Вы находитесь на странице: 1из 44

ADMINISTRAÇÃO I

CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD

Administração I – Prof. Ms. Neivaldo Hakime Dutra

Meu nome é Neivaldo Hakime Dutra. Sou mestre em Gestão


Empresarial pela UNI-Facef/Franca-SP, onde desenvolvi um
estudo a respeito dos estilos de liderança percebidos nas in-
dústrias de calçados de Franca-SP. Conclui minha Graduação
em Administração de Empresas no Instituto Tecnológico de
Osasco-SP e Especialização em Gestão de Recursos Humanos
e Financeiros na UNI-Facef/Franca-SP. Vejo na EaD uma im-
portante ferramenta de inclusão social, uma vez que permite
a um número maior da população o acesso ao ensino uni-
versitário e à especialização profissional. Como sabemos, a
educação, seja na formação escolar acadêmica, seja na espe-
cialização, é um dos meios mais importantes para o desenvolvimento social de um país.
Por isso, acredito que o estudo do binômio “sociedade e educação” seja extremamente
relevante para a formação de um educador.
E-mail: neivaldo@claretiano.edu.br

Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação


Neivaldo Hakime Dutra

ADMINISTRAÇÃO I
Caderno de Referência de Conteúdo

Batatais
Claretiano
2013
© Ação Educacional Claretiana, 2008 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013

658 D974a

Dutra, Neivaldo Hakime


Administração I / Neivaldo Hakime Dutra – Batatais, SP : Claretiano, 2013.
196 p.

ISBN: 978-85-67425-00-9

1. Significados do Papel da Administração. 2. Perfil do administrador. 3. Processo


de administrar diferentes atividades. 4. Pilares do pensamento administrativo.
5. As escolas de administração. 6. Administração científica e clássica. 7. Estudo
da teoria humanística e comportamental. 8. Processo decisório e planejamento.
I. Administração I.

CDD 658

Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional


Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves

Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Dandara Louise Vieira Matavelli Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Sônia Galindo Melo
Josiane Marchiori Martins
Talita Cristina Bartolomeu
Lidiane Maria Magalini
Vanessa Vergani Machado
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza Projeto gráfico, diagramação e capa
Patrícia Alves Veronez Montera Eduardo de Oliveira Azevedo
Rita Cristina Bartolomeu Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.

Claretiano - Centro Universitário


Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
SUMÁRIO

CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO


1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 9
2 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO....................................................................... 12

Unidade 1 – CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 31
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 31
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 32
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 32
5 ESCOPO DA ADMINISTRAÇÃO ......................................................................... 34
6 A ÇÃO DE ADMINISTRAR .................................................................................. 35
7 SIGNIFICADO DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................ 37
8 TEXTO COMPLEMENTAR................................................................................... 40
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 41
10 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 42
11 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 43
12 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 43

Unidade 2 – ORGANIZAÇÃO E EMPRESA


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 45
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 45
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 45
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 46
5 ORGANIZAÇÃO E EMPRESA.............................................................................. 47
6 SISTEMA DE RECURSOS E OBJETIVOS............................................................. 48
7 CLASSIFICAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES............................................................... 49
8 TEXTO COMPLEMENTAR................................................................................... 52
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 55
10 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 56
11 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 56
12 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 57

Unidade 3 – PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO


1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 59
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 59
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 60
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 60
5 IMPORTÂNCIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NO CONTEXTO
ORGANIZACIONAL............................................................................................. 61
6 PLANEJAMENTO ............................................................................................... 63
7 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL......................................... 66
8 DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E TOMADA DE DECISÃO...................................... 68
9 CONTROLE, PRINCIPAIS PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO E REGISTRO....... 70
10 T EXTOS COMPLEMENTARES............................................................................. 73
11 Q UESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 76
12 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 77
13 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 77
14 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 77

Unidade 4 – ESTUDO SOBRE OS GERENTES


1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 79
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 79
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 80
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 81
5 HENRY FAYOL E O PAPEL DO DIRIGENTE ........................................................ 83
6 CHESTER BARNARD .......................................................................................... 84
7 HENRY MINTZBERG .......................................................................................... 85
8 ROSEMARY STEWART....................................................................................... 87
9 ANDREW GROVE............................................................................................... 87
10 A ÇÃO GERENCIAL NAS ORGANIZAÇÕES......................................................... 88
11 T EXTO COMPLEMENTAR................................................................................... 89
12 Q UESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 90
13 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 93
14 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 93
15 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 94

Unidade 5 – ABORDAGEM MECANICISTA DA ADMINISTRAÇÃO: TEORIA


CIENTÍFICA E CLÁSSICA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 95
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 96
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 96
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 97
5 TEORIA CIENTÍFICA........................................................................................... 100
6 TEORIA CLÁSSICA.............................................................................................. 109
7 CRÍTICAS À TEORIA CLÁSSICA E CIENTÍFICA................................................... 113
8 TEXTOS COMPLEMENTARES............................................................................. 114
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 116

Claretiano - Centro Universitário


10 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 117
11 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 118
12 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 118

Unidade 6 – ABORDAGEM DAS RELAÇÕES HUMANAS E


COMPORTAMENTAIS NAS ORGANIZAÇÕES
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 119
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 120
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 120
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 121
5 ORIGEM DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS............................................ 123
6 TEORIAS MOTIVACIONAIS................................................................................ 132
7 TEXTOS COMPLEMENTARES ............................................................................ 140
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 141
9 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 142
10 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 142
11 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 143

Unidade 7 – ABORDAGEM NEOCLÁSSICA E PLANEJAMENTO


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 145
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 146
3 ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO DA UNIDADE.................................................. 146
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 148
5 CARACTERÍSTICAS DA TEORIA NEOCLÁSSICA................................................. 149
6 ADMINISTRAÇÃO COMO TÉCNICA SOCIAL..................................................... 151
7 PROCESSO DE PLANEJAMENTO....................................................................... 156
8 TEXTOS COMPLEMENTARES............................................................................. 163
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 165
10 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 166
11 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 167
12 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 167

Unidade 8 – PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 169
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 169
3 ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO DA UNIDADE.................................................. 169
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 170
5 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO........................ 171
6 TEXTO COMPLEMENTAR................................................................................... 179
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 182
8 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 183
9 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 183
10 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 183

Unidade 9 – FUTURO DA ADMINISTRAÇÃO E PERFIL DO ADMINISTRADOR


NO MUNDO ATUAL
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 185
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 185
3 ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO DA UNIDADE ................................................. 186
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 187
5 HABILIDADES DO ADMINISTRADOR................................................................ 187
6 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 193
7 TEXTOS COMPLEMENTARES............................................................................. 193
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 194
9 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 194
10 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 195
Caderno de
Referência de
Conteúdo

CRC
Ementa––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Significados do papel da Administração. Perfil do administrador. Processo de
administrar diferentes atividades. O pensamento administrativo. As escolas de
Administração. Administração científica e clássica. Estudo da teoria humanística
e comportamental. Processo decisório e planejamento.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo ao estudo da Administração I. Nesta parte,
chamada Caderno de Referência de Conteúdo, você encontrará o
conteúdo básico das nove unidades que serão desenvolvidas.
Neste caderno, você conhecerá o fundamento da Adminis-
tração, sua origem e evolução no cenário socioeconômico, bem
como a relevância de sua aplicação nas organizações. Você conhe-
cerá, também, o perfil adequado do administrador e a necessida-
de desse profissional no ambiente das instituições.
Ter conhecimento do conceito das ferramentas administrati-
vas, da abordagem gerencial, do processo de planejamento estra-
tégico e de tomada de decisão vai capacitar você a ter uma postura
analítica de estilo empresarial.
10 © Administração I

Você aprenderá, ainda, os diferentes conceitos de Adminis-


tração, que poderão proporcionar-lhe o entendimento ideal dessa
ciência nos ambientes empresariais.
As ferramentas básicas do processo administrativo compre-
endem: planejamento, organização, direção e controle (Figura 1).
Conhecendo-as, você terá uma visão da importância de sua aplica-
bilidade nas grandes, médias e pequenas empresas.

Planejamento

Controle Organização

Direção

Figura 1 O processo administrativo.

Por meio desses conhecimentos iniciais, você terá condições


de analisar a necessidade da ciência administrativa nas empresas,
independentemente do porte da empresa ou do segmento em
que atua.
Ao longo dos estudos, você poderá fazer comparação entre
organização e empresa, bem como avaliar a organização no ponto
de vista da instituição ou quanto a ordem ou ordenação. Conhece-
rá, ainda, as principais habilidades necessárias para o futuro admi-
nistrador, em aspectos cognitivos, humanos e emocionais.
© Caderno de Referência de Conteúdo 11

Abordaremos, também, os principais estudos sobre a ação


dos gerentes nos ambientes organizacionais. A compreensão das
atividades dos gerentes será fundamental, pois a maioria das ta-
refas administrativas provém da média e alta gerência, sem me-
nosprezar o trabalho dos demais componentes da estrutura orga-
nizacional, pois a ação administrativa é alicerçada no trabalho em
equipe.
No estudo da evolução histórica da administração, você co-
nhecerá a cronologia do pensamento administrativo desde Adam
Smith até o primórdio da administração científica, Frederick Wins-
low Taylor, acompanhado de Henry Ford e sua posição de desta-
que como precursor da linha de montagem na fabricação de auto-
móveis.
Com os conhecimentos absorvidos, será possível estabele-
cer o grau de diferença da administração científica de Taylor e Ford
e a teoria clássica de Fayol, também conhecida como modelo fran-
cês de administração.
Num segundo momento da cronologia das teorias adminis-
trativas, abordaremos a ação humana e seus efeitos na organiza-
ção. Demonstraremos os principais estudos sobre a motivação hu-
mana e os reflexos causados na consideração do comportamento
dos indivíduos no ambiente empresarial.
No estudo do planejamento estratégico, você irá conhecer o
mecanismo de implantação desse processo e as variáveis do am-
biente interno e externo que interagem na constituição do plane-
jamento. Além disso, nossa proposta é demonstrar não apenas as
principais técnicas de previsão do cenário empresarial, mas tam-
bém as formas de pesquisa de opinião e as atitudes dos agentes
econômicos e institucionais.
Finalmente, para intensificar o conhecimento da dinâmica
empresarial, conceituaremos os parâmetros que definem a perso-
nalidade e a imagem da empresa, que são sua missão, sua visão e
seus valores em qualquer instituição.

Claretiano - Centro Universitário


12 © Administração I

Administração I constitui um conteúdo muito importante,


pois norteia o graduando na compreensão dos ambientes organi-
zacionais e sua dinâmica no mercado e na sociedade.
Como você pode perceber, é de extrema relevância a intera-
tividade entre seu tutor, colegas de curso e instituição de ensino.
Você está convidado a fazer parte deste novo caminho da educa-
ção e do saber.
Desejamos que seu estudo seja proveitoso e que o ajude a
trilhar o caminho de novas descobertas e novos conhecimentos.

2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO


Abordagem Geral
Neivaldo Hakime Dutra
Mestre em Gestão Empresarial

Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será es-


tudado neste Caderno de Referência de Conteúdo . Aqui, você en-
trará em contato com os assuntos principais deste conteúdo de
forma breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas
questões no estudo de cada unidade. No entanto, essa Aborda-
gem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário
a partir do qual você possa construir um referencial teórico com
base sólida – científica e cultural – para que, no futuro exercício
de sua profissão, você a exerça com competência cognitiva, ética e
responsabilidade social.
Nesta Abordagem Geral, você conhecerá, de forma resu-
mida, o embasamento teórico da origem da administração, seu
aperfeiçoamento no contexto socioeconômico e empresarial,
bem como a sua importância perante os processos organizacio-
nais das instituições empresariais e governamentais. Você conhe-
cerá, também, os aspectos e as características do perfil adequado
do administrador.
© Caderno de Referência de Conteúdo 13

Para tanto, demonstraremos, no transcorrer do estudo, a


necessidade desse profissional no ambiente das organizações.
Apresentaremos o conceito das ferramentas administrativas, da
abordagem gerencial, do processo de planejamento estratégico
e de tomada de decisão, conceitos que visam capacitá-lo para
exercer uma postura analítica de estilo empresarial.
Como surgiu a ciência administrativa? Qual o significado do
termo “administração”?
A administração pode ser tratada como uma atividade em-
pírica, pois, quando estamos administrando, independentemen-
te do que seja, buscamos interagir com o ambiente que nos cerca
à procura de concretizar determinados objetivos, especialmente
no ambiente das organizações. Como exemplo de organizações,
podemos citar: escolas, fábricas, sindicatos, partidos políticos,
hospitais, exército e estados.
Temos a certeza de que você deve possuir as mesmas apre-
ensões de todos os ingressantes acadêmicos no campo da admi-
nistração e, também, suas oportunidades de mercado. Essa expec-
tativa é comum, contudo, queremos tranquilizá-lo, desde já, em
virtude da necessidade das organizações em contratar administra-
dores para seu quadro de funcionários. E não paramos por aí. Os
administradores poderão optar em desenvolver a carreira de em-
preendedores, detentores de seu próprio negócio.
Você sabia que cerca de um terço dos profissionais com gra-
duação superior no mercado de trabalho do Brasil é formado por
administradores? E que esse número tende a ampliar?
A busca por profissionais de administração é causada pelo
fenômeno da constituição e profissionalização das organizações;
por isso, elas estarão constantemente à procura de administrado-
res para gerir suas empresas.
Por muito tempo, as entidades mantinham, em seus cargos
executivos, profissionais de outras áreas, formados ali mesmo, no

Claretiano - Centro Universitário


14 © Administração I

ambiente de trabalho, ou seja, médicos, pedagogos ou professores


ocupavam funções gerenciais para cuidar dos problemas organiza-
cionais. Contudo, os ambientes empresariais foram se tornando
mais complexos.
Esse cenário apontou a necessidade de a empresa possuir
um profissional para conduzir as organizações na intenção de al-
cançar melhores resultados. Com efeito, os profissionais da área
de administração vêm conquistando seu espaço no mercado.
Embora os conceitos e princípios da administração possam
ser utilizados em qualquer circunstância, a fim de facilitar nosso
aprendizado, definimos o campo da organização como objeto de
nosso estudo.
Inicialmente, você conhecerá os diversos conceitos de Ad-
ministração, os quais proporcionarão o entendimento ideal dessa
ciência, arte ou prática, conforme dizem os estudiosos do século
20.
Em razão da expansão do mercado, as organizações torna-
ram-se competitivas para se igualar ou mesmo superar os concor-
rentes; por isso, o contexto empresarial já não admite instituições
ineficazes, que não alcançam resultados suficientes para satisfazer
os investidores ou proprietários ou que não atendem às expecta-
tivas dos clientes.
Consequentemente, os profissionais da área de Administra-
ção são donos de um amplo campo de atuação. Porém, somente a
formação e a experiência não bastam; é preciso que eles acompa-
nhem a evolução da sociedade e das organizações, pois a primeira
sempre tem a sua necessidade aprimorada, e a segunda necessita
atender a seus clientes, ou seja, a sociedade.
É a partir daí que surge o segundo conceito que se refere ao
principal campo de atuação dos administradores: a organização. A
princípio, as organizações foram criadas para atender às necessi-
dades humanas. Os indivíduos perceberam que trabalhar em cole-
© Caderno de Referência de Conteúdo 15

tividade agilizava o serviço e, assim, poderiam cumprir as tarefas


de forma rápida.
De forma geral, elas foram geradas para atingir determinado
fim; contudo, as organizações empresariais devem alcançar obje-
tivos cujos resultados sejam interessantes aos dirigentes, funcio-
nários, fornecedores e clientes. Para conseguir esses resultados,
surge a ação da administração.
As organizações empresariais são entidades criadas por de-
terminadas pessoas ou instituídas por lei, no caso dos entes pú-
blicos, mas todas buscam a obtenção de resultados, sejam eles na
forma de lucro ou de interesse de terceiros.
Essas entidades efetuam quase todas as atividades da vida
moderna; por isso, são consideradas um dos componentes mais
relevantes da sociedade. Desde o nascimento, as pessoas fazem
parte das organizações: nascem em hospitais, são educadas e for-
madas nas escolas, executam suas atividades profissionais nas em-
presas, enfim, participam constantemente de organizações. Com
efeito, a concepção da pessoa moderna conduz, inevitavelmente,
ao estudo das organizações.

Processo administrativo
O processo administrativo é um instrumento utilizado pelos
administradores para cumprir suas atividades e alcançar resulta-
dos. Esse mecanismo é um conjunto das funções administrativas
de:
• planejamento;
• organização;
• direção;
• controle.
As funções administrativas são constituídas pela sua pre-
sença e interferência no ambiente organizacional, em virtude de
os administradores as utilizarem na consecução dos objetivos
pretendidos.

Claretiano - Centro Universitário


16 © Administração I

O processo administrativo é tão importante que outras ci-


ências e modelos de projeto, qualidade e produção o utilizam
para a eficácia de seu programa. Isso é o bastante para demons-
trarmos a importância das funções do processo administrativo.
Portanto, não é possível administrar sem objetivo, nem gerir sem
as funções administrativas.
Por meio desses conhecimentos iniciais, podemos notar a
contribuição da administração para as organizações, independen-
temente do segmento ou do porte da empresa. Partindo desse
princípio, você poderá, durante seus estudos, comparar as diver-
sas formas de organização e, também, avaliar as mutações de seus
ambientes interno e externo.

Atividades dos gerentes nos contextos organizacionais


A concepção da ação dos gerentes é imprescindível, pois as
ferramentas de gestão são aplicadas por eles. Assim, os gerentes
tornam-se a mola propulsora de ativação das políticas institucio-
nais.
Dessa forma, as funções administrativas são imprescindí-
veis ao gerente, que deve praticá-las para executar suas tarefas
com previsibilidade e equilíbrio. Contudo, além do caráter técnico,
compreendido pelo processo administrativo, é necessário que ele
tenha habilidade de liderar pessoas, instituir mecanismos motiva-
cionais, saber se comunicar de forma transparente e tomar deci-
sões adequadas.
Ao longo da evolução do pensamento administrativo, com
destaque para o estudo da abordagem clássica e científica, a maio-
ria dos gerentes procurava explorar o máximo de energia dos su-
balternos. Em razão desse perfil rígido, com meios de comando
que coagiam as pessoas, além do controle excessivo das atividades
dos indivíduos, aconteceram grandes mudanças nas organizações.
Esse tipo de postura não condiz mais com o ambiente organizacio-
nal atual e não gera resultados; pelo contrário, revolta, desmotiva
© Caderno de Referência de Conteúdo 17

e prejudica o trabalho das pessoa. Isso não quer dizer que não
existem mais gerentes desinformados, abusando do poder e agin-
do arbitrariamente na execução de suas atividades.
De acordo com o Programa de Estudos do Futuro (apud
CRASP, 2002), existem quatro grandes grupos de competências
necessárias aos líderes:
1) Orientações permanentes para resultados.
2) Qualificação técnica e funcional.
3) Inteligência emocional.
4) Capacidade de distinguir o que é relevante do que não
é.
Para fazer parte desse seleto grupo, o profissional deverá
comprovar seu talento para conduzir as equipes, mostrando que
possui capacidade de prover recursos ao ser um facilitador de pro-
cessos e meios utilizados na confecção de produtos. Para tanto,
o gerente talentoso precisará ser um líder, conhecer a profissão,
compartilhar o poder, ter empatia, bom humor, saber ouvir e to-
mar decisões fundamentadas em evidências objetivas.
Depois de conhecermos as atividades dos gerentes nos con-
textos organizacionais, estudaremos a evolução histórica da ad-
ministração por meio da cronologia do pensamento administrati-
vo, iniciando com as pesquisas de Adam Smith até os estudos de
Taylor, com a publicação do livro sobre administração científica.

Administração Científica e Clássica


Taylor nasceu no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Desde jovem, queria seguir a profissão do pai, que era advogado,
mas, em razão da deficiência na visão pelo excesso de leitura à luz
de querosene, deixou precocemente a carreira.
Aos 18 anos, abandonou os estudos e ingressou no segmen-
to da mecânica, em uma indústria próxima de sua casa. Em segui-
da, transferiu-se para outra empresa, em que passou por vários

Claretiano - Centro Universitário


18 © Administração I

cargos. Os primeiros processos científicos vieram quando Taylor


tinha apenas 23 anos. Ele percebeu que havia muita ineficiência
no processo de trabalho e desenvolveu diversas pesquisas.
Outro pesquisador da teoria científica foi Henry Ford, nasci-
do no estado de Michigan, em uma fazenda de propriedade de seu
pai. Desde cedo, interessou-se pela mecânica e, aos 12 anos, pas-
sava a maior parte do tempo consertando as máquinas da fazenda
e da vizinhança. Após uma trajetória profissional ascendente, em
1903, Ford, juntamente com outros acionistas, funda a Ford Motor
Company. A maior contribuição de Ford para a administração cien-
tífica foi a linha de montagem.
Outros destaques da administração científica são o casal Gil-
breth, que aborda o melhor método para realizar uma função por
meio do estudo dos movimentos, e o pesquisador Gantt, cuja pre-
missa básica era o aperfeiçoamento do homem, permitindo a este
condição de desenvolvimento e realização profissional.
O modelo francês de administração, também conhecido
como administração clássica, foi desenvolvido pelo engenheiro
Henry Fayol, nascido na cidade de Constantinopla, hoje chamada
Istambul.
Sua contribuição está fundamentada na direção de grandes
organizações. Enquanto a administração científica preocupa-se
com as tarefas, a clássica tem como foco as atividades administra-
tivas.
Dessa forma, mediante o aprendizado absorvido, será possí-
vel estabelecermos as diferenças entre a administração científica
de Taylor, Ford, Gantt e Gilbreth e a teoria clássica de Henry Fayol.
A seguir, veremos a abordagem das relações humanas na or-
ganização, com destaque para os experimentos de Hawtorne, um
bairro de Chicago nos Estados Unidos.
© Caderno de Referência de Conteúdo 19

Teoria das Relações Humanas


A teoria das relações humanas teve origem no fato de as
pessoas não acatarem as condições inseguras e insalubres vividas
na época mecanicista.
No final da década de 1920 e início de 1930, um segundo
momento da cronologia das teorias administrativas, os estudiosos
passaram a considerar a ação humana e seus efeitos na organiza-
ção. O destaque é para o professor Elton Mayo, que, com os resul-
tados de sua pesquisa, mostrou que a ação psicológica sobrepõe
a ação física. Esse fato, embora relevante, foi desconsiderado na
época para, anos mais tarde, servir de base para o estudo da teoria
comportamental.
Considerado por estudiosos como o desdobramento da
teoria das relações humanas, o principal objetivo dessa teoria é
compreender o que motiva o ser humano e os reflexos gerados no
ambiente de trabalho, nos produtos e na equipe.
No aprendizado da teoria comportamental, Maslow e sua
abordagem da hierarquia das necessidades defendem a escala
de motivação das pessoas. Para o estudioso, as pessoas precisam
cumprir as necessidades físicas para depois atingir outros níveis de
satisfação, alcançado, assim, a automotivação.
Outro destaque é o professor Herzberg, com a teoria dos
dois fatores. Para ele, os fatores higiênicos estão intrínsecos no
ambiente de trabalho e, por isso, somente cumprem a necessi-
dade das pessoas, mas não garantem a motivação; já os fatores
externos são os motivacionais, pois são ligados ao conteúdo do
trabalho.
Dentro da teoria motivacional, outra pesquisa é do professor
McGregor com as teorias X e Y. Na teoria X, a tese defendida é que
as pessoas são indolentes e trabalham somente pelo dinheiro. Na
teoria Y, as pessoas gostam do que fazem; por isso, procuram as-
sumir responsabilidades – o dinheiro vem como consequência da
aplicação e do trabalho.

Claretiano - Centro Universitário


20 © Administração I

Teoria Neoclássica
Após o encerramento da Segunda Guerra Mundial, o mundo
percebeu que as organizações tinham evoluído bastante desde a
Primeira Guerra Mundial. Os produtos possuíam maior desempe-
nho e qualidade, e os carros, as armas, os tanques, os navios, entre
outros, estavam bem mais avançados do que outrora.
Esse cenário fez que teorias administrativas fossem repensa-
das, redesenhadas para ser utilizadas em um ambiente mais com-
petitivo, contexto em que a simples produção em larga escala já
não garante mais o sucesso da organização. A busca era por pro-
cessos que garantissem o equilíbrio organizacional.
Esse movimento, conduzido especialmente por Drucker, Dale
e Koontz, foi denominado teoria neoclássica ou Escola Operacio-
nal, ou Escola do Processo Administrativo ou, ainda, Abordagem
Universalista da Administração. O fato é que os autores neoclássi-
cos não formaram exatamente uma escola bem definida, mas um
movimento desordenado e desarticulado.
A característica principal da teoria neoclássica foi considerar
a administração como técnica social ao definir os aspectos comuns
às organizações e as funções essenciais do administrador.
Esse movimento comprovou que a sociedade pós-guerra já
não acatava mais que os êxitos alcançados pelas organizações fos-
sem baseados em teorias desenvolvidas no passado. Portanto, era
essencial desenvolver uma teoria que contemplasse as aspirações
e as exigências do mercado. É o que veremos a seguir.

Administração por Objetivos (APO)


No ano de 1955, Peter Drucker, que já tinha destaque pela
participação na abordagem neoclássica, desenvolveu um instru-
mento de avaliação participativo para averiguar o desempenho
de pessoas chamado Administração por Objetivos (APO). A ideia
é estabelecer referenciais de avaliação mútuos entre superior e
© Caderno de Referência de Conteúdo 21

subordinado. Os dois, em conjunto, definem os objetivos a serem


alcançados, o processo de avaliação, a aferição dos resultados e
como será o feedback.
O método de avaliação APO substitui o antigo processo hie-
rárquico, no qual a proposta dos objetivos é projetada pelo supe-
rior, e a equipe, por sua vez, somente acata as ordens e executa-
as.

Planejamento Estratégico
O Planejamento Estratégico (PE) é o desenvolvimento de um
conjunto de planos de ação, cujo objetivo é modelar o destino, ou
seja, o futuro da organização.
Para ser elaborado, é preciso conhecer profundamente a
organização. Porém, conhecer a organização não é algo tão fácil,
sendo necessário, pois, possuir técnicas e fundamentação. Desse
modo, os administradores saem na frente, pois são capacitados
para desenvolver o PE.
Esse projeto se inicia na descrição e análise do histórico da
empresa, da sua trajetória desde a fundação, principais clientes e
fornecedores, além dos produtos e serviços produzidos. A etapa
seguinte consta em definir a Missão (razão da existência da orga-
nização), a Visão (posicionamento atual e aonde a empresa quer
chegar) e os Valores (princípios éticos, morais e de responsabilida-
de social que norteiam a instituição). O próximo passo é desenvol-
ver o diagnóstico organizacional, ocasião em que são abordadas
as forças e fraquezas do ambiente interno; além das ameaças e
oportunidades do ambiente externo.
Logo depois, os gestores podem traçar a estratégia que será
desenvolvida mediante os planos de ação estabelecidos.
Dando continuidade ao processo, é a vez de implantar o Pla-
nejamento Tático (PT), cuja principal função é estabelecer uma
aliança entre os objetivos institucionais da organização e sua apli-

Claretiano - Centro Universitário


22 © Administração I

cação. De acordo com a estratégia projetada, por meio da distri-


buição de recursos, estruturação organizacional de cargos, atribui-
ção de pessoas e matéria-prima, o PT tem a incumbência de tornar
o PE operável.
Para encerrar o projeto de planejamento, é o momento de
aplicar o Planejamento Operacional (PO), responsável pelo deta-
lhamento dos planos estratégicos e táticos. É o instante de definir
os procedimentos que serão utilizados para executar os planos de
ação.
Com efeito, cabe ao PO dispor na prática as provisões es-
peradas a fim de que as informações entre os diversos níveis da
empresa sejam comunicadas, via de regra, de forma transparente
e eficaz, para garantir o sucesso do PE.
Conforme você pôde perceber, a Administração I apresenta
o processo decisório e os modelos propostos para tomá-lo. Desse
modo, para compreendermos melhor esse processo, vamos reali-
zar a seguinte reflexão:

Qual é a melhor decisão?–––––––––––––––––––––––––––––––


Suponha que você necessita tomar uma decisão relevante ao se deparar com
situações divergentes e cada uma delas lhe trará um determinado resultado.
Surge a indecisão! Por exemplo, a organização lançou um produto no mercado.
Acontece que você, diante das circunstâncias, poderá adotar duas formas de dis-
tribuição: oferecer o produto nos supermercados e ficar diante dos concorrentes,
ou entregá-lo diretamente para os clientes.
Como tomaria essa decisão? Agiria por intuição? Experiência? Conhecimento? É
claro, essa situação é um fato bastante relevante e precisa ser contemplado com
muita prudência, porque o destino da empresa estará em suas mãos. Em função
disso, é preciso desenvolver procedimentos de análise suficientes para permitir
que a opção selecionada seja a mais correta possível.
Contudo, não será somente você que encontrará dificuldades para encarar as
decisões importantes. O ambiente organizacional também é compreendido de
decisões fáceis, médias e complexas, aquelas que envolvem um determinado
grau de dificuldade para solucioná-las. Saiba que a tomada de decisão está total-
mente ligada à estratégia. O administrador precisa, constantemente, ter pensa-
mento estratégico, ter um objetivo, pensar no que irá fazer, como, onde, quando
e qual será a consequência.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© Caderno de Referência de Conteúdo 23

Esse breve, mas importante, treinamento auxiliará você, fu-


turo gestor, nas decisões que irá tomar no dia a dia em sua orga-
nização, as quais representarão o seu bom desempenho na vida
profissional.
Finalmente, para intensificarmos o conhecimento da dinâ-
mica empresarial, que apresenta o administrador como figura
principal do sistema de gestão de recursos, mostraremos, a seguir,
o que é necessário para que você seja um profissional de sucesso,
desde a sua formação acadêmica, os cursos de extensão, o geren-
ciamento de conflito e outros princípios úteis no desenvolvimento
da carreira com brilhantismo.
De nada adiantará o administrador possuir conhecimento,
inteligência, experiência, se não possuir outros atributos necessá-
rios para desempenhar a função. O administrador irá gerir pes-
soas, recursos, máquinas, equipamentos, tecnologia. Além disso,
irá interagir com o ambiente externo, ou seja, com fornecedores,
clientes, governo, sindicatos, associações, enfim, a sociedade em
geral. Deverá produzir resultados que garantam a satisfação do
cliente, a motivação dos funcionários e os objetivos dos acionistas
ou proprietários.
O administrador deverá demonstrar, além da habilidade téc-
nica e profissional, outros fatores que o conduzirão à estabilidade
nas instituições em que atuar, seja como empregado, seja como
empregador.
Esperamos que, com esta Abordagem Geral, você consiga
assimilar, de forma adequada, todos os conceitos necessários para
o desenvolvimento correto não só de suas atividades acadêmicas,
mas, também, de suas atividades profissionais. Esperamos, ainda,
que você olhe os conteúdos de maneira mais tranquila e que con-
siga compreender o quanto é importante a ação da administração
no ambiente organizacional.

Claretiano - Centro Universitário


24 © Administração I

Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápi-
da e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhe-
cimento dos temas tratados no Caderno de Referência de Conteúdo
Administração I. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos:
1) Administração: obtenção das metas da organização de
modo eficaz e eficiente por meio do processo adminis-
trativo (DAFT, 2005).
2) Eficácia: significa cumprir as metas de uma organização,
escolher as coisas certas para fazer.
3) Eficiência: desenvolver o trabalho com o menor des-
perdício de recursos; combinação entre produtividade
e qualidade; gastar menos tempo, dinheiro, materiais e
pessoas; fazer as coisas corretamente.
4) Feedback: retorno ao ciclo operacional, ou seja, retroali-
mentação do sistema.
5) Gerente: responsável por gerir uma unidade organiza-
cional ou departamento.
6) Meta: detalhamento do objetivo.
7) Motivação: instrumento para despertar a vontade de o
indivíduo fazer algo de forma prazerosa.
8) Objetivo: alvo ou resultado a ser alcançado.
9) Organização: associação de indivíduos formada com a
intenção de alcançar determinado objetivo para atender
à necessidade de outras pessoas (BERNARDES; MAR-
CONDES, 2006).
10) Paradigma: constelação de crenças, valores e técnicas
compartilhadas por membros de uma determinada co-
munidade científica.
11) Recursos: pessoas, instrumentos, materiais ou objetos
inseridos no processo para a obtenção de produtos ou
serviços.

Esquema dos Conceitos-chave


Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais
importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um
© Caderno de Referência de Conteúdo 25

Esquema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conte-


údo . O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema
de conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercí-
cio é uma forma de construir o seu conhecimento, ressignificando
as informações a partir de suas próprias percepções.
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar na or-
denação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensi-
no.
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-
-se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em es-
quemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhe-
cimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos peda-
gógicos significativos no seu processo de ensino e aprendizagem.
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda,
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim,
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que “aprendizagem” não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados.

Claretiano - Centro Universitário


26 © Administração I

Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você


o principal agente da construção do próprio conhecimento, por
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010).

Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave da Caderno de Refenrêcia de Conteúdo Administra-


ção I.
© Caderno de Referência de Conteúdo 27

Como você pode observar, esse Esquema dá a você, como


dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre
um e outro conceito e descobrir o caminho para construir o seu
processo de ensino-aprendizagem.
O Conceito de Administração I, por exemplo, implica conhe-
cer o significado do termo “administração” e, também, de orga-
nização, bem como da evolução do pensamento administrativo
compreendida pelas teorias científica, clássica, da relação humana,
comportamental e neoclássica, além dos estudos do planejamen-
to, gerência, tomada de decisões, tendência da gestão adminis-
trativa e perfil do administrador. Sem o domínio conceitual desse
processo explicitado pelo mapa, pode-se ter uma visão confusa
do tratamento da temática do ensino de Administração I proposto
pelo autor deste CRC.
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD,
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento.

Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem
ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertati-
vas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a prática do ensino de administração pode ser
uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a
resolução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará
se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além

Claretiano - Centro Universitário


28 © Administração I

disso, essa é uma maneira privilegiada de testar seus conhecimen-


tos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional.

Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.

Figuras (ilustrações, quadros...)


Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o con-
ceitual faz parte de uma boa formação intelectual.

Dicas (motivacionais)
O estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo convida
você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como processo
de emancipação do ser humano. É importante que você se atente
às explicações teóricas, práticas e científicas que estão presentes
nos meios de comunicação, bem como partilhe suas descobertas
com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aq-
uilo que você observa, permite-se descobrir algo que ainda não se
conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia sido perce-
bido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele
à maturidade.
Você, como aluno do curso de Graduação na modalidade
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades
nas datas estipuladas.
© Caderno de Referência de Conteúdo 29

É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em


seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discu-
ta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoau-
las.
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas,
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a
este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com
seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você.

Claretiano - Centro Universitário


Claretiano - Centro Universitário
EAD
Conceitos de
Administração

1
1. OBJETIVOS
• Compreender a administração como ferramenta nortea-
dora das ações nas empresas.
• Identificar a importância de aplicar a administração nas
organizações simples e complexas.
• Aprender o significado do termo "administração" e sua
configuração no ambiente organizacional.

2. CONTEÚDOS
• Escopo da administração.
• Administração – utilização da ferramenta.
• Significado de administração.
• Conceito de administração de empresas.
32 © Administração I

3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE


Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que
você leia as orientações a seguir:
1) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos expli-
citados no Glossário e suas ligações pelo Esquema dos
Conceitos-chave para o estudo de todas as unidades
deste CRC. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu
desempenho.
2) Para enriquecer seus estudos, visite o site do Conse-
lho Regional de Administração, disponível em: <http://
www.crasp.com.br/index.asp?secao=66>, e leia sobre a
História da Implantação e do Ensino da Administração
no Brasil no ícone A Profissão.
3) Acesse o site do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas) e assista aos vídeos da
Midiateca, disponível em: <http://www.youtube.com/
sebraesaopaulo?gl=BR&hl=pt>. Veja, por exemplo, Dire-
to ao Ponto, um filme de curta duração que tem a fina-
lidade de orientar e educar sobre a gestão de pequenos
negócios.
4) Para aprimorar seus estudos, pesquise uma empresa de
sua região ou na internet e investigue como foi sua fun-
dação, sua evolução, a quantidade de empregados, os
produtos ou serviços oferecidos, a proposta e o fatura-
mento mensal ou anual.

4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Com certeza, você deve possuir as mesmas inquietações que
todos os ingressantes universitários têm em relação ao curso de
Administração e suas oportunidades de mercado.
Para seu conhecimento, segundo o Jornal do Administrador
– Crasp nº 195, cerca de um terço dos profissionais com gradu-
ação superior inseridos no mercado de trabalho do Brasil é for-
mado por administradores. A tendência desse número é crescer,
© U1 - Conceitos de Administração 33

e isso ocorre por causa da grande quantidade de instituições de


ensino, além das empresas, associações e entidades que buscam
constantemente profissionais da área de administração para gerir
suas empresas.
Durante muitos anos, hospitais, escolas e construtoras pos-
suíam em seus cargos executivos, respectivamente, médicos, pro-
fessores e engenheiros. Entretanto, as organizações tornaram-se
cada vez mais complexas. Nessa condição, não basta ser bom mé-
dico, por exemplo; é preciso pessoas especializadas para conduzi-
las. Em função disso, o administrador vem conquistando seu espa-
ço no mercado de trabalho.
Devido à expansão das organizações, o cenário socioeco-
nômico não admite instituições ineficazes, que não trazem resul-
tados satisfatórios para os acionistas ou proprietários e que não
atendem as expectativas dos clientes.
Portanto, os profissionais da área de administração possuem
um vasto campo de atuação. A formação e a vivência adquirida no
desempenho de suas atividades contribuem para personalizar o
administrador no mercado de trabalho.
O administrador que acompanha a evolução da sociedade e
das organizações tem grande possibilidade de manter as empresas
vivas, bem como de promover a integração dos recursos humanos
e dos ambientes de trabalho.
De acordo com Daft (2005), os gerentes sempre estão enfren-
tando os desafios e as incertezas impostas pelo mercado, como a
perda repentina de um cliente, novos produtos, planos econômi-
cos, entre outros. Uma revolução surge no campo da administra-
ção em função dessas mudanças e, para condicionar as empresas
neste ambiente turbulento, será preciso um novo tipo de líder. Por
isso, é preciso entender o processo administrativo e seus funda-
mentos para preparar os líderes do amanhã.
Nesta unidade, estudaremos a Administração: conhecere-
mos seu conceito e significado, o campo de atuação e sua utiliza-
ção como importante ferramenta nas organizações.

Claretiano - Centro Universitário


34 © Administração I

5. ESCOPO DA ADMINISTRAÇÃO
Vamos iniciar nossos estudos conceituando o que é admi-
nistrar, quando e como utilizar essa ferramenta e seus principais
benefícios às organizações.

Administrar––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Administrar significa planejar, dirigir, organizar, coordenar, e controlar organiza-
ções e/ou tarefas, tendo como objetivo maior produtividade e/ou lucratividade.
Para se chegar a isso, o administrador avalia os objetivos organizacionais e
desenvolve as estratégias necessárias para alcançá-los. Este profissional, no
entanto, não tem apenas função teórica, ele é responsável pela implantação de
tudo que planejou e, portanto, vai ser aquele que define os programas e métodos
de trabalho, avaliando os resultados e corrigindo os setores e procedimentos que
estiverem com problemas.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A ação da administração junto às organizações tem a função
de coordenar pessoas e recursos, com o propósito de alcançar ob-
jetivos e metas.
Estamos em contato com várias instituições em todo o de-
correr de nossa vida, porém, nem sempre atentamos ao fato de
que elas, na verdade, são organizações constituídas na sociedade.
Algumas, com a finalidade de obter “lucro”, outras, de prestar ser-
viços à comunidade.
Entretanto, é importante saber: todas as instituições, sejam
elas com fins lucrativos, filantrópicas ou públicas, precisam apre-
sentar resultados satisfatórios a fim de garantir sua sobrevivência
e perpetuação na comunidade.
Por essa razão é que o estudo da administração assume pa-
pel importante nas organizações que buscam o equilíbrio de suas
operações, de forma que seja permitida a consecução dos objeti-
vos pretendidos.
© U1 - Conceitos de Administração 35

6. AÇÃO DE ADMINISTRAR
Para o nosso estudo, interessa-nos aprender a administração
das organizações. No decorrer do aprendizado, iremos perceber
que as técnicas, os princípios, as ferramentas e os métodos admi-
nistrativos podem ser utilizados em qualquer empresa, indepen-
dentemente de seu tamanho.
Para exemplificar, apresentamos o relato a seguir, por meio
dele, esperamos demonstrar a necessidade da administração em
um ambiente que tem a intenção de prover um negócio.
Flávia reside na Fazenda da Cava e cultiva frutas de diversas
qualidades. Após alguns anos colhendo as frutas e vendendo-as no
mercado da cidade de Piumhi, teve a ideia de fazer doces com as
frutas que sobravam.
A ideia foi brilhante! Quando se deu conta, as encomendas
haviam crescido numa proporção que, sozinha, não conseguiria
cumprir todos os compromissos. Consequentemente, ela foi obri-
gada a contratar pessoas, distribuir atividades, controlar e coor-
denar ações e estratégias, de modo que a qualidade do produto
tenha sido mantida e a produção aumentada.
Embora a história pareça simples, sem maiores consequên-
cias, envolve conceitos muito importantes. "A administração nas-
ce, portanto, como uma formação intelectual e racional da sepa-
ração e submissão do trabalho manual ao intelectual, reflexo da
dependência do trabalho ao capital" (PARK, 1997, p. 11).
Avaliando esse caso, podemos concluir que Flávia, mesmo
sem querer, iniciou um processo chamado administração.
O que é administrar?
É a abrangência da administração, ou seja, o conceito de
organização, planejamento, direção, coordenação e outras ferra-
mentas, usadas com a intenção de permitir que as empresas sejam
cada vez mais eficientes e eficazes.

Claretiano - Centro Universitário


36 © Administração I

Assim, é papel da administração aplicar determinadas fun-


ções e princípios da administração nas organizações para que elas
evoluam no mercado, mantendo altos níveis de qualidade, respei-
tando as relações de trabalho e, também, as condições do meio
ambiente.
Para que você possa compreender a importância da ação da
administração, disponibilizamos, a seguir, o artigo publicado pelo
consultor Hallgren, do Sebrae, que aborda as competências essen-
ciais para o empreendedor ser bem-sucedido. Você comprovará
que a maioria das competências tem relação direta com a prática
da administração.

A pequena empresa e as competências do empreendedor–––


É fundamental que o empreendedor, para ser bem-sucedido, desenvolva uma
série de competências que são classificadas como Competências Técnicas, Es-
tratégicas e Comportamentais. Neste artigo, focaremos as Ccompetências Téc-
nicas. Como o próprio nome indica, as CompetênciasTécnicas abordam aspec-
tos relativos ao “como se faz” do negócio, explorando os itens: Comercialização,
Vendas, Atendimento, Técnicas de Produção, Gestão da Qualidade, Otimização
dos Recursos, Controles Financeiros, Formação de Preços, Logísticas e Distri-
buição.
Todo empresário, inclusive o da pequena empresa, deve procurar aprimorar mais
e mais essas competências. Estaremos aqui procurando trocar algumas ideias
relativas a essas competências para que esse aprimoramento se torne mais cla-
ro e viável.
Comercialização, Vendas e Atendimento
Essas competências têm sua importância, pois uma empresa que não conse-
gue buscar conhecer as diferentes maneiras de disponibilizar seus produtos no
mercado e ainda dominar de forma profissional as técnicas de venda, e as estra-
tégias de comercialização dos mesmos, dificilmente terão sucesso no mercado.
Ainda aqui é preciso conhecer o comportamento desse mercado e a visualização
de eventuais oportunidades. Dentro deste enfoque, é preciso lembrar que hoje,
devido às exigências cada vez maiores do consumidor, o atendimento se torna
peça-chave no processo de comercialização e venda. Esse atendimento é que
poderá encantar ou não seu cliente, tornando-o um vendedor ativo de sua em-
presa ou não.
Técnicas e Produção
Todo empresário, inclusive o das pequenas empresas, necessita dominar de
forma tácita e explícita as técnicas de obtenção de seus produtos, seja ele um
bem ou um serviço. Inclusive deve aprimorar constante e regularmente todos os
processos. Desta forma o empresário necessita elaborar um planejamento dos
recursos disponíveis para que consiga um índice de produtividade que torne sua
empresa mais competitiva.
© U1 - Conceitos de Administração 37

O aprimoramento contínuo torna-se imprescindível para que o empresário consi-


ga visualizar as novas tecnologias, que a cada dia são disponibilizadas através
de instituições e órgãos específicos, além de procurar participar de cursos que
visam levar até os empresários as técnicas mais modernas e atuais.
Gestão da Qualidade e Otimização dos Recursos
No que se refere a essas duas competências, há que se concentrar basicamente
na mudança de cultura da empresa ou na gestação de uma cultura organiza-
cional compatível com o mundo atual. Para tanto o empresário pode fazer uso
de algumas ferramentas que auxiliem no aprimoramento da qualidade de seus
produtos ou serviços e na redução dos desperdícios visíveis ou invisíveis, como
por exemplo os energéticos. Uma ferramenta de fácil aplicação, de resultados
quase que imediatos e que praticamente todos conhecem, são os “5S”, ou os
cinco sensos japoneses.
Controles Financeiros e Formação de Preços
O empresário iniciante ou o que já está com sua empresa em franca atividade
necessita conscientizar-se de que é imperioso separar as contas bancárias: a
da pessoa física da conta da pessoa jurídica. Conhecer e dominar os custos
variáveis e os fixos de sua empresa. Daí irá ser bem-sucedido nas análises fi-
nanceiras da empresa através dos controles, das previsões e análise do caixa
da empresa. Os parâmetros acima irão subsidiá-lo na formatação dos preços de
seus produtos ou serviços e ainda na determinação do ponto de equilíbrio.
Logística e Distribuição
Trata-se do conhecimento e do domínio que deverá ter o empresário dos prin-
cípios básicos e lógicos para uma distribuição de seus produtos e oferecimento
de seus serviços, desde a entrada dos recursos necessários até o atendimento
efetivo do cliente.
Concluindo, é necessário ressaltar que o empresário tenha, antes de mais nada,
uma noção bastante clara que ser empresário hoje está longe de ser o empresá-
rio de cinquenta anos atrás. Lá, uma pessoa iniciava um “negócio” e ele prospe-
rava, quase que naturalmente. Hoje, há que se desenvolver de forma profissional
suas competências e as competências técnicas são extremamente importantes.
(HALLGREN, 2010).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

7. SIGNIFICADO DA ADMINISTRAÇÃO
Com a finalidade de proporcionar a você a compreensão
exata do termo "administração", faremos algumas considerações
importantes.
Administração é o processo de tomar, realizar e alcançar ações que
utilizam recursos para alcançar objetivos. Embora seja importan-
te em qualquer escala de aplicação de recursos, a principal razão
para o estudo da administração é seu impacto sobre o desempe-
nho das organizações (MAXIMIANO, 2000, p. 26).

Claretiano - Centro Universitário


38 © Administração I

Segundo o dicionário Aurélio (1988, p. 16), a palavra admi-


nistração tem as seguintes interpretações:
• Gestão: gerir negócios públicos ou particulares.
• Gerência: reger com autoridade suprema; governar; di-
rigir.
• Direção: dirigir qualquer instituição, conferir; ministrar.
• Administração de empresas: conjunto de princípios, nor-
mas e funções que tem por fim ordenar os fatores de pro-
dução e controlar a sua produtividade e eficiência, para
se obter determinado resultado.
Na opinião de Bateman (2006), tomando como base o cená-
rio competitivo em que as organizações convivem, administração
é o processo de trabalho desenvolvido com a combinação de pes-
soas e recursos, que visa cumprir as metas de uma organização. O
autor ainda destaca que os bons administradores desenvolvem a
ação de administrar com eficácia e eficiência.
Notem que o conceito do parágrafo anterior diferencia as
pessoas dos demais recursos, embora elas também sejam recur-
sos, aliás, recursos humanos. As pessoas são os recursos mais va-
liosos que as organizações possuem e vamos aprender essa ques-
tão durante o nosso estudo.
Mas, o conceito de administração mudou? Não, ele apenas
está adequado à nova concepção do mundo organizacional, por-
que o contexto dos negócios e as suas modalidades estão em ple-
na mudança, pois há muitos princípios que caracterizam os melho-
res administradores, sobretudo as melhores empresas.
Muitos conceitos abordados no passado ainda são necessá-
rios, as lições e as práticas administrativas obtidas são úteis, to-
davia, com adaptação para atender o pensamento renovado dos
negócios no século 21 (BATEMAN, 2006).
As constantes transformações implicam que os executivos
de destaque se adaptem às mudanças sem se abster dos funda-
© U1 - Conceitos de Administração 39

mentos administrativos que norteiam a ação da administração:


planejamento, organização, direção e controle.
Cyro e Marcondes (2006) mostram que para entender o con-
ceito de administração é preciso ter uma ideia do que ela consiste,
sem tentar definições, como se costuma fazer com a Engenharia,
Agronomia, Medicina ou outras ciências.
Por falar nisso, a Administração é ciência, arte ou prática?
No quadro a seguir, apresentaremos as considerações dos autores
sobre as corretas denominações tangentes a ela.

Quadro 1 Caracterização da Administração


DENOMINAÇÃO CONSIDERAÇÕES
A administração é uma ciência? Existe um
conhecimento sistematizado com a finalidade
de prever fenômenos? O objeto de estudo
Administração como ciência da administração é a organização e os
fenômenos são as realizações concretas para
satisfazer as necessidades sociais dos clientes e
participantes.

Talvez seja arte por englobar quase todas as


profissões. A administração é tão abrangente
Administração como arte
que praticamente todas as profissões podem
usar os seus princípios.

Podemos considerá-la como prática devido


à aplicação de técnicas que intervêm no
Administração como prática ambiente e por não ser passiva como a ciência,
que observa, descreve e explica os fenômenos
da natureza.
Fonte: adaptado de Bernardes e Marcondes (2006).

Para Certo (2003), o termo administração pode ser aplica-


do de diversas maneiras. Primeiro, ao processo que os diretores e
gerentes executam a fim de alcançar os objetivos da organização.
Segundo, a um conjunto de conhecimentos, isto é, informações
acumuladas para fornecer noções de como administrar. Finalmen-
te, pode referir-se às pessoas que dirigem as empresas ou à pró-
pria carreira de liderar e dirigir as organizações.

Claretiano - Centro Universitário


40 © Administração I

Certo (2003) define, ainda, administração como o processo


desenvolvido pelas pessoas e pelos recursos utilizados que permi-
te alcançar as metas de uma empresa.

8. TEXTO COMPLEMENTAR
Selecionamos o texto a seguir para que você compreenda
melhor a ação de administrar nas organizações e o quanto ela é
importante para a abertura de um novo negócio.

Um novo negócio não deve ser uma aventura––––––––––––––


A abertura de uma empresa sempre estará sujeita a inúmeros riscos, e a chance
do negócio fracassar é muito alta. Será que isso é verdade?. Ou não? É claro
que, em se tratando de negócios, o fator risco sempre estará presente. No en-
tanto, tomar a frase ao pé da letra pode fazer parecer que o sucesso de um novo
empreendimento seja obra do acaso. E não é.
Muitas pequenas empresas de sucesso têm conseguido bons resultados por
causa de uma combinação simples de entender e que na prática representa uma
grande percepção e determinação do empreendedor no momento de planejar o
futuro negócio. Mas, que combinação é essa? Pois bem, esses resultados positi-
vos são frutos de um negócio que foi montado para atender às necessidades do
seu público de uma forma coerente. Isso mesmo, esse negócio está explorando
uma oportunidade através da oferta de produtos ou serviços adequados ao seu
público, em termos de preços, entrega ou distribuição, ambiente, atendimento,
qualidade etc.
Vamos detalhar um pouco mais alguns fatores que estão inseridos nesse concei-
to: uma oportunidade de negócio acontece quando a oferta de uma ideia encon-
tra-se com a necessidade de alguém disposto a pagar por ela. Portanto, antes
de tudo, o empreendedor deve estar convencido de que está identificando uma
oportunidade de negócio. Para este convencimento, deve procurar caracterizar a
oportunidade através de uma imersão no mercado e nas características do tipo
de negócio que ele pretende desenvolver.
Vamos exemplificar: um empreendedor teve a ideia de montar uma sorveteria
em uma cidade do interior de São Paulo, principalmente porque percebeu que
os dias de calor eram cada vez mais constantes, e que ele próprio gostava muito
de um bom sorvete. Todavia, sabendo que seu sentimento pessoal não era sufi-
ciente para caracterizar a oportunidade, procurou, primeiramente, identificar na
cidade os locais nos quais estavam localizadas as principais sorveterias. Para
conseguir essas informações procurou diversas fontes e descobriu que em um
bairro de grande densidade populacional e poder aquisitivo médio, não havia
nenhuma sorveteria. Imaginou então que talvez fosse menos arriscado iniciar
um novo negócio distante de concorrentes. Decidiu, então, concentrar sua ação
de levantamento de informações do bairro. Todos os dias, ele se dirigia para lá
e passava algum tempo observando as pessoas, seus hábitos e conversando
com algum morador. Em uma dessas conversas, conheceu um líder de uma as-
© U1 - Conceitos de Administração 41

sociação de moradores, que facilitou o acesso do empreendedor a uma reunião,


na qual ele pôde até distribuir um questionário de perguntas sobre a opinião das
pessoas em relação ao negócio. O resultado: ele se convenceu de que sua ideia
inicial significava um negócio em potencial. Podia então abrir a empresa? Não,
ele sabia também que deveria verificar a viabilidade do negócio e que mesmo
uma boa oportunidade, pode não ser viável.
A verificação da viabilidade do negócio auxilia o empreendedor na identificação
de algumas importantes informações, como o prazo de retorno do investimento,
o lucro, o investimento a ser feito, o processo a ser desenvolvido, entre outras.
Para isso, o empreendedor procurou, entre várias atividades, conhecer negó-
cios similares já em funcionamento. Fez um curso de sorveteiro, conversou com
fornecedores, levantou preços de matérias-primas e equipamentos, detalhou o
perfil de seu público, fez simulações financeiras e também um projeto de uma
sorveteria que seria a cara do bairro, sendo decorada com fotografias do início da
construção da cidade e do local. Com todas essas informações, ele desenvolveu
o planejamento do futuro negócio e pôde verificar que apresentava boas chances
de dar certo. Além disso, percebeu que gostava do tipo do negócio, o que é muito
importante no momento de se abrir uma empresa.
Este empreendedor conseguiu combinar a oportunidade identificada com a co-
erência do negócio em relação a esta oportunidade. E, é claro, estará iniciando
a atividade com muito mais consciência e com menos riscos, do que teria se
fosse diretamente para a prática. Assim, sempre que tiver uma ideia de negócio,
pergunte-se, antes de tudo: estou realmente convencido de que se trata de uma
oportunidade? Este é o primeiro passo de uma caminhada que poderá levar ao
sucesso no mundo empresarial (ANDRADE, 2010).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar
as questões a seguir que tratam da temática desenvolvida na uni-
dade.
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
testar o seu desempenho. Se você encontrar dificuldades em res-
ponder às questões, procure revisar os conteúdos estudados para
sanar as dúvidas. Esse é o momento ideal para que você faça uma
revisão da unidade. Lembre-se de que, na Educação a Distância, a
construção do conhecimento ocorre de forma cooperativa e cola-
borativa; compartilhe, portanto, as suas descobertas com os seus
colegas.
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho:

Claretiano - Centro Universitário


42 © Administração I

1) Você conhece uma pequena empresa que iniciou suas atividades e, poste-
riormente, introduziu os conceitos administrativos no seu processo?
Se não conhecer uma empresa do gênero, pesquise outra e pergunte ao
proprietário como foi iniciar as atividades e a ideia do negócio. Faça uma
comparação com a ação de administrar as organizações.

2) Digamos que você e mais três amigos resolvam desenvolver atividades em


um determinado segmento: abrir um comércio, uma consultoria ou uma fá-
brica. Vocês, neste caso, fizeram uma combinação de pessoas para alcançar
determinado objetivo.
Desse modo, criaram uma organização e, consequentemente, essa máquina
social tem capacidade de realizar mais coisas do que qualquer pessoa sozi-
nha.
Os erros ou acertos da organização vão depender dos métodos utilizados no
processamento dos recursos que dirigem, ou seja, a administração.
Quais são as principais atividades administrativas que vocês vão desenvolver
nessa fábrica? (Adaptado de Hampton, 1992, p. 9).

3) A ação da administração nas organizações apresenta resultados inerentes à


sua condução no mundo organizacional. Sendo assim, o papel que desem-
penha um gerente é:
a) fazer com que os funcionários sejam felizes.
b) satisfazer apenas as necessidades dos gerentes.
c) alcançar o maior lucro.
d) sobreviver em uma sociedade altamente competitiva.
e) atingir as metas da empresa.

10. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade aprendemos os conceitos iniciais da adminis-
tração, sua abrangência no contexto das instituições e como sua
ação pode trazer benefícios para as organizações ou para quem a
utiliza adequadamente por meio de seus fundamentos.
Segundo Lacombe e Heilborn (2006), convivemos com a
ação da administração desde os primórdios da humanidade, nas
mudanças que aconteceram na sistematização dos conhecimen-
tos do assunto e na complexidade que atingiram recentemente as
organizações.
Nas próximas unidades, estudaremos a caracterização das
organizações, a evolução do pensamento administrativo e suas
principais teorias.
© U1 - Conceitos de Administração 43

11. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
ANDRADE, R. F. de. Um novo negócio não deve ser uma aventura. São Paulo: Sebrae,
2010. Disponível em: <http://www.sebraesp.com.br/midiateca/publicacoes/artigos/
estrategia_empresarial/negocio_aventura>. Acesso em: 20 set. 2010.
CRASP – Conselho Regional de Administração de São Paulo. A profissão. Conselho
Regional de Administração. Disponível em: <http://www.crasp.com.br/jornal/jornal188/
prnc1.html>. Acesso em: 20 set. 2010.
HALLGREN, A. A pequena empresa e as competências do empreendedor. São Paulo:
Sebrae, 2010. Disponível em: <http://www.sebraesp.com.br/midiateca/publicacoes/
artigos/estrategia_empresarial/competencias_empreendedor>. Acesso em: 12 jul.
2010.
SEBRAE-SP – Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas. Midiateca. São
Paulo: Sebrae, 2010. Disponível em: <http://www.sebraesp.com.br/midiateca>. Acesso
em: 20 set. 2010.

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BATEMAN, T. S. Administração: novo cenário competitivo. 2. ed. São Paulo, Atlas, 2006.
BERNARDES, C.; MARCONDES, R. C. Teoria geral da administração: gerenciando
organizações. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
CERTO, S. C. Administração moderna. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
DAFT, R. L. Administração. 6. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
HAMPTON, D. R. Administração contemporânea: teoria, prática e casos. 3 ed. São Paulo:
McGraw Hill, 1992.
LACOMBE, F. J. M.; HEILBRON, G. L. J. Administração: princípios e tendências. São Paulo:
Saraiva, 2006.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
PARK, K. H. Introdução ao estudo da Administração. São Paulo: Pioneira, 1997.

Claretiano - Centro Universitário


Claretiano - Centro Universitário

Вам также может понравиться