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Para este Autor, o cumprimento é, em termos analíticos, apenas a realização da prestação principal,

podendo a obrigação subsistir, amparada nos deveres acessórios – tem-se a culpa post pactum finitum –
devendo-se, também, ter presente a importante categoria das obrigações duradouras. Não há,
rigorosamente, extinção da obrigação, sendo que, aí, o cumprimento não só não implica a extinção da
obrigação como, pelo contrário, antes a reforça.
O cumprimento surge, no fundamental, como o escopo final da obrigação. Ela afeiçoa, à prefiguração
do momento em que se vai concretizar, toda uma teia de prestações secundárias e de deveres acessórios
que conferem o essencial da consistência às obrigações.
O cumprimento dá corpo ao programa de realização do interesse do credor, não sendo um evento
pontual, que ponha termo a uma obrigação, sendo antes um roteiro complexo que, desde o início,
interfere na configuração do vínculo.

A ordenação funcional do cumprimento deve ser balizado entre os dois extremos. Nas obrigações mais
simples, ele é vivido como o termo do processo obrigacional. Noutros casos, ele projecta uma geografia
complexa tendente à realização do fim da obrigação. Noutras, finalmente, ele dá corpo à própria
obrigação, verificando-se em contínuo (obrigações duradouras).
A precisa função do cumprimento varia consoante o concreto tipo de obrigação em jogo, sendo que
apenas num plano de abstracção elevado se pode lidar com o fenómeno no seu conjunto.
Considera-se, hoje, o cumprimento da obrigação como um espaço problemático autónomo ou, se se
quiser, como um instituto capaz de sofrer concretizações distintas.

Os princípios do cumprimento – utilidade e enunciado

O cumprimento das obrigações depende, pela natureza das coisas, do concreto vínculo que esteja em
causa. Pela lógica do Código Civil, os diversos contratos têm as regras próprias de execução, sendo que
essas regras, no que não tenham de específico, deixam margem à aplicação dos preceitos das
obrigações em geral – artigos 762.º a 789.º.
Ainda no plano geral, verifica-se que os diversos preceitos podem ser usados para construir os
princípios gerais do cumprimento, sendo a sua utilidade dupla – facultam a ordenação jurídico-
científica da matéria e constituem úteis auxiliares na realização do Direito (interpretação e aplicação).

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