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Direito Processual Civil I
Normas Processuais Civis
Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
Normas Processuais Civis
Prof.ª Lisiane Brito
SUMÁRIO
Das Normas Processuais do Processo Civil, Princípios Constitucionais..................4
Apresentação do Curso.................................................................................4
Estudando Sozinho .....................................................................................5
Apresentação da Professora..........................................................................7
Introdução ao Direito Processual Civil ............................................................8
Direito Material e Direito Processual ............................................................ 10
O Processo Civil Moderno ........................................................................... 13
Direito Processual Civil Constitucional .......................................................... 15
Normas Processuais Contidas na Constituição Federal..................................... 16
Princípios Gerais do Processo Civil na Constituição Federal ............................. 16
Princípio do Devido Processo Legal............................................................... 17
Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição .................................................... 18
Princípio do Contraditório............................................................................ 20
A Lei Processual Civil................................................................................. 25
Norma Jurídica.......................................................................................... 25
As Normas Cogentes e as Não Cogentes....................................................... 26
Norma Processual Cogente e Norma Processual Dispositiva............................ 26
Fontes Formais da Norma Processual Civil..................................................... 29
A Lei Federal como Fonte Formal do Processo Civil......................................... 31
Constituição e Leis Estaduais...................................................................... 32
Fontes Formais Acessórias.......................................................................... 33
Súmulas Vinculantes.................................................................................. 33
Edição de Súmula Vinculante após Reiteradas Decisões ................................. 34
O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para ALISSON RUBENS DA SILVA SOUSA - 06061329377, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Apresentação do Curso
Caro(a) aluno(a), estamos iniciando nosso curso de Direito Processual Civil para
cialmente para esse certame e, claro, o conteúdo foi adequado aos temas cobrados
pelo edital.
Seu concurso será regido pelo CESPE/CEBRASPE, como você sabe. Em relação
ao conteúdo, saiba que trataremos dos temas do edital da forma mais didática pos-
sível, de maneira que tanto o(a) candidato(a) que está no começo de seus estudos,
quanto o(a) que já está em fase mais adiantada, fará excelente proveito das aulas.
mentos da jurisprudência, sempre que forem relevantes para sua prova. Iniciamos
nosso estudo com a abordagem teórica de cada tema. Como nosso curso é voltado
atualizada, nos termos do NCPC. Diante disso, o conteúdo terá como principal en-
foque a legislação, pois a maioria das questões objetivas abordam o texto legal, de
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do NCPC, alguns dos que se preparam para concursos públicos dos TRTs, devido
Pois bem, amigo(a), as aulas contêm uma explanação minuciosa do NCPC, pro-
Confie na sua determinação, persiga sua meta com toda a sua energia e apro-
Estudando Sozinho
Ter uma aula sem precisar se deslocar até o local do curso, sem perder tempo
no trânsito, a qualquer hora, para muitos é a maneira mais moderna, prática e ob-
jetiva de estudar. Afinal, você pode assistir uma aula a qualquer hora, em qualquer
lugar!
Mas fique sabendo que sua opção requer disciplina e organização, para que
o resultado seja uma aprendizagem efetiva e sólida. Lembre-se de que seu cérebro
é uma máquina espetacular, mas você precisa saber explorar ao máximo sua capa-
cidade! Siga essas dicas e você verá que tudo fica mais fácil:
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fundamental. É com base nele que você organizará sua rotina de estudos e
tabeleça uma meta realista, de acordo com o seu tempo, seu ritmo de leitura
por dia”. Quando já tiver adquirido um ritmo mais intenso, poderá estabelecer
tempo ideal para o cérebro assimilar conhecimento sem perder a atenção. Por
isso é importante que você programe cada hora da seguinte forma: estabele-
so, beba água ou suco, faça um alongamento, mexa-se um pouco. Não “force
ajudar a ganhar tempo, pois precisará parar para procurar materiais, livros
etc. Também evita que procrastine. Imagine ter que arrumar uma gaveta an-
tes de começar a estudar, para poder reunir todo o material! Quando você se
der conta, já estará arrumando todas as gavetas e o estudo ficou para trás.
Perde-se muito tempo decidindo o que vai estudar no dia. Você pode organi-
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Fazendo isso, você certamente otimizará seu aprendizado, pois já sabe o que
semana para encontrar seus amigos, passear, curtir a família... Isso ajudará
Essas dicas são atitudes simples, mas que fazem toda a diferença. Experimente!
Apresentação da Professora
concursos públicos de Brasília, bem como nos mais importantes cursos do País,
dos milhares de alunos que conquistaram a tão sonhada vaga no serviço público,
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Foi a partir dessa experiência em sala de aula, empregando a mesma didática, que
desenvolvi nossas aulas de Direito em PDF. Todo o material foi elaborado com muito
cuidado, utilizando uma linguagem simples, clara e objetiva, sem abrir mão do devido
cuidado em trazer às aulas o necessário aprofundamento ao conteúdo abordado.
Então, espero que você faça o melhor proveito do nosso curso!
Sabemos que incumbe ao Estado zelar pela paz social e, para tanto, por meio
da função legislativa, são editadas diversas normas, com vistas ao estabelecimento
dos direitos e deveres dos membros da sociedade. Se todos esses direitos fossem
respeitados e todos os deveres fossem cumpridos, de acordo com o que a Lei esta-
belece, não surgiriam conflitos e, consequentemente, não haveria necessidade de
processos.
Só que não é dessa forma que a vida em sociedade transcorre. Primeiramente,
porque nem sempre existem regras claras e adequadas para gerir as relações e,
quando essas existem, geralmente não são suficientes para conter os impulsos hu-
manos que frequentemente se manifestam.
Na dinâmica social são frequentes, infelizmente, as situações em que o mais
forte quer lesar o mais fraco, ou que aquele que não se esforçou tenta usurpar
o produto do esforço alheio, ou ainda que o mais astuto procura enganar o mais
ingênuo. Quando isso ocorre, as normas de conduta previstas abstratamente pela
Lei, com vistas ao regramento de situações genéricas, são violadas, surgindo um
conflito de interesses.
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uma solução. Quando isso acontece, qualquer um dos envolvidos poderá buscar o
Estado-juiz, para que esse apresente uma solução imparcial (proferida por alguém
o processo se inicia e, nesse momento deverá atuar a ciência processual, que tem
aos conflitos a ele apresentados. É fácil deduzir que, se não houvesse o instru-
prevalecer. Seria o império da “Lei do Mais Forte”. Daí surge a necessidade de haver
cípios que tratam da jurisdição civil, isto é, da aplicação da lei aos casos concretos,
Já vimos que uma condição necessária para que exista o processo é o conflito
para que as normas relativas ao processo sejam aplicadas. É necessário que uma
das partes envolvidas recorra ao Poder Judiciário, trazendo a ele uma pretensão.
Diante disso, conclui-se que, para que exista o processo civil é necessário que
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quais podem até mesmo resultar eventuais conflitos. Nessas últimas, não encon-
tramos um dos sujeitos que figuram na relação processual: o juiz, cuja atribuição
conflitos não levados a juízo daquelas, cujos conflitos são levados ao Poder Judici-
ário.
Veja:
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Diante dos direitos atribuídos pela Lei aos membros da sociedade, há o surgi-
mento de várias normas de direito material, que são as que indicam os direitos de
cada indivíduo ou grupo de indivíduos. Assim, por exemplo, há uma norma legal
que estabelece o direito a postular alimentos. Temos aqui uma norma de direito
houver um titular de direito material desrespeitado, ou que ele julgue que tenha
te respeitado, como pode ocorrer de não o ser. Nessa hipótese, se o lesado quiser
compelir aquele que violou seu direito a respeitá-lo, terá que recorrer ao Estado,
cessual regem o instrumento adotado pelo Estado-juiz para fazer valer os direitos
Instrumentalidade do Processo
jurisdição.
dão não procura o Judiciário, peticionando, sem ter uma pretensão a ser satisfeita.
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terial que nele se discute. Dizemos que a autonomia é relativa pelo fato de que não
existe processo sem que exista uma situação material concreta, posta em juízo.
solução do conflito.
ato que tenha atingido o fim visado. Um exemplo disso é a previsão legal de for-
rado válido.
Isso ocorre porque, tendo a citação o fim de chamar o réu ao processo, se esse
comparecer, ainda que não tenha sido citado, a finalidade foi atingida.
188 do CPC:
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tado de uma lenta evolução, para a qual contribuíram vários estudiosos, a doutri-
na costuma apontar o ano de 1868 como o marco do seu surgimento. Nesse ano,
Oskar von Bülow publicou, na Alemanha, seu trabalho sobre a teoria dos pressu-
pelo fato de que, por meio dos estudos de Oskar von Bülow, se evidenciou clara-
mente que o processo não se confunde com o exercício do direito e que a ação não
ou “fase sincretista”. Nesse momento, entendia-se que havia um único corpo, que
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Constituição.
tais”. Além disso, todas as normas processuais previstas em leis devem observar
A conclusão a que se chega, diante disso, é que, pelo fato de ser a Constituição
nela contidos têm força normativa, devendo orientar tanto a interpretação das de-
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.
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Sabemos que as normas são criadas a partir dos preceitos e valores constitucio-
ção Federal.
As normas são:
deral.
Veja:
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Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores
e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil,
observando-se as disposições deste Código.
Perceba que esse dispositivo estabelece que o processo civil deverá ser discipli-
Essa regra, prevista no primeiro artigo do NCPC, orienta os que vão interpretá-lo a
ral, sem o que não há como aplicá-lo adequadamente. Deverá haver observância e
subordinação, não apenas aos princípios fundamentais, mas aos valores e às nor-
mas constitucionais.
são à Constituição, repetiu nos artigos seguintes alguns dos princípios fundamen-
Essa reiteração tem uma finalidade didática, já que funciona como uma adver-
observados.
Art. 5º, LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido pro-
cesso legal.
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titulares não os percam por atos que não sejam judiciais e emanados do Estado. O
Judiciário, por sua vez, deverá observar as garantias próprias do Estado de Direito,
O devido processo legal formal diz respeito à própria tutela processual, ou seja,
O devido processo legal substancial ou material, por sua vez, é uma forma de
Ao nosso estudo interessa, nesse momento, o aspecto formal, que diz respeito
ao arcabouço processual.
Também denominado princípio do acesso à Justiça, tem sua origem no art. 5º,
Art. 5º, XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito
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Esse princípio garante a todos o direito à efetiva proteção judicial. Sua aplicação
e do contraditório.
Há aqui o direito de ação, no seu sentido mais amplo, qual seja o direito
examinar e responder os pedidos que lhe forem dirigidos. Pode até acontecer
de a resposta se limitar a avisar ao autor que sua pretensão não pode ser aten-
dida, por faltarem condições essenciais para tal. Mas, de qualquer forma, essa
informação será dada por um juiz, com a devida fundamentação, após a análise
do processo.
lesão ou ameaça de lesão a direito, a solução consensual dos conflitos deverá ser,
lução do conflito. Nesse caso, um árbitro deverá proferir a decisão, com força de
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Princípio do Contraditório
incumbe ouvir o que as partes têm a dizer e, para que isso ocorra, é necessário
no processo.
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que esta seja previamente
ouvida.
e de tutela de evidência prevista no art. 311, incisos II e III, bem como a decisão
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Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado
de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não
fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento
de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.
bém na vedação a que os litigantes sejam surpreendidos por uma decisão judicial,
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em funda-
mento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar,
ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
mento que pode ser conhecido de ofício e que não tinha sido anteriormente susci-
nais, como fica evidente na expressão “em grau algum de jurisdição”, grifada no
texto acima transcrito. É vedado a qualquer juiz proferir decisão surpresa, que te-
nha por base um fundamento sobre o qual as partes não foram ouvidas.
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ofício pelo juiz, mesmo que nenhuma das partes as alegue. O juiz poderá conhe-
cê-las, mas, antes de decidir com base nelas, deverá ouvir as partes, conferindo a
imaginar uma situação hipotética, para facilitar sua compreensão: digamos que,
deve ser conhecida de ofício. Caso o réu a tenha suscitado, o juiz deverá ouvir o
autor, antes de decidir. Mas, caso ninguém a tenha suscitado, o juiz, antes de ex-
autor trará argumentos para afastá-la, e o réu, para confirmá-la. O juiz, após ouvir
tório, sem o que a decisão prolatada seria nula. As partes não terão sido surpreen-
Além disso, o juiz terá decidido com maior segurança, após ter ouvido as partes.
Sabemos que, pelo princípio do contraditório, deve ser oportunizado aos litigan-
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Isso porque não é raro ocorrer de, no curso de uma ação, uma das partes pre-
tender utilizar prova produzida em outro processo. Ocorre que não é sempre que
Pois bem, o procedimento correto é o seguinte: quando uma das partes traz
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
ação deverá ser ajuizada na Justiça Estadual, em uma Vara de Acidente de Traba-
lho ou, caso essa não exista no local, em uma Vara Cível. Num momento posterior,
outra ação será movida, dessa vez em face do empregador, perante a Justiça do
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de trabalho será necessária para duas ações distintas: a ação acidentária, na qual
do Trabalho.
balho e, para tanto será necessária prova pericial. Digamos que na ação contra o
INSS essa prova seja produzida. Chegamos ao ponto que nos interessa.
Poderá a perícia da ação acidentária ser utilizada, por empréstimo, na ação in-
ação deverá, antes de deferi-la, ouvir o empregador. Se esse não concordar com a
utilização da prova emprestada, o juiz não poderá deferir, pois o patrão não parti-
cipou do processo movido contra o INSS e, portanto, não teve direito ao contradi-
tório, não formulou quesitos, não indicou assistente técnico. Caso o juiz permitisse
que essa prova fosse utilizada na nova ação, sem haver consentimento do empre-
concordasse. Por outro lado, no caso de a perícia não ser favorável ao autor, pode
ocorrer de o réu extrair cópias da ação anterior e trazê-las, para usar como prova
emprestada. Nesse caso, o autor não poderá se opor, pois ele participou do proces-
Amigo(a), com esse exemplo, penso que ficou claro que só será possível a uti-
terior, aquele contra quem será utilizada tenha participado ou, caso não o tenha,
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Norma Jurídica
Sabemos que entre nós vigora o princípio da supremacia da lei, assim entendida
ma situação;
uma violação à lei, de exigir que essa seja cumprida. Isso é o que distingue a
• Permanência: significa que a norma deverá vigorar e prevalecer até que seja
para tal.
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Aqui, há uma classificação com base na imperatividade da norma que, sob esse
interesses da sociedade;
− Supletiva: fala-se que uma norma cogente é supletiva quando sua aplica-
bilidade ocorre sempre que não houver disposição em contrário das partes.
cesso. Trata das relações que se travam entre as partes e do modo pelo qual os
atos processuais deverão ocorrer. As normas processuais são criadas para cuidar
sitivas. Isso porque, pelo fato de o processo civil integrar o direito público, na-
dispositivas.
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Mas, mesmo diante dessa realidade, o NCPC foi responsável por uma ampliação,
suais pelas partes, permitindo explicitamente que essas, sob a supervisão do juiz,
ficidades da causa.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito
às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e de-
veres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das conven-
ções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade
ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em
manifesta situação de vulnerabilidade.
O NCPC, por sua vez, explicita a autorização e impõe bem menos restrições.
Mas, tenha em mente que nem por isso foi afastado o caráter predominante-
mente público das normas processuais. Tanto é assim que a Lei dá poderes ao juiz
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática
dos atos processuais, quando for o caso.
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fato e de direito, inclusive sobre as quais deverá recair a prova, levando à homolo-
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante
requerimento, desde que:
I – sejam plenamente capazes;
II – a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos
para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente
anunciados.
§ 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pare-
ceres em prazo fixado pelo juiz.
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por pe-
rito nomeado pelo juiz.
Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a
câmara privada de conciliação e de mediação.
§ 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado
no tribunal.
§ 2º Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá distribui-
ção entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação.
§ 3º Sempre que recomendável, haverá a designação de mais de um mediador ou con-
ciliador.
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Além de todas essas normas dispositivas que acabamos de ver, o NCPC mante-
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
Outras normas dispositivas mantidas pelo novo CPC são: autorização para a
Podemos utilizá-lo para designar o poder de criar normas jurídicas, como tam-
Direito. Essa distinção, em termos práticos, não tem muita relevância, mas vamos
deixar “brechas”.
Pois bem, amigo(a), fontes formais são aquelas pelas quais o Direito positivo se
(STF), assim como as decisões definitivas de mérito que o STF profere no controle
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Normas Processuais Civis
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constitucionalidade podem ser consideradas fontes formais, pois são os únicos ca-
normas em geral, tanto as principais quanto as acessórias, são fontes das normas
processuais civis
O processo civil é, em regra, disciplinado por lei federal. De acordo com o que
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
XI – procedimentos em matéria processual;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a esta-
belecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
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diz respeito à competência legislativa. Isso porque a cada processo deverá corres-
processo.
to são as que tratam tão somente da forma pela qual os atos processuais se rea-
O Código de Processo Civil, como sabemos, é uma lei federal ordinária, que
CPC, existem outras leis que tratam de processo, como, por exemplo, a Lei do Jui-
zado Especial Cível, o Código de Defesa do Consumidor, as leis da Ação Civil Públi-
Sabemos que os estados têm competência concorrente para editar normas so-
bre procedimentos.
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Também vimos que incumbe à União editar normas gerais, enquanto aos estados
compete editar as suplementares. Assim, não havendo lei federal, a competência es-
tadual para legislar sobre o assunto será plena, na forma do art. 24, § 3º, da CF/1988.
Além da competência legislativa concorrente, a Constituição Federal atribui aos
estados a tarefa de organizar sua própria justiça, criando as leis de organização ju-
diciária (art. 125, § 1º), além de dispor sobre a competência dos Tribunais e sobre
a declaração de inconstitucionalidade de leis estaduais e municipais.
Súmulas Vinculantes
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A súmula vinculante é editada pelo STF, tendo por objeto a validade, eficácia
Essas súmulas não podem tratar de qualquer tema, mas somente sobre maté-
ria constitucional, nos termos do art. 102 da Constituição Federal, que confere ao
a julgamento do STF.
Para que uma súmula Vinculante seja editada, é preciso que a questão já tenha
Bem, a lei usou um termo vago: “reiteradas”. Mas, de qualquer forma, essa ex-
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Apenas o STF tem competência para emitir, revisar ou cancelar o enunciado das
súmulas vinculantes.
• o Presidente da República;
• o procurador-geral da República;
• Tribunais Superiores;
litares.
Todos esses são legitimados autônomos, pois seu requerimento pode ser feito
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Além disso, a lei também confere legitimidade aos municípios, para que propo-
no curso de processo em que seja parte, o que não autoriza a suspensão do pro-
vincular os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário, bem como os atos da Ad-
car a lei que fundamenta a súmula. Se isso ocorrer, caberá ao STF, de ofício ou por
A súmula vinculante também não vincula o próprio STF, que sempre poderá, de
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A Reclamação
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Jurisprudência
vada (escrita).
ência disso é que uma sentença ou decisão judicial não pode ter como único fun-
Mas, de qualquer forma, os precedentes judiciais são úteis, pois dão reforço às
conclusões do julgador.
há como negar a força persuasiva que pode ter uma súmula (não vinculantes) do
STF e do STJ, embora o juiz não seja obrigado a obedecê-las, podendo adotar de-
cisão diversa, já que essas súmulas não possuem efeito vinculativo. Mas é raro que
les Tribunais aos quais compete proferir a última palavra sobre questões legais ou
constitucionais.
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O Código também determina que sejam observadas, por parte dos juízes e dos
reclamação.
Sabemos que, se as próprias leis não indicarem o prazo de sua vacatio legis,
Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco
dias) depois de oficialmente publicada.
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A vigência da lei deve se estender até sua revogação, por lei posterior que a
declare revogada, ou seja, incompatível com ela, ou ainda que trate integralmente
da mesma matéria.
O CPC teve vacatio legis de um ano, por expressa determinação do seu Livro
dade das novas leis a processos em curso. É uma matéria de grande importância.
sos que já foram concluídos ou os que ainda não tiveram início não serão em nada
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos pro-
cessos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas
consolidadas sob a vigência da norma revogada.
rido de ter o processo que se iniciou na vigência de lei antiga regido até o final por
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Veja:
EMENTA: “O art. 1.211, do CPC [que correspondente ao atual art. 1.046 do CPC], em
sua interpretação literal, não é uma norma geral de direito intertemporal. Ao contrário,
seu sentido está, a princípio, adstrito à eficácia das normais originais do CPC no tempo.
Com efeito, o mencionado artigo estabelece que ‘este Código regerá o Processo Civil em
todo o território nacional. Ao entrar em vigor suas disposições aplicar-se-ão desde logo
aos processos pendentes’. No entanto, esta Corte vem dando interpretação mais ampla
a esta regra, para tratá-la como regra geral aplicável a todo processo civil. Com isso,
essa norma regula os efeitos temporais da Lei n. 11.232/05. Confira-se: ‘PROCESSUAL
CIVIL. EXECUÇÃO. IMPUGNAÇÃO. RECURSO CABÍVEL. DIREITO INTERTEMPORAL.
l -Em tema de Direito Processual intertemporal prevalece ‘o chamado
isolamento dos atos processuais, pela qual a lei nova, encontrando um processo em
desenvolvimento, respeita a eficácia dos atos processuais já realizados e disciplina o
processo a partir de sua vigência (Amaral Santos)’.
2 - O recurso cabível contra a decisão que resolve a impugnação, na fase executiva do
processo, é, como regra, o agravo de instrumento, conforme o art. 475-M, § 3º, do
CPC, acrescentado pela Lei n. 11.232/2005. O fato de, no caso concreto, ter havido
o manejo de embargos de devedor, ainda sob a vigência do anterior regramento, não
faz concluir pelo cabimento de apelação só porque proferida a decisão que o resolve já
quando em vigor o mencionado dispositivo.
Aplicação do art. 1.211 do CPC (‘tempus regit actum’). Recurso especial conhecido e
provido para determinar ao Tribunal de origem o julgamento do agravo, conforme en-
tender de direito’ (REsp 1.043.010/SP, 4º Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJE
23/06/2008).
‘( ... ) Embora o processo seja reconhecido como um instrumento complexo, no qual os
atos que se sucedem se inter-relacionam, tal conceito não exclui a aplicação da teoria
do isolamento dos atos processuais, pela qual a lei nova, encontrando um processo em
desenvolvimento, respeita a eficácia dos atos processuais já realizados e disciplina o
processo a partir da sua vigência. Esse sistema, inclusive, está expressamente previsto
no art. 1.211, do CPC (...)’ (MC 13.951, 3ª Turma, minha relatoria, DJE 01104/2008).
Com isso, pode-se dizer que o direito brasileiro não reconhece a existência de direito
adquirido ao rito processual. A lei nova aplica-se imediatamente ao processo em curso,
no que diz respeito aos atos presentes e futuros. Vale a regra do ‘tempus regis actum’.
Por isso, é impreciso afirmar que a execução de título judicial, uma vez ajuizada, está
imune a mudanças procedimentais ... “ (STJ - REsp 1.076.080/PR, Rel. Min. Nancy
Andrighi).
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vigor uma nova lei, essa vai encontrar atos processuais já produzidos, outros que
estão por se realizar e ainda outros pendentes, como ocorre no caso de prazos pro-
cessuais em curso.
dos. O processo deve ser entendido como uma cadeia de atos isolados: há os que
já foram realizados na vigência da lei antiga e esses persistem. Os que ainda serão
Imaginemos que, durante o curso de um prazo recursal, entra em vigor lei nova,
que extingue aquele recurso, ou altera o prazo. Nesse caso, a parte que tinha a
Ora, a lei não poderá violar o direito adquirido processual. No momento em que
da lei que vigorava à época. Pois bem, se esse recurso foi extinto por lei nova, ou
se o prazo para a interposição foi reduzido, isso não pode gerar prejuízo para as
partes. No entanto, se o prazo for ampliado, a lei nova deverá ser aplicada, pois
essa não pode retroagir para prejudicar, mas pode para beneficiar os litigantes.
Veja esse exemplo: uma sentença foi publicada, começando a correr o prazo de
15 dias para apelação. Imagine que, após a publicação, o prazo tenha sido reduzido
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Por outro lado, se durante o prazo de 15 dias, esse for ampliado para 20 dias,
todos terão o benefício do prazo maior. Isso se a nova lei não entrar em vigor após
princípio do isolamento dos atos processuais, segundo o qual a nova lei preserva os
A nova lei deverá reger os atos processuais a serem produzidos, nos processos
já em curso. No entanto, um ponto que merece atenção diz respeito às leis novas
de tal situação.
Vejamos:
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nova lei processual, que altere a competência, não terá aplicabilidade aos proces-
sos já em curso.
Entretanto, o art. 43 apresenta duas exceções, nas quais essa lei atingirá pro-
competência absoluta.
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