocidente

e tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaac e Jacó no reino dos céus” (Mt. 8.

11-12).

8 - O chamado missionário de Israel

Muitos acham que a visão missionária não soa tanto no Antigo

Testamento. Isso se dá pelo fato de muitos não compreenderem que Deus

estava preparando a nação de Israel como luz do mundo em meio aquele

mundo pagão. Notemos isso em Êxodo 19. 4 - 6 / Salmos 67 e, principalmente

em Gêneses 12. 1 - 3. Depois disso percebemos a história de Jonas, que foi

enviado por Deus à cidade de Nínive, como autêntico missionário judeu,

para pregar aos ninivitas. Ainda vemos a história de Isaías (Is. 6. 8), de

Jeremias (Jr. 1. 5) e outros profetas.

O plano missionário de Deus para Israel se dividia em três pontos:

 Proclamar seu plano de abençoar as nações (Gn. 12. 1 - 3).

 Participar do seu sacerdócio como agente dessa bênção (Ex. 19. 4 -

6).

 Provar seu propósito de abençoar todas as Nações (Sl. 67).

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O primeiro ponto mostrado acima contradiz as pessoas que defendem

a teoria de que, no Antigo Testamento, a visão Missionária era extremamente

nacionalista, pelo fato de Deus tratar de forma peculiar a nação de Israel.

Se observarmos a Bíblia, descobriremos que em seu primeiro capítulo,

antes mesmo do homem pecar, a palavra dada a Adão e Eva foi esta: "E

Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundo, multiplicai-vos". Após o

pecado essa benção foi quebrada pela maldição (veja o contraste entre

Gênesis 1. 28 e Gênesis 3. 17), mas em Gn. 12. 3, com a chamada Abraão,

Deus promete abençoar novamente todas as famílias da terra, através da

descendência de Abraão (Israel): "Abençoarei os que te abençoarem, e

amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”.

O segundo ponto mostra o plano de Deus de usar Israel como

intercessor das demais nações diante de Deus.

O terceiro ponto é o significado do Salmo 67, aplicado a todos os

povos, por intermédio do que Deus havia dado a Israel, mostrado através

dos sinais e das maravilhas. Isso é percebido, principalmente, quando Deus

abriu o Mar Vermelho e o rio Jordão, estes fatos, fizeram com que todas as

demais nações temessem ao Deus de Israel, fato que é comprovado pelo

testemunho de Raabe “... porque temos ouvido que o Senhor secou as

águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saístes do Egito, e o que

fizestes aos dois reis dos amorreus, a Seor e a Ogue que estavam além do

Jordão, os quais destruístes. Ouvindo isso, desmaiou o nosso coração e em

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ninguém há mais ânimo algum, por causa da vossa presença, porque o

Senhor vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo da terra".

Atividades de Apoio

Faça uma redação sobre um personagem do Antigo Testamento, que

tenha exercido missões.

Na pesquisa deve ter:

 Tempo em que ele viveu.

 De quem ele foi contemporâneo.

 E porque, você o considera como um missionário.

9 - Missões no Novo Testamento

Já aprendemos que o Antigo Testamento é uma base indispensável e

insubstituível na tarefa missionária da Igreja, entre as nações e povos deste

mundo. O Deus que no Antigo Testamento se identifica como o Deus de

Abraão, de Isaque e de Jacó, e que revela a Moisés o seu nome pessoal

Yahweh, é o Deus de todo o mundo. No Novo Testamento, nos é

apresentado Jesus, o Salvador do mundo. Do início ao fim, o Novo

Testamento é um livro de Missões.

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Os Evangelhos anunciam a chegada definitiva do reino dos céus, o

livro de Atos dos Apóstolos anuncia a propagação deste reino e as Epistolas

são instrumentos reais e autênticos do trabalho missionário dos apóstolos às

Igrejas recém-inauguradas. Com base na própria pregação de Jesus pode-

se afirmar que a obra missionária da Igreja, por todo o mundo, é a exata

razão do intervalo entre a ascensão de Jesus e seu retorno como o Filho do

Homem.

O mandado missionário do Evangelho de Mateus é a grande

Comissão (Mt. 28. 19 - 20). O de Marcos é uma ordem imperativa: "Ide" (Mc.

16. 15). O de João é de que, se alguém não nascer de novo, não poderá ver

o reino do céu (Jo. 3. 3).

10 - A Grande Comissão

Em Mt. 28. 19 - 20 temos o registro da grande comissão dada por Jesus

aos seus discípulos.

Dentre os vários aspectos dados por Jesus a essa Grande Comissão,

queremos destacar dois pontos principais: Primeiro - Uma Ordem. Segundo -

Uma promessa.

Uma ordem. "Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações” Este

“Ide”, ordenado por Jesus é uma confirmação de Marcos16. 15, “Ide e

pregai o Evangelho a toda criatura”. Isso é uma ordem imperativa. Jesus,

após ressuscitar disse: “É me dado todo o poder no Céu e na Terra” (Mt. 28.

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18). Nesse momento, Ele, como General vitorioso, não pediu aos seus

discípulos para evangelizar, Ele deu uma ordem expressa: “IDE”.

Uma Promessa: “E eis que estou convosco todos os dias até a

consumação dos séculos” (Mt. 28. 20). Ao mesmo tempo em que Jesus nos

deu uma ordem, Ele nos consolou, dizendo que estaria conosco na

execução de sua grande comissão. Não estamos sozinhos nesta missão, por

isso devemos realizar o mais rápido possível o que o Senhor nos confiou, pois

Ele está conosco em qualquer hora, em qualquer lugar e em qualquer dia

que sairmos para fazer a sua obra, cumprindo a suprema tarefa da Igreja,

que é a evangelização do mundo.

11 - A Igreja Primitiva Cumpriu a Grande Comissão?

No livro de Atos dos Apóstolos, encontramos a resposta para a

pergunta feita acima. Milhões de cristãos julgam que o livro de Atos dos

Apóstolos e o de Lucas registram a obediência dos doze Apóstolos à grande

comissão. Mas, na verdade relatam a relutância dos mesmos em obedecê-

la. Sabemos que os judeus sempre foram exclusivistas e este foi o grande

obstáculo para a realização da grande comissão. Parece-nos que os doze

apóstolos não entenderam a missão outorgada por Jesus a eles.

Percebemos isso quando Cornélio mandou mensageiros buscarem a Pedro.

Se não fosse a advertência que o Senhor havia feito a Pedro, através da

visão do lençol (Leia At. 10. 9 - 16), ele não teria aceitado ir anunciar o

evangelho, pela primeira vez, aos gentios.

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O próprio Espírito de Deus advertiu a Pedro, dizendo: “Levanta-te, pois

e desce e vai com eles, nada duvidando, porque eu os enviei” (At. 10. 20).

Quando chegou ao conhecimento dos apóstolos, em Jerusalém, e dos

crentes, na Judéia, que Pedro havia pregado aos gentios, começaram a

criticá-lo por sua atitude. Agora pergunto: será que eles já haviam esquecido

que Jesus disse: "Ide até os confins da terra"? Na verdade queriam que o

evangelho ficasse restrito somente aos judeus. Vejamos o que diz Gálatas 3.

26 -28: "Portanto os judeus e os gentios são unidos por Deus pelo sacrifício da

morte de Cristo na cruz do calvário".

12 - O Primeiro Concílio Missionário, em Jerusalém

Nós aprendemos pela história do Cristianismo que, a princípio, os

apóstolos achavam que esse seria apenas uma continuação do Judaísmo,

só que de uma forma mais ampliada. Mas não foi isso que o Senhor Jesus

passou para eles. Quando a notícia de que Pedro havia pregado para a

casa de Cornélio chegou em Jerusalém, os apóstolos se reuniram para dar o

seguinte parecer: "Ou o cristianismo ficaria restrito à região da Palestina, ou

avançaria por ela até os confins da Terra". Após haver grande debate entre

os apóstolos, Pedro tomou a palavra, fazendo uma exposição do que Deus

havia feito por intermédio dele aos gentios, na casa de Cornélio, e como

Deus o havia escolhido para levar o evangelho aos gentios.

Depois da exposição feita pelo apóstolo Pedro, a multidão silenciou

para ouvir a exposição feita por Barnabé e Paulo, acerca do que Deus fizera
INSTITUTO TEOLÓGICO MONTE DAS OLIVEIRAS 25
por intermédio deles, na primeira viagem missionária. Ao terminarem, Tiago,

que presidia a reunião, tomou a palavra e fez uma exposição, mostrando

referências bíblicas em que os profetas prediziam que o nome de Jesus seria

invocado entre os gentios. Com isso, o Concilio de Jerusalém, por volta do

ano 50 d.C., registrado em Atos dos Apóstolos, capítulo 15, deu seu parecer

favorável à expansão do cristianismo entre os gentios e até os confins da

terra.

13 - Panorama Missionário em Atos dos Apóstolos

Estudaremos, agora, a ação missionária desenvolvida pela Igreja primitiva

e pelos apóstolos, no início do cristianismo.

 Atos 01 - Antes da ascensão, Jesus traça o perfil geográfico da obra

missionária, começando por Jerusalém, Samaria, Judéia e até os

confins da terra (Atos 1. 8).

 Atos 02 - No dia de Pentecostes, o Espírito Santo desce sobre os

primeiros 120 membros da Igreja local, fundada por Cristo. Neste dia,

houve a conversão de quase três mil almas. As 14 nações que

estavam reunidas, em Jerusalém, ouviram o discurso de Pedro, que

estava "inflamado" pelo Espírito Santo de Deus.

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 Atos 03 - A Igreja primitiva já se encontrava com mais de 3.000

membros. Era um exército de gente, cheio do Espírito Santo,

disseminando a semente por todas as regiões.

 Atos 04 - O resultado dessa disseminação, referida no capítulo três já é

notado neste capítulo, pois a Igreja de Cristo já ultrapassa a marca de

5.000 membros. Este crescimento começa assustar as autoridades, a

ponto de Pedro e João comparecerem no Sinédrio e serem proibidos

de falar o Nome de Jesus.

 Atos 05 - A Igreja primitiva cumpre a primeira parte missionária que

Jesus havia determinado, pois toda a Judéia já havia sido

evangelizada.

 Atos 06 - São consagrados sete diáconos para servir a Igreja, o relato

do versículo 7 desse capítulo, mostra o avanço extraordinário da Igreja

de Cristo. Até mesmo, muitos dos sacerdotes que perseguiram o

Senhor Jesus, se convertiam a Deus. A Igreja crescia de forma tal, que

as autoridades, mesmo com as astúcias do inimigo, não podiam mais

controlar nem frear seu desenvolvimento. A obra missionária tinha

força de gigante, e o povo cumpria com alegria os ensinamentos do

Mestre Jesus Cristo.

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 Atos 07 - Após uma exposição poderosa das Escrituras e debaixo de

muita unção, o diácono Estevão foi expulso da cidade e apedrejado,

mas, mesmo diante de tanta intempérie do adversário, seguiu o

exemplo de Cristo e perdoou os seus executores (Atos 7. 60). Tornou-se

o 1° mártir do cristianismo. Parece ter sido a sementeira que o

evangelho precisava para crescer ainda mais.

 Atos 08 - A Igreja primitiva cumpre a segunda parte do perfil

missionário geográfico ensinado por Jesus, e toda a Samaria é

evangelizada pelo poder da pregação do diácono Felipe (Atos 8. 6).

 Atos 09 - Acontece a conversão do homem considerado como o

maior missionário da História, o apóstolo Paulo. Esse Missionário traria

muitos benefícios ao cristianismo.

 Atos 10 - O apóstolo Pedro recebe uma visão divina de missões

transculturais, e em obediência àquela visão, leva o evangelho de

Cristo aos gentios, na casa de Cornélio.

 Atos 11 - O evangelho cresce entre os gentios, tomam os rumos de

Antioquia, a terceira cidade mais importante do Império Romano, com

INSTITUTO TEOLÓGICO MONTE DAS OLIVEIRAS 28


cerca de 500.000 habitantes. Os discípulos são chamados, pela

primeira vez de cristãos, pois se pareciam com Cristo.

 Atos 12 - O crescimento evangélico incomoda as autoridades. Herodes

Agripa I, neto de Herodes, o Grande, manda matar Tiago, o primeiro

dos Apóstolos a ser morto, e lança na prisão a Pedro, mas esse é liberto

milagrosamente da prisão. Herodes Agripa I morre comido de bicho,

por não dar glória a Deus.

 Atos 13 - A Igreja de Antioquia torna-se a primeira Igreja Gentílica, com

a visão de missões transculturais, e envia os seus dois primeiros

missionários: Paulo e Barnabé.

 Atos 14 - É grande o resultado obtido por Paulo e Barnabé na primeira

viagem missionária, fundando Igrejas fortes na província da Galícia. Em

qualquer lugar que passassem, deixavam igrejas formadas.

 Atos 15 - Primeiro Concílio realizado em Jerusalém pelos apóstolos,

dando incentivo ao impulso da obra missionária aos gentios.

 Atos 16 - A Igreja atinge a terceira meta do perfil missionário

geográfico ensinado por Jesus, e toda a Judéia e Ásia já haviam sido

evangelizadas. A visão transcultural de Paulo é ampliada em Trôade, e

INSTITUTO TEOLÓGICO MONTE DAS OLIVEIRAS 29


o evangelho chega à Europa. Lídia é a primeira convertida, na viagem

de Paulo à Europa.

 Atos 17 - Paulo e Silas fundam duas Igrejas fortes: uma em Tessalônica e

a outra em Beréia. Depois partem para Atenas, capital mundial da

filosofia, e evangelizam os filósofos Epicureus e Estóicos no Areópago

de Atenas, capital da Grécia.

 Atos 18 - O Apóstolo Paulo funda uma Igreja forte em Corinto, cidade

comercial da Grécia, e conclui a segunda viagem missionária,

iniciando logo após essa, sua terceira viagem missionária.

 Atos 19 - Paulo chega a Éfeso, cidade comercial da Ásia Menor e ali

permanece por dois anos, dando aula na escola de Tirano. Funda,

nesta cidade, uma Igreja bem sólida e teologicamente bem

preparada.

 Atos 20 - Paulo passa novamente a Macedônia e Grécia, fortalecendo

as Igrejas fundadas por ele nas suas primeiras viagens missionárias.

 Atos 21 - Paulo é avisado pelo profeta Ágabo, que se fosse a

Jerusalém seria preso, mas decidido, foi à Jerusalém. Lá chegando


INSTITUTO TEOLÓGICO MONTE DAS OLIVEIRAS 30
reuniu-se com seus anciãos e fez um relato do que Deus havia feito

através da sua vida aos gentios. No dia seguinte, entra no templo e

cumprindo-se a profecia, é preso.

 Atos 22 - Após sua prisão no templo faz um grande discurso em sua

defesa e dá testemunho de sua conversão no caminho de Damasco,

e afirma seu chamado por Deus para pregar aos gentios (v. 21).

 Atos 23 - O perseguidor é perseguido, Paulo que, quando membro do

Sinédrio, consentiu na morte de Estevão, agora é julgado perante o

Sinédrio por causa do evangelho.

 Atos 24 - O apóstolo prega com autoridade e poder perante o

Governador Félix, e este fica atemorizado.

 Atos 25 - Deus cumpre na vida de Paulo o que disse através da vida de

Ananias, no ato de sua conversão: "Vai, porque este é para mim um

instrumento escolhido para levar meu nome perante aos gentios e reis,

bem como perante os filhos de Israel" (Atos 9. 15).

 Atos 26 - Perante as autoridades, Paulo evangeliza o Governador Festo

sucessor de Félix. Por pouco sua mensagem não converte o rei Agripa

e sua mulher Berenice.

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 Atos 27 - O Apóstolo Paulo faz uma viagem forçada e, após o

naufrágio, ganha 276 vidas que estavam com ele, no navio. Ao

chegar à ilha de Malta, ganha muitos indígenas para Cristo, e o

evangelho chega até os confins da terra.

 Atos 28 - Este é o capítulo final do livro de Atos dos Apóstolos. Paulo

chega a Roma, capital do Império, e testifica do evangelho perante a

autoridade Suprema do Império Romano. Dali por diante, o

cristianismo alcança todo Império e até os confins da terra, cumprindo

a quarta meta do plano missionário traçado por Jesus Cristo, em Atos

1. 8.

14 - Paulo - o maior missionário do Cristianismo.

O Apóstolo Paulo é, indiscutivelmente, o maior missionário que o

cristianismo já teve. Quando ele se converteu no caminho de Damasco,

Deus disse para Ananias: "Este é para mim um vaso escolhido, para levar

meu nome perante os gentios e os reis, bem como, perante os filhos de Israel"

(Atos 9.15). O chamado de Paulo foi completo. Ele seria missionário perante

autoridades religiosas, civis e militares, perante ricos e pobres, perante

ignorantes e intelectuais, gentios e israelitas. No livro de Atos dos Apóstolos,

encontramos Paulo evangelizando todos esses tipos de pessoas; desde o

ignorante Demétrio até os sábios e filósofos epicureus e estóicos; de pessoas


INSTITUTO TEOLÓGICO MONTE DAS OLIVEIRAS 32
pobres da Judéia até as de alta posição em Beréia, desde o falso profeta

Elimas até o pró-consul Sérgio Paulo; da plebe do Império até o comandante

de tropas Cláudio Lísia, desde o fariseu até o presidente do Sinédrio.

Deus percebeu que os doze apóstolos não estavam cumprindo

corretamente a grande comissão, pois só queriam ficar em Jerusalém. Foi

neste momento que Jesus apareceu a Paulo, no caminho de Damasco, e o

chamou para ser o grande apóstolo missionário entre os judeus dispersos e

gentios do vasto Império Romano, naquela época.

15 - As Viagens Missionárias de Paulo

O apóstolo Paulo foi o grande trunfo do cristianismo na sua expansão

mundial. Segundo o que ele mesmo afirma, em sua carta escrita aos Gálatas

(Gálatas 1. 15-18), após sua conversão partiu para Arábia, provavelmente

para um preparo com Deus, depois de 3 anos, subiu para Jerusalém, onde

esteve com os apóstolos. Essa visita de Paulo à Jerusalém parece ter sido

suficiente para se perceber a falta de interesse daquela Igreja por missões e,

pela conversa que teve com o pastor daquela Igreja que era Tiago, Paulo

observou o desinteresse em cumprir a ordem de Jesus, quando disse aos seus

discípulos: "Ficai em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder" (Lc.

24. 49).

Ouve uma interpretação errônea por parte dos discípulos, por que

Jesus disse: “... até que...”, isto é, até o derramamento do Espírito Santo, e

depois deveriam partir para os confins da terra. Porém os apóstolos queriam


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permanecer somente em Jerusalém. Em Marcos 16.15, o Imperativo dado

por Jesus Cristo: "Ide...", é traduzido para palavra grega "Poreuthentes", que

quer dizer: partir, deixar, atravessar fronteiras. Paulo, sabendo disso, foi

congregar na Igreja de Antioquia.

15. 1 - A Primeira Viagem Missionária de Paulo

A Igreja de Antioquia se tornou a primeira a fazer missões transculturais.

Durante uma consagração de jejum e oração, disse o Espírito Santo:

"Separai-me agora, a Barnabé e a Paulo para a obra que eu os tenho

chamado" (Atos 13. 2). Em sua primeira viagem, Paulo passou por várias

províncias da Ásia Menor, tais como: Salamina e Pafos, na ilha de Chipre,

Antioquia e Icônio, em Listra e Derbe, na Licônia. Sendo essa a primeira

viagem missionária, feita antes do Concílio de Jerusalém, no ano 50 d.C..

15. 2 - A Segunda Viagem Missionária de Paulo

Após o Concílio de Jerusalém, Paulo empreendeu sua segunda

viagem missionária, visitando as Igrejas dos Continentes, as quais foram

estabelecidas na primeira viagem. Foi até as costas do Mar Egeu, Trôade,

antiga cidade de Tróia, viajou para Europa, estabelecendo Igrejas em

Felipos, Tessalônica e Beréia, na província da Macedônia. Foi a Atenas, a

cidade culta da Grécia, e estabeleceu uma viagem bastante forte em

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Corinto. Por fim encerrou essa segunda viagem com uma breve visita a

Éfeso, na Ásia Menor.

15. 3 - Terceira Viagem Missionária de Paulo

Esta terceira viagem do apóstolo foi muito longa, partindo de

Antioquia, Galácia e Frígia, permanecendo por dois anos em Éfeso,

passando novamente pela Macedônia. Na Grécia prega um sermão em

Trôade, onde na unção de Deus, ressuscita um jovem que havia caído do

terceiro andar. Despede-se dos Anciãos em Éfeso, passa por Tiro, Cesaréia e

chega à Jerusalém. Após ser salvo de um complô armado pelos judeus, é

resgatado para Cesárea, onde apresenta sua defesa perante os

governadores Félix, Festo e o rei Agripa, quando então, apela para César, e

é enviado para Roma.

Na viagem para Roma, seguiu em um navio com 276 pessoas, e sofre

um naufrágio, porém todos chegam salvos, numa ilha chamada Malta, por

ali permanece três meses, evangelizando aquele povo e os ganhando para

Cristo, inclusive o chefe da ilha. Após sua partida, chega a Roma, onde dali

escreve seis Epístolas, que são: Efésios, Filipenses, Colossenses, Gálatas,

Romanos e Filemom.

15. 4 - Quarta Viagem Missionária de Paulo

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Em Roma, Paulo esteve preso por cerca de dois anos, e durante três ou

quatro anos em que esteve em liberdade, empreendeu sua quarta e última

viagem missionária. Esteve em Nicápoles, no mar Adriático, onde a tradição

afirma que Paulo foi preso e levado de volta para Roma, sendo ali

martirizado no ano de 68 d.C.. Entretanto, o apóstolo teve 33 anos de

ministério. A obra missionária era tão forte na vida de Paulo, que ele

considerava como uma obrigação (ICo. 9. 16). Paulo apesar de morto

deixou-nos sua teologia imortal, o maior legado que a Igreja pode ter. Foi o

autor de um dos maiores tratados de missões transculturais: "Como ouvirão,

senão há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados?"

(Romanos 10. 14-15). "Pois sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros,

tanto a sábios como a ignorantes, por isto, quanto está em mim, estou

pronto a anunciar o evangelho também a vós, em Roma" (Romanos 1. 14-

15).

Atividades de Apoio

Faça um resumo das quatro viagens missionárias do apóstolo Paulo, e

descreva qual a lição que você extrai delas.

Atenção: Esta pesquisa deve preencher por completo o espaço de uma

folha de caderno, tamanho grande.

INSTITUTO TEOLÓGICO MONTE DAS OLIVEIRAS 36


16 - Missões Transculturais

Missões transculturais tratam-se de um movimento cristão, que

atualmente é de alcance mundial.

O lema principal das missões transculturais é este: A missão primária

das Igrejas é proclamar o evangelho de Cristo e implantar novas

congregações no mundo inteiro.

16. 1 - Perspectiva Cultural

O que é cultura? O primeiro passo num estudo de cultura é dominar a

sua própria cultura. Todo o mundo tem uma cultura. Ninguém consegue se

elevar acima de sua própria cultura ou de outras culturas de modo a ter uma

perspectiva verdadeiramente supracultural. Por esta razão o estudo da

cultura é uma tarefa difícil.

A primeira coisa que um visitante recém-chegado irá perceber é o

"comportamento do povo", suas crenças, valores e educação. Deus deu ao

homem um mandamento cultural, que impôs certo domínio, sobre o seu

ambiente. Quando criou o homem e o seu ambiente, Deus declarou que

tudo era "muito bom" (Gêneses 1. 26 -31). O mandamento evangélico

(Mateus 28. 18 - 20) requer dos missionários que ensinem aos outros homens a

observarem tudo o que Cristo ordenou.

Ao ensinarem sobre Cristo, os missionários afetam a cultura, pois todas

as culturas necessitam de transformação. Portanto, como Calvino já havia

INSTITUTO TEOLÓGICO MONTE DAS OLIVEIRAS 37


insistido, os crentes devem trabalhar para tornar cristã a cultura (isto é,

colocá-la debaixo de Cristo).

Dentro do conceito da vida não cristã, os costumes e práticas servem

como tendências idólatras e afastam a pessoa de Deus. Quando o

missionário chega com o evangelho, a vida cristã recolhe esses costumes e

práticas e lhes da um conteúdo inteiramente diferente. Ainda que na forma

exterior haja muito que lembre práticas do passado, na verdade, tudo se fez

novo. Na essência, o antigo já passou e o novo chegou.

Cristo toma em suas mãos a vida de um povo, renova e reconstrói o

que estava distorcido e deteriorado. Ele mexe em cada detalhe, cada

palavra, e cada prática, com um novo sentido, lhes dá uma nova direção.

Para muitos, erroneamente, "cultura" refere-se ao comportamento dos

ricos e da elite, porém para os nossos propósitos, definiremos cultura como o

sistema integrado de padrões de comportamento aprendidos, idéias e

maneiras de se relacionar com o mundo. O missionário deve aprender a

conviver essas diferenças transculturais, não apenas na forma pelo qual os

povos comem, vestem-se, falam e agem, e nos seus valores e crenças, mas

também nas presunções fundamentais que fazem sobre o seu mundo, para

tentar ganhá-los para Cristo.

O apóstolo Paulo nos deu o maior exemplo transcultural, quando disse:

"Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns"

(ICo. 9.22). Paulo se fazia romano, para ganhar os romanos, se fazia grego,

para ganhar os gregos, e assim sucessivamente.

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16. 2 - Perspectivas Bíblicas

O cristianismo não tem o objetivo de padronizar o mundo e nem

destruir as culturas, sua mensagem, porém, é universal.

No dia do triunfo de Cristo e da Igreja, cada povo ou etnia, se

apresentará louvando a Deus, na sua própria língua (Ap. 5. 9) "E cantavam

um novo cântico dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos,

porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus, homens de

toda tribo, e língua, e povo e nação".

17 - O respeito pelas outras culturas

Não é preciso destruir a cultura de um povo, para levá-los a fé cristã,

por que o cristianismo é transcultural.

Os missionários devem respeitar as culturas de um povo. Barnabé sabia

que a tradição judaica era mais uma forma de manter a identidade

nacional, e que isto em nada implicaria na salvação dos novos crentes,

portanto, não seria necessário observar o ritual da Lei de Moisés. "Pelo que

jugo, que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se

convertem a Deus. Mas escrevo-lhes que se abstenham das contaminações

dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado, e do sangue" (Atos 15. 19-

20).

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Convêm lembrar que a importação de inovações para as nossas

Igrejas pode desrespeitar a nossa herança espiritual. Muitas coisas não

servem para a nossa cultura, pois já temos a nossa identidade cultural, como

igualmente, essa pode não servir para outras etnias pelas mesmas razões. O

missionário enviado para outro país precisa ser integrado à cultura daquele

povo, e compete a Igreja do missionário, fazer com que ele conheça as

instruções necessárias sobre os problemas transculturais, respeitando a

cultura, a civilização de cada país. O missionário precisa ser instruído a ir

cautelosamente, e zelosamente, aplicando a doutrina bíblica.

O respeito às autoridades de cada país é essencial. Um missionário

clandestino está exposto a sofrer vergonha e envergonhar o nome da Igreja

que o envia.

Um missionário é clandestino de duas maneiras:

 Imigrando por conta própria, desordenadamente e sem respaldo de

uma Igreja e de um ministério.

 Sendo enviado por uma Igreja, mas sem a devida documentação

imigratória e sem as instruções transculturais.

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Portanto, a Igreja de origem do missionário precisa ficar atenta para

não se comprometer vergonhosamente, e prejudicar o missionário enviado.

18 - O Exemplo do Apóstolo Paulo

O apóstolo Paulo era um judeu rico e culto, que sacrificou as tradições

de seus antepassados, deixando tudo para a salvação do maior número

possível de almas (Filipenses 3. 5-8), pois considerava a salvação dos homens

mais importante do que sua identificação cultural como judeu.

Todos os meios lícitos são válidos para conquistar os pecadores para o

Reino de Deus. Paulo conhecia o mundo e sua geração, e soube conquistá-

lo para Jesus.

Nestes últimos dias, vemos o Espírito Santo como grande estrategista

de missões, despertando e mobilizando a sua Igreja para evangelizar todos

os povos não alcançados. Podemos ver até mesmo pastores e líderes que

não se importam muito por missões transculturais, ampliando sua visão, no

sentido de cumprir, em caráter de urgência, a grande comissão dada por

Jesus. Muitos desses pastores e líderes, a exemplo dos discípulos, só tinham

uma visão de missões nacionais.

Mas graças a Deus, que pelo seu Espírito está mobilizando todo o

mundo cristão, para abraçar todos os povos não alcançados ainda pelo

evangelho.

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19 - O Desafio da Obra Missionária Atual

"Convém que eu faça as obras

daquele que me enviou, enquanto é dia,

pois, a noite vem, quando ninguém pode

trabalhar" (João 9. 4).

19. 1 - Pessoas dispostas a cumprir o “ide” de Jesus

A evangelização mundial é uma tarefa urgente. Trata-se de um

trabalho de prazo limitado, que requer ação rápida, iminente e preciosa,

temos que encher o mundo com a Palavra da Fé, antes da "meia noite". Este

é um trabalho que não pode ser adiado, sob qualquer pretexto.

Evangelização é o mais importante e requer urgência, mais que qualquer

outra missão da Igreja. Cada servo de Deus deve compenetrar-se de sua

própria responsabilidade. Hoje, pense no que você pode fazer no que você

pode realizar para contribuir com a obra missionária.

O desafio da obra missionária é urgente, por que as portas estão se

fechando. Cada dia mais os obstáculos estão surgindo, tentando impedir a

divulgação do evangelho, vejamos o que disse Jesus: "E por aumentar a

iniqüidade, o amor de muitos esfriará" (Mt. 24. 12). Enquanto o pecado

aumenta, o amor de muitos vai esfriando, o desinteresse em fazer a obra de

Deus tem ganhado espaço no meio do povo de Deus, a exemplo disso,

estão os "cultos ao ar livre" que estão desaparecendo, cultos que outrora

INSTITUTO TEOLÓGICO MONTE DAS OLIVEIRAS 42


foram instrumentos de Deus, para que muitas almas se convertessem ao

Senhor Jesus Cristo, vejamos ainda a freqüência dos cristãos nas

congregações, nos cultos de ensino, de oração, etc.

Um dos desafios da Igreja Atual para não parar de evangelizar é não

deixar o amor de Deus esfriar. Glorificamos a Deus, porque Jesus disse que o

amor de muitos esfriaria, mas Ele não disse de todos, isso é sinal que haverá

um grupo de cristãos que permanecerá com a chama do amor de Deus

acesa em seus corações. Leiamos Efésios 5.14 -17. "Qual é a vontade do

Senhor?" é a pergunta, a resposta está em II Pedro 3. 9. O Senhor não quer

que ninguém se perca, mas que todos venham se arrepender.

Paulo pediu oração a várias Igrejas para que as portas se mantivessem

abertas. A Igreja do Senhor necessita possuir visão espiritual para desenvolver

um arrojado programa evangelístico, enquanto é possível.

Muitas vezes nos deparamos com cristãos, criticando as TJs

(testemunhas de Jeová), mas eles não desistem, estão sempre de portão em

portão, vendendo suas literaturas e pregando aquilo que aprenderam, é

bem verdade que ensinam a Palavra de Deus distorcida, entretanto, nunca

desistem. Temos também, os Mórmons, que gastam seus sapatos, andando

de um lado para o outro, pregando aquilo que entenderam ser o evangelho

de Cristo. De alguma forma, estão obedecendo algum "IDE", e nós, qual "IDE"

estamos obedecendo? Jesus disse: "Se estes se calarem, até as pedras

clamarão" (Lc. 19. 40). Quem são estes? São os que vêem as obras de Deus,

seus milagres, tem o conhecimento da verdade, provaram as delicias da

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salvação, mas nada fazem para que outros se juntem a esse banquete de

bênçãos, estão de braços cruzados e vendo o tempo passar, então se esses

abençoados (nós), se calarem, as pedras (aqueles que criticamos), irão

clamar.

Uma jumenta "missionária" por um dia - A frase parece assustadora,

mas quando lemos o texto de Números 22. 28-33 não é tão assustadora

assim, porque um dia, na história bíblica, Deus já usou uma jumenta para

salvar uma vida, a do profeta mercenário Balaão.

Mas é lamentável que nos nossos dias alguém de pouco

entendimento, quer fazer disso uma pregação, dando ênfase ao fato de

que Deus "usa" até mesmo uma jumenta, mas isso não é honroso para nós,

pois Deus tem seus vasos escolhidos para falar sua Palavra, e somos nós, pois

já somos salvos, pescadores de homens (Mc. 1.17). Deus já usou de vários

meios para realizar sua obra, num momento de urgência Deus usou:

 Uma jumenta para livrar Balaão da morte (Nu. 22. 28).

 Uma menina para salvar um grande general (IIRs. 5.2-3).

 Um grande peixe, para transportar o missionário fujão (Jn. 1. 17).

 Um tronco de uma árvore, para adoçar as águas (Ex. 15. 25).


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 Usou o sal para purificar o manancial das águas (IIRs. 2. 19-22).

Deus usa aquilo que estiver a mão, quando e como Ele quer. Hoje, porém,

não é honroso pregar que Deus usa uma jumenta, mas que possamos dizer

como disse Isaías o profeta: "Eis me aqui, envia-me a mim" (Is. 6. 8).

19. 2 - Pessoas dispostas a orar pela obra Missionária

"Rogai ao Senhor da seara, que

mande obreiros para sua seara" (Lc. 10.

2).

"Rogai", nessa palavra está explícita a necessidade de oração, a obra

da evangelização é urgente e nos obriga a orar. Temos de ir aos pés do

Senhor, a fim de clamar por obreiros de valor.

Ninguém pode destruir a obra construída com jejum, lágrimas e

oração. Na oração sentimos qual a vontade de Deus para este mundo.

Deixar de lado o compromisso da oração é abandonar um tesouro

incomparável que Deus tem posto a nossa disposição.

Devemos orar para recebermos a capacitação de Deus necessária a

fim de sairmos para o campo missionário, e sem essa preparação prévia, ou

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seja, aqueles que saem de qualquer maneira correram um o risco de

fracassarem em sua missão.

Foi a oração que sustentou os obreiros da Igreja primitiva, ela deu

força, coragem e direção a eles. "E tendo eles orado, moveu-se o lugar onde

eles estavam reunidos e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam

com ousadia a Palavra de Deus" (Atos 4. 31).

A Igreja orou e Pedro foi liberto milagrosamente da prisão (Atos 12. 5-

12). Somente através da oração, os obreiros são sustentados na "luta"

ministerial e missionário. O apóstolo Paulo conhecia o poder da oração

quando disse à Igreja de Colossos: "Perseverai em oração... orando também

juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da Palavra, a fim de

falarmos do ministério de Cristo, pelo que estou também preso" (Colossenses

4. 2-3).

19. 3 - Pessoas dispostas a contribuir para obra Missionária

"Vendiam suas propriedades e

fazendas e repartiram com todos,

segundo cada um tinha

necessidade" (Atos 2.45).

Muitos cristãos primitivos venderam as suas propriedades e entregaram

o valor correspondente aos apóstolos, em beneficio da obra missionária.

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Como prova disso lemos a passagem bíblica que registra: "Então José,

cognominado pelos apóstolos, Barnabé (que traduzido, é filhos da

consolação), levita, natural de Chipre, possuidor de uma herdade, vendeu-a

e trouxe o preço e depositou aos pés dos apóstolos" (Atos 4. 36-37).

Oswald Smith, um dos maiores enviadores de missionário do século XX,

conhecido por muitos como "Senhor Missões", disse a célebre frase: "A Igreja

que não faz missões, breve deixará de ser evangélica". Atualmente, sua

Igreja em Toronto, no Canadá, sustenta quase mil missionários em todo

mundo, com um orçamento milionário de mais de dois milhões de dólares

anuais. O trabalho agora é liderado pelo seu filho, que o sucedeu, após sua

partida para estar com o Senhor das missões.

Não existe outro motivo para a Igreja ainda existir na terra, que não

seja missões. É responsabilidade da Igreja local, o ensino e o sustento do

missionário no campo.

Foi o próprio Deus, quem estabeleceu que o crente contribuísse, para

que o seu povo tenha os recursos suficientes para a expansão do evangelho

e manutenção da obra do Senhor.

O Pastor Deiró de Andrade (Pr. de uma Igreja missionária, no Estado de

São Paulo), ao apresentar à Igreja as conquistas do campo missionário, tais

como: terrenos, prédios e o próprio envio de obreiros para missão, sempre faz

a seguinte pergunta: "Os irmão sabem como foi que conseguimos isso?" E em

alto e bom som, toda Igreja responde: "Com os nossos dízimos e ofertas".

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Entretanto, se você não pode ir, pode contribuir para que o Reino do

Mestre Jesus cresça e se fortaleça na face da terra, e para que outros

possam ir em seu lugar.

20 - A Chamado do Missionário e seu Preparo.

"Quem nos separará do

amor de Cristo? A tribulação, ou a

angustia, ou a perseguição, ou a

fome, ou a nudez, ou o perigo, ou

a espada?"

Uma coisa primordial na vida do missionário deve ser a convicção de

sua chamada, para realizar a obra de Deus, caso contrário, na hora da

adversidade, irá recuar, pois as batalhas no campo missionário são grandes,

e quase sempre não há amigos com quem contar.

Vejamos a convicção do apóstolo Paulo: "Paulo, servo de Jesus Cristo,

chamado para Apóstolo, separado para o Evangelho de Deus" (Romanos 1.

1).

Se o missionário tem a certeza que é servo, chamado e separado,

certamente alcançará seu objetivo evangelístico e o nome do Senhor será

glorificado.

Vejamos o que diz o Bispo Dr. Manoel Ferreira, sobre o preparo

missionário: além de outras necessidades, pesa sobre o missionário a

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necessidade de mais espiritualidade no campo. O missionário pensa que no

campo onde cumpre sua missão, pode orar tanto quanto orava onde antes

cooperava. Em sua Igreja, ele contava com o companheirismo dos colegas

de ministério, sob a orientação de seu presidente. Era uma equipe unida e

vitoriosa! Mas agora o obreiro está sozinho, e as lutas são constantes e bem

maiores. É preciso muito mais oração e muito mais poder de Deus, se assim

não for o missionário não conseguirá êxito em sua missão (livro: Reflexões e

desafios para o Terceiro Milênio).

Missionário é aquele que foi especificamente chamado por Deus. Em

Atos 9.15 vemos o exemplo de Paulo quando Deus disse: "Disse-lhe, porém, o

Senhor: Vai por que este é para mim, vaso escolhido...". Além de ser

chamado, deve receber um preparo, ou seja, passar por um estágio e ser

aprovado. A igreja local deve ter uma equipe de treinamento, com o

objetivo de selecionar, treinar e habilitar candidatos ao campo missionário, e

estabelecer alvos e estratégias definidas. Ninguém melhor que a igreja local

para reconhecer e identificar uma pessoa chamada para missões.

Um homem enviado ao campo, não pode ser neófito, ou seja, sem

experiência (ITm. 6.3).

Quando Davi compareceu diante de Saul e se propôs a lutar contra o

gigante Golias, ele não era só um jovem, era muito mais, as experiências do

sol causticante e das noites frias que passou, quando cuidava das ovelhas

de seu pai, lhe trouxeram experiências corajosas, que agora estavam lhe

servindo, para enfrentar o gigante, veja o que ele mesmo disse em I Samuel

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17.32 - 37, portanto é fundamental a chamada, e a preparação, antes de

ser enviado um missionário ao campo de "batalha".

21 - As Responsabilidades da Igreja que envia.

A Igreja que envia o missionário tem que estar bem orientada sobre a

obra missionária, quais seus deveres como Igreja, e que privilégios a

aguardam como enviadora e promotora de missões.

A Igreja é a primeira a aparecer no cenário da missão, pois é dentro

dela que o surge o missionário. É a igreja que o envia.

“Enviar” significa colocar dentro da obra ou da comunhão, assumir e

pagar o preço da responsabilidade do envio.

A Igreja é responsável por conhecer o missionário que envia. É seu

dever saber quem ele é conhecer seus defeitos e virtudes, aspectos

negativos e positivos. Quando o missionário comete tolices em seu campo

de trabalho, culpa-se primeiramente à igreja que o enviou e que está por

detrás dele.

A Igreja é responsável em manter o missionário que envia. É preciso

mantê-lo financeiramente. Um homem com uma família ás custas, sem casa,

sem comida, sem roupa, sem remédio, sem dinheiro, sem saúde, enfim, sem

respaldo financeiro, não conseguirá trabalhar.

A Igreja precisa manter o missionário socialmente. O missionário

enviado pela Igreja é mantido por suas contribuições, através da secretaria

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de missões, ofertas, dízimos etc. É de suma importância que a Igreja incentive

os crentes a contribuírem para a obra missionária. Uma Igreja que envia e

mantêm missionários, é uma Igreja que está constantemente debaixo da

benção de Deus, e está sendo fiel à razão de sua obra e existência.

"Portanto ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do

Filho e do Espírito Santo" (Mt. 28.19). A Igreja existe por causa da necessidade

da salvação de todas as nações, caso ela não cumpra sua missão, ela

perderá a razão de sua existência.

22 - A Responsabilidade do Missionário que vai

Já falamos sobre as responsabilidades da Igreja que envia, falaremos

agora, da responsabilidade do missionário que vai. Pois o mesmo vai

representando a Igreja, e suas ações refletem o nome dela. Por esse motivo,

ele não pode fazer o que quer ou o que pensa, tem o nome a zelar, pois

toda Igreja pode ser atingida pela boa ou má fama do tal missionário. A

igreja jamais pode enviar ao campo o obreiro com experiência de rebeldia.

O homem de Deus deve ser pacífico e pacificador, respeitando a Igreja que

o enviou, bem como as existentes na cidade ou país para onde o mesmo foi

enviado. Fazemos o que diz a Palavra de Deus: "Não dando nós escândalos,

em coisa alguma, para que o nosso Ministério não seja censurado" (2Co. 6.

3). Ele deve ter a consciência que seus atos podem exaltar ou denegrir a

Igreja de Cristo, daí a necessidade de se preparar o obreiro, antes de seu

envio ao campo.

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Continua no Módulo de Missiologia II

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